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EM INVESTIGAÇÃO-
-AÇÃO
APLICAÇÃO AO CONTEXTO
ACADÉMICO E EMPRESARIAL
VÂNIA CARLOS
ANTÓNIO PEDRO COSTA
TOMADA DE
DECISÃO EM
INVESTIGAÇÃO-
-AÇÃO
APLICAÇÃO AO CONTEXTO
ACADÉMICO E EMPRESARIAL
VÂNIA CARLOS
ANTÓNIO PEDRO COSTA
Ficha Técnica
Ano: 2021
Edição: Ludomedia
Rua Centro Vidreiro, 405
São Roque
3720-626 Oliveira de Azeméis
Aveiro - PORTUGAL
Revisores: Cecília Minayo, Fundação Oswaldo Cruz (BR); Isabel Pinho, Universidade de Aveiro (PT); João Amado,
Universidade de Coimbra (PT); Patrícia Sá, Universidade de Aveiro (PT); Sónia Mendes, Ludomedia (PT)
Diretor
António Pedro Costa
SubDiretores
Sónia Mendes
Fábio Freitas
Conselho Editorial
Ana Isabel Rodrigues (IPB, Portugal) Luis M. Casas (UNEX, Espanha)
Ana Paula Macedo (UM, Portugal) Luis Paulo Reis (UP, Portugal)
António Moreira (UA, Portugal) Maria Aparecida Viggiani Bicudo (CNPq, Brasil)
Catarina Brandão (FPCE-UP, Portugal) María Cruz Sánchez Gómez (USAL, Espanha)
Christina Brasil (UNIFOR, Brasil) Maria Gonçalves (IPCB, Portugal)
Cleoneide Oliveira (CUEC, Brasil)
Marília Rua (UA, Portugal)
Cristina Lavareda Baixinho (ESEL, Portugal)
Patricia Lopez Estrada (TEC, Costa Rica)
Dayse Neri de Souza (UNASP, Brasil)
Paulo Alexandre de Castro (UFG, Brasil)
Ellen Synthia de Oliveira (UFG, Brasil)
Raimunda Silva (UNIFOR, Brasil)
Emiko Yoshikawa Egry (USP, Brasil)
Ricardo Luengo (UNEX, Espanha)
Francislê Neri de Souza (UNASP, Brasil)
Ricardo Teixeira (UFG, Brasil)
Isabel Pinho (UA, Portugal)
Rodrigo Arellano Saavedra (UCM, Chile)
Ivone Cabral (UFRJ, Brasil)
Jaime Ribeiro (IPL, Portugal) Ronaldo Nunes Linhares (UNIT, Brasil)
João Amado (FPCE-UC, Portugal) Rosa Godoy Serpa da Fonseca (USP, Brasil)
José Luís Carvalho (UNEX, Espanha) Sandro Dutra (UEG, Brasil)
Lia Raquel Oliveira (UM, Portugal) Susana Sá (IESF, Portugal)
Luís Eduardo Ruano (UCC, Colômbia) Teresa Alzás (UNEX, Espanha)
Copyright © Ludomedia
ÍNDICE
Prefácios...................................................................................................................5
Introdução........................................................................................................................9
1. Investigação-Ação....................................................................................................11
4. Considerações Finais...............................................................................................66
Notas Biográficas.........................................................................................................67
Referências..........................................................................................................68
TOMADA DE DECISÃO EM INVESTIGAÇÃO-AÇÃO: APLICAÇÃO AO CONTEXTO ACADÉMICO E EMPRESARIAL 5
PREFÁCIO 1
Obrigada Vânia e António Pedro. Obrigada pela leitura, por me permitirem ter
voz sobre este vosso importante projecto e que apela a diferentes públicos e,
acima de tudo, pelas aprendizagens que partilham.
Catarina Brandão
PREFÁCIO 2
Estou certo de que este livro vai ser muito útil para docentes, estudantes,
investigadores e quadros superiores de empresas e instituições em cujos
contextos onde desenvolvem as suas atividades, podem aplicar processos de
investigação-ação, com recurso às análises SWOT e TOWS, ao software de
análise de dados qualitativos webQDA, e tomar as melhores decisões.
Obrigado Vânia Carlos e António Pedro Costa por esta nova partilha de
conhecimento, e a si leitor, resta-me desejar-lhe uma ótima leitura. Eu fiquei
ainda a gostar mais de ler livros!
Jorge Remondes
INTRODUÇÃO
Tendo em conta que a I/A desde há muito tem sido objeto de inúmeras
descrições, análises e reflexões enquanto procedimento metodológico de
investigação em Ciências Sociais e Humanas, atendendo às suas caraterísticas
específicas e aos seus desenvolvimentos, julgamos que o contributo deste
10 INTRODUÇÃO
pequeno livro se centrará nas propostas que nele se fazem e que apontam,
essencialmente, no sentido da utilidade das análises SWOT e TOWS enquanto:
facilitadoras do questionamento e da categorização dos dados obtidos nas
diversas fases inerentes ao desenvolvimento de uma I/A; e potenciadoras das
tomadas de decisão em cada uma dessas fases do processo e na passagem
entre diferentes ciclos. Para além disso, demonstra-se o potencial investigativo
que se pode gerar na combinação daquelas ferramentas com o recurso idóneo
a um software de análise de conteúdo como o webQDA.
Vânia Carlos
Capítulo 1
INVESTIGAÇÃO-AÇÃO
É preciso deixar claro que não se pode dizer que a investigação qualitativa
fica apenas no plano teórico, pois há inúmeros exemplos de sua importância
para a prática como mostra Becker (1996), por exemplo, sobre a atuação dos
investigadores de Chicago que traduziam em resumos e em palavras simples
as suas descobertas e, a partir deste feedback, retomavam novamente os seus
estudos. Da mesma forma, ninguém duvida, por exemplo, da contribuição de
Goffman (1961) para a transformação das instituições totais.
Watts (1985), seguido por muitos outros autores, como Freebody (2003),
aprofunda o conceito de I/A, definindo-o como uma família de metodologias de
investigação que incluem ação (ou mudança) e investigação (ou compreensão)
em simultâneo, através de um processo cíclico ou em espiral, alternando ação e
reflexão crítica realizada pelos participantes (indivíduos/grupos) empenhados
no processo. No mesmo sentido, Bartolomé Pina (1986) acrescenta à
definição de I/A, enquanto um processo reflexivo que vincula dinamicamente
a investigação e a ação, a dimensão formativa de profissionais das Ciências
Sociais, acerca da sua própria prática.
Tal como Carr, Benedito, Bravo e Kemmis (1988) salientam, a I/A é de índole
iminentemente prática, centrando-se em problemas da realidade social e na
prática dos sujeitos implicados no processo de investigação, orientada para a
ação e para a resolução de problemas. Os seus fundamentos assentam numa
teoria emancipatória que alimenta o interesse e a vontade de modificar a
situação real.
Para tornar mais evidente a relação entre planos, procedimentos, fontes e formatos
dos dados, Coutinho (2013), com base numa adaptação de Charles (1998), organiza
as caraterísticas da I/A num quadro bastante intuitivo (Quadro 1).
Quadro 1 - Excerto da relação entre planos, procedimentos, fontes e formato dos dados em I/A,
adaptado de Coutinho (2013, p. 109)
Uma palavra sobre o “Foco” que, num tipo de investigação poderá ser,
preferencialmente, o conhecimento, ao passo que, num outro extremo, o que
se procura é a inovação e a mudança. Há, assim, como que um continuum entre
um ponto e outro, decorrente da existência de uma relação dialética entre a
teoria e a prática (Amado & Cardoso, 2017).
Embora tendo em conta o aspeto polémico de um tema que tem por base
conceções diferenciadas do que é ou deve ser a ciência centrada na
complexidade do humano, invocamos, a propósito, o referencial teórico de
Zuber-Skerritt (1992, p. 2), conhecido como o modelo CRASP, em que a I/A
é definida como “Critical (and self-critical) collaborative enquiry by Reflective
practitioners being Accountable and making the results of their enquiry public,
Self-evaluating their practice and engaged in Participative problem-solving
and continuing professional development”.
16 INVESTIGAÇÃO-AÇÃO
ii) existirem várias narrativas que possam ser contadas através dos mesmos
dados e experiências. Quando se quer garantir que uma investigação é
válida, é necessário demonstrar porque as narrativas que ela produziu
são mais verdadeiras do que as outras possíveis. Portanto, é fundamental
que os investigadores em I/A forneçam descrições claras e detalhadas
sobre como as suas narrativas foram construídas a partir dos dados;
TOMADA DE DECISÃO EM INVESTIGAÇÃO-AÇÃO: APLICAÇÃO AO CONTEXTO ACADÉMICO E EMPRESARIAL 17
iii) seja construída uma narrativa verdadeira que represente com precisão
a I/A e os seus resultados, o que se constitui como uma tarefa moral
e cognitivamente complexa; para tal é essencial garantir a sua validade
combinando múltiplas perspetivas, bem como procurar outras formas de
representar os mesmos dados e usá-los para sustentar posições críticas;
Stake e Schwandt (2006), por sua vez, apontam duas visões de qualidade em I/A que,
muitas vezes, são vistas como conflituantes: a visão da qualidade experimentada
e a visão da qualidade medida. A primeira visão implica que o discernimento da
qualidade é uma forma de conhecimento, tanto cognitivo quanto emocional,
adquirido no decorrer da experiência imediata e direta de situações e eventos
práticos. Este conhecimento, inerente à ação, manifesta-se na linguagem dos
participantes e traduz os significados subjetivos e intersubjetivos que eles atribuem
a todo o processo, sendo, por isso, a qualidade representada através de narrativas da
experiência pessoal (Stake & Schwandt, 2006). A segunda visão apresentada pelos
autores, da qualidade medida, envolve um distanciamento da ação, de comparação
explícita do objeto em questão com um conjunto de padrões acerca do mesmo.
A metodologia de I/A, que decorre numa espiral dialética entre ação e reflexão
num processo de integração e complementaridade (Latorre et al., 1996),
implementa-se continuamente através de um conjunto de fases, que se
resumem à sequência de planificação, ação, observação (avaliação) e reflexão
(teorização) (Figura 1). De acordo com Coutinho (2013) e Cardoso (2014) essas
fases estão na origem de um ciclo de I/A e desencadeiam novas espirais de
experiências de ação reflexiva. Na metodologia de I/A os métodos, dados e
a interpretação à luz da experiência, segundo Dick (1999), são aperfeiçoados
continuamente, entre ciclos de investigação e ação.
CICLO
1
Refletir Planificar
Observar Atuar
CICLO
2
Rever o Plano
Reformular
(Começar novo ciclo)
CICLO
3
internos
Fatores
Strenghts Weaknesses
(forças) (fraquezas)
externos
Fatores
Oportunities Threats
(oportunidades) (ameaças)
Haberberg (2000) afirmou que a análise SWOT foi um conceito utilizado por
académicos da Universidade de Harvard, na década de 1960, enquanto Turner
(2002) atribuiu a sua conceção a Ansoff (1965). De origem incerta e pouco
consensual, a análise SWOT foi, primeiramente, descrita na literatura por
Learned (1969), tendo vindo a crescer, desde então, como uma ferramenta
fundamental para a resolução de situações estratégicas complexas, capaz de
reduzir a quantidade de informação e, assim, melhorar a tomada de decisões
(Carlos, 2015).
Consolidação
SWOT III
Planeamento
Avaliação final
SWOT I
Análise da situação
Implementação Implementação
Preparação
Ensaios de campo Ensaios de campo
SWOT II
Planeamento e Avaliação
adaptação
Um outro estudo, mais recente, e igualmente digno de nota, foi conduzido por
Schroeder, Minocha e Schneider (2010), e analisa as implicações da utilização
de instrumentos sociais no Ensino Superior como suporte ao processo de
ensino e aprendizagem. Apresentando o resultado do seu estudo na forma
de uma análise SWOT, emitiram recomendações para o uso de instrumentos
sociais como recursos a utilizar no ensino e aprendizagem. As categorias ‘forças’
e ‘fraquezas’ sistematizam as implicações diretas dos instrumentos sociais no
ensino e aprendizagem, dentro dos limites do curso. Por sua vez, as categorias
‘oportunidades’ e ‘ameaças’ resumem as implicações dos instrumentos
sociais relativamente a aspetos do ensino e aprendizagem, em relação com o
contexto exterior do curso (o contexto institucional, o público em geral, etc.).
Os autores defendem que os contributos produzidos neste estudo ajudaram,
24 INVESTIGAÇÃO-AÇÃO
Implicações
da análise Análise SWOT
SWOT (Forças, Fraquezas,
Oportunidades,
Ameaças)
Restrições
CONTEXTO
Análise da parte
Inventário dos interessada
recursos
VISÃO
Avaliação Objetivos
PRÁTICA
Plano de ação Resultados chave
•O quê
•Como
•Quem
•Quando Medição dos
resultados
Fatores externos
Oportunidades Ameaças
Orientações estratégias para a prática eO1. eA1.
eO2. eA2.
eO3. eA3.
eO4. eA4.
iFç1. FçO1. FçA1.
iFç2. FçO2. FçA2.
Forças
iFç3. FçO3. FçA3.
iFç4. FçO4 FçA4.
Fatores internos
iFq1. FqO1. FqA1.
iFq2. FqO2. FqA2.
Fraquezas
iFq3. FqO3. FqA3.
iFq4 FqO4. FqA4.
26 INVESTIGAÇÃO-AÇÃO
Capítulo 2
CASO PRÁTICO 1 – CONTEXTO ACADÉMICO
Quadro 3- (Continuação)
Finalmente, após a ação, foi realizada uma entrevista do tipo Focus Group
(com cada um dos grupos de trabalho), de forma a recolher as perceções dos
Professores/Investigadores sobre a implementação das estratégias, o domínio
das suas práticas docentes e a aprendizagem dos alunos. Também foi feita uma
entrevista, do tipo Focus Group, com alunos de cada uma das turmas envolvidas
na investigação, com vista a recolher as suas perceções sobre a implementação
das estratégias e sobre a sua própria aprendizagem.
Representações dos PI
Workshops de sensibilização (EDS e TIG)
Referencial Teórico - 1a proposta
Figura 5 - Desenho formativo geral com indicação das sessões da Oficina de Formação e
respetivas datas de concretização
A3(1)…(7) – Grelha de
Sessões Presenciais
Avaliação do Trabalho de Investigador Orientação
(ciclos I e II)
Participação Grupo
no Trabalho de
Grupo A4 - Diário do
Sessões Presenciais
Investigador e Indicadores Investigador Orientação
(ciclos I e II)
emergentes/AC
A5(1)(2)(3)(4)(5)(6)…(7) –
Tarefas Trabalho Autónomo
Critérios de Avaliação do Investigador Orientação
Individuais (ciclos I e II)
Trabalho Autónomo
32 CASO PRÁTICO 1 CONTEXTO ACADÉMICO
Quadro 4 - (Continuação)
A7 - Instrumento de
caracterização das Investigador
Implementação Validação
práticas pedagógico- e 1 colega
(ciclos I e II) IE
didáticas orientadas para Formando
Análise das Práticas dos professores
o PEC em EDS
Implementação A8 - Diário do
Reflexão na e pós-
da Estratégia e Investigador: Indicadores Investigador Orientação
ação (ciclos I e II)
pistas para ciclo emergentes/AC
seguinte
A9 - Ficha de incidentes P/I (a) e
Reflexão Pós-ação
críticos (a) e Indicadores Investigador Orientação
(ciclos I e II)
emergentes/AC (b) (b)
A10 - Focus Group (a) e P/I (a)(b) e
Reflexão Pós-ação
Indicadores emergentes/ Investigador Orientação
(ciclos I e II)
AC (b) (b)
Novos
A12 – Questionário de Reflexão Pós-ação Validação
conhecimentos, Investigador
avaliação da OF (ciclo II) IE
ideias e práticas
Instrumentos / Documentos de AC
Categoria Indicador
FGE SEM QRE QRT FG DI QA RR FIC CPA TAeP
I.1 Conceitos
espaciais
I.2 Processos
de PE
I.3
Competências
essenciais de
Geografia
I.5
Competências
em EDS
I.6
Capacidades
de PC em
EDS
I.7 Atitudes
de PC em
EDS
TOMADA DE DECISÃO EM INVESTIGAÇÃO-AÇÃO: APLICAÇÃO AO CONTEXTO ACADÉMICO E EMPRESARIAL 35
Quadro 5- (Continuação)
Instrumentos / Documentos de AC
Categoria Indicador
FGE SEM QRE QRT FG DI QA RR FIC CPA TAeP
II.1 Valor da
EG e transdis-
ciplinaridade
II.
Contributos II.2 PC na EG
para a EDS
II.3 TIG no
suporte do
PEC
III.1
Expectativas
face à OF
III.2
Satisfação
face à OF
III.3 Prática e
III. Avaliação
conhecimen-
da OF
tos prévios
III.4 Prática
dos P/I nos
ciclos de I/A
III.5 Prática
futura dos P/I
(intenções)
IV.1 Forças
IV.2
IIV. Análise Fraquezas
SWOT
IV.3
Oportuni-
dades
IV.4
Ameaças
V. Estratégias sugeridas
Legenda: AC – Análise de Conteúdo; FGE – Focus Group de especialistas “PE e PC em EDS”; SEM
- Seminário “PE e Transdisciplinaridade: currículo, estratégias e tecnologia”; QRE - Questionário
de representações em EDS; QRT - Questionário de representações em TIG; FG – Focus Group
com professores/investigadores e alunos; DI – Diário da Investigadora; QA - Questionário de
avaliação da OF; RR - Relatório Reflexivo Individual Final da OF; FIC – Ficha de Incidentes Críticos;
CPA - Caracterização das práticas dos professores e aprendizagens dos alunos; TAeP – Trabalho
Autónomo e Planificações.
Instrumentos / Documentos de AC
Classificações
FGE SEM QRE QRT FG DI QA RR FIC CPA TAeP
Antes da
ação
Ação
Ciclo I
Pós-
Momentos ação
Ciclo I
Ação
Ciclo II
Pós-
ação
Ciclo II
Legenda: AC – Análise de Conteúdo; FGE – Focus Group de especialistas “PE e PC em EDS”; SEM
- Seminário “PE e Transdisciplinaridade: currículo, estratégias e tecnologia”; QRE - Questionário
de representações em EDS; QRT - Questionário de representações em TIG; FG – Focus Group
com professores/investigadores e alunos; DI – Diário da Investigadora; QA - Questionário de
avaliação da OF; RR - Relatório Reflexivo Individual Final da OF; FIC – Ficha de Incidentes Críticos;
CPA - Caracterização das práticas dos professores e aprendizagens dos alunos; TAeP – Trabalho
Autónomo e Planificações
V. Estratégias
M37
sugeridas
V. Estratégias
M42
sugeridas
Notas: Linhas – nós em árvore; Colunas – nós em árvore; Restrições – classificações (momentos
da investigação
V. Estratégias
M47
sugeridas
IV.3
M50 III.4 Prática dos P/I nos Oportunidades E Pós-ação Ciclo I (Inclusão)
ciclos de I/A
V. Estratégias
M52
sugeridas
Notas: Linhas – nós em árvore; Colunas – nós em árvore; Restrições – classificações (momentos
da investigação
38 CASO PRÁTICO 1 CONTEXTO ACADÉMICO
II.1 Valor da EG e FGE (20); SEM (20); QRE (2); FG com P/I antes da ação, ciclo I
transdisciplinaridade (48); DI 1 e 2 (2)
II. Contributos
II.2 PC na EG FGE (22); SEM (3); QRT (2); FG com P/I antes da ação, ciclo I (7)
para EDS
II.3 TIG no suporte FGE (4); SEM (16); QRT (4); FG com P/I antes da ação, ciclo I
do PEC (17)
III.1 Expectativas face QRE (1); QRT (1); FG com P/I antes da ação, ciclo I (59); DI 1
à OF e 2 (6)
III. Avaliação QRE (5); QRT (15); FG com P/I antes da ação, ciclo I (30); DI 1
da OF III.3 Prática e
e 2 (3)
conhecimentos prévios
dos P/I
FGE (4); SEM (1); QRE (3); QRT (13); FG com P/I antes da ação,
IV.1 Forças
ciclo I (31); DI 1 e 2 (5)
FGE (0); SEM (1); QRE (13); QRT (9); FG com P/I antes da ação,
IV.2 Fraquezas
IV. Análise ciclo I (31); DI 1 e 2 (4)
SWOT FGE (28); SEM (37); QRE (0); QRT (0); FG com P/I antes da
IV.3 Oportunidades
ação, ciclo I (0); DI 1 e 2 (0)
FGE (35); SEM (37); QRE (0); QRT (0); FG com P/I antes da
IV.4 Ameaças
ação, ciclo I (18); DI 1 e 2 (0)
FGE (30); SEM (29); QRE (12); QRT (4); FG com P/I antes da
V. Estratégias sugeridas
ação, ciclo I (72); DI 1 e 2 (2)
Nota: P/I – Professores/investigadores; FGE – Focus Group de especialistas “PE e PC em EDS”; SEM
- Seminário “PE e Transdisciplinaridade: currículo, estratégias e tecnologia”; QRE - Questionário de
representações em EDS; QRT – Questionário de representações em TIG; FG – Focus Groups
TOMADA DE DECISÃO EM INVESTIGAÇÃO-AÇÃO: APLICAÇÃO AO CONTEXTO ACADÉMICO E EMPRESARIAL 39
I.5 Competências
M5 5
em EDS
I.6 Capacidades de
M6 6
PC em EDS
I.7 Atitudes de PC
M7 5
em EDS
M8 IV.1 Forças 9
M9 IV.2 Fraquezas 10
IV.3
M10 II.1 Valor da EG e Antes da ação 22
Oportunidades E
transdisciplinaridade (Inclusão)
M11 IV.4 Ameaças 51
V. Estratégias
M12 58
sugeridas
M13 IV.1 Forças 3
M14 IV.2 Fraquezas 0
IV.3
M15 Antes da ação 16
II.2 PC na EG Oportunidades E
(Inclusão)
M16 IV.4 Ameaças 17
V. Estratégias
M17 20
sugeridas
M18 IV.1 Forças 8
M19 IV.2 Fraquezas 9
IV.3
M20 II.3 TIG no suporte Antes da ação 27
Oportunidades E
do PEC (Inclusão)
M21 IV.4 Ameaças 7
V. Estratégias
M22 28
sugeridas
M23 III.1 Expectativas IV.1 Forças Antes da ação 8
E
M24 face à OF IV.2 Fraquezas (Inclusão) 10
40 CASO PRÁTICO 1 CONTEXTO ACADÉMICO
Quadro 10 - (Continuação)
Quadro 12 – Matriz de definição de ações estratégicas no início do ciclo I, com base na análise de
conteúdo desenvolvida sobre a pré-ação
Fatores Externos
Oportunidades (eO1 a eO9) Ameaças (eA9 a eA9)
especial as que se relacionam com a indução, FqA3. Recolher as perceções dos alunos
no âmbito do PE. sobre as estratégias, depois de serem
FqO3. Sugerir iniciativas de articulação implementadas, do ponto de vista das suas
curricular para reduzir as dificuldades de aprendizagens.
cumprimento dos programas, nomeadamente FqA4. Maior enfoque que tem que ser dado à
no domínio da IG. prática pedagógica, e da diluição de eventuais
FqO4. Criar espaço na Oficina para o barreiras que se coloquem à utilização das
desenvolvimento de competências no domínio TIG pelos P/I em contexto de E/A, mais do
da utilização das TIG - realização de exercícios que meramente ao treino de competências
práticos durante as SP, que demonstrem tecnológicas em TIG.
simultaneamente o potencial educativo das FqA5. Dar exemplos de estratégias de E/A
mesmas. com vista a conceções mais dinâmicas
FqO5. Criar espaço na Oficina para aquisição do conhecimento no domínio do DS (as
de conhecimentos em torno das temáticas estratégias definem-se continuamente, as
EDS, EG, PE e PC - Discussão sobre um soluções não estão pré-determinadas e não
Referencial Teórico a disponibilizar. se visa apenas a valorização da dimensão
ambiental), e clarificar as capacidades de
pensamento envolvidas (PC e PE).
TOMADA DE DECISÃO EM INVESTIGAÇÃO-AÇÃO: APLICAÇÃO AO CONTEXTO ACADÉMICO E EMPRESARIAL 45
Quadro 13 – Matriz de definição de ações estratégicas no final do ciclo I, com base na análise de
conteúdo desenvolvida (implicações para o II ciclo de I/A)
Fatores Externos
Oportunidades (eO1 a eO5) Ameaças (eA1 a eA6)
Quadro 14 – Matriz de definição de ações estratégicas no final do ciclo II, com base na análise de
conteúdo desenvolvida (implicações para desenvolvimentos futuros
Fatores Externos
Oportunidades (eO1 a eO3) Ameaças (eA1 a eA8)
Fatores Externos
Oportunidades (eO1 a eO3) Ameaças (eA1 a eA8)
Capítulo 3
CASO PRÁTICO 2 – CONTEXTO EMPRESARIAL
Ao clicar sobre as linhas de cada palavra, abre-se uma coluna (do lado direito)
na qual surgirão os nomes dos documentos e as respetivas palavras destacadas
a amarelo (ver Figura 9). É possível, a partir daqui, em função do exemplo
utilizado, criar uma categoria (código) nos Códigos Livres ou Códigos Árvore.
Posteriormente, será possível Editar, Descodificar ou Recodificar o conteúdo da
palavra selecionada ou o texto em volta da palavra.
TOMADA DE DECISÃO EM INVESTIGAÇÃO-AÇÃO: APLICAÇÃO AO CONTEXTO ACADÉMICO E EMPRESARIAL 57
Pesquisa de Texto
Enquanto a pesquisa das palavras mais frequentes procura todas as palavras
mais repetidas num determinado texto, a pesquisa de texto pode ser feita a partir
de uma ou várias palavras que o utilizador designar. Neste caso, é o utilizador
que pensa previamente numa palavra ou expressão e efetua uma busca para
verificar a sua existência no corpus de dados. Para isso, é importante que o
utilizador conheça os dados e o que pretende responder/encontrar, a ponto de
poder selecionar algumas palavras-chave que lhe interesse estudar no contexto
dos dados. Para a concretização desta pesquisa no webQDA, ir ao Sistema de
Questionamento, clicar na pesquisa de texto e, posteriormente, em “+ Pesquisa”.
No exemplo da Figura 10, são definidos como termos de pesquisa “||(|| higiene
||OU|| limpeza ||)|| ||E|| ||(|| quartos ||OU|| quarto ||)||” utilizando os caracteres
especiais na caixa de seleção imediatamente acima.
Depois de clicar em “gravar”, clicar duas vezes sobre a designação da pesquisa (no
caso ficou “Apetos positivos e negativos”) para que seja exibido o resultado. Esta
pesquisa foi realizada em todos os comentários dos clientes. À semelhança da
funcionalidade anterior, é possível gravar o resultado num código livre ou código
árvore (Sistema Codificação) existente ou que pode ser criado na altura da gravação.
Processo de Codificação
É nesta área que o utilizador tem acesso ao recorte das “unidades de registo”,
também conhecidas por “unidades de análise” ou “unidades de texto” (cf.
Amado, Costa & Crusoé, 2017, p. 320 e seguintes), ou seja, os elementos do
texto. A diferenciação vertical (recorte das unidades de registo, documento
60 CASO PRÁTICO 2 CONTEXTO EMPRESARIAL
Numa segunda leitura dos dados, nas suas respetivas categorias, o utilizador
tem oportunidade de reformular ou de redefinir o seu sistema de categorias.
O utilizador deve perceber que, com a possibilidade de fazer restrições nas matrizes,
torna-se possível uma terceira variável no cruzamento de dados codificados (como
o exemplo dado anteriormente, nas restrições) no seu projeto por cada matriz
executada. Estes processos facilitam a triangulação de dados e as interpretações
que conduzem às melhores respostas.
TOMADA DE DECISÃO EM INVESTIGAÇÃO-AÇÃO: APLICAÇÃO AO CONTEXTO ACADÉMICO E EMPRESARIAL 63
O resultado de uma Pesquisa de Código pode ser guardado como Código Livre.
Posteriormente, o analista pode comparar ou cruzar o resultado deste código
com outros códigos existentes.
66 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Capítulo 4
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, é importante dizer que a I/A, que por tanto tempo foi subjugada
no conjunto da produção das Ciências Sociais, tem neste livro um lugar de
destaque. Nele se enaltece a sua utilidade instrumental em áreas de aplicação
do conhecimento, mas principalmente, o aporte de métodos, técnicas e
estratégias que confluem para o reconhecimento de sua validade científica e
relevância social.
INVESTIGACIÓN CUALITATIVA UNA ACCIÓN SITUADA: MULTIPLICIDAD DE FORMAS 67
NOTAS BIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS
Amado, J., Costa, A. P., & Crusoé, N. (2000). A técnica de análise de conteúdo. Revista
Referência, 5, 53–63.
Ansoff, H. I. (1965). Corporate strategy: business policy for growth and expansion.
McGraw-Hill.
Bloch, R., Knierim, A., Häring, A.-M., & Bachinger, J. (2016). Increasing the adaptive
capacity of organic farming systems in the face of climate change using action
research methods. Organic Agriculture, 6(2), 139–151.
Brydon-Miller, M., Greenwood, D., & Maguire, P. (2003). Why action research? Action
Research, 11(11), 9–28.
Carr, W., Benedito, V., Bravo, J. A., & Kemmis, S. (1988). Teoría crítica de la enseñanza:
la investigación-acción en la formación del profesorado. Ediciones Martínez Roca,.
Cohen, L., Manion, L., Morrison, K., & Morrison, R. B. (2007a). Research methods in
education: Routledge. USA and Canada.
Cohen, L., Manion, L., Morrison, K., & Morrison, R. B. (2007b). Research methods in
education” Routledge. USA and Canada.
TOMADA DE DECISÃO EM INVESTIGAÇÃO-AÇÃO: APLICAÇÃO AO CONTEXTO ACADÉMICO E EMPRESARIAL 69
Costa, A. P., & Amado, J. (2018). Content Analysis Supported by Software. Ludomédia,
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