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Guia econômico contra o
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Industrial
por Lucas Favaro 15 de março de 2021 Substituti
Importaçõ
21 de mar
de 2023
A Nova
Economia
Institucio
ea
Cliometria
Os libertários costumam defender seu credo em duas
21 de
bases, uma ética e outra econômica. Esse texto tem a
março de
intenção de mostrar como a base econômica sobre a
2023
qual os anarcocapitalistas se sustentam está errada. A
reação natural de grande parte dos libertários diante
dos pontos que serão levantados no texto é se esconder
atrás de uma ética deontológica. Mas, ao lê-lo, os
libertários não podem mais dizer honestamente que
uma sociedade libertária gera o melhor arranjo
econômico possível.
1. Externalidades
Uma externalidade existe quando uma terceira parte é
afetada durante uma troca entre dois agentes. Por Qual o
exemplo, uma empresa produz um produto qualquer juro de
que despeja como subproduto resíduos tóxicos em um equilíbrio
rio, contaminando a água. Os compradores desse atual do
produto que moram longe do rio são apenas Brasil?
beneficiados com esse arranjo, ao passo que as pessoas
que residem ao longo do rio são prejudicadas com tal 18 de
sistema produtivo, já que não podem mais utilizar o rio março
para qualquer atividade produtiva, como a pesca, pois de 2023
os peixes morrem todos.
Um toy
model
explicand
como o
Banco
Enquanto o custo marginal social (MSC) diferir do custo
Central
marginal privado (MPC), há perda de bem-estar social.
define a
taxa
O exemplo utilizado é um caso de externalidade básica de
negativa, mas existem também casos de externalidades juros
positivas. Neste caso, os benefícios marginais sociais 12 de
diferem dos benefícios marginais privados, e o governo março
pode melhorar a situação através de subsídios ou de 2023
provimento direto do bem ou serviço. Nosso site já fez
um texto muito esclarecedor sobre a existência de
externalidade positiva no campo da pesquisa em ciência
e como essa situação pode ser analisada graficamente.
Top 10
maiores
milagres
econômic
da históri
10 – O
boom
american
da década
de 1990
11 de
março de
2023
Regulamentação ambiental: o Estado deve regular a Crescimento
poluição de rios, mananciais, lagos e mares; a destruição econômico
da fauna e da flora; a poluição atmosférica.
(31)
Combate às mudanças climáticas: O Estado deve se
comprometer a frear a emissão de gases do efeito estufa Crises e
e subsidiar a substituição de energia obtida de matriz recessões
poluidora por energia obtida de fonte limpa.
(11)
Subsídio e/ou provimento direto de educação básica e
universal. Críticas à
Subsídio e/ou provimento direto de saúde básica e heterodoxia
universal. Ademais, o Estado deve combater as
epidemias e prover vacinação compulsória e universal. (27)
Subsídio à pesquisa básica. Desigualdade
(12)
2. Problemas de coordenação
Economia
Problemas de coordenação são casos em que todos brasileira
concordam que uma determinada ação seria a melhor,
mas o livre mercado não pode coordená-los para tomar (44)
essa ação.
Economia
internacional
Para deixar claro o que quero dizer, segue abaixo um
trecho traduzido e levemente adaptado da FAQ Não- (18)
Libertária feita por Scott Alexander:
Economia
Como um experimento mental, considere a atividade de monetária
piscicultura (criação de peixes) em um lago. Imagine um
lago com mil piscicultores. Cada piscicultor aufere um (19)
lucro de R$ 1000/mês. Até aqui tudo bem. Ocorre que
cada fazenda de peixes produz resíduos que poluem a
água no lago. Digamos que cada piscicultor produz
poluição suficiente para reduzir a produtividade no lago
em R$ 1/mês. Economia
política
Mil piscicultores produzem resíduos suficientes para
(6)
reduzir a produtividade em R$ 1000/mês, o que significa
que nenhum dos piscicultores está ganhando dinheiro. Estatística e
Então alguém inventa um complexo sistema de filtragem econometria
que remove resíduos, que custa R$ 300/mês para operar.
Todos os piscicultores a instalam voluntariamente, a (13)
poluição acaba, e eles agora estão lucrando R$ 700/mês.
Finanças (7)
Mas um piscicultor (vamos chamá-lo de Pedro) se cansa
de gastar o dinheiro para operar seu filtro e decide não
História do
pagar pelo filtro. Agora a produtividade do lago está
reduzida em R$ 1 para cada piscicultor. Pedro ganha R$ pensamento
econômico
999 de lucro e todo mundo ganha R$ 699 de lucro.
(13)
Todo mundo vê que Pedro é muito mais lucrativo do que
os demais, porque ele não está gastando com os custos de História
manutenção do filtro. Eles resolvem também desconectar econômica
seus filtros. Uma vez que quatrocentas pessoas
desconectam seus filtros, Pedro está ganhando US R$ (17)
600/mês — menos do que seria se ele e todos os outros
tivessem mantido seus filtros! E os pobres usuários de Indústria (7)
filtros virtuosos estão ganhando apenas R$ 300. Pedro
então tem uma ideia, reúne todos e diz: “Espere! Todos Macroeconomia
nós precisamos fazer um pacto voluntário para usar
filtros! Caso contrário, a produtividade de todos diminui.” (53)
Todos concordam com ele, e todos assinam o Pacto dos Matemática (14)
Filtros, exceto uma pessoa. Vamos chamá-lo de João.
Agora todos estão usando filtros novamente, exceto João.
João ganha R$ 999/mês e todo mundo ganha R$ 699/mês. Meio ambiente
Lentamente, as pessoas começam a pensar que elas (8)
também deveriam estar ganhando muito mais dinheiro,
como João, e desconectam seu filtro por um lucro extra de Metodologia (16)
R$ 300.
Provimento de defesa nacional, bosques, praças,
iluminação pública, sistemas de controle de água
(barragens e represas), estatísticas oficiais.
Estabelecimento de direitos de propriedade intelectual
(copyrights e patentes).
3. Monopólios Naturais
Um mercado é eficiente no sentido de Pareto se seu
preço se igualar ao seu custo marginal. Monopólios
naturais são mercados em que o escopo de produção
não permite com que o custo marginal se iguale ao
preço, pois, nesse ponto, o preço estaria abaixo da curva
de custo médio, gerando prejuízo para a empresa.
Geralmente indústrias desse tipo são aquelas em que os
custos fixos são muito altos e os custos marginais são
muito baixos. Como exemplo, podemos citar a
distribuição de energia elétrica, o fornecimento de água,
a distribuição de gás natural, sistemas de segurança
pública, serviços de transporte público e o sistema
jurídico.
Provimento direto ou regulamentação de energia
elétrica, água tratada, esgoto, gás natural, transporte
público e serviços postais.
Provimento de segurança pública e do sistema
jurídico.
4. Escolhas Irracionais
A economia neoclássica sempre pressupôs que os
agentes são racionais (isto é: eles maximizam funções de
utilidade dadas as restrições a que estão sujeitos). A
“economia libertária”, por assim dizer (a praxeologia,
economia de Mises e Rothbard), pressupõe algo muito
parecido: o ser humano age para sair de um estado de
menor satisfação para um estado de maior satisfação. A
partir da década de 80 esses pressupostos foram cada
vez mais questionados por certos psicólogos e
economistas. Esses pesquisadores descobriram a
existência do que veio a se chamar vieses cognitivos,
que são padrões de distorção de julgamentos e
percepções que fazem com que o indivíduo não aja
racionalmente. O programa de pesquisa que estuda a
relação entre os vieses e o comportamento econômico é
chamado de economia comportamental, e este
programa é cada vez mais influente na academia, tendo
já rendido dois prêmios Nobel a pesquisadores dessa
área (Kahneman e Thaler).
No sistema previdenciário: as pessoas são
sistematicamente míopes e enviesadas quando se trata
de se providenciar para o futuro distante. O sistema
previdenciário compulsório e universal corrige essa
falha.
5. Informações Assimétricas
Muitas teorias econômicas começam com a suposição de
que todos têm informações perfeitas sobre tudo. Por
exemplo, se os produtos de uma empresa não são
seguros, essas teorias econômicas presumem que os
consumidores sabem que o produto não é seguro e,
portanto, comprarão menos dele. Nenhum economista
acredita literalmente que os consumidores têm
informações perfeitas — informação perfeita é apenas
uma ferramenta simplificadora utilizada em modelos
econômicos. De fato, Stiglitz e Grossman provaram que,
dados certos pressupostos, mercados com informação
perfeita são impossíveis.
Ela justifica as regulamentações de segurança dos
produtos, como as regulamentações dos alimentos e dos
remédios.
Justifica o estabelecimento de regras no mercado
bancário, como a exigência de reservas compulsórias.
Conclusões
Esses são os pontos principais que justificam a
existência do Estado do ponto de vista econômico, que
creio serem mais do que necessários para convencer
qualquer um da necessidade da existência do mesmo.
Cabe ressaltar, ainda, que o Estado pode ser justificado
em outras bases que não a econômica, como a base
ética: pode ser que seja ético a redistribuição de renda
feita pelo Estado; ou pode ser ético o fornecimento de
rua para todos, permitindo a livre circulação de pessoas.
Leia também:
Por que a Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos (TACE)
está errada?
Motivos pelos quais a Escola Austríaca bomba na internet
A relação entre Mario Bunge e a pseudociência –
Resposta ao site Universo Racionalista
Por que os desenvolvimentistas estão errados sobre
crescimento?
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100 anos
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anarcocapitalismo Rothbard
Shakespeare, A economia
Machado e Luís mainstream na
XVI: por que dar história do
autonomia ao pensamento
Banco Central? econômico
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Comments (24)
Intergalático Reply
nov 17, 2022 at 11:41PM
Breno Reply
maio 03, 2022 at 8:08AM
Bruno Reply
jan 17, 2022 at 9:19PM
Oswaldo Reply
ago 28, 2021 at 1:29AM
Felipe Reply
ago 28, 2021 at 12:26AM
Fernando Reply
ago 26, 2021 at 8:21PM
MAgua Reply
jun 21, 2021 at 9:19PM
Kavy Reply
mar 25, 2021 at 5:10AM
na verdade essa
jurisprudência teria que
ser com base nos
principios éticos racionais
FHOA Reply
mar 21, 2021 at 6:59PM
Cauan Henriques
mar 21, 2021 at 9:40PM Reply
Não é o caso? Em 1 e 2 a
argumentações usa premissas
COMPLETAMENTE erradas e
logicamente, chega em conclusões
erradas.
3 Sequer existe. Da nem pra falar
que é achismo, simplesmente não
existe.
4 é metade espantalho, metade
falácia/ erro lógico
5 é a mesma coisa acrescido de
falta de conhecimento histórico de
como e porque surgiram agências
reguladoras;
2–
Você falha em entender o conceito BÁSICO
do libertarianismo.
De quem é o rio onde os pescadores pescam?
Você presume que é um rio comunitário e
portanto ele cai na tragédia dos comuns.
Não é um problema que acontece no
libertarianismo, é literalmente impossível.
2.1 –
– Empiricamente, “carona” não impede nada
de ser feito/produzido.
– Propriedade intelectual garantida pelo
estado é um desincentivo a ideais e evolução
pois uma vez que um concorrente de
pesquisa está mais perto de uma descoberta
MINIMAMENTE relacionada à sua, você
pode jogar a sua pesquisa no lixo por 30
anos.
4e5
As pessoas tomam decisões baseadas no que
elas acham com as informações que elas tem
no momento.
Elas podem estar erradas e provavelmente
estarão ao longo da vida porém cada uma
delas tem suas definições de riscos
aceitáveis e objetivos pra vida.
Conclusão:
Vamos lá.
Cauan Reply
Henriques
mar 19, 2021 at
9:11PM
Bairros e municipios
teriam regras pra
instalação de empresas
que possivelmente
possam emitir alguma
coisa.
1.1 – A dificuldade é a
intensidade e pra isso que
precisa de juiz. Se eu
acender uma luz na
minha casa, os fotons
chegam no vizinho mas
isso não modifica
propriedade, que é
diferente de eu ligar um
holofote virado pra casa
dele. O mesmo principio
de proporcionalidade
seria aplicado.
4–
Demonstre que ideias são
bem-comuns.
Demonstre que
são/seriam sub-
produzidas.
Pense na seguinte
analogia, um economista
da unicamp fez um estudo
bem realista dizendo que
se 10% das pessoas fossem
escravizadas nas
empresas, o PIB subiria
30%.
Irrelevante certo? Pessoas
não devem ser
escravizadas
independente do
resultado disso.
Mesma coisa pra patentes.
Ideias não são escassas
logo não estão sujeitas ao
conceito de propriedade e
logo não podem ser
roubadas.
“Ah mas vai prejudicar
porque EU, AUTOR, não
consigo enxergar um jeito
das pessoas ganharem
dinheiro sem o estado
ameaçando as pessoas”
Bom, mas aí o problema é
seu. Se quiser demosntrar
propriedade intelectual
como correta, refute a
argumentação ética da
escassez e não as
consequências
econômicas pois estas
derivam daquelas.
5–
Eu não sei se consigo
explicar sem ser ser
redundante pois é
extremamente óbvio que
se você torna impossível
empreender, você vai ter
menos empresas.
Bruno Reply
Ruas
ago 29,
2021 at
11:18AM
A discussão
estava indo bem.
Mas esse ataque
no final, pra
mim, demonstra
uma falta de
educação
tremenda,
Cauan.
4–
Demonstre que ideias são bem-
comuns.
Demonstre que são/seriam sub-
produzidas.
5–
Eu não sei se consigo explicar sem
ser ser redundante pois é
extremamente óbvio que se você
torna impossível empreender, você
vai ter menos empresas.
Michel Reply
mar 16, 2021 at 7:06PM
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