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centrada ern confzbiidade & um processo usado oara ssslemalcamerte cientficamenis ~0 que deve ser feito para assequrar que as aves lisous comtinuem a fazor 0 cue 0s seus Usuos quorem que ele faga. Ampiamenterecanheca psios poiss- ‘onais de manutengo como o caminho de maior elelvidade de custo para se dasenvalver estatégias de manutengéo worttclass, o RCM Cconduz a um répido, sustontaco e substancial conjunto de aperteigoa- ‘mantos na disporbildade e confiabildade da planta, qualidade do pro- duto, sequrancae integridade ambiental CO auore seus associads autor usuis a plcar RCM e0 seumais modem derivado, RCM2, em mais de 1000 shes om 38 pases. Estes ‘tes neuen ods os pa de man iaturs (especies mantadora da automa, scenes, papeeas patecinices famacbutcase al ments) utidades (Snags eleticiede), orgs armadas, servigns ce ecifcis, ninaragao, lacomunicags e tansy, Este iv resume est expertnca a fora do una desocgopostvae pti do que 60 FRCM2 e como ale dovo se plac ‘A Segunda edicdoinglesa- base de ecigao brasileira fo revisada de ‘mad abrangente para incorporar os mals recentes desenvalvimentos este campo. Inc mise 100 paginas de mall novosobre monitors ‘mento de condgSes, andlse de fungbesefalhas, ors humane, gorencia- ‘mento isco, busca ce faha eed go da perlormance de manutancdo, Este io sed de meso vor para gerents de marten, e para ajlalque pescoa moressada om coneblidade, podria, seq ranga e iniegridade ambiental de ativos fisicos. A sua abordagam dire {a ebaseuda no camp toma olyo especanents bem aad para eso coli eto em centes d@ecicacaa super ohn Moubray, Engen Meci esenvotverce inglemeniand ened, prego com engenheiro de planta e depois come consultor. No inicio dos anids 80, comecou a! ar a aplicagao industrial de ROM. sah oeningsad rcenomertofeendo F Stay Noman. Em 9668 rmoniosa Neon Lid, una empresa go teremenie const esea- da er dtr, Beno Undoplualons 6 oortrgeane a Aladon-a qual &especiaizederchsivamente no desenvolvimen ¢o processo de manutorcao cerrada em coniahdede e sua aplca® ‘empregot inicio de saa carer de goiereia to da mune > eo en aos sos ‘ 4 j y i ‘etna eladon@aladoricb k= ibyaacon touk 4 Centrada em Confiabilidade i | a0 Manuteng. (9X) eoueuejueyy pasuss-Ayiqeyay dil a Manutenca Centrada Em Confabilidade 1 Introdugao a Manutengao Centrada em Confiabilidade 1.1 O Mundo em Transformacao da Manutencaio Nos titimos quinze anos,a manutengtio evoluiu talvez mais do que qualquer outra disciplina de gerenciamento. As alteragBes devem-se a um grande aumento no niimero e diversidade de itens fisieos (instalagdes, equipa- ‘mentos e construges) que tém de ser mantidos em todo 0 mundo, projetos uuito mais complexos, novas técnicas de manittengio e novos enfoques sobre a organizacao c as responsabilidades da manutencao. A manutengio também estdveagindo asnovasexpectativas, Essas incluem luma crescente conscientizagio do quanto uma falha de equipamento afeta a seguranga ¢ o meio ambiente, uma crescente conseientizagao da relagao «entre manutengio e qualidade do produto e maior pressao para se atingit alta disponibilidade da instalagso e conter custos. Asalteragies esto pondo a prova atitudes ¢ habilidacles das pessoasem todos os segmentos da indiistria. O pessoal de manutengdo, desde o ens nbeiro até 0 gerente, esto tendo que adotar formas totalmente novas de ensare agir, Ao mesmo tempo, tomam-se incrementalmente mais eviden- {5 as limitagdes dos sistemas de manutengdo, no importande o quanto eles esttio computadorizados, Em face desta avalanche de mudancas, gerentes em todas as partes estio buscando uma nova abordagem para a manutengio, Eles desejam evitar equivocos sobre prazo de infeio e fim que sempre acompanham grandes transformagdes. Ao contririo eles buscam um esquema estratégico que sintetize os novos avancos em um: modelo coerente, de modo que possam avalid-los racionalmente e aplicar aqueles mais provéveis de ser de maior valor para eles e suas empresas. Este livro descreve uma filosofia que fornece exatamente este esquema de trabalho. Chama-se Manutencao Centrada em Confiabilidade, ou RCM (Reliability-centred Maintenance) no idioma ingles. Se aplicado corretamente, o RCM transforma as relagdes entre os empre- endimentos que o utilizam, seus ativos fisicos existentes e as pessoas que ‘operam e mantém os ativos, Ele também permite que novos ativos sejam Postos em servigo efetivo com muita rapidez, confianga e preciso, Este capstulo fornece urna rpida introdugo ao RCM, comesando com ‘uma retrospectiva de como a manuteneio tem evoluido nos sltimos cingiienta anos Manutencao Centrada em Confiabitidade Desde 0s anos 30, a evolugio da manutensio pode ser investigada através de trés geragées, O RCM esta se tornando rapidamente a pedra angular da Terceira Geragio, mas esta 6 pode ser entendida a luz da Primeira e ‘Segunda Geragoes, A Primeira Geragio |A Primeira Geragdo abrange 0 perfodo até a Il Guerra Mundial. Naquele tempo, a industria nio era allumente mecanizaxda, portanto, os pertodos de paralisagdio & espera de recuperaco de falhas no eram muito importantes. Isto significava que a prevengio contra falhas de equipamentos nao era Joriduce alta na mente da maioria dos gerentes. Ao mesmo tempo, amioria dos equipamentosera simples muitos deles, super dimension- ‘ados, Iss0 os tornavacontfiveise ficeis de consertar. Consequentemente, nilo ora necessdria uma manutengao sistematica de qualquer tipo além de simples limpeza, assisténeia c lubrificagiio. A necessidade de habilidades, nbgm menor que € hoje. A Segunda Geragio As coisas mudaram dramaticamente durante a 2" Guerra Mundial. As pressdes do perfodo de guerra aumentaram a demanda por bens de todos. 05 tipos, enquanto que o suprimento de mio-de-obra industrial diminuia drasticamente, Esse fato levou a uma mecanizagdo aumentada, Por volta da décuda de 50, maquinas de todos os tipos eram mais numerosas © complexas. A indiistria estava comegando a depender delas, ‘Como esta dependéneia cresceu, o tempo de paralisago entrou em um foco esteito. Isso levou a idéia de que as falhas dos equipamentos poderiame deveriam ser evitadas, o que, por sua vez, resultou no conccito de manstengdo preventiva. Nos anos 60, isto consistia em basicamente fem revisdes gerais dos equipamentos feitas a intervalos fixos, ‘Ocustode manutengo tambémcomegouase ele vir muitoemcomparagiocom (8 outros custos operactonais. Isto conduziu ao crescimento dos sistemas de langjamento e controle de manutenedo. Isto ajudoa muito paracolocar a manu ‘engfio sobre controle ¢, agora Slo parte integrante da pratica de manutenci. Finalmente, a quantidade de capital investida em ativos, juntamente com nitido aumento do custo do capital levaram as pessoas a comegar a buscar ‘meios para aumentar a vida ttl dos ativos, A Terceira Geragio Desde meados dos anos setenta, 0 processo de mudanga na indastria con- quistou até um maiorinéreia, As alteragbes podem ser lassificadas como novas expectativas, nova pesquisa e novas técnicas. | i j j : Inteodlusito ¢ Manutengtio Centrada em Confiabilidade Figura 11 Expectativas crescentes da manutengs + Maior disponibitidade conflablidade ‘*Maior seguranga + tieinor qualidade dos Raguintn neng hee produto +hiaior disponibilidsde | « Auséneia de danos 20 demaquinaria moio-ambiente Primeira Geracao: |» Malor vida uti dos | « Malor vida dt dos + Conserto pds | equlpamentos equipamentos avaria j= Custos menores _| + Mais custo-elicaz ieig 10501960 «970 ~«1880~=«a90.~—« OG «ATO Novas Expectativas ‘A Figura 1.1 mostra como as expectativas da ms Perfodos de paralisagdo sempre afetaram a capacidade produtiva dos ativos fisicos por redizir a quantidade, aumentar os custos operacionais ¢ interferircom o servigo aocliente, Nosanos 60 ¢ 70, isto ders uma pre- ‘ocupagio maior nos sctores de mineragZo, manufatura e transporte. Na manufatura, as efeitos dos pesfodos de paralisagdo foram se agravando pela tendéneia mundial de utilizar sistemas “just-in-time”, onde estoques reduzidos para a produgio em andamento significam que pequenas paradas na produgio stio agora mais provaveis de para a plants inteira [Em tempos recentes, o crescimento da mecanizagio ¢ da automagao passou a indicar que confiabilidade e disponibilidade iornaram-se quest6es chives ‘em setores tio diversos quanto sade, processamento de dados, telecom- unicagdes gerenciamento predial ‘Major automagio também signitica que falhas cada vez mais freqtientey afetam nossa capncidade de manter padres dle qualidate satistatorios. Isso se aplica tanto aos padraes do servigo quanto A qualidade do produto. Porexemplo, falhas em equipamentos podem afetar 6 controle climatico em edificios ¢ a pontualidade das redes de transporte, bem como podem interferir nna obtengdo consistente das tolerancias especificadas na manufatura, ‘Mais e mais, as falhas tem sérias consequéncias na seguranca e no meio- ambiente, a0 mesmo tempo que padrOes nessas dreas esto aumentando rapidamente. Em algumas partes do mundo, esta se aproximando o ponto onde as organizagdes ou se conformam as expectativas de segurangae de conservagio ambiental da sociedad, ou elas cessam de funcionar. Isso acrescentauma ordem de grandeza 3 nossa dependéncia quantoaintegridade de nossos itens fisieos - que vai além do custo e que se torna uma questo basica de sobrevivéncia organizacional. 4 Religbility-centred Maintenance _Aomesmotempoqueanossadependénciadosativos fisicosestazumentando, também esti 0 Seu custo - para operd-los € possuilos. Para assegurar 0 ‘méximo retomo do investimento queles representam, eles devem ser mantidos funcionando eficientemente durante por tito tempo que desejarmos. Finalmente, ocusto da manatenpdoemsicstiainda aumentando,ern termos absohitos e proporeionalmente a despesa total. Em algumi indisiias, ele & atualmente 0 segundo maior, send 0 maior, elemento de custos operacionas Como resultado, em apenas trinta anos ele saiu de uma quase inexisténeia para 0 topo da lista como uma das prioridades de controle de custo. Nowa pesquisa Bemadistantedas nossas maioresexpectativas, anova pesquisa _muitas das nossas erengas basicas sobre idade e falha. Em especial, torna- se evidente que hii cada vez menos relagdo entre a idade operacional da maioria dos itens e a probabilidade de eles falharem. ‘A Figura 2 mostra como a concepedo mais antiga de falha era simples- mente de que como as coisas envelheciam, elas estavam mais proviiveis de falhar, Uma crescente conscientizagto de" mortalidade infantil” tevou i2nda da Segunda Geragio na curva Entretanto, a pesquisada Terceira Geragiorevelou que nao um oudois mas seis padres de falha efetivamente ocorrem na pratica. Como discutido em maisdetalhe posteriormente neste capftulo, uma das mais importantes ‘conclusées para emergir desta pesquisa ¢ uma crescente compreensio ‘que apesar deles poderem ter sido feitos exatamente como planejado, uma grande maioria das tarefas de manutengio tradicionalmente derivadas rio nada obtém, enguanto algumas so ativamente contraproducentes © até mesmo perigosas, [sto € especialmente verdade para muitas tarefias feitas em nome da manutengio preventiva, Por outro Lado, muito mais tarefas de manutengdo que sio cessenciais para a operagdo segura de siste- ‘mas industriais modernos € complexos, nao aparecem nos programas de manutengio associados, ialterando Terceira Garagio Piimoira Goraga| 7e40 1950 +1960 ~—~1a70~—~1980~—«1880:~«—«2000—«20T0 Figura 1.2: Mudangas de Visio de falha do equipamento | | Invroducdo a Manuengto Cemrada em Confiabitidade 5 Em outras palavras, a industria em geral est devotando ume grande ‘quantidade de atene’o para fazer o wrabalho de manutenge corretamente (fazendo certo o trabalho) mas muito mais precisa ser feito paraassegurar que 0s trabalhos que estto sendo planejados sto 0s trabulhos que deverzo, ser planejados (fazendo 0 trabalho certo). Novas Téenicas ‘Tem havido um erescimento explosivo de novos conceitos ¢ técnicas de ‘manutengo, Centenas se desenvolveram nos dltimos quinze anos, e mais So surgindo toda semanu, A Figura 1.3 mostra como aclissica énfase ‘em cevisées gerais e sistemas administrativos evesceu para ineluir muitos desenvolvimenios novos em um niimero de campos diferentes. Os novos desenvolvimentos incluem: + ferramentas de suporte as decisbes, — [Tersire Gragio: tais como estuios sobre riscos, modos | Menltragd das condieses le falhaeanilise dos efeitos e sistemas * Feleta visgede acnmaaaesints, detacansedoseiovesierms GRBs + Estudos sobre riscos + Computaderes poquenos © pies ‘Segunda Grapae: + Revisées gras prog: mredae + Sistemas de lanjamento Piiela Goragio: |" scontoe dotabato. * Sontarto née | « Conpunorn ganas iea0 1950 19601970 1980 «1990 «20002010 Figura 1.3: Téenicas de manuteneso em modificagao + novas técnicas de manutengdo, tais como monitoragio de condigdes + projeto de equiipamento com énfase muito maior na confiabilidade e na ‘manuitenbilidade + uma forte mudanga no pensamento empresarialem relagioa particips- 40, trabalho em equipe e flexibilidade O principal desafio que o pessoal de manutengio enfrenta atualmente no, é apenas aprender quais sio essas técnicas, mas decidir quais so undo titeis nas suas proprias organizagbes, Se fizermos as escolhas certas, € possivel melhorar 0 desempenho dos itens €, ao mesmo tempo, conter € até reduzir o custo de manutengio, Se fizermos as escolhas erradas, s30 crriados novas problemas enquanto que osexistentes somente ficam pior. © 6 Manurengao Centrada em Confiabilidate 0s desafios enfrentando a manutengao A primeira industria a confrontar estes desatios sistematicamente foi a indistria da aviagio comercial. Um elemento crucial da sua resposta foi a compreensio que tanto mais esforgo & necessério ser dedicudo para assegurarquie os manutentores estio fuzendo o trabalho certo quanto para ‘asse-gurr que eles esto fazendo cen 0 raballia. Fsta comprecusto por sua vez levou ao desenvolvimento de um processo de tomada de decisiio compreensivo, conhecide dentro da aviaglio como MSG3, e fora como Manutengdo Cenirada em Confiabilidacle, ou RCM (MCC), [Em quase a maioria dos campos doempreenclimento humano organizado, o RCM esté se tornando t20 fundamental para a custédia responsavel de tives fisicos como a contabilidade de langamentos dobrados ¢ para a culstSdia responscivel deativos financeiros. Nenbuma técnica comparsvel existe paraidentificarum mfnimode tarefas verdadeirasesegurasquedevern ser feitas para preservar as fungoes dos ativos fisicos, especialmente em situagdes criticas ou perigosas. Um crescente reconhecimento mundial do papel chave realizado pelo RCM na formulagdo de estratégias de xgerericlamento de ativos fisioas ~e a importdincia de aplicar o RCM comreta- mente — levou a Sociedade Americana de Engenheiros Automotives" a publicur a Norma SAB JAJOI1: “Critérios de Avaliagao de Processos de ‘manutengio Centrada em Confiabilidade (RCM)", ‘Oprocesso deserito nos Capftulosde 2a |Odeste livroestide acordocom estanorma, Orestodeste livro disculecomooRCM deveriseraplicaloecomo ‘as politicas de gerenciamentode falha baseado no RCM deverdo ser imple- mentadas, em adigio para prover mais fundamentos nas questdes técnica, © remanescente deste capitulo introduz 0 RCM em mais decalhe, 1.2 Manutengiio e RCM Do ponta de vista de engenharia, existem dois elementos para o geren- ciamento de qualquer ativo fisico. Ele deve ser mantido e de tempo em tempo ele pode também precisar ser modificado, (Os principals dicionirios definem mater como fazer continuar (Oxford) ou permanecer no estado atual (Webster). Isso sugere que manutengao significa preservar alguma coisa. Por outro lado, eles concordam que modi- ‘ficar algo significa alterd-lo de alguma modo. Essa distingdo entre manter modificar tem profundas implicagées que serdo tratadas em capitulos posteriores, Entretanto, focamos na manutengao neste ponto, Introdusiéo a Manutengdio Centrada em Confiabilidade ‘continua? Quando decidimos manter algo, o que estamos querendo f Qual € 0 estado ctual que descjamos preservar ? ‘A resposta a essas perguntas pode ser encontrada no fato de que todo ativo fisico ¢ colocado em servigo para cumprir uma fungio (ou fungdes) specifica, Ento segue que quando mantemos um ativo, 0 estado que mos preservar tem que ser aquele que continua a fazcr e que os seus ususrios querem que ele faga Manutencao: Assegurar que os ativos fisicos continuem a fazer 0 que os seus usuarios querem que ele faca. ‘Oqueos usuirios querem dependerii de exatamente onclee comoobem esti sendo'usado (0 contexto operacional). Isto conduz a seguinte definigao formal de Manutengio Centrada em Confiabilidade: Manutencao Centrada em Confiabilidade: um processo usado para determinar o que deve ser feito para assegurar que qualquer ativo fisico continue a fazer 0 que os seus usudrios querem que ele faa no seu contexto operacional presente. 1.3 RCM: As sete questes basicas © processo do RCM implica em sete perguntas sobre cud um dos itens sob revisio ou sob analise eritica, como a seguir: + quais sao as funcaes ¢ padrées de desempenho de wm ativo no sew contexto presente de operacao? + de que forma ele fatha em eumprir suas funcdes? + o que causa cada fatha funcional? + oque acontece quando ocorre cada fatha? + de que forma cada fatha importa? + o que pode ser feito para predizer ou prevenir cada fatha? + 0 que deve ser feito se ndo for encontrada uma tarefa pro-ativa apropriada? Essas perguntas sfo apresentadas rapidamente nos pargrafos seguintes e, depois, tratadas em detalhes nos Capitulos 2 a 10. 8 Reliabiliry-cenived Mainienance Fungies ¢ Padres de Desempenho ‘Antes de ser poss(vel aplicar um processo usado para determinaro que deve Ser feito para assegurar que o ativo fisico continue a fazer 0 que os seus, ustdrios querem que ele faga no seu contextooperacional presente, devernos fazer dus coisas: + determinar 0 que os seus usuarios querem que ele faye + assegurar que ele & capaz de fazer o que 0s seus ustiirios querem fazer Este € 0 porque 0 primeiro passo no processo RCM € definir as fungdes de cenda ativono seucontexip operacional,juntocomos padres de desempenio desejados. O que os ustsiries espertim que os ativos Sejam eapuzes de fazer podem ser divididos om duas eategorias: + Funcdes primdirias, 0s quais sumarizam o porque os ativos foram adquici- dos em primeiro lugar. Esta categoria de fungdes cobrem questdes tais como velocidad, quantidade, capacidade de transporte owarmazenagem, qualidade do produto e servigos ao cliente + Fungdes secundirias, as quais reconhecem que ¢ esperado todo ative Fazer mais que simplesmente preencher as sus fungGes primérias. Os usuirios também tem expectativas em reas is como segurunca, controle, contengio, conforto, integridade estrutural, economia, protegao, con- formidade com os regulamentos ambientais e até a aparéncia do item. (Os usuirios dos ativos estio usualmente na melhor posigdo por saber exata- mente que contribuigio cada ativo produz para o bem estar fisicoe finan- ceiro da organizagio como um todo, entio & essencial que eles estejam envolvidos no processo RCM desde o inicio, Feito corretamente, este passo em si normalmente leva um tergo do tempo relativo a uma anilise RCM completa. Ele também geralmente causa a equipe que esta fazendo a anilise a aprender muito ~ com freqiiéncia, muitissimo — sobre como o equipamento realmente funciona. Falhas Funcionais Os abjetivos da manutengio sio definidos pelas fungdes e expectativas ‘de desempenho associadas do item sob considerago, Mas, como amanu- tengio alcanga esses objetivos? ‘A tinica ocorréneia a qual é provivel fuzer algum item parar de realizar © padrio requerido pelos usuarios € algum tipo de falha. Isto sugere que a ‘manutengio obtém os seus objetivos ao adotar uma abordagem adequada para o gerenciamento da falha, Porém, antes de usar um conjunto apropri~ ado de ferramentas para gerenciamento de falha, precisamos identificar que falhas podem ocorrer, O proceso RCM faz isso em dois ntveis: Inyrodugdo a Manucengio Contrada em Confiabilidade ° + primelramente, identificando que circunstAncias resultam em um esta- do de falha * depois, perguntando que eventos podem levar oitem a um estado de falha, No mundo do RCM, estados de fatha stlo conhecidos como fathas fuuncio- nnais porque elas ocorrem quando um item esti incapas de preencher a fungdo em un padrao de desenipenho o qual é aceitavel para o usudrio. Emcomplementoa total inabilidade para a funcao, estadefinicaoengloba falhas parciais, onde o item ainda funciona mas em um afvel inaceitivel de desempenho (ineluindo situagdes onde o item nao pode sustentar niveis aceitiveis de qualidade ou de preciso). Claramente estes somente podem ser identificados apés as fungdes e os padrées de performance do item terem sido definidos. As falhas funcionais sio discutidas em maior profundidade no Capitulo 3. ‘Modes de Falha Conforme mencionado no pardgrafo anterior, uma vez que cada falha funcional tenha sido identificada, o préximo passo & tentar identificar todos ‘os eventos que sao razoavelmente proveiveis de causar cada estadode fatha. Estes eventos sido conhecidos como modos de fatha. Modos de falhas “razoavelmente provaveis” incluem aquelas que ocorreram no mesmo equipamento ovem similar operandono mesmo contexto, as falhas que esta0 sendo atualmente prevenidas por um regime de manutengdo existente, € as falhas que no aconteceram ainda mas que sio consideradas ser uma possibilidade real no contexto em questo. ‘A maioria das listas de modos de falha incorporam falhas causadas por deterioragie ou desgaste normal. Entretanto, a lista deve incluir falhas causadas por erros humanos (da parte de operadores e de manutendores) © falhas de projeto assim como todas as provaveis causas de falhas do cequipamento podem ser identificadas e tratadas apropriadamente. Também importante identificar a causa de cada falha em suficiente detalhe para assegurar que tempo e esforco nio jogados fora tentando tratar sintomas a0 invés das causas. Por outro lado. é igualmente importante assegurar que tempo nio ¢ jogado fora na aniilise em si por excesso de detalhes. Efeitos da Falha (© quarto passo no proceso RCM implica em listar os efeitos da falha, os quais descrevem o que acontece quando cada modo de falhaocorre. Estas descrigdes devem incluir todas as informagOes necessérias para suportar a avaliagio de consequéncias da falha, tais com 10 Manuengto Centrada em Confiabilidadte + Qual w evidéncia (se hi atguma) de que a falha ocorreu + De que modo (se hi algum) ela coloca uma ameaga & seguranga ou a meio-ambiente ‘a produgdo ou operagiio 4 algum) 6 causado pela fatha + De que modo (se hi algum) ela afe + Qual e dana Fisica (se + © que deve ser feito para reparar a falha (Os modos de fala ¢ efeitos sio discutidos em maior extenstio no Capitulo 4 Oprocesso de identificaras juncdes, falhas fnctonais, modos de fatha e efettos da falha fornece oportunidades surpreendentes e fregtientemente exeitantes para melhorar o desempentto e a seguranga, ¢ também para eliminar desperdicios Conseqiiéncias da Fatha ‘Uma anilise detalhada de um empreendimento industrial médio € provavel de gerar entre trés a dez mil modos de falha possiveis. Cada falha afeta a ‘organizatio de alguma forma, mas, em cada caso, 0s efeitos so diferentes Eles podem afetar as operagées. Tambem podem afetar a qualidade do produto, servigo ao cliente, segurangae meio-ambiente, Todos irdo levar tempo e dinheiro para reparar ‘Slo esas conseqUléncias que mais fortemente influenciam oquanto nds tentamos prevenir cada falha, Em outras palavras, se uma falha tem conse- aliéncias sérias, provavelmente iremos até muito longe para tentar evité-la, Poroutro lado, seela tem pequeno ou nenhum eteito, entdo podemos decidir ‘do realizar rotina de manutengo.além de limpezie lubrificagdo bisicas. ‘Uma grande forga do RCM & que ele reconhece que as conseqléncias das fulhas so muito mais importantes que suas caracteristicas enicas, De fato, ele reconhece que 0 Unico motivo para se fazer qualquer tipo de manutengiio pré-ativa nfo é prevenir cada falha, mas prevenir, ou pelo menos diminuir, as consegiiéncias da falha. O proceso RCM classifica, cessas conseqliéncias em quatro grupos, como segue: + Consegiténcias de Falhas Ocultas: As falhas ocultas nfo smumimpacto direto, mas expSem a empresa a falhas miltiplas com conseqlléncias sérias, freqilentemente catastroficas. (A maioria dessas falls estio asso- ciadas com dispositivos de protege que nfo sio falha segura.) Consegiiéncias sobre segurancae meio-ambiente: Uma falatemconse- quéncias sobre a seguranca se ela puder ferir ou matar alguém. Ela tem conseqiigncias sobre o meio-ambiente, seelapuder violar qualquer padrao ambiental, da empresa, regional ou federal Inirodusio a Monutensdo Centrada em Confiabilidade u + Conseqiténcias Operacionais: Uma falha tem conseqiiéncias opera- clonais se elaafeta a predtugao (quantidade, qualidade do produto, servigo a cliente ou custos operacionais, além do custo direto do reparo). + Consegiténcias ndo Operacionais: Falhas evidentes que se enquadram nesta categoria ndo afetam a seguranga nem a produco, portanto, eu- volver apenas o custo direto do repro, Mais adiante veremos como 0 proceso RCM utiliza essas categorias como ‘base de uma estrutura estratégica para a tomada de decisao da manuteneio. Por forgar uma revisio estruturada das conseqlncias de cada modo de falha nos termos das eategorias acima, ele integra os objetivos operacio- nais, simbientais e cle seguranga da fungio de manutengdo. Isso ajuda a incluir a seguranga nos objetives principais do gerenciamento téenico. Oprocessode avaliago das conseqliéncias também mudaaénfase para longe da idéia que rodas as falhas sia mds e devem ser tratadas, Ao fazer isto, cle foca a atengio nas atividades de manutengzio que tem mais efeito no desempenho da organizagio, e desvia a energia para longe daquelas ‘que tem pequieno ou nenhum efeito, As tenicas de gerenciamento das falhas si0 divididas em duas categorias: + tarefas pré-ativas: Estas sio tarefas empreendidas anes de wma falha ocorrer,de modo apreveniro item deentraremumestado de falha. Blas abrangem o que € radicionalmente conhecide como manutengao “predi- tiva" e “preventiva”, embora nés veremos mais tarde que 0 RCM usa otermo restauracdo programada, descarte programadoe manuten¢ao sob condigdo + egies defer: Estas tratam 0 estado de falha, e so escolhidas quando no épossivel identificarum tarefa pré-ativaefetiva, Aces default ineluem busca de falha, reprojeto © radar até a fatha Oprocessa de avaliagiiodeconseqtigncias é discutidonovamente brevemen- 1e mais tarde neste capitulo, e em muito mais detalhe no Capitulo 5. A pré- xima segiio deste capitulo olha as atividades produtivas em mais detalhe. ‘Tarefas Pré-ativas ‘Muitas pessoas ainda acreditam que o melhor caminho para otimizar a disponibilidade da planta¢ fazer algum tipo de manutengdo pr6-ativaem ‘uma base rotineira, A sabedoria da Segunda Geragao sugeriu que esta deve cconsistir de revisdes ou substituigao de componentes a intervalos fixos. A Figura 1.4 ilustra a visdo da falha em intervalos fixos. & 12 Reliabitvy-centred Maintenance Figura 1 § Awedo ast tracoonal abe da fata SEE Wade {A figura | 4 esta baseada na pressuposicao que a maloria dos itens operamn confiavelmente durante um perfodlo “X” e entio desgastam-se. O pensa- mento chissico sugere que registros extensos sobre Falha nos permitirio, determinar esta vida e entio fazer plans pura realizar ago preventiva pouco antes do item apresentar a falha no futuro. Este modelo ¢ verdauleiro para certos tipos de equipamentos simples & paraalguns itens complexes com modos de falha predominantes. Em par- ticular, caracteristicas de desgaste so freqiientemente encontradas em equipamentos que entram em contato direto com 0 produto. As falhas. relacionadas com a idade também estio freqlentemente associadas com fadiga, corrosio, abrasio e evaporacio. Entretanto, o equipamento é geralmente muito mais complexo do que ‘era ha vinte anos, Isso resultou em ulteragdes alurmantes nos padrOes de falha, como mostrado na Figura 5. Os grificos mostram probabilidade con- icional de falha contra a idade operacional para uma variedade de itens elgiricos e mecdnicos. ‘Opadrio A éa hem conhecida curva da banheira. Ela comega com uma alta incidéncia de falha (conhecida como mortalidade inftil) seguida de uma probabilidade condicional de falha constante ou gradualmente ‘qumentada e entio por uma zona de desgaste ( padralo B mostra uma probi-B, d bilidade de faha constante ou de aumento lento, terminando em uma ‘zona de desgaste (omesmocomo a Figura 4). O padrae C mostra ‘aumento lento da probabilidade de falha, mas no existe uma idade de desgaste identificavel. O padrio D mostra baixa probabilidade de fa- Thaquandooiteménovoourecém © Figura 1.5: Os seis padtoes de fana Inirodugiio a Mantengdo Centrada em Confiabilidade 13 safdo da oficinae, entio, um ripido aumento para um nivel constante en- quanto 0 padeo E mostra una probabilidade condicional de Fatha constant ‘em todas as idades (falhas aleatGrias). O padrao F comeca com alta mortali- dade infantil, que cai eventualmente para uma probabilidade de falha con- stante ou de aumento muito lento. Estudos fetus en aerunave civil mostzaram que 4% dos tens obedecem ‘40 pudrio A, 2% ao B, 5% a0 C,79% a0 D, 1496 a0 Eee nfio menos que 68% ‘a0 pacivito F.(O nlimerode veres que esses padres ocorrem na aeronave go € necessariamente © mesmo na inddstria, Mas ndio ha divida de que, como os equipamentos tornam-se mais complexos, encontramos cada vez mais padres E e F.) Essiss descohertas contradizemacrengacequesemprehaumaconexdo entre confiabilidadee dade operacional Fssacrenea conduziu aidiade quequanto ‘mais umitem érevisado, tanto menos éprovivel que apresente fala. Hoje em. dia, dificilmente isso é verdade. A menos que exista um modo de falha pre- dominante rekicionadoa idade, limites de idade colaboram muito pouco,o io colaboram, para aumentar a confiabilidade de itens complexes. De fato, revises programaclas podem realmente aumentar as taxas totais de Falha, introduzindo mortalidade infantil em sistemas estaveis caso contririo. ‘Umaconscientizagao desses fatos levou algumas empresas a abandonara idgia da manutengao pré-ativa em conjunto, Na verdade; isso pode ser 0 certo para falhas com conseqliéncias pequenas. Mas, quando as conse- qléncias da falha so significativas, alguma coisa tem que ser feita para prevenit ou predizer as falhas ou, pelo menos, reduzir as conseqiencias. Isso nas traz de volta 8 questio das tarefas pro-ativas. Como mencionado amteriormente, o RCM reconhece as trés categorias principals de tarefas prd-ativas como segue: * tarefas de restauragito programada + tarefas de descarte programado + tarefas sob condigilo programada Tarefias de restauragdo e descarte programados A restauragdoprogramadaimplicanarefibricagiodeumcomponenteourevisiio de urconjuntoem uma idade fimiteespecificada, ou antesdela, independen- tementedasuacondictio naquele momento, Similarmente, odescarte progra- mado implica na substituigio de um item em um limite de vida especificado, ‘ou antes dele, independentemente da sua condicfo naquele momento, Coletivamente, estes dois ipos de tarefas sao geralmente conhecidascomo manutengiio preventive. Bles sho, de longe, a formade manutengaopré-ativa ‘0 mais largamente usados. Entretanto pelas raz0es discutidas acima, elas so muito menos largamente usadas que eram a vinte anos atrds 14 Manutencao Centrada em Conftabilidade Tarefas sob condigao A necessidade continua de prevenir certos tipos de falha ea crescente in: ‘capacidade de tenicas ckissieas para fiz@-lo esto atris do crescimento de novos tipos ce gerenciamento de falhas. A maioria dessas técnicas con- am no iaio de que a maioria das falhas fornecem algum tipo de aviso de que esto prestes a ocorrer. Essesavisos sao cnnhecios com fiathas paven= Ciais eso definidos como condigdes fisicas idenuifiedvels que inulicam que tune foil funcional esti prestesaocorrer on jd estd no processo de ocorrer. Eysas novals écnicus so usadas para detectar falhas potenciais, de modo {que pode-se tomar uma acdo para evitar as consequéncias que poderiam advir, caso se deyenetemem falhas luncionais, Blas sdo chamadas de tarefas sob condigio porque os itens permanecemem serviga com a condigdo de ‘que continucm a cumprir os padvdes de desempenho desejados. (Manu- tengiio sob condigio inclui manuenedo preventiva, manutengdo baseada ‘em condigiio e monitoragdo de condigoes.) Usadas corretamente, as turefas sob condigo so uma forma muito eficiente de gerenciamento de falhas, mas também podem ser um grande despercicio de tempo. © RCM possibilita que as decisdes nesta rea sejam tomiadas com uma especial confianea ‘Tarefas Default ORCM reconhece trés categorias principais dle ages default, como segue: + busca de father: Astarefas de-buscade falha implicam na verificagio peri6dica de funedes ocultas para determinar se elas falharam (enquanto que as tarefas| sob condicio implicam em verificar se alguma coisa est falhando). + reprojeto: reprojeto implica em fuzer alguma mudanga na capacidade intrfaseca de um sistema. Isto inclui modificagdes ao hardware e também cobre mudangas de procedimento, + nenkuma manutenco programade: comoo nome sugere,estedefaultimplica ‘em no fazer esforgo para antecipar ou prevenir modos de falha nos quais E aplicado, entdo aquelas falhas sio simplesmente permitidas de ocorrer © enio reparadas. Este default é também chamado de rodar aré a fala. 0 proceso RCM de selecao de tarefas (Uma geande forga do RCM € 0 modo como ele fornece critérios simples, precisos e de facilmente compreensiveis para se decidir qual (se houver alguma) a tarefa pr6-ativa € recnicamente vidvel em algum contextoe, for, decidircom que freqiiéncia elas devem ser feitase quem deve realizé- las, Esses critérios sfo tratados em maiores detalhes nos Capitulos 6 € 7. Introdugdo a Manutengdo Centrada em Confiabitidtade 15 ‘Se uma tarefa pré-ativa secnicamente vidvel ov no, depende das carac- deristicastéenicas da treiae da falha que ela é destinada a prevenir. Se ela vale a pena ser fita depende da competéncia com a qual ela lida com as consegiiéncias da faiha, Seni forencontrada uma tarefa prO-ativaque sea tecnicamente vidvel evalhaa pena er feita,entio, uma ago defaulttem que ser realizada. A essencia do processo de seleeio de tareta So que segue: + parafalhas ocultas. uma tarefa pré-ativa vale apena ser realizada se ela reduzo risco de falha miltiplaassociada 3 Fungo para ur nivel toleravel- mente baixo, Se til tarefa nfo puder ser encontrada, entfo uma farefa de busca defabhe tem que serrealizada, Se uma arefade busca de Fatha adequacla nao pode ser encontrada, entio a decisio default secundiria que oitem pode terde ser reprojetado (dependendo dasconseqiiencias da falha milla). para fahas com consegléncias na segurana ou meio-ambiente, ur tare prS-ativasé vale pena se clareduz porsis60 risco da falhaa um nivel eal- ‘mente muito baixo, easo nao possa eliminé-la. Se uma tarefa que redza © isco de falha a um nivel toleravelmente baixo no pode ser encontrado item tem que ser reprojetado ou o processo deve ser mudado. sea falha tem conseqUéncias operacionais, uma tarefa préativa 96 vale Penaseoscticust total duranteum periodade tempo forrienorqueocusto das conseqhéncias operacionais e o custo do reparo, durante 9 mesmo periodo de tempo. Em outras palavras, tarefa tem que ser jusrficada fm bases econémicas. Se ela nto ¢ justificada, a decisio deta inicial € henhuma manutengdo programada. (Se isso ocorrer e as conseqiéncias operacionais ainda sto inaceitaveis, entao, a segunda decisto default novamente reprojetr) se una falha em consequéncias ndo operacionais,umatarefapré-tiva sé vale a pena serrealizada se ocusto da tarefa durante um perfodo de tempo for menor que 0 custo do reparo durante 0 mesmo periodo, Poranto, essas trefas também precisam ser justficadas em bases econdmicas. Se ela nto ¢ justificada, a decisao default inieial novamente é nenhume Imanutencdo programada, e se 08 custos do reparo s20 muito altos, a Gecisio default secundria & uma vez mais reprojetor Este abordagem significaquc as tarcfasprodutivas apenas s80 especificadss para thas querealmentenecessitam delas,oque, porsta vez levaasubstan- Giais redugdes da carga de trabalho de rotina, Menos trabalho de rotins também significa que astarefasrestantes provavelmente sero realizadas de ‘odo apropriado, Isso, aliadoa eliminagao de tarefas contraproducents, conduz-a uma manutengio mais efetiva. 16 Reliability-centred Maintenance ‘Compareesta com aabordagem tradicional de desenvolvimento de politicas de manutengao. Tridicionalmente, os requisites de manuteneio de cada ativo ‘sio avaliados em termos de suas caracterfsticas técnica reais ou presumidas, leradas as consequiéneias da falha, Os programas tesultantes ‘siouusuclos para todos os ativos semelhantes, novamente sem seconsiderarque jas diferentes aplicam-se em diferentes contextos operacionass, Isso faz com que tm grande nimero cle programas seja desperdigado, no porque estavarn “ éenicos, mas porque nada obtém. nbém, que 0 processo RCM considera os requisitos de mans tengo de cada tivoantes de perguntar se énecesssria reconsiderar oprojeto. sso ¢ simplesmente porque o engenheiro de manutengao que koje é ores- pontsfvel em que manter o equipamentocomoele existe haje, endiocomo Figura 2.3: Um tem passivel ce manutengao Por outro lado, se « desempenho desejado exceder a capabilidade inicial, nenhurm tipo de manutengio pode levar ao desempenho desejado. Ou seja, tis ativos ndo sio passiveis de munuteneZo, como mostra a Figura 24 Por exemplo, se a bomba mosirada na figura 2.1 tem uma capabilidace inicial de "750 litres por minuto, nao sera capaz de manter © langue chsic. Desde que nao fexista um programa de manutengao que torne a bomba maior, a manutengao. pode meinarar 9 desempenho deselado este contexto. De mesmo modo, so ten- tarmos consequir obter 15 kW {desempo- Inho desajado) de um motor de 10 kW (capabiidade inicia), 0 motor assim for- gado deverd se queimar prematuramen= fe Nenhum tipo de manutengao fard © motor mais potente. Ele pode ser perteita ‘@ adequadamente projetado tecrica- mente bem construldo, mas ne Peder — igure 24s ‘igura 2.4: Uma stuagto apresentar 0 desempenho desejado no stars Contaxto que estd sendo usado. nae Pesevel Sarna Duas conclusées que podem ser tiradas do exemplo acima sio: + para qualquer ativo sujeitoa manutengio, odesempenho desejadodeve estar dentro de sua capabilidade inicial. + para verificarse é mesmoassim, ndo somente precisamos saber a capa- ativo, mas também é necesstirio saber exatamente qual ‘0 desempenho minimo que 0 usuario esté preparado pura aceitar no con- texto do qual 0 ativo esti sendo usado, [ESSSeecesenerd “CAPABILIDADE INICIAL DESEMPENHO———» Fungoes 28 Istodestacaaimportincia de identificar precisamenteo que osusudriosdese- jam quando injeiar a desenvolver um programade manucengao. O pardgrafo seguinte mostra os principais aspectas dos padres de desempenho. Paudroes miitiptos de desempenho Muitas definigdes de fungdes incorporam mais de um e ts vezes muitos padroes de desempento, Por exemplo, uma fungao de um reator quimico numa planta quimica pode sor lstado como + Aquecer até 500 kg produto Xda temperatura ambiente aléoponto de fusso (12580) om uma hora ‘Neste caso 0 peso do produto, a faixa de temperatura e 0 tempo apresentam iloronites expactativasde desempanho. Igualmente, a fungao paimaria do maior ‘ce um carro pode ser detinida como: + Transpottar até 5 pessoas na velocidade de 140 keh Aqui as expectativas de desempenno referem-se a volocidade @ ao niimero oe passage'ros, Padrées quantizatives de desempenho Padroes de desempenho deveriam ser quantificades quando posstvel, porque sio propriamente muito mais precisos que os padres qualitatives. Deve ser tomado um cuidado especial para evitar afirmagGes qualitativas como “produzir tantos produtos quantos os desejados pela producio”,ou “andar 0 mais rapido possivel”. Afirmagdes deste tipo sao sem sentido, porque tornam impossivel definir exatamente quando o item falhou. Narealidade, pode ser extraordinariamente dificil definir precisamente fo que é requeride, mas justamente por ser dificil, nfo significa que no pode ou no deva ser feito, Um principal usuario do RCM resumiu este onto, dizendo “se os usuirios de um ative nfo podem especificar precisa- mente qual o desempenho que eles querem para o ativo, ndo podem exigir que a manutengdo seja responsavel por sustentar este desempenho’. Padres Qualitativos Apesar da necessidade de ser preciso, muitas vezes €impossivel especificar padres quantitativos de desempenho, devemos, entio, ficar com relaté- ios qualitativos. Por exemplo, afuncas priméria da pintura “parecer aceitéve” (sa ndo “atrativa’. (Oque 6 "aceitav” varia muito de pessoa para pessoa e¢ impossivel auantiticar. Assim 03 usuérios @ 0 pessoal da manutengdo precisam ter cuidado para asse- {gurar que participorn de um entendimento comum a fim de saber o significado da palavra “aeellaver antes de astabelecer Lm sistama destinado a conseguir esta aceltabiidade, 26 Manurengiio Centrada em Confiabilidade Padres absolutos de desempenho Uma fungio que ao contém nenhum padrio de desempenho normal- mente implica em ser absolut, Por exemplo,o canceito de contetide esti associado a quase todos os sistemas. A lunge conteude ¢ trequentemento escrita como segue! * Comter 6 luca % ‘A auséncia de um padrBo de desempenho sugere que o sistema dova conter Todos os liquides e qualquer vazamento em qualquer quaniidade lova a um eslado de faiha. Em casos em que um sistema fechado pode tolerar algum vazamento, a quantidade que pose ser tolerada lave ser incorporada como um ppadrao do desampanno da fungao. Pactides Variévels de Desempento ‘Asexpectativas de desempenho (ou tensiio aplicada) algumas vezes varia infinitamente entre dois extremos Considere, por exomplo, um caminhio para lenviegar cargas de mercadorias variades para varpjstas urbanos. Supona quo as ‘eargas versadeiras variem entre 0 (vazio} © 5 tonoladas com uma média de 2,5 tea Figura, 2.5: Paatées vaniiveis de desempenhio Limites Superior e Inferior Em contraste com is expectativas de desempenho variveis, alguns sistemas exibem capabilidade variivel. Sdo sistemas que simplesmente no podem ser colocados a funcionar para o mesmo padrao cada vez que operam. Por exemplo, uma retilica utlizada para retiticar um eixo de manivela nao faré exalamanta o mesmo cidmetroreificade todas as vezes quo operar. O diameiro Poderd variar somente de alguns microns, Igualmente, uma enchedora ern uma {abniea de produtos almenticios nao enchera dois recpientes exatamente com o ‘mesmo peso de material, Os pases variam, mesmo somente alguns mligramas. A Figura 2.6 indica que as variagdes de capabilidade desta natureza arian deacordo.com a media, A fimde acomodar esta variabilidade, os padres desejados de desempenho incorporam um limite superior ¢ inferior. ] | | | i i Fungoes 27 PPorexemplo,afungao primaria de urna maquina empacotadora de doces poce ser + Empacotar250:1 ede doces em sacos.a uma velocidade minima de 75 sa008 por minuto ‘Alluneao primaria da retitica sera ‘+ Flliicar um maneal em ciclos de 3.00 £0.03 minutos a um diametto de 75+ 0.1 wansexenruin neater ds Rao, DESEMPENHO DESEAD0 (Na pritica, este tipo de variabilidade no € aceita por je de razdes. ideal setia os processos fossem tio estiveis que no houvesse variagao alguma e conseqtientemente no ne- cessitaria de dois limites. Na procura deste ideal, muitas indhistrias gastam ‘muito tempo e energia em projetos de pprocessos que variem o menos possfvel, No entanta, este aspeeto de projeto. e desenvolvimento esti além do escopo deste livro, Agora vamos nos concentrar somente na variubilidade sob o ponto de vista da manutengi0) A variabilidade tolerada na especificagao de um produto € geralmente influenciada por fatores externos. Figura 2.6: Limites superior e interior reo deaito—o Desengerho Por exemplo,o limite inferior que pode ser tolarado no diametro do mancal do ‘ehxo de manivelas @ regido por fatores come ruido, vibragso e dureza, €0 limite superior pelas folgas necessérias a uma lubrifcagao adequada, O limite inferior {do peso dos sacos de docs (relativa ao peso anunciado) é comumente regido pela legisiacdo vigente, enquanta o limite superior & regido pela quartidade de Produtos que a companinia quer produzie para vender. Em casos como estes, os limites de desempenho desejacios so conheci- dos como limites superior ¢ inferior da especifieagdo. Os limites de capabilidade (normalmente definidos como sendo és desvios padrdes de eada lado) so conhecidos como limites de conirole inferior e superior. A teotia de gerenciamento da qualidade sugere que num processo bem gerenciado, a diferenga entre os limites de controle de maneiraideal,deve sera metade da diferenca entre os limites de especifieactio. Este multiplo permitiré uma margem mais adequada para deterioragao do ponto de vista da manutencao, Limites inferiores e superiores ndo to somente aplicados na qualidade do produto, Bles tambémse aplicam aoutras especificagdes funcionaiscomo na ‘acuracidade dos padres ¢ conjuntos de sistema de controle e dispositivos de proteco. Este axsunto discutido mais adiante no Capitulo 3.

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