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Cuiabá
UNIC – UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
UNIPÓS – União para o desenvolvimento da Pós-graduação
2012
Cuiabá
UNIC – UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
UNIPÓS – União para o desenvolvimento da Pós-graduação
2012
FOLHA DE APROVAÇÃO
Conceito:
Parecerista:
Prof.: __________________________________________________
Assinatura: __________________________________________________
Data da aprovação:
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DEDICATÓRIA
Aos meus pais Eurípedes (in memoriam) e Cleonice. Ao meu pai, pelo
exemplo de aquisição do saber e cultura de forma exemplar; à minha mãe,
pelo apoio incondicional aos meus estudos anteriores e pelo amor
verdadeiro em todos os momentos de minha vida;
Aos meus irmãos Ellen e Sérgio, pela forma de encarar os estudos como
ferramenta de mudança de vida e de crescimento profissional;
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela luz e esperança sempre presentes na minha vida, e por ter me concedido, através de sua infinita
bondade, a chance de concretizar mais uma vitória em minha vida.
Ao orientador e coordenador do curso, professor Hermom, pelas dicas e postura que me fizeram ampliar os
horizontes e enxergar e buscar conhecimentos além dos adquiridos durante o curso.
A todos os professores do curso, que com paciência, dedicação e sabedoria souberam transmitir os seus
conhecimentos;
Aos meus colegas, técnicos e pesquisadores, pela troca de informações e pronto atendimento no
levantamento de dados, muito valiosos para o enriquecimento deste trabalho.
Em fim, a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a realização do curso e deste trabalho.
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“Se uma empresa não sabe o que precisa fazer é por que não
sabe o que precisa saber.”
(Tadeu Cruz)
(Teodore Roosevelt)
RESUMO
Com este trabalho pretende-se fazer um estudo das novas tecnologias de informação que têm aplicabilidade
em sistemas de gestão de conteúdos empresariais e que melhor atendam as necessidades específicas de uma
Fundação Pública Estadual, a qual tem por finalidade o desenvolvimento de ensino e pesquisa técnico-
científica na área de segurança e saúde no trabalho. Procurou-se, basicamente, apresentar conceitos e
definições do que vem a ser e para que serve conhecimento, os fundamentos da gestão de documentos, da
informação e do conhecimento, contextualizar o cenário externo e interno no tocante a gestão de arquivos e
descrever as novas tecnologias para a composição de um sistema de gestão adequado de documentos, tanto
convencionais, quanto digitais, e que possibilite a gestão compartilhada de conhecimentos e o trabalho
colaborativo. Procurou-se, ainda, apresentar uma proposta de Arquitetura Modelo de um Sistema
Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos (SIGAD), nos moldes preconizados pelo CONARQ,
as tecnologias necessárias para a sua composição e respectivos requisitos de funcionalidades, bem como as
alternativas de mercado e alguns cuidados necessários para uma boa escolha e aquisição das citadas
tecnologias.
ABSTRACT
The purpose of this paper is studying new information technologies which are
applicable to business content management systems and which fulfill the specific demands of
a Federal Governmental Foundation aimed at developing teaching and technical-scientific
research in the area of occupational safety and health. The study intends basically to present
concepts and definitions of knowledge and its function, the foundations of document,
information and knowledge management. It tries not only to contextualize the internal and
external views concerning record management, but also to describe the new technologies used
for developing a proper management system for both conventional and digital documents,
enabling a shared knowledge management and cooperative work. The paper also presents a
proposal of model architecture for a record management computerized system (SIGAD) as
shaped by CONARQ. It describes the technology needed, the functioning requirements, the
market alternatives and points at the care that has to be taken when choosing and acquiring
the above mentioned technologies.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................12
2 OBJETIVOS............................................................................................................................17
3 ABORDAGEM........................................................................................................................18
4 A GESTÃO DO CONHECIMENTO....................................................................................19
6.1.4 Análise qualitativa descritiva dos dados coletados via aplicação de questionários.....40
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................56
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................58
ANEXO I.....................................................................................................................................60
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1 INTRODUÇÃO
A criação de todo este aparato foi fundamental para o avanço da gestão documental e
da informação, na medida em que possibilitou o aperfeiçoamento e a padronização de técnicas
e linguagens universais que hoje servem de referencial aos profissionais de arquivo do mundo
todo. Da mesma forma é inegável que o surgimento e modernização das tecnologias de
informação exercem hoje papel significativo e decisivo na disseminação e aplicação de todo
conhecimento produzido e acumulado pela humanidade.
Por outro lado, as formas de acesso hoje disponíveis, aliadas a uma imensa gama de
fontes de consulta, se por um lado significam uma benção, por outro lado, em muitas
empresas ainda hoje o excesso de informação acumulada, não estruturada e disponibilizada de
forma incorreta, traz consideráveis perdas de tempo e se transforma em pesadelos recorrentes.
Saber tirar proveito do conhecimento acumulado pode significar o sucesso ou o fracasso das
empresas, sejam elas privadas ou públicas, porque mesmo estas, cujo papel é servir à
sociedade, quando não conseguem cumpri-lo, estão fadadas à extinção. Assim, para o sucesso
de qualquer negócio é fundamental nos dias de hoje gerenciar o conhecimento. “No ambiente
empresarial, a gerência do conhecimento poderá mantê-la viva e na sua ausência matá-la.”
(CRUZ, 2007)
A gestão do conhecimento, apesar de ser um assunto ainda não muito difundido fora
do meio acadêmico e do círculo de profissionais da informação, hoje já desperta interesse de
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Para a identificação do problema de estudo deste trabalho foi eleita como cenário uma
Fundação Pública Federal, a qual tem como finalidade o ensino e pesquisa técnico-científica
na área de prevenção de acidentes e promoção da saúde no trabalho.
pois esta deve capacitar as organizações a gerenciar e utilizar todo o seu conteúdo, durante
todo o seu ciclo de vida.
Com o intuito de auxiliar neste processo, tentou-se neste trabalho apresentar uma
arquitetura modelo, no qual estão representados os recursos tecnológicos mínimos necessários
para a composição de uma solução que atende as empresas em geral, onde se procurou
identificar e destacar as especificidades relevantes ou importantes para empresas ou
instituições voltadas ao desenvolvimento de ensino e pesquisa técnico-científica.
Ainda, para auxiliar na escolha das tecnologias, foram identificados e descritos formas
e critérios de identificar os melhores fornecedores de soluções prontas hoje existentes no
mercado, os quais, de forma geral, oferecem produtos variados que, apesar das diferentes
denominações, muito pouco diferem nas funcionalidades e vantagens demonstradas.
Hoje muito se propaga sobre estas novas tecnologias, tanto para a gestão de conteúdos
empresarais, quanto para a gestão do conhecimento. Ao se iniciar um processo de implantação
de uma gestão do conhecimento diversos fatores precisam ser administrados. Primeiramente é
necessário que as instituições saibam o que exatamente querem, para em seguida definir o que
realmente precisam comprar para o alcance dos seus objetivos.
Em qualquer instituição que executa suas atividades sem ter oficialmente implantado
uma gestão de arquivos baseado nos princípios da arquivística, naturalmente os termos
técnicos relacionados não fazem parte do vocabulário dos seus funcionários. Na expectativa
de que este trabalho contribua para a criação e implantação na instituição pesquisada de um
Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos (SIGAD), e para servir de
apoio aos seus leitores sempre que necessário, decidiu-se por identificar e reunir num
GLOSSÁRIO, na forma do ANEXO I, as definições e conceitos dos termos técnicos citados,
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2 OBJETIVOS
Com este estudo pretende-se fazer uma primeira aproximação do tema, visando criar
maior familiaridade com as tecnologias de informação que têm aplicabilidade em sistemas de
gestão documental e da informação, como apoio à gestão do conhecimento, consideradas as
necessidades comuns das empresas em geral e, em particular, as necessidades específicas de
instituições voltadas ao desenvolvimento de ensino e pesquisa técnico-científica.
Esse estudo tem como objetivo geral conhecer, identificar e descrever, dentre as diversas
opções disponíveis no mercado, as tecnologias de informação voltadas à gestão documental e
da informação de instituições de pesquisa técnico-científicas em geral.
3 ABORDAGEM
Este trabalho teve como foco identificar, relacionar e descrever aspectos relacionados
à gestão arquivística de documentos, da informação e do conhecimento, bem como identificar
e descrever as melhoras tecnologias atualmente disponíveis e principais requisitos necessários
para a composição de um sistema informatizado de gestão arquivística de documentos
empresariais, que possibilite trabalho colaborativo e a gestão compartilhada do conhecimento.
4 GESTÃO DO CONHECIMENTO
Muito hoje se fala em Gestão do Conhecimento. Este assunto é algo ainda novo, que
até há pouco tempo atrás não era muito difundido ou conhecido fora do meio acadêmico ou
do círculo de profissionais de TI envolvidos com gestão documental e da informação. Porém
hoje freqüentemente encontramos pessoas, fora desses meios, que já conhecem o significado
do termo e às vezes até se arriscam a discutir o assunto. Assim como tudo aquilo que envolve
produtos, tecnologias e ferramentas que permitem acessar informação ou se comunicar de
qualquer lugar e a qualquer hora continua despertando grande interesse, a Gestão do
Conhecimento também passou a fazer parte do dia-a-dia não só dos profissionais diretamente
envolvidos no assunto, quanto de pessoas em geral em busca de novos conhecimentos ou
oportunidades de trabalho.
A diferença entre os dois tipos não está nos objetos conhecidos, mas no
modo de conhecê-los. Em outras palavras a difirença entre conhecimento
vulgar e conhecimento científico reside principalmente no conhecimento que
temos sobre a essêcnia das coisas e da sua causa ou causas, pois o
conhemento vulgar apenas constata a ocorrência dos objetos enquanto o
científico busca saber por que eles existem.
Independentemente do meio pelo qual dele nos utilizamos ou o tipo que seja, o
conhecimento só tem significado quando dele nos utilizamos no relacionamento com outros
seres vivos, sejam eles homens ou outros seres vivos que existem no universo. Tem algum
valor? Segundo Tadeu Cruz, “o conhecimento só tem valor quando dele a humanidade se
utiliza para afirmar sua condição de ser racional”.
Na chamada era da informação, muitas empresas ainda não perceberam que o seu
maior patrimônio é o conhecimento gerado e adquirido pelo seu corpo de funcionários ao
longo dos anos. Falta-lhes criar a estrutura necessária para sua captação e uso. Desta forma a
maior parte do conhecimento gerado permanece de posse dos funcionários sem ser
compartilhado. O gerenciamento deste conhecimento passou a ser vital para a sobrevivência
das instituições no mundo globalizado e competitivo em que vivemos.
Estas novas tecnologias, e a complexidade hoje reinante nas organizações, exigem um novo
enfoque do tratamento da informação.
Sem uma estruturação de dados, eles não podem ser interpretados; sem
interpretação, não há como ter conhecimento; sem este, não há como tomar
decisões num ambiente altamente complexo . Há já três décadas, as
tecnologias de informaçãao se impuseram como indispensáveis. Cumpre
agora descobrir o seu potencial para não apenas padronizar, mas, muito
mais, fertilizar o conhecimento. (BALDAM, 2004)
Para o alcance dos objetivos deste trabalho, nos próximos capítulos daremos ênfase à
identificação e descrição das tecnologias que têm aplicabilidade na gestão informatizada de
documentos e informações, ou seja, na gestão e gerenciamento de todo o conteúdo
empresarial, segundo a literatura consultada, bem como à identificação dos principais
Para atender a todas essas novas demandas, tanto as indústrias de informática, quanto
os especialistas em gestão da informação, empreenderam esforços no aperfeiçoamento e
produção de novas e modernas tecnologias da informação e no aperfeiçoamento de técnicas e
soluções informatizadas de gestão de todos os documentos e informações empresariais
produzidos. E assim surgiram inúmeras ofertas de tecnologias e soluções prontas, que embora
na maioria das vezes idênticas nas suas características e funcionalidades, atendem pelas mais
diversas denominações.
3 CONARQ - Conselho Nacional de Arquivos, órgão responsável pela definição da política nacional de
arquivos,
tanto para arquivos públicos quanto para privados, conforme estabelecem os Decretos nºs 1.173, de 29 de
junho
de 1994, e 1.461, de 25 de abril de 1995.
São tecnologias, dentre as quais as usadas na captura, que formam um módulo dentro
de um Sistema de Gestão de Conteúdo ou SIGAD, responsável pelo gerenciamento da
captura, tratamento e distribuição dos documentos em imagem. Um módulo completo de DI
permite o controle de qualidade da imagem e através de funções incrementais, utilizando
certificados digitais, pode lhe atribuir o mesmo status legal do documento em papel.
filtros no tratamento das imagens gera arquivos que garantem um melhor aproveitamento dos
produtos de captura de dados.
É a tecnologia que permite gerenciar com mais eficácia a criação, revisão, aprovação e
descarte de documentos criados eletronicamente, chamados de documentos digitais. Dentre as
suas principais funcionalidades está o controle de informações (autoria, revisão, versão, datas
etc.), segurança, busca, controle de entradas e saídas, e versionamento.
4 APIs e DLLs: São formadas por componentes que tem por objetivos servir de elo de ligação entre duas ou
mais
ferramentas e softwares. As APIs são “linkadas” às aplicações que as executam, enquanto que as DLLs são
chamadas apenas no momento da sua execução. (BALDAM, 2004)
5 EAI – Enterprise Application Integration. É um conjunto de elementos que tem por objetivo modelar e
operacionalizar a cadeia de valor das instituições por meio das informações que elas possuem. Um EAI é
composto por várias tecnologias. (BALDAM, 2004)
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Embora o termo COLD seja ainda bastante utilizado, pouco a pouco vem sendo
substituído por ERM. O objetivo deste tipo de aplicação é gerenciar relatórios oriundos de
sistemas legados. Os relatórios são preparados e indexados de forma a ter uma aparência
agradável e natural ao usuário que fará a consulta.
Ainda segundo Terra (2003), o portal corporativo tem como objetivo primário:
Nas estruturas de governo dos níveis federal, estadual, municipal e do Distrito Federal,
que formam o Estado brasileiro, existe hoje uma ampla e complexa rede de arquivos,
produzidos no exercício de suas funções, cujo processo teve início na época da colonização do
país. O conteúdo desta rede é composto dos arquivos produzidos nas diversas instâncias dos
poderes executivo, legislativo e judiciário, nos níveis federal, estadual, municipal e do Distrito
Federal, na qual, de acordo com a legislação atual que regula a gestão dos arquivos no país,
devem ser incluídos os arquivos privados de interesse público e social, tanto de pessoas
físicas quanto de pessoas jurídicas.
Desta forma, pode-se afirmar que a informação contida nos citados arquivos é talvez a
fonte mais importante para retratar as principais ações nos três níveis de poder (executivo,
legislativo e judiciário) do governo, bem como usos, costumes, práticas culturais e políticas
dos diversos segmentos que formam a sociedade brasileira. Segundo o CONARQ:
Daí a importância de uma política de arquivos séria, que tenha dentre seus objetivos a
mudança das condições e práticas que ainda caracterizam a maioria dos serviços arquivísticos,
com destaque ao setor governamental, principalmente por ser hoje o guardião tanto dos
arquivos públicos, quanto dos arquivos privados. Segundo o CONARQ, “As condições atuais
que caracterizam os serviços arquivísticos governamentais exigem uma nova postura que se
contraponha ao modelo tradicional de arquivo público.”
Para que esta mudança aconteça, se faz necessária uma nova visão dos governantes e
responsáveis pela gestão dos arquivos oficiais, no que diz respeito à guarda dos seus
documentos e à disseminação de seus conteúdos.
Apesar de já ser uma realidade a existência de todo um aparato de apoio, composto por
leis, normas, metodologias, técnicas e tecnologias que auxiliam as empresas e instituições, e
até as pessoas físicas a organizar e preservar corretamente todos os seus arquivos que
contenham informações importantes, sobretudo os conjuntos documentais de valor
permanente e dirigidos fundamentalmente para o público pesquisador e para a preservação da
memória nacional, ainda há muitos desafios a vencer.
Para a identificação do problema de pesquisa foi eleita uma Fundação Pública Federal
constituída por catorze unidades espalhadas por cidades de onze estados da Federação, sendo
uma unidade central e treze unidades descentralizadas. Esta Fundação tem por finalidade o
desenvolvimento de estudos, ensino e pesquisa voltados para a prevenção de acidentes de
trabalho e doenças ocupacionais dos trabalhadores brasileiros, conforme estabelecido no seu
Estatuto.
Vale aqui ressaltar que, como nas contratações de materiais e serviços, as instituições
públicas, estão obrigadas a seguir normas estabelecidas por lei, em que um dos critérios é a
contratação pelo menor preço, nem sempre a empresa vencedora é a que reúne a melhor
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Toda esta transformação ocorreu sem o devido planejamento inicial, e sem a devida
reorganização organizacional, de revisão da estrutura e dos processos administrativos, e a
criação de serviços essenciais, como a instituição de uma gestão arquivística de documentos e
informações, fundamental para o bom uso dos recursos informáticos adquiridos e
implantados, o que hoje dificulta sobremaneira a recuperação da informação, bem como a
manutenção, o acesso e a preservação adequada dos documentos arquivísticos digitais, de
acordo com a legislação vigente.
A Fundação objeto de estudo deste trabalho ainda não possui um programa oficial de
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Desta forma, sem uma gestão documental arquivística, tanto para os documentos em
formato convencional quanto para os em formato digital, tem-se hoje apenas uma
disponibilização desordenada de arquivos e informações, dos quais uma considerável parcela
se encontra replicada diversas vezes nos servidores de rede e com inúmeros caminhos de
busca, via rede, na intranet/extranet e via portal institucional. Isto sem contar os sem número
de vezes que podem estar replicados - quando em formato papel, nos arquivos das áreas em
geral; e quanto em formato digital ou eletrônico, nas próprias estações de trabalho ou ainda
em diversas outras mídias.
6.1.4 Análise qualitativa descritiva dos dados coletados via aplicação de questionários
. Que nem todos se utilizam dos meios de busca eletrônicas já disponíveis, via
Portal, Intranet, Extranet e na Biblioteca Central;
Baseado nestas constatações pode-se concluir que muitas informações valiosas para a
Instituição, além de não serem de fácil alcance dos tecnólogos e pesquisadores, podem
desaparecer em pouco tempo, por estarem guardados de forma indevida, e até em função da
constante troca de profissionais administrativos responsáveis pela elaboração e manutenção
dos documentos em papel e dos arquivos digitais. Outro ponto preocupante é a falta de
controle de versões, visto que no método convencional não existe a prática da guarda e
armazenamento de versões anteriores.
A constante troca dos ocupantes dos cargos da alta direção, somada à ausência de uma
fiscalização sistemática dos órgãos centrais responsáveis pelo acompanhamento do
cumprimento da legislação vigente, resulta até o presente na inexistência de investimentos em
todos os sentidos para a adequada gestão documental e da informação.
A atual situação da Instituição nos leva a crer que muito do que sabemos agora, muito
do que está codificado e escrito eletronicamente poderá se perder para sempre em pouco
tempo. É importante que se tenha a preocupação com a preservação de todos os documentos
gerados, principalmente com a confiabilidade e durabilidade das mídias digitais, pois segundo
indicam as pesquisas, a vida média de uma mídia óptica é de 30 anos, mas o seu equipamento
de leitura estará obsoleto em muito menos tempo. Esta realidade deve servir de alerta para a
necessidade do estabelecimento de uma política institucional para a preservação dos
documentos digitais.
medida em que a Instituição ainda não possui planejamento estratégico nem uma política
oficial clara estabelecida para a resolução de todas estas questões.
Todo este processo torna-se bem mais dinâmico e seguro e trará melhores resultados,
quando executado de forma compartilhada entre todas as áreas das organizações e apoiado por
um Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos (SIGAD).
português, por sua vez, teve como base o Model Requirements for the Management of
Electronic Records (MoReq), elaborado pelo programa Intercâmbio de Dados entre
Administrações (IDA) da Comissão Européia.
A exemplo do que ocorreu com outras tecnologias já bem conhecidas que prometiam
ser a solução perfeita para grandes problemas, assim também acontece hoje com as soluções
prontas oferecidas pelo mercado para a gestão do conteúdo. Ao compararmos as ofertas de
diferentes empresas, nos deparamos com promessas idênticas: todas dizem conter a receita
perfeita para solucionar todos os problemas relacionados à gestão documental, da informação
e do conhecimento de uma organização. Nesta questão, a maioria dos autores consultados é
unânime em afirmar que a escolha de uma solução pronta contendo em seu conjunto as
tecnologias mínimas necessárias para a composição de um sistema, senão perfeito, mas
próximo do “ideal”, é uma missão ainda difícil, devido ainda não existir para este tipo de
solução um modelo conceitual que nos sirva de amparo para não cairmos na armadilha da
solução perfeita que todos oferecem. Além disso, são poucas e muito recentes as experiências
de sucesso descritas na literatura de casos de sucesso que servem de parâmetro ou nos dão
algum indicativo para uma escolha mais acertada de tecnologias da informação com
aplicabilidade na gestão de conteúdos empresariais.
Por esta razão, as empresas que pretendem iniciar um processo de criação da estrutura
necessária para a gestão de seus conteúdos precisam atentar e identificar com bastante
antecedência, dentro de seus objetivos, quais suas reais necessidades imediatas e em longo
prazo, problemas, necessidades gerais, necessidades específicas, quais as tecnologias da
informação já em uso que servem ou possam ser mais bem utilizadas, quais os investimentos
que devem ou podem ser suportados, dentre outros, antes de tomar qualquer decisão. Tomar
todos estes cuidados tem ainda maior relevância nas empresas públicas, cujas aquisições
devem ser baseadas em critérios legalmente estabelecidos, geralmente restritivos e por vezes
inadequados para escolhas em que devem ser respeitadas necessidades e características
específicas inerentes ao fim a que se destinam. Daí a importância da identificação prévia e
criteriosa dos diversos aspectos que não podem ser ignorados na escolha das tecnologias para
a gestão de conteúdo.
6 Relational database (Banco de dados relacional): é um banco de dados que usa grupos de atributos comuns
encontrados no conjunto de dados. Um banco de dados relacional organiza seus dados em relações. Cada
relação
pode ser vista como uma tabela, onde cada coluna corresponde a atributos da relação e as linhas
correspondem
aos elementos da relação. O software utilizado para fazer este agrupamento é chamado de um sistema de
gerenciamento de banco de dados relacional. (Fonte:
http://www.dca.fee.unicamp.br/cursos/javadb/bdrel.html)
Desta forma, para atender aos requisitos descritos, uma solução de SIGAD deve ser
composta, basicamente, por um conjunto das seguintes tecnologias:
7 Whiteboarding (quadro branco): Como o nome sugere, esse tipo de ferramenta cria um espaço de quadro
branco virtual similar aos quadros brancos normalmente presentes em salas de conferência, onde diferentes
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participantes da conversa podem trabalhar com cores e estilos diferentes de caneta, e borrachas virtuais,
cujos
diagramas criados podem ser facilmente salvos, impressos, enviados por e-mail ou colados em outros
aplicativos. (Fonte: Microsoft)
A maioria dos sites oferece possibilidades de contatos, via e-mail, para solicitar
informações sobre as tecnologias oferecidas. Este canal foi bastante explorado, porque
permite a formalização dos contatos mantidos e o registro das informações fornecidas,
possibilitando uma análise comparativa entre os produtos disponíveis no mercado. As
respostas são dadas quase que imediatamente e elucidam dúvidas inicias, permitindo uma
filtragem dos fornecedores que oferecem soluções mais completas de gestão do conteúdo.
Num segundo momento, foram mantidos contatos por telefone com os profissionais de
vendas para obtenção de informações adicionais ou detalhes sobre algumas especificidades
das tecnologias, como por exemplo, se possibilitam gerenciamento e armazenamento de
documentos técnicos.
Os fornecedores oferecem uma ampla cobertura com soluções empacotadas, cada uma
delas voltada para um tipo de aplicação vertical, problema ou tipo de conteúdo das empresas.
Geralmente dispõe de produtos que permitem a integração entre suas várias soluções e
componentes, de modo que as empresas possam expandir suas implantações à medida que for
necessário.
Embora suas soluções sejam especializadas em uma área principal, como por exemplo
gerenciamento de conteúdo da Web, estes fornecedores têm uma ampla parceria com outros
fornecedores de soluções no mercado de Gestão de Conteúdos Empresariais, e criam
adaptadores para as soluções de seus parceiros a fim de tornar mais simples para o cliente a
integração de suas soluções com outras, dentro do universo de soluções de ECM.
Fator tecnologia
Fator confiabilidade
O software a ser adotado dever ter alto índice de confiabilidade, em função de que
muitos documentos não serão mais emitidos em papel, passando a existir apenas
eletronicamente. Caso opte por não atender a esta característica, a empresa poderá executar
procedimentos não conformes com as exigências da qualidade.
Este fator deverá ser o diferencial dos critérios de análise a fim de escolher a solução
que apresente alto grau de aderência às reais necessidades existentes nas instituições.
Fator custos
Esqueça este tipo de compra, ela pode até funcionar, mais ou menos, para
qualquer outro tipo de software, menos para Enterprise Content
Management. O principal é “a empresa perguntar a si mesma” que tipo de
conteúdo e conhecimento precisa, mas há uma série de outras perguntas que
irão ajudar muito a organização na hora de escolher um software dentre as
várias opções que irão, com certeza, aparecer. (CRUZ, 2007)
Para não errar na escolha das tecnologias, as empresas devem listar todos os fatores
considerados essenciais para a gestão do conhecimento, formular perguntas a respeito das
mais diversas funcionalidades que as tecnologias devem oferecer, bem como tentar responder
a todos sem deixar dúvidas. Para este fim é importante selecionar diversas obras e artigos de
autores especialistas no assunto, o que com certeza contribuirá para se estabelecer os
parâmetros e critérios que devem prevalecer na escolha de tecnologias de sistemas para a
gerência de conteúdos empresariais.
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A gerência do conhecimento é algo ainda novo, que surgiu nos últimos séculos, e está
intimamante vinculada à evolução tecnológica das últimas décadas. Com o surgimento da
Internet, as empresas aceleraram o processo de informatização, adotando diferentes
plataformas de hardware, diferentes sistemas operacionais e programas aplicativos para se
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comunicarem entre si, não importando a localização física dos computadores. Esta infra-
estrutura viabilizou uma melhor aplicação de recursos e adoção de sistemas modernos
baseados em tecnologia da informação que permite o compartilhamento de todas as
informações.
Atualmente muito se propaga sobre novas tecnologias como sendo a solução perfeita
para o gerenciamento de conteúdo e do conhecimento das empresas. Evidentemente a
implantação de um sistema informatizado de gestão arquivística de documentos composto por
tecnologias modernas e adequadas otimizará o uso dos recursos tecnológicos já disponíveis e
solucionará os atuais problemas da gestão, preservação e acesso aos documentos
convencionais, digitais e digitalizados das instituições. No entanto é preciso ter muito cuidado
para não cair em armadilhas e perder muito tempo e dinheiro.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n. 8.159, de 8 de janeiro de 1991. Dispõe sobre a política nacional de arquivos
públicos e privados e dá outras providências. Diário Oficial. Brasília, n. 6, p. 455, 9 de
janeiro de 1991, seção 1.
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FONTES CONSULTADAS
SOUSA, Renato Tarcisio Barbosa de. Arquivos ativos e massas documentais acumuladas
na administração pública brasileira: busca de novas soluções para velhos problemas. 1995.
Dissertação (Mestrado em Biblioteconomia e Documentação) – Faculdade de Estudos Sociais
Aplicados – FA, Universidade de Brasília, Brasília, 1995. Acessado em 12 nov 2009.
SANTOS, Flaviane Cezar dos; CHARÃO, Andréa S.; FLORES, Daniesl. Análise de
produtos para gerenciamento eletrônico de documentos. In: ENCONTRO NACIONAL
DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 4, 2003, Salvador. Anais do IV CINFORM: ciência da
informação: fronteira e tendências. Salvador: Editora da Universidade Federal da Bahia, 2003.
Disponível em: http://www.cinform.ufba.br/iv_anais/frames.html. Acesso em 31 out. 2009.
9 BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivística: objeto princípios e rumos. São Paulo: AASP, 2002.
ANEXO I
Arquivo
A Lei Federal de Arquivos define arquivos com sendo um “os conjuntos de documentos
produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades
privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física,
qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos.”10 O decreto que
regulamentou esta lei define arquivos públicos como sendo “... os conjuntos de documentos:
Do ponto de vista de sua função primária, os documentos de arquivo têm um duplo caráter
instrumental:
15 Ibidem, p. 7.
18Por organicidade entende-se a qualidade “... segundo a qual os arquivos refletem a estrutura, funções e
atividades da entidade acumuladora em suas relações internas e externas.” (CAMARGO e Bellotto, op.cit.,
p. 57.
19 CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. Glossário [...], 2004, p. 7. Ver tb: Conarq, Res. 20, art. 1º.,
§1º.
20 BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivística: objeto princípios e rumos. São Paulo: AASP, 2002.
Documento
Define-se documento como “Unidade constituída pela informação e seu suporte.”13 Com o
avanço da tecnologia, passamos a dispor de documentos eletrônicos, que são definidos como
uma “Unidade de registro de informações acessível por meio de um equipamento
eletrônico.”14 Os documentos digitais representam um avanço tecnológico em relação aos
anteriores, podendo ser definidos como “Unidade de registro de informações codificada por
meio de dígitos binários.”15
O documento arquivístico é o "... documento que um determinado organismo - seja ele pessoa
física ou jurídica - produz no exercício de suas funções e atividades.” Sendo que "Produção
(...) pode significar tanto a elaboração do documento pelo próprio organismo, como a
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recepção e guarda)."16
22 Ibidem
23 Ibidem
24 Ibidem
e-ARQ Brasil
Além disso, o e-ARQ Brasil pode ser usado para orientar a identificação de documentos
arquivísticos digitais.23
. usuários ou clientes;
25 Ibidem
27 Ibidem
Gestão de documentos
Sistema de arquivos
Sistema de informação
30 Ibidem
A lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991 – Lei de Arquivos, estabelece, em seu artigo primeiro,
que “é dever do Poder Público a gestão documental e a proteção especial a documentos de
arquivo, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico
e como elementos de prova e informação”. Por esta lei foram criados o Sistema Nacional de
Arquivos – SINAR e o Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ, órgão central do
Sistema, que tem por finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e privados,
conforme os decretos nos 1.173, de 29 de junho de 1994, e 1.461, de 25 de abril de 1995.
Integram o SINAR todos os arquivos públicos do país, isto é, os arquivos dos poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, em nível federal, estadual e municipal, bem como os de
pessoas físicas e jurídicas de direito privado que a ele se filiem mediante convênio.
interesse público e social de arquivos privados, bem como do decreto regulamentador da lei
no 5.433, de 8 de maio de 1968 – Lei de Microfilmagem (Anexo IV).
São, ainda, elaborados pelo CONARQ instrumentos normativos que complementam os temas
acima referidos e disciplinam outras matérias, tais como: classificação, temporalidade e
destinação de documentos, capacitação de recursos humanos e terceirização de serviços
arquivísticos (Anexo IV). Para atender a questões específicas, o Conselho também aprova
textos técnicos de caráter normativo como, por exemplo, Subsídios para a implantação de
uma política municipal de arquivos; Recomendações para a construção de arquivos, e
Diretrizes gerais para a construção de web sites de instituições arquivísticas.
Fonte: http://www.politec.mt.gov.br/mapa_abrangencia.php
VII
I
VI
II
V III
IV
Fonte: http://www.politec.mt.gov.br/mapa_abrangencia.php
PRIMAVERA DO LESTE
JUÍNA
UNIC – UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
UNIPÓS – União para o desenvolvimento da Pós-graduação
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