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CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE

PORTUGUÊS

MANUAL DE LINGUA PORTUGUESA I

ENSINO ONLINE. ENSINO COM FUTURO 2022


CURSO DE LICENCIATURA EM
ENSINO DE PORTUGUÊS

MANUAL DE LINGUA PORTUGUESA I

1º ANO
CÓDIGO
TOTAL HORAS/1º
150
SEMESTRE
CRÉDITOS (SNATCA) 6
NÚMERO DE TEMAS 24
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Direitos de autor (copyright)

Este manual é propriedade da Universidade Aberta ISCED (UnISCED), e contém reservados


todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total deste manual, sob
quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou
outros), sem permissão expressa de entidade editora (Universidade Aberta ISCED) UnISCED

A não observância do acima estipulado infractor é passível a aplicação de processos judiciais


em vigor no País.

Universidade Aberta UnISCED


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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Agradecimentos

A Universidade Aberta ISCED (UnISCED) agradece a colaboração dos seguintes indivíduos e


instituições na elaboração deste manual:

Autor Aniceto Óscar

Vice-Reitoria Académica da UnISCED


Coordenação
Universidade Aberta ISCED (UnISCED)
Design
Instituto Africano de Promoção da Educação a Distância (IAPED)
Financiamento e Logística

Revisão Científica e
Linguística Faculdade de Educação

Ano de Publicação 2018

Ano de actualização 2022

Local de Publicação UnISCED – BEIRA

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Índice

Visão geral 1
Bem vindo à Disciplina/Módulo de Língua Portuguesa I .................................................. 1
Objectivos do Módulo....................................................................................................... 1
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................. 1
Como está estruturado este módulo ................................................................................ 2
Ícones de actividade ......................................................................................................... 3
Habilidades de estudo ...................................................................................................... 3
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 5
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ................................................................................ 5
Avaliação ........................................................................................................................... 6

TEMA – I: A Origem e a Evolução da Língua Portuguesa 9


UNIDADE Temática 1.1. A génese da Língua Portuguesa. ................................................ 9
Introdução ............................................................................................................... 9

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Sumário ........................................................................................................................... 13
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 14

TEMA – II: TOMADAS DE NOTAS. 17


UNIDADE Temática 1.1.Introdução, tomadas de notas. ................................................ 18
Introdução....................................................................................................................... 18
Sumário ........................................................................................................................... 24
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 24

TEMA –III: TEXTOS ORAIS E OU ESCRITOS DE ORGANIZAÇÃO DE DADOS 27


UNIDADE Temática 3.1 Relatório.................................................................................... 27
Introdução....................................................................................................................... 27
Sumário ........................................................................................................................... 29
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 29

TEMA – IV FICHA BIBLIOGRAFIA. 32


UNIDADE Temática 4.1.Introdução, ficha bibliográfica .................................................. 32
Introdução....................................................................................................................... 32
Sumário ........................................................................................................................... 34
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 34

TEMA – V: FICHA DE LEITURA 37


UNIDADE Temática 5.1.Introdução, ficha de leitura ...................................................... 38
Introdução....................................................................................................................... 38
Sumário ........................................................................................................................... 41
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 41

TEMA – VI. RESUMO 44


UNIDADE Temática 6.1.Introdução, Resumo ................................................................. 44
Introdução....................................................................................................................... 44
Sumário ........................................................................................................................... 46
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 46

TEMA –VII:TEXTOS ESTRUTURAIS E OU ADMINISTRATIVOS. 49


UNIDADE Temática 1.1.Introdução, procuração . .......................................................... 49
Introdução....................................................................................................................... 49
Sumário ........................................................................................................................... 52
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 52

TEMA – VIII: ACTA. 52


UNIDADE Temática 8.1.Introdução, Acta ....................................................................... 55
Introdução....................................................................................................................... 55

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Sumário ........................................................................................................................... 58
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 59

TEMA – IX: CONVOCATÓRIA. 62


UNIDADE Temática 11.1.Introdução,Convocatória. ....................................................... 62
Introdução....................................................................................................................... 62
Sumário ........................................................................................................................... 65
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 65

TEMA – X: FRASE. 68
UNIDADE Temática 1.1.Introdução, frase. ..................................................................... 68
Introdução....................................................................................................................... 68
Sumário ........................................................................................................................... 71
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 71

TEMA –XI: A FRASES SIMPLE E COMPLEXA. 74


UNIDADE Temática 11.1.Introdução, frase simple e complexa. .................................... 75
Introdução....................................................................................................................... 75
Sumário ........................................................................................................................... 77
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 78

TEMA – XII: TEXTO EXPOSITIVO -EXPLICATIVO 80


UNIDADE Temática 12.1 Texto Expositivo-Explicativo ................................................... 80
Introdução....................................................................................................................... 80
Sumário ........................................................................................................................... 82
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 83

TEMA –XIII TEXTO EXPOSITIVO ARGUMENTATIVO. 86


UNIDADE Temática 13.1.Introdução, texto expositivo argumentativo .......................... 86
Introdução....................................................................................................................... 86

Estrutura do Texto Argumentativo 87


Sumário ........................................................................................................................... 91
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 91

XIV: PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE NOVAS PALAVRAS 91


UNIDADE Temática 16.1.Introdução, processos de formação de novas palavras ......... 94
Introdução....................................................................................................................... 94
Sumário ........................................................................................................................... 99
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 99

TEMA – XV. CLASSE DE PALAVRAS 102

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

UNIDADE Temática 15.1.1.Introdução, classe de palavras .......................................... 102


Introdução..................................................................................................................... 102
Sumário ......................................................................................................................... 104
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 104

TEMA – XVI: A LEITURA. 107


UNIDADE Temática 15.1.Introdução, a leitura. ............................................................ 107
Introdução..................................................................................................................... 107
Sumário ......................................................................................................................... 110
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 110

TEMA – XVII: ORTOGRAFIA. 113


UNIDADE Temática 1.1.Introdução, ortografia ............................................................ 113
Introdução..................................................................................................................... 113
Sumário ......................................................................................................................... 118
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 118

TEMA – XVIII: TEXTOS JORNALÍSTICOS. 121


UNIDADE Temática 1.1.Introdução, textos jornalísticos, características da sua
linguagem...................................................................................................................... 121
Introdução..................................................................................................................... 121
Sumário ......................................................................................................................... 123
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 123

TEMA –XIX: NOTICIA. 126


UNIDADE Temática 1.1.Introdução, noticia.................................................................. 126
Introdução..................................................................................................................... 126
Sumário ......................................................................................................................... 130
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 130

TEMA – XX: RELAÇÕES LEXICAIS. 133


UNIDADE Temática 1.1.Introdução, relações lexicais. ................................................. 133
Introdução..................................................................................................................... 133
Sumário ......................................................................................................................... 135
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 135

TEMA – XXI: ARTIGO 137


UNIDADE Temática 1.1.Introdução, artigo. .................................................................. 137
Introdução..................................................................................................................... 137
Sumário ......................................................................................................................... 140
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 140

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

TEMA –XXII: TIPOS E FORMAS DE FRASE 142


UNIDADE Temática 1.1.Introdução, tipos e formas de frase. ...................................... 142
Introdução..................................................................................................................... 142
Sumário ......................................................................................................................... 147
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 147

TEMA – XXIII: FORMAS DE TRATAMENTO. 149


UNIDADE Temática 1.1.Introdução, formas de tratamento......................................... 150
Introdução..................................................................................................................... 150
Sumário ......................................................................................................................... 151
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 152

TEMA – XIV: DISCURSO DIRECTO, DISCURSO INDIRECTO E INDIRECTO LIVRE 154


UNIDADE Temática 24.1. Discurso directo, discurso indirecto e indirecto livre .......... 154
Introdução..................................................................................................................... 154
Sumário ......................................................................................................................... 155
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 156

Referências Bibliográficas 158

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

VISÃO GERAL

Bem vindo à Disciplina/Módulo de Língua Portuguesa I

Pretende-se com este módulo de Língua Portuguesa I, exercitar a


compreensão e expressão oral e escrita, em diferentes situações, e
fornecer instrumentos que permitam a interpretar diferentes tipos de
textos. Este módulo é mais uma valia para que os estudantes e os
demais interessados adquiram um domínio eficaz e eficiente de algumas
técnicas do uso da língua portuguesa.

Objectivos do Módulo

Ao terminar o estudo deste módulo de Língua Portuguesa I deverá ser


capaz de: Diferenciar textos orais e ou escritos de natureza familiar ou
social; Desenvolver habilidades comunicativas em qualquer situação
comunicativa.

▪ Desenvolver a compreensão oral e escrita em diferentes situações de


comunicação;

▪ Adquirir um domínio eficaz de algumas técnicas de uso da língua oral


Objectivos Específicos e escrita;

▪ Fazer reflexão da gramática da língua tendo em conta a textualidade;

▪ Desenvolver autonomia na aprendizagem;

▪ Explicar e desenvolver o raciocínio e o pensamento críticos.

Quem deveria estudar este módulo

Este Módulo foi concebido para estudantes do 1º ano do curso de


licenciatura em Língua Portuguesa do ISCED. Poderá ocorrer, contudo,
que haja leitores que queiram se actualizar e consolidar seus
conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem vindos, não sendo
necessário para tal se inscrever. Mas poderá adquirir o manual.

1
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Como está estruturado este módulo

Este módulo de Língua Portuguesa I, para estudantes do 1º ano do curso


de licenciatura em Ensino de Português , à semelhança dos restantes da
UnISCED, está estruturado como se segue:
Páginas introdutórias

▪ Um índice completo.
▪ Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, resumindo os
aspectos-chave que você precisa conhecer para melhor estudar.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes
de começar o seu estudo, como componente de habilidades de
estudos.
Conteúdo desta Disciplina / módulo

Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente
unidades. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma
introdução, objectivos, conteúdos.
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são incorporados
antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só depois é que aparecem
os exercícios de avaliação.
Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e actividades
práticas algumas incluindo estudo de caso.

Outros recursos

A equipa dos académicos a e pedagogos do ISCED, pensando em si, num


cantinho, recóndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de dúvidas e
limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta uma lista de
recursos didácticos adicionais ao seu módulo para você explorar. Para tal
a UnISCED disponibiliza na biblioteca virtual mais material de estudos
relacionado com o seu curso como: Livros e/ou módulos, CD, CD-ROOM,
DVD. disponível na biblioteca, pode ter acesso a Plataforma digital
moodle para alargar mais ainda as possibilidades dos seus estudos.

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Auto-avaliação e Tarefas de avaliação

Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no final de


cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos exercícios de
auto-avaliação apresentam duas características: primeiro apresentam
exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, exercícios que mostram
apenas respostas.
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação mas
sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. Parte
das terefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo a serem
entregues aos tutores/docentes para efeitos de correcção e
subsequentemente nota. Também constará do exame do fim do
módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exercícios de avaliação
é uma grande vantagem.
Comentários e sugestões

Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados


aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza diadáctico-
Pedagógica, etc, sobre como deveriam ser ou estar apresentadas. Pode
ser que graças as suas observações que, em gozo de confiança,
classificamo-las de úteis, o próximo módulo venha a ser melhorado.

Ícones de actividade

Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens
das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de
texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.

Habilidades de estudo

O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a aprender.


Aprender aprende-se.

Durante a formação e desenvolvimento de competências, para facilitar a


aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará empenho,
dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons resultados apenas se
conseguem com estratégias eficientes e eficazes. Por isso é importante
saber como, onde e quando estudar. Apresentamos algumas sugestões
com as quais esperamos que caro estudante possa rentabilizar o tempo
dedicado aos estudos, procedendo como se segue:

1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de leitura.

2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida).

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação


crítica dos conteúdos (ESTUDAR).

4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua


aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão.

5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou as de


estudo de caso se existir.

IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo,


respectivamente como, onde e quando...estudar, como foi referido no
início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta
sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em
casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de
tarde/fins de semana/ao longo da semana? Estudo melhor com
música/num sítio sossegado/num sítio barulhento!? Preciso de intervalo
em cada 30 minutos, em cada hora, etc.

É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto da
matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que já
domina bem o anterior.

Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e


estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é juntar o
útil ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos de cada
tema, no módulo.

Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por tempo


superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora intercalado por 10
(dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chama-se descanso à mudança
de actividades). Ou seja, que durante o intervalo não se continuar a tratar
dos mesmos assuntos das actividades obrigatórias.

Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual obrigatório,


pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento da aprendizagem.
Por que o estudante acumula um elevado volume de trabalho, em
termos de estudos, em pouco tempo, criando interferência entre os
conhecimentos, perde sequência lógica, por fim ao perceber que estuda
tanto, mas não aprende, cai em insegurança, depressão e desespero, por
se achar injustamente incapaz!

Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma avaliação.


Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda sistemáticamente),
não estudar apenas para responder a questões de alguma avaliação, mas
sim estude para a vida, sobre tudo, estude pensando na sua utilidade
como futuro profissional, na área em que está a se formar.

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que


matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que resta,
deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo quanto tempo
será dedicado ao estudo e a outras actividades.

É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma


necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o curso:
A colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de
modo que seja mais fácil identificar as partes que está a estudar e Pode
escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes,
pode também utilizar a margem para colocar comentários seus
relacionados com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é
imediatamente a seguir à compreensão do texto e não depois de uma
primeira leitura; Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo
significado não conhece ou não lhe é familiar;

Precisa de apoio?

Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas como
falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros
ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas trocadas ou
invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento e
apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, sms, E-
mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando a
preocupação.
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes (Pedagógico
e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua aprendizagem com
qualidade e sucesso. Dai a relevância da comunicação no Ensino a
Distância (EAD), onde o recurso as TIC se torna incontornável: entre
estudantes, estudante – Tutor, estudante – CR, etc.
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante,
tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do seu CR, com
tutores ou com parte da equipa central do ISCED indigitada para
acompanhar as sua sessões presenciais. Neste período pode apresentar
dúvidas, tratar assuntos de natureza pedagógica e/ou administrativa.
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% do
tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida em que
permite lhe situar, em termos do grau de aprendizagem com relação aos
outros colegas. Desta maneira ficará a saber se precisa de apoio ou
precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver hábito de debater assuntos
relacionados com os conteúdos programáticos, constantes nos
diferentes temas e unidade temática, no módulo.

Tarefas (avaliação e auto-avaliação)

O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e


auto−avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é

5
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues duas


semanas antes das sessões presenciais seguintes.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de campo
conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da disciplina/módulo.
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo
os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os
direitos do autor.
O plágio1é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es).Uma
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um autor, sem
o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade científica e o
respeito pelos direitos autoriais devem caracterizar a realização dos
trabalhos e seu autor (estudante do ISCED).

Avaliação

Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância,


estando eles fisicamente separados e muito distantes do docente/turor!?
Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja uma avaliação mais fiável
e concistente.
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com um
mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os conteúdos
do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial conta com um
máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A avaliação do estudante
consta detalhada da regulamentada de avaliação.
Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de frequência
para ir aos exames.
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no mínimo
60%, o que adicionado aos 40% da média de frequência, determinam a
nota final com a qual o estudante conclui a cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 3 (três) avaliações
e 1 (um) (exame).
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados como
ferramentas de avaliação formativa.
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a

1
Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização.

6
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

identificação das referências bibliográficas utilizadas, o respeito pelos


direitos do autor, entre outros.
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de
Avaliação.

7
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

TEMA – I: A ORIGEM E A EVOLUÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA

UNIDADE Temática 1.1.A génese da língua portuguesa


UNIDADE Temática1.2. Dimensão Geográfica da Língua Portuguesa
UNIDADE Temática1.3. Unidade e Variedade da Língua portuguesa
UNIDADE Temática 1.4. EXERCÍCIOS deste tema

UNIDADE Temática 1.1. A génese da Língua Portuguesa.

Introdução

Nesta unidade temática abordamos acerca da origem e evolução da língua


portuguesa. Uma vez, que a mesma foi sofrendo várias transformações
fonética, semântica, empréstimos, neologismos, estrangeirismo, ao longo
dos tempos.

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

▪ Descrever a origem e a evolução da língua portuguesa;


Objectivos ▪ Identificar a dimensão geográfica da língua portuguesa, e a unidade e variedade.
específicos

A Génese da Língua Portuguesa

A língua portuguesa bem como outras línguas românicas, não proveio


directamente do latim literário, isto é, do latim dos grandes escritores
romanos, mas sim tem a sua origem no latim popular, ou: o vulgo latim
coloquial tardio. Ela resulta de uma longa evolução trazida pelos colonos
romanos no século III a. c., com influências menores de outros idiomas e com
um marcado substrato céltico. O português Arcaico desenvolveu-se no
século V d. c após a queda do império romano e as invasões germânicas,

9
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

ditas barbaras como um dialecto românico, o chamado galego português que


se diferenciou de outras línguas românicas ibéricas.
O latim coloquial tardio, naquela época era usado por soldados, os
funcionários, os comerciantes romanos falavam na península Ibérica durante
os 600 anos em que a dominaram. Os povos nativos da península tiveram de
aceitar essa língua, foram-se se afeiçoando a ela, modificando-a, no entanto,
de harmonia com factores geográficos-sociologicos, sobretudo com as
características fónicas das línguas ali existentes, cuja diversidade deu origem
ao português, ao castelhano (espanhol) e ao catalão.
Ainda o século V é marcado pela chegada a península de povos Germânicos e
mais tarde por visigodos, que contribuíram em grande escala para o
enriquecimento da língua portuguesa.
No século VIII, os Árabes ao ocuparem extensas regiões da península
impulsionaram novas marcas na língua. E entre os séculos VII e XII, formou-
se o dialecto românico, o chamado Galego – português, que se diferenciou
de outras línguas românicas Ibéricas.
No século XV, a língua portuguesa passou a ganhar uma autonomia, o que
fez com que integrasse vários contributos provenientes de muitas outras
línguas.
O seu enriquecimento deveu-se a todos aspectos fonéticos, morfológicos,
léxicos e sintácticos que torna viva a dinâmica da vida.

Processo de Evolução do Léxico Português

A evolução do léxico Português, compreendeu alguns processos, dentre eles


a evolução fonética, com tendência de os falantes reduzirem o esforço ao
pronunciar alguns sons, como por exemplo:
Fenómeno de queda- attnitu> tonito> tonto;
Fenómeno de adicao- stare> estar;
Fenómeno de permuta- semper> sempre.

Além da evolução fonética temos a evolução semântica que consiste na


alteração do significado de certas palavras, ao longo dos tempos.
Ex: Barba-( queixo, rosto,mento;significado antigo); (camada pilosa
que cobre partes do rosto; significado actual);
Ministro- (escravo, servidor; significado antigo); (cargo superior;
significado actual).

Para além dos processos referenciados, incluem-se os estrangeirismos ou


empréstimos (adopção de uma nova palavra, frase ou expressão de uma
língua estrangeira). Porém, contrariamente ao estrangeirismo, o empréstimo
está perfeitamente integrado no léxico da língua que colhe. O neologismo é
uma palavra que deu entrada na língua no decorrer de um período recente e
que ainda não foi dicionarizada.
Destacamos aqui, vários neologismos:

a) Neologismos semânticos: palavra nova formada por derivação e


composição: desnuclearização, ibericidade.

b) Neologismo semântico: atribuição de uma nova significação a uma

10
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

palavra já existente, como a palavra rato, que passou a designar um


dos componentes periféricos do computador.

c) Neologismos terminológicos ou neónimos: palavras novas que


fazem parte do vocabulário de especialidade e que surgem devido a
necessidade de dominar novos objectos, novas técnicas e novas
teorias: biogenéticas; cartão –inteligente.

d) Neologismos literários: utilizados para conferir ênfase ao que se


pretende transmitir e, e em maior parte dos casos, ocorrem apenas
uma vez.

No concernente aos empréstimos ou estrangeirismos, destacamos alguns de


origem:
a) Inglesa: mouse, briefing.
b) Francesa: bouquet, fait-divers.

Dimensão Geográfica da Língua Portuguesa

A língua portuguesa constitui um importante vínculo de comunicação entre


diferentes povos do mundo. É actualmente uma das línguas mais faladas no
mundo. Ela encontra-se em terceiro lugar, em número de falantes, entre as
línguas novilatinas ou românicas, e em quinto lugar entre as línguas de todo
o mundo. É falada por cerca de 170 milhões de pessoas, distribuídas por
todos os continentes. Constitui a língua nacional de todos os portugueses e
brasileiros; Angola, Moçambique, São Tome e Príncipe, Guine, Cabo Verde
consideram-na a sua língua oficial. É ainda falada em Goa (Índia), na parte
oriental da ilha de Timor e em Macau.

Unidade e variedade da Língua Portuguesa


A língua Portuguesa, apesar da sua disseminação mundial, tem conseguido
manter uma apreciável coesão e unidade. Para o comprovar, basta ver como
livros de autores portugueses, brasileiros, angolanos, etc. São lidos por
qualquer leitor, em qualquer parte do mundo lusófono, ou verificar como as
telenovelas brasileiras (mesmo quando elas são faladas em regionalismos
dialectais) são compreendidas por qualquer falante de língua portuguesa,
seja ele português, ou angolano, ou cabo-verdiano, etc.
Há, no entanto, acentuadas diferenças entre português de Portugal e o do
Brasil, de Angola, de Moçambique, etc., quer no domínio fónico, quer no
morfológico, no sintáctico, no semântico ou no lexical.
Os próprios dialectos existentes em cada um dos países são compreendidos
pela generalidade do mundo lusófono.

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Os Dialectos
Dialectos são variedades de língua em determinadas regiões de um país,
criadas pela mentalidade específica da sua população, pelo seu modo de
vida, pelo afastamento dos centros populacionais mais evoluídos.
Nota-se que, a medida que a rádio e a televisão cobrem essas regiões
isoladas, os dialectos vão-se progressivamente esbatendo.

a) Dialectos do Português Europeu


Os dialectos do galego- português, existentes na faixa Ocidental da Península
Ibérica, podem incluir-se em três grandes grupos:
• Dialectos galegos – são falados na Galiza e diferenciam-se em duas
zonas: a do litoral e a do interior.
• Dialectos portugueses setentrionais – distinguem-se nesta zona
duas subzonas: - Tras-Os-Montes e Alto-Minho ( a Norte de Viana do
Castelo); - Baixo-Minho, Douro Litoral e beiras interiores, onde se
incluem as cidades de Braga, Porto, Viseu e Guarda.
• Dialectos portugueses centro-meridionais – distribuem-se numa
vasta zona que, no litoral, vai de Aveiro ate ao Algarve e, no interior,
desde Castelo Branco ate ao Algarve.
Subdividem-se esta zona em duas subzonas:
- o centro-litoral ( de Aveiro ate a Estremadura), em que se situam as
cidades de Aveiro, Coimbra e Leiria;
- o centro-interior e o sul, que inclui parte do distrito de Castelo Branco e os
distritos Porto alegre, Setubal, Evora, Beja e Faro.
• Dialectos das ilhas Atlânticas – os dialectos dos arquipélagos da
Madeira e dos Açores reflectem, em geral, e são o prolongamento
dos dialectos portugueses centros-meridionais.
No entanto, verificam-se na ilha da Madeira e na de S. Miguel (Açores) certas
características fónicas de regiões continentais exteriores a zona centro-
meridional continental.

b) Dialectos do português do Brasil


De acordo com Antenor Nascente, citado por Celso Cunha e Lindley Cintra, in
Nova Gramática de português Contemporâneo, pp.21 e 22, distinguem-se
dois grupos de dialectos brasileiros:
• Dialectos do Norte – zona dividida em duas subzonas: o Nordestino
e o Amazónico.
• Dialectos do Sul – zona dividida em quatro subzonas: Baiana,
Fluminense, Mineira e Sulista.

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Sumário

A língua portuguesa bem como outras línguas românicas, não proveio


directamente do latim literário, isto é, do latim dos grandes escritores
romanos, mas sim tem a sua origem no latim popular, ou : o vulgo latim
coloquial tardio. Ela resulta de uma longa evolução trazido pelos colonos
romanos no século III a. c., com influências menores de outros idiomas e com
um marcado substrato céltico.

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Questões de Escolha Múltipla

1. A língua portuguesa bem como outras línguas românicas provêm:

a) Do latim popular ou o vulgo latim coloquial tardio.

b) Do latim literário, isto é, do latim dos grandes escritores.

c) Do espanhol.

d) Todas as alternativas estão correctas.

2. A evolução do léxico português compreendeu alguns processos, dentre eles:

a) A evolução fonética.

b) A evolução frásica.

c) A evolução gramatical.

d) A evolução dos falantes.

3. Dialectos galegos são:

a) Falados na Galiza e diferenciam-se em duas zonas: a do litoral e a do


interior.

b) Falados na europa diferenciam-se em duas zonas: a do litoral e a do


interior.

c) Falados na África e diferenciam-se em duas zonas: a do litoral e a do


interior.

d) Falados na Ásia e diferenciam-se em duas zonas: a do litoral e a do interior.

4. A evolução do léxico Português, compreendeu alguns processos, dentre eles:

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

a) a evolução da gramática
b) evolução fonética.
c) evolução linguística
d) evolução da oratura.

5. A língua portuguesa é actualmente uma das línguas mais faladas no


mundo.
a) Ela encontra-se em quinto lugar entre as línguas mais faladas de
todo o mundo.
b) Ela encontra-se em segundo lugar entre as línguas mais faladas de
todo o mundo.
c) Ela encontra-se em primeiro lugar entre as línguas mais faladas de
todo o mundo.
a) Ela encontra-se em quarto lugar entre as línguas mais faladas de
todo o mundo.

Questões de Verdadeiro e Falso

6. O neologismo semântico é a atribuição de uma nova significação a uma


palavra já existente, como por exemplo: a palavra rato que passou a
designar um dos componentes periféricos do computador.

7. A língua portuguesa bem como outras línguas românicas, não proveio


directamente do latim literário, isto é, do latim dos grandes escritores
romanos, mas sim tem a sua origem no latim popular.

8. A evolução do léxico português não compreendeu processo nenhum.

9. Dialectos galegos são falados na Galiza e diferenciam-se em duas zonas:


a do litoral e a do interior.

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

10. Dialectos são variedades de língua em determinadas regiões de um país,


criadas pela mentalidade específica da sua população, pelo seu modo de
vida, pelo afastamento dos centros populacionais mais evoluídos.
Questões de Reflexão
11. Redija um texto em torno da origem e evolução da língua portuguesa.
1. “A língua portuguesa bem como outras línguas românicas, não proveio
directamente do latim literário, isto é, do latim dos grandes escritores
romanos, mas sim tem a sua origem no latim popular.” Comente sem
divagar.

RESPOSTAS:

1. A
2. A
3. A
4. B
5. A
6. Verdadeiro
7. Verdadeiro
8. Falso
9. Verdadeiro
10. Verdadeiro

TEMA – II: TOMADAS DE NOTAS.

UNIDADE Temática 2.1. Introdução, tomadas de notas.


UNIDADE Temática .2. 2 EXERCÍCIOS deste tema

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

UNIDADE Temática 1.1. Introdução, tomadas de notas.

Introdução.

No exercício da nossa actividade profissional, somos confrontados com a


necessidade de tomar notas. E não sendo um privilégio do
professor/estudante, esse exercício também pode ser realizado por um
quadro de qualquer área.
Nesta unidade iremos falar detalhadamente de tomada de notas.
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:
2. Indicar os procedimentos para tomadas de notas numa exposição oral/aula.
3. Tomar notas.

Objectivos
específicos

Tomada de notas

Consiste na redução do texto, seleccionando, portanto, de forma determinadas


informações de um texto básico (veiculado quer na forma oral quer na forma
escrita), mantendo o seu sentido inicial, alias, esta técnica tem por objectivo
retransmitir um conjunto de informações, preservando o sentido da mensagem
numa reformulação mais precisa e económica.

O estudante normalmente, tem se fixado nas projecções que o professor faz.


Porém, por outro lado, o professor, ao dar a explicação, vai apresentando
exemplos novos, definições e noções que não constam das projecções. De
certeza, que os alunos não vão perder a oportunidade de fazer o registo das
informações que acharem necessárias – veja-se que a relevância do que anotar,
a partir de uma exposição varia de individuo para individuo. Nela intervém
factores como a atenção, a rapidez no registo (por parte de quem toma as
notas), a velocidade com que o conferencista ou locutor (neste caso, o professor)
faz o seu discurso e dos objectivos a alcançar.

O objectivo de tomada de notas é a memorização.

É importante ter estratégias para efectuar o registo, dai que surge a seguinte
questão:

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Que passos a seguir para a tomada de notas eficiente?

A resposta a essa se parece fácil, porém varia de indivíduo para o indivíduo.

Mas podemos nos reter nos seguintes aspectos:

- anotar o maior numero possível de informação com o mínimo de palavras e


tempo;

- interessar-se menos pela forma, mas sim com o conteúdo;

- eliminar todos os elementos supérfluos e redundantes;

-assinalar todas as palavras-chave;

-suprimir o pormenor;

-assentar as conclusões e as propostas de acção;

- estabelecer ligações (nexos) entre as informações.

Que técnicas a adoptar para a tomada de notas?

É preciso:

-desenvolver uma capacidade de antecipação e adquirir o habito da


concisão, isto é, uma escrita acelerada (estilo telegráfico, frases curtas e sem
verbos; utilização de abreviaturas, sinais convencionais, siglas, símbolos e
esquemas); reflectir sobre a essência do tema tratado;

- utilizar códigos: sublinhar, destacar a cor, enquadrar a informação de modo


a destacar ou reflectir a hierarquia ou a prioridade;

-suprimir as palavras de ligação sem prejudicar o sentido e a compreensão;

-ortografar de modo legível ( de modo a poder facilitar a reutilização da


informação);

- adoptar uma paginação clara; não pode usar o verso das folhas;

- deixar muitos espaços em branco e abrir paragrafo sempre que se


apresente uma nova ideia.

Que fazer das notas tomadas?

A tomada de notas não é um fim em si, mas sim um meio. Isso significa que
as notas tomadas
devem ser
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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

exploradas o mais cedo possível ( com as ideias

ainda frescas). Para tal convêm:

-reler as notas por nos tomadas. Pode ser necessário reconstituir alguma
informação;

-completar o que não se registou a tempo (preenchimento dos espaços


vazios);

-sublinhar, titular e “colorir” de modo a evidenciar as ideias essenciais;

-reclassificar as partes;

-anotar ( na margem) as nossas observações e comentários;

-(re) construir o nosso texto.

Modos de tomadas de notas

Durante a tomada de notas, são seleccionadas as informações do texto de


base ou do discurso.

Conforme as necessidades as notas podem apresentar-se de modos diversos:

- pequenos resumos – as notas apresentam características idênticas as do


resumo. Embora as diversas notas estejam articuladas entre si, nesta técnica
produzem-se frases completas com sujeito, verbo e complementos com
conjunções e preposições.

- palavras-chave – as notas não formam um texto de frases completas, mas


não são constituídas por palavras significativas, seleccionadas
cuidadosamente – as palavras-chave do discurso. Segue-se a organização
destas de modo a abrangerem conceitos mais complexos. Mencionam-se
factos e ideias de modo esquemático, contudo, a compreensão destes
geralmente utilizáveis por pessoas que não o autor.

Neste modo de tomada de notas, as ligações de dependência entre as


palavras chave são evidenciadas com o recurso a setas e outros sinais.

- Citações ou frases –chave – são registadas as citações ou frases-chave,


aparecendo algumas delas a resumir uma ideia-matriz, uma característica
essencial de uma personagem ou de uma tese. Aqui as citações podem ser
anotadas sem alteração, entre aspas, o que é mais significativo do
pensamento do autor.

- tomar notas do
próprio texto –
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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

neste caso, antes de as registar em folhas ou fichas, as notas são tomadas no


próprio texto, possibilitando a realização de imã primeira triagem
directamente na matéria prima. São evidenciadas as

ideias-chave sublinhando-as, colorindo-as, etc. As margens do texto podem


ser colocadas as anotações que sejam formulações abreviadas de cada
parágrafo. Ao mesmo tempo, com recursos a setas, são estabelecidas
relações de aproximação entre certos elementos dispersos ao longo do
texto.

- Mapas – As notas são organizadas num mapa que ocupa

(aproximadamente) metade da folha. Nos mapas ocorrem frases


esquemáticas e palavra-chave, mostrando graficamente as correspondências
e as hierarquias entre as palavras e /ou ideias.

O uso das abreviaturas e símbolos

Como se sabe, na tomada de nota é preciso usar uma escrita rápida. Para tal
se recorre ao uso de símbolos. Contudo, estes símbolos, na sua maioria, são
convencionais, ou seja, representam um código já consagrado.

É preciso realçar que no uso de símbolos e abreviaturas devem ser evitados


os excessos.

Alguns princípios para as abreviaturas:

- deve seguir-se um ponto à abreviatura. Exemplo : i.e (id est)= isto é;

-não se abrevia numa vogal, mas sim numa consoante (ex. bol.= boletim),
salvo excepção motivada por uma vulgarização do uso. Exemplo: ex. =
exemplo, exo.= exercício;

-as abreviaturas fazem-se as mais das vezes sem estabelecer distinção entre
o substantivo, o adjectivo, o adverbio, o verbo. Exemplo: na.=ano, anual,
anualmente;

-é prático abreviar suprimindo uma parte dos sufixos correntes. Exemplo;


formul., mús, neolog. …

-pode-se por vezes dobrar a consoante inicial a fim de marcar o plural. Ex.: p.
página, pp. = página

Algumas
abreviaturas e
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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

símbolos usados na tomada de notas

=: igual +: mais ±: mais ou menos

≠: diferente Def: Definição Ø: Supressão

W: Trabalho %: Por cento §: Paragrafo

Fazer anotações é enriquecer o livro e elas (as anotações) devem ser claras
e breves.
A actividade de tirar apontamento é complexa e constitui um dos processos
fundamentais para a captação e retenção da matéria, pois, por meio dos
apontamentos aprendemos melhor e as nossas informações ficam guardadas

para sempre.
De acordo com Estanqueiro, os apontamentos podem ser de três tipos:
Transcrição, esquemas e resumos.

O primeiro tipo de apontamento “A Transcrição” consiste em transcrever e


copiar uma informação de forma totalmente igual ao texto original. Porém, é
importante referir que esse não é o processo mais eficaz para estudar um
assunto, embora seja útil, pois enquanto se escreve pensa-se sobre aquilo
que se lê. Mais eficaz será fazer esquemas e resumos.
Regras:
De acordo com o mesmo autor2 as regras a serem seguidas nos
apontamentos de transcrição são:
• Não copiar longos textos, integralmente. Basta seleccionar as partes
mais significativas.
• Pôr entre aspas os textos copiados;
• Indicar com precisão a fonte, ou seja, registar o nome do autor, o
título do livro ou da revista; o número da edição, o local da edição, o
editor, a data e a página.

Uma técnica importante é passar a esquema todas as informações tidas


como ideias-chave, durante a leitura. Pois eles (os esquemas) são simples
enunciados das palavras-chave, em torno dos quais é possível arrumar
grandes quantidades de conhecimentos. De acordo com Estanqueiro “eles
também representam uma enorme economia de palavras e oferecem a
vantagem de destacar e visualizar o essencial do assunto em análise,
podendo ainda ser facilmente reformulados.”

2
Estanqueiro, A, Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed. 2001
22
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Tipos de esquemas:
Ainda na mesma abordagem, refere-se que existem os seguintes tipos de
esquema: Índices, quadros, gráficos, desenhos ou mapas e todos estes tipos
de esquema podem ser encontrados nos manuais.
De acordo com Ruiz, as regras do resumo são:

• Ser fiel ao texto;


• Apanhar o tema do autor;
• Ser simples, claro e destacar os títulos e subtítulos;
• Subordinar as ideias aos factos;
• Manter um sistema uniforme de observação.
Nota: Os esquemas não são aconselháveis pela insuficiência de informações.

O resumos
Segundo Estanqueiro (2001: 52, 53),
Resumir um texto é tornar o mais breve possível, tornar mais curto, e, isto
requer capacidades de seleccionar e reformular as ideias essenciais, usando
frases bem articuladas.
Assim, a elaboração do resumo segue as seguintes etapas: compreensão do
texto, identificação das palavras-chave, registar numa folha de rascunho os
vários tópicos, e finalmente reconstruir o texto, de um modo pessoal.
Contudo, resumir um texto é um processo eficaz para compreender e
assimilar a matéria. Um bom resumo, tal como um bom esquema, tem
quatro características fundamentais:
• Brevidade - os pontos principais da matéria são registados de forma
abreviada. Um bom resumo não ultrapassa um quarto do texto
inicial.
• Clareza - os factos ou as ideias são apresentados sem qualquer tipo
de confusão ou ambiguidade.
• Rigor - o essencial do assunto é reproduzido fielmente, sem erros
nem deformações.

• Originalidade - a matéria é traduzida numa linguagem original,


própria de cada leitor, embora transmita apenas o ponto de vista do
autor. Resumir não é comentar!
Fazer resumos é um processo eficaz para compreender e assimilar a
matéria. É também um treino fundamental para a transmissão das nossas
ideias, de forma breve, clara, rigorosa e original.

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Sumário

A actividade de tirar apontamento constitui um dos processos


fundamentais para a captação e retenção da matéria, pois, por meio
dos apontamentos aprendemos melhor e as nossas informações
ficam guardadas para sempre. Os apontamentos podem ser de três
tipos: Transcrição, esquemas e resumo.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla

1. A tomada de notas consiste na:


a) Redução do texto, seleccionando, portanto, determinadas
informações de um texto básico (veiculado quer na forma oral
quer na forma escrita), alterando o seu sentido inicial, alias,
esta técnica tem por objectivo re-transmitir um conjunto de
informações, preservando o sentido da mensagem numa
reformulação mais precisa e económica.
b) Desenvolvimento do texto, seleccionando, portanto,
determinadas informações de um texto básico (veiculado quer
na forma oral quer na forma escrita), mantendo o seu sentido
inicial, alias, esta técnica tem por objectivo re-transmitir um
conjunto de informações, preservando o sentido da mensagem
numa reformulação mais precisa e económica.
c) Redução do texto, seleccionando, portanto, determinadas
informações de um texto básico (veiculado quer na forma oral
quer na forma escrita), mantendo o seu sentido inicial, alias,
esta técnica tem por objectivo re-transmitir um conjunto de
informações, preservando o sentido da mensagem numa
reformulação mais precisa e económica.
d) Todas as alternativas estão correctas.

2. As notas são organizadas num mapa que ocupa


(aprox
24
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

imadamente) metade da folha. Nos mapas ocorrem:


a) Frases esquemáticas e palavra-chave, sem mostrar
graficamente as correspondências e as hierarquias entre as
palavras e /ou ideias.
b) Frases esquemáticas e palavra-chave, mostrando graficamente
as correspondências e as hierarquias entre as palavras e /ou
ideias.
c) Frases não esquemáticas e palavra-chave, mostrando
graficamente as correspondências e as hierarquias entre as
palavras e /ou ideias.
d) Todas as alternativas estão correctas.

3. São algumas das abreviaturas e símbolos usados na tomada de


notas:
a) =: igual +: mais ±: mais ou menos; ≠: diferente Def: Definição Ø:
Supressão; W: Trabalho.
b) Pk = porque; blema = Problema; Sap= WhAtssap.
c) Todas as alternativas estão correctas.
d) Todas as alternativas estão erradas.

4. Durante a tomada de notas:


a) são selecionadas as informações do texto de base ou do discurso.
b) não são selecionadas as informações do texto de base ou do
discurso.
c) são selecionadas as informações do texto sem nenhuma relação com
o discurso.
d) Todas as alternativas estão correctas.

5. Fazer anotações é enriquecer o livro e elas (as anotações)


a) devem ser claras e breves.
b) Chatas e longas
c) Inconsistentes
d) Intenterdependentes

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Questões de Verdadeiro e Falso

6. Durante a tomada de notas não são selecionadas as informações do


texto de base ou do discurso.

7. Anotar o maior número possível de informação usando o mínimo


de palavras constitui uma das técnicas da realização de tomada
de notas.

8. Fazer resumos é um processo eficaz para compreender e assimilar a


matéria. É também um treino fundamental para a transmissão das
nossas ideias, de forma breve, clara, rigorosa e original.

9. Pequenos resumos são notas apresentam características idênticas as


do resumo.
10. A tomada de notas não é um fim em si, mas sim um
meio. Isso significa que as notas tomadas devem ser exploradas o
mais cedo possível ( com as ideias ainda frescas).

Questões de Reflexão

11. “A tomada de notas não é um fim em si, mas sim um meio. Isso
significa que as notas tomadas devem ser exploradas o mais cedo
possível ( com as ideias ainda frescas).” Argumente a frase.
12. “Anotar o maior número possível de informação usando o mínimo
de palavras constitui uma das técnicas da realização de tomada de
notas.” Justifique.

RESPOSTAS:

1.C
2. B
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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

3. A
4. A
5. A
6. Verdadeiro
7. Falso
8. Verdadeiro
9. Verdadeiro
10. Verdadeiro

TEMA –III: TEXTOS ORAIS E OU ESCRITOS DE ORGANIZAÇÃO DE DADOS

UNIDADE Temática 3.1 Relatório


UNIDADE Temática 3.2. EXERCÍCIOS deste tema

UNIDADE Temática 3.1 Relatório

Introdução

Nesta unidade, abordaremos sobre os textos de pesquisa e organização de


dados, com maior enfoque para o relatório. Um texto bastante importante
em todo sector de actividade quer profissional, quer não profissional.
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

▪ Definir o relatório;
Objectivos ▪ Identificar a estrutura do relatório;
específicos
▪ Distinguir relatório de outros textos administrativos;

▪ Produzir relatório.

Relatório
Segundo Rei (1990: 183) ;

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Trata-se da declaração formal dos resultados de uma investigação feita por


alguém, que em relação a ela recebeu instruções de um outro, sob a forma
de pedido ou ordem. Exige estudos prévio e aprofundado, elevado grau de
elaboração e matéria para apreciação e decisão superiores. O Para alguns é
sempre uma venda: de ideias ou produtos, serviços ou projectos, mas
sempre uma venda a alguém. É a forma mais sofisticada de escrita de

negócios, por ser a comunicação persuasiva mais lógica e concisa. É um

documento a considerar na resolução de problemas, tomada de decisões,

conhecimento de factos ou pessoas, actualização de informações –


habilitando o destinatário para tomar a atitude mais adequada.

Características do relatório

O Relatório apresenta como características:


• Uma linguagem simples, clara, objectiva e precisa;
• A clareza do raciocínio;
• Um relatório deverá ser conciso e coerente, incluindo a informação
indispensável à compreensão do trabalho;
• Todas as afirmações devem ser baseadas em provas factuais e não
em opiniões não fundamentadas
Deve evitar o excesso de conclusões, sendo estas precisas e sintéticas. As
conclusões devem, igualmente, ser coerentes com a discussão dos
resultados.

Estrutura

Os elementos constantes num relatório são os que passamos a apresentar:

- página de rosto – titulo, contendo o tema central, destinatário, autor, data,


local;

-índice geral – subcapítulos, secções, em sequencia, e paginas;

- preâmbulo /resumo – declaração breve do conteúdo, dá uma ideia geral;

- introdução – “diz-se o que se vai dizer”, quem o pediu, finalidade, método,


arrumação dos dados, referencias sobre o tema;

- corpo – dados descobertos, conclusões a partir deles, fundamentos das


recomendações:

1. proposição

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

2. demonstração

3. sugestão

- Conclusão – “diz-se o que foi dito”, unificação dos pontos dispersos, não
incluir nada de novo;

- Recomendações;

- Apêndices;

- Agradecimentos, bibliografia.

Tipos

Encontramos os seguintes tipos:

- Relatório clássico – avaria, campanha, promoção;

-Relatório- inquérito – evolução do mercado relativamente a um produto;

- Relatório critico – sobre uma actividade, de modo a desenvolve-la;

-Relatório de síntese acerca de diligências ou de relatórios anteriores.

Sumário

Nesta Unidade temática, procuramos fazer uma reflexão acerca do relatório


uma actividade prática, uma exposição escrita de um determinado trabalho
ou experiência laboratorial.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla

1. O relatório define-se como sendo:


a) Uma declaração formal dos resultados de uma investigação feita por
alguém, que em relação a ela recebeu instruções de um outro, sob a
forma de pedido ou ordem.
b) Uma declaração informal dos resultados de uma investigação feita
por alguém, que em relação a ela recebeu instruções de um outro,
sob a

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

forma de pedido ou ordem.


c) Uma declaração formal dos resultados de um passeio feito por
alguém, que em relação a ela recebeu instruções de um outro, sob
a forma de pedido ou ordem.
d) Uma declaração informal dos resultados de um passeio feita por
alguém, que em relação a ela recebeu instruções de um outro, sob
a forma de pedido ou ordem.

2. Uma das características do relatório é:


a) Uma linguagem complexa, clara, objectiva e precisa.
b) Uma linguagem simples, obscura, objectiva e precisa.
c) Uma linguagem simples, clara, objectiva e precisa.
d) Uma linguagem complexa, obscura, objectiva e precisa.

3. Conforme as necessidades, as notas podem apresentar-se de modos


diversos:
a) pequenos resumos, palavras-chave, Citações ou frases–
chave, tomar notas do próprio texto, Mapas entre outros.
b) Jornais, revistas e publicações.
c) Todas as alternativas estão corretas.
d) Nenhuma alternativa está correcta.

4. O Relatório é:
a) É um documento a considerar na resolução de
problemas, tomada de decisões, conhecimento de factos ou pessoas,
actualização de informações – habilitando o destinatário para tomar a
atitude mais adequada.

b) Não é um documento a considerar na resolução de


problemas, tomada de decisões, conhecimento de factos ou pessoas,
actualização de informações – habilitando o destinatário para tomar a
atitude mais adequada.

c) É um documento a não considerar na resolução de


problemas, tomada de decisões, conhecimento de factos ou pessoas,
actualização de informações – habilitando o destinatário para tomar a
atitude mais
adequada.
30
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

5. Faz parte dos tipos de Relatórios:

a) Relatório- inquérito – evolução do mercado


relativamente a um produto.

b) Relatório- inquérito – evolução do mercado


relativamente a um produto;

c) Relatório critico – sobre uma actividade, de modo a


desenvolve-la.

d) Todas as alternativas estão correctas.

Todas as alternativas estão corretas

Questões de Verdadeiro e Falso


6. Preâmbulo/Resumo contém subcapítulos, secções, em sequência, e
páginas.
7. Página de Rosto contém declaração breve do conteúdo, dá uma ideia
geral.

8. O Relatório apresenta como características: Uma linguagem simples,


clara, objectiva e precisa.
9. O relatório não é uma declaração formal dos resultados de uma
investigação feita por alguém, que em relação a ela recebeu instruções
de um outro, sob a forma de pedido ou ordem.

10. O relatório não deve ser persuasivo, decisivo e voltado para a acção –
não basta ser bem escrito, pois comunica ideias e informações,
influenciam decisões, inicia uma acção.

Questões de reflexão
11. Por palavras suas, defina o relatório.
12. Argumente sobre as estratégias para a redação de um bom relatório.

31
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

RESPOSTAS:

1. A

2. C
3. A
4. A
5. D
6. Verdadeiro
7.Verdadeiro
8. Verdadeiro
9. Falso
10. Falso

TEMA – IV FICHA BIBLIOGRAFIA.

UNIDADE Temática 4.1. Introdução, ficha bibliografia


UNIDADE Temática 4.2. EXERCÍCIOS deste tema

UNIDADE Temática 4.1. Introdução, ficha bibliográfica

Introdução

Quase sempre, somos confrontados com a necessidade de elaborarmos


trabalhos ou documentos que normalmente dependem de dados ou
informações de fontes já existentes. Sendo necessário recolhê-lhos,
seleccioná-los e sistematizá-los.

Nesta unidade, abordamos sobre a ficha bibliográfica.

Ao completar esta
unidade, você
32
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

deverá ser capaz de:

▪ Identificar os elementos de uma ficha bibliográfica;


Objectivos ▪ Produzir ficha bibliográfica de livros, revistas.
específicos

Ficha Bibliográfica

Conjunto de elementos que permitem a identificação de uma publicação


como um todo ou em partes, capítulos, secções, etc, ordenados segundo
determinadas normas.
A informação colectada nos livros, assim como noutras fontes de
conhecimento, normalmente deve ser devidamente catalogada, ou seja,
a sua proveniência não deve constituir segredo. Tratando-se de
documentos que veiculam ideias de outros sujeitos pensantes, estas
ideias são propriedade e/ou pertenças desses mesmos sujeitos. Isto
significa dizer que, ao se fazer uso dessa mesma informação, dever-se-á
referir a fonte que a produziu – o seu autor, sob pena de se considerar
plágio (roubo de propriedade intelectual), da ideia de outrém. Esta
omissão é considerada
crime, dando direito a um processo criminal que pode ter consequências
imprevisíveis nos termos da lei dos direitos autorais.
Com efeito, é dever de quem pesquisa referir os livros que lhe
serviram de suporte e/ou fonte de inspiração para a produção das suas
próprias ideias, colocando todos os dados que possam facilitar a
localização da obra referida para efeitos de confrontação posterior. Estas
informações são organizadas segundo modelos universalmente
convencionados, a que se dá o nome de ficha bibliográfica.

A construção da ficha bibliográfica obedece a regras fixas:

-APELIDO (maiúsculas), Nome;

-Titulo: subtítulo (se houver) com caracteres destacados (itálico);

-Número de edição (a partir da segunda edição, indicando em


algarismos arábicos, seguido de ponto e abreviatura da palavra
edição);

-
Cidade de

33
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

publicação ( se não consta: SL);

-Editora (sem indicação ou abreviatura da palavra edição);

-Número de volume;

-Ano de edição;

-Número de páginas.

EX: ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 15. ed. São Paulo, Editora
Perspectiva S.A., 1999,p-22.

Sumário

Ficha bibliográfica corresponde conjunto de elementos que permitem a


identificação de uma publicação como um todo ou em partes, capítulos,
secções, etc, ordenados segundo determinadas normas.
As fichas são um instrumento de trabalho indispensável, permitindo:
identificar as obras, conhecer o seu conteúdo, fazer citações, conservar
críticas, nossas ou de outrém, analisar o material a utilizar num trabalho.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla


1. A ficha bibliográfica é...
a) Conjunto de elementos que permitem a identificação de uma
publicação como um todo ou em partes, capítulos, secções, etc,
ordenados segundo determinadas normas.
b) Conjunto de elementos que não permitem a identificação de
uma publicação como um todo ou em partes, capítulos,
secções, etc, ordenados segundo determinadas normas.
c) Conjunto de elementos que permitem a identificação
geográfica de uma publicação como um todo ou em partes,
capítulos, secções, etc, ordenados segundo determinadas
normas.
d) Todas as alternativas estão correctas.

2. É dever de quem pesquisa:


a) Ignorar as fontes.
b) Referir os livros que lhe serviram de suporte e/ou fonte de
inspir
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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

ação para a produção das suas próprias ideias, colocando todos


os dados que possam facilitar a localização da obra referida
para efeitos de confrontação posterior.
c) Referir os livros que o agradaram.
d) Referir os livros que o aborreceram.

3. A Ficha Bibliográfica é:

a) Um documento espontâneo sem norma nenhuma.


b) Conjunto de elementos que permitem a identificação de uma
publicação como um todo ou em partes, capítulos, secções, etc,
ordenados segundo determinadas normas.
c) Conjunto de elementos que permitem não a identificação de uma
publicação como um todo ou em partes, capítulos, secções, etc,
ordenados segundo determinadas normas.
d) Todas as Alternativas.

4. É dever de quem pesquisa:


a) referir os livros que lhe serviram de suporte e/ou fonte de
inspiração para a produção das suas próprias ideias, colocando
todos os dados que possam facilitar a localização da obra
referida para efeitos de confrontação posterior.
b) referir os livros que lhe serviram de suporte e/ou fonte de
inspiração para a produção das suas próprias ideias, colocando
todos os dados que possam dificultar a localização da obra
referida para efeitos de confrontação posterior.
c) referir os livros que não lhe serviram de suporte e/ou fonte de
inspiração para a produção das suas próprias ideias, colocando
todos os dados que possam facilitar a localização da obra
referida para efeitos de confrontação posterior.
d) Todas as alternativas estão correctas.

5. Ficha bibliográfica corresponde ao


a) conjunto de elementos que permitem a identificação de uma
publicação como um todo ou em partes, capítulos, secções, etc,
ordenados segundo determinadas normas.
b) conjunto de elementos que não permitem a identificação de
uma
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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

publicação como um todo ou em partes, capítulos, secções, etc,


ordenados segundo determinadas normas.
c) conjunto de elementos que dificulta a identificação de uma
publicação como um todo ou em partes, capítulos, secções, etc,
ordenados segundo determinadas normas.
d) conjunto de elementos que permitem a identificação de uma
publicação como um todo ou em partes, capítulos, secções, etc,
sem normas.

Questões de Verdadeiro e Falso

6. As fichas são um instrumento de trabalho indispensável, permitindo:


identificar as obras, conhecer o seu conteúdo, fazer citações,
conservar críticas, nossas ou de outrém, analisar o material a utilizar
num trabalho.
7. É dever de quem pesquisa referir os livros que lhe serviram de
suporte e/ou fonte de inspiração para a produção das suas próprias
ideias, colocando todos os dados que possam facilitar a localização
da obra referida para efeitos de confrontação posterior.

8. A informação colectada nos livros, assim como noutras fontes de


conhecimento, normalmente não deve ser devidamente catalogada,
ou seja, a sua proveniência não deve constituir segredo.

9. Na ficha bibliográfica as informações são organizadas segundo


modelos universalmente convencionados.

10. Ficha bibliográfica corresponde ao conjunto de elementos que


permitem a identificação de uma publicação como um todo ou em
partes, capítulos, secções, etc, sem normas.

Questões de Reflexão
11. Que diferenças existem entre a ficha bibliográfica e a bibliografia.
12. Fale sobre os conceitos de “Bibliografia” e Referencia Bibliográfica”.

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

RESPOSTAS:

1. A
2. B
3.B
4. A
5. A

6. Verdadeiro
7. Verdadeiro
8. Falso
9. Verdadeiro
10. Falso

TEMA – V: FICHA DE LEITURA

UNIDADE Temática 5.1.Introdução, Ficha de Leitura


UNIDADE Temática5.2 Exemplo de ficha de leitura
UNIDADE Temática 5.3. EXERCÍCIOS deste tema

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

UNIDADE Temática 5.1.Introdução, ficha de leitura

Introdução

Nem sempre temos a possibilidade de ter, em casa, todos livros de que


precisamos, como nossa propriedade, para os podermos sublinhar, marcar,
assinalar quando temos que fazer um trabalho. Muitas ocasiões, recorremos
em livros dos nossos amigos, colegas ou familiares e muitas vezes em livros
de bibliotecas.

Nesta unidade, iremos tratar de uma técnica bastante recomendável aos


estudantes, ficha de Leitura.
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

▪ Identificar os diferentes tipos de leitura;


Objectivos ▪ Elaborar fichas de leitura
específicos

Fichas de leitura

Segundo ECO, Humberto;

São “aquelas em que se anotam com precisão, todas as referencias


bibliográficas relativas a um livro ou um artigo, se escreve o seu resumo,
se transcrevem algumas citações-chave, se elabora uma apreciação e se
acrescenta uma serie de observações. Há muitas formas de se fazer a

ficha de leitura. Isso depende do objectivo que norteia o seu uso.

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Tipos de ficha de leitura

Ficha analítica – contém uma análise sumária da obra ou do artigo, podendo


referir, entre outros, os seguintes elementos:

- campo ou o saber abordado;


- problemas tratados;
- conclusões alcançadas
- contribuições especiais para o tema
- métodos utilizados: indutivo, dedutivo, dialéctico, histórico,
comparativo;
- recursos empregados: tabelas, quadros, gráficos, mapas.
Entre as suas qualidades destacam-se as seguintes:
-Brevidade;

-Uso de verbos activos;

- Ausência de repetições.

Ficha de citação – reproduz frases consideradas relevantes num trabalho:

- coloca-se entre aspas;


- contém a página;
- transcreve textualmente (incluindo erros, que devem ser
seguidos pelo termo sic colocado entre parênteses rectos
[sic]);
- indica supressão de palavras, recorrendo também a
parênteses rectos [...];
- completa a frase com elementos indispensáveis à sua
compreensão, se for necessário (colocando o acrescento
entre parênteses).
Ficha de resumo ou síntese – apresenta um resumo ou síntese das principais
ideias ou dos aspectos essenciais. Tendo em conta a natureza destes

39
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

exercícios (ver noutro local), lembraremos que esta ficha:

- não é um sumário ou índice;


- não é uma transcrição de frases;
- não é longa;
- não precisa, no caso da síntese, de obedecer à estrutura da
obra.
Ficha de comentário – é uma interpretação crítica das ideias do autor:

- sobre a forma;
- sobre o conteúdo;
- sobre a clareza ou a obscuridade do texto;
- sobre a sua comparação com outros textos
- sobre a importância da obra.
- coloca-se entre aspas;
- contém a página;
- transcreve textualmente (incluindo erros, que devem ser
seguidos pelo termo sic colocado entre parênteses rectos
[sic]);
- indica supressão de palavras, recorrendo também a
parênteses rectos [...];
- completa a frase com elementos indispensáveis à sua
compreensão, se for necessário (colocando o acrescento
entre parênteses).
Ficha de resumo ou síntese – apresenta um resumo ou síntese das principais
ideias ou dos aspectos essenciais. Tendo em conta a natureza destes
exercícios (ver noutro local), lembraremos que esta ficha:

- não é um sumário ou índice;


- não é uma transcrição de frases;
- não é longa;
- não precisa, no caso da síntese, de obedecer à estrutura da
obra.
Ficha de comentário – é uma interpretação crítica das ideias do autor:

- sobre a forma;

40
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

- sobre o conteúdo;
- sobre a clareza ou a obscuridade do texto;
- sobre a sua comparação com outros textos
- sobre a importância da obra.

Conforme nos referimos atrás, existem vários tipos de ficha de leitura,


importa analisar a legenda do exemplo da ficha abaixo.

Referência Bibliográfica Classificação da


obra
Tema

Pg. Notas/Síntese Observações

Sumário

Nesta Unidade temática estudamos e discutimos sobre a ficha de leitura,


uma das técnicas que permite facilitar a busca e ou recuperação do material
lido , do conteúdo seleccionado como fundamental. A elaboração deste tipo
de texto exige o domínio da técnica de tomada de notas, de resumo e ainda
a correcta referenciação bibliográfica.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla

1. O que são fichas de Leitura?


a) São fichas que usamos para ler voluntariamente.
b) São fichas que usamos para ler sob orientação do professor.

41
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

c) São aquelas em que se anotam com precisão, todas as


referências bibliográficas relativas a um livro ou um artigo, se
escreve o seu resumo, se transcrevem algumas citações-chave,
se elabora uma apreciação e se acrescenta uma série de
observações.
d) Todas as alternativas estão correctas.

2. A Ficha de resumo ou síntese:


a) Não apresenta um resumo ou síntese das principais ideias ou dos
aspectos essenciais.
b) Apresenta um resumo ou síntese das principais ideias ou dos
aspectos essenciais.
c) Apresenta um cometário das principais ideias ou dos aspectos
essenciais.
d) Apresenta uma reflexão crítica das principais ideias ou dos aspectos
essenciais.

3. Ficha de comentário é uma interpretação crítica das ideias do autor:

a) sobre a forma;
b) sobre o conteúdo;
c) sobre a clareza ou a obscuridade do texto;
d) Todas as alternativas estão correctas.
4. Ficha de comentário é

a) Uma interpretação crítica das ideias do autor.

b) Uma (re) integração das ideias do autor.

c) Uma (re) interpretação das ideias do autor.

d) Todas alternativas estão correctas.

5. A elaboração da ficha de leitura exige:

a) O domínio da técnica de tomada de notas, de resumo e


ainda a correcta referenciação bibliográfica.

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

b) O fraco domínio da técnica de tomada de notas, de resumo


e ainda a correcta referenciação bibliográfica.
c) O domínio da língua inglesa.
d) Todas as alternativas estão correctas.

Questões de Verdadeiro e Falso


6. A Ficha de comentário é uma interpretação crítica das ideias do
autor.
7. A Ficha de citação não reproduz frases consideradas relevantes num
trabalho.

8. Existem vários tipos de ficha de leitura.


9. A Ficha analítica contém uma análise sumária da obra ou do artigo.
10. Fichas de leituras são aquelas em que se anotam com precisão, todas
as referencias bibliográficas relativas a um livro ou um artigo, se
escreve o seu resumo, se transcrevem algumas citações-chave, se
elabora uma apreciação e se acrescenta uma serie de observações.

Questões de Reflexão
11. Argumente sobre os diferentes tipos de ficha de leitura.
12. Defina a ficha de comentário.

RESPOSTAS:

1. C
2.B
3. D
4. A
5. A
6. Verdadeiro
7. Falso
8. Verdadeiro
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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

9. Verdadeiro
10. Verdadeiro

TEMA – VI. RESUMO

UNIDADE Temática 6.1.Introdução, Resumo


UNIDADE Temática 6.2. Exercícios desta unidade

UNIDADE Temática 6.1. Introdução, Resumo

Introdução

Resumir texto não é uma tarefa fácil pois exige do estudante uma boa
capacidade de compreensão e análise do texto.

Nesta unidade temática iremos falar do resumo.

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

▪ Resumir um texto;
Objectivos ▪ Identificar as regras para o resumo.
específicos

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Resumo

Resumir um texto é condensar as ideias principais, respeitando o sentido, a


estrutura e o tipo de enunciação, isto é, os tempos e as pessoas, com a ajuda
do vocabulário e do estilo pessoais do aluno. É, assim, reter as linhas de um
raciocínio, o essencial dos dados de um problema, as características de uma
situação, as conclusões de uma analise, sem o mais pequeno comentário.

Segundo PETITJEAN, Roger (1984:123) o resumo é um exercício que encara


o texto como um todo, “considerando-o não como uma sequencia de frases
autónomas, mas como uma totalidade, formal e significativa”.

Características do resumo

É uma técnica e, como tal, a prática é indispensável para a sua aquisição.


Trata-se de um exercício de inteligência, implicando capacidade de rigor, de
cultura e de escrita. Comparável à tradução de um texto (de uma língua
antiga ou moderna), é a produção de um texto segundo ou dependente, mas
apresentando o sentido numa forma nova.

Regras Básicas de um Resumo

Segundo ( Maria Teresa Serafim,1986:149) podemos observar quatro regras


básicas:

-Supressão: a)- de repetições, de fórmulas, da ênfase, de interjeições… o


resumo transmite uma tese, não uma escrita;

b)- de exemplos isolados, citações, anedotas… o resumo


transmite uma demonstração, não uma explicação.

- Generalização: é possível substituir alguns elementos, como palavras e


ideias, por outros mais gerais.

- Selecção: distinguir bem o essencial e o acessório, suprimindo os elementos


que exprimam pormenores óbvios e normais no contexto.

- Construção: manter tempos e pessoas, respeitar a ordem de texto, atender


à proporção entre o texto dado e o texto a produzir, fazer tantos parágrafos
quantas as partes que contiver o nosso plano, conservar a estrutura do texto
de partida e, assim as articulações lógicas; ligar logicamente as frases
regidas.

Defeitos a evitar

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Alian Pages e J. Pages-Pindon ( 1982: 179) destacam os seguintes:

- Imitação do texto de partida: o resumo pode usar o mesmo vocabulário


(evitar a busca abusiva de sinónimos) mas não permite o uso de expressões
ou de frases inteiras, isto é, citações.

- Intromissões pessoais: comentários ou deturpações.

- Destruição do texto: ausência de ligações lógicas entre as frases ou


parágrafos.

-Desproporção, tanto parcial, conservando um exemplo ou uma ideia


secundária em detrimento de uma ideia principal, como geral, atribuindo
demasiada importância a uma parte do texto em detrimento das outras.

Sumário

Nesta Unidade temática estudamos e discutimos fundamentalmente sobre o


Resumo, pois o mesmo consiste em apresentar de forma contraída, reduzida
ou abreviada, as ideias principais de um texto. E para chegarmos a ele, há
que fazer uma operação mental insubstituível: dispensar o que não é
significativo. Ao dispensar o que é secundário, valorizará só o que é
fundamental. Por isso, um resumo bem feito é económico em palavras e rico
em significado.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla

1. Resumir um texto é:

a) É condensar as ideias principais, respeitando o sentido, a


estrutura e o tipo de enunciação com ajuda do vocabulário e do
estilo pessoal do aluno.
b) É multiplicar as ideias principais, respeitando o sentido, a
estrutura e o tipo de enunciação com ajuda do vocabulário e do
estilo pessoal do aluno.
c) É condensar as ideias acessórias, respeitando o sentido, a
estrutura e o tipo de enunciação com ajuda do vocabulário e do
estilo pessoal do aluno.

46
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

d) É condensar as ideias principais, não respeitando o sentido, a


estrutura e o tipo de enunciação com ajuda do vocabulário e do
estilo pessoal do aluno.

2. Faz parte das regras básicas do resumo:


a) O acessório.
b) A não generalização.
c) A supressão.
d) Todas as alternativas estão correctas.

3. Abaixo estão indicados os defeitos a evitar no resumo:


a) Imitação do texto de partida;
b) Intromissões pessoais;
c) Destruição do texto;
d) Todas as alternativas estão correctas.
4. São Defeitos a evitar no Resumo:
a) Imitação do texto de partida: o resumo pode usar o
mesmo vocabulário (evitar a busca abusiva de sinónimos) mas
não permite o uso de expressões ou de frases inteiras, isto é,
citações.

b) Intromissões pessoais: comentários ou


deturpações.

c) Destruição do texto: ausência de ligações lógicas


entre as frases ou parágrafos.

d) Todas as alternativas estão correctas.

5. Faz parte das Regras Básicas de um Resumo

a) Supressão: de repetições, de fórmulas, da ênfase,


de interjeições… o resumo transmite uma tese, não uma
escrita;

b) de exemplos isolados, citações, anedotas… o


resumo transmite uma demonstração, não uma
explicação.

c) Generalização: é possível substituir alguns


e
l
47
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

ementos, como palavras e ideias, por outros mais gerais.

d) Todas as alternativas estão correctas.

Questões de Verdadeiro e Falso

6. No resumo, a originalidade ocorre quando é feito com base


numa linguagem original, própria de cada leitor, embora
transmita apenas o ponto de vista do autor.
7. No resumo, a clareza refere-se aos factos ou as ideias que são
apresentados sem qualquer tipo de confusão ou ambiguidade.
8. Resumir um texto não é condensar as ideias principais,
respeitando o sentido, a estrutura e o tipo de enunciação, isto
é, os tempos e as pessoas, com a ajuda do vocabulário e do
estilo pessoais do aluno.
9. No resumo, Construção significa manter tempos e
pessoas, respeitar a ordem de texto, atender à proporção
entre o texto dado e o texto a produzir, fazer tantos parágrafos
quantas as partes que contiver o nosso plano, conservar a
estrutura do texto de partida e, assim as articulações lógicas;
ligar logicamente as frases regidas.

10. Segundo PETITJEAN, Roger (1984:123) o resumo é


um exercício que encara o texto como um todo,
“considerando-o não como uma sequência de frases
autónomas, mas como uma totalidade, formal e significativa”.

Questões de Reflexão
11. Segundo PETITJEAN, Roger (1984:123) o resumo é
um exercício que encara o texto como um todo,
“considerando-o não como uma sequência de frases
autónomas, mas como uma totalidade, formal e significativa”.
Argumente.

12. Fale sobre as regras básicas do resumo.

48
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

RESPOSTAS:

1.A
2. C
3. D
4. D
5. D
6. Verdadeiro
7. Verdadeiro
8. Falso
9. Verdadeiro
10. Verdadeiro

TEMA –VII:TEXTOS ESTRUTURAIS E OU ADMINISTRATIVOS.

UNIDADE Temática 8.1.Introdução, procuração


UNIDADE Temática 1.4. EXERCÍCIOS deste tema

UNIDADE Temática 1.1.Introdução, procuração .

Introdução

No seu quotidiano o Homem estabelece várias relações de varia ordem, em


algum momento sujeitas no cumprimento da ordem burocrática
estabelecida, que requer a formalização das suas intenções administrativas.

Os textos administrativos, veiculam informações de carácter privativo a um


circuito burocrático previamente instalado. Nesta unidade temática,
abordaremos
acerca de
49
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Procuração e a acta.

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

▪ Conceptualizar procuração;

Objectivos ▪ Identificar a estrutura de uma procuração;


específicos
▪ Produzir uma procuração

Procuração

É um instrumento de mandato por meio do qual uma pessoa ou sociedade


nomeia outra para representá-la na prática de actos jurídicos ou na
administração de interesses, delegando-lhes os poderes para a execução de
finalidades e especificas ou para responder amplamente por seus interesses.

Estrutura

A estrutura de uma procuração compreende:

- Título: o nome do documento;

-Identificação: a apresentação do nome, naturalidade, n° de B.I e local de


emissão, estado civil, profissão e residência do outorgante e o outorgado.

A posição da identificação não é sequencialmente rígida; em função do tipo


de procuração, ela também pode aparecer ao longo do texto ou então, final.

- Finalidade e Poderes – parte em que o mandante/outorgante ou seu


constituinte declaram a finalidade da procuração, bem como autoriza o
mandatário/outorgado a praticar os actos para os quais é nomeado.

- Data e assinatura do outorgante.

- Assinatura das testemunhas (se as houver, costumam ficar abaixo da


assinatura o outorgante, à esquerda).

Tipos de procuração

A procuração pode
assumir vários
50
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

tipos para a assembleia-geral, em falência, de viajante, de gerência


comercial, pública, particular, bastante, geral, especial, em causa própria e
aput-acta. Destes, os mais vulgares são:

- Publica – lavrada em cartório notarial, pelo notário ou pelo escrivão do


processo.

- Particular – lavrada e assinada pelo mandante ou só assinada pelo


mandante e por duas testemunhas. Contudo, é, geralmente, conservada em
registo.

- Bastante – em que se confere poderes necessários por lei para um


determinado fim.

- Geral – em que se concede mandato para todos os actos (sem os especificar


e sem restrições).

- Especial – em que se concede mandato para actos específicos.

- Em causa própria – em que se concede poderes para haver um objectivo


cedido.

N.B

1. Todas as assinaturas devem ser reconhecidas em cartório notarial. Logo, é


indispensável que os intervenientes sejam portadores de documentos de
identificação.

2. Caso a procuração seja lavrada por um constituinte, é necessário que esse

possua o documento que o nomeia como tal. Esse documento, deve estar
escrito e assinado pelo mandante, com reconhecimento em presença física
diante do notário.

3. Se um dos intervenientes não souber escrever, a procuração é-lhe lida na


presença do notário e se estiver na plenitude das suas capacidades assina-a “
a rolo” (estampagem de impressões digitais).

Exemplo de uma procuração

Eu,-------------, comerciante, portador do B.I n°------------------, emitido em-------


--------------, pelo arquivo de identificação civil de --------------, nascido em-------
-------, na localidade de-------------, distrito de--------------, província de------------
---, estado civil------------, e residente em------------- ,constituo bastante
procurador------------,profissão------------, portador do B.I n°-------------, emitido
em---------- pelo arquivo de-------------, nascido em------------,na localidade de --
------------ distrito
51
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

de ---------------, província de -------------------------, estado civil--------------, e


residente em------------------, concedendo-lhe plenos poderes para, com
plenas faculdades me representar junto de todos os tribunais da Republica
de Moçambique, autoridades, entidades, repartições publicas, e perante
quaisquer pessoas, usando de todos os poderes forense e em direito,
incluindo transigir, exigir ou fazer seguir quaisquer acções civis, criminais ou
outros, conforme seja necessário para a completa execução deste mandato.

Sumário

Nesta Unidade temática estudamos e discutimos fundamentalmente acerca


de procuração, um texto de carácter administrativo através do qual alguém
(mandante/outorgante) ou seu representante (constituinte) atribuem a
outrem (mandatário/ procurador/outorgado) um mandato
(poder/desejo/posição) acerca de um dado assunto (negocio, herança, etc).
Pode ser lavrada por uma pessoa física ou jurídica. Em ambos os casos, deve
ser de carácter voluntario, e os efeitos restringem-se ao mandato
mencionado, pelo que esse precisa de ser bem especificado.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla


1. A procuração é:
a) Um instrumento de mandato por meio do qual uma pessoa ou
sociedade nomeia outra para representá-la na prática de actos
jurídicos ou na administração de interesses, delegando-lhes os
poderes para a execução de finalidades e especificas ou para
responder amplamente por seus interesses.
b) Um instrumento judicial instituído pelo governo.
c) Uma simples declaração oral sem qualquer valor legal.
d) Todas as alternativas estão correctas.

2. Na procuração, a identificação é:
a) O local em que o cidadão outorgado vive.
b) Apresentação do nome, naturalidade, n° de B.I. e local de
emissão, estado civil, profissão e residência do outorgante e do
outorgado.

52
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

c) A não apresentação do nome, naturalidade, n° de B.I. e local de


emissão, estado civil, profissão e residência do outorgante e do
outorgado.
d) Nenhuma das alternativas está correcta.

3. A estrutura de uma procuração compreende:


a) Título;
b) Identificação;
c) Finalidade e Poderes, etc
d) Todas as opções estão correctas.

4. O que vemos abaixo é o Exemplo de uma

Eu,-------------, comerciante, portador do B.I n°------------------, emitido


em---------------------, pelo arquivo de identificação civil de --------------,
nascido em--------------, na localidade de-------------, distrito de-----------
---, província de---------------, estado civil------------, e residente em------
------- ,constituo bastante procurador------------,profissão------------,
portador do B.I n°-------------, emitido em---------- pelo arquivo de------
-------, nascido em------------,na localidade de -------------- distrito de ---
------------, província de -------------------------, estado civil--------------, e
residente em------------------, concedendo-lhe plenos poderes para,
com plenas faculdades me representar junto de todos os tribunais da
Republica de Moçambique, autoridades, entidades, repartições
publicas, e perante quaisquer pessoas, usando de todos os poderes
forense e em direito, incluindo transigir, exigir ou fazer seguir
quaisquer acções civis, criminais ou outros, conforme seja necessário
para a completa execução deste mandato.

a) procuração

b) Carta
c) CV
d) Carta de recomendação

5. A procuração pode
a) Assumir vários tipos.
b) Assumir uma forma única.

53
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

c) Não aceitar alterações.


d) Obedecer um único modelo.

Questões de Verdadeiro e Falso


6. A procuração não pode assumir vários tipos.

7. A procuração pública é lavrada em cartório notarial, pelo notário ou


pelo escrivão do processo.

8. Na procuração todas as assinaturas devem ser


reconhecidas em cartório notarial. Logo, é indispensável que os
intervenientes sejam portadores de documentos de identificação.

9. Caso a procuração seja lavrada por um constituinte,


não é necessário que esse possua o documento que o nomeia como
tal. Esse documento, deve estar escrito e assinado pelo mandante,
com reconhecimento em presença física diante do notário.

10. Na procuração, se um dos intervenientes não


souber escrever, a procuração é-lhe lida na presença do notário e se
estiver na plenitude das suas capacidades assina-a “a rolo”
(estampagem de impressões digitais).

Questões de Reflexão

11. “Caso a procuração seja lavrada por um


constituinte, não é necessário que esse possua o documento que o
nomeia como tal. Esse documento, deve estar escrito e assinado
pelo mandante, com reconhecimento em presença física diante do
notário.” Comente.

12. Elabore uma procuração para um fim a sua escolha.

54
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

RESPOSTAS:

1.A
2. A
3. A
4. A
5. A
6. Falso
7. Verdadeiro
8. Verdadeiro
9. Falso
10. Verdadeiro

TEMA – VIII: ACTA.

UNIDADE Temática 8.1.Introdução, acta


UNIDADE Temática8.2. Exercicios do tema

UNIDADE Temática 8.1.Introdução, Acta

Introdução

A acta é um documento de carácter administrativo, muito usado em varias


instituições do pais, mas obedece muitos procedimentos rígidos.
Nesta unidade temática, falaremos detalhadamente acerca do mesmo.
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

55
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Objectivos ▪ Distinguir a acta dos outros textos de índole administrativa;


específicos
▪ Reconhecer a estrutura formal da acta;

▪ Identificar as características da linguagem da acta;

Acta

É a reprodução de factos, decisões e opiniões reportados a assembleias,


reuniões ou conselhos...é o relato oficial de tudo o que se passou durante a
reunião de uma instituição, departamento, secção, conselho ou grupo de
trabalho. Costuma fazer-se a distinção entre projecto de acta e a acta
propriamente dita, coincidindo a passagem do primeiro à segunda com o
momento da sua aprovação.

Este documento é elaborado pelo secretário da reunião que tem a ingrata,


difícil e a penosa tarefa de, ao longo dela, recolher os apontamentos
indispensáveis à sua elaboração posterior do projecto de acta. Mais tarde,

com a ajuda do presidente, em caso de necessidade, ordená-los-á e redigirá


uma primeira versão. O projecto de acta é escrito no livro de actas, cujas
folhas devem estar rubricadas e numeradas – as folhas, não as páginas, pois
cada folha tem duas páginas – pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral,
o mesmo acontecendo com os termos de abertura e de encerramento.

A redacção deve ser simples, concisa e clara; não deve haver abreviaturas e
os números tal como as datas escrevem-se por extenso; intervalos em
branco, interlinhas e rasuras são eliminados. Enquanto o projecto de acta, ou
minuta, não for aprovado em Assembleia Geral, é pertença de quem o
elaborou, que pode fazer as alterações que achar para a sua compreensão e
fidelidade.

56
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Nela são relatadas todas as intervenções dos participantes da reunião. A sua


redacção obedece a uma fórmula fixa de introdução e fecho, começando-se
do seguinte modo: (aos nove dias, do mês de Junho de dois mil e sete, nas
instalações da Faculdade de Educação e Comunicação, realizou-se uma
reunião, que obedeceu à seguinte ordem de trabalhos/ ou cuja agenda
encontra-se em anexo…

Estruturalmente, a acta pode ser dividida em três partes fundamentais,


nomeadamente:

➢ O cabeçalho, contendo a identificação do documento e o respectivo


número de ordem
➢ O corpo, comportando os relatos das várias etapas e intervenções dos
participantes
➢ O Fecho, contendo a fórmula fixa do fecho e as assinaturas do
presidente e do secretário da reunião.

Técnicas de elaboração
Ao longo da elaboração da acta, há formas próprias de introdução das
intervenções/falas dos participantes da reunião, como os actos de fala que a

seguir alistamos:

- referindo-se à questão do…ele teria dito que…


- usando da palavra, o Sr, Mahulana, afirmou que…disse
que…realçou o facto de que…
- apelou aos presentes para que…
- questionou o facto de…
- Perguntou,
- disse ter ficado impressionado, chateado, escandalizado com
o facto de…
- João Wanicela disse não concordar com a posição do seu
colega…
- Benilde, chefe da turma, interveio para aclarar algumas
questões que constituíam embaraço…
A acta obedece a uma fórmula fixa do fecho, que é: (não havendo mais a
tratar, a reunião

57
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

foi encerrada (dada por terminada), da qual foi lavrada/ (se lavrou) a
presente acta, que, depois de lida, será assinada pelo Presidente (ou…) e por
mim que secretariei a reunião.

NB:

➢ Os espaços em branco, na acta, devem ser trancados de forma a


evitarem-se acréscimos posteriores…
➢ Em caso de falha ao longo da redacção da acta, esta não deve ser
rasurada nem borrada, devendo-se, nestes casos, acrescentar-se a
palavra digo, logo depois da falha e colocando a palavra correcta
pretendida.

Elementos Discursivos
Uso da voz passiva e das formas do particípio passado (relativamente ao
ponto número três, foi dito que…ficou acordado que…decidiu-se que as
reuniões serão feitas…),

Uso do discurso indirecto (ele disse que…)

Uso do Pretérito perfeito, mas também das formas do imperfeito… (ele teria
dito que…), coube a vez a ….que interveio para questionar sobre se não
haveria espaço para mais um ponto na agenda.

Valor
A acta é o meio formação da “ vontade colectiva”; o elemento de prova e de
interpretação dessa vontade;
O registo da vida das instituições. Depois de aprovada, é imutável e só a
assembleia pode permitir que ela seja objecto de avaliação posterior.

Sumário

Nesta Unidade temática estudamos e discutimos acerca da acta, um


documento usado em várias instituições espelhando-as várias actividades
desenvolvidas.
A acta é a reprodução de factos, decisões e opiniões reportados a
assembleias,
58
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

reuniões ou conselhos…
É o relato oficial de tudo o que se passou durante a reunião de uma
instituição, departamento, secção, conselho ou grupo de trabalho. Costuma
fazer-se a distinção entre o projecto de acta propriamente dita, coincidindo a
passagem do primeiro à segunda com o momento da sua aprovação.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla

1. Estruturalmente, a acta pode ser dividida 3 em partes fundamentais


que são:
nomeadamente:

a) O cabeçalho, o corpo e o fecho;

b) Início, meio e fim;

c) Introdução, desenvolvimento e bibliografia;

d) Todas as alternativas estão correctas.

2. A acta é elaborado pelo secretário da reunião que tem a


tarefa de...

a) ao longo dela, recolher os apontamentos indispensáveis à sua


elaboração posterior do projecto de acta.
b) Colocar informações de factos ocorridos em circunstâncias que em
nada se relacionam com a reunião.
c) Colocar as informações políticas actuais.
d) Todas as alternativas estão correctas.

3. Em relação ao valor, a acta é o meio de formação da...

a) Vontade colectiva.

b) Vontade individual do presidente.

59
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

c) Vontade individual do orador da reunião.

d) Nenhuma das alternativas está correcta.

4. Ao longo da elaboração da acta,

a) Há formas próprias de introdução das intervenções/falas dos


participantes da reunião, como os actos de fala.

b) Não há formas próprias de introdução das intervenções/falas dos


participantes da reunião, como os actos de fala.

c) Há formas impróprias de introdução das intervenções/falas dos


participantes da reunião, como os actos de fala.

d) Todas as alternativas estão correctas.

5. A acta é a:

a) É a reprodução de factos, indecisões e opiniões reportados a assembleias,


reuniões ou conselhos…
b) É a reprodução de factos, decisões e opiniões reportados a assembleias,
reuniões ou conselhos…
c) É a reprodução de factos, decisões e opiniões reportados a assembleias,
reuniões ou concelhos…
d) Todas as alternativas estão correctas.

Questões de Verdadeiro e Falso

6. A acta é um documento de carácter administrativo, muito usado em


várias instituições do país e obedece muitos procedimentos rígidos.

7. Ao longo da elaboração da acta, não há formas próprias de


introdução
das
60
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

intervenções/falas dos participantes da reunião, como os actos de


fala.

8. A acta é o relato oficial de tudo o que se passou durante a reunião


de uma instituição, departamento, secção, conselho ou grupo de
trabalho.

9. Os espaços em branco, na acta, devem ser trancados de forma a


evitarem-se acréscimos posteriores…
10. Em caso de falha ao longo da redacção da acta, esta não deve ser
rasurada nem borrada, devendo-se, nestes casos, acrescentar-se a
palavra digo, logo depois da falha e colocando a palavra correcta
pretendida.

Questões de Reflexão
11. Elabore uma acta.
12. Em seguida fale sobre as características da acta.

RESPOSTAS:

1.A
2. A
3. A
4. A
5. B
6. Verdadeiro
7. Falso
8. Verdadeiro
9. Verdadeiro
10. Verdadeiro

61
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

TEMA – IX: CONVOCATÓRIA.

UNIDADE Temática 9.1. Introdução, Convocatória.


UNIDADE Temática9.3. EXERCÍCIOS deste tema

UNIDADE Temática 11.1. Introdução, Convocatória.

Introdução

Sempre que pretendemos reunir com um público determinado, seja escolar,


comunitário e outro, há sempre uma prévia necessidade de informar todos
os participantes previstos para fazer parte dessa reunião. Porém, para o
efeito, é lhes formulado um documento numa data que antecede o encontro
denominado Convocatória, o texto de que falaremos nesta unidade.

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

▪ Definir convocatória;

▪ Identificar as situações em que se produz uma convocatória;


Objectivos
específicos ▪ Analisar a convocatória nos aspectos icónico, discursivo e linguístico;

▪ Produzir uma convocatória;

Convocatória
É um texto de chamada de atenção, dirigida geralmente a varias pessoas
produzidas por um emissor ou entidade, investido de competências e poder,
que convida ou manda comparecer para algo. Na convocatória indica-se, o
dia, a hora, e o local, sendo por isso de carácter mais obrigatório,
distinguindo-se do aviso, por este ser de cumprimente mais voluntario.
Tem como objectivo (s) levar os receptores a realizarem uma acção futura
verbal ou não verbal.

Organização textual

a) Ponto de vista icónico


- texto curto;

62
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

- organizado graficamente em três partes, nomeadamente: o cabeçalho,


o corpo do texto e o fecho.

• O cabeçalho – corresponde ao endereço ou instituição emissora da


convocatória bem como o indicativo da mesma.
• O corpo – compreende as duas sub-partes:
a) Nome da instituição - entidade que convoca, data, hora, e local
da realização da sessão convocada, o seguimento linguístico
“convocar” que explicita a autoridade de poder do delegado da
colectividade que anuncia a agenda da sessão convocada.
b) Corresponde a sequência de parágrafos correspondentes a
sequência cronológica das actividades a serem praticadas no
decorrer da sessão.
O fecho– corresponde à assinatura da entidade legislada como competente
para criação da realidade “sessão ordinária”. Esta assinatura é precedida
pela data e local de emissão e pelo cargo que lhe confere autoridade e
[poder para convocar a sessão.

b) Estrutura
- quem?
-oque?
-quando?
-onde?
-para que?
- local data e assinatura.

Organização linguística

Numa convocatória, a sequência dos parágrafos corresponde a


sequencia cronológica das actividades a serem desenvolvidas. A
linguagem deve ser simples clara, objectiva e inicio.

a) Marcas de pessoa

Usa-se a 1ª pessoa da singular representativa de uma entidade

Investida de poder (presidente da assembleia geral) que


determina a realização futura de uma sessão; usa-se também a
2ª pessoa do plural (implícita).

b) Marcas de tempo e espaço

Presidem à produção deste tipo de texto: a do local e a do


momento de enunciação ( do emissor) – Maputo, 18 de Maio de
1995; do local e do momento da acção sede da sociedade, 30 de
Maio de 1995.

c) Tempos verbais
O verbo convocar identifica o texto como prescritivo, pois coloca

63
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

o receptor no cumprimento do “dever fazer” e pode apresentar-


se sob três formas: convoco, convocam-se, ou são convocados.

Numa convocatória estão sempre implícitos três momentos:


Passado – para se convocar, tem de ter havido um
motivo/circunstância precedente;
Presente – respondendo a essa circunstância, faz-se a
convocatória;
Futuro – a convocatória tem em vista a abordagem a
abordagem, apresentação ou discussão de um assunto no
momento posterior ao da produção da convocatória.

Técnicas de elaboração

Em princípio, não há uma técnica propriamente dita, mas há, obviamente,


elementos a ter em conta antes da sua elaboração, nomeadamente:

a. deve conter uma agenda (pontos a discutir na reunião


prevista.)
b. a convocatória é endereçada a um público alvo bem
definido, podendo ser: a comunidade escolar (pais e
encarregados de educação, alunos em geral, professores da
escola, funcionários etc.)
c. deve haver a indicação do local e da data

Análise icónica

A leitura icónica é feita inconscientemente, numa primeira fase,

Visto ser baseada nos elementos que se nos apresentam diante de

nossos olhos. O olhar é dirigido, mas ver é um acto involuntário. Ao


observarmos o material impresso, notamos os elementos mais salientes,
destacáveis. Apercebemo-nos da extensão do texto. Ora todas estas ilações
são tiradas involuntariamente. Trata-se de operações que acontecem a nível
do nosso cérebro, mas que não dependem dum esforço físico ou psíquico
empreendido por nós. Esta leitura permite identificar o texto, antes da sua
leitura conteudística. Nela, presta-se especial atenção aos aspectos mais
destacados a partir de elementos de realce, tais como a escrita a negrito (em
bold), em itálico e/ou sublinhado. Muitas vezes, o leitor não precisa de ler o
texto para se

64
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

aperceber com que tipo de texto está a lidar. Os elementos iconográficos são
dispostos de tal ordem que o texto se identifique por si, captando a atenção
do público leitor. Ora, será após a leitura conteudística do texto que algumas
dúvidas serão dissipadas, nomeadamente no que diz respeito ao público
visado, assunto, data, hora e local.

Sumário

Convocatória é um documento que chama sócios para reunir, elaborado por


quem tem poderes institucionais para o fazer. Normalmente, é dada a
conhecer por aviso postal para cada participante, com antecedência
considerada necessária – nas associações é de oito dias.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla

1. A organização da convocatória sob o ponto de vista linguístico obedece o


seguinte:

a) quem?, o quê?, quando?, onde?, para quȇ? E local data e assinatura.

b) quem?, o quê?, quando?, onde?, para quȇ?

c) quem?, o quê?, quando?, onde? E local data e assinatura.

d) quem?, o quê?, quando?, onde?

2. Numa convocatória...

a) A sequência dos parágrafos corresponde à sequência cronológica das


actividades a serem desenvolvidas.

b) A sequência dos parágrafos não corresponde à sequência cronológica das


actividades a serem desenvolvidas.

c) A sequência dos parágrafos não corresponde a qualquer facto relevante.

65
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

d) A sequência dos parágrafos é totalmente indiferente.

3. Numa convocatória a linguagem deve ser:

a) Complexa e sem qualquer clareza.

b) Literária, ou seja, carregada de muita conotação.

C) Simples, clara e objectiva.

d) Todas as alternativas estão correctas.

4. A leitura icónica é feita:

a) Conscientemente, numa primeira fase, visto ser baseada nos elementos


que se nos apresentam diante de nossos olhos.

b) inconscientemente, numa primeira fase, visto ser baseada nos elementos


que se nos apresentam diante de nossos olhos.

c) inconscientemente, numa segunda fase, visto ser baseada nos elementos


que se nos apresentam diante de nossos olhos.

d) Todas as alternativas estão correctas.

5. Em princípio, não há uma técnica propriamente dita, para a elaboração


da acta mas há, obviamente, elementos a ter em conta antes da sua
elaboração, nomeadamente:

a) deve conter uma agenda (pontos a discutir na reunião prevista.)


b) a convocatória é endereçada a um público alvo bem definido, podendo
ser: a comunidade escolar (pais e encarregados de educação, alunos em
geral, professores da escola, funcionários etc.)
c) deve haver a indicação do local e da data
d) Todas as alternativas estão correctas

66
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Questões de Verdadeiro e Falso

6. Na convocatória não se usa a 1ª pessoa do singular representativo de


uma entidade investida de poder (presidente da assembleia geral) que
determina a realização futura de uma sessão; não se usa também a 2ª
pessoa do plural (implícita).

7. A convocatória é um documento que chama sócios para reunir, elaborado


por quem tem poderes institucionais para o fazer. Normalmente, é dada a
conhecer por aviso postal para cada participante, com antecedência
considerada necessária – nas associações é de oito dias.

8. Convocatória é um documento que chama sócios para reunir, elaborado


por quem tem poderes institucionais para o fazer.

9. Numa convocatória estão sempre implícitos três momentos.


11. Na convocatória, o futuro não tem em vista a abordagem a
abordagem, apresentação ou discussão de um assunto no momento
posterior ao da produção da convocatória.

Questões de Reflexão

12. Em que consiste uma convocatória?

13. Apresente um exemplo de convocatória.

RESPOSTAS:

1.A
2. A
3. C
4. B

67
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

5. D
6. Falso
7. Verdadeiro
8. Verdadeiro
9. Verdadeiro
10. Falso

TEMA – X: FRASE.

UNIDADE Temática 10.1.Introdução, conceito de frase.


UNIDADE Temática10.2. tipos e formas de frase
UNIDADE Temática 1.4. EXERCÍCIOS deste tema

UNIDADE Temática 1.1.Introdução, frase.

Introdução

O estudo da frase e o da organização dos elementos que a


constituem pressupõem o conhecimento de alguns conceitos nem
sempre fáceis de definir. Facto este que faz com que muitos
estudantes, enfrente enormes dificuldades na compreensão da
estrutura frásica.
Essa dificuldade resulta não só da própria natureza do assunto, mas
também das diferenças dos métodos e técnicas de análise adoptados
pela linguística clássica e pelas principais correntes da linguística
contemporânea.

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

68
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

▪ Distinguir frase simples das complexas;


Objectivos ▪ Identificar a estrutura da frase;
específicos
▪ Distinguir frase da oração.

Segundo BORREGANA, a frase é um enunciado de sentido completo, a


unidade mínima de comunicação.” 3

Ex: As rosas do meu jardim são belas.


As rosas que tenho no meu jardim são belas.

A Frase e Oração

A frase pode conter uma ou várias orações. A frase contém mais do que uma
oração quando tem mais do que um verbo conjugado. Por exemplo:

“Este livro é admirável..”

“O professor diz que este livro é admirável.”

No primeiro caso estamos perante uma frase constituída por uma oração, e
no segundo caso por duas orações. Quando a frase é constituída por várias
orações e cada uma está organizada à volta de um verbo, trata-se de uma
frase complexa.
Exemplo de uma frase simples:

“ A educação constitui um factor de desenvolvimento.”

Exemplo de uma frase complexa:

“A educação que é ministrada nas nossas escolas é um factor de


desenvolvimento e tem como componente fundamental a competência
comunicativa.”

A Estrutura da Frase

A oração e os Seus Elementos

3
BORREGANA, António Afonso, Gramática da Língua Portuguesa, 7ªed., Lisboa,
Texto Editora, p. 220
69
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Os elementos fundamentais de uma oração são: o sujeito (simples ou


composto, subentendido, indeterminado ou inexistente) e o predicado
(verbal; nominal).

O sujeito “é aquilo de que se fala ou sobre que se faz uma afirmação”. O


predicado “é tudo o que se diz do sujeito”.4

Os outros elementos são: o complemento directo, o complemento indirecto,

o predicativo do sujeito, o predicativo do complemento directo, o agente da

passiva, o atributo, o aposto, o vocativo, o complemento determinativo e o

complemento circunstancial (de lugar, tempo, causa, modo, fim, meio,

companhia, dúvida e de instrumento). Para facilitar a compreensão sobre

esta questão, Esteves Rei usa o termo “modificador” para os elementos

adjuntos do nome.

ORAÇÃO = sujeito + predicado

(nome + mod) (verbo + complementos)

Por exemplo: “Meu tio / está muito doente.”

“ A Citroen, uma marca francesa / tem uma boa imagem comercial.”

“O cão perdigueiro come carne.”

Núcleo do suj. Modificador Núcleo do verbo


complemento directo

A Construção nominal ou elipse

Elipse – é “uma figura de sintaxe, consistindo na supressão de


palavras que facilmente se subentendem”.

Ex.: “Que bela paisagem!” por “Esta paisagem é bela.”

A construção nominal verifica-se quando “um elemento verbal é


suprimido a favor do elemento nominal (nome, adjectivos e determinantes:
artigos, demonstrativos e possessivos) ”:

Ex.: “O seu, a seu dono!”

“Um por todos e todos por um.”

4
J.Esteves Rei, Curso de Redacção I, Porto, Porto Editora, p.14
70
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

A construção nominal, apesar de ser uma característica da língua


falada, também é utilizada em textos literários para “produzir um efeito de
movimento e acção ou de autênticas pinceladas na descrição dos elementos
de um quadro, paisagem ou visão”.

A construção nominal é uma construção moderna, utilizada na


linguagem jornalística, técnica e científica, sobretudo nos títulos, nas
legendas e sumários, pois permite uma maior objectividade, brevidade e
concisão das estruturas nominais.
Quando uma frase aparece construída sem verbos, cabe ao leitor
“conceber e sentir o escrito”, ou seja, cabe ao leitor dar um sentido “à alma
da frase.”

A Qualidade da Frase

Unidade - subordinação das ideias secundárias às principais; são


defeitos contra a unidade a multiplicidade de sujeitos.

Clareza - ideias apresentadas de forma “transparente”; é de evitar a


desordem e a “obscuridade” das ideias.

Concisão – significa o “emprego de palavras em número necessário e


suficiente.”
Deve-se evitar a repetição de palavras e de ideias.

Sumário

A frase é um enunciado de sentido completo, a unidade mínima de


comunicação.
Os elementos fundamentais de uma oração são: o sujeito (simples ou
composto, subentendido, indeterminado ou inexistente) e o predicado
(verbal; nominal).

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla

1. A construção nominal verifica-se quando:

a) Um elemento verbal é suprimido a favor do elemento verbal (nome,


adjectivos e determinantes: artigos, demonstrativos e possessivos) .

b) Um elemento verbal é suprimido a favor do elemento nominal (nome,


adjectivos e
71
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

determinantes: artigos, demonstrativos e possessivos) .

c) Um elemento nominal é suprimido a favor do elemento nominal (nome,


adjectivos e determinantes: artigos, demonstrativos e possessivos).

Todas as alternativas estão correctas.

2. A frase é:
a) um enunciado de sentido completo, a unidade mínima de
comunicação.
b) um enunciado sem sentido completo, a unidade mínima de
comunicação.
c) um enunciado de sentido completo, a unidade máxima de
comunicação.
d) Todas as alternativas estão correctas.

3. A construção nominal é:
a) uma construção antiga, utilizada na linguagem jornalística, técnica e
científica, sobretudo nos títulos, nas legendas e sumários, pois
permite uma maior objectividade, brevidade e concisão das
estruturas nominais.
b) uma construção moderna, utilizada na linguagem jornalística, técnica
e científica, sobretudo nos títulos, nas legendas e sumários, pois
permite uma maior objectividade, brevidade e concisão das
estruturas nominais.
c) uma construção moderna, utilizada na linguagem jornalística, técnica
e científica, sobretudo nos títulos, nas legendas e sumários, pois
permite uma maior subjectividade, brevidade e concisão das
estruturas nominais.
d) uma construção moderna, utilizada na linguagem corrente, técnica e
científica, sobretudo nos títulos, nas legendas e sumários, pois
permite uma maior objectividade, brevidade e concisão das
estruturas nominais.

4. Na A Qualidade da Frase a unidade refere-se a:

a) subordinação das ideias secundárias às principais; são defeitos


contra a unidade a multiplicidade de sujeitos.

b) insubordinação das ideias secundárias às principais; são defeitos


contra a unidade a multiplicidade de sujeitos.
c) subordinação das ideias principais; são defeitos contra a unidade
a multiplicidade de sujeitos.
d) Todas as alternativas estão correctas.

72
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

5. Os elementos fundamentais de uma oração são:

a) o sujeito (simples ou composto, subentendido, indeterminado ou


inexistente) e o predicado (verbal; nominal).

b) o sujeito (simples ou composto, subentendido, apenas.

c) o sujeito (simples ou complexo, subentendido, indeterminado ou


inexistente) e o predicado (verbal; nominal).

d) Todas as alternativas estão correctas.

Questões de Verdadeiro e Falso

6. A frase pode conter uma ou várias orações. A frase contém mais do


que uma oração quando tem mais do que um verbo conjugado.

7. Os elementos fundamentais de uma oração são: o sujeito (simples


ou composto, apenas.

8. Segundo BORREGANA, a frase é um enunciado de sentido completo,


a unidade mínima de comunicação.”

9. Quando uma frase aparece construída sem verbos, não cabe ao


leitor “conceber e sentir o escrito”, ou seja, cabe ao leitor dar um
sentido “à alma da frase.”

10. Elipse – é “uma figura de sintaxe, consistindo na supressão de


palavras que facilmente se subentendem”.

Questões de Reflexão

73
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

11. Apresente o exemplo de uma frase.

12. Que elementos são fundamentais em uma frase?

RESPOSTAS:

1.A
2. A
3. B
4. A
5. A
6. Verdadeiro
7. Falso
8. Verdadeiro
9. Falso
10. Verdadeiro

TEMA –XI: A FRASE SIMPLE E COMPLEXA.

UNIDADE Temática 11.1.Introdução, Frase simple e complexas


UNIDADE Temática11.2Frase Complexa
UNIDADE Temática 11.3. EXERCÍCIOS deste tema

74
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

UNIDADE Temática 11.1.Introdução, frase simple e complexa.

Introdução

Ainda no âmbito de estudo da frase, vamos fazer uma distinção da frase


simple da complexa, uma actividade que requer muita atenção por parte do
estudante dada a complexidade que ela exige.

As frases podem ser simples ou complexas de acordo com a expressividade


do autor.

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

▪ Distinguir frase simples das complexas

Objectivos
específicos

As Frases Simples e complexas


De acordo com o conceito de frase anteriormente apresentado, a frase é
“um enunciado de sentido completo, a unidade mínima de comunicação.
Neste sentido, a Frase simples é aquela que possui um e único verbo.
A frase complexa “é aquela que contém dois ou mais verbos
conjugados e, por consequência, duas ou mais orações.” 5

A ligação da frase complexa é feita pelos processos de coordenação e


subordinação.

Coordenação

Os campos cobriram-se de flores e as árvores encheram-se de folhas.

Oração coordenada Oração coordenada

Subordinação

Os campos cobriram-se de flores quando a Primavera chegou.


Oração principal ou subordinante Oração subordinada
A Coordenação

As orações “da mesma natureza” podem ser coordenadas entre si através de


conjunções e locuções coordenativas”

5
José Pinto e Maria do Céu Lopes, Gramática do Português Moderno, Lisboa,
Plátano ed., 2002, p.193
75
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Classificação das orações coordenadas

Tal como as conjunções coordenativas, as orações coordenadas podem ser:

Copulativas - são as que exprimem uma simples adjunção, ou adição, de


afirmação (orações).

Ex: Ele chega e vem falar comigo.


Os rapazes correm, jogam e riem.

Adversativas – são coordenadas adversativas as orações em que estabelece


uma oposição entre o que se afirma na primeira e na segunda:
Ex: Vieste, mas não chegaste a tempo.

É forte o rapaz, porem não tem genica.

Disjuntivas - são disjuntivas as orações coordenadas que estabelecem uma


alternativa entre o que se afirma na primeira e na segunda:

Ex: Ficas com a motoreta velha, ou compro-te uma bicicleta nova?

O réu ora afirmava isto, ora dizia aquilo.

Conclusiva – é conclusiva a oração coordenada que, a partir do conteúdo


da primeira conclui o conteúdo da segunda.

Ex: Tu sabes, logo não reprovaras.

O candidato A é o melhor, portanto ganhara.

Explicativa – é explicativa a oração coordenada que explica a razão do


conteúdo da primeira:

Ex: Sai dessa cama, pois não estás doente.

Explique melhor isso, porquanto tenho ainda dúvidas.

A Subordinação

76
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Segundo Esteves Rei, a subordinação é “ uma relação entre duas


orações que permite a inserção de uma na outra e estabelece uma hierarquia
sintáctica entre elas: uma depende da outra, determinando ou
complementando o sentido.”6

Exemplos: 7 Aquela senhora gritou quando foi assaltada.

Oração subordinante Oração subordinada adverbial temporal

Aquela senhora gritou porque foi assaltada.

Oração subordinante Oração subordinada adverbial causal

As orações subordinadas dependem das orações subordinantes e


esta dependência pode ser feita através de:

• Conjunções ou locuções subordinativas: “Ela gritou para


que a socorressem.” *
• Pronomes ou advérbios relativos: “O rapaz que caiu
magoou-se.”
• Pronomes ou advérbios interrogativos: “Ele disse quem
chega hoje?
Formas verbais não finitas (infinitivo, gerúndio e particípio):

“Pensávamos ter concluído o trabalho. (=

Sumário

A Frase simples é aquela que possui um e único verbo enquanto, as frases


complexas são aquelas que são compostas por mais de um verbo. Estas
podem ser unidas por conjunções ou locuções coordenativas ou

6
J.Esteves Rei, Curso de Redacção I, Porto, Porto Editora, p.30
7
José Pinto e Maria do Céu Lopes, Gramática do Português Moderno, Lisboa,
Plátano ed., 2002, p.196
77
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

subordinativas, conforme a relação de coordenação ou subordinação,


respectivamente

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla Escolha


1. A ligação da frase complexa é feita:
a) pelos processos de coordenação e subordinação.

b) pelos comunicadores.

c) Pelos falantes nativos da língua

d) Todas as altenativas estão correctas.

2. As orações coordenadas podem ser:

a) Copulativas

b) Disjuntivas

c) Explicativas

d) Todas as alternativas.

3. A Frase simples é:

a) Aquela que possui um e único verbo enquanto, as frases


complexas são aquelas que são compostas por mais de um
verbo.

b) Aquela que não possui um e único verbo enquanto, as frases


complexas são aquelas que são compostas por mais de um
verbo.

c) Aquela que possui três verbos enquanto, as frases


complexas são aquelas que são compostas por mais de um
verbo.

d) Todas as alternativas.

4. As orações subordinadas dependem:

a) d
a
78
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

s orações subordinantes.

b) Das frases simples.

c) Das frases complexas

d) Todas as alternativas.

5. As orações Adversativas são:

a) orações em que estabelece uma oposição entre o que se


afirma na primeira e na segunda.

b) orações em que não se estabelece uma oposição entre o que


se afirma na primeira e na segunda.

c) orações em que estabelece uma adição entre o que se


afirma na primeira e na segunda.

d) Todas as alternativas

Questões de Verdadeiro e Falso

1. As frases podem ser simples ou complexas de acordo com a


expressividade do autor.

2. A frase simples é aquela que não possui um e único verbo.

3. Tal como as conjunções coordenativas, as orações coordenadas podem


ser: copulativas, adversativas, disjuntivas, conclusiva, explicativa.

4. As orações subordinadas dependem das orações subordinantes.

5. A Frase simples podem ser unidas por conjunções ou locuções


coordenativas ou subordinativas, conforme a relação de coordenação
subordinação, respectivamente.

79
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Questões de Reflexão

11. Apresente exemplos de frases simples.

12. Apresente exemplos de frases complexas.

RESPOSTAS:

1. A
2. D
3. A
4. A
5. A
6. Verdadeiro
7. Verdadeiro
8. Verdadeiro
9. Verdadeiro
10. Verdadeiro

TEMA – XII: TEXTO EXPOSITIVO -EXPLICATIVO

UNIDADE Temática 12.1 Texto Expositivo-Explicativo

Introdução

Nesta unidade falamos detalhadamente do texto expositivo-explicativo, no


concernente à conceitualização; características estruturais e discursivas; bem
como aos

80
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

princípios que regulam a construção do referido texto.

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

a) enunciados de exposição, contendo uma sucessão de


informações que visam fazer saber.
b) enunciados de explicação que tem como finalidade fazer
compreender o saber transmitido.
c) enunciados que marcam as articulações do discurso: anunciar o
que vai ser dito; resumir o que se disse; antecipar o que vai ser
dito, através de títulos, subtítulos, numerações, etc., focalizar o
que é dito através de sublinhados e de mudanças tipográficas.
Os discursos de manuais (usados nas escolas) têm a ver com saberes

científicos de base de uma disciplina, escritos por autores que não são,

grosso modo, pesquisadores; jogam, sim, um papel de intermediários,

Beacco, 1990. Este facto leva o autor da compilação a usar estratégias que

ajudarão o estudante a compreender o texto.

Características Linguísticas

O texto expositvo/explicativo é um discurso de verdade, a sua objectividade


manifesta-se através de formas linguísticas próprias. Ele é emitido por um
locutor ao qual não são contestados nem o poder nem o saber. Quando se
põe em causa esta autoridade, entra-se no domínio da polémica, perdendo,
assim o estatuto de texto de explicação. É objectivo e isento de ataques.

A análise deste tipo de discurso mostra a existência de uma diversidade de


modos de comunicação:

✓ emprego da passiva;

✓ normalizações;

✓ apagamento do sujeito falante;


✓ emprego de um presente com valor genérico;
✓ uso de expressões que explicam os conteúdos veiculados;
✓ articuladores.
Uma das características do texto expositivo/explicativo consiste na
abstracção do sujeito entanto que membro duma sociedade determinada;
deve neutralizar tudo o que se possa resultar de uma apreciação pessoal,
subjectiva. O discurso expositivo deverá, por isso, fazer desaparecer do
enunciado toda a referência a um caso particular, a um momento
determinado e situar-se no universal. A forma passiva é um mecanismo para
tornar impessoal o

81
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

discurso científico; ela é usada como uma estratégia de objectividade, de


afastamento do sujeito enunciador do seu discurso.

Em suma, usam-se procedimentos de invisibilidade, mesmo que em alguns


textos apareça um nós, eu, estarão desprovidos do valor individualizante.
Por se tratar de um discurso monológico, observa-se a ausência de tu.

As normalizações, processo que consiste na transformação de um sintagma


verbal, ou adjectival num nome, permite, em certos casos, condensar o que
foi dito, assegurar uma determinada orientação da reflexão.

Exemplo:

“Quando os animais e as plantas morrem, os corpos apodrecem (SV)


e acabam por desaparecer na terra. O apodrecimento (N) é provocado por
organismos (...) ”.

Quanto aos tempos verbais, a forma essencial é o presente com


valor genérico ou estativo que enuncia as propriedades.

Exemplo:

“O gato é um animal vertebrado”.

A informação contida nesta frase constitui uma verdade que


perdura, independentemente da sua enunciação.

O presente genérico não pode ser oposto a um passado ou um


futuro, trata-se de uma forma temporal “zero”, Mainguenean (1991:65).

Um presente com valor deíctico (actual) reenvia ao momento de


exposição.

As expressões explicativas têm um papel importante nos textos


expositivos/explicativos, permitindo ao emissor tornar mais clara a sua
comunicação e orientar a compreensão do receptor.

Definidos como elementos que asseguram as relações entre as


diversas partes do texto, quer a nível intrafrásico, interfrásico, quer entre

parágrafos, no texto expositivo/explicativo, estes elementos com


frequência são de natureza lógica.

Estes conectores podem marcar laços de adição (também,


igualmente) oposições (mas, ao contrário) laços de consecução ou de
causalidade (porque, visto que, dado que).

Sumário

O objectivo do
texto
82
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

expositivo/explicativo é o de comunicar de forma clara e pormenorizada, a


um leitor determinado, que se supõe detentor de um saber insatisfatório, o
que deve saber de um facto, assunto ou de um problema.

Por isso, a função comunicativa do texto expositivo-explicativo é a de


transmitir conhecimentos (informar) e a de clarificar e explicar “problemas”
com a finalidade de tornar explícitos processos, relações.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla


1. Os discursos de manuais (usados nas escolas) têm a ver:
a) com saberes científicos de base de uma disciplina, escritos por
autores que não são, grosso modo, pesquisadores;
b) A vontade do autor.
c) A vontade dos alunos
d) Todas as alternativas estão correctas.

2. a função comunicativa do texto expositivo-explicativo:

a) é a de transmitir conhecimentos (desinformar) e a de clarificar e


explicar “problemas” com a finalidade de tornar explícitos processos,
relações.

b) é a de transmitir conhecimentos (informar) e a de clarificar e explicar


“problemas” com a finalidade de tornar explícitos processos,
relações.

c) é a de transmitir conhecimentos (informar) e a de clarificar e explicar


“problemas” com a finalidade de tornar implícitos processos,
relações.
d) Todas as alternativas estão correctas.

3. Conectores podem marcar laços de:

a) adição (também, igualmente).

b) oposições (mas, ao contrário) .

c) laços de consecução ou de causalidade (porque, visto que, dado


que).

d) Todas as alternativas estão correctas..

4. As
expressõe
83
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

s explicativas têm um papel importante nos textos


expositivos/explicativos porque:

a) Permitem ao emissor tornar mais clara a sua comunicação e


orientar a compreensão do receptor.

b) Não permitem ao emissor tornar mais clara a sua comunicação e


orientar a compreensão do receptor.

c) Permitem ao receptor tornar mais clara a sua comunicação e


orientar a compreensão do receptor.

d) Todas as alternativas estão erradas.


5. O texto expositvo/explicativo é:

a) um discurso de verdade, a sua objectividade manifesta-se


através de formas linguísticas próprias.
b) um discurso de inverdade, a sua objectividade manifesta-se
através de formas linguísticas próprias.
c) um discurso de inverdade, a sua objectividade manifesta-se
através de formas linguísticas impróprias.
d) Todas as alternativas estão correctas.

Questões de Verdadeiro e Falso

6. O texto expositivo/explicativo não é um discurso de verdade, a sua


objectividade manifesta-se através de formas linguísticas próprias.

7. A nominalização é o processo que consiste na transformação de um


sintagma verbal ou adjectival num nome, permite, em certos casos,
condensar o que foi dito, assegurar uma determinada orientação da
reflexão.

8. As
expressões
84
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

explicativas têm um papel importante nos textos


expositivos/explicativos, permitindo ao emissor tornar mais clara a
sua comunicação e orientar a compreensão do receptor.

9. Uma das características do texto expositivo/explicativo consiste na


abstracção do sujeito entanto que membro duma sociedade
determinada; deve neutralizar tudo o que se possa resultar de uma
apreciação pessoal, subjectiva.

10. Em suma, usam-se procedimentos de invisibilidade, mesmo que em


alguns textos apareça um nós, eu, estarão desprovidos do valor
individualizante. Por se tratar de um discurso monológico, observa-
se a ausência de tu.

Questões de reflexão

11. Apresente as características de um texto expositivo/ explicativo.

12. Elabore um texto expositivo explicativo.

RESPOSTAS:

1. A
2. B
3. D
4. A
5. A
6. Falso
7. Verdadeiro
8. Verdadeiro
9. Verdadeiro
10. Verdadeiro

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

TEMA –XIII TEXTO EXPOSITIVO ARGUMENTATIVO.

UNIDADE Temática 13.1.Introdução, Texto expositivo argumentativo.


UNIDADE Temática 1.3.2 EXERCÍCIOS deste tema

UNIDADE Temática 13.1.Introdução, texto expositivo argumentativo

Introdução

O texto argumentativo é um dos textos pertencentes à tipologia de textos


expositivos, no qual o autor apresenta as suas ideias ou opiniões acerca do
que vê, pensa ou sente, ao contrário do que acontece com o explicativo –
texto que apresenta factos sobre uma realidade.
Nesta unidade pretendemos apresentar a definição do texto expositivo
argumentativo; estrutura e vias de argumentação e de explicação, no quadro
do texto expositivo-argumentativo.

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

▪ Conceptualizar o texto expositivo Argumentativo;


Objectivos ▪ Identificar as características linguísticas e discursivas;
específicos
▪ Caracterizar o texto Expositivo-Argumentativo;

▪ Elaborar textos expositivos-Argumentativos.

Texto Expositivo Argumentativo

Define-se argumentação como o conjunto de procedimentos discursivos de


dedução, de raciocínio, de pseudo - raciocínio e de outras formas, que visam
a adesão do ou dos interlocutores e do ou dos leitores.

Argumentar é um processo que apresenta dois aspectos: o primeiro ligado à

razão, supõe ordenar ideias, justificá-las e relacioná-las; o segundo,


referente à paixão, busca capturar o ouvinte, seduzi-lo e persuadi-lo.

Os argumentos
devem promover
86
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

credibilidade. Com a busca de argumentos

por autoridade e provas concretas, o texto começa a caminhar para uma


direcção coerente, precisa e persuasiva. Somente o facto pode fortalecer o
texto argumentativo. Não podemos confundir facto e opinião. O facto é
único e a opinião é variável. Por isso, quando ocorre generalização dizemos
que houve um “erro de percurso”.

ESTRUTURA DO TEXTO ARGUMENTATIVO

O texto argumentativo, oral ou escrito, estrutura-se basicamente num plano


tripartido:

1. Exórdio – é a primeira parte de um discurso, preâmbulo, a introdução


do discurso que consiste em:
a) Exposição do tema;

b) Exposição das ideias defendidas (pode recorrer-se à explicitação de


determinados termos, à apresentação de esquemas da exposição, à
referência de outras opiniões, etc.

2. Narração /confirmação – é a parte do discurso em que o orador


desenvolve as provas, consiste na utilização de argumentos (citação de
factos, de dados estatísticos, de outros exemplos, de narração de
acontecimentos, etc.).

3. Peroração/epílogo – é a parte final de um discurso, a sua conclusão, o


remate, síntese, recapitulação.

Formas discursivas de apoio á argumentação

Formas introdutivas

- comecemos por…

- o primeiro aspecto dirá respeito a…

- é necessário primeiro lembrar que...

87
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Transições

- passemos á presença de…

- consideremos o caso de…

- antes de passar a... é preciso notar que…

Formulas conclusivas

- por consequência…

- por isso…

-em suma…

- pode-se concluir dizendo que…

Enumeração

- em primeiro lugar, segundo etc.

- antes de tudo…

- em seguida…

- por outro lado…

Expressões de reserva

- todavia

- mas

-contudo

- no entanto

88
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Fórmulas de insistência

- não só… mas também

- mesmo…

- com maior razão…

Inserção de um exemplo

- consideremos o caso de…

- o exemplo de… confirma que…

- o caso seguinte pode ilustrar…

- tal é o caso de…

Processos da argumentação

Os três tipos de discurso mais comuns são:

O deliberativo, no qual se tenta aconselhar ou levar alguém a decidir-se


sobre um determinado comportamento;

O judiciário, em que se trata de acusar ou defender – julgando um acto ou


uma pessoa; e

O epidíctico, em que se louva ou reprova, em que se faz um elogio ou se


censura.

Apesar de serem destacados separadamente, estes tipos de discurso quase


sempre aparecem combinados num só.

Construção da argumentação

1ª fase: investigação preparatória

a) Definição precisa da tese o teses a defender.

b) Estudo das matérias sobre que incide a argumentação:

- Conhecimentos das investigações e dos estudos anteriores;

89
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

- Análise dos problemas que se colocam nesse domínio a área.

c) Levantamento dos argumentos que hão-de permitir sustentar as teses a


defender.

d) Reconhecimento da objecções que se opõem à(s) tese(s) a defender, e


que terão de ser refutadas.

e) Investigação dos contra-argumentos que hão-de apresentar contra


possíveis objecções.

2ª fase : arquitectura do plano de redacção/ exposição

a)Reflexão sobre a estrutura de exposição/argumentação que mais


se ajusta a matéria.

b) Clarificação da estratégia argumentativa que melhor se adapta ao


publico alvo.

- Discutir, por exemplo, se é mais conveniente começar por enunciar


a tese a defender e apresentar os argumentos em seu favor e só
depois proceder a refutação das teses alternativas e respectiva
argumentação;

ou se é preferível proceder exactamente na ordem inversa.

- Discutir, por exemplo, a ordenação dos argumentos em função da


importância que se lhe atribui: segundo uma ordem ascendente ou segundo
uma ordem descendente.

c) Elaboração definitiva do plano a que vai obedecer a redacção ou


exposição.

3ª fase: redacção / exposição

a)Clarificação da linguagem que mais se ajusta ao público-alvo.

b) Redigir/falar com correcção sintáctica.

c) Apresentar de forma clar, precisa e concisa sobretudo as


ideias mais importantes.

d) Prestar atenção particular ao bom uso dos conectores

lógico-argumentativo que hão –de articular as diversas fases do


discurso.

90
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Sumário

A argumentação visa persuadir o leitor acerca de uma posição. Quanto mais


polémico for o assunto em questão, mais dará margem à abordagem
argumentativa. Pode ocorrer desde o início quando se defende uma tese ou
também apresentar os aspectos favoráveis e desfavoráveis posicionando-se
apenas na conclusão.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla

1. As formas discursivas de apoio à argumentação são:

a) Formas introdutivas, conclusivas, de insistência, etc.

b) Formas de adesão, de questionamento e de concordância.

c) Formas de adesão, de questionamento.

d) Todas alternativas estão correctas.

2. A argumentação visa:

a) visa persuadir o leitor acerca de uma posição. Quanto mais polémico for o
assunto em questão, mais dará margem à abordagem argumentativa.

b) visa persuadir o escritor acerca de uma posição. Quanto mais polémico for
o assunto em questão, mais dará margem à abordagem argumentativa.

c) visa persuadir o leitor acerca de uma oposição. Quanto mais polémico for
o assunto em questão, mais dará margem à abordagem argumentativa.

d) Todas as alternivas estão correctas.

3. Os tipos de discurso mais comuns são:

a) O deliberativo;

b) O judiciário

c) O epidíctico;

d) Todas as alternativas estão correctas.

4. Apesar de serem destacados separadamente:

a) estes tipos de
discurso quase
91
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

sempre aparecem combinados num só.

b) estes tipos de discurso mantem-se sempre separados.

c) estes tipos de discurso nunca combinam.

Todas as alternativas estão correctas.

5.. O discurso deliberativo, é aquele que:

a) tenta aconselhar ou levar alguém a decidir-se sobre um determinado


comportamento;

b) tenta aconselhar ou levar alguém a não se decidir sobre um determinado


comportamento;

c) tenta desaconselhar ou levar alguém a decidir-se sobre um determinado


comportamento;

todas as alternativas estão correctas.

Questões de Verdadeiro e Falso


6. O texto argumentativo é um dos textos pertencentes à tipologia de
textos expositivos, no qual o autor apresenta as suas ideias ou opiniões
acerca do que vê, pensa ou sente, ao contrário do que acontece com o
texto expositivo- explicativo que é um que apresenta factos sobre uma
realidade.

7. No texto argumentativo, os argumentos não devem promover


credibilidade.

8. Narração /confirmação é a parte do discurso em que o orador


desenvolve as provas, consiste na utilização de argumentos (citação de
factos, de dados estatísticos, de outros exemplos, de narração de

92
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

acontecimentos, etc.).

9. Na Construção da argumentação a 1ª fase chama-


se: investigação preparatória.

10. Peroração/epílogo – é a parte final de um discurso,


a sua conclusão, o remate, síntese, recapitulação.

Questões de reflexão

11. Apresente o exemplo de um texto


expositivo/argumentativo.

12. Reflita em torno do texto apresentado.

RESPOSTAS:

1. A
2. A
3. D
4. A
5. A
6. Verdadeiro
7. Falso
8. Verdadeiro
9. Verdadeiro
10. Verdadeiro

XIV: PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE NOVAS PALAVRAS

UNIDADE Temática 16.1.Introdução, processos de formação de novas


palavras.
UNIDADE
Temática 16.2.
93
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

EXERCÍCIOS deste tema

UNIDADE Temática 16.1.Introdução, processos de formação de novas palavras

Introdução

Nesta unidade temática iremos falar do processo de formação de novas


palavras dentro da língua portuguesa. As novas palavras são formadas por
intermédio de derivação e composição.

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

▪ Indicar os processos de formação de novas palavras na língua portuguesa;


Objectivos ▪ Produzir novas palavras a partir das primitivas.
específicos

Segundo, Jean Dubois;

Chama-se formação de palavras o conjunto processos morfo- sintácticos que


permitem a criação de unidades novas com base em morfemas lexicais.

Processo de formação de palavras por composição

A língua portuguesa apresenta dois processos de formação de novas


palavras:

a) Composição- consiste em formar uma nova palavra pela união de dois ou


mais radicais. A palavra composta representa sempre uma ideia única e
autónoma, muitas vezes dissociada das noções expressas pelos seus
componentes.

Distingue-se beija-flor, palavras cujos elementos beija e flor podem

existir de uma forma autónoma num enunciado, de amanhecer

Palavra derivada cujo afixos –a- e ecer não tem autonomia fora

Não tem autonomia fora de formações derivadas.

Tipos de composição

94
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Quanto a forma, os elementos de uma palavra composta podem estar:

- Justapostos, conservando cada qual a sua integridade: segunda-feira, beija-


flor.

- Aglutinadas, intimamente unidos, por se ter perdido a ideia de composição,


caso em se subordinam a um único acento tónico e sofrem perda da sua
integridade silábica: pernalta ( perna+alta), aguardente (agua+ardente).

Observação:

Os compostos eruditos a nível científico e técnico é frequente a formação de


palavras a partir do emprego dos radicais de origem latina e grega, os quais,
em muitos casos, são intercaladas pelos falantes como simples prefixos ou
sufixos.

Processo de formação de palavras por derivação

Consiste na composição de uma palavra de que um só dos elementos


constitutivos é susceptível de figurar de maneira autónoma num enunciado.

Ex: refazer, comummente e bocarra.

Observe com atenção os vocábulos refazer, comummente e bocarra está


apta a aparecer isoladamente num enunciado. O mesmo não acontece com
–re, -mente e -arra que se manifestam exclusivamente nas formações
derivadas. A estes designam-se de afixos.

Os afixos utilizados pela derivação e que são antepostos à base são


chamados prefixos e os que são pospostos à base designam-se de sufixos.

De salientar que os sufixos raramente modificam a classe gramatical do


vocábulo a que se associam.

Ex: ligar/ desligar (verbo)

Locutor/Interlocutor (substantivo)

feliz/ infeliz (adjectivo)

Os sufixos têm efeito modificador a classe gramatical do elemento base:


comum (adjectivo) commumente (adverbio de modo).

A sufixação, além do seu papel semântico e morfológico que comunga com a


prefixação, tem um papel sintáctico como acontece na transformação de
normalização.

95
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Derivação regressiva

Chama-se regressiva a derivação que se faz sem o auxílio de sufixos, quase


sempre a partir de verbos, pela redução do elemento derivante.

Exemplo: quebrar- quebra

- atacar – ataque

- caminhar – caminho

Derivação imprópria

É um processo de enriquecimento vocabular que consiste na mudança de


classe das palavras. Se colocarmos um artigo, definido ou indefinido, antes
de qualquer palavra, ela torna-se um substantivo:

Exemplo: Todos sabem que o trabalhar é duro.

Antes de te resolveres, pesa os prós e os contras.

O que mais eu receio é um não da tua parte.

Trabalhar (verbo), pró e contra (preposições) e não (adverbio), passaram a


substantivo pela simples presença do artigo.

Verifica-se a derivação imprópria nas seguintes passagens:

• De substantivos próprios a comuns:

Exemplo: cidade de Damasco – um tecido de damasco

Um cálice de vinho do Porto – um porto.

• De substantivos comuns a próprios:

Exemplo: pereira, coelho, rato – Pereira, o Coelho, o Rato.

• De substantivo a adjectivos:

burro ( animal) – Todos consideravam Alípio burro.

• De adjectivos a substantivos:

Exemplo: a criança enjeitada – o enjeitado.

96
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

um campo circular – a segunda circular.

o comboio rápido – o rápido.

• De substantivos, verbos e adjectivos a interjeições:

A forca – saltar – bravo → forca! salta! bravo!

(subs.) (verbo) (adjectivo) (interjeições)

• De verbos a substantivos:

Jantar, prazer → o jantar, o prazer.

• De verbos a conjunções:

Querer (quer), ser (seja) → quer … quer..., seja…seja.

• De adjectivos par advérbios:

António, moço rijo → Antonio combateu rijo ( rijamente).

João é alto → João fala alto (altamente).

• De particípios (presentes e perfeitos) a preposições:

Obstante ( de obstar) → não bastante ( apesar de) os seus erros…

Salvo (de salvar) → salvo ( sem) melhor opinião…

• De particípios presentes a substantivos.

Estudante (de estudar) → o estudante

lente (de ler) → o lente.

• De particípios perfeitos a substantivos e adjectivos:

conversado (de conversar) → o conversado, conversado.

resoluto (de resolver) → o resoluto, resoluto.

Derivação Parassíntetica- consiste na formação de vocábulos pela


junção simultânea de prefixo e sufixo a um radical, de tal forma que só o
conjunto dos três elementos produz uma palavra utilizável.

Ex: abotoar

Amanhecer

Empobrecer

97
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Embainhar

A derivação regressiva é a redução da palavra primitiva. Nesse processo


forma-se substantivos abstractos por derivação regressiva de formas
verbais (ajuda / de ajudar);

A derivação imprópria – é a alteração de classe gramatical da palavra


primitiva ( “ o jantar” – de verbo para substantivo”, “é um judas “ – de
substantivo próprio a comum).

Alem desses processos, a língua portuguesa também possui outros


processos para a formação de palavras:

Os hibridismos são as palavras existentes no nosso vocabulário, que


foram formadas através da junção de radicais pertencentes a línguas
diferentes.

Confira a seguir alguns exemplos de hibridismo na língua portuguesa:

Alcoômetro -alcolol (árabe)+metro (grego)

Burocracia Burro (francês)+cracia (grego)

Autoclave-auto(grego)+clave(latim)

Monocultura-mono(grego)+cultura(latim)

Psicomotor-psi(grego)+motor(latim)

A Onomatopeia-são palavra imitativas, isto é, palavras que procuram


reproduzir aproximadamente certos sons ou certos ruídos: tique-taque,
zás- trás, zunzum.

A abreviação vocabular- consiste na redução da palavra até o limite da


sua compreensão (mêtro, moto, pneu, extra, dr, obs).

A sigla- são formadas pelas iniciais das palavras que constituem a designação
sócio-politicas, comerciais, industriais, ou de qualquer outra ordem.

Umas siglas lêem-se letra a letra, como, por exemplo, PSP.

O neologismo – é nome dado ao processo de criação de novas palavras, ou


para palavras que adquirem um novo significado.

98
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Sumário

Chama-se formação de palavras o conjunto processos morfo- sintácticos que


permitem a criação de unidades novas com base em morfemas lexicais. A
língua portuguesa apresenta dois processos de formação de novas palavras:

Composição e derivação.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla

1. Derivação imprópria:

a) É um processo de enriquecimento vocabular que consiste na


mudança de classe das palavras.
b) É um processo de empobrecimento vocabular que consiste
na mudança de classe das palavras.
c) É um processo de enriquecimento vocabular que não
consiste na mudança de classe das palavras.
d) Todas as alternativas estão correctas.

2. As siglas:

a) Não são formadas pelas iniciais das palavras que


constituem a designação sócio-politicas, comerciais, industriais,
ou de qualquer outra ordem.

b) são formadas pelas iniciais das palavras que


constituem a designação sócio-politicas, comerciais, industriais,
ou de qualquer outra ordem.

c) são formadas pelas iniciais das palavras que não


constituem a designação sócio-politicas, comerciais, industriais,
ou de qualquer outra ordem.

99
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

d) Todas as alternativas estão correctas.

3. A derivação regressiva:

a) é a redução da palavra primitiva. Nesse processo


forma-se substantivos abstractos por derivação regressiva de formas
verbais (ajuda / de ajudar);

b) é a redução da palavra primitiva. Nesse processo


forma-se adjectivos abstractos por derivação regressiva de formas
verbais (ajuda / de ajudar);

c) Não é a redução da palavra primitiva. Nesse


processo forma-se substantivos abstractos por derivação regressiva
de formas verbais (ajuda / de ajudar);

d) Todas as alternativas estão correctas.

4. A sufixação…

a) além do seu papel semântico e morfológico que


comunga com a prefixação, tem um papel sintáctico como
acontece na transformação de normalização.

b) além do seu papel sintático e morfológico que


comunga com a prefixação, tem um papel sintáctico como
acontece na transformação de normalização.

c) além do seu papel semântico e pragmático que


comunga com a prefixação, tem um papel sintáctico como
acontece na transformação de normalização.

d) Todas as alternativas estão correctas.

5. Chama-se formação de palavras

a) ao conjunto de processos morfo- sintácticos que


permitem a criação de unidades novas com base em morfemas
lexicais.

b) ao conjunto de processos pedagógicos que


permitem a criação de unidades novas com base em morfemas
lexicais.

c) ao conjunto de processos morfo- sintácticos que


não permitem a criação de unidades novas com base em
morfe
mas
100
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

lexicais.

d) Todas as alternativas estão correctas.

Questões de Verdadeiro e Falso


6. A língua portuguesa apresenta dois processos de
formação de novas palavras: Composição e derivação.

7. A abreviação vocabular não consiste na redução da


palavra até o limite da sua compreensão (mêtro, moto, pneu, extra, dr,
obs).

8. Os hibridismos são as palavras existentes no nosso


vocabulário, que foram formadas através da junção de radicais
pertencentes a línguas diferentes.

9. A derivação imprópria – é a alteração de classe


gramatical da palavra primitiva (“o jantar” – de verbo para substantivo”,
“é um judas “ – de substantivo próprio a comum).

10. A derivação regressiva é a redução da palavra


primitiva. Nesse processo forma-se substantivos abstractos por
derivação regressiva de formas verbais (ajuda / de ajudar).

Questões de reflexão

11. Apresente exemplos da derivação impropria.

12. Apresente exemplos da derivação regressiva.

RESPOSTAS

1. A

2. B

3. A

101
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

4. A

5. A

6. Verdadeiro

7. Falso

8. Verdadeiro

9. Verdadeiro

10. Verdadeiro.

TEMA – XV. CLASSE DE PALAVRAS

UNIDADE Temática 15.1. Introdução, classe de palavras.


UNIDADE Temática 15. 2EXERCÍCIOS deste tema

UNIDADE Temática 15.1.1.Introdução, classe de palavras

Introdução

Na língua portuguesa as palavras encontram-se organizadas em diversos


grupos, qual designamos por classes. Essas palavras são classificadas de
acordo com o papel que elas exercem dentro da frase. Cada classe tem
função específica na frase. Assim, qualquer vocábulo em língua portuguesa
vai ter de estar inserido em uma dessas classes de palavras.

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

102
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

▪ Identificar as classes de palavras


Objectivos
específicos

Classe de Palavras
As palavras distribuem-se em diversos grupos que se denominam
classes:

a) Substantivo - palavra variável, que designa ou dá nome a todos os


seres existentes - pessoas, objectos, animais, lugares, sentimentos,
etc.
EX: menino.
b) Adjectivos - palavra variável que atribui características aos
substantivos.

Ex: engraçado.
c) Artigo - palavra variável que sempre precede o substantivo, tendo
inclusive o poder de, colocada antes de uma palavra de qualquer
classe, tranformá- la em substantivo.
Ex: a.
d) Verbo - palavra variável que informa acção, estado, facto ou

fenómeno.
Ex: sejas.
e) Advérbio - palavra que, relacionada ao verbo, ao adjectivo ou
mesmo a outro advérbio, modifica as circunstâncias de modo,
tempo, instrumento, origem, intensidade, lugar, etc.
Ex: já.
f) Pronome - palavra variável que se refere ao substantivo ou o
substitui. Ver Pessoas do discurso.
Ex: tua.
g) Numeral - palavra que indica a ideia de número, quantidade.
Ex: terceiro.
h) Conjunção - palavra invariável que serve de elo entre as frases e
orações.
Ex: que.

103
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

i) Preposição - palavra invariável que faz a ligação de termos,


estabelecendo dependência entre eles. Exemplo: Pista de corrida.
Ex: por.
j) Interjeição - palavra ou expressão que exterioriza emoção ou
sentimento.

Ex: oh!

Sumário

Na língua portuguesa as palavras são classificadas em função do papel que


desempenham na frase. Sendo assim, podemos encontrar as seguintes
classes de palavras: substantivo, verbo, pronome, interjeição, pronome,
artigo, adjectivo, numeral, conjunção, advérbio.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla


1. Na língua portuguesa as palavras são classificadas em função:
a) do papel que desempenham na frase.
b) do papel que desempenham no texto.
c) do papel que desempenham no livro
d) Todas as alternativas estão correctas.

2. Substantivo é:
a) Palavra invariável, que designa ou dá nome a todos os seres
existentes - pessoas, objectos, animais, lugares, sentimentos, etc.
b) palavra variável, que designa ou dá nome a todos os seres existentes
- pessoas, objectos, animais, lugares, sentimentos, etc.
c) palavra variável, que não designa e nem dá nome a todos os seres
existentes - pessoas, objectos, animais, lugares, sentimentos, etc.
d) Todas as alternativas estão correctas.

3. Podemos encontrar as seguintes classes de palavras:


a) substantivo

104
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

b) Verbo
c) Pronome
d) Todas as alternativas estão correctas.

4. O Artigo é:
a) palavra variável que sempre precede o substantivo, tendo
inclusive o poder de, colocada antes de uma palavra de qualquer
classe, tranformá- la em substantivo.
b) palavra invariável que sempre precede o substantivo, tendo
inclusive o poder de, colocada antes de uma palavra de qualquer
classe, tranformá- la em substantivo.
c) palavra variável que sempre sucede o substantivo, tendo
inclusive o poder de, colocada antes de uma palavra de qualquer
classe, tranformá- la em substantivo.
d) Todas as alternativas estão correctas.

5. Interjeição é:

a) palavra ou expressão que exterioriza emoção ou sentimento.

b) palavra variável que sempre sucede o substantivo, tendo


inclusive o poder de, colocada antes de uma palavra de qualquer
classe, tranformá- la em substantivo.
c) palavra variável que sempre precede o substantivo, tendo
inclusive o poder de, colocada antes de uma palavra de qualquer
classe, tranformá- la em substantivo.

d) Todas as alternativas estão correctas.


e)
Questões de Verdadeiro e Falso

6. O Substantivo é palavra invariável, que designa ou dá nome a todos


os seres existentes: pessoas, objectos, animais, lugares, sentimentos,
etc.

105
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

7. O Verbo é palavra variável que informa a acção, estado, facto ou


fenómeno.

8. O Adjectivo é uma palavra invariável que atribui características aos


substantivos.

9. Preposição é palavra variável que faz a ligação de termos,


estabelecendo dependência entre eles.

10. Na língua portuguesa as palavras encontram-se organizadas em


diversos grupos, qual designamos por classes.

Questões de reflexão

11. Como são classificadas as palavras na língua portuguesa?

12. Apresente uma frase e classifique as palavras apresentadas na frase.

RESPOSTAS

1. A

2. B

3. D

4. A

5. A

6. Verdadeiro

7. Verdadeiro

8. Verdadeiro

9. Falso

10. Verdadeiro

106
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

TEMA – XVI: A LEITURA.

UNIDADE Temática 15.1.Introdução, leitura.


UNIDADE Temática 15.2. EXERCÍCIOS deste tema

UNIDADE Temática 15.1.Introdução, a leitura.

Introdução

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:


A leitura é parte fundamental no processo educacional, resultando na
construção do indivíduo. Nesta unidade pretendemos fornecer alguns
elementos básicos fundamentais para o desenvolvimento das habilidades de
leitura e compreensão textual.

▪ Ler expressivamente um texto;


Objectivos ▪ Seleccionar o que ler
específicos

A Leitura
Para se alcançar o pleno êxito na sua carreira estudantil, não basta apenas o
facto de participar às aulas e receber as orientações com relação aos
objectivos da aprendizagem, mas é também necessário que se façam
leituras.
De acordo com Gomes (2002:57)8, o acto de ler consiste em “decifrar
símbolos de linguagem escrita para lhes conferir a correspondência com os
sons que representam”.
Do conceito de leitura acima apresentado, é possível notar que toda
actividade da aprendizagem terá o seu fulcro na leitura porque com base
nela o estudante será capaz de assimilar conteúdos a partir da atitude de
clarificar os conteúdos subjectivos.

Segundo Potts (1989:56)9


“No sentido genérico, a qualidade de uma leitura é a soma de todos
os elementos que estão presentes numa peça impressa, que
influencia o êxito que um grupo de leitores consegue com ela. O êxito

8
Gomes A. Didáctica de Ensino da Língua Portuguesa, Vol. II, 2002
9
In Didáctica de ensino da língua portuguesa.
107
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

é medido pela extensão em que o texto é compreendido, a


velocidade óptima é tida como interessante.”
Como se afirma na citação, o êxito da leitura é avaliado pelo grau da
compreensão do texto no processo de ensino e aprendizagem. Se os
estudantes não forem capazes de transmitir o conteúdo patente no texto, ou
seja, de mostrar que conhecimentos adquiriram ou, ainda, de usar os
conhecimentos para responder a determinadas necessidades, então, eles
não entenderam o texto. Porém, a leitura é antecedida por uma selecção de
obras que normalmente nos é apresentada pelo docente mas se assim não
suceder siga as instruções que se seguem.

Como seleccionar o que ler


É evidente que ao nos dirigirmos à biblioteca já teremos em mão um tema
relacionado com uma determinada área da aprendizagem. No entanto, será
fundamental que conheçamos a organização dos livros de estudo na
biblioteca e depois que conheçamos a organização dos próprios livros em si.
Assim, é interessante trazermos a teoria de Estanqueiro (2001:69)10 que se
refere que há três técnicas entre outras possíveis de ajudar a conhecer um
livro, a descobrir o seu interesse e a tornar mais rentável a sua utilização.
As técnicas destacadas pelo autor são: Percorrer o Índice, ler a Introdução e
folhear as páginas. Para o autor “pelo índice é possível ver o essencial da
matéria tratada. (...) Na Introdução, o autor explica as intenções do livro, (...)
Folheando o livro pode observar-se a forma como é apresentada a
matéria.”11
Na mesma perspectiva de abordagem, Ruiz (1991: 35)12, para além dos
elementos citados, acrescenta que “devemos ver o nome do autor, o seu
Curriculum, a orelha do livro, a documentação ou as citações ao pé das
páginas, a bibliografia, assim como verificar a editora, a data, a edição e ler
rapidamente o prefácio”
No processo de desenvolvimento da leitura é preciso ter em conta dois
passos que são considerados fundamentais para que se efectue uma leitura
efectivamente produtiva. Na primeira leitura, procura-se ter um
conhecimento global do texto e, na segunda, faz-se uma leitura mais
aprofundada procurando compreender e assimilar o essencial.
A primeira etapa da leitura, de acordo com Estanqueiro, pode ser designada
Ler “por Alto” e a segunda Ler “em Profundidade”. A primeira consiste em
dar uma passagem de olhos pelo seu conteúdo, procurando ter uma visão
panorâmica do terreno a explorar ou seja uma visão geral do assunto “a

10
ESTANQUEIRO, A. Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed. 2001
11
ESTANQUEIRO, A, Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed. 2001
12
RUIZ, J. Álvaro, Metodologia Científica: Guia para eficiência nos estudos, São
Paulo: ATLAS 1991
108
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Ideia Principal”. Nesta primeira leitura, pode-se fazer a leitura de alguns


parágrafos (os iniciais e os do meio e o último parágrafo).
As questões tais como:
“O Que diz o texto? Que pretende transmitir o autor?
Que explicações são fundamentadas? Os factos e os
argumentos são esclarecidos?
Concordo com a opinião do autor?
Que novidades surgem no texto?
Encontro informações úteis? Posso aplicá-las na prática?
Que ligações tem o assunto com aquilo que já sei?”
É bom notar que um bom leitor não regista passivamente tudo aquilo o que
lê nos livros, mesmo se os autores lhe merecem toda a confiança. O bom
leitor tem de manifestar o seu espírito crítico perante todo o conteúdo que
lê, ele analisa, compreende, interpreta, compara e avalia. Esta prática torna-
se eficaz a partir do momento em que sabemos sublinhar o essencial do
texto.
O acto de sublinhar as ideias-chave do texto desperta a atenção, ajuda a
captação e facilita as revisões. Assim para sublinhar e fazer anotações na
margem do texto, o metodólogo Estanqueiro diz que é necessário:
“Dar prioridade as definições, fórmulas, esquemas, termos técnicos,
e outras palavras ou expressões que sejam a chave da ideia principal.
Destacar uma ou duas frases por parágrafo.
Sublinhar apenas os livros pessoais”

Por sua vez, Ruiz reforça que temos de seleccionar apenas as ideias
principais e os detalhes importantes; não devemos sublinhar por ocasião da
primeira linha, reconstruir o parágrafo a partir das palavras sublinhadas, ler
o parágrafo sublinhado com a continuidade e plenitude de sentido de um
telegrama; sublinhar com dois traços as palavras-chave da ideia principal, e
com um único traço os pormenores importantes; assinalar com linha vertical,
as margens mais significativas e finalmente assinalar com um ponto de
interrogação as margens dos pontos a discordar.

109
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Sumário

O processo de leitura pressupõe busca de informação para que o leitor se


informe é necessário que haja entendimento daquilo ele lê. Há textos cujo o
assunto é inteiramente inteligível ao leitor, como o de jornais, revistas não
especializada, etc. há outros, porém, que a pessoa tenta ler, já sabendo, sem
entender completamente o seu conteúdo.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla

1. A leitura é:

a) A parte acessória no processo educacional, resultando na construção do


indivíduo.

b) A parte fundamental no processo educacional, resultando na construção


do indivíduo.

c) A parte acessória no processo social, resultando na construção do


indivíduo.

d) A parte acessória no processo social, resultando na destruição do


indivíduo.

2. O processo de leitura pressupõe:

a) busca de informação para que o leitor se informe é necessário que haja


entendimento daquilo ele lê.

b) busca de informação para que o escritor se informe é necessário que haja


entendimento daquilo ele lê.

c) busca de informação para que o leitor se informe é desnecessário que haja


entendimento daquilo ele lê.

d) todas as alternativas estão correctas.

110
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

3. O acto de sublinhar as ideias-chave do texto…

a) desperta a atenção, ajuda a captação e facilita as revisões.

b) não desperta a atenção, ajuda a captação e facilita as revisões.

c) o desperta a atenção, ajuda a captação e não facilita as revisões.

d) todas as alternativas estão correctas.

4. Um bom leitor:

a) não regista passivamente tudo aquilo o que lê nos livros, mesmo se os


autores lhe merecem toda a confiança.

b) lê apenas quando lhe apetece.

c) lê apenas um género textual

d) todas as alternativas estão correctas.

5. No processo de desenvolvimento da leitura é preciso:

a) ter em conta dois passos que são considerados fundamentais para que se
efectue uma leitura efectivamente produtiva.

b) não ter em conta dois passos que são considerados fundamentais para
que se efectue uma leitura efectivamente produtiva.

c) ter em conta quatro passos que são considerados fundamentais para que
se efectue uma leitura efectivamente produtiva.

d) Todas as alternativas estão correctas.

111
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Questões de Verdadeiro e Falso

6. Na primeira leitura, procura-se ter um conhecimento global do texto


e, na segunda, faz-se uma leitura mais aprofundada procurando
compreender e assimilar o essencial.

7. O bom leitor tem de manifestar o seu espírito crítico perante todo o


conteúdo que lê, ele analisa, compreende, interpreta, compara e avalia. Esta
prática torna-se eficaz a partir do momento em que sabemos sublinhar o
essencial do texto.

8. O acto de sublinhar as ideias-chave do texto não desperta a atenção


e nem ajuda a captação e facilita as revisões.

9. O processo de leitura não pressupõe busca de informação, para que


o leitor se informe é necessário que haja entendimento daquilo ele
lê.

10. O êxito da leitura é avaliado pelo grau da compreensão do texto no


processo de ensino e aprendizagem.

Questões de Reflexão

11. Como se deve comportar um bom leitor?

12. De que depende o êxito da leitura?

RESPOSTAS:

1. B
2. A
112
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

3. A
4. A
5. A
6. Verdadeiro
7. Verdadeiro
8. Falso
9. Falso
10. Verdadeiro

TEMA – XVII: ORTOGRAFIA.

UNIDADE Temática 17.1.Introdução, ortografia


UNIDADE Temática 17.2. EXERCÍCIOS deste tema

UNIDADE Temática 1.1.Introdução, ortografia

Introdução

O Desenvolvimento da capacidade de expressão escrita só será possível com


a escrita constante. Escrever bem implica também dominar as regras, quer
de ortografia quer da pontuação, por isso na unidade seguinte trataremos da
Pontuação.

Portanto, é importante que se esteja atento à correcção linguística dos


enunciados que ouvimos ou que lemos no dia-a-dia.

Ortografia

E a parte da gramática normativa que ensina escrever correctamente as


palavras de uma língua.

Etimologicamente a ortografia deriva das palavras gregas ortho (no alfabeto


grego) que significa “correcto” e graphos que significa escrita.

Segundo Rodrigues Madeira Silva Rodé, a ortografia serve para ensinar como
escrever correctamente as palavras de uma determinada língua, a ortografia,
que também nos
113
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

possibilita determinar, quando é que estamos diante de uma língua inglesa,


francês, e tantas outras.

O que torna a ortografia mais complicada é o facto de a representação dos


fonemas, em português como noutras línguas, não ser dotada de um rigor
matemático. Assim:

• A mesma letra representa, por vezes, vários sons ou fonemas, o que se


vê nos exemplos:

asa, soma, natas ( o s representa três sons diferentes);

bola, bolar, bolo ( o o representa três sons diferentes);

cedo, mede, cose ( o e representa três sons diferentes).

• O mesmo som pode corresponder a varias letras, como mostram os


exemplosSalga, assaltar, poça

( as letras s, ss, e ç representam o mesmo som).

O facto de a mesma letra representar vários sons e de o mesmo som poder


corresponder a varias letras dificulta a escrita, o que sucede, por exemplo,
agulha) – cozer (com fogo).

Emprego da Maiúscula inicial

Usa-se a letra inicial maiúscula nos seguintes:

a) Nos nomes de pessoas ou antropónimos: Sebastião


José de Carvalho e Melo.

N.B: 1. As palavras Fulano, Sicrano e Beltrano escrevem-se também, com


maiúsculas, porque designa pessoas. Embora indeterminadamente; mas
quando as mesmas palavras significam indivíduo, escrevem-se com
maiúscula: um fulano qualquer.

13. Certos comuns escrevem-se com maiúscula quando


substituem o nome de uma personalidade célebre ou quando designa
um valor relevante: o Mestre (Cristo), o Épico (Camões), a Liberdade.

14. Escrevem-se também com maiúsculas os nomes de


coisas ou animais celebrizados: Penedo da Saudade (Coimbra), Rocinante
(nome de cavalo de D. Quixote).

b) Nos cognomes

D. Sancho, o povoador, D. Dinis, o lavrado;

114
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

D. Fernando, o formoso, Pedro-o-Grande.

b) Nos nomes geográficos de continentes, países, províncias,


cidades, vilas, lugares, serras, rios, e planícies:

Europa, Portugal, Ribatejo, Lisboa, Arraiolos, Montargil, serra da


Estrela, Tejo, Pampa ( planície da Argentina).

N.B: Escrevem-se, porém, com minúscula os nomes que os


acompanham, designando os acidentes geográficos: serra da
Malcata, barragem de Castelo de Bode, planície do Ribatejo.

d) Nos nomes de povos, raças ou tribos, grupos regionais, desde


que usados como substantivo.

Os Franceses, os Ribatejanos, os Índios

Mas escrevem-se com minúscula, quando usados como


adjectivo:

O intelectual francês, o homem ribatejano, os costumes índios.

d) Nos nomes de rua, avenidas, praças, lugares públicos:

Rua dos Anjos, Avenida da República, Praça de Espanha,


Amorreiras.

e) Na primeira palavra do período:

O desgraçado Melchior arregalava os olhos miúdos, que se


embaciavam de lágrimas. Os caixotes?! Nada chegara, nada
aparecera!...

E na sua perturbação mirava pelas arcadas do pátio, palpava na


algibeira das pantalonas. Os caixotes?... Não, não tinha caixotes!

f) Na primeira palavra de cada verso:

Alma minha gentil que te partiste

Tão cedo desta vida descontente

Repousa lá no céu eternamente

115
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

E viva eu cá na terra sempre triste

Camões

g) Na primeira palavra de uma frase começada na linha seguinte a


dois pontos:

Eis uma das regras de oiro da amizade:

Não nos preocuparmos se temos sido mais úteis aos amigos


do que a nós.

N.B: Tratando-se da citação de uma fase em discurso directo,

usa-se a maiúscula mesmo que o seu começo esteja na mesma


linha dos dois pontos precedentes:

O homem gaguejou arrastadamente esta queixa: - << Há dentro


de mim um fogo que me devora!...

h) Com os nomes de entidades, lugares e festividades religiosas:

Deus, Virgem Maria, Santo António, Céu, Paraíso, Natal, Pascoa,


etc.

i) Com os nomes mitológicos e astronómicos:

Sol, Lua, Saturno, Neptuno, Via Láctea.

J) Com os nomes de estacões do ano e dos meses:

Verão, Inverno, Janeiro, Fevereiro…

N.B: Os dias da semana escrevem-se, porem, com minúsculas:


segunda-feira, sábado.

j) Nos títulos de magistrados ou dignitários da igreja:

Presidente da República, Procurador-geral da República, Papa,


Cardeal Patriarca, etc.

116
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

k) Nas expressões de tratamento:

Vossa Excelência, Sua Eminência, Sua Santidade, Vossa


Reverencia.

l) Nas formas pronominais que se referem a entidades sagradas


ou a personalidades de alta dignidade:

A Virgem Maria seguia no andor e todos A olhavam


respeitosamente.

Foi Deus que nos criou: amemo-Lo e rendamos-LHE graças.

O Presidente da Republica surgiu na multidão e todos O


ovacionaram.

m) Nos nomes que designam instituições religiosas e politicas:

Igreja, Papado, Nação, Estado.

n) Nos nomes das sedes das altas magistraturas, dos


estabelecimentos de ensino, das repartições publicas:

Palácio de Belém, Palácio de S. Bento, Supremo Tribunal de


Justiça, Faculdade de Letras, Liceu de Camões, Caixa Geral de
Depósitos, Repartição de Finanças…

o) Nos nomes de disciplinas escolares:

Matemática, Literatura Portuguesa, Geometria Descritiva,


Direito Romano.

p) Nos nomes de idades, épocas e períodos históricos, de festas


civis, de factos históricos importantes:

Idade Moderna, Renascimento, Geração de Setenta, Carnaval,


Restauração…
117
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

q) Nos títulos dos livros:

Os Lusíadas, A Cidade e as Serras, Mensagem.

r) Nas siglas, em que todas as letras se escrevem com maiúsculas.

FPF, FIFA, UEFA, ONU, UNESCO….

s) Nos nomes dos pontos cardeais e colaterais:

Norte, Sul, Este, Oeste, Nordeste, Sudoeste…

Sumário

A correcção na escrita é indispensável porque para se fazer entender


é necessário que a linguagem usada e a ortografia das palavras
sejam claras e correctas.
Contudo, saber escrever é ter a ferramenta necessária para o
sucesso no contacto em toda sociedade.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla

1. A ortografia é:

a) A parte da gramática normativa que ensina escrever correctamente as


palavras de uma língua.

b) A parte da gramática que não ensina escrever correctamente as palavras


de uma língua.

c) A parte da gramática normativa que diz que cada um pode escrever como
lhe apetece.

118
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

d) A parte da gramática normativa em que há artigos sobre a scrita.

2. Usa-se a letra inicial maiúscula nos seguintes casos:

a) nos nomes de pessoas ou antropónimos, nos cognomes, nos nomes


geográficos de continentes, países, províncias, cidades, vilas, lugares, serras,
rios, eplanícies, nos nomes de povos, raças ou tribos, grupos regionais, desde
que usados com o substantivo, etc.

b) Sempre que nos der vontade.

c) Apenas no início de frases.

d) Todas as alternativas estão correctas.

3. Usa-se a letra inicial maiúscula nos seguintes:

a) Nos nomes de pessoas ou antropónimos.

b) Nos nomes de carros e animais.

c) Nos nomes de plantas.

d) Todas as alternativas estão correctas.

4. A correcção na escrita é indispensável porque:

a) porque para se fazer entender é necessário que a


linguagem usada e a ortografia das palavras sejam claras e
correctas.

b) porque para se fazer entender é desnecessário que


a linguagem usada e a ortografia das palavras sejam claras e
correctas.

c) porque para se fazer entender é necessário que a


linguagem usada e a ortografia das palavras sejam obscuras e
correctas.

d) Todas as alternativas estão correctas.

5. saber escrever é:

a) n
ão ter a
119
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

ferramenta necessária para o sucesso no contacto em toda


sociedade.

b) ter a ferramenta necessária para o sucesso no


contacto em toda sociedade.

c) ter a ferramenta desnecessária para o sucesso no


contacto em toda sociedade.

d) Toadas as alternativas estão correctas.

Questões de Escolha Múltipla

6. O que torna a ortografia mais complexa é o facto de a representação


dos fonemas, em português como noutras línguas, não ser dotada de
um rigor matemático.

7. Nas siglas, nem todas as letras se escrevem com maiúsculas.

8. Segundo Rodrigues Madeira Silva Rodé, a ortografia serve para ensinar


como escrever correctamente as palavras de uma determinada língua,
a ortografia, que também nos possibilita determinar, quando é que
estamos diante de uma língua inglesa, francês, e tantas outras.

9. Os dias da semana escrevem-se com minúsculas.

10. As palavras Fulano, Sicrano e Beltrano escrevem-se também, com


maiúsculas, porque designa pessoas.

Questões de reflexão

11. Fale sobre a génese da ortografia.

12. Em que circunstancias usam-se as letras maiúsculas?

120
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

RESPOSTAS:

1. A
2. A
3. A
4. A
5. B
6. Verdadeiro
7.Falso
8. Verdadeiro
9. Verdadeiro
10. Verdadeiro

TEMA – XVIII: TEXTOS JORNALÍSTICOS.

UNIDADE Temática 18.1.Introdução, textos jornalísticos.


UNIDADE Temática18.2. característica de linguagem
UNIDADE Temática 18.3. Estilo em textos jornalísticos

UNIDADE Temática 1.1.Introdução, textos jornalísticos, características da sua linguagem

Introdução

Nesta unidade temática, vamos abordar o texto jornalístico, especificamente


notícia e Editorial. Um estilo de texto que exigem sempre uma estrutura
límpida e uma linguagem clara, concisa, exigências próprias de uma voz que
se apresenta como líder de opinião, sabendo, portanto identificar e analisar
factos ou problemáticas que interessam a opinião publica.

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

121
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

▪ Definir textos jornalísticos;


Objectivos ▪ Caracterizar a sua linguagem;
específicos
▪ Identificar o estilo de textos jornalísticos.

Textos jornalísticos

São aqueles que geralmente, constituem o corpo dos jornais. São agrupados
em três géneros: informativo (tipos : noticia, crónica, entrevista e
reportagem); imperativo (tipos: editorial, critica, comentário, coluna, e
tribuna livre) e: ameno- literário ( tipos: contos, novelas, poemas, humor,
entre outros).

Características da sua linguagem

Comecemos por recordar que linguagem é a designação que se atribui ao


uso de determinadas regras de um idioma, seleccionadas em função duma

situação específica. Assim, a linguagem jornalística é compreendida como o


uso de determinadas regras do jornalismo, na produção de textos
(normalmente jornalísticos).

De modo em geral, um texto predominado pela linguagem jornalística


caracteriza-se pela objectividade, clareza e precisão, que se manifestam pelo
recurso ao seguinte:

a) Nível de linguagem corrente;

b) denotação;

c) empatia;

d) convenção e arbitrariedade ( o jornalista faz as suas opções


linguística dentro dos parâmetros propostos pelo meio em que se encontra).

e) contexto referencial;

f) função metalinguística: recurso a elementos de diversificação da


mancha gráfica ( traços, linhas, tipos de fontes); analogias (legendas, títulos e
fotos) e linguístico ( manchetes, títulos, textos);

g) metadiscurso: o discurso jornalístico refere-se a outros discursos


sociais, pelo que em relação a eles cria uma hierarquia de vozes (discursos
directo, indirecto e

122
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

indirecto livre); é ético (evita o uso de termos pejorativos) e análogo a


sociedade, privilegiando valores e costumes (avanços sociais por exemplo).

O estilo em textos jornalísticos

Compreenda-se estilo como uma ênfase (expressiva, afectiva, ou estética)


acrescentada a informação que estiver a ser veiculada, sem que, contudo,
ocorra a alteração de sentido da mesma.

Isso quer dizer que na produção de um texto usa-se a língua para exprimir a
informação na forma neutra, e estilo realça-a.

O estilo jornalístico realça as características globais do jornalismo como a


objectividade, a clareza e a precisão. O mesmo caracteriza-se pelo:

a) Uso de frases curtas (evita-se o uso excessivo do que já que este


acrescenta novas orações/novas informações ao mesmo enunciado);

b) Uso de frases simples ( evita-se orações complexas);

c) Redução de intercalações excessivas (apostos,

travessões, parênteses);

d) Redução de locuções verbais com mais de dois verbos;

e) Uso da ordem directa da língua (sujeito + verbo + objecto)

f) Ausência de ambiguidades;

g) Repetição de recursos metalinguísticos, desde que necessários á


percepção e memorização das informações do texto.

Sumário

Textos jornalísticos são aqueles que geralmente, constituem o corpo dos


jornais. São agrupados em três géneros: informativo (tipos : noticia, crónica,
entrevista e reportagem); imperativo (tipos: editorial, critica, comentário,
coluna, e tribuna livre) e: ameno- literário ( tipos: contos, novelas, poemas,
humor, entre outros).

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

123
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Questões de Escolha Múltipla


1. Textos jornalísticos são aqueles que geralmente:
a) constituem o corpo dos jornais.
b) constituem o corpo das revistas.
c) constituem o corpo das televisões.

d) Todas as alternativas estão correctas.

2. Em quantos géneros esta dividido os textos jornalísticos?


a) São agrupados em três géneros.
b) São agrupados em quatro géneros.
c) São agrupados em cinco géneros.
d) Todas as alternativas estão correctas.

3. Linguagem é a designação que se atribui ao:


a) uso de indeterminadas regras de um idioma, seleccionadas em
função duma situação específica.
b) uso de indeterminadas regras de um idioma, seleccionadas em
função duma situação específica.
c) uso de todas as regras de um idioma, seleccionadas em função duma
situação específica.
d) Todas as alternativas estão correctas.

4. O estilo jornalístico realça:


a) as características globais do jornalismo como a objectividade, a
clareza e a precisão.
b) as características globais do jornalismo como a subjectividade, a
clareza e a precisão.
c) as características globais do jornalismo como a objectividade, a
clareza e a imprecisão.
d) Todas as alternativas estão correctas.

5. Um texto predominado pela linguagem jornalística caracteriza-se pela


objectividade, clareza e precisão, que se manifestam pelo recurso ao
seguinte:

a) Nível de linguagem corrente;

b) denotação;

c) empatia;

124
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

d) Todas as alternativas estão correctas.

Questões de Verdadeiro e Falso


6.Textos Jornalísticos são aqueles que geralmente, constituem o corpo dos
jornais. São agrupados em três géneros: informativo (tipos: notícia, crónica,
entrevista e reportagem); imperativo (tipos: editorial, critica, comentário,
coluna, e tribuna livre) e: ameno-literário (tipos: contos, novelas, poemas,
humor, entre outros) .

7.A linguagem jornalística é compreendida como o uso de determinadas


regras do jornalismo, na produção de textos (normalmente jornalísticos).

8.De modo geral, um texto predominado pela linguagem jornalística


caracteriza-se pela objectividade, clareza e precisão, que se manifestam pelo
recurso ao seguinte.

9. O estilo jornalístico não realça as características globais do jornalismo


como a objectividade, a clareza e a precisão.

10..Não repetição de recursos metalinguísticos, desde que necessários à


percepção e memorização das informações do texto.

Questões Reflexão

11. O que são recursos estilísticos?

12. Apresente uma frase com o uso de um recurso


e

125
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

stilístico.

RESPOSTAS:

1. A
2. A
3. B
4. B
5. D

6. Verdadeiro

7. Verdadeiro

8. Verdadeiro

9. Falso

10. Falso

TEMA –XIX: NOTICIA.

UNIDADE Temática 19.1.Introdução, notícia.


UNIDADE Temática19.2. Estrutura de notícia.
UNIDADE Temática 19.3. EXERCÍCIOS deste tema

UNIDADE Temática 1.1.Introdução, noticia.

Introdução

Nesta unidade temática vamos falar de um texto jornalístico,


especificamente noticia e artigo de fundo/Editorial. Vamos tentar
compreender a estrutura destes textos e as respectivas características.

126
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

▪ Identificar a estrutura de uma notícia e de um editorial;


Objectivos ▪ Distinguir as partes de uma notícia e de editorial
específicos

Notícia

É um relato breve e objectivo de um facto ou acontecimento verdadeiro,


inédito e actual, de interesse geral, que se comunica a um público de massas.

Estrutura de uma notícia

Uma noticia bem estrutura deve ser constituída por:

1. LEAD, CABECA ou PARAGRAFO-GUIA – primeiro


parágrafo, no qual se resume o que aconteceu. É a parte mais
importante da notícia e o seu objectivo é não só captar a atenção do
leitor, mas ainda fornecer-lhe as informações fundamentais. Neste
parágrafo devera ser dada respostas ás seguintes perguntas
essenciais:

- Quem?

- O quê?

- Onde?

- Quando?

2. CORPO DA NOTICIA – desenvolvimento, onde se faz a descrição


pormenorizada do que aconteceu. Esta segunda parte, responde as
perguntas:

- Como?

- Porquê?

Geralmente uma notícia é encabeçada por um título que deve ser


muito preciso e expressivo, para chamar a atenção do leitor. Este
título relaciona-se, habitualmente, com o que é tratado no LEAD e
pode ser acompanhado por um antetítulo ou por um subtítulo. A
técnica usada é da
127
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

pirâmide invertida. Na prática, aparecem muitas notícias que não


respeitam a estrutura atrás apresentada.

A notícia deve ainda ser: verdadeira, quer dizer, o redactor


preocupar-se á apenas com a verdade exacta, isto é, fiel á realidade;
interessante, ou seja, que não se perca com o acessório; completa, o
mesmo é dizer que responda às perguntas, objecto de curiosidade
por parte do público; clara, significando, como já vimos, que
apresenta um pensamento transparente, os conceitos bem
assimilados e a exposição sem dificuldades de compreensão, ao nível
da sintaxe e do vocabulário.

Estilo

A brevidade é obrigatória, significando concisão, ou seja, densidade


e não laconismo: a notícia é uma informação não trabalhada, seca,
no mais pequeno número de palavras. Também não significa escrita
telegráfica: o telegrama, simples esqueleto, excessivamente
esquemático, sem tecido muscular nem nervoso, não tem vida.

Pode, ou não, apresentar titulo e as primeiras palavras são


destacadas por: itálico, tipo cheio ou maiúscula. O parágrafo contém
entre cinco e dez linhas, numa frase ou duas. Como sugere J.-L.
Martin-Largardette (1985: 76), redigir uma notícia é interrogarmo-
nos sobre o máximo que podemos retirar ao texto de modo que,
apesar de tudo, a informação permaneça compreensível e justa,
sendo um bom exercício para aprender a sintetizar e hierarquizar os
diferentes elementos de um facto.

Apresentada de uma forma neutra e impessoal, a notícia não tem


lugar para circunlóquios, comentários ou esclarecimentos
desnecessários. O dinamismo é nela marcante, permitindo passar,
quase sem transição, de um aspecto a outro, no relato dos factos,
esta é uma das razoes pelas quais a sua redacção exige um elevado
grau de especialização.

Artigo de fundo/ Editorial – conceito

Editorial é um texto onde a direcção de um jornal ou revista


expressa publicamente a sua posição sobre algo relevante da
actualidade.

O seu objectivo principal é argumentar ao leitor para convence-lo a


compartilhar da
mesma opinião
128
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

sobre o facto ou tema em causa.

O editorial assume, todavia, um estatuto particular, na medida em


que implica a credibilidade da publicação. São as únicas mensagens
originais de um meio de comunicação e “ servem para mudar o
mundo e, em certas ocasiões, para mudar a vida”( Luísa Santamaria,
1990: 61). Em alguns casos, o editorial é chamado também artigo de
fundo. Corresponde à posição do jornal, isto é, de todos os
responsáveis pela publicação relativamente a notícias destacadas e
consideradas mais importantes. É um artigo, “tomando posição
sobre um facto da actualidade e comprometendo a responsabilidade
moral do jornal” ( Jean-Luc Martin-Lagardette, 1987: 82).

Funções

São quatro as funções clássicas do editorial ( Luisa Santamaria, 1990:


65-66):

- explicar os factos – como aconteceram, que factores estão neles


implicados, sob que forma se manifestarão as consequência de uma
decisão governativa.

- dar antecedentes – inserção dos factos no seu contexto, seu


relacionamento com outros acontecimentos, aparentemente
afastados, apresentação de um panorama mais amplo oferecendo
paralelismos que instruem e orientam o critério do leitor;

- predizer o futuro – analisado o presente, o editorialista avança com


a previsão do passo seguinte: os acontecimentos de amanha,
apresentados como inevitáveis à luz da experiencia de situações
similares e seguindo as normas do raciocínio lógico;

- formular juízos – o editorialista é um guardião da consciência


pública. Como0 qualquer intelectual deve tomar partido e defender
a sua postura, formulando juízos de valor, juízos morais sobre o que
esta bem e o que esta mal no mundo, defendendo o bem e lutando
por ele.

Tipos de artigos de fundo/ editorial

Não há unanimidade a respeito dos tipos de editoriais, por este texto


depender da noticia de que parte. De Gregorio (Luisa Santamaria,
1990: 66-7) e Martinez Albertos, porem, reduzem esse numero a
três.

1. Editoriais polémicos – combatem-se posições


contrá
rias e
129
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

se procura convencer pela via da argumentação; polemiza-se


com uma pessoa, com uma corrente de opinião ou um estado
geral de coisas: o procedimento normal é desmontar as teses do
adversário.

2. Editorial interpretativo – baseando-se em dados


científicos, o editorialista estuda, pormenorizadamente, os
factos e as declarações que constituem o tema, fornecendo os
elementos necessários à sua compreensão ou à formulação de
um juízo sobre eles; num segundo momento expõe a sua posição
subjectiva, isto é, as conclusões que o editorialista considera as
mais acertadas, para as quais os leitores já ficaram orientados.

3. Editorial objectivo ou analítico – próximo do


anterior expõe os dados e os factos friamente, apontando mais
explicações que sentenças, como que evitando pronunciar-se
sobre o erro ou a verdade, o bem ou o mal dos avançados. Não
são frequentes, mas aparecem relacionados com termos não
controversos ou incipientes, sobre os quais não há opinião
formada.

Sumário

Notícia é um relato breve e objectivo de um facto ou acontecimento


verdadeiro, inédito e actual, de interesse geral, que se comunica a um
publico de massas. Uma notícia é encabeçada por um título que deve ser
muito preciso e expressivo, para chamar a atenção do leitor.

Editorial é um texto jornalístico em que o conteúdo expressa a opinião da

empresa, da direcção ou da equipa da direcção desse jornal, sobre factos


relevantes da actualidade.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla

1. Notícia:

a) É um relato breve e objectivo de um facto ou


acontecimento verdadeiro, inédito e actual, de interesse geral, que
se
comunica
130
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

a um público de massas.

b) É um relato subjectivo de um facto ou acontecimento verdadeiro,


inédito e actual, de interesse geral, que se comunica a um público de
massas.

c) É um relato subjectivo de um facto ou acontecimento imaginário,


inédito e actual, de interesse geral, que se comunica a um público de
massas.

d) Todas as alternativas estão correctas.

2. Editorial é um texto:

a) jornalístico em que o conteúdo expressa a opinião


da

empresa, da direcção ou da equipa da direcção desse jornal, sobre factos


relevantes da actualidade.

b) Literário em que o conteúdo expressa a opinião da

empresa, da direcção ou da equipa da direcção desse jornal, sobre factos


relevantes da actualidade.

c) jornalístico em que o conteúdo expressa a opinião da

empresa, da direcção ou da equipa da direcção desse jornal, sobre factos


relevantes da passados.

c) Todas as alternativas estão correctas.

3. São quatro as funções clássicas do editorial ( Luisa


Santamaria, 1990: 65-66):

a) explicar os factos.

b) dar antecedentes.

c) predizer o futuro’

d) Todas as alternativas estão correctas.

4. A brevidade é obrigatória porque

a) significando concisão, ou seja, densidade e não

131
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

laconismo.

b) Não tem significado algum.

c) Significa pressão.

d) Todas as alternativas estão correctas.

Questões de Verdadeiro e Falso


5. A notícia é um relato breve e objectivo de um facto ou acontecimento
verdadeiro, inédito e actual, de interesse geral, que se comunica a um
público de massas.

6. Uma notícia bem estruturada na parte introdutória deve ser constituída


por: LEAD, CABEÇA ou PARÁGRAFO-GUIA e conclusão.

7. A notícia é uma informação não trabalhada, seca, no mais pequeno


número de palavras.

8. A notícia deve ser apresentada de uma forma neutra e impessoal.

9. A notícia tem lugar para circunlóquios, comentários ou esclarecimentos


desnecessários.

Questões de Reflexão

11. “A notícia é um relato breve e objectivo de um facto ou


acontecimento verdadeiro, inédito e actual, de interesse geral, que
se comunica a um público de massas.” Comente

12. Apresente um exemplo de noticia.

RESPOSTAS:

1. A

132
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

2. A

3. D

4. A

5. Verdadeiro

6. Falso

7.Verdadeiro

8. Verdadeiro

9. Falso

TEMA – XX: RELAÇÕES LEXICAIS.

UNIDADE Temática 20.1.Introdução, relações lexicais.


UNIDADE Temática 20.2. EXERCÍCIOS deste tema

UNIDADE Temática 1.1.Introdução, relações lexicais.

Introdução

Nesta unidade procuramos falar das relações lexicais com maior enfoque
para a sinonímia, antónima, heteronímia, hiponímia, paronímia, homonímia,
holonímia, meronímia, pois essas constituem as subclasses das relações de
significado e de sentido.

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

▪ Identificar as relações lexicais


Objectivos
específicos

Hiperonímia

133
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

É a relação de inclusão na unidade mais geral do significado veiculado por


outra unidade – o hiponímo. É o caso da palavra rosa em relação a flor (
hiperonímo).

Hiponímia

É a relação de sentido não simétrica existente entre duas palavras e


estabelecida segundo critérios de inclusão. É assim que rosa, tulipa, cravo,
lírio, etc., estão incluídos em flor.

Homonímia

É a relação entre unidades lexicais que tem as mesmas formas gráficas e


fonética, mas significados diferentes, A homonímia compreende a
homofonia ( a mesma forma fonética, mas significados diferentes, como
acontece em segredo – nome – e segredo – forma verbal) ou as duas.

O fenómeno da homonímia acontece quando duas palavras têm uma origem

etimologicamente diferente como saia (nome) e saia ( forma verbal) ou


quando a origem etimologicamente comum não permite já compreender o
laço semântico entre duas palavras. É o caso de colégio (estabelecimento
escolar) e colégio ( corpo de pessoas).

Parónimas

São muito parecidas, prestando-se a confusão, como os exemplos: perfeito


(bem feito – prefeito (vigilante do colégio).

A relação das partes com o todo, genericamente designada como relação de


meronímia/holonímia, é uma das relações léxico-conceptuais a quem é mais
difícil dar um tratamento formal. Mais do que de uma relação, tratar-se-a de
uma complexa família de relações, como é sustentado por vários autores,
quer no âmbito da Semântica Lexical quer no âmbito da psicolinguística.

Canonicamente, e em termos informais, podemos definir a relação de


meroníma/holonima e a sua inversa como se segue:

- A é meronímo de B se e só se A é necessariamente parte de B e B inclui


necessariamente A.

- B é holonímo de A se e só se A é meronímo de B.

Estão neste caso pétala e corola. Face à definição acima, pétala é meronímo
canónico de corola e corola holonímo canónico de pétala, uma vez que
pétala é necessariamente parte de corola e corola inclui necessariamente
pétala.

134
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Sumário

As relações lexicais são aquelas relacionadas ao sentido proferido pelas


palavras mediante a um dado contexto linguístico, como por exemplo, a
polissemia, facto inerente aos distintos significados atribuídos a uma palavra
de acordo como contexto em que se encontra inserida.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla

1. Defina a Homonímia.

a) É a relação entre unidades lexicais que tem as mesmas formas


gráficas e fonética, mas significados diferentes, A homonímia
compreende a homofonia (a mesma forma fonética, mas
significados diferentes, como acontece em segredo – nome – e
segredo – forma verbal) ou as duas.

b) É a falta de relação entre unidades lexicais que tem as mesmas


formas gráficas e fonética, mas significados diferentes, A
homonímia compreende a homofonia (a mesma forma fonética,
mas significados diferentes, como acontece em segredo – nome – e
segredo – forma verbal) ou as duas.

c) É a relação entre unidades lexicais que tem as mesmas formas


gráficas e fonética, mas significados diferentes, A homonímia
compreende a homofonia (a mesma forma fonética, mas
significados diferentes, como acontece em segredo – nome – e
segredo – forma verbal) ou nenhuma delas.

d) Todas as alternativas estão correctas.

2. O fenómeno da homonímia acontece

a) quando duas palavras têm a mesma origem etmologicamente.

b) quando duas palavras não têm a mesma origem etmologicamente.

c) quando duas palavras têm a mesma origem culturalmente.

d) Todas asa alternativas estão correctas.

135
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

3. A relação das partes com o todo, genericamente designada como


relação de meronímia/holonímia

a) é uma das relações léxico-conceptuais mais fáceis de dar um


tratamento formal.

b) é uma das relações mais fáceis de dar um tratamento formal

c) é uma das relações léxico-conceptuais mais dificeis de dar um


tratamento formal.

d) Todas as alternativas estão correctas.

e)

Questões de Verdadeiro e Falso

4. Hiperonímia é a relação de inclusão na unidade mais geral do


significado veiculado por outra unidade – o hipónimo. É o caso da
palavra rosa em relação a flor (hiperónimo).

5. O fenómeno da homonímia acontece quando duas palavras têm a


mesma origem etimologicamente.

6. A relação das partes com o todo, genericamente designada como


relação de meronímia/holonímia, é uma das relações léxico-
conceptuais mais fáceis de dar um tratamento formal.

Questões de Reflexão

7. Apresente exemplos da homonímia.

8. Apresente exemplos de merónimos.

9. Apresente exemplos de hiperónimos.

10. Discorra de forma breve sobre a homonímia.

136
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

RESPOSTAS:

1. A

2. A

3. A

4. Verdadeiro

5. Falso

6. Falso

TEMA – XXI: ARTIGO

UNIDADE Temática 21.1.Introdução, artigo


UNIDADE Temática 21.2. EXERCÍCIOS deste tema

UNIDADE Temática 1.1.Introdução, artigo.

Introdução

Nesta unidade temática falamos de artigo, uma das peças fundamentais na


construção frásica, pois exige a presença de outros com qual se associa em
sintagma: um signo dependente.

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

137
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

▪ Identificar os artigos numa frase;


Objectivos ▪ Produzir frases usando correctamente os artigos
específicos

O Artigo- Conceito

É um conjunto signo dependente que se destina a


determinar e a identificar o ser expresso pelo nome ao qual se antepõe.

Atenda-se as duas formas:

O cão saiu do canil.

Um cão saiu do canil.

Na primeira frase, o cão é identificado individualmente pelo artigo o (é o cão


que o emissor e os receptores conhecem); na segunda frase, o cão é
identificado pelo artigo mas apenas a nível da espécie a que

pertence, não individualmente (é um cão qualquer, não conhecido


individualmente). O é artigo definido e um, artigo indefinido.

138
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Definido Indefinido

MASCULINO FEMENINO MASCULINO FEMENINO

SINGULAR O a um uma

PLURAL Os as uns umas

Artigo Definido e Artigo Indefinido

a) Artigo definido – identifica o ser designado pelo substantivo, individualizando-o:

O homem saiu de casa (trata-se do homem que se conhece e não doutro).

b) Artigo indefinido – identifica o ser expresso pelo substantivo apenas a nível de


espécie, sem o individualizar:

Um homem saiu de casa (trata-se de um homem qualquer, que não se conhece,


não, porem, de um ser que não seja homem.

Funções do Artigo

Alem da função fundamental, já indicada, de determinar e identificar o ser


expresso pelo nome, o artigo tem ainda outras funções exercidas
cumulativamente, como as seguintes:

• Introduz o substantivo, esclarecendo-lhe o género e o número, sobretudo quando a


terminação dificulta esse esclarecimento:

o Amazonas as amazonas

o pão a mão

um quilograma a ama

um pirata uma gravata

o docente a docente

139
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Sumário

Dá –se o nome de artigo às palavras o (com as variações a, os, as) e um


(comas variações uma, uns, umas), que se antepõem aos substantivos para
indicar que se trata de um ser já conhecido pelo leitor ou ouvinte ou um
simples representante de uma dada espécie ao qual não se fez menção
anterior.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla

1. O Artigo é:

a) Um conjunto signo dependente que se destina a determinar e a identificar


o ser expresso pelo nome ao qual se antepõe.

b) Apenas um signo dependente que se destina a determinar e a identificar o


ser expresso pelo nome ao qual se antepõe.

c) Apenas um signo independente que se destina a determinar e a identificar


o ser expresso pelo nome ao qual se antepõe.

d) Um conjunto signo independente que se destina a determinar e a


identificar o ser expresso pelo nome ao qual se antepõe.

2. Dá –se o nome de artigo:

a) às palavras o (com as variações a, os, as) e um (com as variações uma, uns,


umas), que se sobrepõem aos substantivos para indicar que se trata de um
ser já conhecido pelo leitor ou ouvinte ou um simples representante de uma
dada espécie ao qual não se fez menção anterior.

b) às palavras o (com as variações a, os, as) e um (com as variações uma,


uns, umas), que se antepõem aos substantivos para indicar que se trata de
um ser já conhecido pelo leitor ou ouvinte ou um simples representante de
uma dada espécie ao qual não se fez menção anterior.

c) às palavras o (com as variações a, os, as) e um (com as variações uma, uns,


umas), que se antepõem aos verbos para indicar que se trata de um ser já
conhecido pelo
140
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

leitor ou ouvinte ou um simples representante de uma dada espécie ao qual


não se fez menção anterior.

d) Todas as alternativas estão correctas.

3. Artigo definido:

a) Não identifica o ser designado pelo substantivo, individualizando-o:

O homem saiu de casa (trata-se do homem que se conhece e não doutro).

b) identifica o ser designado pelo substantivo, individualizando-o:

O homem saiu de casa (trata-se do homem que se conhece e não doutro).

c) Não identifica o ser designado pelo substantivo, individualizando-o:

O homem saiu de casa (trata-se do homem que se conhece e não doutro).

d) Todas as alternativas estão correctas

Questões de Verdadeiro e Falso

4.Artigo definido é o ser designado pelo substantivo, individualizando-o.

5. Além da função fundamental, já indicada, de determinar e identificar o ser


expresso pelo nome, o artigo não tem outras funções exercidas.

6. Artigo indefinido identifica o ser não expresso pelo substantivo

Questões de Reflexão.

7.. O que são artigos?

8. Como os artigos se comportam em uma frase?

9. na classificação do artigo, leva-se em consideração o género?

10. Justifique.

141
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

RESPOSTAS:

1. A

2. B

3. B

4.Verdadeiro

5. Falso

6. Falso

TEMA –XXII: TIPOS E FORMAS DE FRASE

UNIDADE Temática 22.1.Introdução, tipos e formas de frase


UNIDADE Temática 22.2. EXERCÍCIOS deste tema

UNIDADE Temática 1.1.Introdução, tipos e formas de frase.

Introdução

Nesta unidade falamos de frase um enunciado de sentido completo, ou seja,


a unidade mínima de comunicação. No nosso dia a dia construímos varias
frases quer oralmente ao longo da nossa comunicação, quer ao nível da
escrita.

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

142
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

▪ Definir frase;
Objectivos ▪ Distinguir os tipos de frase;
específicos
▪ Interpretar as formas de frase.

Frase- conceito

A frase é um enunciado lógico organizado de acordo com as regras


gramaticais e com um sentido completo. A frase pode ser constituída
por uma única oração ou por várias orações.
A frase é formada por dois elementos: um nome (António) e um
verbo (brinca). Estes dois elementos estão logicamente relacionados

entre si e cada um desempenha a sua função: o nome desempenha a


função de sujeito, acerca do que se faz uma afirmação o verbo
desempenha a função de predicado, com o qual se faz uma
afirmação acerca do sujeito. Estes dois elementos são indispensáveis
para a construção de um enunciado de sentido completo.
Constituem uma oração” (MARTINS et al, 2001: 153).

Tipos de Frase
.

Classificam-se as frases em diversos tipos de acordo com a


necessidade de distinguir os diversos tipos de actos que elas
permitem realizar: asserção, interrogação, exclamação, ordem.

Asserção acto de que consiste em transmitir um conteúdo na forma


declarativa. Uma asserção pode revestir um carácter afirmativo ou
negativo.

Ex: Hugo chegou de férias.

Hugo não chegou de férias.

Interrogação

A frase interrogativa é utilizada para formular uma pergunta ou um


pedido de informação ou/por um de acção. Serve a realização de um

143
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

acto ilocutório directivo.

Caracteriza-se pelo uso do modo indicativo. A interrogativa directiva


é uma frase simples. A interrogativa indirecta é subordinada
substantiva completa.

Ex1: Afinal, desde quando é proibido manifestar o desejo a um ser


semelhante?

Ex2: Como ler os sinais dos tempos à luz de Deus?

É preciso notar que, a frase do tipo interrogativo pode exprimir um


pedido de informação ou de acção, correspondendo a uma
formulação de uma certa pergunta. Com este tipo de frase,
normalmente, pretende-se que de alguma forma seja formulada
uma dada informação de que não se dispõe.
Pode-se dizer que, “no registo oral, é caracterizada por apresentar
entoação ascendente. No registo escrito, é marcada

por um ponto de interrogação, se é uma interrogativa directa, ou


por um ponto final se a interrogação é indirecta. Pode conter um
determinante, um pronome, um qualificador ou um advérbio
interrogativo. A frase interrogativa indirecta pode conter uma oração
subordinada substantiva completiva introduzida por se.

A frase interrogativa pode ainda ser classificada pelo tipo de


resposta que é esperado:

A interrogação total, quando se incide sobre todo o conteúdo da


frase, permitindo uma resposta sim/não (pede-se somente uma
confirmação);

Ex: Queres um chocolate? Sim. Não.

Ou pode ser interrogacao Parcial, se incide apenas sobre um dos


constituintes da frase e não admite a resposta sim/não.

Ex: Quando partes?

A frase interrogativa parcial caracteriza-se pela presença de uma


palavra interrogativa. Pode começar por quem, qual, porquê, que.

Exclamação

A frase
exclamativa é
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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

utilizada para exprimir emoções e sentimentos. Pode expressar


indignação, surpresa, entusiasmo, admiração, euforia, angústia. No
registo oral, é caracterizada por um acento de intensidade que recai
sobre toda a frase ou apenas sobre um dos seus constituintes. No
registo escrito, termina por um ponto de exclamação. Apresenta,
muitas vezes, a inversão do sujeito, além de marcas prosódicas que
evidenciam algum constituinte da frase. Pode realizar vários actos
ilocutórios. A frase exclamativa pode surgir reduzida a uma palavra,
interjeição ou onomatopeia, ou a um grupo de palavras.

Ex: Que durma em paz!

Bendito seja Deus!

Imperativa

A frase imperativa é utilizada para expressar uma ordem: vai já dar a


notícia! Fazer um pedido: Traz-me um copo de água, por favor; dar
um conselho: Não andes à chuva! No registo oral, a entoação é
descendente e prolongada. No registo escrito, é marcada por ponto
final ou ponto de exclamação. O verbo apresenta-se no imperativo,
modo conjunto, infinito ou gerúndio.

Formas de frase

As formas de frase estão intrinsecamente ligadas com a intencao do


locutor mediante o seu interlocutor. Dai, que é possível associar ao
tipo da frase (declarativo, interrogativo, exclamativo ou imperativo)
uma ou várias formas de frase:

Afirmativa/negativa a acção ou processo expressos pelo verbo podem


ser afirmados ou negados, o que se traduz pela ausência ou presença de um
advérbio de negação.
Consideremos os exemplos abaixo:

Forma afirmativa
O mau tempo passou.

Forma negativa
O mau tempo não passou.

A frase activa apresenta, no grupo verbal, um verbo principal transitivo


directo em que o processo se desenvolve a partir do sujeito. Tal é o caso dos
exemplos abaixo:

145
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Exemplo 1
A mulher do rei morreu.
Exemplo 2
Um jovem artista criou este quadro.

A frase passiva integra, no grupo verbal, um verbo principal no particípio


passado e um verbo auxiliar (ser), que flexiona em pessoa e número. O
processo desenrola-se a partir do agente da passiva” (idem: 151). Tal é o
caso do exemplo abaixo:

Ex 1: Tudo foi feito em papéis.

Ex2:Este quadro foi criado por um jovem artista.

Em última análise, pode-se dizer que, na transformação de uma frase da


forma activa para uma frase da forma passiva, o sentido não se altera, mas
há uma mudança de função do sujeito e do complemento directo. O
complemento directo da frase activa surge como sujeito da frase passiva; o
sujeito da frase activa torna-se complemento agente da passiva nome ou
pronome predicado da proposição.

Todos os tipos de frase podem ter a forma enfática, com o qual se confere
mais expressividade ou vivacidade ao que se profere. A forma enfática
obtém-se com a introdução de expressões de realce: é que, era que, foi que,
cá, lá. A frase normal (não enfática) considera-se neutra”. Conforme os
exemplos abaixo:

Forma neutra
Exemplo: Ele sabe o que faz.

Forma enfática
Exemplo: Ele é que sabe o que faz.

146
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Sumário

A natureza das frases simples comporta em si, os tipos e formas de frase.


Assim, temos frase (modalidades) assertiva, interrogativa, exclamativa e de
ordem. Por outro, correlativamente as modalidades temos as formas
afirmativas ou negativa, activa ou enfática e neutra.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Múltipla Escolha


1. A frase é:

a) Um enunciado lógico organizado de acordo com as regras


gramaticais e com um sentido completo.
b) Um conjunto de palavras sem qualquer sentido.
c) Um conjunto de palavras da mesma língua.
d) Todas as alternativas estão correctas.

2. A frase pode ser constituída por:

a) Uma única letra ou por várias.

b) Apenas um sinal de pontuação.

c) Uma única oração ou por várias orações.

d) Todas as alternativas estão correctas.

3. A frase interrogativa é utilizada para:

a) Formular uma pergunta ou um pedido de informação.

b) Formular uma resposta.

c) Formular uma exclamação.

d) Formular uma ideia positiva.

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

4. A frase exclamativa é utilizada para:

a) Manifestações artísticas.

b) Exprimir emoções e sentimentos.

c) Exprimir obrigatoriedade.

4. Em que circunstância usamos a frase imperativa?

a) A frase imperativa é utilizada para expressar uma ordem: vai já dar a


notícia! Fazer um pedido: Traz-me um copo de água, por favor; dar
um conselho: Não andes à chuva! No registo oral, a entoação é
descendente e prolongada.

b) A frase imperativa é utilizada para expressar uma pergunta: vai já dar


a notícia! Fazer um pedido: Traz-me um copo de água, por favor; dar
um conselho: Não andes à chuva! No registo oral, a entoação é
descendente e prolongada.

c) A frase imperativa é utilizada para expressar uma amor: vai já dar a


notícia! Fazer um pedido: Traz-me um copo de água, por favor; dar
um conselho: Não andes à chuva! No registo oral, a entoação é
descendente e prolongada.

d) Todas as alternativas estão correctas.

Questões de Verdadeiro e Falso


6.. Asserção é acto de que consiste em transmitir um conteúdo na
forma declarativa.

Questões de Reflexão

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

7..O que distingue uma frase simples de uma frase complexa?

8..Uma oração é uma frase?

9. Justifique.

Apresente o exemplo de uma frase complexa.

RESPOSTAS:

1. A

2. C

3. A

4.B

5. A

6. Verdadeiro

TEMA – XXIII: FORMAS DE TRATAMENTO.

UNIDADE Temática 23.1.Introdução, formas de tratamento.


UNIDADE Temática 23.2. EXERCÍCIOS deste tema

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

UNIDADE Temática 1.1.Introdução, formas de tratamento.

Introdução

Tem sido frequente em pessoas perguntarem-se qual o pronome de


tratamento correcto que se deve empregar quando se dirige a uma
determinada figura ou individualidade pública. Os pronomes de tratamento
são palavras que exprimem o distanciamento e a subordinação em que uma
pessoa voluntariamente se põe em relação a outra, a fim de agradá-la e
desejar um bom relacionamento.

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

▪ Identificar as entidades a partir das formas de tratamento;

Objectivos ▪ Definir formas de tratamento;


específicos
▪ Aplicar correctamente as formas de tratamento.

Conceito
Segundo Cunha e Cintra (2002:292);
Denominam-se pronomes de tratamento certas palavras e locuções que
valem por verdadeiros pronomes pessoais como: você, o senhor, Vossa
Excelência.
Embora designem a pessoa a quem se fala, isto é, a segunda pessoa,
esses pronomes levam o verbo na terceira pessoa.
Ex: Onde é que vocês estão?
Vossa Excelência Senhor Comendador terá de perdoar.
No processo de produção de documentos institucionais ou então de textos
administrativos,

150
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

somos obrigados a usar formas de tratamento específicas referentes às


entidades a que nos dirigimos.

Assim, convém conhecermos as seguintes formas de tratamento referentes e


as abreviaturas com que são indicadas na escrita.

Estas formas aplicam-se à 2ª pessoa, àquela com quem falamos; para a 3ª


pessoa aquela de quem falamos, usam-se as formas Sua Alteza, Sua
Eminência, etc. Mas as últimas podem empregar-se com valor das primeiras,
como expressão de máxima cerimónia, mormente quando seguidas de
aposto que contenha um título determinado por artigo. Assim, em lugar de:

Vossa Excelência Senhor Ministro aprova a medida?

É lícito dizer-se

Sua Excelência, o Senhor Ministro, aprova a medida?

Em princípio, os pronomes de tratamento da 2ª pessoa devem acompanhar


o verbo para evitar confusão com o sujeito da terceira.

Seu irmão cantava, e você o acompanhava.

Vossa Reverência já leu este livro?

Sumário

Os pronomes de tratamento representam uma maneira indirecta de nos


dirigirmos aos nossos interlocutores. A conjugação dos pronomes é da 3ª
pessoa, mas normalmente se identificam mais com a segunda, já que se

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

referem à pessoa com quem se fala.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Escolha Múltipla

1.Segundo Cunha e Cintra (2002:292), denominam-se pronomes de


tratamento certas palavras e locuções que valem por verdadeiros
pronomes pessoais como:

a) Você, o senhor, Vossa Excelência.

b) Tu, nós.

c) Eu, ele, eles.

d) Todas as alternativas estão correctas.

2. No processo de produção de documentos institucionais ou então de


textos administrativos...

a) Não somos obrigados a usar formas de tratamento específicas referentes


às entidades a que nos dirigimos.

b) Somos obrigados a usar formas de tratamento específicas referentes às


entidades a que nos dirigimos.

c) Não há qualquer obrigação em relação a redação do texto.

d) Todas as alternativas estão correctas.

3. Os pronomes de tratamento representam:

a) uma maneira indirecta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores.

b) uma maneira directa de nos dirigirmos aos nossos interlocutores.

c) uma maneira indirecta de nos dirigirmos aos nossos emissores.

d) Todas as alternativas estão correctas.

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

4. A conjugação dos pronomes é da 3ª pessoa, mas normalmente se


identificam mais com
a) a segunda, já que se referem à pessoa com quem se fala.
b) a primeira, já que se referem à pessoa com quem se fala.
b) a todas as pessoas, já que se referem à pessoa com quem se fala.
b) Todas as alternativas estão correctas.

Questões de Verdadeiro e Falso

5. Em princípio, os pronomes de tratamento da 2ª pessoa não devem


acompanhar o verbo para evitar confusão com o sujeito da terceira. F

6. Os pronomes de tratamento não representam uma maneira indireta


de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. F

7. A conjugação dos pronomes é da 3ª pessoa, mas normalmente se


identificam mais com a segunda, ja que se referem à pessoa com quem se
fala.

Questões de Reflexão

8. “Segundo Cunha e Cintra (2002:292), denominam-se pronomes de


tratamento certas palavras e locuções que valem por verdadeiros pronomes
pessoais” Comente.

9. O que representam os pronomes demostrativos?

10. Apresente o exemplo de pelo menos 3 pronomes demonstrativos.

RESPOSTAS:

1. A

153
UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

2. B

3. A

4. A

5. Falso

6. B Falso

7. Verdadeiro

TEMA – XIV: DISCURSO DIRECTO, DISCURSO INDIRECTO E INDIRECTO LIVRE

UNIDADE Temática 24.1.Introdução, discurso directo, discurso indirecto e


indirecto livre
UNIDADE Temática 24.2. EXERCÍCIOS deste tema

UNIDADE Temática 24.1. Discurso directo, discurso indirecto e indirecto livre

Introdução

Nesta unidade temática falamos das formas de tratamento que estão


directamente ligadas as formas de cortesia.

Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:

▪ Conceptualizar os discursos directo, indirecto e indirecto livre;


Objectivos ▪ Distinguir os diferentes tipos de discursos;
específicos
▪ Usar correctamente as regras de transposição de um discurso para o outro.

O Discurso Directo
O Discurso Directo
é um meio de
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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

expressão pelo qual se reproduzem as palavras de uma personagem tal


como elas as teria proferido.
Este tipo de discurso permite um contacto mais estreito entre a situação
criada e o receptor (leitor/ouvinte); actualiza e torna mais viva a narrativa,
mais espontânea, como no teatro.
No Discurso Directo as falas das personagens ganham em naturalidade, não
raras vezes tocadas pela emoção, que o emprego de exclamações,
interjeições, reticências, interrogações, vocativos e imperativo reforça.
É de salientar que o Discurso Directo pode aparecer sob a forma de
monólogo interior.

O Discurso Indirecto
O Discurso Indirecto é o processo pelo qual o narrador informa o leitor a
cerca do que uma personagem teria dito ou pensado, sem reproduzir
exactamente as suas palavras.

Na transposição do Discurso Directo para o Indirecto, notam-se


alterações nas categorias verbais (modo, tempo, pessoa), nos pronomes, nos
determinantes e nos advérbios.

Ex: - passe-me o sal (D.D)


Ele exigiu-me que passasse o sal (D.I)
Perguntou-me se eu tinha um cinzeiro e pediu-me educadamente para lho
passar.

O discurso Indirecto Livre


O discurso indirecto livre é uma espécie de compromisso entre discurso
directo e indirecto. Por um lado, é o narrador que fala ( discurso indirecto),
por outro, ele usa, ao vivo, as palavras das personagens (exclamações,
entoações, e outros ingredientes expressivos próprios do discurso directo).
Exemplo:
Ega contava com Carlos para lhe fornecer esses requintes, ali no Ramalhete…
- Há cá um quarto para mim? Eu por ora estou no Hotel Espanhol, mas ainda
nem mesmo abri a mala…
Decerto! Havia o quarto em cima, onde ele estivera depois de deixar a vila
Balzac.

Sumário

Discurso Directo é um meio de expressão pelo qual se reproduzem as


palavras de uma personagem tal como elas as teria proferido, o
Discurso Indirecto é o processo pelo qual o narrador informa o leitor
acerca do que uma
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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

personagem teria dito ou pensado, sem reproduzir exactamente as


suas palavras.
O discurso relatado compreende 3 (três) principais tipos a saber:
discurso directo, discurso indirecto e indirecto livre.

Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO

Questões de Múltipla Escolha

1. O Discurso Directo é:

a) Um meio de expressão pelo qual se reproduzem as palavras de uma


personagem tal como elas as teria proferido.

b) Um meio de expressão pelo qual não se reproduzem as palavras de uma


personagem tal como elas as teria proferido.

c) Um meio de expressão pelo qual são adulteradas as palavras de uma


personagem.

d) Todas as alternativas estão correctas.

2. O Discurso Directo permite:

a) Um contacto cada vez mais difícil entre a situação criada e o receptor


(leitor/ouvinte).

b) Um contacto cada vez mais difícil entre os intervenientes da comunicação.

c) Um contacto mais estreito entre a situação criada e o receptor


(leitor/ouvinte); actualiza e torna mais viva narrativa, mais espontânea,
como no teatro.

d) Um contacto cada vez mais difícil entre os que não são intervenientes da
comunicação.

3. O Discurso Indirecto é:

a) O processo pelo qual o narrador informa o leitor acerca do que uma


personagem teria
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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

dito ou pensado, sem reproduzir exactamente as suas palavras.

b) O processo pelo qual o narrador não informa o leitor acerca do que uma
personagem teria dito ou pensado, sem reproduzir exactamente as suas
palavras.

c) O processo que apenas envolve o ouvinte.

d) Todas as alternativas estão correctas.

Questões de Verdadeiro e Falso

4.Na transposição do Discurso Directo para o Indirecto, não se notam


alterações nas categorias verbais (modo, tempo, pessoa), nos pronomes, nos
determinantes e nos advérbios.

5. O discurso indirecto livre é uma espécie de


compromisso entre discurso directo e indirecto.

6. O discurso relatado compreende 3 (três) principais


tipos a saber: discurso directo, discurso indirecto e
indirecto livre.

Questões de Reflexão

7.. Defina o discurso directo.

8. Apresente um exemplo do discurso directo.

9. Defina o discurso Indirecto.

10. Apresente um exemplo do discurso indirecto.

7.

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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

RESPOSTAS:

1. A

2. C

3. A

4. B Falso

5. Verdadeiro

6. Verdadeiro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ALLOUCHE, V. et al. “Prise de notes” in: Pratiques discursives. Montpellier III,


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BORREGANA, António Afonso. Gramática -Língua Portuguesa. 7ªed., Lisboa,


Texto Editora, 2000.

BRONCKART, Jean-Paul. Le Fonctionnement des Discours. Delachaux &


Niestlé, Paris.

CUNHA, C. &
CINTRA, L. Breve
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UnISCED CURSO: Português; 10 Ano Disciplina/Módulo : Língua Portuguesa I

Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa, Edições João Sá da Costa,


1999.

MATEUS, M. H. M. et al. Gramática da Língua Portuguesa 2ª ed., Lisboa,


Caminho, 1989.

MAVALE, Cecília. Resumo (Apontamentos). Maputo, Universidade


Pedagógica, 1997.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 15. ed. São Paulo, Editora Perspectiva
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REI, J.E. Curso de Redacção II. Porto, Porto Editora, 1995.

SERAFINI, Maria T. como se faz um trabalho escolar. Da escolha do tema à


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SILVA, Mendes. Português Língua viva. Lisboa, Herdeiros de Mendes Silva e


Círculo de Leitores, 1985.

SOARES, Maria Almira. Motivar para a escrita – como se faz um


resumo/como resumir apontamentos. Lisboa, 2004.

159

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