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RESULTADOS PRELIMINARES DE PLANTIOS DE Eucalyptus spp. NA REGIÃO


DA ZONA DA MATA DE PERNAMBUCO

Conference Paper · June 2017

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6 authors, including:

Ana L. B. Candeias Anderson francisco da Silva


Federal University of Pernambuco Universidade Federal Rural de Pernambuco
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XIX Semana de Engenharia Florestal da UFRPE: Recife, 7 a 9 de junho de 2017.

RESULTADOS PRELIMINARES DE PLANTIOS DE Eucalyptus spp.


NA REGIÃO DA ZONA DA MATA DE PERNAMBUCO
Clériston Silva dos Anjos1, Ana Lúcia Bezerra Candeias2, Rute Berger3, Anderson Francisco da Silva4,
Paulo Fernando Rodrigues Cândido5, Thiago Cardoso Silva6

Introdução
A crescente demanda por produtos madeireiros no Brasil, faz com que seja necessário ter uma melhor administração
dos recursos florestais, onde possa gerenciar a produção com mais atenção, desde o plantio até o produto final. E com o
intuito de melhorar esse controle no processo produtivo, é imprescindível associar novas tecnologias a cadeia produtiva.
Com o progresso das tecnologias voltadas para mapeamento e identificação vegetal por sensoriamento remoto é de
extrema importância que o inventário florestal absorva essas tecnologias as suas rotinas e passe a trabalhar constantemente
com elas, fazendo com que se possa otimizar tempo e reduzir custo. O uso de novas tecnologias para auxiliar o inventário
florestal pode fazer com que se possa diminuir o erro de amostragem e as despesas. As geotecnologias são de grande
ajuda para o monitoramento e acompanhamento dos plantios florestais, pois elas podem identificar se existe ou não
desenvolvimento da cobertura vegetal. O uso de imagens de sensoriamento remoto, por satélites que captam imagens da
terra em intervalos fixos de tempo é que ajudam esse acompanhamento. Por meio dessas imagens podem ser geradas
diversas possibilidades de informações, visando os mais diferentes tipos de estudos. Essa tecnologia já desempenha um
papel respeitável para estimativa de produtividade, avaliação nutricional, avaliação de necessidade hídrica, detecção de
pragas e doenças entre outras. Conforme Sanquetta et al. (2006), novas ferramentas passaram a ser utilizadas para a
realização do inventário florestal, entre elas podemos citar imagens de satélites, Sistema de Posicionamento Global (GPS),
Sistema de Informações Geográficas (SIG), sistemas computacionais para processamento e análises de dados coletados
em campo.
Objetivo é gerar resultados preliminares do inventário de Eucalyptus spp. na região da zona da Mata de Pernambuco.
Material e métodos
A. Área de trabalho
A área de estudo está localizada em povoamentos florestais de eucaliptos do Engenho Petribú, de propriedade da
Usina Petribú S/A, no município de Carpina, região norte da Zona da Mata de Pernambuco, distante aproximadamente
45Km da capital do estado. O clima no município é classificado como As’, sendo quente e úmido, onde ocorre uma maior
concentração de chuva no período compreendido entre abril e julho e os mais secos de setembro a janeiro (OLIVEIRA,
2014). O solo da área de estudo é caracterizado por Argissolo Vermelho-Amarelo, ele ocorre em áreas bastante
significativas da Zona da Mata de Pernambuco, sob florestas subperenifólia. São normalmente usados para o cultivo de
cana-de-açúcar e fruticultura. O relevo da área é Movimentado, com vales profundos e estreitos dissecados (EMBRAPA,
2017).

1
Primeiro Autor é Engenheiro Florestal, Mestrando em Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação, Departamento de Engenharia
Cartográfica, Universidade Federal de Pernambuco. Av. Prof. Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária, Recife - PE, 50670-901. E-mail:
cleriston.anjos@gmail.com
2
Segundo Autor é Professor Associado III do Departamento de Engenharia Cartográfica, Universidade Federal de Pernambuco. Av. Prof. Moraes
Rego, 1235 - Cidade Universitária, Recife - PE, 50670-901.
3
Terceiro Autor é Professor Adjunto do Departamento de Ciência Florestal, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Rua Dom Manuel de
Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900.
4
Quarto Autor é Engenheiro Florestal, Mestrando em Ciências Florestais, Departamento de Ciência Florestal, Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Rua Dom Manuel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900.
5
Quinto Autor é Engenheiro Florestal, Mestrando em Ciências Florestais, Departamento de Ciência Florestal, Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Rua Dom Manuel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900.
6
Sexto Autor é Engenheiro Florestal, Mestrando em Ciências Florestais, Departamento de Ciência Florestal, Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Rua Dom Manuel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900.
XIX Semana de Engenharia Florestal da UFRPE: Recife, 7 a 9 de junho de 2017.

B. Experimento
O experimento conta com um plantio clonal de 24 meses de idade do Eucalyptus Urophylla, da variedade AEC 144.
Ele está sendo realizado em dois talhões, o talhão é 1 tem área de 10,30 ha e o talhão 2 conta com uma área de 12,40 ha,
ambos tem um espaçamento de 3x3m. Estes talhões foram inventariados no início do mês de abril de 2017, com 15
parcelas circulares de 250m², distribuídas aleatoriamente, conforme Fig. 1.

Figura 1 – Localização das parcelas e área de estudo no município de Carpina.

C. Aquisição dos dados


Como sendo um plantio florestal comercial, foi escolhido parcelas de forma circular com 250m², pois segundo
Sanquetta et. al. (2006), as parcelas circulares trazem mais facilidade para a instalação, sendo mais frequentes em plantios
florestais que em floresta naturais, pois irão requerer unidades menores. Nessas parcelas foram marcadas ao centro as
coordenadas geográficas com GPS de navegação e realizadas as medições da circunferência na altura do peito (CAP) em
todas as árvores e altura em no mínimo 10 árvores. Para medir o CAP, foi utilizado uma fita métrica, medindo-se dentro
da parcela todas as árvore a uma altura de 1,30cm referente ao solo. A altura foi medida com a ajudar de uma trena e um
hipsômetro. A trena foi empregada para medir a distância de 15m da árvore até o observador, onde será realizada a leitura
da altura da árvore. O hipsômetro empregado no trabalho foi o blume-leiss, que tem faz o uso das relações trigonométricas
entre triângulos retângulos para estimar altura, para isso precisa-se saber a distância da árvore até o observador, onde será
realizada duas leituras, uma para a base e outra no ponto mais alto. A determinação do volume da árvore em pé, foi
calculado segundo a fórmula.
V = DAP2x(π/4) x h x Ff 1
Onde:
H = Altura da árvore
Ff = Fator de forma

A Fig. 2, A, B, C e D mostra o talhão 2 com fotografia hemisférica, marcação das árvores, espaçamento e vista de fora
do talhão

A B

C D
Figura 2 – Fig. 2A Talhão visto de fora, Fig. 2B Fotografia hemisférica, Fig. 3B Espaçamento, Fig. 4B Demarcação
de parcela.
XIX Semana de Engenharia Florestal da UFRPE: Recife, 7 a 9 de junho de 2017.

Resultados e Discussão
Com os dados levantados no inventário florestal em relação ao número de indivíduos por parcela, mostra que mesmo
sendo um plantio de eucalipto com 24 meses de idade, tem um bom desenvolvimento, onde os indivíduos estão
distribuídos na classe de diâmetro de 10 a 35cm, como pode ser visto na Fig. 3. Obtendo no inventário as médias de altura
de 8,26m, diâmetro 22,42cm e volume de 0,39m³. O valor de R2 relacionando diâmetro (x) e altura (y) foi de 0,5563 e a
linha de tendência linear ficou definida como y = 0,2687x + 2,2322.

18
16 y = 0,2687x + 2,2322
14 R² = 0,5563
12
Altura

10
8
6
4
2
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Diâmetro

Figura 3 – Gráfico com a correlação entre o diâmetro a altura do peito e a altura das árvores.

Considerações finais
Esse trabalho mostrou a relação do inventário para o plantio florestal de eucalipto na região da zona da mata
pernambucana, obtendo resultados satisfatório, dado que foi o primeiro plantio e com isso ganhasse experiência tanto na
execução do inventário como no futuro manejo florestal da área. Como consideração final, após as medições de campo
deve-se medir os dados do Índice de Área Foliar (IAF) para obter também uma estimativa por sensoriamento remoto,
fazendo o uso da fotografia hemisférica que é uma técnica utilizada para estudos da copa das arvores, adquirida abaixo
do dossel, além de ser uma alternativa mais econômica para estimar o IAF. Caso seja retirados alguns indivíduos da figura
3, os resultados para R² devem ser melhores. Essa discrepância deve-se aos indivíduos que não tiveram um crescimento
devido a algum tipo de competição.

Agradecimentos
Agradecimentos a CAPES pela concessão da bolsa, ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas e
Tecnologias da Geoinformação da UFPE e ao Departamento de Ciência Florestal da UFRPE.

Referências
BERGER, R.; Índice de área foliar estimado por ferramentas de sensoriamento remoto para a otimização de inventários
em florestas plantadas. 2014. 35 F (Doutorado em Ciências Florestais) – Universidade Federal Rural de Pernambuco,
Recife, 2014.
BRÉDA, N. J. J. Ground-based measurements of leaf area index: a review of methods, instruments and current
controversies. Journal of Experimental Botany, v. 54, n. 392, p. 2403-2417. 2003.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – EMBRAPA. Árvore do conhecimento território mata
sul pernambucana.
ttp://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/territorio_mata_sul_pernambucana/arvore/CONT000gt7eon7k02wx7ha087
apz2axe8nfr.html. Acesso: 09 de maio de 2017.

OLIVEIRA, E. B.; Técnicas de recuperação de áreas ciliares em tributários do rio Cruangi, zona da mata norte de
Pernambuco. 2014. 35 F (Doutorado em Ciências Florestais) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2014.
SANQUETTA, C. R.; WATZLAWICK, L.F.; CÔRTE, A.P.D.; FERNANDES, L.A.V. Inventários Florestais:
planejamento e execução. Curitiba: Multi-Graphic, 2006. 270 p.

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