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Programação Linear

Prof. Caroline Mota

NOTAS DE AULA

PROGRAMAÇÃO LINEAR - FUNDAMENTOS DO MÉTODO SIMPLEX

LA
O método SIMPLEX exige que o problema de otimização apresente todas as restrições em
igualdade.

Isto não é uma limitação para a aplicação do método porque é possível transformar todos os
problemas para esta forma.

U
Caso 1 – Desigualdade do tipo menor ou igual

x1  3

A
Pode incluir uma variável de folga x3  0 de tal forma que a nova restrição é:

x1 + x3 = 3
E
Caso 2 – Desigualdade do tipo maior ou igual
D
x2  9

Pode incluir uma variável de excesso x4  0 de tal forma que a nova restrição é:
S

x2 − x4 = 9
TA

Caso 4 – Variável sem restrição de sinal

Vamos supor que x 2 não apresente restrição de sinal possa assumir valores positivos
ou negativos. Deve-se impor a restrição à duas novas varáveis e rescrever x 2 em
O

função delas.
x2 = x2' − x2" onde x2'  0 e x2"  0 .
N

Caso 5 – Lado direito negativo ( b < 0)

Multiplica-se a expressão por (-)1.


TEOREMAS FUNDAMENTAIS DA PROGRAMAÇÃO LINEAR

TEOREMA 1

O conjunto de todas as soluções viáveis de um modelo de programação linear é um


conjunto convexo.

CONJUNTO CONVEXO

LA
Definição intuitiva: um conjunto convexo é um conjunto de pontos em que os todos
os segmentos de reta que unem dois de seus pontos são internos ao conjunto
original.

U
convexo não-convexo

A
Matematicamente, se um conjunto D é convexo então, dados dois pontos distintos,
x1 e x 2 de D, qualquer ponto x obtido como uma combinação linear convexa desses
pontos também pertence a D.
E
x1  D   x = x1 + (1 −  ) x2  D

x2  D 0    1
D
TEOREMA 2
S

Toda solução viável básica (óbvia) do sistema Ax=b é um ponto extremo do conjunto de
soluções viáveis, isto é, do conjunto convexo de soluções viáveis.
TA

TEOREMA 3

a) Se a função objetivo possui um ótimo finito, então pelo menos uma solução ótima é um
ponto extremo do conjunto convexo D. de soluções viáveis definido no teorema 1.
b) Se a função objetivo assume o ótimo em mais de um ponto extremo, então ela toma o
O

mesmo valor para qualquer combinação convexa desses pontos extremos.

21=5x1+2
N

x2 Z
x2 2
D
E 21
(1,4)
(0,4)
(3,3) C 15
13
8

(0,0) A (3,0) B x1 A B C D E Pontos


O MÉTODO SIMPLEX

Sabe-se que a solução ótima do problema de programação linear é uma solução viável e um
extremo do conjunto de soluções viáveis.

Ao aplicar-se o método SIMPLEX o primeiro passo é encontrar uma solução viável básica,
chamada de solução inicial.

LA
O método SIMPLEX verifica se esta solução é ótima, se for o problema está encerrado. Se
não for ótima, o SIMPLEX muda de um extremo para outro extremo adjacente, segundo a
direção que mais aumente o valor da função objetivo.

O processo é finalizado quando encontra-se um ponto extremo tal que todos os pontos
extremos a ele adjacentes fornecerem valores menores para a função objetivo.

U
COMO MUDAR DE UM PONTO EXTREMO PARA OUTRO ADJACENTE
ALGEBRICAMENTE ?

A
Um ponto extremo adjacente é uma solução viável básica incluindo todas as variáveis
básicas anteriores, com exceção de apenas uma delas.
E
Achar o próximo ponto extremo adjacente significa achar a próxima solução viável básica.

Para encontrar a próxima solução viável básica é preciso escolher uma variável básica para
D
deixar de ser básica, tornando-se não básica e escolha uma variável não básica para
substituí-la.

O critério definido pelo método SIMPLEX para transformação das variáveis diz que deve
S

passar a ser variável básica aquela variável não-básica que tiver o maior coeficiente na
função objetivo, estando à mesma expressa em função apenas das variáveis não-básicas.
TA

(este critério visa crescer o valor da função objetivo o mais rápido possível).

A variável a ser retirada da base deve ser aquela que diminui mais rapidamente quando a
variável que vai entrar na base para substituí-la aumenta de valor.

PASSOS DO MÉTODO SIMPLEX


O

a) Achar uma solução viável básica inicial (óbvia)


b) Colocar a função objetivo, somente em termos das variáveis não-basicas. Se todos os
N

coeficientes dessas variáveis forem negativos (ou nulos) a solução atual é ótima. Caso
contrário ir para o próximo passo.
c) Colocar na base a variável não-básica que tiver o maior valor positivo na função
objetivo obtida no passo b)
d) Tirar da base a variável básica que se anular mais rapidamente, quando a variável que
entrar for aumentada de valor.
e) Achar uma outra solução viável básica, levando em consideração os passos c) e d).
Voltar ao passo b).
MÉTODO SIMPLEX UTILIZANDO QUADROS

Max Z = 5x1 + 2x2

s/a x1 + x3 =3
x2 + + x4 =4
x1 + 2x2 + x5 = 9

A função objetivo pode ser escrita como

LA
Z - 5x1 - 2x2 = 0

O sistema de equações acima pode ser representado pelo quadro abaixo.

U
Z x1 x2 x3 x4 x5 b
BASE 1 -5 -2 0 0 0 0 (0)
x3 0 1 0 1 0 0 3 (1)

A
x4 0 0 1 0 1 0 4 (2)
x5 0 1 2 0 0 1 9 (3)
Coeficientes das variáveis nas equações

PASSOS DO MÉTODO SIMPLEX


E
D
1. Identificar o número negativo de maior módulo na linha (0) excluindo a última coluna
(coluna b). A coluna correspondente a este número é chamada de coluna pivô. Se
houver mais que um número nestas condições escolhe-se um qualquer. (este passo
corresponde à decisão de qual variável vai entrar na base)
S

2. Calcula-se o quociente da divisão do elemento de cada linha correspondente à última


coluna (excluindo-se a linha (0) ) por cada número positivo da coluna pivô. O elemento
TA

da coluna pivô que conduz ao menor quociente é chamado de número pivô e a linha
correspondente chama-se linha pivô. Se houver mais de um elemento a conduzir ao
menor quociente, escolhe-se um qualquer. Se nenhum elemento da coluna pivô for
positivo, o problema não tem solução. A variável da base associada ao pivô é a variável
a deixar a base.
O

3. Deve-se trocar então as variáveis e montar um novo quadro para a nova solução
encontrada. Deve-se calcular a nova linha pivô e as novas linhas preenchendo o novo
N

quadro como segue:

 nova linha pivô = antiga linha pivô / número pivô


 nova linha (n) = antiga linha n – coeficiente da coluna pivô x nova linha pivô.

4. Repetir os passos 1, 2 e 3 até a inexistência de números negativos na linha (0),


excluindo-se desta apreciação a última coluna.
Z x1 x2 x3 x4 x5 b quociente
BASE 1 -5 -2 0 0 0 0 (0)
x3 0 1 0 1 0 0 3 3/1 (1)
x4 0 0 1 0 1 0 4 (2)
x5 0 1 2 0 0 1 9 9/1 (3)

Linha

LA
Pivô Colun
pivô
a
pivô
Z x1 x2 x3 x4 x5 b quociente
BASE 1 0 -2 5 0 0 15 (0)

U
x1 0 1 0 1 0 0 3 (1)
x4 0 0 1 0 1 0 4 4/1 (2)
x5 0 0 2 -1 0 1 6 6/2 (3)

A
Z x1 x2 x3 x4 x5 b
BASE 1 0 0 4 0 1 21 (0)
x1 0 1 0
E 1 0 0 3 (1)
x4 0 0 0 1/2 1 -1/2 1 (2)
D
x2 0 0 1 -1/2 0 1/2 3 (3)
S
TA
O
N

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