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PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

PL 64/XXIII/2023

2023.03.03 ica
bl
pu
s ao
s
Exposição de motivos
is cu
[…] ed
o sd
Foi promovida a audição da Associação Nacional de Municípios Portugueses,
f eit da Associação
Nacional de Freguesias e dos órgãos de governo próprio das regiõesr a e autónomas.
r pa
Assim: a
in
m
[…] com pedido de prioridade e urgência: r eli
p
a o
e rs
CAPÍTULO I
a vDisposições gerais
a um
n de Artigo 1.º

s po Objeto
r re
o
1-o c
A presente lei estabelece medidas com o intuito de garantir habitação para todos.
t
en2- Para efeitos do disposto no número anterior, a presente lei procede:
c um
d o
e a) À criação de um regime de arrendamento para subarrendamento para famílias
t
Es com dificuldades no acesso à habitação no mercado;

b) À criação de um apoio à promoção de habitação a custos controlados para


arrendamento acessível;

c) Ao aumento dos solos disponíveis para habitação pública ou a custos


controlados, através:

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PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

i) Da quarta alteração à lei de bases gerais da política pública de solos, de


ordenamento do território e de urbanismo, aprovada pela Lei n.º 31/2014, a
ic
de 30 de maio, alterada pela Lei n.º 74/2017, de 16 de agosto, e pelos bl
pu
Decretos-Leis n.ºs 3/2021, de 7 de janeiro, e 52/2021, de 15 de junho; ao
u ss
ii) Da quarta alteração ao Regime Jurídico dos Instrumentos deisGestão c
d
e alterado
Territorial, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 dedmaio,
o s
pelos Decretos-Leis n.ºs 81/2020, de 2 de outubro,it25/2021, de 29 de
f e
março, e 45/2022, de 8 de julho;
r ae
r pa
iii) Da alteração ao regime jurídico da urbanização
a e edificação (RJUE),
in
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, m de 16 de dezembro, na sua redação
r eli
atual. p
a o
s
d) er
Ao alargamento do âmbito devisenções de fiscalização prévia do Tribunal de Contas,
a
através da décima quarta
a umalteração à Lei n.º 98/97, de 26 de agosto, na sua redação
atual;
n de
e) À revogaçãos podas autorizações de residência para atividade de investimento, através
r re
o
dacdécima alteração à Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, na sua redação atual, que aprova
to
en o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do

cum território nacional;


do
te f) Ao incentivo à transferência de fogos em alojamento local para o arrendamento
Es
habitacional, através da quinta alteração ao Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto,
alterado pelo Decreto-Lei n.º 63/2015, de 23 de abril, pelas Leis n.ºs 62/2018, de 22
de agosto, e 71/2018, de 31 de dezembro, e pelo Decreto-Lei n.º 9/2021, de 29 de
janeiro, que aprova o regime jurídico da exploração dos estabelecimentos de
alojamento local;

g) Ao reforço da verificação das condições de habitabilidade dos fogos arrendados ou


subarrendados, através da primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 89/2021, de 3 de

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Proposta de Lei n.º

novembro;

h) À fixação do valor das rendas nos novos contratos de arrendamento; ica


bl
i) À proteção dos inquilinos com contratos de arrendamento anteriores a 1990 e à pu
s ao
garantia da justa compensação do senhorio, através da décima segunda alteração à s
Lei
s cu
di Urbano
n.º 6/2006, de 27 de fevereiro, que aprova o Novo Regime de Arrendamento
e
(NRAU); d
it os
e
j) À aprovação de várias medidas fiscais, através:
a ef
ar
r p o alojamento local;
i) Da criação de uma contribuição extraordinária sobre
i na
ii) Da alteração ao Código do Imposto sobre mo Valor Acrescentado (IVA), aprovado
r eli
pelo Decreto-Lei n.º 394-B/84, de p 26 de dezembro, na sua redação atual;
a o
iii) Da alteração ao Código do e rs
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
a v
(IRS), aprovado em m anexo ao Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de novembro, na
u
ea
sua redação atual;
d
p
iv) Da alteração
on ao Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), aprovado em anexo ao
s
r re
coDecreto-Lei n.º 215/89, de 1 de julho, na sua redação atual;
to
en v) Da alteração ao Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), aprovado
c um pelo anexo I ao Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de novembro, na sua redação
d o
t e atual;
Es
vi) Da alteração ao Código do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas
de Imóveis (IMT), aprovado pelo anexo II ao Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de
novembro, na sua redação atual;

vii) Da alteração ao Código do Imposto do Selo (IS), aprovado pela Lei n.º 150/99,
de 11 de setembro, na sua redação atual;

viii) Da segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 159/2006, de 8 de agosto, alterado pelo


Decreto-Lei n.º 67/2019, de 21 de maio.

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Proposta de Lei n.º

Artigo 2.º

Regime jurídico do arrendamento para subarrendamento ica


bl
É aprovado, no anexo I à presente lei e da qual faz parte integrante, o regime jurídico do pu
ao
ss
arrendamento para subarrendamento para famílias com dificuldades no acesso à habitação
u
sc
no mercado.
e di
d
Artigo 3.º os
f eit
Promoção de habitação a custos controlados
r ae
pa
É criado um apoio à promoção de habitação a custosarcontrolados para arrendamento
iIIn à presente lei e da qual faz parte
acessível, cujo regime jurídico é aprovado no anexo m
r eli
integrante. p
a o
e rs
CAPÍTULO II
a v
u m para habitação pública ou de custos controlados
Aumento dos solos disponíveis
d ea
n Artigo 4.º
o
e sp
r
r Alteração ao regime jurídico da urbanização e edificação
c o
t
O artigoo 44.º do RJUE passa a ter a seguinte redação:
en
u m
c «Artigo 44.º
do
te […]
Es
1 - O proprietário e os demais titulares de direitos reais sobre o prédio a lotear
cedem gratuitamente ao município as parcelas para implantação de espaços
verdes públicos, habitação pública ou de custos controlados e equipamentos
de utilização coletiva e as infraestruturas que, de acordo com a lei e a licença
ou comunicação prévia, devam integrar o domínio municipal.

2 - […].

3 - […].

4
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Proposta de Lei n.º

4 - […]

5 - […].» ica
bl
Artigo 5.º pu
s ao
s
Alteração à Lei n.º 31/2014, de 30 de maio
cu
is
d
Os artigos 22.º, 29.º, 65.º e 66.º º da lei de bases gerais da política pública ede solos, de
ordenamento do território e do urbanismo passam a ter a seguinte redação: o sd
f eit
«Artigo 22.º r ae
r pa
[…] a
in
m
1 - […]. r eli
p
a o
2 - […].
e rs
3 - […]. av
a um
4 - […].
n de
o
5 - […]. esp
o rr
c
6 -oExcecionam-se do disposto no número anterior os casos em que o uso se
n t
e destine a habitação, desde que a propriedade do solo seja exclusivamente
u m
oc pública.
e d
t
Es 7 - Nos casos previstos no número anterior, presume-se a compatibilidade do uso
habitacional, sendo aplicáveis, com as devidas adaptações, as normas do plano
relativas às parcelas confinantes e com as quais a parcela em causa tenha
condições para constituir uma unidade harmoniosa.

Artigo 29.º

[…]

[…]

5
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Proposta de Lei n.º

a) […];

b) […]; ica
bl
c) […]; pu
s ao
s
d) […];
is cu
e) […];
ded
s
f) Promoção de habitação pública ou a custos controlados. eito
e f
Artigo 65.º r a
a
a rp
[…] in
elim
[…]: pr
sao
a) […]; er
av
b) Disponibilização um
de terrenos e edifícios ao município para a
a
de instalação ou renovação de infraestruturas, equipamentos,
implementação,
n
o
sp pública ou de custos controlados, espaços verdes e outros
habitação
o rre
espaços de utilização coletiva, bem como para compensação de
c
to particulares nas situações em que tal se revele necessário;
en
um
c) […].
doc
e
Est Artigo 66.º

[…]

[…]

a) […];

b) […];

c) Contribuição com áreas para a implementação, instalação e renovação


de infraestruturas, equipamentos, habitação pública ou de custos

6
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Proposta de Lei n.º

controlados, espaços verdes e outros espaços de utilização coletiva.»

ica
bl
Artigo 6.º pu
s ao
s
Alteração ao regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial cu
is
d
Os artigos 21.º e 123.º do regime jurídico dos instrumentos de gestão territorialepassam a ter
a seguinte redação: o sd
f eit
«Artigo 21.º r ae
r pa
[…] a
in
m
r eli
1 - As redes de infraestruturas e os equipamentos de nível fundamental que
p
o a atividade económica e asseguram a
sa
promovem a qualidade de vida, apoiam
r
e
a v à educação, à justiça, à saúde, à segurança
otimização do acesso à cultura,

a um
social, à habitação, ao desporto e ao lazer, são identificadas nos programas e
de
nos planos territoriais.
n
p o
2 - […].re s
r
co Artigo 123.º
n to
e
u m […]
oc
e d 1 - […].
t
Es
2 - […]

3 - […].

4 - […].

5 - […].

6 - […].

7 - […].

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Proposta de Lei n.º

8 - Excetua-se do disposto na alínea a) do n.º 1 as situações previstas nos n.ºs 6


e 7 do artigo 22.º da Lei n.º 31/2014, de 30 de maio, na sua redação atual. a
ic
bl
9 - Nos casos previstos no número anterior, presume-se a compatibilidade do pu
uso habitacional, sendo aplicáveis, com as devidas adaptações, as normas do ao
u ss
plano relativas às parcelas confinantes e com as quais a parcela em causa tenha
d isc
condições para constituir uma unidade harmoniosa.»
s de
o
f eit
r ae
Artigo 7.º
r pa
a
Aditamento à lei de bases gerais da política pública dein solos, de ordenamento do território
m
r eli
e do urbanismo
p
a o
É aditado um artigo 10.º-A à lei de bases
e rsgerais da política pública de solos, de ordenamento
av
do território e do urbanismo redação:
a um
e Artigo 10.º-A
d
p on Solo urbano
e s
r r
co efeitos da presente lei, mantêm a classificação como solo urbano os
1 - Para
to
en terrenos que cumulativamente:
c um
d o a) Estejam classificados como solo urbanizável ou solo urbano com
t e urbanização programada;
Es
b) O uso predominante previsto seja o habitacional; e

c) A sua promoção esteja inserida no âmbito da execução de uma estratégia


local de habitação, nos termos do artigo 30.º do Decreto-Lei n.º 37/2018,
de 4 de junho, na sua redação atual, ou de uma carta municipal de
habitação ou bolsa de habitação ou habitação a custos controlados, nos
termos da Lei n.º 83/2019, de 3 de setembro.

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Proposta de Lei n.º

CAPÍTULO III ica


bl
Isenção de fiscalização prévia pelo Tribunal de Contas pu
s ao
s
Artigo 8.º
i s cu
Alteração à Lei n.º 98/97, de 26 de agosto ed
o sd
eit a ter a seguinte
O artigo 47.º da Lei n.º 98/97, de 26 de agosto, na sua redação atual, passa
f
redação: r ae
r pa
«Artigo 47.º na
i
l i m
e prévia
Isenções de fiscalização
pr
o
1 - […]: r sa
a ve
a) […];
a um
b) […];
n de
c) […]; s po
o rre
c
t o d) […];
en e) […];
u m
oc
e d f) […];
t
Es
g) […];

h) […];

i) Os contratos interadministrativos;

j) [Anterior alínea i)].

k)

2 - […].»

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Proposta de Lei n.º

CAPÍTULO IV

Alojamento local ica


bl
Artigo 9.º pu
s ao
s
Alteração ao Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto
cuis
d
Os artigos 7.º, 9.º, 21.º e 28.º do Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto, naesua redação
atual, passam a ter a seguinte redação: o sd
f eit
«Artigo 7.º r ae
r pa
[…] a
in
m
r eli
p
a o
1 - […].
e rs
2 - O número de registomdo a vestabelecimento de alojamento local é pessoal e
a u que na titularidade ou propriedade de pessoa coletiva.
intransmissível,eainda
o nd
3 - […]: sp
o rre
ca) […];
t o
en b) Transmissão de qualquer parte do capital social da pessoa coletiva titular
u m
oc do registo, independentemente da percentagem.
e d
t
Es 4 - [Revogado].

Artigo 9.º

Cancelamento do registo

1 - […].

2 - No caso de a atividade de alojamento local ser exercida numa fração


autónoma de edifício ou parte de prédio urbano suscetível de utilização
independente, a assembleia de condóminos, por deliberação de mais de

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Proposta de Lei n.º

metade da permilagem do edifício, pode opor-se ao exercício da atividade de


alojamento local na referida fração, salvo quando o título constitutivo a
ic
expressamente preveja a utilização da fração para fins de alojamento local ou bl
pu
tiver havido deliberação expressa da assembleia de condóminos a autorizar a
s ao
s
utilização da fração para aquele fim.
is cu
3 - [Revogado]. ded
s
ito
4 - Para efeitos do cancelamento imediato do registo, afeassembleia de
e
ra
condóminos dá conhecimento da sua deliberação aoaPresidente da Câmara
r p
Municipal territorialmente competente.
na i
5- l i m
O cancelamento do registo determina aeimediata cessação da exploração do
pr
estabelecimento. o
r sa
e
6- [Anterior n.º 5]. av
7-
um
[Anterior proémio doan.º 6]:
n de
a) […];po
s
r re
cb)o Quando esteja em causa o cancelamento nos termos do n.º 2, a
to impossibilidade de o imóvel em questão ser explorado como alojamento
en
um local, independentemente da respetiva entidade, até deliberação em
doc
e contrário da assembleia de condóminos.
Est
8 - [Anterior n.º 7].»

Artigo 21.º

[…]

1- Compete à ASAE, à câmara municipal e à junta de freguesia territorialmente


competentes fiscalizar o cumprimento do disposto no presente decreto-lei,
bem como instruir os respetivos processos e aplicar as respetivas coimas e
sanções acessórias.

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Proposta de Lei n.º

2- […].

3- […]. ica
bl
4- […]. pu
s ao
s
5- Findo o prazo fixado nos termos do número anterior sem que o
iscu
estabelecimento tenha iniciado o processo de autorização de utilização d
para
d e
s
fins turísticos, o Turismo de Portugal, I. P., informa a ASAE opara os fins
previstos no artigo 28.º, a câmara municipal e a junta f eitde freguesia
r ae
territorialmente competentes e a AT.
r pa
a
Artigo 28.º in
m
r eli
p
[…]
a o
A ASAE, a câmara municipal evaejunta rs de freguesia territorialmente competentes
podem determinar a interdição
a
u m temporária da exploração dos estabelecimentos de
alojamento local, na esuaa totalidade ou em parte, nos termos do n.º 5 do artigo 21.º
d
ou quando a falta
p onde cumprimento das disposições legais aplicáveis puser em causa
s
re dos utilizadores ou a saúde pública, sem prejuízo das competências
a segurança
r
co
to
atribuídas por lei a outras entidades.
en
um Artigo 10.º
doc
e Aditamento ao Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto
Est
É aditado ao Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto, na sua redação atual, o artigo 6.º-
A, com a seguinte redação:

«Artigo 6.º-A

Duração do registo de estabelecimento de alojamento local

1 - O registo de estabelecimento de alojamento local tem a duração de cinco anos


contados a partir da data da comunicação prévia com prazo prevista no artigo
anterior.
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Proposta de Lei n.º

2 - No termo da duração referida no número anterior, a renovação do registo


carece de autorização expressa da câmara municipal territorialmente a
ic
competente. bl
pu
3 - Para efeitos do disposto no n.º 2, o titular do registo de estabelecimento de ao
u ss
isc
alojamento local requer a sua renovação até 120 dias antes do seu termo, sob
d
pena de caducidade do mesmo.»
s de
o
f eit
r ae
r pa
a
CAPÍTULO V in
m
r eli
Verificação das condições de habitabilidadep dos fogos arrendados ou subarrendados
a o
e rsArtigo 11.º
av
m
Alteração aouDecreto-Lei n.º 89/2021, de 3 de novembro
a
de n.º 89/2021, de 3 de novembro, passa a ter a seguinte redação:
O artigo 9.º do Decreto-Lei
n
s po
o rre «Artigo 9.º
c
t o […]
en
cum 1- O IHRU, I. P., quando tenha conhecimento, por denúncia ou através de
e do elementos que lhe sejam remetidos, de factos que possam consubstanciar a
t
Es existência de deficiências nos fogos arrendados ou subarrendados, pode solicitar
à câmara municipal:

a) A determinação do nível de conservação do respetivo locado, ao abrigo da


alínea c) do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 266-B/2012, de 31 de
dezembro;

b) A verificação das condições de habitabilidade.

2- Quando da determinação a que se refere a alínea a) do número anterior resulte

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Proposta de Lei n.º

um nível de conservação mau ou péssimo, a câmara municipal ou a entidade a


que se refere o n.º 2 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 266-B/2012, de 31 de a
ic
dezembro, consoante os casos, deve aplicar o disposto no artigo 89.º e seguintes bl
pu
do RJUE.
s ao
3- A câmara municipal territorialmente competente remete ao IHRU, I.P., para c us
d is
e
conhecimento cópia do auto de vistoria e respetiva ficha de avaliação dodimóvel,
o s
bem como, nos casos previstos nos números anteriores, da
f eit notificação
a e processo.
subsequente e demais diligências efetuadas no âmbito do respetivo
r
r pa
4- A verificação das condições de habitabilidade segue a os termos previstos no
in
artigo 89.º-B do RJUE.» m
r eli
p
a o
CAPÍTULO VI
r s
ve
aArrendamento urbano

a um Artigo 12.º
d e
p on
Alteração ao Novo Regime do Arrendamento urbano
e s
Os artigos o rr e 36.º do NRAU, na sua redação atual, passam a ter a seguinte redação:
35.º
c
t o
en
u m «Artigo 35.º
oc
e d [...]
Est 1- Caso o arrendatário invoque e comprove que o RABC do seu agregado familiar é inferior
a cinco RMNA, o contrato não transita para o NRAU.
2- A renda pode ser atualizada nos termos do artigo 24.º.
3- [Revogado].
4- [Revogado].
5- [Revogado].
6- [Revogado].
Artigo 36.º

14
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Proposta de Lei n.º

[...]

ica
1- Os contratos de arrendamento não transitam para o NRAU, aplicando-se, no que bl
pu
respeita ao valor da renda, o disposto nos números seguintes, caso o arrendatário invoqueao
e comprove que: u ss
d isc
a) [...];
s de
b) [...].
e ito
2- [...]. f
r ae
3- [...].
r pa
a
4- [...]. in
m
5- [...]. r eli
p
6- A atualização da renda é apurada nos termos
a o do artigo 24.º.
e rs
7- [Revogado].
av
8- [Revogado].
a um
9- [Revogado].
n de
10- [Revogado]. spo
rre
11- [Revogado].
o
c
12- n to
[Revogado].
e
m
u [Revogado].»
13-
oc
e d Artigo 13.º
Est
Fixação do valor da renda dos novos contratos de arrendamento

1 - A renda inicial dos novos contratos de arrendamento para fins habitacionais não pode
exceder o valor da última renda praticada sobre o mesmo imóvel em anterior contrato,
acrescido do coeficiente de 1,02.

2 - No valor da renda inicial podem, ainda, ser aplicados os coeficientes anuais ao abrigo do
artigo 24.º da Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro, na sua redação atual, desde que não tenha
passado mais de três anos sobre a data em que teria sido inicialmente possível a sua

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Proposta de Lei n.º

aplicação.

3 - Para efeitos do disposto no número anterior, o coeficiente a considerar para o ano de ica
bl
2023 é de 1,0543. pu
ao
ss
4 - No caso de imóveis que sejam objeto de obras de remodelação ou restauro profundos,
s de cu
di
devidamente atestadas pela Câmara Municipal, à renda inicial dos novos contratos
e
d
arrendamento pode acrescer o valor relativo às correspondentes despesasssuportadas pelo
senhorio, até ao limite anual de 15 %. eito
a ef
ar
5 - Os coeficientes previstos no presente artigo só podem serpaplicados uma vez em cada ano
civil. ar
in
lim
re
6 - O disposto no presente artigo aplica-se aos contratos
p que incidam sobre imóveis sobre os
o
sa
quais tenha incidido contratos de arrendamento
r anteriores celebrados nos últimos 5 anos.
e
av
u m
e a CAPÍTULO VII
nd
oAquisição de bens imóveis por entidades públicas
p
rr es
co Artigo 14.º
o
e nt
Aquisição no mercado
c um
d o 1 - É admitida a aquisição onerosa do direito de propriedade ou de outros direitos reais
e
Est sobre bens imóveis, para arrendamento acessível, por entidades públicas, , devendo, em
qualquer caso, o valor da aquisição ser compatível com o que resulte do procedimento
de avaliação.

2 - O regime previsto no número anterior aplica-se, com as necessárias alterações, ao


arrendamento para posterior subarrendamento habitacional.

CAPÍTULO VIII

Arrendamento forçado de habitações devolutas

16
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

Artigo 15.º

Procedimento de arrendamento forçado de habitações devolutas ica


bl
1 - Os imóveis de uso habitacional classificados como devolutos, nos termos do Decreto- pu
s ao
Lei n.º 159/2006, de 8 de agosto, na sua redação atual, podem ser objeto sde
cu
is de
arrendamento forçado pelos municípios, para posterior subarrendamento nodâmbito
programas públicos de habitação. d e
itos
e
ef preferencialmente
2 - O arrendamento forçado a que se refere o número anterior é realizado
a
r
pa possibilitem o seu imediato
sobre imóveis que reúnem condições de habitabilidade que
arrendamento. ar
in
lim
re do artigo 5.º da Lei n.º 83/2019, de 3 de
3 - Não são considerados devolutos, nos termos
p
o
sa
setembro, e do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 159/2006, de 8 de agosto, os prédios
er
a vque se encontrem numa das seguintes situações:
urbanos ou frações autónomas

a
a) Se destinem a segundas
um
habitações, habitações de emigrantes ou habitações de
de
p on
pessoas deslocadas por razões profissionais, de formação ou de saúde;
s
re o período em que decorrem a realização de obras devidamente autorizadas
b) Durante
r
couo comunicadas, durante os prazos para elas definidos, ou a pendência de ações
to
en judiciais que impeçam esse uso;
c um c) Sejam adquiridos para revenda por pessoas singulares ou coletivas;
d o
t e d) Integrem um empreendimento turístico ou estejam inscritos como estabelecimento
Es
de alojamento local.
4 - Para efeitos do disposto no n.º 1, os municípios apresentam ao respetivo proprietário
uma proposta de arrendamento nos termos previstos no artigo 5.º do Decreto-Lei
n.º 89/2021, de 3 de novembro.

5 - Recebida uma proposta de arrendamento nos termos do número anterior, o proprietário


responde no prazo de 10 dias a contar da sua receção.

17
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

6 - Em caso de recusa da proposta pelo proprietário ou de ausência de resposta pelo


proprietário, e mantendo-se o imóvel devoluto por mais 90 dias, os municípios, a
ic
procedem ao arrendamento forçado do imóvel, nos termos previstos no artigo 108.º- B bl
pu
do RJUE, com as necessárias adaptações.. ao
u ss
7 - Sem prejuízo do previsto no n.º 2, nos casos em que o nível de conservação do c
isimóvel
d
não permita a sua utilização habitacional, podem ser executadas coercivamente,
s de pelos
o
municípios, as obras necessárias à correção de más condições ide
f e t segurança ou de
salubridade, bem como das condições de habitabilidade, nosatermos e previstos no artigo
r
89.º e seguintes do RJUE, sendo o ressarcimento realizado r papor conta das rendas devidas.
a
in
8 - O arrendamento do imóvel, efetuado nos termos m do presente artigo, constitui, para
r eli
todos os efeitos, fundamento e causa para p
a o a exclusão da sua classificação como devoluto.
e rs
CAPÍTULO IX
av
a um Disposições fiscais
n de Artigo 16.º
p o
s
r re
Contribuição extraordinária sobre os estabelecimentos de alojamento local
co
to
É criada
en uma contribuição extraordinária sobre os estabelecimentos de alojamento local, cujo
c um
regime é aprovado no anexo III à presente lei e da qual faz parte integrante.
d o
t e Artigo 17.º
Es
Alteração à lista I anexa ao Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado

São alteradas as verbas 2.18 e 2.23 da lista I anexa ao Código do IVA, que passam a ter a
seguinte redação:

«2.18 – As empreitadas de construção ou reabilitação de imóveis de habitações


económicas, habitações de custos controlados ou habitações para arrendamento
acessível nos termos definidos em portaria do membro do Governo responsável
pela área da habitação, independentemente do promotor, desde que pelo menos

18
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

700/1000, ou a totalidade do imóvel em caso de propriedade total ou fração


autónoma, seja afeta a um dos referidos fins e certificadas pelo IHRU, I. P., ou, a
ic
quando promovidas na Região Autónoma da Madeira ou na Região Autónoma bl
pu
dos Açores, pelo Investimentos Habitacionais da Madeira, EPERAM (IHM) ou
s ao
s
pela Direção Regional de Habitação dos Açores, respetivamente.
i s cu
2.23 – As empreitadas de reabilitação de edifícios localizados em d ed
áreas de
s
itourbanística,
reabilitação urbana (áreas críticas de recuperação e reconversão
efe
zonas de intervenção das sociedades de reabilitação urbana ae outras) delimitadas
p ar
nos termos legais, ou no âmbito de operações de requalificação e reabilitação de
n ar
reconhecido interesse público nacional.» i
l i m
e
pr
o
r sa
e Artigo 18.º
av
Alteração ao Código do
a um Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

Os artigos 10.º e 72.º n


do
deCódigo do IRS passam a ter a seguinte redação:
s po
o rre «Artigo 10.º
c
to […]
en
c um 1 - […].
d o
t e 2 - […].
Es
3 - […].

4 - […].

5 - […]:

a) […];

b) […];

c) […];

19
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

d) […];

e) O imóvel transmitido tenha sido destinado a habitação própria e permanente ica


bl
do sujeito passivo ou do seu agregado familiar, comprovada através do pu
respetivo domicílio fiscal, nos 24 meses anteriores à data da transmissão; sao
s
s cu
f) di ganhos,
Os sujeitos passivos não tenham beneficiado no ano da obtenção dos
e
s d sem prejuízo
nem nos três anos anteriores, do presente regime de exclusão,
o
eit procedimento de
da comprovação pelo sujeito passivo, efetuada fem
a e
ar condição se deveu a
liquidação, que a não observância da presente
p
circunstâncias excecionais. r
i na
m
6 - […]: eli
pr
a) […]: sao
er
b) […]; av
u m
c) […]; e a
o nd
d) […];
e sp
r r
ce)o Não tenha sido fixado o domicílio fiscal do sujeito passivo ou do seu agregado
to
en familiar no imóvel.
c um
d o 7 - […].
t e
Es 8 - […].

9 - […].

10 - […].

11 - […].

12 - […].

13 - […].

20
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

14 - […].

15 - […]. ica
bl
16 - […]. pu
s ao
s
17 - […].
is cu
18 - […].
ded
s
19 - […]. e ito
e f
20 - […]. r a
a
a rp
21 - […]. in
e lim
22 - […]. pr
ao
sArtigo
e r 72.º
av
u m […]
e a
1- […]: n d
spo
a)rre[…];
co
to b) […];
en
um c) […];
doc
e
Est d) […];

e) [Revogado];

2- Os rendimentos prediais, incluindo os referidos na alínea b) do n.º 5 do


artigo 8.º, são tributados à taxa autónoma de 25 %.

3- Aos rendimentos prediais decorrentes de contratos de arrendamento para


habitação permanente com duração igual ou superior a cinco anos e inferior
a 10 anos, é aplicada uma redução de 10 pontos percentuais da respetiva taxa
autónoma; e por cada renovação com igual duração, é aplicada uma redução

21
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

de dois pontos percentuais até ao limite de 10 pontos percentuais.

4- Aos rendimentos prediais decorrentes de contratos de arrendamento para ica


bl
habitação permanente com duração igual ou superior a 10 anos e inferior a pu
20 anos, é aplicada uma redução de 15 pontos percentuais da respetiva taxa s ao
s
autónoma. is cu
ed
s d para
5- Aos rendimentos prediais decorrentes de contratos de arrendamento
o
eit bem como
habitação permanente com duração igual ou superior a 20 fanos,
e
aos rendimentos prediais decorrentes de contratos de a ra real de habitação
direito
p
ar da prestação pecuniária
duradoura (DHD), na parte respeitante ao pagamento
in
lim percentuais da respetiva taxa
mensal, é aplicada uma redução de 20 pontos
e
autónoma pr
sao
6- […]. er
av
7- […]. um
e a
8- […]. nd
spo
rre
9- .[…].
co
to
en 10- […].
um
oc 11- […].
t ed 12- […].
Es
13- […].

14- […].

15- […].

16- […].

17- […].

18- […].

22
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

19- […].

20- […]. ica


bl
21- […]. pu
s ao
s
22- […].»
is cu
Artigo 19.º
ded
s
Alteração ao Estatuto dos Benefícios Fiscais e ito
e f
a
ar
Os artigos 44.º, 45.º e 71.º do EBF passam a ter a seguinte redação:
p
r
i na
m
eli
pr44.º
«Artigo
sao
er […]
av
1 - […]. u m
e a
2 - […]. nd
spo
3 - […]. rre
co
4 t-o[…].
en
um 5 - […]:
doc
e
Est 6 - […].

7 - […].

8 - […].

9 - […].

10 - […].

11 - […].

12 - […].

23
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

13 - […].

14 - Ficam isentos de tributação em IRS as mais-valias decorrentes da alienação ao ica


bl
Estado ou às autarquias locais de imóveis para habitação, com exceção das pu
mais-valias auferidas por residentes com domicílio fiscal em país, território ou s ao
região sujeito a um regime fiscal mais favorável, constante de lista aprovada c us
d is
por portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças.
s de
o
Artigo 45.º f eit
r ae
Prédios urbanos objeto de reabilitação
r pa
a
1 - […]: in
m
r eli
a) […]; p
a o
b) […]; e rs
av
c) Nos casos em que
a uma intervenção prevista na alínea a) assuma a forma de
dedevem os imóveis ter afetação habitacional.
construção,
n
p o
2 - […]. e s
o rr
c
3to- […]
en
um 4 - […]
doc
e 5 - […]
Est
6 - […]

7 - […]

8 - […]

9 - […].

Artigo 71.º

[…]

24
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

1 - […].

2 - […]. ica
bl
3 - […]. pu
s ao
s
4 - […].
is cu
5 - [Revogado]:
ded
s
6 - […]. e ito
e f
7 - [Revogado]. r a
a
a rp
8 - […]. in
elim
9 - […]. pr
sao
10 - […]: er
av
11 - […]. u m
e a
12 - […]. n d
spo
13 - […]rre
co
14t-o […].
en
um 15 - […].
doc
e
Est 16 - […].

17 - […].

18 - […].

19 - […].

20 - […].

21 - […].

22 - […].

25
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

23 - […].

24 - […]. ica
bl
25 - […]. pu
s ao
s
26 - […].
is cu
27 - […].
ded
s
28 - […]. e ito
e f
29 - […]. r a
a
a rp
30 - […]. in
e lim
31 - Ficam isentos de tributação em IRS, r
p pelo período de duração dos respetivos
o
contratos, os rendimentos prediais
r sa obtidos no âmbito de contrato de arrendamento
e
para habitação celebrados a vantes da entrada em vigor do RAU, aprovado pelo
um de 15 de outubro, e sujeitos ao regime previsto nos
Decreto-Lei n.º 321-B/90,
a
e
d36.º
artigos 35.º oun do NRAU, aprovado pela Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro.»
o
e sp
r r
co
to Artigo 20.º
en
um
Alteração ao Código do Imposto Municipal sobre Imóveis
doc
e
Est Os artigos 13.º, 44.º e 125.º do Código do IMI passam a ter a seguinte redação:

«Artigo 13.º

[…]

1 - […]:

a) […];

b) […];

c) […];

26
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

d) […];

e) […]; ica
bl
f) […]; pu
s ao
s
g) […];
is cu
h) […];
ded
s
i) […]; e ito
e f
a
j) ar
Verificar-se a ocorrência prevista no n.º 3 do artigo 11.º-B;
p
r
l) […]. i na
m
eli
2 - […]. pr
s ao
3 - […]. er
av
4 - […]. um
e a
5 - […]. nd
s po
6 - […]. re
cor
to
7 - […].
en
cum Artigo 44.º
do
te […]
Es
1 - […].

2 - […].

3 - O coeficiente de vetustez dos prédios que constituam, total ou parcialmente,


estabelecimentos de alojamento local na aceção do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei
n.º 128/2014, de 29 de agosto, na sua redação atual, é sempre 1.

Artigo 125.º

27
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

1 - […].

2 - […]. ica
bl
3 - Da comunicação referida no n.º 1 deve constar, adicionalmente, uma lista atualizada pu
ao
ss
da ausência de consumos ou de consumos baixos, por cada prédio urbano ou fração
s cu
di
autónoma, utilizando obrigatoriamente a identificação matricial dos prédios.
e
d
4 - [Anterior n.º 3].
it os
e
1 - .» ef
ara
Artigo 21.º a rp
in
m
eli as Transmissões Onerosas de Imóveis
Alteração ao Código do Imposto Municipal sobre
pr
ao a ter a seguinte redação:
Os artigos 7.º e 11.º do Código do IMT passam
s
r
a ve
«Artigo 7.º
a um
e […]
o nd
1 - […]. p
rr es
co
2 - […].
to
en3 - […].
um
doc 4 - Quando o prédio tenha sido revendido sem ser novamente para revenda, no
e
Est prazo de um ano, e haja sido pago imposto, este é anulado pelo chefe de
finanças, a requerimento do interessado, acompanhado de documento
comprovativo da transação.

Artigo 11.º

[…]

1 - […].

2 - […].

28
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

3 - […].

4 - […]. ica
bl
5 - A aquisição a que se refere o artigo 7.º deixa de beneficiar de isenção logo que pu
s ao
se verifique que aos prédios adquiridos para revenda foi dado destino diferente s
s cu
di o
ou que os mesmos não foram revendidos dentro do prazo de um ano ou
e
foram novamente para revenda. d
itos
fe a aquisição,
6 - Nos casos previstos no número anterior, o imposto é devidoedesde
r a
pa33.º.
acrescendo juros compensatórios nos termos do artigo
ar
7 - [Anterior n.º 6]. in
elim
8 - [Anterior n.º 7]. pr
sao
9 - [Anterior n.º 8].» er
av
u m
e a
n d Artigo 22.º
s po
re Alteração ao Código do Imposto do Selo
c or
o
nt 60.º do Código do Imposto do Selo, aprovado pela Lei n.º 150/99, de 11 de
O artigo
e
u m
setembro, na sua redação atual, passa a ter a seguinte redação:
oc
e d
t
Es
«Artigo 60.º

Contratos de arrendamento

1 - […].

2 - […].

3 - […].

4 - Caso os locadores ou sublocadores não comuniquem à Autoridade Tributária

29
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

e Aduaneira os elementos previstos no n.º 1, os arrendatários podem efetuar


as referidas comunicações, no prazo de dois meses após o fim do prazo fixado a
ic
no n.º 2. bl
pu
5 - [Anterior n.º 4].» s ao
s
is cu
ded
Artigo 23.º s
ito
Alteração ao Decreto-Lei n.º 159/2006, de 8 de e fe
a agosto
p ar
r
O 5.º do Decreto-Lei n.º 159/2006, de 8 de agosto, na suaaredação atual, passa a ter a seguinte
i n
redação: m
r eli
p
Artigo
a o 5.º
e rs
av […]

1 - […]. a um
n de
2 - As empresasode telecomunicações e as empresas distribuidoras de gás, eletricidade e
sp
re obrigatoriamente aos municípios, até ao dia 1 de outubro de cada ano,
água renviam
co lista atualizada da ausência de consumos ou de consumos baixos, por cada
uma
to
en prédio urbano ou fração autónoma e, através de comunicação eletrónica ou outro
c um
d o suporte informático.
t e
Es 3 - A lista referida no número anterior inclui obrigatoriamente a identificação matricial
de cada prédio.»

Artigo 24.º

Aditamento à lista i anexa ao Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado

É aditada a verba 2.42 da lista I anexa ao Código do IVA, com a seguinte redação:

«2.42 – As empreitadas de construção ou reabilitação de imóveis, , em que pelo menos

30
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

700/1000, ou a totalidade do imóvel em caso de propriedade total ou fração autónoma, seja


afeta a arrendamento acessível, nos termos definidos em portaria do membro do Governo a
ic
responsável pela área da habitação, independentemente do promotor, desde que certificadas bl
pu
pelo IHRU, I. P., ou, quando promovidas na Região Autónoma da Madeira ou na Regiãoao
Autónoma dos Açores, pelo IHM ou pela Direção Regional de Habitação dos Açores, u ss
d isc
respetivamente.»
s de
o
f eit
Artigo 25.º r ae
r pa
Aditamento ao Código do Imposto Municipal a sobre Imóveis
in
m
É aditado ao Código do IMI o artigo 11.º-B, com r ealiseguinte redação:
p
a o
e rs
a v «Artigo 11.º-B
a um
de para terrenos para construção de habitações
Isenção
n
p o
s
1 - Ficameisentos de imposto municipal sobre imóveis os terrenos para construção cujo
o rr
cprocedimento de controlo prévio para obras de construção, definido na alínea b) do
t o
en artigo 2.º do regime jurídico da urbanização e da edificação, aprovado pelo Decreto-
u m
oc Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua redação atual, de imóveis com afetação
e d
t habitacional tenha sido iniciado junto da entidade competente, e para os quais ainda
Es não tenha havido decisão final, expressa ou tácita, do procedimento.

2 - Ficam isentos de imposto municipal sobre imóveis os terrenos para construção cujo
procedimento controlo prévio para utilização habitacional, nos termos do n.º 5 do
artigo 4.º do jurídico da urbanização e da edificação, tenha sido iniciado junto da
entidade competente, e para os quais ainda não tenha havido decisão final, expressa
ou tácita, do procedimento.

3 - Nas situações previstas nos n.ºs 1 e 2, caso ao prédio seja dada utilização diversa de

31
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

fins habitacionais, liquida-se o imposto por todo o período decorrido desde a sua
aquisição. a
ic
bl
4 - Para efeitos da aplicação das isenções previstas nos n.ºs 1 e 2, os sujeitos passivos pu
comunicam ao serviço de finanças da área da situação dos prédios através da s ao
apresentação de documento comprovativo do início do procedimento de icontrolo c us
s
d
prévio.
s de
5- As isenções previstas nos n.ºs 1 e 2 iniciam-se a partir dafedata ito da comunicação
efetuada ao serviço de finanças nos termos do número r ae
anterior.
r pa
6- Para efeitos do término das isenções previstasinnos a n.ºs 1 e 2, devem os municípios,
m Tributária e Aduaneira a decisão
eli
ou os sujeitos passivos, comunicar à Autoridade
r
p
a o
final, expressa ou tácita, dos procedimentos de controlo prévio relativos aos imóveis
r s
em causa no prazo de 60 dias e a contar da referida decisão.
av
7- umno número anterior, se a comunicação for apresentada após
Nas situações previstas
a
o prazo legal,
n doeimposto é devido por todo o tempo já decorrido acrescendo os
s po
juros compensatórios, nos termos do artigo 117.º.
r re
8-
o gozam do regime previsto n.ºs 1 e 2 os sujeitos passivos que tenham adquirido
cNão
to
en o prédio a entidade que dele já tenha beneficiado.
c um
d o 9 - O disposto nos n.ºs 1 e 2 não é aplicável aos sujeitos passivos que:
e
Est a) Tenham domicílio fiscal em país, território ou região sujeito a um regime fiscal
mais favorável, constante de lista aprovada por portaria do membro do
Governo responsável pela área das finanças;

b) Sejam, nos termos previstos no n.º 8 do artigo 17.º do Código do IMT, uma
entidade dominada ou controlada, direta ou indiretamente, por entidade que
tenha domicílio fiscal em país, território ou região sujeito a um regime fiscal
mais favorável, constante da lista referida na alínea anterior.»

32
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

Artigo 26.º ica


bl
Aditamento ao Estatuto dos Benefícios Fiscais pu
s ao
s
São aditados ao EBF os artigos 45.º-A e 74.º-A, com a seguinte redação:
is cu
«Artigo 45.º-A ed
o sd
Prédios urbanos destinados ao Programa de Apoio ao Arrendamento
f eit
1 - Ficam isentas de imposto municipal sobre as transmissõesr a e onerosas de
r pa
imóveis as aquisições de terrenos para construção a
in destinados à construção de
m
imóveis habitacionais desde que preencham
r eli os seguintes requisitos
cumulativos: p
a o
e rs
a) Pelo menos 700/1000,vou a totalidade do imóvel em caso de propriedade
a
total ou fraçãoum autónoma, seja afeta ao Programa de Apoio ao
e a independentemente do promotor, desde que certificadas
Arrendamento,
d
pelo p on I. P., ou, quando promovidas na Região Autónoma da
IHRU,
s
r re
co Madeira ou na Região Autónoma dos Açores, pelo IHM ou pela Direção
to Regional de Habitação dos Açores;
en
c um b) O procedimento de controlo prévio para obras de construção, definido
d o
t e na alínea b) do artigo 2.º do regime jurídico da urbanização e da
Es edificação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro,
na sua redação atual, de imóveis com afetação habitacional seja iniciado
junto da entidade competente no prazo de dois anos após a aquisição.

2 - Aos prédios urbanos ou frações autónomas adquiridos ou construídos para


afetação ao Programa de Apoio ao Arrendamento são aplicáveis os seguintes
benefícios fiscais:

33
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

a) Isenção do imposto municipal sobre imóveis por um período de três


anos a contar do ano, inclusive, da aquisição, podendo ser renovado, a a
ic
requerimento do proprietário, por mais cinco anos; e bl
pu
b) Isenção de imposto municipal sobre as transmissões onerosas de s ao
s
imóveis. is cu
3 - As isenções previstas nos n.ºs 1 e 2 ficam sem efeito se: ded
s
e ito
ef que assentou o
a) Aos imóveis for dado destino diferente daquele em
a
ar da transmissão, ou,
benefício, no prazo de cinco anos a contar dapdata
a r
no caso de renovação do benefício previsto
in na parte final da alínea a) do
n.º 2, no prazo de dez anos; ou e lim
pr
o
sa da celebração de um contrato de
b) Os imóveis não forem objeto
er
a v do Programa de Apoio ao Arrendamento no
arrendamento no âmbito
m
u a contar da data da transmissão.
prazo de seis meses
d ea
n contagem dos prazos previstos na alínea a) do número anterior,
4 - Para efeitosoda
p
s que o imóvel mantém a sua afetação ao Programa de Apoio ao
re
considera-se
or
cArrendamento se, em caso de cessação do contrato de arrendamento, for
to
en celebrado novo contrato no âmbito do Programa de Apoio ao Arrendamento
c um no prazo de três meses.
d o
t e
Es 5 - Aos benefícios referidos nos n.ºs 1 e 2, aplica-se o disposto nos n.ºs 3, 5, 7 e
8 do artigo anterior.

Artigo 74.º-A

Transferência de imóveis de alojamento local para arrendamento

1 - Ficam isentos do IRS e IRC os rendimentos prediais decorrentes de contratos


de arrendamento para habitação permanente, desde que verificadas,

34
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

cumulativamente, as seguintes condições:

a) Resultem da transferência para arrendamento, para habitação permanente, ica


bl
de imóveis anteriormente afetos à exploração de estabelecimentos de pu
alojamento local; s ao
s
s cu
dide
b) O registo do estabelecimento de alojamento local tenha ocorrido até 31
e
dezembro de 2022; d
itos
e
ef
c) A celebração do contrato de arrendamento e respetiva inscrição
a
no Portal
r
pa
das Finanças ocorra até 31 de dezembro de 2024.
ar
in aos rendimentos prediais
2 - A isenção prevista no número anterior é aplicável
elim
obtidos até 31 de dezembro de 2030.»
pr
sao
er
a v CAPÍTULO X
u m
e a
Disposições
d complementares, transitórias e finais
n
s po Artigo 27.º
re
c or
o Aditamento ao regime jurídico da urbanização e edificação
e nt
m
u aditado ao RJUE os artigos 89.º-B, com a seguinte redação:
É
oc
e d
t
Es
«Artigo 89.º-B

Condições de habitabilidade

1 - As edificações devem ser objeto de fiscalização periódica quanto às condições


de habitabilidade, por parte da respetiva câmara municipal.

2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, a câmara municipal pode,


oficiosamente ou a requerimento de qualquer interessado, determinar a
fiscalização sobre as condições de utilização do imóvel.

35
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

3 - No âmbito da fiscalização, é verificado o cumprimento das normas legais


relativas ao arrendamento habitacional, às condições de habitabilidade, bem a
ic
como às situações irregulares de arrendamento ou subarrendamento bl
pu
habitacional.
s ao
4- Considera-se que a desadequação da tipologia da habitação face à dimensão c us
d is
e características do agregado habitacional, constitui uma utilização
s de em
o
desacordo com o uso fixado no respetivo alvará ou comunicação
f eit prévia.
e
a municipal
5- Sempre que identificadas situações irregulares, a câmara
a r íntima o
p
ar autorizados, ao abrigo
proprietário para a reposição da utilização nos termos
in
dos artigos 102.º e seguintes, sem prejuízo m da instauração do competente
r eli
procedimento contraordenacional.o p
r sa
6- e anterior, sempre que assente em situações
À reposição prevista no número
av
de arrendamento doum locado em sobrelotação, é aplicável, com as devidas
e a
adaptações, o ddisposto no artigo 9.º-B do Decreto-Lei n.º 157/2006, de 8 de
n
o sua redação atual, designadamente no que respeita à
agosto, pna
s
o rre
responsabilidade do senhorio pela salvaguarda de alternativa habitacional dos
c
to respetivos arrendatários.
en
um
doc
e
Est Artigo 28.º

Suspensão de novos registos de alojamento local

1 - Até 31 de dezembro de 2030, fica suspensa a emissão de novos registos de


estabelecimento de alojamento local, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de
agosto, na sua redação atual, com exceção das zonas para alojamento rural, nos termos
a definir por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da economia,
habitação e coesão territorial.

2 - O disposto no presente artigo não se aplica às Regiões Autónomas.

36
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

Artigo 29.º ica


bl
Caducidade de registos de alojamento local emitidos pu
sao
uslei
1 - Os registos de alojamento local emitidos à data da entrada em vigor da presente
i sc
caducam a 31 de dezembro de 2030.
ed
sd
o a partir de 31
2 - Os registos referidos no número anterior são renováveis por cincoitanos,
fe
a e n.º 128/2014, de 29
de dezembro de 2030, nos termos do artigo 6.º-A do Decreto-Lei
r
a
de agosto, na sua redação atual. rp
i na
m
3 - Excetuam-se do disposto no n.º 1 os estabelecimentos de alojamento local que
r eli
constituam garantia real de contratos de p mútuo celebrados em data anterior à entrada
a o
em vigor da presente lei, que aindarsnão tenham sido integralmente liquidados a 31 de
e
a v pode ser estendida até à data da amortização integral.
dezembro de 2030, e cuja validade
a um
Artigo 30.º
n de
s po
Reconversão e construção de imóveis para uso habitacional
r r e
co
A compatibilidade da reconversão de imóveis para uso habitacional e a construção de novos
t o
en para habitação nas áreas urbanas que estejam classificadas no plano municipal
edifícios
u m
oc aplicável como espaços para equipamentos, comércio e serviços é efetuada através do regime
e d
t simplificado previsto no artigo 123.º do Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio.
Es
Artigo 31.º

Renovação de autorização de residência para atividade de investimento imobiliário

1 - A renovação de autorização s de residência para atividade de investimento imobiliário


concedida ao abrigo das subalíneas iii) e iv) da alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º da Lei n.º
23/2007, de 4 de julho, na redação anterior à entrada em vigor da presente lei, nos
termos do n.º 2 do artigo 90.º-A da referida Lei, depende de comprovação, pelo seu
titular, de que os imóveis se encontram arrendados para fins habitacionais por prazo não

37
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

inferior a cinco anos ou estão a ser utilizados para habitação própria e permanente do
titular ou de seu descendente. a
ic
bl
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, o titular deve entregar os elementos pu
comprovativos junto das entidades competentes para a renovação da autorização de s ao
s
cu de
residência para atividade de investimento imobiliário, até 90 dias antes daisdata
e d
caducidade da autorização.
o sd
3 - Consideram-se elementos comprovativos para efeitos de renovação f eit da autorização de
residência prevista no número anterior os seguintes: r ae
r pa
a) Registo do contrato de arrendamento juntoindo a Portal das Finanças, no caso de
m
imóveis arrendados com prazo não inferior
r eli a três anos;
p
b) Documento que ateste o domicílio a o fiscal, no caso de imóveis destinados à
e rs
av
habitação própria e permanente do titular ou de seu descendente.

a um Artigo 32.º
d e
on
Pedidos de pautorização de residência para atividade de investimento pendentes
e s
o rr de concessão de autorização de residência para exercício de uma atividade
1 - Os pedidos
c
t
de oinvestimento solicitados ao abrigo da alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º da Lei
en
m
u n.º 23/2007, de 4 de julho, que se encontrem a aguardar decisão junto das entidades
oc
e d competentes a 16 de fevereiro de 2023, mantêm-se válidos, sem prejuízo do disposto
Est nos n.ºs 3 e 4.

2 - O disposto no número anterior aplica-se, nos mesmos termos, aos pedidos de renovação
de autorização de residência para exercício de uma atividade de investimento.

3 - Os pedidos de renovação de autorização de residência para atividade de investimento


imobiliário concedida ao abrigo das subalíneas iii) e iv) da alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º
da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, na redação anterior à entrada em vigor da presente lei,
que se encontrem a aguardar decisão junto das entidades competentes à data da entrada

38
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

em vigor da presente lei, mantêm-se válidos desde que seja feita prova, pelo seu titular,
de uma das situações previstas no n.º 1 do artigo 35.º. a
ic
bl
4 - Para efeitos do número anterior, o titular da autorização de residência dispõe de 60 dias pu
para apresentar junto das entidades competentes para a renovação da autorização de s ao
residência para atividade de investimento imobiliário os documentos comprovativos c us
d is
previstos nas alíneas a) e b) do n.º 3 do artigo 35.º.
s de
o
Artigo 33.º f eit
r ae
Contratos anteriores a 1990 pa
ar
1 - Aos contratos abrangidos pelos artigos 35.º e 36.º in do novo regime do arrendamento
lim
urbano, aprovado pela Lei n.º 6/2006, dere27 de fevereiro, na sua redação atual, é
p
aplicável uma isenção de tributação s emaoIRS dos rendimentos prediais e em sede de IMI.
v er
2 - O relatório previsto no n.º 2 a
u m do artigo 228.º da Lei n.º 12/2022, de 27 de junho, na sua
redação atual, propõe a igualmente as medidas necessárias para a definição do montante
d e
e dos limites da
p oncompensação a atribuir ao senhorio, pelas rendas não cobradas aos
s
re
arrendatários.
r
co
. to
en
c um Artigo 34.º
d o
t e Subsídios atribuídos ao abrigo do Decreto-Lei n.º 158/2006, de 8 de agosto,
Es
Os subsídios de renda já atribuídos ao abrigo do Decreto-Lei n.º 158/2006, de 8 de agosto,
mantêm-se e podem ser renovados nos termos da presente lei, até ao termo do período de
atualização faseada de renda, cabendo à Direção-Geral do Tesouro e Finanças transferir,
mensalmente, para a conta a indicar pelo IHRU, I. P., as verbas necessárias ao pagamento
mensal desses apoios financeiros para que este efetue as necessárias transferências para as
contas bancárias identificadas pelos beneficiários, até ao dia oito de cada mês..

39
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

Artigo 35.º

Norma transitória em matéria fiscal ica


bl
1 - São excluídos de tributação os ganhos provenientes da transmissão onerosa de imóveis, pu
s ao
desde que verificadas, cumulativamente, as seguintes condições: s
is cu
d passivo
a) O imóvel não seja destinado a habitação própria e permanente do sujeito
e
d
ou do seu agregado familiar; os
f eit
b) O valor de realização, deduzido da amortização de empréstimo
r ae contraído para
a
aquisição do imóvel, seja aplicado na amortizaçãordepcapital em dívida em crédito à
a
in
habitação destinado a habitação própria e permanente do sujeito passivo ou dos
l i m
e
seus descendentes;
pr
o
c) A amortização referida na alínear saanterior seja concretizada num prazo de três meses
e
av
contados da data de realização.
a um
2 - Sempre que o saldo apurado
e nos termos do número anterior for superior ao capital em
d
onà habitação destinado a habitação própria e permanente do sujeito
dívida no crédito
p
s
redo seu agregado familiar, o valor remanescente é sujeito a tributação de
passivo rou
co
to com as disposições gerais do Código do IRS.
acordo
en
c um
3 - A Autoridade Tributária e Aduaneira pode exigir que os sujeitos passivos apresentem
d o
e documentos comprovativos, após a entrega da declaração modelo 3 de IRS de 2023 e
Est 2024, da amortização de capital em dívida em crédito à habitação destinado à habitação
própria e permanente.

4 - O presente artigo aplica-se apenas às transmissões realizadas entre 1 de janeiro de 2023


e 31 de dezembro de 2024.

Artigo 36.º

Norma revogatória

São revogados:

40
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

a) A verba 2.23 da lista I anexa ao Código do IVA;

b) A alínea b) do n.º 8 do artigo 45.º e os n.ºs 5 e 7 do artigo 71.º do EBF; ica


bl
c) A alínea e) no n.º 1 do artigo 72.º do Código do IRS; pu
s ao
d) As alíneas d) e e) do n.º 1 e os n.ºs 2, 3, 4, 5, 6 e 7 do artigo 9.º Código do IMI; us
d isc
de r) do n.º 1
e) A alínea d) do n.º 1 e os n.ºs 2 a 4 do artigo 3.º, o artigo 90.º-A e a alínea
s
o
do artigo 122.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, na sua redaçãoitatual;
f e
f) O n.º 4 do artigo 7.º e o n.º 3 do artigo 9.º do Decreto-Leir a en.º 128/2014, de 29 de
agosto, na sua redação atual; r pa
a
in
m
g) O Decreto-Lei n.º 156/2015, de 10 de agosto;
r eli
p
o n.º 29/2018, de 4 de maio, na sua redação
h) O n.º 3 do artigo 10.º-C do Decreto-Lei
a
e rs
atual.
av
a um
n de
s po Artigo 37.º

o rre Entrada em vigor


c
o
Ae nt lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
presente
c um
d o
t e
Es

41
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

ANEXO I

(a que se refere o artigo 2.º) ica


bl
Regime de arrendamento para subarrendamento pu
s ao
s
Artigo 1.º
i s cu
Objeto ed
o sd
f eit
O presente regime jurídico aplica-se ao arrendamento para subarrendamento destinado a
e
famílias com dificuldades no acesso à habitação no mercado,raatravés da mobilização de
pa
imóveis disponíveis no mercado em regime de contratoarde arrendamento para posterior
in
subarrendamento a preços acessíveis. m
r eli
p
Artigo
a o 2.º
e rs
v
aEntidades promotoras
m
São entidades promotoras: a u
n de
a) O Instituto daoHabitação e da Reabilitação Urbana, I. P. (IHRU, I. P.);
e sp
b) A ESTAMO r r – Participações Imobiliárias, S.A. (ESTAMO, S.A.).
c o
t o Artigo 3.º
en
cum Contrato interadministrativo
do
te 1 - As entidades promotoras referidas no artigo anterior celebram um contrato
Es
interadministrativo através do qual estipulam as condições e os termos da partilha de
responsabilidade na gestão e execução do presente regime.

2 - Sem prejuízo das competências que vierem a ser estipuladas no contrato


interadministrativo:

a) Cabe ao IHRU, I. P.:

42
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

i) Assumir a posição de arrendatário nos contratos de arrendamento para fins


habitacionais; a
ic
bl
ii) Promover o sorteio dos candidatos para posterior atribuição dos imóveis, em pu
regime de subarrendamento; s ao
s
s cu
iii) Proceder ao pagamento das comissões que sejam estipuladas nodicontrato
interadministrativo. de
it os
e
b) Cabe à ESTAMO, S.A.:
a ef
ar
r p que cumpram os requisitos
i) Promover a identificação no mercado dos imóveis
a
previstos no artigo 5.º; in
m
r eli
ii) Promover a vistoria técnica dospimóveis, quando necessária, tendo em vista
o
sa de habitabilidade.
atestar as respetivas condições
r
e
a v Artigo 4.º
a um
n de Contratos de arrendamento
o
1 - Os contratos e spde arrendamento para fins habitacionais são celebrados entre o IHRU, I.
r r
P., e coso proprietários ou detentores de outros direitos reais sobre os imóveis.
o
e nt
2 - Na falta de estipulação entre as partes, os contratos de arrendamento para fins
c um
d o habitacionais têm uma duração de cinco anos, renovando-se por iguais períodos, salvo
t e oposição expressa de qualquer uma das partes.
Es
3 - A duração dos contratos de arrendamento para fins habitacionais não pode, em qualquer
caso, ser inferior a três anos.

4 - O preço de renda mensal a pagar pelo IHRU, I. P., observa os limites gerais do preço
de renda previstos na alínea a) do n.º 1 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 68/2019, de 22
de maio, na sua redação atual.

43
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

5 - As partes podem convencionar um preço de renda mensal superior aos limites previstos
na alínea a) do n.º 1 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 68/2019, de 22 de maio, na sua a
ic
redação atual, até 30 % para cada tipologia e concelho onde se localiza o imóvel. bl
pu
6 - O IHRU, I. P., garante o pagamento pontual das rendas aos proprietários ou detentores s ao
de outros direitos reais sobre os imóveis e a entrega, no termo do contrato c usde
d is
arrendamento, dos imóveis nas mesmas condições em que os recebeu. de
i t os
Artigo 5.º fe
a e
Atribuição dos imóveis par
ar
1 - A atribuição dos imóveis em regime de subarrendamento in para fins habitacionais é
l i m
e
pr I. P..
realizada através de sorteio, por parte do IHRU,
o
2 - No sorteio referido no número anterior,
r sa são priorizadas as candidaturas respeitantes a
e
a vmonoparentais e famílias com quebra de rendimentos
jovens até aos 35 anos, famílias
m
urendimentos
superior a 20 % face aos
e a do mês anterior ou do período homólogo do ano
d
anterior.
p on
s
r re Artigo 6.º
co
to Critérios de elegibilidade
en
c um
Na atribuição dos imóveis em regime de subarrendamento para fins habitacionais, são
d o
t e elegíveis os agregados habitacionais cujo rendimento anual bruto máximo:
Es
a) Para agregados de uma pessoa, seja igual ou inferior ao limite máximo do 6.º escalão
do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS);

b) Para agregados de duas pessoas, seja igual ou inferior ao limite máximo do 6.º
escalão do IRS, acrescido de € 10 000,00;

c) Para agregados de mais de duas pessoas, seja igual ou inferior ao limite máximo do
6.º escalão do IRS, acrescido de € 10 000,00, e de € 5 000,00 por cada pessoa
adicional.

44
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

3 - O rendimento anual do agregado habitacional e o rendimento médio mensal são


calculados nos termos previstos nos n.ºs 1 e 5 do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 68/2019, a
ic
de 22 de maio, na sua redação atual. bl
pu
Artigo 7.º s ao
s
is cu
Contratos de subarrendamento
ded
os entre o IHRU,
1 - Os contratos de subarrendamento para fins habitacionais são celebrados
it
e
I. P., e os candidatos.
a ef
ar
r ppodendo o imóvel ser atribuído
2 - O preço da renda mensal é fixado pelo IHRU, I. P., não
a
in
a candidatos cujo rendimento médio mensal do agregado habitacional, nos termos do
lim
re de 22 de maio, na sua redação atual,
n.º 1 do artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 68/2019,
p
o
sa a 35 %.e deve corresponder a uma taxa de
represente uma taxa de esforço superior
v er
esforço máxima de 35 % doarendimento médio mensal do agregado habitacional, nos
m
termos previstos no n.º 1udo artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 68/2019, de 22 de maio, na
sua redação atual.nd
ea
po
rr es Artigo 8.º
co
to Benefícios fiscais
en
c um1 - Os rendimentos prediais resultantes dos contratos de arrendamento celebrados nos
do
e termos do presente regime ficam isentos de tributação em sede de IRS e de Imposto
Est sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC), consoante aplicável, desde que
cumpridos os limites gerais do preço de renda previstos no n.º 4 do artigo 4.º e o
contrato se encontre devidamente registado junto da Autoridade Tributária e Aduaneira
(AT).

2 - Os municípios podem isentar de imposto municipal sobre imóveis os imóveis objeto de


contratos de arrendamento celebrados nos termos do presente regime durante a
respetiva vigência.

45
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

Artigo 9.º

Comunicações à Autoridade Tributária e Aduaneira ica


bl
1 - O proprietário promove o registo do contrato de arrendamento, no prazo de cinco dias pu
ao
ss
úteis a contar da celebração do contrato de subarrendamento para fins habitacionais,
u
sc
junto da AT.
edi
s d
2 - No prazo referido no número anterior, o proprietário informa oo IHRU, I. P., da
promoção do registo. f eit
r ae
3 - No prazo de cinco dias úteis a contar da comunicação
a
pprevista no número anterior, o
a r
IHRU, I. P., deve confirmar à AT que o arrendamentoin contratualizado se enquadra no
m
presente regime. r eli
p
a o
rs após o cumprimento do dever previsto no n.º 2.
4 - O benefício fiscal apenas é concedido
e
av
a um
n de
s po
o rre
c
t o
en
u m
oc
e d
t
Es

46
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

ANEXO II

(a que se refere o artigo 3.º) ica


bl
Apoio à promoção de habitação a custos controlados para arrendamento acessível pu
s ao
s
Artigo 1.º
i s cu
Objeto ed
o sd
O presente regime regula o apoio à promoção de habitação a custos
f eit controlados para
arrendamento acessível. r ae
r pa
Artigo 2.º a
in
m
eli
Beneficiários
r
p
a o
Podem ter acesso ao presente regime asrs seguintes entidades:
e
a) Cooperativas de habitação m av
e construção, que cumpram as condições de acesso previstas
u
e a n.º 145/97, de 11 de junho;
no artigo 4.º do Decreto-Lei
d
n
b) Sociedades s po
comerciais que se dediquem à construção civil, em consórcio ou sob outra
e
r associação com sociedades comerciais cujo objeto social inclua o
formaorde
c
t o
arrendamento para habitação e a gestão de património, que cumpram as condições de
en
c um acesso previstas no artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 165/93, de 7 de maio, na sua redação
d o atual;
e
Est
c) Municípios, isoladamente ou em parceria com as entidades referidas nas alíneas
anteriores;

d) Misericórdias, instituições particulares de solidariedade social e pessoas coletivas de


utilidade pública administrativa ou de reconhecido interesse público.

Artigo 3.º

Modalidades

47
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

Para a promoção de habitação a custos controlados para arrendamento acessível, os


beneficiários podem aceder aos seguintes apoios: a
ic
bl
a) Linha de financiamento; pu
s ao
b) Cedência de terrenos públicos; s
is cu
Artigo 4.º
ded
s
Linha de financiamento
e ito
e f
a
1- O Governo aprova uma nova linha de crédito, com garantiarmútua e bonificação da taxa
pa
ar
de juro, para projetos na área da habitação acessível, nomeadamente para construção ou
in
e im
reabilitação, incluindo aquisição do imóvel lnecessária para este efeito, e posterior
pr de € 250 000 000,00.
arrendamento, no montante global máximo
s ao
r
e e executada pelo Banco Português do Fomento, S.
2- A linha de financiamento é aprovada
a v
A., no prazo de 45 dias a contar
m da entrada em vigor do presente regime.
u
3- As condições e odprazoe a do financiamento são definidos pelo Banco Português de
n
poem colaboração com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana,
Fomento, S.sA.,
o rre I. P.).
I. P. (IHRU,
c
t o
4-enÉ admitido o arrendamento a entidades públicas para subsequente subarrendamento a
u m
oc candidatos que cumpram os critérios de elegibilidade no âmbito dos programas
e d
t promovidos por aquelas entidades na área da habitação acessível.
Es
Artigo 5.º

Cedência de terrenos públicos

1- O Governo identifica o património imobiliário público para cedência de terrenos, com


vista à promoção, disponibilização e gestão de arrendamento acessível.

2- A afetação do património é realizada através de cedência do direito de superfície, por


um prazo máximo de 90 anos.

48
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

3- Não é permitida a transferência da propriedade plena para os beneficiários.

4- Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, aplica-se o disposto no artigo 8.º. ica
bl
Artigo 6.º pu
s ao
s
Limites da promoção
cu
is
d
de regime
1 - As habitações construídas com financiamentos concedidos ao abrigo do presente
s
o controlados,
estão sujeitas aos parâmetros e valores em vigor para a habitação deitcustos
f e
nomeadamente quanto ao custo de promoção por metroa quadrado e e aos valores
r
máximos de renda previstos no Decreto-Lei n.º 68/2019, r pade 22 de maio, na sua redação
a
atual. in
m
r eli
2 - O disposto no número anterior não se aplica p à atribuição do financiamento previsto na
a o
alínea a) do artigo 3.º.
e rs
a v Artigo 7.º
a um
n de Inalienabilidade e preferência
p o
s
1 - Os fogos epromovidos ao abrigo do presente regime ficam afetos ao arrendamento
o rr
c pelo menos durante 25 anos, podendo ser fixado prazo maior no contrato de
acessível,
t o
enarrendamento.
u m
oc 2 - Decorrido o prazo de arrendamento previsto no número anterior, e em caso de venda,
e d
t os municípios e o IHRU, I. P., têm direito de preferência na aquisição de fogos
Es
construídos ao abrigo do presente regime, por valor calculado de acordo com a
legislação aplicável à promoção de habitações a custos controlados, reportados a data de
conclusão do empreendimento e atualizado pelo fator de correção monetária.

Artigo 8.º

Regulamentação

Os termos e condições do presente regime são regulamentos por portaria do membro do


Governo responsável pela área da habitação, no prazo de 90 dias a contar da entrada em
49
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

vigor do presente regime.

ica
bl
pu
s ao
s
is cu
ded
s
e ito
e f
r a
a
a rp
in
elim
pr
sao
er
av
um
e a
nd
s po
re
cor
o
e nt
c um
d o
t e
Es

50
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

ANEXO III ica


bl
(a que se refere o artigo 15.º) pu
s ao
s
Artigo 1.º
i s cu
Objeto ed
o sd
it
O presente regime cria uma contribuição extraordinária sobre oseestabelecimentos de
e f
alojamento local (CEAL). a
p ar
Artigo 2.º ar
in
m
eli
Incidência subjetiva
r
p
a o
rs os titulares da exploração dos estabelecimentos de
1 - São sujeitos passivos da contribuição
e
v
alojamento local na aceção doa artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto,
m
na sua redação atual. a u
n de
po de imóveis que não sejam titulares da exploração nos quais se
2 - Os proprietários
s
rre a exploração de alojamento local são subsidiariamente responsáveis pela
desenvolva
o
c e pelo pagamento da contribuição relativamente aos respetivos imóveis.
liquidação
t o
en
u m Artigo 3.º
oc
e d Incidência objetiva
t
Es
1 - A CEAL incide sobre a afetação de imóveis habitacionais, localizados em zona de
pressão urbanística, a alojamento local, a 31 de dezembro de cada ano civil.

2 - Consideram-se imóveis habitacionais, para efeitos do presente regime, os prédios


urbanos, as suas frações e as suas partes ou divisões suscetíveis de utilização
independente de natureza habitacional nos termos do n.º 2 do artigo 6.º do Código do
Imposto Municipal sobre Imóveis, aprovado no anexo I ao Decreto-Lei n.º 287/2003,
de 12 de novembro, na sua redação atual.

51
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

Artigo 4.º ica


bl
Base tributável pu
sao
A base tributável da CEAL é constituída pela aplicação do coeficiente económicousdo
d isc
alojamento local e do coeficiente de pressão urbanística à área dos imóveis habitacionais,
d e
sobre os quais incida a CEAL.
it os
e
Artigo 5.º a ef
p ar
ar local
Coeficiente económico do alojamento
in
m através do quociente entre:
eli
O coeficiente económico do alojamento local é calculado
r
p
a) O rendimento médio anual por quarto a o disponível em alojamento local apurado pelo
e rs
a v I. P., relativamente ao ano anterior ao facto tributário;
Instituto Nacional de Estatística,
m
b) A área bruta mínima a deuum fogo habitacional de tipologia T1, nos termos previstos no
n de
artigo 67.º no Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto-
o
e sp
Lei n.º 38.382/1951, de 7 de agosto, na sua redação atual.
r r
c o
t o Artigo 6.º
e n
u m Coeficiente de pressão urbanística
oc
e d 1 - O coeficiente de pressão urbanística é calculado, para cada zona, através do quociente
t
Es entre:

a) A variação positiva da renda de referência por m2, em cada zona, entre 2015 e o ano
anterior ao facto tributário;

b) A variação positiva da renda de referência por m2, apurada nos termos da alínea
anterior, na zona em que tal variação seja mais elevada a nível nacional.

2 - Para efeitos do presente artigo, considera-se como «zona»:

52
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

a) A freguesia de localização do imóvel, desde que entre os anos de referência tenham ica
bl
sido comunicados através da declaração do modelo 2 do Imposto do Selo previsto pu
no Código do Imposto de Selo, aprovado em anexo à Lei n.º 150/99, de 11 de s ao
setembro, na sua redação atual, pelo menos, 50 contratos de arrendamento c us
d is
habitacional permanente naquela freguesia; ou
s de
o
b) eit de localização
Não sendo atingido o limite previsto na alínea anterior, o concelho
f
e
asido
do imóvel, desde que entre os anos de referência tenham
a r comunicados através
p
da declaração modelo 2 do Imposto do Selo, ar pelo menos, 50 contratos de
in
arrendamento habitacional permanente naquele m concelho; ou
r eli
p
c) o na alínea anterior, o distrito de localização do
Não sendo atingido o limite previsto
a
s
er de referência tenham sido comunicados através da
imóvel, desde que entre os vanos
a
declaração modelo u2m do Imposto do Selo, pelo menos, 50 contratos de
ea
arrendamentodhabitacional permanente naquele distrito;
n
d) Nos demais
s po casos, o continente, a Região Autónoma dos Açores ou a Região
r re
o
cAutónoma da Madeira, consoante o caso.
to
n renda de referência por m2 é apurada:
3 –eA
um
doc a) Quando a zona seja determinada ao nível da freguesia de localização do imóvel, nos
e
Est termos da alínea a) do número anterior, através da mediana da renda por m2 dos
contratos de arrendamento habitacional permanente comunicados através do
modelo 2 do Imposto do Selo naquela circunscrição administrativa;

b) Quando a zona seja determinada por outra circunscrição administrativa, nos termos
das alíneas b) a d) do número anterior, ao primeiro quartil da renda por m2 dos
contratos de arrendamento habitacional permanente comunicados através da
declaração modelo 2 do Imposto do Selo naquela circunscrição administrativa.

4 – Aos coeficientes de pressão urbanística aplica-se os seguintes limites:

53
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

a) Quando na área de um mesmo concelho existam imóveis cuja zona seja considerada ica
bl
ao nível da freguesia e imóveis cuja zona seja considerada ao nível do concelho, o pu
coeficiente aplicável a nível concelhio não pode exceder 75 % do coeficiente mais s ao
baixo aplicável de entre as freguesias autonomizadas nesse concelho nos termos c usda
d is
alínea a) do n.º 2;
s de
b) Quando na área de um mesmo distrito existam imóveis cujafe ito seja considerada
zona
ao nível do concelho e imóveis cuja zona seja considerada r a e ao nível do distrito, o
r pa
coeficiente aplicável a nível distrital não pode exceder
a 75 % do coeficiente mais baixo
in
aplicável de entre os concelhos autonomizados m nesse distrito nos termos da alínea b)
r eli
do n.º 2. p
a o
e rsArtigo 7.º
av
a um Publicidade dos coeficientes

n
Os coeficientes apurados
de nos termos dos artigos 5.º e 6.º são publicados anualmente por
s po
rre do Governo responsável pela área das finanças.
portaria do membro
o
c
t o Artigo 8.º
en
c um Taxa
d o
t e A taxa aplicável à base tributável é de 35 %.
Es
Artigo 9.º

Liquidação

1 - A contribuição é liquidada pelo sujeito passivo, através de declaração de modelo oficial,


aprovada por portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças.

2 - A declaração referida no número anterior é enviada anualmente à Autoridade Tributária


e Aduaneira, por transmissão eletrónica de dados, até ao dia 20 do mês junho do ano
seguinte ao facto tributário.
54
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

3 - A liquidação prevista no n.º 1 pode ser corrigida oficiosamente pela Autoridade ica
bl
Tributária e Aduaneira, nos prazos previstos na Lei Geral Tributária, aprovada em anexo pu
ao Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro, na sua redação atual, caso sejam s ao
verificados erros ou omissões que determinem a exigência de um valor de contribuição c us
d is
superior ao liquidado pelo sujeito passivo.
s de
o
4 - Na falta de liquidação da contribuição nos termos do n.º 1,feaitmesma é efetuada
e
abase
oficiosamente pela Autoridade Tributária e Aduaneira, com a r nos elementos de que
p
r à data do facto tributário.
esta disponha, ao proprietário do imóvel inscrito na a matriz
in
m
eli
Artigo 10.º
r
p
a o
Pagamento
e rs
1 - A contribuição liquidada é pagaa vaté ao dia 25 do mês de junho do ano seguinte ao facto
um
tributário, nos locais dea cobrança legalmente autorizados.
n de
po o pagamento da contribuição até ao termo do prazo previsto no
2 - Não sendo efetuado
s
re
númeroranterior, começam a correr imediatamente juros de mora e a cobrança da dívida
c o
étopromovida pela Autoridade Tributária e Aduaneira, nos termos do Código de
enProcedimento e de Processo Tributário, aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º 433/99,
c um
d o de 26 de outubro, na sua redação atual.
e
Est Artigo 11.º

Consignação

A receita obtida com a CEAL é consignada ao Instituto da Habitação e da Reabilitação


Urbana, I. P., tendo em vista os programas definidos pelo Governo para as áreas da
habitação, do arrendamento habitacional e da reabilitação urbana, em articulação com as
políticas regionais e locais de habitação.

55
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

Artigo 12.º ica


bl
Infrações pu
sao
us
Ao incumprimento das obrigações tributárias previstas nesta lei é aplicável o Regime Geral
d na sua
das Infrações Tributárias, aprovado em anexo à Lei n.º 15/2001, de 5 de junho,
isc
de
redação atual.
it os
e
Artigo 13.º ef
ara
Garantias especiais arp
in
limCódigo Civil, aprovado em anexo ao
A CEAL goza das garantias especiais previstaseno
p r
Decreto-Lei n.º 47344/66, de 25 de novembro,
o na sua redação atual.
sa
er
av Artigo 14.º
u m
a Direito subsidiário
d e
onaplicáveis ao presente regime as disposições da Lei Geral Tributária e
São subsidiariamente
e sp
rrProcedimento
do Código de e de Processo Tributário.
co
to Artigo 15.º
en
um
Norma transitória
doc
e
Est Na contribuição a liquidar em 2024, relativa a 31 de dezembro de 2023, são considerados
para efeitos da alínea a) do artigo 5.º os dados do Instituto Nacional de Estatística, I. P.
referentes ao ano de 2019.

56
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

PL 73/XXIII/2023

2023.03.03 ica
bl
Exposição de Motivos pu
s ao
Considerando o tempo decorrido desde a criação do Balcão Nacional de Arrendamentouesdo
d
procedimento especial de despejo, é imperioso proceder à sua revisão, aproveitando a
isc
d e
experiência entretanto adquirida e a evolução do sistema jurídico, reforçando s
o a confiança dos
i t
cidadãos e das empresas na efetividade do procedimento e na justa ponderação e fe dos interesses
r a
em presença, considerando, nomeadamente, o seu enquadramento
r pa constitucional.
a
in
Com efeito, foram detetadas diversas ineficiências e redundâncias no sistema que impedem
l i m
que o procedimento especial de despejo cumprareintegralmente o seu desiderato e levando a
p
que várias ações judiciais de despejo sejam a o
intentadas em seu detrimento.
r s
e
Assim, é necessário, por um lado, a vadmitir a possibilidade de recurso ao procedimento
a
especial de despejo para promover
um a resolução do contrato fundada na mora no pagamento
e
dgerais,
de rendas, nos termos o n e, por outro lado, salvaguardar os deveres de informação das
s p
r re
partes e a possibilidade de dedução dos competentes incidentes de intervenção principal
visando c
o
t o salvaguardar a presença, no procedimento, de todos os titulares de direitos e
en que relevem para a decisão da causa.
interesses
u m
oc Sob outro prisma, considera-se igualmente necessário reforçar as garantias das partes no
e d
Est procedimento, através da salvaguarda da efetiva notificação do requerido e da imposição de
decisão judicial mesmo nas situações em que, tendo sido lograda a notificação, este não
apresente oposição. Assim, passa a competir ao tribunal a aferição dos necessários requisitos
de procedência do procedimento e da perfeição da notificação efetuada.

Da análise efetuada, constatou-se que o título de desocupação do locado emitido pelo Balcão
Nacional de Arrendamento se mostra redundante face à decisão judicial proferida, tornando-
se, por isso, um elemento dispensável, em especial quando, se pretende agora que, também
nas situações em que não foi apresentada oposição, o procedimento é concluso para decisão.

1
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

Adicionalmente, opta-se por concentrar na decisão judicial o momento relevante para o


conhecimento de todas as matérias que importam à efetividade do procedimento e à tutela a
ic
das garantias das partes, em especial quanto à autorização para entrada no locado e ao termo bl
pu
para a respetiva desocupação. Salvaguarda-se, contudo, a autonomia das partes paraao
u ss
acordarem um prazo diverso e a clarifica-se a aplicação no procedimento especial de despejo
d isc
do regime de suspensão e de diferimento da desocupação quando ocorram esituações de
manifesta sensibilidade social. o sd
f eit
Pretende-se, ainda, introduzir um mecanismo de garantia do Estado
r a e quanto ao pagamento
das rendas que se vençam após o termo do prazo da oposição,r pa salvaguardando-se, assim,
a
in pôr termo à mora, quando o
que, nesse prazo, o arrendatário possa, nos termosmgerais,
li
procedimento especial de despejo seja o meio p re para a resolução do contrato fundado
adotado
o
nessa causa. r sa
e
a v ocorram situações de comprovada carência de meios
Este mecanismo de garantia , quando
a um
do arrendatário, permite ea implementação de mecanismos assistenciais, com manutenção da
nd e pagamento das rendas pelo Estado, exceto quando ocorra
relação de arrendamento
o
sp caso em que serão garantidas soluções habitacionais. Por outro lado,
re
oposição dorsenhorio,
co em que o incumprimento não é motivado por razões atendíveis, é assegurada
nas situações
n to
e
a subrogação do Estado nos direitos do senhorio e a cobrança coerciva dos montantes pagos.
c um
d o Pretende-se que o procedimento especial de despejo e da injunção em matéria de
e
Est arrendamento sejam integrados no redenominado Balcão do Arrendatário e do Senhorio –
que substitui o Balcão Nacional do Arrendamento -, assegurando a sua completa
implementação no sistema de informação de suporte à tramitação processual, garantido a
interoperabilidade com outros serviços do Estado. Desta forma, permite-se que, sejam
tramitadas unitariamente as diversas fases deste procedimento, incluindo a execução para o
pagamento de quantia certa, evitando a multiplicação de ações judiciais com o propósito de
tornar efetivos os direitos das partes.

2
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

Por fim, pretende-se ainda criar um sistema integrado de acesso à informação em matéria de
arrendamento destinado quer a arrendatários, quer a senhorios. a
ic
bl
Foi promovida a audição do Conselho Superior da Magistratura, do Conselho Superior do pu
Ministério Público, da Ordem dos Advogados, da Ordem dos Solicitadores e Agentes de s ao
Execução e da Ordem dos Notários. c us
d is
Assim: s de
e ito
f
Nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 197.º da Constituição,eo Governo apresenta à
a
Assembleia da República a seguinte proposta de lei, com pedido
p ar de prioridade e urgência:
ar
Artigo 1.º in
m
r eli
p
Objeto
a o
Fica o Governo autorizado a rever os e rs jurídicos aplicáveis ao procedimento especial
regimes
a vn.º 1/2013, de 7 de janeiro e na Lei n.º 6/2006, de 27
de despejo, previsto no Decreto-Lei
a um
de fevereiro, na sua redação
e atual, e à injunção em matéria de arrendamento, prevista no
d
on de 14 de maio, criando o Balcão do Arrendatário e do Senhorio
Decreto-Lei n.º 34/2021,
p
s
r re
(BAS) e simplificando, agilizando e melhorando o funcionamento destes mecanismos, com
co
todas garantias de ambas as partes.
reforço
en
c um Artigo 2.º
d o
t e Sentido e extensão
Es
A autorização legislativa referida no artigo anterior é atribuída com o seguinte sentido e
extensão:

a) Integrar no Balcão Nacional de Arrendamento o procedimento de injunção em


matéria de arrendamento, redenominando-o como Balcão do Arrendatário e do
Senhorio;

3
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

b) Concluir a integração do Balcão do Arrendatário e do Senhorio no sistema de


informação de suporte à tramitação processual, assegurando as necessárias a
ic
interoperabilidades com outros serviços do Estado que sejam necessários ao bl
pu
cumprimento das respetivas atribuições; ao
u ss
c) Implementar um sistema integrado de acesso à informação em matéria
d isc de
arrendamento destinado a arrendatários e senhorios;
s de
o
d) eit
Introduzir a possibilidade de a resolução do contrato de arrendamento
f motivado
a e
por mora no pagamento das rendas ser efetuada através
p ar do procedimento especial
de despejo que corre termos no Balcãoar do Arrendatário e Senhorio,
in
salvaguardando o direito do arrendatário m de pôr termo à mora no prazo da
r eli
oposição; p
a o
e) e
Clarificar o regime aplicável
rsem caso de ausência de oposição pelo requerido,
av
um garantias através da imposição de intervenção judicial,
reforçando as respetivas
a
nomeadamente
n de para verificação da regularidade e do preenchimento dos
po da revelia e das condições de procedência do pedido;
pressupostos
s
r re
f) o
c Estabelecer o dever de o requerido informar, aquando da oposição, a existência
o
e nt de outros titulares a que, nos termos da lei, possa ser reconhecido o direito ao

cum arrendamento e introduzir a possibilidade de sanação do vício de ilegitimidade;


do
te g) Reforçar as garantias de notificação, aproximando, nesta matéria, o procedimento
Es
especial de despejo ao regime estabelecido no Código de Processo Civil, aprovado
em anexo à Lei n.º 41/2013, de 26 de junho, na sua redação atual;

h) Substituir o título de desocupação do locado por decisão judicial que,


nomeadamente, autorize a entrada no domicílio;

4
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

i) Assegurar os limites mínimo e máximo do prazo para a desocupação do locado


após prolação de decisão judicial, sem prejuízo de as partes acordarem prazo a
ic
superior ao fixado, assegurando, em qualquer caso, a aplicação dos mecanismos bl
pu
de suspensão e de diferimento, designadamente, nas situações em que,ao
s
sou
comprovadamente, se verifique risco de vida, doença aguda, carência de meios u
d isc
deficiência com grau de incapacidade superior a 60 % do arrendatário;
s de
o
j) No procedimento especial de despejo que corre termos no Balcão
f eit do Arrendatário
e do Senhorio, fundado em resolução do contrato para a e habitacionais por mora
fins
r
do arrendatário: r pa
a
in
i) Criar um regime de pagamento pelo mEstado das rendas que se vençam após
r eli
o termo do prazo de oposição, p
a o definindo os respetivos limites e critérios e
estabelecendo o direito
e rs à sub-rogação nos direitos do senhorio, o qual
a vatravés de execução fiscal;
poderá ser exercido
a um
ii) de em caso de comprovada carência de meios do arrendatário, um
Instituir,
n
s po
mecanismo de apoio social e habitacional, a partir dos programas do Estado
e
rr ., o qual pode assegurar, entre outras respostas a manutenção do contrato
c o
to de arrendamento ou, em caso de oposição do senhorio, a atribuição de uma
en
um solução habitacional.
doc
e Artigo 3.º
Est
Duração

A presente autorização legislativa tem a duração de 180 dias.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros

O Primeiro-Ministro

A Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares

5
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

PL 74/XXIII/2023

2023.02.16

ica
bl
pu
Exposição de Motivos
s ao
s
[…]
is cu
Assim: ded
s
ito
fe
Nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 197.º da Constituição, o Governo apresenta à
ae
ar legislativa, com pedido
Assembleia da República a seguinte proposta de lei de autorização
p
r
de prioridade e urgência:
i na
m
eli
Artigo r1.º
p
a o
rs Objeto
a ve
Fica o Governo autorizado amalterar o regime de controlo prévio das operações de
a u
loteamento e das operaçõese urbanísticas, previsto no regime jurídico da urbanização e
d
on n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua redação atual, com o objetivo
edificação, Decreto-Lei
p
s
de promover r rea sua simplificação, agilização e uniformização, promover uma maior
codos processos e criar um regime sancionatório.
celeridade
to
en
c um Artigo 2.º
d o
te Sentido e extensão
Es
A autorização legislativa prevista no número anterior é concedida com o seguinte sentido e
extensão:

a) Alterar o procedimento de controlo prévio aplicado às operações urbanísticas de


edificação para comunicação prévia;

1
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

b) Determinar a obrigatoriedade de, a partir de 1 de janeiro de 2025, se apresentar o


projeto de arquitetura e os projetos de especialidades modulados digital e
parametricamente e coordenados de acordo com a metodologia Building Information a
ic
Modelling (BIM), e entregues no formato Industry Foundation Classes (IFC); bl
pu
c) Definir que a aprovação do projeto de arquitetura e a apreciação dos projetos de s ao
s
udos
especialidades se baseiam nos termos de responsabilidade dos autores is c
d
projetos, o que determina o deferimento liminar do procedimento;de
i t os
d) Estabelecer um regime de responsabilidade solidária entre fos e autores de projeto e
a e
as entidades executantes;
p ar
ar entidades executantes através da
e) Reforçar a responsabilidade dos projetistas eindas
criação de um regime sancionatório; eli
m
p r
a o
f) Determinar que as obras de urbanização e as operações de loteamento são objeto
r s
de licença pela câmara a ve
municipal;

a um dos pareceres por entidades externas, eventualmente


g) Definir que a emissão
n
necessários,
deé efetuada através de conferência procedimental, a reunir
s po
o rre
semanalmente por iniciativa do presidente da comissão de coordenação e
c desenvolvimento regional (CCDR) territorialmente competente;
to
en h) Definir que,, que quando se justificar, designadamente, nos concelhos de maior
um
doc dinâmica urbanística, o presidente da CCDR territorialmente competente pode
e
Est instituir uma conferência procedimental de âmbito municipal;

i) Definir que o presidente da CCDR territorialmente competente pode delegar a


sua representação nas conferências procedimentais;

j) Desenvolver e implementar uma plataforma digital única e interoperável, de


âmbito nacional, destinada às operações de loteamento, às operações urbanísticas
e aos trabalhos de remodelação dos terrenos;

2
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Proposta de Lei n.º

k) Criar um regime de juros de mora, que visa a aplicação de uma sanção pecuniária
aos municípios e às entidades externas envolvidas em caso de incumprimento dos
prazos legalmente estabelecidos para a deliberação e decisão final, com a
ic
possibilidade de abatimento nas taxas de licenciamento. bl
pu
Artigo 3.º s ao
s
is cu
Duração
ded
os
A presente autorização legislativa tem duração até 31 de dezembro de 2023.
it
e
ef
ara
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de a rp
in
e lim
pr
ao
O Primeiro-Ministro
s
r
a ve
m
e au
A Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares
n d
spo
re
cor A Ministra da Habitação
o
e nt
c um
d o
t e
Es

3
Ministra\o d

Decreto n.º

DL 75/XXIII/2023

2023.03.03 ica
bl
O atual contexto de inflação originou uma aceleração na normalização da política monetária pu
ao
ss
do Banco Central Europeu, invertendo a tendência de taxas de juro reduzidas. Assim, tem-
is cu
se assistido a um acréscimo dos indexantes de referência que são utilizados, em dparticular,
e
d crédito para
para definir a componente variável da taxa de juro aplicável em contratoss de
aquisição ou construção de habitação própria permanente. eito
a ef
r
pa com taxa variável. Em
Em Portugal, a maioria dos créditos à habitação são contratados
r
a
consequência, o aumento do serviço da dívida associado
in à variação dos indexantes de
m
eli significativo.
referência nos contratos de crédito à habitação revela-se
pr
o
sa
A concessão de crédito à habitação é acompanhada por uma avaliação prévia dos mutuários,
er
a v financeira, designadamente através da aplicação de
de modo a aferir a respetiva capacidade
um
critérios de solvabilidade em cenários mais gravosos em termos de taxa de esforço mensal.
d ea
n incumprimento decorrente do impacto do aumento de indexantes de
Para mitigar o riscoode
p
es
referência emrcontratos de crédito, nomeadamente por força da taxa de esforço, o Decreto-
cor
Lei n.º 80-A/2022, de 25 de novembro, estabeleceu um conjunto de procedimentos de
to
en
acompanhamento, avaliação e, verificadas certas condições, de apresentação de propostas de
c um
do clientes.
e
Est Não obstante, considera-se necessário atender à realidade efetivamente sentida pelas famílias,
decorrente da rápida variação do indexante de referência, com incidência num dos principais
encargos do orçamento familiar, o crédito para a aquisição ou construção de habitação
própria permanente, através da criação de medidas que mitiguem o seu impacto.

Neste contexto, procede-se à criação de um apoio aos mutuários de contratos de crédito para
aquisição ou construção de habitação própria permanente, abrangidos pelo Decreto-Lei
n.º 74-A/2017, de 23 de junho, na sua redação atual, sob a forma de bonificação temporária
de juros quando o indexante ultrapasse um determinado limiar.

1
Ministra\o d

Decreto n.º

Assim:

Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o ica
bl
seguinte: pu
s ao
Artigo 1.º s
is cu
Objeto
ed
sd
ito de bonificação
1 - O presente decreto-lei cria um apoio financeiro do Estado, sob a forma
fe
a e ou construção de
temporária, aos mutuários de contratos de crédito para aquisição
r
a
habitação própria permanente.
arp
in ao Decreto-Lei n.º 74-A/2017,
2 - O presente decreto-lei procede, ainda, à quarta alteração
lim
de 23 de junho, que transpõe parcialmente raeDiretiva 2014/17/UE, relativa a contratos
p
o
sa destinados a habitação.
de crédito aos consumidores para imóveis
r
e
av Artigo 2.º
m
e au Âmbito de aplicação
o nd
sp aplica-se aos contratos de crédito para aquisição ou construção de
O presente decreto-lei
re
or permanente, abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 74-A/2017, de 23 de junho,
habitação própria
c
o
nt redação atual, celebrados com instituições de crédito, sociedades financeiras e
na sua
e
u m
sucursais de instituições de crédito e de instituições financeiras a operar em Portugal,
c
e do doravante designadas por «instituições», que preencham cumulativamente os seguintes
Est requisitos:

a) Tenham sido celebrados até 31 de dezembro de 2022;

b) Sejam contratos a taxa variável ou, sendo contratos a taxa mista, se encontrem em
período de taxa variável; e

c) O montante em dívida seja igual ou inferior a € 200 000,00.

Artigo 3.º

Requisitos de acesso
2
Ministra\o d

Decreto n.º

1 - São elegíveis os mutuários que cumpram os seguintes requisitos:

ica
bl
a) Tenham um agravamento significativo da taxa de esforço ou uma taxa de esforço pu
s ao
significativa; s
i s cu
b) Tenham as suas prestações devidamente regularizadas; e
ded
s
c) Tenham rendimentos: ito
e fe
i) Até ao 6.º escalão, inclusive, da tabela do Imposto a sobre o Rendimento de
p ar
Pessoas Singulares (IRS), por referênciaaao r último período de tributação
i n
elegível; ou m
r eli
ii) Tendo rendimentos a partir o dop7.º escalão da tabela do IRS, por referência ao
a
e rs disponível, demostrem comprovadamente que
último período de tributação
v
aatual
o seu rendimento m se enquadra em escalão de IRS inferior.
u
e a no número anterior, considera-se:
2 - Para efeitos do disposto
d
p on
s
a) Agravamento significativo da taxa de esforço, uma taxa de esforço que
r re
o
c corresponda a, pelo menos, 36 % em consequência de um aumento igual ou
t o
en superior do indexante de referência do contrato em causa face ao valor
u m
oc considerado para efeitos da projeção do impacto do aumento futuro desse
e d
t indexante, realizada nos termos do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 74-A/2017, de
Es 23 de junho, na sua redação atual;

b) Rendimentos, o referido na alínea b) do n.º 3 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 80-


A/2022, de 25 de novembro;

c) Taxa de esforço, a referida na alínea a) do n.º 3 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º


80-A/2022, de 25 de novembro;

d) Taxa de esforço significativa, o referido no n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º


80-A/2022, de 25 de novembro.

3
Ministra\o d

Decreto n.º

ica
bl
3 - Não são elegíveis para efeitos do disposto no n.º 1 os mutuários que sejam titulares de pu
ao
ss
património mobiliário, que inclua, nomeadamente, depósitos, instrumentos financeiros,
s cu
di tesouro,
seguros de capitalização, planos poupança reforma ou certificados de aforro ou
e
sd
com valor total superior a 62 vezes o Indexante de Apoios Sociais (IAS).
e ito
4 - Para efeitos do disposto no n.º 1, quando o contrato de crédito ftenha mais do que um
r ae
mutuário, os requisitos de elegibilidade aplicam-se a todos
r paos mutuários.
a
5 - Em relação a contratos de crédito anteriores a 2018 in ou cuja maturidade inicial fosse
m
inferior a 10 anos, considera-se, para efeitosr elido disposto na alínea a) do n.º 2, uma
p
variação do indexante de referência s ao
equivalente a 3 pontos percentuais face ao respetivo
r
ve de crédito.
valor à data da celebração doacontrato

a um Artigo 4.º
d e
p on Pedido de acesso
s
1 - O mutuário
r re apresenta, por meio físico ou por meio eletrónico, o pedido de acesso à
co
to
bonificação junto da respetiva instituição.
en
c um
2 - O pedido do mutuário é acompanhado dos elementos previstos no presente decreto-lei
d o
e que não sejam do conhecimento ou não sejam acessíveis à instituição, nomeadamente,
Est a informação sobre rendimentos e património mobiliário para efeitos de elegibilidade,
salvo quando seja possível autorizar a consulta dos referidos elementos junto de
entidades públicas detentoras da informação.

3 - As instituições comunicam aos mutuários, no prazo de 10 dias úteis contados da receção


do pedido completo, se preenchem os requisitos de elegibilidade de acesso à bonificação.

4
Ministra\o d

Decreto n.º

Artigo 5.º
Bonificação a
ic
1 - Os mutuários elegíveis podem beneficiar, mediante pedido, de uma bonificação bl
pu
temporária de juros quando o indexante do contrato crédito for igual ou superior a 3 %.ao
u ss
2 - Quando o valor do indexante considerado para efeitos da projeção do impacto
d iscdo seu
aumento futuro, realizada nos termos do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º d e
74-A/2017, de
o s
23 de junho, na sua redação atual, tenha sido superior a 3 %, o limiar
f eit para aplicação do
cálculo da bonificação corresponde a esse valor, sem prejuízo e disposto no n.º 4.
a do
r
r pa
3 - A bonificação é de 50 % do valor dos juros correspondentes
a à diferença entre o valor
in
do indexante apurado contratualmente e: m
r eli
p
a) O limiar de 3 % referido no n.ºa1;o ou
e rs
b) Se mais elevado, o valor v
a referido no n.º 2.

4 - Quando o mutuário tenhaa umuma taxa de esforço significativa, a bonificação é de 50 % do


d e
valor dos juros
p oncorrespondentes à diferença entre o valor do indexante apurado
s e o limiar de 3 % referido no n.º 1.
re
contratualmente
r
co
to Artigo 6.º
en Montante máximo da bonificação
c um
d o
e O montante anual máximo de bonificação, por contrato de crédito, é de 1,5 IAS.
Est
Artigo 7.º
Contratos de crédito anteriores a 2011

É descontado ao benefício concedido nos termos do artigo anterior o montante equivalente


à dedução à coleta que resulte dos encargos previstos nas alíneas b) a d) do n.º 1 do artigo
78.º-E do Código do IRS, aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de
novembro, na sua redação atual, por referência ao último período de tributação disponível.

5
Ministra\o d

Decreto n.º

Artigo 8.º
Operacionalização a
ic
bl
1 - O pagamento das bonificações de juros é efetuado através de dotações inscritas no pu
capítulo 60 do Orçamento do Estado gerido pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças s ao
(DGTF). c us
d is
de
2 - Os procedimentos a observar entre a DGTF e as instituições, relativos àsdisponibilização
o
eit amortização e
do financiamento a favor dos mutuários, e respetiva gestão, controlo,
f
e
cobrança constam de protocolo a celebrar entre as mesmas.ra
r pa
Artigo 9.º ina
Efeitoseli
m
p r
o não podem, durante o período da respetiva
1 - Os mutuários que beneficiem da bonificação
a
e
concessão, celebrar novos créditos
rsabrangidos pelo Decreto-Lei n.º 133/2009, de 2 de
av
um
junho, na sua redação atual.
a
2 - As instituições não
e
dpodem cobrar comissões ou encargos para efeitos de processamento
o n
sp
da bonificação.
e
r r
co Artigo 10.º
t o
en Dever de informação
u m
oc As instituições comunicam mensalmente aos mutuários, através de suporte duradouro,
e d
Est nomeadamente por via do extrato bancário, o montante da bonificação atribuída nos termos
do presente decreto-lei.

Artigo 11.º
Supervisão

O Banco de Portugal supervisiona o cumprimento dos deveres das instituições decorrentes


do presente decreto-lei e pode proceder à sua regulamentação, nomeadamente em matéria
de deveres de informação aos mutuários.

6
Ministra\o d

Decreto n.º

Artigo 12.º
Fiscalização a
ic
bl
A Inspeção-Geral de Finanças procede à realização trimestral de auditorias aos montantes pu
pagos ao abrigo do presente decreto-lei. s ao
s
is cu
Artigo 13.º
Acesso indevido ded
s
ito
fe
Os mutuários que acedam à bonificação, através da prestação deeinformações falsas, são
a
ar
responsáveis pelos danos causados, bem como pelos custospincorridos com a aplicação da
a r
bonificação, sem prejuízo de outro tipo de responsabilidade
in gerada pela conduta.
lim
re
Artigo 14.º
p
o
sa subsidiário
Direito
r
e
av
Em tudo o que não estiver previsto no presente decreto-lei, é aplicável, com as devidas
a um
adaptações, o disposto no Decreto-Lei n.º 74-A/2017, de 23 de junho, e no Decreto-Lei n.º
de
on
349/98, de 11 de novembro, ambos na sua redação atual.
sp
rre Artigo 15.º
co
to Alteração ao Decreto-Lei n.º 74-A/2017, de 23 de junho
en
c um
do O artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 74-A/2017, de 23 de junho, na sua redação atual, passa a
e ter a seguinte redação:
Est
«Artigo 13.º

[…]

1- Os mutuantes ou intermediários de crédito disponibilizam aos consumidores a


ficha de informação normalizada elaborada com base na informação por estes
apresentada, com a simulação das condições do contrato de crédito para as
modalidades de taxa variável, fixa e mista, que pode ser realizada aos balcões do
mutuante ou do intermediário de crédito, através dos seus sítios na Internet ou

7
Ministra\o d

Decreto n.º

por qualquer outro meio de comunicação à distância.

2- […]. ica
bl
3- […]. pu
s ao
s
4- […].
is cu
5- […].
ded
s
6- […]. e ito
e f
7- […]. r a
a
arp
8- […]. in
e lim
9- […]. pr
s ao
10- Os mutuantes apresentam ao r
e consumidor, pelo menos, uma proposta de
a v
contrato de crédito a taxamvariável, mista e fixa.»
u
d ea
p on
s Artigo 16.º
r re
co Produção de efeitos
n to
e À exceção do disposto no artigo anterior, o presente decreto-lei produz efeitos até 31
u m
1 -
oc
d de dezembro de 2023, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
e
Est
2 - O direito à bonificação de juros apenas tem lugar a partir da prestação relativa ao mês
de abril de 2023.

8
Ministra\o d

Decreto n.º

ica
bl
Artigo 17.º pu
s ao
Entrada em vigor e vigência s
is cu
O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
ded
s
e ito
e f
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de r a
a
a rp
in
l im
re
O Primeiro-Ministro
p
o
rsa
e
avO Ministro das Finanças
m
e au
d
on
sp
rre
co
to
en
um
doc
e
Est

9
Ministra\o d

Decreto n.º

DL 111/XXIII/2023

2023.03.03 ica
bl
Nos últimos anos, o Governo assumiu o seu compromisso com a habitação pública e com pu
ao
ss
o reforço do papel do Estado na promoção direta de respostas habitacionais, fundamental
is cu
para inverter um paradigma de resposta fundamentalmente centrado no mercadodprivado e
que foi incapaz de assegurar a provisão e acesso à habitação para todos. d e
itos
e
ef invalida, contudo, a
Esta necessidade de robustecer o parque habitacional público não
a
r
pa e que proporcione rendas a
importância de um mercado de arrendamento privado saudável
preços compatíveis com os rendimentos das famílias. ar
in
lim
re de articulação com o mercado de
Por este motivo, é fulcral adotar-se mecanismos
p
o
sa na criação de resposta mais imediatas para as
arrendamento privado, com especial enfoque
er
a v e rendimentos médios, conforme veio já cuidar o
famílias com menores rendimentos
m
u 30 de dezembro, que prevê a melhoria e o aumento da leque
Decreto-Lei n.º 90-C-/2022, de
ea
nd ao programa Porta 65 – Arrendamento por Jovens, em particular
jovens que podem aceder
o
sp dos tetos máximos de renda, e uma revisão operacional, tendo em vista
através da atualização
r re
o
a simplificação
c e desburocratização do Programa de Apoio ao Arrendamento.
t o
Ae n
promoção de políticas públicas de habitação não deve ser estática e deve ter a capacidade
u m
oc de se adaptar às necessidades sentidas em cada momento pela população. Neste sentido, o
e d
t Governo, consciente do contexto geopolítico e geoeconómica atual, que se traduziu na maior
Es
taxa de inflação dos últimos e, por consequência, dos custos de vida, aprova um novo
conjunto de respostas mais imediatas que visam fazer frente aos impactos económicos
referidos com efeitos diretos nos rendimentos das famílias e no acesso à habitação.

Por um lado, é criado um novo apoio extraordinário à renda, destinado a arrendatários com
taxas de esforço superiores a 35 %, com rendimentos até ao 6.º escalão e com contrato
celebrado até 31 de dezembro de 2022, que permite apoiar já no imediato as famílias num
valor de apoio que poderá ascender aos 200,00 euros mensais.

1
Ministra\o d

Decreto n.º

Paralelamente, prevê-se o alargamento do programa Porta 65, às situações de quebra de


rendimentos superior a 20 % face aos rendimentos do mês anterior ou do período homólogo a
ic
do ano anterior e famílias monoparentais, independentemente da idade de cada um dos bl
pu
elementos do agregado habitacional, com o fito de aumentar a proteção destes segmentos deao
população particularmente vulneráveis no acesso à habitação. u ss
d isc
s de
Através destas medidas, com o objetivo concreto de proteger as famílias e aumentar o seu
o
rendimento disponível, aprofunda-se a concretização do desígnio nacional
f eit de garantir
habitação digna a todos.
r ae
r pa
Assim: a
in
m
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º
r eli da Constituição, o Governo decreta o
p
seguinte: a o
e rs
a v Capítulo I
a um Disposições gerais
n de
s po Artigo 1.º
rr e
c o Objeto
o
nt
O epresente decreto-lei procede:
u m
oc a) À criação de um apoio extraordinário à renda;
e d
t b) Ao alargamento do programa «Porta 65 - Arrendamento por Jovens», às situações de
Es
quebra de rendimentos superior a 20 % face aos rendimentos do mês anterior ou do
período homólogo do ano anterior e famílias monoparentais, independentemente da
idade de cada um dos elementos do agregado habitacional, através da sexta alteração ao
Decreto-Lei n.º 308/2007, de 3 de setembro, na sua redação atual.

Artigo 2.º

Âmbito territorial

O presente decreto-lei é aplicável em todo o território nacional.


2
Ministra\o d

Decreto n.º

Capítulo II

Apoio extraordinário à renda ica


bl
Artigo 3.º pu
s ao
s
Âmbito de aplicação
iscu
d
O apoio extraordinário à renda aplica-se aos contratos celebrados e registados
s de junto da
Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) até 31 de dezembro de 2022. ito
e fe
Artigo 4.º a
p ar
Conceitos ar
in
m
eli por:
Para efeitos de aplicação do presente apoio, entende-se
r
p
a o
a) «Agregado habitacional», os agregados
e rs familiares dos titulares do contrato de
arrendamento, considerando-se a vagregado familiar o conjunto de pessoas definido nos
um 14.º do CIRS;
termos dos n.ºs 3 a 5 doaartigo
n de
s po
b) «Residência permanente», a morada fiscal dos titulares do contrato de arrendamento;

c) «Taxa de re
resforço», a percentagem dos rendimentos brutos de todos os membros daquele
c o
to habitacional destinada ao pagamento da renda.
agregado
en
c um Artigo 5.º
d o
t e Modelo do apoio
Es
1 - O apoio extraordinário à renda é mensal, não reembolsável e corresponde a uma
percentagem do valor da renda mensal até ao limite de 60 meses.

2 - O apoio mensal suporta a diferença entre o valor da renda mensal devida e o valor resultante
da aplicação ao rendimento do agregado habitacional de uma taxa de esforço máxima de:

a) Nos primeiros 12 meses, a 35 %;

b) Entre os 13 meses e os 36 meses, a 40 %;

3
Ministra\o d

Decreto n.º

c) Entre os 37 meses e os 60 meses, a 45 %.

3 - Sem prejuízo do previsto nos números anteriores, o montante do apoio mensal não pode ser ica
bl
inferior a € 20,00 nem superior a € 200,00. pu
s ao
Artigo 6.º s
i s cu
Beneficiários
ed
sd
ito os seguintes
1 - Podem beneficiar do apoio extraordinário à renda as pessoas que reúnam
e
requisitos cumulativos: e f
a
p ar
a) Sejam cidadãos portugueses, de Estado-Membro daaUnião r Europeia ou, no caso de
i n
cidadãos de outros países, sejam detentores de títulos m válidos de residência no território
r eli
nacional; p
a o
b) Sejam titulares de contrato deve rs
arrendamento para fins habitacionais, devidamente
registado junto da AT, ao qual
a
u m corresponda a sua residência permanente;
a
c) Tenham uma taxa ddee esforço superior a 35 % do rendimento mensal do agregado
habitacional; sp
on
o rre
d) O valorc da renda não seja superior à renda máxima admitida (RMA), , nos termos do
t o
n
edisposto na alínea b) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 308/2007, de 3 de setembro, na sua
u m
oc redação atual, sendo a tipologia adequada ao limite aferida em função da dimensão do
e d
t agregado habitacional;
Es
e) O rendimento do agregado habitacional tem como limite o valor igual ou inferior ao limite
máximo do 6.º escalão do IRS.

2 - Os beneficiários devem cumprir os requisitos previstos no número anterior durante todo o


período em que recebem a subvenção, devendo comunicar ao IHRU, I.P., qualquer alteração
superveniente.

Artigo 7.º

Tipologia
4
Ministra\o d

Decreto n.º

Para efeitos de aferição da RMA, considera-se adequada ao agregado habitacional a seguinte


tipologia: a
ic
bl
a) Uma ou duas pessoas, T2; pu
s ao
b) Três pessoas, T3; s
is cu
c) Quatro a seis pessoas, T4;
ded
s
d) Sete pessoas ou mais, T5.
e ito
e f
Artigo 8.º r a
a
Rendimento anual e rendimento n
médio
rp
a mensal
i
l i m
e
1 - Considera-se o rendimento anual do agregado rhabitacional o somatório dos rendimentos
p
brutos constantes da última declaraçãoade o imposto sobre o rendimento das pessoas
r s
e
a v se encontre disponível, relativamente a cada membro
singulares (IRS), cuja nota de liquidação
do agregado habitacional. um
d ea
2 - O rendimento médionmensal do agregado habitacional corresponde a 1/12 do rendimento
p o
s
anual calculadoenos termos do número anterior.
o rr
c Artigo 9.º
t o
e n
u m Procedimento de atribuição
doc
e 1 - A atribuição do apoio é oficiosa e não carece de adesão por parte dos beneficiários.
Est
2 - Participam na verificação de elegibilidade dos beneficiários as seguintes entidades:

a) A AT enquanto entidade responsável pelo apuramento dos agregados habitacionais


elegíveis, através das declarações de rendimentos e do registo do contrato de
arrendamento; e
b) O IHRU, I.P., enquanto entidade responsável pelo apuramento do apoio em concreto a
conceder.
3 - A AT e o IHRU, I. P., trocam a informação indispensável à identificação dos beneficiários

5
Ministra\o d

Decreto n.º

elegíveis.

4 - A AT verifica os elementos necessários ao apuramento dos beneficiários elegíveis e do ica


bl
montante de apoio financeiro a atribuir e presta essa informação ao IHRU, I.P., até ao último pu
dia útil do mês seguinte à entrada em vigor do presente decreto-lei. s ao
s
s cu
di vista a
5 - A prestação referida no número anterior é atualizada mensalmente, tendo em
e
s d período.
prestação de informação relativa aos contratos de arrendamento cessados nesse
e ito
f
6 - O apoio é atribuído a partir do mês seguinte ao da entrada em vigoredo presente decreto-lei.
ra
ado
7 - O IHRU, I. P. procede ao pagamento do apoio nos termos r p presente artigo mediante
a
in
transferência bancária através do International Bank Account Number (IBAN) que conste
l i m
e
pr
nos sistemas de informação da AT e que são fornecidos por esta entidade ao IHRU, I. P..
o
r sa
8 - Caso não seja possível proceder ao pagamento do apoio extraordinário por motivo de
v e
a
insuficiência de informação ou invalidade do IBAN, nos termos do número anterior, o
u m
pagamento é feito por vale apostal.
n de
po prevista no presente artigo é efetuada ao abrigo da alínea c) do n.º 2
9 - A troca de informações
s
e Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro, na sua redação atual.
do artigo 64.ºrrdo
c o
t o
en
u m
doc Artigo 10.º
e
Est Cumulação de apoios

O apoio concedido ao abrigo do programa Porta 65, previsto no Decreto-Lei n.º 308/2007,
de 3 de setembro, na sua redação atual, é incluído para efeitos da contabilização do
rendimento do agregado habitacional e da respetiva taxa de esforço.

Capítulo III

Alargamento do programa Porta 65 – Arrendamento por Jovens

Artigo 11.º
6
Ministra\o d

Decreto n.º

Alteração ao Decreto-Lei n.º 308/2007, de 3 de setembro

Os artigos 1.º, 2.º, 3.º, 17.º, 19.º, 20.º, 23.º, 24.º, 25.º, 26.º, 27.º do Decreto-Lei n.º 308/2007, ica
bl
de 3 de setembro, na sua redação atual, passam a ter a seguinte redação: pu
sao
«Artigo 1.º s
i s cu
[…]
ed
sd
ito 65, com as
O presente decreto-lei cria e regula o programa de apoio financeiro Porta
e
seguintes modalidades: e f
a
p ar
a) Porta 65 – Arrendamento por Jovens, adiante designado rpor «Porta 65 Jovem», que
i na
destinado ao apoio ao arrendamento, por Jovens, m de habitações para residência
r eli
permanente, mediante a concessão de umapsubvenção mensal;
s ao
r
b) Porta 65 +, destinado ao apoio vaoe arrendamento, por agregados com quebra de
a
rendimentos superior a 20 %mface aos rendimentos do mês anterior ou do período
u
e a e por agregados monoparentais, independentemente da
homólogo do ano anterior
d
idade de qualquer
p onum dos seus membros, mediante a concessão de uma subvenção
s
mensal. rre
co
to Artigo 2.º
en
c um […]
d o
t e O Porta 65 vigora em todo o território nacional.
Es
Artigo 3.º

[…]

1 - […]:

a) «Residência permanente» a habitação onde os jovens ou os membros do agregado


residem de forma estável e duradoura, titulada através do respetivo contrato de
arrendamento registado no portal das finanças.

7
Ministra\o d

Decreto n.º

b) […];

c) […]. ica
bl
Artigo 17.º pu
s ao
s
[…]
i s cu
1 - […]. ed
o sd
2 - A plataforma informática tem por finalidade organizar e manter atualizada
f eit a informação das
candidaturas para efeitos de concessão do apoio financeiro Porta r a65.e
r pa
3 - […]. a
in
m
eli
Artigo 19.º
r
p
a o
e rs […]
1 - São recolhidos para tratamentom av
automatizado os seguintes dados pessoais:
u
a) […]; d ea
p on
b) […]; s
r re
o
c) […];o c
e nt
c umd) […];
do
e e) […];
Est
f) […];

g) Rendimentos dos jovens, dos elementos do agregado e dos ascendentes quando


relevantes para efeitos de hierarquização das candidaturas nos termos do n.º 2 do
artigo 10.º e do n.º 2 do artigo 16.º-C;

h) […];

i) […];

8
Ministra\o d

Decreto n.º

j) […];

k) […]; ica
bl
l) […]. pu
sao
usdo
2 - A recolha dos dados referidos no número anterior é feita através do preenchimento
formulário eletrónico existente na plataforma informática do programa, nod qual os
isc
d e
s
candidatos, os membros do seu agregado, bem como os ascendentes, osendo caso disso,
it
fe
autorizam o IHRU, I.P., a confirmar os dados recolhidos junto daeAutoridade Tributária e
r a
pa para tal autorizadas, nos
Aduaneira, do Instituto de Segurança Social ou de outras entidades
r
termos do artigo seguinte. a
in
m
3 - […]. r eli
p
a o
e rsArtigo 20.º
av […]
u m
a
A verificação dos dadosderelativos aos rendimentos, à monoparentalidade, à composição dos
agregados e aossp
on
imóveis inscritos a favor destes é realizada através de mecanismos de
o rre estabelecidos entre o IHRU, as entidades das áreas das finanças e da
interoperabilidade
c
t o social e as demais entidades públicas competentes na matéria.
segurança
en
u m
doc Artigo 23.º
e
Est […]

1 - Os beneficiários do Porta 65 estão sujeitos à verificação pelo IHRU do cumprimento das


condições e dos deveres a que se vinculam para efeito de atribuição do apoio financeiro,
designadamente quanto à entrega de elementos ou documentos e ao respeito pelas condições
de acesso e de permanência no programa.

2 - […].

3 - […].

9
Ministra\o d

Decreto n.º

Artigo 24.º

[…] ica
bl
1 - […]. pu
sao
us
2 - A comprovação pelos beneficiários da regularidade do cumprimento das obrigações
d
determina o reinício do processo de atribuição do apoio financeiro e o pagamento
isc
dos
de
valores relativos ao período da suspensão.
it os
e
3 - […]. aef
p ar
4 - O IHRU pode ainda fazer cessar o apoio financeiro previsto r neste decreto-lei, sempre que
i na
se verifiquem as seguintes causas: m
r eli
p
a) A prestação de falsas declarações pelos beneficiários;
a o
e rs
b) […];
av
c) […]. a um
n de
5 - Quando haja lugar àocessação do apoio financeiro nos termos do número anterior, os jovens
e sp
ou os membros r
r dos agregados não podem candidatar-se a qualquer apoio público para fins
o
c durante um período de dois anos, agravado para cinco anos em caso de dolo
habitacionais
t o
n
naeprática dos atos ou omissões nele previstos.
m
u
doc Artigo 25.º
e
Est
[…]

1 - O IHRU deve assegurar a realização de uma avaliação externa do Porta 65, após 18 meses
de execução do programa.

2 - Após a avaliação prevista no número anterior, o Porta 65 é avaliado por cada período de três
anos de execução do mesmo.

Artigo 26.º

[…]

10
Ministra\o d

Decreto n.º

1 - Cabe ao Estado, através do IHRU, I.P., assegurar a gestão e a concessão do apoio financeiro
do Porta 65, mediante dotação orçamental a prever para o efeito sobre proposta do IHRU. a
ic
bl
2 - A dotação orçamental do Porta 65 destina-se ao pagamento dos encargos com os apoios pu
financeiros, bem como ao pagamento da comissão de gestão do IHRU, I.P., cujo montante, s ao
s
cu
a ser fixado, em cada ano, por despacho, não pode ser superior a 4 % do valor totalisdaquela
e d
dotação orçamental.
o sd
3 - […]. f eit
r ae
4 - […].
r pa
a
Artigo 29.º in
m
r eli
p
[…]
a o
1 - […]. e rs
av
2 - […]
a um
3 - […]. n de
s po
4 - […].
o rre
c
t o previstas no Título II são objeto de regulamentação por portaria dos membros
5 - As matérias
en
m
u do Governo responsáveis pelas áreas da segurança social e da habitação.»
doc
e Artigo 12.º
Est
Aditamento ao Decreto-Lei n.º 308/2007, de 3 de setembro

São aditados ao Decreto-Lei n.º 308/2007, de 3 de setembro, na sua redação atual, os artigos
16.º-A a 16.º-F, com a seguinte redação:

«Artigo 16.º-A
Beneficiários
1 - Podem beneficiar do Porta 65 +:

11
Ministra\o d

Decreto n.º

a) Os agregados com quebra de rendimentos superior a 20 % face aos rendimentos do mês


anterior ou do período homólogo do ano anterior, incluindo os casos em que a quebra de a
ic
rendimentos resulte da alteração da composição desses agregados, independentemente da bl
pu
idade de qualquer um dos seus membros, nos termos previstos do número seguinte. ao
b) Os agregados monoparentais, independentemente da idade de qualquer um doscuseus
ss
i s
membros.
d ed
os nos termos
2 - A quebra de rendimentos a que se refere o número anterior é demonstrada
eit
efredação atual.
previstos no artigo 4.º da Portaria n.º 91/2020, de 14 de abril, na sua
a
p ar
3 - Sem prejuízo do disposto no artigo 16.º-B, a comparação dos rendimentos referida no
n ar
número anterior é efetuada com base nos rendimentos i
l i m dos candidatos disponibilizados pela
e
pr comparação e por esta disponibilizados
Segurança Social relativos ao período objeto dessa
o
ao IHRU. r sa
e
a v Artigo 16.º-B
a um
n de Rendimentos do candidato
po apoio, é considerado o rendimento bruto constante do sistema da
Para efeitos do presente
s
r re
o
Segurançac Social auferido por cada membro do agregado.
to
en Artigo 16.º-C
u m
doc Candidatura
e
Est 1- Ao procedimento de candidatura ao Porta 65 + é aplicável o disposto no artigo 6.º, sem
prejuízo da sua autonomia face à candidatura ao Porta 65 - Jovem.

2- Os elementos e documentos necessários à formalização de candidaturas, as situações nelas


abrangidas e os respetivos critérios de hierarquização são regulados por portaria dos
membros do Governo responsáveis pelas áreas da segurança social e da habitação.

3- Todos os elementos necessários à instrução e verificação das candidaturas são obtidos


através de mecanismos de interoperabilidade estabelecidos entre o IHRU, e as áreas das

12
Ministra\o d

Decreto n.º

finanças e da segurança social e as demais entidades públicas competentes na matéria,


sempre que aplicável. a
ic
bl
Artigo 16.º-D pu
s ao
Requisitos s
is cu
d
1- Sem prejuízo do disposto no artigo 16.º-A, o acesso ao Porta 65 + depende do
e
d
cumprimento dos seguintes requisitos: os
f eit
e
a) Os titulares do contrato de arrendamento terem residênciaa permanente na habitação
r
a que se refere a candidatura; r pa
a
b) O contrato de arrendamento estar registado no portal in das finanças;
m
c) Nenhum dos membros do agregado ser r eliproprietário ou arrendatário para fins
p
a
habitacionais de outro prédio ou fração o habitacional;
e rs
d) Nenhum dos membros do a v
agregado ser parente ou afim do senhorio na linha reta ou
linha colateral;
a um
e) Os rendimentosnd
e
do agregado não ser superior a quatro vezes o valor da renda máxima
o
admitida; sp
r re
o
f) Emcqualquer caso, o rendimento do agregado tem como limite o valor igual ou inferior
to
en ao 6.º escalão do IRS.
c um
do 2- Os beneficiários do apoio devem cumprir os requisitos a que se referem as alíneas a) e b)
e
Est do n.º 1 durante todo o período em que recebem o apoio financeiro, devendo comunicar
ao IHRU, I.P., qualquer alteração.

Artigo 16.º-E

Modelo do apoio financeiro

1- O apoio financeiro do Porta 65 + é mensal, não reembolsável, e concedido por períodos


de 12 meses, podendo ser renovado em candidaturas subsequentes até ao limite de 60

13
Ministra\o d

Decreto n.º

meses.

2- O apoio mensal é concedido de forma decrescente, em períodos seguidos ou interpolados ica


bl
de atribuição do apoio financeiro. pu
ao
ss
3- O apoio mensal suporta a diferença entre o valor da renda mensal devida e o valor
s cu
di
resultante da aplicação aos rendimentos do agregado de uma taxa de esforço máxima:
e
d
a) Nos primeiros 12 meses, de 35 %;
it os
e
b) Entre os 13 meses e os 36 meses, de 40 %; ef
ara
c) Entre os 37 meses e os 60 meses, de 45 %. a rp
in
m
eli o montante do apoio mensal não pode
4- Sem prejuízo do previsto nos números anteriores,
r
p
ser inferior a € 50,00 nem superior a € 200,00.
o a
s
v
5- As renovações dependem do cumprimento er
pelos beneficiários dos requisitos de acesso
a
m
au
ao apoio.
de
Artigo 16.º-F
on
sp
rre Regime supletivo
co
o ao Porta 65 +, com as necessárias adaptações, o disposto nos artigos 8.º, 13.º,
nt
Aplicam-se
e
u m
14.º, 15.º e 16.º.
oc
e d Artigo 13.º
t
Es
Alteração sistemática ao Decreto-Lei n.º 308/2007, de 3 de setembro

1 - São aditados ao Decreto-Lei n.º 308/2007, de 3 de setembro, na sua redação atual, o


Título I, com a epígrafe «Programa Porta 65», que integra os artigos 1.º a 3.º, o Título
II, com a epígrafe «Porta 65 – Arrendamento por Jovens», que integra os artigos 4.º a
16.º, o Título III, com a epígrafe «Porta 65 +», que integra os artigos 16.º-A a 16.º-F, e
o Título IV, com a epígrafe «Disposições complementares, transitórias e finais», que
integra os artigos 17.º a 31.º.

14
Ministra\o d

Decreto n.º

2 - Os capítulos II, III e IV do Decreto-Lei n.º 308/2007, de 3 de setembro, na sua redação


atual, são renumerados, respetivamente, como I, II e III do Título II. a
ic
bl
3 - Os capítulos V, VI e VII do Decreto-Lei n.º 308/2007, de 3 de setembro, na sua redação pu
atual, são renumerados, respetivamente, como I, II e III do Título IV. s ao
s
is cu
ded
Artigo 14.º s
e ito
Entrada em vigor e f
ra
pa publicação.
O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao dar sua
a
in
elim
pr
s ao
v er
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de
a
m
e au
d
on O Primeiro-Ministro
sp
rre
co
to A Ministra da Presidência
en
um
doc
e
Est A Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares

O Ministro das Finanças

A Ministra da Habitação

A Ministra da Coesão Territorial

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