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VADE MECUM – SEFAZ/MT

SUMÁRIO

1. Lei 7.098/98 – ICMS 02

2. Lei 7.301/00 – IPVA 141

3. Lei 7.850/02 – ITCD 161

4. Lei 8.797/97 – PAT 180

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LEI 7.098, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1998.
Consolidada até a Lei 11.992/2022 e LC 708/2021.

Consolida normas referentes ao Imposto sobre Operações relativas à


Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO, tendo em


vista o que dispõe o artigo 42 da Constituição Estadual, aprova e eu
sanciono a seguinte lei:

Art. 1º Esta lei dispõe, com base no art. 155, II, da Constituição Federal, e
na Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, observadas as
alterações que lhe foram conferidas pela Lei Complementar nº 102, de 11
de julho de 2000, sobre a consolidação das normas referentes ao Imposto
sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações
de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
– ICMS.

CAPÍTULO I
Da Incidência

Art. 2º O imposto incide sobre:

I - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive fornecimento


de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos
similares;
II - prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por
qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores;

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III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio,
inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão,
a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
IV – fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não
compreendidos na competência tributária dos Municípios;
V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao
imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, quando a lei
complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto
estadual.

§ 1º O imposto incide também:


I - sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por
pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do
imposto, qualquer que seja a sua finalidade; (Nova redação dada pela
Lei 7.611/01)
II - sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado
no exterior;
III - sobre a entrada, no território do Estado, de petróleo, inclusive
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia
elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização e
decorrente de operações interestaduais;
IV - sobre a entrada no estabelecimento de contribuinte de bem ou
mercadoria destinada a uso, consumo ou ativo permanente;
IV-A - sobre a operação, realizada por remetente de outra unidade
federada, que destinar bem ou mercadoria a consumidor final, não
contribuinte do imposto, localizado no território mato-
grossense; (Acrescentado pela Lei 10.337/15, efeitos a partir de
1º/01/2016)
V - sobre a utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha
iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação
subseqüente;
V-A sobre a prestação de serviço, iniciada em outra unidade federada,
destinada a consumidor final, não contribuinte do imposto, localizado no

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território mato-grossense; (Acrescentado pela Lei 10.337/15, efeitos a
partir de 1º/01/2016)

VI - sobre as operações com programa de computador software, ainda que


realizadas por transferência eletrônica de dados. (Declarada a
inconstitucionalidade do dispositivo pelo STF na ADI 1.945, cuja ata de
julgamento foi publicada no DOU de 02.03.21, Seção 1, p. 1, quanto
aos efeitos, vide modulação)

§ 2º Para fins do disposto no inciso III do caput consideram-se, também,


como prestações onerosas de serviços de comunicação:

I – serviços de provimento de acesso à Internet, de transmissão de dados e


de informações, adesão, acesso, disponibilização, ativação, habilitação,
assinatura, facilidades, bem como os demais serviços de valor adicionado,
ou quaisquer outros que aperfeiçoem ou acrescentem novas utilidades ao
serviço de comunicação, ou que sejam exigidos como condição à sua
prestação, ainda que preparatórios, independentemente da tecnologia
utilizada ou da denominação que lhes seja dada; (Declarada a
inconstitucionalidade das expressões tachadas, pelo STF, na
ADI 1.945, cuja ata de julgamento foi publicada no DOU de 02.03.21,
Seção 1, p. 1, quanto aos efeitos, vide modulação)
II – serviços prestados em regime de concorrência econômica por empresas
públicas e sociedades de economia mista, bem como o serviço de
telegramas, telefax e outros serviços, ainda que prestados pelos correios,
suas agências franqueadas e congêneres;
III – serviços relativos à ligação telefônica internacional, quando o tomador
estiver no território nacional;
IV – serviços de comunicação visual ou sonora;
V – serviços a destinatário no exterior, desde que o resultado ocorra no
território nacional;
VI – serviços de disponibilização a outros prestadores de serviço de
comunicação ou a usuário final, de redes, de infraestrutura de meios de
comunicação e de equipamentos inerentes ao serviço;

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VII – serviços de rastreamento ou localização de bens ou pessoas.

§ 3º Sobre a parcela da prestação onerosa de serviços de comunicação, de


que tratam o inciso III do caput e o parágrafo anterior, o imposto incide
ainda que o serviço tenha se iniciado no exterior ou fora do território do
Estado.

§ 4º Na hipótese do inciso I do caput, no que pertine à energia elétrica, o


imposto incide inclusive sobre a produção, extração, geração, transmissão,
transporte, distribuição, fornecimento ou qualquer outra forma de
intervenção onerosa, ocorrida até a sua destinação ao consumo
final. (Nova redação dada pela Lei 7.364/00)

§ 5º A caracterização do fato gerador independe da natureza jurídica da


operação ou prestação que o constitua. (Acrescentado pela Lei 7.364/00)

§ 6º Para fins do disposto no inciso V do § 2º, será observado o que segue:


I – incluem-se na hipótese do inciso II, do § 1º também as prestações de
serviços de comunicação realizadas no exterior;
II – considera-se verificado no país o resultado do serviço de comunicação,
quando ao menos uma das pessoas alcançadas pelo serviço de
comunicação esteja domiciliada ou estabelecida no território nacional,
salvo na hipótese em que o destinatário e o prestador estejam localizados
no exterior. (Acrescentado pela Lei 9.226/09)

CAPÍTULO II
Do Fato Gerador

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:


I - da saída da mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que
para outro estabelecimento do mesmo titular;

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II - do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por
qualquer estabelecimento;
III - da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral

ou em depósito fechado;
IV - da transmissão da propriedade da mercadoria, ou de título que a

represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento

transmitente;

V - do início da prestação de serviços de transporte interestadual e


intermunicipal, de qualquer natureza;

VI - do ato final do transporte iniciado no exterior;


VII - da prestação onerosa de serviços de comunicação, por qualquer meio,
inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão,

a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;

VIII - do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços:

a) não compreendidos na competência tributária dos Municípios;

b) compreendidos na competência tributária dos Municípios e com

indicação expressa de incidência do ICMS, como definido na lei

complementar aplicável.
IX - do desembaraço aduaneiro das mercadorias ou bens importados do

exterior; (Nova redação dada pela Lei 7.611/01)

X - do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior;

XI - da aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados

do exterior apreendidos ou abandonados; (Nova redação dada pela


Lei 7.611/01)

XII - da entrada no território do Estado de lubrificantes e combustíveis


líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de

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outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à
industrialização; (Nova redação dada pela Lei 7.364/00)
XIII - da entrada no estabelecimento de contribuinte de bem ou

mercadoria, adquirida em outro Estado, destinada a uso, consumo ou ativo


permanente;

XIII-A - da saída do bem ou mercadoria do estabelecimento de contribuinte

localizado em outra unidade federada, com destino a consumidor final, não

contribuinte do imposto, localizado neste Estado;


XIV - da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha

iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação


subseqüente, alcançada pela incidência do imposto;
XIV-A - do início da prestação de serviço em outra unidade federada,

destinado a consumidor final, não contribuinte do imposto, localizado no

território mato-grossense;

XV - da entrada da mercadoria ou bem no estabelecimento do adquirente,

ou em outro por ele indicado, para efeito de exigência do imposto por

substituição tributária.

§ 1º Na hipótese do inciso VII, quando o serviço for prestado mediante

pagamento em ficha, cartão ou assemelhados, considera-se ocorrido o fato

gerador do imposto quando do fornecimento desses instrumentos ao

usuário.

§ 2º Na hipótese do inciso IX, a entrega pelo depositário, após o

desembaraço aduaneiro, de bem ou mercadoria importada do exterior


deverá ser autorizada pelo órgão responsável pelo seu desembaraço, que

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somente se fará mediante a exibição do comprovante de pagamento do
imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo disposição em
contrário.

§ 3º Poderá ser exigido o pagamento antecipado do imposto, conforme


disposto na legislação tributária, relativamente a determinadas operações,
prestações, atividades ou categorias de contribuintes.

§ 4º A antecipação do recolhimento de que trata o parágrafo anterior


poderá ser exigida na entrada de mercadorias no território mato-
grossense, inclusive quando se tratar de mercadoria a vender no Estado
sem destinatário certo.

§ 5º O recolhimento será exigido, ainda, na entrada do território mato-


grossense de mercadoria ou bem cujo pagamento do imposto já deveria
ter sido efetuado, conforme previsto na legislação tributária.

§ 6º Para os efeitos do disposto no inciso I, considera-se saída do


estabelecimento a mercadoria que:

I - constar do seu estoque final na data do encerramento da atividade;


II - nele tenha entrado desacobertada de documentação fiscal, ou
acompanhada de documento fiscal inidôneo ou, ainda, quando sua entrada
não tenha sido regularmente escriturada;
III - adquirida para industrialização ou comercialização ou por ele
produzida, for destinada ao seu uso ou consumo.

§ 6°-A Para fins do disposto no inciso I, considera-se, ainda, ocorrida a saída


dentro do território do Estado, quando: (Acrescentado pela Lei 7.867/02)
I – a mercadoria for remetida por estabelecimento deste Estado, com
destino a outra unidade da Federação, sem que haja comprovação da saída
do território mato-grossense;

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II – houver entrada de mercadoria no Estado de Mato Grosso, para simples
trânsito, acobertada por documento fiscal em que remetente e destinatário
estejam localizados em outras unidades da Federação, sem que seja
comprovada a respectiva saída do território mato-grossense

§ 7º Nas hipóteses de que tratam o inciso III do caput e os §§ 2º, 3º e 6º do


Art. 2º, considera-se também ocorrido o fato gerador, no momento:
I - da prestação onerosa de serviços adicionais às hipóteses elencadas no
inciso III do artigo 2º, tais como os cobrados a título de acesso, adesão,
ativação, habilitação, disponibilidade, assinatura, utilização, serviços
suplementares e outras facilidades que otimizem ou agilizem o processo
de comunicação, independentemente da denominação que lhes seja dada;
II - da recepção da comunicação e/ou do respectivo sinal de som, imagem
e dados, isolada ou conjuntamente, e/ou sinais de qualquer espécie ou
natureza, por meio de satélite orbital e/ou rádiofreqüência terrestre e/ou
sinais eletromagnéticos ou não, de qualquer espécie ou natureza, quando
o prestador do serviço de comunicação estiver localizado no exterior e/ou
em outra unidade da Federação.
III – da disponibilização dos créditos passíveis de utilização em terminal de
uso particular, observado o disposto no § 10º, deste artigo;
IV – do recebimento pelo destinatário ou beneficiário, no território
nacional, de serviço de comunicação prestado ou iniciado no
exterior; (Acrescentado pela Lei 9.226/09)
V – do recebimento pelo beneficiário, no território nacional, de serviço de
comunicação prestado a destinatário no exterior, na hipótese prevista no
inciso V, do § 2º, do Art. 2º. (Acrescentado pela Lei 9.226/09)

§ 8º No que pertine à energia elétrica, considera-se também ocorrido o fato


gerador: (Acrescentado pela Lei 7.364/00)
I - na hipótese do inciso I do caput, no momento em que ocorrer a
produção, extração, geração, transmissão, transporte, distribuição,
fornecimento ou qualquer outra forma de intervenção onerosa, ocorrida
até a sua destinação ao consumo final;

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II - na hipótese do inciso XII do caput, no momento da entrada no território
mato-grossense da energia elétrica produzida, extraída, gerada,
transmitida, transportada, distribuída, fornecida ou que tiver sofrido
qualquer intervenção onerosa no território mato-grossense, quando não
destinada à comercialização ou à industrialização.

§ 9º Na hipótese de entrega da mercadoria ou bem importados do exterior


antes do desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador
neste momento, devendo a autoridade responsável exigir, salvo disposição
em contrário, a comprovação do pagamento do imposto.

§ 10 Para fins do disposto no inciso III, do § 7º deste artigo, a


disponibilização dos créditos ocorre no momento de seu reconhecimento
ou ativação pela empresa de telecomunicação, que possibilite o seu
consumo no terminal. (Acrescentado pela Lei 9.226/09)

CAPÍTULO III
Da Não Incidência

Art. 4º O imposto não incide sobre:

I - operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua

impressão;

II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive


produtos primários e produtos industrializados semi-elaborados, ou

serviços;
III - operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo,

inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados,


quando destinados à industrialização ou à comercialização;

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IV – operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou
instrumento cambial;
V - operações, efetuadas por estabelecimento prestador de serviços,

relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser utilizadas


pelo próprio autor da saída, na prestação de serviço de qualquer natureza,

definido em lei complementar como sujeito ao imposto sobre serviços, de

competência dos Municípios, ressalvadas as hipóteses previstas na referida

lei;
VI - operações de qualquer natureza decorrentes da transferência de

propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie,


ou, ainda, efetuadas em razão de mudança de endereço;
VII - operações vinculadas à alienação fiduciária em garantia, inclusive

aquelas efetuadas pelo credor em decorrência do inadimplemento do

devedor;

VIII - operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do

bem arrendado ao arrendatário;

IX - operações de qualquer natureza decorrentes da transferência de bens

móveis salvados de sinistro para companhias seguradoras;


X - saída interna de mercadoria destinada a armazém-geral ou depósito

fechado do próprio contribuinte, para depósito em nome do remetente,

bem como o respectivo retorno ao estabelecimento depositante;

XI - saída interna de mercadoria, pertencente a terceiro, de

estabelecimento de empresa de transporte, ou de depósito por conta e


ordem desta, ressalvado o disposto no inciso II do artigo 2º;

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XII - prestações de serviços de transporte de passageiros, com
características de transporte urbano ocorridas entre os Municípios de
Cuiabá e Várzea Grande e região metropolitana.

XIII – serviços prestados a destinatários no exterior, ressalvadas as


hipóteses previstas no inciso V, do § 2º do Art. 2º; (Acrescentado pela

Lei 9.226/09)

XIV – prestações de serviço de comunicação, nas modalidades de

radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.


XV - saídas internas de material de uso e consumo e de bem do ativo

imobilizado com destino a outro estabelecimento do mesmo titular,


ressalvado, quanto ao aproveitamento de crédito, o disposto no § 4º-B do
art. 25;

XVI - operações com fonogramas e videofonogramas musicais, produzidos

no Brasil, contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros

e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem como os

suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa

de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

§ 1º Para efeitos do inciso I, não se consideram livros:

I - aqueles em branco ou simplesmente pautados, bem como os riscados


para escrituração de qualquer natureza;
II - aqueles pautados de uso comercial;
III - as agendas e todos os livros deste tipo;
IV - os catálogos, lista e outros impressos que contenham propaganda
comercial;
V - o texto e/ou informação que não for diretamente acessível aos sentidos
humanos, tais como a informação magnética ou óptica, acondicionada,
transmitida e/ou veiculada sob qualquer meio.

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§ 2º Relativamente ao papel, cessará a não incidência prevista no inciso I
do caput quando a mercadoria for consumida ou utilizada em finalidade
diversa daquelas nele indicadas, ou encontrada em poder de pessoas
diferentes de empresas jornalísticas, editoras ou impressoras de livros e
periódicos, bem como dos importadores, arrematantes ou fabricantes, ou
de estabelecimentos distribuidores do fabricante do produto ou, ainda,
quando encontrada em trânsito desacobertada de documento fiscal.

§ 3º Equipara-se às operações de que trata o inciso II do caput a saída de


mercadoria realizada com o fim específico de exportação para o exterior,
destinada a:

I - empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro


estabelecimento da mesma empresa;

II - armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.

§ 4º A não incidência prevista no inciso I do parágrafo anterior não se aplica


à remessa subseqüente, dentro do território nacional, para destinatário da
mesma natureza.

§ 5º Não se considera serviço prestado a destinatário no exterior aquele


cujos resultados se verifiquem no território nacional.

CAPÍTULO IV
Dos Benefícios Fiscais

Art. 5º Os benefícios fiscais serão concedidos ou revogados na forma e


atendendo às disposições estabelecidas no artigo 155, § 2º, inciso XII,
alínea g, da Constituição Federal.

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§ 1º Os benefícios fiscais não dispensam o contribuinte do cumprimento
das obrigações acessórias.

§ 2º Quando o reconhecimento do benefício fiscal depender de requisito a


ser preenchido e não sendo este satisfeito, o imposto será considerado
devido no momento da ocorrência da respectiva operação ou prestação.

§ 3º Salvo disposição em contrário, o benefício concedido para


determinada operação não alcança a correspondente prestação de serviço
com ela relacionada.

§ 4º Observado o disposto no Parágrafo único do Art. 24 e nos Arts. 35-A


e 35-B, não se reconhecerão isenção, crédito, redução de base de cálculo,
outras desonerações integrais ou parciais, ou qualquer outro benefício
fiscal à operação ou prestação de serviço irregular ou que não estiver
acobertada por documento fiscal idôneo e regular. (Acrescentado pela
Lei 9.226/09)

Art. 5º-A Ficam isentas do ICMS as prestações de serviço de transporte


executadas dentro do território nacional, exclusivamente, nas operações
que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e
produtos industrializados e semi-elaborados. (Acrescentado pela
Lei 8.631/06)

§ 1º O disposto neste artigo se aplica também às remessas de mercadorias


inclusive produtos primários e produtos industrializados e semi-elaborados
em operação equiparada à exportação, ainda que arrolada em qualquer
dos incisos do § 3º do artigo 4º. (Renumerado de p. único para § 1º pela
Lei 8.779/07)

Art. 5º- B Ficam isentas do ICMS: (Acrescentado pela Lei 10.235/14)


I - as operações de aquisição de combustível destinados ao abastecimento
de veículos de transporte coletivo urbano na Região Metropolitana;

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II - a energia elétrica destinada à alimentação dos trens do Veículo Leve
sobre Trilhos ou aos ônibus e estações do sistema Bus Rapid Transit - BRT

§ 1º A isenção de que trata o inciso I do caput somente se processará


quando o combustível for adquirido diretamente da distribuidora nacional,
no atacado, e segundo os critérios e prestação de contas previstos em
regulamento. (Acrescentado pela Lei 10.235/14)

§ 2º A isenção de que trata o inciso II do caput se refere à energia elétrica


para a movimentação dos veículos, bem como da parte comum das
estações do VLT. (Acrescentada pela Lei 10.235/14)

Art. 5º-C Ficam isentas do pagamento do diferencial de alíquota as


operações de aquisição de ônibus novos para compor as frotas das
empresas de transporte coletivo urbano. (Acrescentado pela
Lei 10.235/14)

Parágrafo único. A isenção de que trata o caput será condicionada à


permanência do veículo na frota operante por, pelo menos, 03 (três) anos,
sendo que, em caso de revenda, será cobrado o diferencial da alíquota,
devidamente corrigido, acrescido de juros e multa. (Acrescentado pela
Lei 10.235/14)

CAPÍTULO V
Da Base de Cálculo

Art. 6º A base de cálculo do imposto é:


I - na saída de mercadoria prevista nos incisos I, III e IV do artigo 3º, o valor
da operação;
II - na hipótese do inciso II do artigo 3º, o valor da operação,
compreendendo mercadoria e serviço;
III - na prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação, o preço do serviço;

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IV - no fornecimento de mercadoria de que trata o inciso VIII do artigo 3º:
a) o valor total da operação, na hipótese da alínea a;

b) o preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada na hipótese da


alínea b.

V - na hipótese do inciso IX do artigo 3º, a soma das seguintes parcelas:


a) o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de
importação, observado o disposto no artigo 7º;
b) imposto de importação;
c) imposto sobre produtos industrializados;
d) imposto sobre operações de câmbio;
e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras,
assim entendidos os valores pagos ou devidos à repartição alfandegária
até o momento do desembaraço da mercadoria, tais como taxas e os
decorrentes de diferenças de peso e erro na classificação fiscal;

VI - na hipótese do inciso X do artigo 3º, o valor da prestação do serviço,


acrescido, se for o caso, de todos os encargos relacionados com a sua
utilização;

VII - no caso do inciso XI do artigo 3º, o valor da operação acrescido do


valor dos impostos de importação e sobre produtos industrializados e de
todas as despesas cobradas ou debitadas ao adquirente;

VIII - na hipótese do inciso XII do artigo 3º, o valor da operação de que


decorrer a entrada;

IX - nas hipóteses dos incisos XIII e XIV do artigo 3º, o valor da operação
ou prestação sobre o qual incidiu o imposto no Estado de origem;

IX-A - nas hipóteses dos incisos XIII-A e XIV-A do Art. 3º, o valor da
operação ou da prestação, observado o disposto no § 3°-A deste artigo;

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X - no caso dos §§ 3º a 5º do artigo 3º, o valor da operação ou prestação,
acrescido, quando for o caso, de percentual de margem de agregação,
inclusive lucro, conforme previsto no § 4º do artigo 13;

XI - nas hipóteses do § 7º do artigo 3º, o valor da prestação onerosa paga


pelo tomador do serviço ou da fração dela decorrente.

§ 1º Integram a base de cálculo do imposto:


I - o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque
mera indicação para fins de controle;
II - o valor correspondente a:
a) seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas,
bem como descontos concedidos sob condição;
b) frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou por sua
conta e ordem e seja cobrado em separado.

§ 2º Não integra a base de cálculo do imposto o montante do Imposto


sobre Produtos Industrializados, quando a operação, realizada entre
contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à
comercialização, configurar fato gerador de ambos os impostos.

§ 3º No caso do inciso IX, o imposto a pagar será o valor resultante da


aplicação do percentual equivalente à diferença entre a alíquota interna e
a interestadual, sobre o valor ali previsto.

§ 3º-A Para fins do estatuído no inciso IX-A deste artigo, nas hipóteses dos
incisos XIII-A e XIV-A do Art. 3°, a base de cálculo é igual ao valor da
operação ou preço do serviço constante no documento fiscal, respeitado,
inclusive, o disposto no § 1° também deste artigo.

§ 4º Na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outro


Estado, pertencente ao mesmo titular, a base de cálculo do imposto é:
I - o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria;

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II - o custo da mercadoria produzida, assim entendida a soma do custo da
matéria-prima, material secundário, mão-de-obra e acondicionamento;
III - tratando-se de mercadoria não industrializada, o seu preço corrente no
mercado atacadista do estabelecimento remetente.

§ 5º Nas operações e prestações interestaduais entre estabelecimentos que


não pertençam ao mesmo contribuinte, caso haja reajuste do valor depois
da remessa ou da realização do serviço, o acréscimo fica sujeito ao imposto
e será devido pelo estabelecimento remetente ou prestador.

§ 6º Integra a base de cálculo do ICMS, nas operações realizadas com


programa de computador - software - qualquer outra parcela debitada ao
destinatário, inclusive o suporte informático, independentemente de sua
denominação. (Declarada a inconstitucionalidade do dispositivo pelo
STF na ADI 1.945, cuja ata de julgamento foi publicada no DOU de
02.03.21, Seção 1, p. 1, quanto aos efeitos, vide modulação)

§ 7º Nas hipóteses do § 5º do art. 23, a base de cálculo


corresponde: (Acrescentado pela Lei 7.364/00)

I - 50% (cinqüenta por cento) o valor pago pelo tomador do serviço mato-
grossense, quando o prestador estiver localizado em outra unidade
federada,
II - 50% (cinqüenta por cento) do valor cobrado pelo prestador de serviço
mato-grossense, quando o tomador estiver localizado em outra unidade
federada.

§ 8º Nas hipóteses dos incisos I e XII do caput do art. 3º, no que se refere à
energia elétrica, e do § 8º do mesmo dispositivo, a base de cálculo do
imposto é o valor cobrado do consumidor final, pelo produtor, extrator,
gerador, transmissor, transportador, distribuidor, fornecedor e/ou demais
intervenientes no fornecimento de energia elétrica, inclusive importâncias
cobradas ou debitadas a titulo de produção, extração, geração,

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transmissão, transporte, distribuição, fornecimento, ou qualquer outra
forma de intervenção ocorrida até a última operação.

§ 9º Na hipótese de serviço de comunicação prestado ou iniciado no


exterior, o valor da prestação do serviço acrescido do valor de quaisquer
tributos incidentes, inclusive contribuições, e de todas as despesas
cobradas do destinatário, ou a ele transferidas. (Acrescentado pela
Lei 9.226/09)

Art. 7º O preço de importação expresso em moeda estrangeira será


convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada no
cálculo do imposto de importação, sem qualquer acréscimo ou devolução
posterior se houver variação da taxa de câmbio até o pagamento efetivo
do preço.

Parágrafo único. O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de


cálculo do Imposto de Importação, nos termos da lei aplicável, substituirá
o preço declarado.

Art. 8º Na falta do valor a que se referem os incisos I e VIII do artigo 6º, a


base de cálculo do imposto é:
I - o preço corrente da mercadoria, ou de sua similar, no mercado
atacadista do local da operação ou, na sua falta, no mercado atacadista
regional, caso o remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de
energia;
II - o preço FOB estabelecimento industrial à vista, caso o remetente seja
industrial;
III - o preço FOB estabelecimento comercial à vista, na venda a outros
comerciantes ou industriais, caso o remetente seja comerciante.

§ 1º Para aplicação dos incisos II e III do caput, adotar-se-á, sucessivamente:


I - o preço efetivamente cobrado pelo estabelecimento remetente na
operação mais recente;

@professorandrefantoni
19
II - caso o remetente não tenha efetuado venda da mercadoria, o seu preço
corrente ou de sua similar no mercado atacadista do local da operação ou,
na falta deste, no mercado regional.

§ 2º Na hipótese do inciso III do caput, se o estabelecimento remetente não


efetuar vendas a outros comerciantes ou industriais ou, em qualquer caso,
se não houver mercadoria similar, a base de cálculo será equivalente a 75%
(setenta e cinco por cento) do preço de venda corrente no varejo.

Art. 9º Nas prestações sem preço determinado, a base de cálculo do


imposto é o valor corrente do serviço, no local da prestação.

Art. 10 Quando o valor do frete, cobrado por estabelecimento pertencente


à mesma empresa que realizar a operação, ou por outro estabelecimento
de empresa que com aquela mantenha relação de interdependência,
exceder os níveis normais de preços em vigor, no mercado local, para
serviço semelhante, constantes de tabelas elaboradas pelos órgãos
competentes, o valor excedente será havido como parte do preço da
mercadoria.

Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, consideram-se


interdependentes duas empresas quando:
I - uma delas, por si, seus sócios ou acionistas, e respectivos cônjuges ou
filhos menores, for titular de mais de cinqüenta por cento do capital da
outra;
II - uma mesma pessoa fizer parte de ambas, na qualidade de diretor, ou
sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra
denominação;
III - uma delas locar ou transferir a outra, a qualquer título, veículo
destinado ao transporte de mercadorias.

Art. 11 Quando o cálculo do tributo tenha por base ou tome em


consideração o valor ou o preço de mercadorias, bens, serviços ou direitos,
a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor

@professorandrefantoni
20
ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou
os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito
passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de
contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial.

§ 1º Para efeitos do disposto no caput considera-se processo regular o


processo administrativo tributário instaurado na forma prevista na
legislação tributária, para discutir a exigência da obrigação tributária e/ou
aplicação da penalidade correspondente.

§ 2º O valor das operações ou prestações poderá também ser arbitrado


pela autoridade fiscal, sem prejuízo das penalidades cabíveis, nas seguintes
hipóteses:
I - entrega, remessa, transporte, recebimento, estocagem ou depósito de
mercadorias ou bens, desacompanhados de documentação fiscal;
II - não exibição ao fisco dos elementos necessários à comprovação do
preço, incluídos os casos de perda ou extravio de livros ou documentos
fiscais;
III - declaração, nos documentos fiscais, de valores notoriamente inferiores
ao preço corrente da mercadoria ou do serviço.

§ 3º Presume-se decorrente de operação ou prestação tributada não


registrada, o valor apurado em procedimento fiscal, correspondente:
I - ao saldo credor na conta caixa;

II - ao saldo credor fictício ou em montante superior ao comprovado, em


sua escrita contábil;

III - ao suprimento de caixa sem a devida comprovação de sua origem,


inclusive fornecido à empresa por administrador, sócio, titular da firma
individual, acionista controlador da companhia, ou por terceiros, se a
efetividade da entrega e a origem dos recursos não forem
satisfatoriamente demonstrados;

@professorandrefantoni
21
IV - ao resultado financeiro negativo obtido pelo confronto entre o saldo
das disponibilidades no início do período, acrescido dos ingressos de
numerários, e deduzidos dos desembolsos e do saldo final das
disponibilidades, considerando-se, ainda, as despesas indispensáveis à
manutenção do estabelecimento, mesmo que não escrituradas, tais como:
a) salários e retiradas;
b) aluguel, água, luz, telefone e outras tarifas, inclusive encargos moratórios
e penalidades eventualmente acrescidos;
c) tributos e respectivos acréscimos legais;
d) outras despesas gerais;

V - à diferença apurada mediante o controle quantitativo das entradas e


saídas de mercadorias tributadas num determinado período, levando em
consideração os estoques inicial e final;

VI - ao valor constante de quaisquer meios de controles de vendas de


mercadorias ou prestação de serviços, sem a respectiva emissão dos
documentos fiscais, ou o montante da diferença quando emitido com
valores inferiores ao real;

VII - ao saldo das disponibilidades existentes ou das constantes do Balanço


da empresa que exceder ao saldo reconstituído na mesma data;

VIII - à diferença a menor entre o valor adicionado ao custo de aquisição


ou produção de mercadorias tributadas, auferido pelo contribuinte e o
obtido mediante a aplicação do percentual de margem de lucro previsto
pela legislação tributária para a respectiva atividade econômica, desde que
efetivamente comprovadas irregularidades na sua escrituração fiscal ou
contábil,

IX - à diferença a maior entre o valor adicionado ao custo da aquisição ou


de produção de mercadorias isentas, não tributadas ou sujeitas à
substituição tributária, auferido pelo contribuinte, e o obtido mediante a

@professorandrefantoni
22
aplicação do percentual de margem de lucro previsto pela legislação
tributária para a respectiva atividade econômica,

X - ao preço corrente da mercadoria ou de sua similar, ou da prestação, em


situação fiscal irregular, no local de domicílio do contribuinte fiscalizado ou
no da verificação fiscal, podendo ser utilizada pauta de valores mínimos
elaborada pela Secretaria de Estado de Fazenda;

XI - ao valor das entradas das mercadorias, acrescido do percentual de


margem de lucro previsto para, a atividade econômica, cujos documentos
fiscais não foram regularmente escriturados, respeitada a dedução dos
créditos fiscais correspondentes;

XII - o montante das vendas efetuadas pelo estabelecimento, informado ao


fisco por instituições financeiras e administradoras de cartão de crédito ou
de débito, que exceder ao valor das operações e ou prestações declarado
ao fisco pelo estabelecimento; (Acrescentado o inciso XII pela
Lei 8.631/06)

XIII - ao valor que mais se aproximar dos estabelecidos com base nos
incisos anteriores, na impossibilidade de aplicação de qualquer deles.

XIV - a ativo oculto;

XV - a pagamento não contabilizado;

XVI - à falta de registro contábil de documento, fato ou evento contábil-


financeiro relativo à entrada ou à aquisição de bem ou mercadoria ou à
utilização de serviços e outros elementos que representem custos ou
despesas;

XVII - aos valores creditados em conta de depósito ou de investimento


mantido junto à instituição financeira, em relação aos quais o titular,

@professorandrefantoni
23
regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e
idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações.

§ 3º-A Aplicam-se subsidiariamente aos contribuintes do ICMS as


presunções de omissão de receita previstas na legislação que rege os
tributos federais.

§ 4º O regulamento desta lei poderá autorizar o arbitramento em outras


hipóteses não compreendidas neste artigo.

Art. 12 O valor mínimo das operações ou prestações poderá ser fixada em


pauta expedida pela Secretaria de Estado de Fazenda.

Parágrafo único. Havendo discordância em relação ao valor fixado, caberá


ao contribuinte comprovar a exatidão do valor por ele declarado, que
prevalecerá como base de cálculo.

Art. 13 A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:


I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes,
o valor da operação ou prestação praticado pelo contribuinte substituído;

II - em relação às operações ou prestações subseqüentes, obtida pelo


somatório das parcelas seguintes:

a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto


tributário ou pelo substituído intermediário;

b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos


cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço;

c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou


prestações subseqüentes.

@professorandrefantoni
24
III - nas hipóteses dos incisos XIII e XIV do artigo 3º, o valor da própria
operação ou prestação sobre o qual incidiu o valor do imposto devido pelo
contribuinte substituto ao Estado de origem da mercadoria ou serviço.

§ 1º Na hipótese de responsabilidade tributária em relação às operações


ou prestações antecedentes, o imposto devido pelas referidas operações
ou prestações será pago pelo responsável, conforme o caso, quando,
alternativamente, ocorrer:

I - da entrada ou recebimento da mercadoria, bem ou do serviço;

II - saída subseqüente por ele promovida, ainda que isenta ou não


tributada;

III - qualquer evento que impossibilite a saída determinante do pagamento


do imposto.

§ 2º Tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor,


único ou máximo, seja fixado por órgão público competente, a base de
cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, será o referido
preço.

§ 3º Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante,


importador ou remetente, assim entendido aquele constante em catálogo
ou lista de preços de sua emissão, poderá ser adotado este como base de
cálculo, acrescido do valor do frete quando não incluído no preço.

§ 4º A margem a que se refere a alínea c do inciso II do caput será


estabelecida com base em preços usualmente praticados no mercado
considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou
através de informações e outros elementos obtidos junto às entidades
representativas dos respectivos setores, adotando-se a média ponderada
dos preços coletados, observados os demais critérios determinados pelo
regulamento. (Declarada a inconstitucionalidade da expressão
tachada, pelo STF, na ADI 1.945, cuja ata de julgamento foi publicada

@professorandrefantoni
25
no DOU de 02.03.21, Seção 1, p. 1, quanto aos efeitos, vide modulação).

§ 5º O imposto a ser pago por substituição tributária, nas hipóteses do


incisos II e III do caput, corresponderá à diferença entre o valor resultante
da aplicação da alíquota prevista neste Estado para as operações ou
prestações internas sobre a respectiva base de cálculo e o valor do imposto
devido pela operação ou prestação própria do contribuinte substituto.

§ 6º Para fins do disposto no inciso I do § 1º, no que pertine aos serviços


de comunicação, consideram-se como entrada o recebimento, execução
ou fruição do serviço.

§ 7º No que pertine à energia elétrica, a base de cálculo do imposto, para


fins de substituição tributária, é o valor cobrado do consumidor final pelo
produtor, extrator, gerador, transmissor, transportador, distribuidor,
fornecedor e/ou demais intervenientes no fornecimento de energia
elétrica, nele incluídas as importâncias cobradas ou debitadas a título de
produção, extração, geração, transmissão, transporte, distribuição,
fornecimento, ou qualquer outra forma de intervenção ocorrida até a
última operação.

§ 8º Na impossibilidade da aplicação do disposto no inciso II do caput, a


base de cálculo em relação às operações ou prestações subseqüentes
poderá ser o preço a consumidor final usualmente praticado no mercado
considerado ou no Estado de Mato Grosso, relativamente ao serviço, à
mercadoria ou sua similar, em condições de livre concorrência.

§ 9º Nas hipóteses de conexão e uso de sistemas de energia elétrica, a base


de cálculo do imposto devido por substituição tributária nos termos do §
2º do Art. 19-A, corresponde ao valor total pago a todas as empresas
transmissoras pela conexão e uso dos respectivos sistemas de transmissão
de energia elétrica, ao qual deve ser integrado o montante do próprio
imposto.

@professorandrefantoni
26
§ 10 Nas hipóteses relativas à prestação de serviço de comunicação, será
observado o que segue:

I – atendido o disposto no § 1º deste artigo, o imposto decorrente da


substituição tributária será devido pelo responsável, no momento:
a) do início da prestação do serviço, ressalvado o disposto na alínea
seguinte;
b) definido no regulamento desta lei ou em normas complementares.

II – o imposto devido por substituição tributária será calculado pela


aplicação da alíquota correspondente sobre a base de cálculo da prestação
praticada pelo contribuinte substituído;

III – em relação ao disposto no inciso VI do § 2o do Art. 2o, a base de cálculo


do imposto devido por substituição tributária será o valor total cobrado
pela cessão de redes, de infraestrutura de meios de comunicação e de
equipamentos inerentes ao serviço, acrescidos do preço dos serviços
disponibilizados.

§ 11 O estatuído no inciso III, do parágrafo anterior aplica-se, inclusive, na


determinação da base de cálculo do imposto devido por substituição
tributária pelas prestações antecedentes, por diferimento, nas hipóteses de
prestações de serviços de comunicação decorrentes de exploração
industrial de serviço por interconexão, respeitado o disposto em
regulamento e na legislação complementar.

§ 12 Na fixação da base de cálculo do ICMS devido por substituição


tributária, relativo a aquisições interestaduais de bens e mercadorias
submetidos ao aludido regime, será adotado o critério previsto no inciso II
do caput deste artigo, quando o valor resultante for superior ao preço
médio ponderado a consumidor final (PMPF), em vigor na data da
operação, exceto combustíveis derivados de petróleo.

@professorandrefantoni
27
CAPÍTULO VI
Da Alíquota

Art. 14 As alíquotas do imposto são:

I - 17% (dezessete por cento), ressalvadas as hipóteses expressamente


previstas nos incisos seguintes:

a) nas operações realizadas no território do Estado

c) nas importações de mercadorias ou bens do exterior;

d) nas prestações de serviços de transporte realizadas no território do


Estado, ou quando iniciadas no exterior;

g) na prestação onerosa regular e idônea de serviço de telecomunicação


fixa comutada prestada por operador de telecomunicação inscrito e
regular, quanto ao tomador usuário final residir e domiciliar dentro do
território do Estado; (Acrescentada pela LC 708/2021, efeitos a partir de
1º.01.2022)

h) ressalvado o disposto na alínea g deste inciso, nas demais prestações


onerosas de serviços de comunicação, inclusive quando prestados ou
iniciados no exterior; (Acrescentada pela LC 708/2021,efeitos a partir de
1º.01.2022)

II - 12% (doze por cento):

a) nas operações que destinem mercadorias a contribuintes estabelecidos


em outra unidade da Federação, ressalvado o disposto na alínea b do inciso
VIII deste artigo;
b) nas prestações de serviços de transporte interestadual, destinadas a
contribuinte do imposto, ressalvado o disposto na alínea d deste inciso e
no inciso VIII;

@professorandrefantoni
28
c) nas operações realizadas no território do Estado com as seguintes
mercadorias:

1. arroz;
2. feijão;
3. farinha de trigo, de mandioca, de milho e fubá;
4. aves vivas ou abatidas, suas carnes e miudezas comestíveis, frescas,
refrigeradas ou congeladas;

5. carnes e miudezas comestíveis das espécies bovina, bubalina, suína,


ovina e caprina, frescas, refrigeradas ou congeladas;

6. banha de porco;

7. óleo de soja;

8) açúcar cristal ou refinado classificados na posição 17.01 da


Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM; (Nova redação dada pela
Lei 11.329/2021, efeitos a partir de 1º.01.2022)

9) pão francês ou de sal, assim entendido aquele de consumo popular,


obtido pela cocção de massa preparada com farinha de trigo, fermento
biológico, água e sal, que não contenham ingrediente que venha a
modificar o seu tipo, característica ou classificação e que sejam produzidos
com o peso de até 1.000 (mil) gramas, desde que classificados na posição
1905.90.90 da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM; (Nova redação
dada pela Lei 11.329/2021, efeitos a partir de 1º.01.2022)

10) Gás Liquefeito de Petróleo - GLP, quando destinado a uso doméstico


residencial.

12) pão de forma, pão de especiarias, sem adição de frutas e chocolate e


nem recobertos, e pão tipo bisnaga, classificados, respectivamente, nos

@professorandrefantoni
29
códigos 1905.90.10, 1905.20.90 e 1905.90.90 da Nomenclatura Comum do
Mercosul - NCM;

13) mistura pré-preparada de farinha de trigo para panificação, que


contenha no mínimo 95% (noventa e cinco por cento) de farinha de trigo,
classificada no código 1901.20.00 da Nomenclatura Comum do Mercosul -
NCM; (Acrescentado pela Lei 11.329/2021, efeitos a partir de
1º.01.2022)

c-1) operações com veículo automotor novo, desde que submetidas ao


regime de substituição tributária e o remetente de outra unidade federada
seja credenciado junto ao Estado de Mato Grosso como substituto
tributário; (Acrescentado pela Lei 11.329/2021, efeitos a partir de
1º.01.2022)

d) nas prestações de serviços de transporte terrestre interestadual de


passageiros, encomenda e mala postal. (Acrescentada pela Lei 7.111/99)

e) nas operações e prestações em que se destinem bens, mercadorias e


serviços a consumidor final, não contribuinte do imposto, localizado em
outra unidade da Federação, ressalvado o disposto nas alíneas "a" e "b" do
inciso VIII deste artigo; (Acrescentada pela Lei 10.337/15, efeitos a
partir de 1º.01.2016)

II-A - 16% (dezesseis por cento): nas operações internas e de importação


realizadas com óleo diesel classificado no código 2710.19.21 da
NCM; (Acrescentado pela LC 708/2021, efeitos a partir de 1º.01.2022)

III-A - 18% (dezoito por cento): nas operações realizadas com cerveja e
chope classificados no código 2203 da Nomenclatura Brasileira de
Mercadorias - Sistema Harmonizado (código 2203.00.00 da Nomenclatura
Comum do Mercosul - NCM), desde que enquadrados como artesanais,
segundo definido em Lei, e produzidos por empresa classificada como

@professorandrefantoni
30
microcervejaria artesanal, nos termos da Lei; (Acrescentado pela
Lei 11.081/2020)

III-B - 23% (vinte e três por cento) nas operações internas e de importação
realizadas com gasolina classificada no código 2710.00.2 da NBM/SH
(código 2710.12.5 da NCM);

IV - 25% (vinte e cinco por cento):

a) nas operações internas e de importação, realizadas com as mercadorias


segundo a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado
(NBM/SH), a seguir indicadas:

7. álcool carburante, gasolina e querosene de aviação, classificados nos


códigos 2207.10.00, 2207.20.10, 2710.00.2 e 2710.00.31;

8. bebidas alcoólicas, classificadas nos códigos 2204, 2205, 2206.00,


2207.20.0200 e 2208 (códigos 22.04, 22.05, 2206.00, 22.07 e 22.08 da
NCM);

9. embarcações de esporte e de recreação, classificadas no código 8903


(código 89.03 da NCM);

10. joias, classificadas nos códigos 7113 a 7116 (códigos 71.13 a 71.16 da
NCM);

11. cosméticos e perfumes, classificados nos códigos 3303, 3304, 3305 e


3307 (códigos 3303.00, 33.04, 33.05, 33.07 da NCM), excluídos os códigos
3305.10.00, 3307.10.00 e 3307.20, bem como os protetores solares e as
soluções para lentes de contato ou para olhos artificiais, classificados,
respectivamente, nos códigos 3304.99.90 e 3307.90.00, todos da NCM.

IV-A - 25% (vinte e cinco por cento): nas operações internas e de


importação, realizadas com cervejas e chopes classificados no código 2203
da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (código

@professorandrefantoni
31
2203.00.00 da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM), com exceção
das cervejas e chopes produzidos por empresas classificadas como
microcervejaria, de que trata o inciso III-A do caput deste
artigo; (Acrescentado pela Lei 11.081/2020)

VII - variáveis de acordo com as faixas de consumo de energia elétrica,


conforme os percentuais abaixo:

a) classe residencial.

2 - consumo mensal até 150 (cento e cinquenta) Kwh - 12% (doze por
cento);
3 - consumo mensal acima de 150 (cento e cinquenta) Kwh - 17%
(dezessete por cento);

a-1) classe rural:

1 - consumo mensal até 1.000 (mil) Kwh - 12% (doze por cento);
2 - consumo mensal acima de 1.000 (mil) Kwh - 17% (Dezessete por cento);

b) demais classes: 17% (dezessete por cento).

VIII - 4% (quatro por cento):

a) nas prestações de serviços de transporte aéreo interestadual de


passageiro, carga e mala postal;

b) nas operações interestaduais com bens e mercadorias importadas do


exterior, respeitado o disposto nos §§ 1º a 5º deste artigo

IX - 35% (trinta e cinco por cento) nas operações internas e de importação,


realizadas com as mercadorias segundo a Nomenclatura Brasileira de
Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH), a seguir indicadas:

@professorandrefantoni
32
a) armas e munições, suas partes e acessórios, classificados no capítulo
93;
d) cigarro, fumo e seus derivados, classificados no capítulo 24;

§ 1º O disposto na alínea b do inciso VIII deste artigo aplica-se aos bens e


mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço
aduaneiro: (Acrescentado pela Lei 9.856/12)
I - não tenham sido submetidos a processo de industrialização;
II - ainda que submetidos a qualquer processo de transformação,
beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento,
renovação ou recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens com
Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento).

§ 2º O Conteúdo de Importação a que se refere o inciso II do § 1º é o


percentual correspondente ao quociente entre o valor da parcela
importada do exterior e o valor total da operação de saída interestadual da
mercadoria ou bem.

§ 3º O Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ poderá baixar


normas para fins de definição dos critérios e procedimentos a serem
observados no processo de Certificação de Conteúdo de Importação - CCI.

§ 4º O disposto nos §§ 1º e 2º não se aplica:

I - aos bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar


nacional, a serem definidos em lista a ser editada pelo Conselho de
Ministros da Câmara de Comércio Exterior - CAMEX para os fins do
disposto na Resolução do Senado Federal nº 13, de 25 de abril de 2012;
II - aos bens produzidos em conformidade com os processos produtivos
básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, e
as Leis Federais nºs 8.248, de 23 de outubro de 1991, 8.387, de 30 de
dezembro de 1991, 10.176, de 11 de janeiro de 2001, e 11.484, de 31 de
maio de 2007.

@professorandrefantoni
33
§ 5º O disposto na alínea b do inciso VIII deste artigo não se aplica às
operações que destinem gás natural importado do exterior a outros
Estados.

§ 9º Em relação ao disposto nas alíneas g e h do inciso I, no inciso III-A, nos


itens 8, 9, 10 e 11 da alínea a do inciso IV, no inciso IV-A e no inciso IX
do caput deste artigo, deverá ser acrescido o adicional destinado ao Fundo
Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza, no percentual de 2% (dois
por cento). (Nova redação dada pela LC 708/21, efeitos a partir de
1º.01.2022)

§ 10 As alíquotas previstas na alínea a-1 do inciso VII do caput deste artigo:

I - somente se aplicam à energia elétrica consumida em imóvel localizado


em área rural do território mato-grossense, comprovado mediante
cadastramento junto à empresa concessionária de serviço público de
energia elétrica como classe rural;

II - não se aplicam à energia elétrica consumida em área rural, ou em sua


fração, destinada a lazer e recreação.

Art. 15 Quanto à alíquota, deverão, ainda, ser observadas as seguintes


regras:
I - na hipótese do inciso XII do artigo 3º, aplicar-se-á a alíquota prevista
para a operação interna com o produto considerado;
II - nas hipóteses dos incisos XIII e XIV do artigo 3º, a alíquota do imposto
será o percentual que resultar da diferença entre a alíquota interna deste
Estado, aplicável à operação ou à prestação, e aquela aplicada no Estado
de origem da mercadoria ou serviço para operação ou prestação
interestadual.
III - nas hipóteses dos incisos XIII-A e XIV-A do Art. 3°, a alíquota
corresponderá à diferença entre a alíquota deste Estado, aplicável à
operação ou prestação interna, e a alíquota interestadual da unidade

@professorandrefantoni
34
federada de origem, observadas as disposições dos §§ 5°, 6° e 7° deste
artigo.

§ 1º Nas situações aludidas no inciso II, o valor do imposto a recolher será


o resultante da aplicação do referido percentual sobre a base de cálculo
prevista no inciso IX do artigo 6º.

§ 2º O disposto na alínea h do inciso I do art. 14 aplica-se, inclusive, quando


o serviço for prestado ou iniciado fora do território mato-grossense. (Nova
redação dada pela LC 708/21, efeitos a partir de 1º.01.2022)

§ 3º O disposto no inciso VII do artigo anterior aplica-se sobre o valor


cobrado do consumidor final, pelo produtor, extrator, gerador, transmissor,
transportador, distribuidor, fornecedor e/ou demais intervenientes no
fornecimento de energia elétrica, nele incluídas as importâncias cobradas
ou debitadas a título de produção, extração, geração, transmissão,
transporte, distribuição, fornecimento, ou qualquer outra forma de
intervenção ocorrida até a sua destinação ao consumo final. (Acrescentado
pela Lei 7.364/00)

§ 5º Para fins do disposto no inciso III do caput deste artigo, quando


destinar bem, mercadoria ou serviço a este Estado, incumbe ao remetente
ou ao prestador de serviço, conforme o caso:

I - utilizar a alíquota interna deste Estado para calcular o ICMS total devido
na operação ou prestação;
II - utilizar a alíquota interestadual prevista para a operação ou prestação,
para o cálculo do imposto devido à unidade federada de origem;
III - recolher a diferença entre o imposto calculado em conformidade com
o disposto nos incisos I e II deste parágrafo ao Estado de Mato Grosso, na
forma e prazos previstos no regulamento desta Lei e em normas
complementares editadas pela Secretaria Adjunta da Receita Pública da
Secretaria de Estado de Fazenda. (Acrescentado pela Lei 10.337/15,
efeitos a partir de 1º/01/2016)

@professorandrefantoni
35
§ 6º Na hipótese do § 5° deste artigo, integram o cálculo da diferença
pertencente ao Estado de Mato Grosso os valores devidos ao Fundo
Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza, correspondentes:

I - ao adicional de 2% (dois por cento) às alíquotas previstas nas


alíneas g e h do inciso I e no IX do art. 14, nos termos do inciso IV do art.
5º da Lei Complementar nº 144, de 22 de dezembro de 2003, redação dada
pela Lei Complementar nº 482, de 28 de dezembro de 2012;
II - ao percentual da alíquota prevista no inciso IX do Art. 14 desta Lei, que
ultrapassar o percentual de 25% (vinte e cinco por cento), nos termos do
inciso X também do referido Art. 14, acrescentado pela Lei Complementar
n° 460, de 26 de dezembro de 2011.

§ 7º O recolhimento de que trata o inciso III do § 5º deste artigo não se


aplica na parte que se refere ao serviço de transporte quando este for
efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem (cláusula CIF -
Cost, Insurance and Freight). (Nova redação dada pela Lei 10.978/19)

CAPÍTULO VII
Da Sujeição Passiva

Seção I
Do Contribuinte

Art. 16 Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com


habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações
de circulação de mercadorias ou prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações
e as prestações se iniciem no exterior.

§ 1º É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem


habitualidade ou intuito comercial:

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I - importe bens ou mercadorias do exterior, qualquer que seja a sua
finalidade; (Nova redação dada pela Lei 7.611/01)
II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se
tenha iniciado no exterior;
III - adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou
abandonados;
IV - adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de
petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não
destinados à comercialização ou à industrialização.

§ 2º O disposto no inciso II do parágrafo anterior aplica-se também quando


o serviço de comunicação for prestado ou iniciado fora do território mato-
grossense.

§ 3º No que pertine à energia elétrica, contribuinte é também o produtor,


extrator, gerador, transmissor, transportador, distribuidor, fornecedor e/ou
executores de qualquer outra forma de intervenção ocorrida até a sua
destinação ao consumo final.

§ 4º O disposto no caput alcança, ainda, aquele que, mesmo estando


estabelecido em outra unidade da Federação, preste serviço de
comunicação não medido à usuário situado neste Estado, cujo preço seja
cobrado por períodos definidos, conforme previsto no § 5º do art. 23.

§ 5º Ressalvada declaração expressa em contrário do interessado, para


efeitos da cobrança da diferença de que tratam os incisos XIII e XIV
do caput do artigo 3º, não se considera contribuinte a empresa que
desenvolva atividades exclusivamente de construção civil, ainda que
inscrita no Cadastro de Contribuintes do Estado.

§ 6º Nas hipóteses de que trata o parágrafo anterior, na aquisição


interestadual de mercadoria, bem ou serviço, o adquirente ou o tomador
de serviço mato-grossense deverá informar ao remetente ou ao prestador

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do serviço sua condição de não contribuinte do imposto. (Acrescentado
pela Lei 8.628/06)

§ 7º A inobservância do disposto no parágrafo anterior implicará ao


adquirente da mercadoria ou bem ou ao tomador do serviço, em relação a
cada operação e ou prestação, a obrigação de recolher a multa prevista no
artigo 45, X, alínea "f", desta lei. (Acrescentado pela Lei 8.628/06)

§ 8º Ainda em relação à prestação de serviço de comunicação, é também


contribuinte a pessoa física ou jurídica que seja:
I – destinatária no território nacional de serviço prestado no exterior ou
cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
II – beneficiária de serviço prestado ou iniciado no exterior, cujo resultado
ocorra no território nacional, ainda que o destinatário não seja aqui
estabelecido ou domiciliado.

§ 9º Nas hipóteses dos incisos XIII-A e XIV-A do Art. 3°, quando o


destinatário mato-grossense, consumidor final do bem, mercadoria ou
serviço, não for contribuinte do ICMS, a responsabilidade pelo
recolhimento do tributo é do remetente ou do prestador de serviço,
conforme o caso, estabelecido em outra unidade federada, nos termos dos
§§ 2° e 3° do Art. 18.

§ 10 É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que seja sócia de


fato de sociedade empresarial constituída por interpostas pessoas.

Art. 17 São obrigações do contribuinte:

I - inscrever-se na repartição fiscal, antes do início de suas atividades, na


forma que dispuser o regulamento;
II - confeccionar e/ou manter livros e documentos fiscais devidamente
registrados na repartição fiscal de seu domicílio, pelo prazo previsto na
legislação tributária;

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III - exibir ou entregar ao fisco, quando exigido pela legislação ou quando
solicitado, os livros e documentos fiscais, assim como outros elementos
auxiliares relacionados com a condição de contribuinte do imposto;
IV - comunicar à repartição fiscal as alterações contratuais e estatutárias de
interesse do fisco, bem como as mudanças de domicílio fiscal, venda ou
transferência de estabelecimento, suspensão e encerramento de atividade,
na forma e prazo estabelecidos no regulamento;
V - solicitar autorização da repartição fiscal competente quando for
imprimir ou mandar imprimir documento fiscal;
VI - solicitar à repartição fiscal competente a autenticação de livros e
documentos fiscais, antes de sua utilização;
VII - entregar ao adquirente, ainda que não solicitado, e exigir do
remetente, documento fiscal correspondente `a respectiva operação ou
prestação;
VIII - escriturar livros e emitir documentos fiscais na forma e prazo
regulamentares;
IX - manter e utilizar equipamento adequado aos controles fiscais na forma
exigida em legislação complementar;
X - declarar, na forma e em documento aprovado pela Secretaria de
Fazenda, os valores das entradas e saídas de mercadorias e/ou serviços
verificados no período, do imposto a recolher ou do saldo credor a ser
transportado para o período seguinte;
XI - pagar o imposto devido na forma e prazo previstos no regulamento;
XII – exibir sua ficha de inscrição cadastral quando realizar com outro
contribuinte operações com mercadorias ou prestações de serviços;
XIII - acompanhar pessoalmente, ou por preposto, a contagem física das
mercadorias promovida pelo fisco, fazendo por escrito as observações que
julgar convenientes, sob pena de reconhecer como exata a referida
contagem;
XIV - apresentar, em todas as Unidades Operativas de Fiscalização/Postos
Fiscais por onde transitar a mercadoria, a documentação fiscal respectiva,
para aposição do carimbo e visto do servidor competente, ou, quando for
o caso, para retenção de uma de suas vias;

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39
XV - apresentar, em todas as Unidades Operativas de Fiscalização/Postos
Fiscais por onde transitar o veículo, a documentação fiscal relativa à
prestação de serviços de transporte, para aposição do carimbo e visto do
servidor competente, ou, quando for o caso, para retenção de uma de suas
vias;
XVI - não embaraçar a ação fiscal e assegurar aos Fiscais de Tributos
Estaduais o acesso aos seus estabelecimentos, depósitos, dependências,
móveis, utensílios, veículos, máquinas, equipamentos, programas de
computador, dados magnéticos ou óticos e mercadorias;
XVII - apresentar livros fiscais e contábeis, meios de armazenamento de
dados, inclusive magnéticos, algoritmos e formas de tratamentos de dados
e/ou informações, bem como todos os documentos ou papéis inclusive
borradores, cadernos ou apontamentos em uso ou já utilizados.
XVIII – informar à Administração Tributária e manter atualizados os
endereços eletrônicos próprio, do seu preposto e do profissional de
Contabilidade responsável pela respectiva escrituração fiscal e/ou contábil,
bem como acessá-los, diariamente, verificando as notificações e
comunicações administrativo-tributárias, que lhe forem enviadas
eletronicamente pelas unidades fazendárias.

§ 1º Fica a Secretaria de Estado de Fazenda autorizada a editar normas


dispondo sobre os requisitos necessários para a inscrição do contribuinte
no Cadastro de Contribuintes do Estado, inclusive quanto ao capital
mínimo, em função do objeto social da empresa.

§ 2º As referências feitas neste artigo a documentos fiscais e a livros fiscais,


aplicam-se, respectivamente, inclusive, aos documentos fiscais emitidos
eletronicamente, de existência exclusivamente digital e à escrituração fiscal
digital, nas hipóteses em que o contribuinte estiver obrigado à sua adoção,
em consonância com o disposto no regulamento desta lei e em normas
complementares.

Art. 17-A Sem prejuízo das obrigações estatuídas no artigo anterior, os


fabricantes de combustíveis líquidos, de bebidas e de produtos líquidos em

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geral, especificados em regulamento e normas complementares editadas
pela Secretaria de Estado de Fazenda, ficam obrigados a instalar sistemas
de controle e medição de vazão dos mencionados produtos por eles
fabricados.

§ 1º Observado o disposto no regulamento desta lei e em atos


complementares editados pela Secretaria de Estado de Fazenda, a
exigência da obrigação prevista no caput poderá ser: (Nova redação dada
pela Lei 9.226/09)

I – estendida às distribuidoras de combustíveis líquidos;


II – condicionada à capacidade mínima de produção ou de vazão do
estabelecimento.

§ 2º Para fins de aferição da capacidade de produção, normas


regulamentares e complementares a esta lei poderão determinar que
sejam consideradas, englobadamente, o somatório da capacidade das
filiais, pessoas jurídicas associadas, coligadas, controladas e controladoras
dos contribuintes mencionados no caput e no inciso I do § 1º.

§ 3º Os estabelecimentos citados no caput e no § 1º deverão:

I – manter registro dos equipamentos medidores de vazão e


condutivímetros, a partir da respectiva data de entrada em operação;
II – disponibilizar, transmitir, enviar, repassar ou entregar à Secretaria de
Estado de Fazenda, informações pertinentes aos referidos equipamentos e
às operações por eles controladas, na forma, pelos meios e nos prazos
estabelecidos em regulamento ou em normas complementares, admitida a
respectiva capturação por meio eletrônico, sem prejuízo da aferição in loco
pelo fisco;
III – na hipótese de interrupção do funcionamento de equipamento
referido no caput, o contribuinte deverá:
a) comunicar a ocorrência à Secretaria de Estado de Fazenda, na forma e
prazos estabelecidos em normas complementares;

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41
b) manter o controle do volume de produção enquanto perdurar a
interrupção.

§ 6º A Secretaria de Estado de Fazenda poderá credenciar órgãos oficiais


especializados, empresas privadas e entidades representativas dos
fabricantes de bebidas, que ficarão responsáveis pela supervisão e
homologação dos serviços de instalação, aferição, manutenção e reparação
dos equipamentos.

§ 7º Normas complementares a serem editadas pela Secretaria de Estado


de Fazenda disporão sobre os demais procedimentos e controles a serem
observados pelos contribuintes e pelos entes credenciados em
consonância com o parágrafo anterior para atendimento ao estatuído
neste artigo.

Art. 17-B Presumem-se verdadeiras as informações prestadas, por meio


eletrônico ou magnético, à Secretaria de Estado de Fazenda, pelo
contribuinte ou, em seu nome, por terceiro por ele credenciado junto à
mesma, nos termos da legislação complementar. (Acrescentado pela
Lei 7.867/02)

Parágrafo único O disposto na caput aplica-se também às informações


prestadas, por meio eletrônico ou magnético, à Secretaria de Estado de
Fazenda, por terceiros sujeitos à prestação de informação ao fisco, em
conformidade com a legislação tributária.

Art. 17-C Os fabricantes e importadores de Equipamento Emissor de


Cupom Fiscal – ECF, bem como os estabelecimentos revendedores e os
credenciados para realização de suas intervenções técnicas, ficam
obrigados a prestar informações relativas à comercialização e às
intervenções de uso e cessação de uso do equipamento, na forma
estabelecida na legislação tributária. (Acrescentado pela Lei 8.433/05)

Art. 17-D Presumem-se, também, verdadeiros os dados e informações

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42
contidos nos bancos de dados da Secretaria de Estado de Fazenda, bem
como as informações constantes de documentos gerados por sistemas,
programas ou aplicativos, decorrentes de processamento eletrônico de
dados.

§ 1º As informações e documentos a que se refere o caput servirão como


prova na constituição de crédito tributário para exigência de ICMS e ou
penalidades por descumprimento de obrigação relativa ao tributo,
mediante emissão dos instrumentos de que tratam os Arts. 39-B ou 38.

§ 2º Nas hipóteses tratadas neste artigo, incumbe ao fisco promover o


saneamento das informações, mediante etapa preexistente ou posterior a
expedição dos instrumentos de que tratam os Arts 39-B ou 38.

§ 3º Para fins do disposto neste artigo, os documentos gerados na forma


prevista no caput deverão conter a identificação da unidade fazendária
responsável por sua emissão, dispensada a aposição de assinatura ou de
chancela mecânica ou eletrônica.

Art. 17-E São obrigados a exibir os impressos, os documentos, os livros, os


programas e os arquivos magnéticos relacionados com o imposto, a prestar
informações solicitadas pelo fisco e a não embaraçar a ação dos Fiscais de
Tributos Estaduais:
I – as pessoas inscritas ou obrigadas à inscrição no cadastro de
contribuintes ou que tomem parte nas operações ou prestações sujeitas ao
imposto;
II – os que, embora não contribuintes, prestem serviços a pessoas sujeitas
a inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS;
III – os serventuários da Justiça;
IV – os funcionários públicos e os servidores do Estado, os servidores de
empresas públicas, de sociedades em que o Estado seja acionista
majoritário, de sociedades de economia mista ou de fundações;

@professorandrefantoni
43
V – as empresas de transporte de âmbito municipal e os proprietários de
veículos que façam do transporte profissão lucrativa e que não sejam
contribuintes do imposto;
VI – os bancos, as instituições financeiras, os estabelecimentos de crédito
em geral, as empresas seguradoras e as empresas de leasing ou
arrendamento mercantil;
VII – as empresas administradoras de cartão de crédito ou débito,
relativamente às operações ou prestações de serviço realizadas por
usuários deste Estado;
III – os síndicos, os comissários e os inventariantes;
IX – os leiloeiros, os corretores, os despachantes e os liquidantes;
X – as empresas de administração de bens;
XI – as empresas de informática que desenvolvam equipamentos ou
programas aplicativos, ou prestem suporte, para usuário de Equipamento
Emissor de Cupom Fiscal – ECF;
XII - o intermediador das operações relativas à circulação de mercadorias
que promova arranjos de pagamento ou que desenvolva atividades
de marketplace, atendidas as disposições definidas em regulamento e em
normas complementares editadas pela Secretaria de Estado de Fazenda.

Parágrafo único A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação


de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja
legalmente obrigado a observar segredo em razão do cargo, ofício, função,
ministério, atividade ou profissão.

Art. 17-H Ficará, ainda, inabilitado para a prática de suas operações ou


prestações de serviços relativas ao ICMS, mediante suspensão automática
da respectiva inscrição estadual, o estabelecimento que deixar de emitir
documentos fiscais, ou de escriturar livros fiscais, ou de emitir documentos
fiscais eletrônicos, ou de entregar arquivos digitais pertinentes à
escrituração fiscal digital, ou de prestar qualquer informação econômico-
fiscal, ou, ainda, de cumprir qualquer outra obrigação acessória, na forma

@professorandrefantoni
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preconizada na legislação tributária. (Acrescentado o Art. 17-H pela
Lei 9.425/10)

Art. 17-I A inobservância da legislação tributária acarretará ao contribuinte


a aplicação de medida administrativa cautelar, na forma prevista em
regulamento, para fins de apuração e recolhimento do imposto decorrente
das respectivas operações ou prestações de serviço

Art. 17-J A inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS poderá ser


cassada, mediante prévia notificação, se verificada qualquer das seguintes
ocorrências:

I - inatividade do estabelecimento para o qual foi obtida a inscrição;


II - prática de atos ilícitos que tenham repercussão no âmbito tributário;
III - identificação incorreta, falta ou recusa de identificação dos
controladores e/ou beneficiários de empresas de investimento sediadas no
exterior, que figurem no quadro societário ou acionário de empresa
envolvida em ilícitos fiscais;
IV - quando constatada a prática do desvirtuamento do objeto social da
empresa;
V - quando a autoridade administrativa desconsiderar atos ou negócios
jurídicos praticados na constituição ou alteração da pessoa jurídica;
VI - quando for apurado que houve fraude ou má-fé na prestação de
informação pelo contribuinte;
VII - quando comprovado que o contribuinte agiu com dolo, má-fé e/ou
fraude na emissão ou registro de documento fiscal na respectiva
escrituração fiscal;
VIII - estabelecimento constituído com finalidade de gerar créditos, sem o
respectivo pagamento do imposto;
IX - quando constatado que houve fraude na expedição de Alvará
Municipal ou de Laudo de Vistoria;
X - quando a inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS permanecer
suspensa por período superior a 12 (doze) meses;
XI - outras hipóteses previstas em regulamento.

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§ 1º A inatividade do estabelecimento, referida no inciso I do caput deste
artigo, será:

I - constatada, se comprovada por meio da realização de diligência fiscal;

II - presumida, se decorrente da falta de entrega dos arquivos digitais


pertinentes à Escrituração Fiscal Digital - EFD e/ou de informações
econômico-fiscais pelo contribuinte.

§ 2º Incluem-se entre os atos ilícitos referidos no inciso II do caput deste


artigo:
I - participação em organização ou associação constituída para a prática de
fraude fiscal estruturada, assim entendida aquela formada com a finalidade
de implementar esquema de evasão fiscal, mediante artifícios envolvendo
a dissimulação de atos, negócios ou pessoas, com potencial de lesividade
ao Erário;

II - embaraço à fiscalização, como tal entendida a falta injustificada de


apresentação de livros, documentos e arquivos digitais a que estiver
obrigado o contribuinte, bem como o não fornecimento ou o fornecimento
incorreto de informações sobre mercadorias e serviços, bens, negócios ou
atividades, próprias ou de terceiros que tenham interesse comum em
situação que dê origem a obrigação tributária;

III - resistência à fiscalização, como tal entendida a restrição ou negativa de


acesso ao estabelecimento ou a qualquer de suas dependências, ao
domicílio tributário ou a qualquer outro local onde o contribuinte exerça
sua atividade ou onde se encontrem mercadorias, bens, documentos ou
arquivos digitais de sua posse ou propriedade, relacionados com situação
que dê origem a obrigação tributária;

IV - receptação de mercadoria roubada ou furtada;

V - produção, comercialização ou estocagem de mercadoria falsificada ou


adulterada;

@professorandrefantoni
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VI - utilização como insumo, comercialização ou estocagem de mercadoria
objeto de contrabando ou descaminho.

§ 3º Para o efeito do inciso III do caput deste artigo, considera-se:

I - empresa de investimento sediada no exterior (offshore), aquela que tem


por objeto a inversão de investimentos financeiros fora de seu país de
origem, onde é beneficiada por supressão ou minimização de carga
tributária e por reduzida interferência regulatória do governo local;

II - controlador e/ou beneficiário, a pessoa física que efetivamente detém


o controle da empresa de investimento (beneficial owner),
independentemente dos nomes de terceiros que eventualmente figurem
como titulares em documentos públicos.

§ 4º Nas hipóteses previstas neste artigo, a inscrição estadual poderá, em


medida preventiva, ser suspensa, de ofício, devendo o contribuinte ser
notificado imediatamente após a suspensão, com a motivação do ato.

§ 5º O regulamento disporá sobre as hipóteses de restabelecimento da


eficácia da inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS suspensa ou
cassada na forma deste artigo.

Art. 17-K A inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS será nula, a


partir da data de sua concessão ou de sua alteração, nas situações em que,
mediante procedimento administrativo, for constatada, uma ou mais
dentre as seguintes ocorrências:

I - simulação de existência do estabelecimento ou da empresa;

II - simulação do quadro societário da empresa;

III - inexistência de estabelecimento para o qual foi efetuada a inscrição ou


indicação incorreta de sua localização;

IV - indicação de dado cadastral falso;

@professorandrefantoni
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V - apresentação de documento falso para fins cadastrais.

§ 1º Considera-se simulada a existência do estabelecimento, ainda que


inscrito, ou da empresa quando, alternativa ou cumulativamente:

I - a atividade relativa a seu objeto social, segundo declaração do


contribuinte, não tiver sido ali efetivamente exercida;

II - não tiverem ocorrido as operações ou prestações de serviços declaradas


nos registros contábeis.

§ 2º Considera-se simulado o quadro societário para o qual sejam indicadas


pessoas interpostas.

§ 3º Nas hipóteses previstas neste artigo, a inscrição estadual poderá, em


medida preventiva, ser suspensa, de ofício, devendo o contribuinte ser
notificado imediatamente após a suspensão, com a motivação do ato.

§ 4º Aqueles que tenham se relacionado comercialmente com os supostos


estabelecimentos de que trata o caput deste artigo terão assegurado o
contraditório e a ampla defesa no âmbito do processo administrativo
tributário.

Seção II
Do Responsável ou Substituto

Art. 18 Fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do imposto e


acréscimos legais devidos pelo sujeito passivo, pelos atos e omissões que
praticarem e que concorrerem para o não cumprimento da obrigação
tributária:
I - ao leiloeiro, em relação ao imposto devido sobre a saída de mercadoria
decorrente de arrematação em leilão, excetuado o referente a mercadoria
importada a apreendida;
II - ao síndico, comissário, inventariante ou liquidante, em relação ao
imposto devido sobre a saída de mercadoria decorrente de sua alienação

@professorandrefantoni
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em falência, concordata, inventário ou dissolução de sociedade,
respectivamente;
III - ao armazém geral, depositário e demais encarregados da guarda ou
comercialização de mercadorias:

a) na saída de mercadoria depositada por contribuinte de qualquer Estado;


b) na transmissão de propriedade de mercadoria depositada por
contribuinte de qualquer Estado;
c) no recebimento para depósito ou na saída de mercadoria sem
documentação fiscal ou com documentação fiscal inidônea.

IV - ao transportador, em relação à mercadoria:


a) proveniente de outro Estado para entrega a destinatário não
designado no território mato-grossense;
b) que for negociada no território mato-grossense durante o
transporte;
c) que aceitar para despacho ou transportar sem documento fiscal, ou
acompanhada de documento fiscal inidôneo ou com destino a
contribuinte não identificado ou baixado no Cadastro de
Contribuintes do ICMS;
d) que entregar a destinatário ou em local diverso do indicado na
documentação fiscal;
e) que transportar com documento fiscal sem o selo fiscal de trânsito,
quando exigido na legislação; (Acrescentada pela Lei 10.978/19)
f) ou o bem objeto de remessa expressa internacional porta a porta
que transportar na condição de empresa de courier;

V - ao remetente de mercadoria destinada aos estabelecimentos


mencionados no § 3º do artigo 4º, quando a exportação não se efetivar.
VI - ao adquirente, a qualquer título, de fichas, cartões ou assemelhados,
utilizados para pagamento de serviço de comunicação, para revenda,
quando enviados por prestador de serviço de comunicação situado em
outra unidade da Federação.

@professorandrefantoni
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VII - o terminal aquaviário, portuário, aeroportuário ou aduaneiro, em
relação à mercadoria importada do exterior e desembaraçada em seu
estabelecimento.
VIII – a qualquer pessoa, contribuinte ou não do imposto que, na
condição de adquirente de mercadoria ou bem ou de tomador de
serviços:
a) prestar ou deixar de prestar declaração ou informação que implique
desoneração ou postergação, total ou parcial, a qualquer título, do
imposto;
b) deixar de observar a correta destinação ou finalidade da mercadoria,
bem ou serviço, nas hipóteses de benefícios ou incentivos fiscais ou
financeiro-fiscais condicionados.

IX – ao sujeito passivo cessionário de meios das redes de


telecomunicações a outra operadora ou empresa de telecomunicação,
na hipótese de prestação de serviços de comunicação a outra operadora
de telecomunicação, inclusive na interconexão, exploração industrial ou
quando o cedente ou o cessionário não se constitua em consumidor
final.
X - ao intermediador das operações relativas à circulação de
mercadorias que promova arranjos de pagamento ou que desenvolva
atividades de marketplace, desde que o contribuinte do ICMS não tenha
emitido documento fiscal para acobertar a operação;

§ 1º O disposto no inciso VI do caput aplica-se também ao prestador de


serviço de comunicação situado neste Estado, quando houver sua
intervenção na operação.

§ 2º Observado o disposto no regulamento desta Lei, nas hipóteses de


que tratam os incisos XIII, XIII-A, XIV e XIV-A do Art. 3°, a
responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à
diferença entre a alíquota interna e a interestadual fica atribuída:
I - ao destinatário mato-grossense, quando este for contribuinte do
imposto;

@professorandrefantoni
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II - ao remetente ou ao prestador de serviço estabelecido na unidade
federada de origem, quando o destinatário mato-grossense não for
contribuinte do imposto.

§ 3º Na hipótese do § 2° deste artigo, quando o destinatário mato-


grossense do bem, mercadoria ou serviço não for contribuinte do
imposto e o prestador de serviço de transporte não for estabelecido na
unidade federada de origem, fica atribuída ao remetente do bem ou
mercadoria a responsabilidade, na condição de substituto tributário,
pelo recolhimento da diferença devida a este Estado, relativamente à
prestação de serviço de transporte.

§ 4º Ainda em relação às hipóteses de que tratam os incisos XIII-A e XIV-


A do Art. 3°, o regulamento desta Lei disporá sobre as hipóteses de
obrigatoriedade e de dispensa de inscrição no cadastro estadual pelo
remetente ou prestador de serviço estabelecido em outra unidade
federada.

Art. 18-A São também solidariamente obrigadas ao pagamento do


imposto devido na operação ou prestação as pessoas que tenham
interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação
principal, especialmente:

I – o possuidor das mercadorias ou bens, como aquele que as tenha


fornecido, quando encontrados em situação fiscal irregular;
II – o emitente de documento fiscal gracioso, com aquele que o tenha
utilizado, relativamente ao aproveitamento de crédito destacado em
documento que não corresponda a uma efetiva operação ou prestação;
III – o remetente, com os operadores subseqüentes, relativamente às
operações por estes promovidas, com as mercadorias ou bens saídos
de seu estabelecimento sem documentação fiscal;
IV – o exportador, ou aquele a ele equiparado, inclusive entreposto
aduaneiro, ou outra pessoa interessada, com o remetente, em relação
à:

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a) mercadoria não exportada e para esse fim recebida, inclusive quanto
à prestação de serviço de transporte vinculada à operação;
b) saída de mercadoria para o exterior, sem documentação fiscal;

V – o entreposto aduaneiro, ou outra pessoa interessada:


a) com o destinatário, em relação à entrega de mercadoria ou bem
importado do exterior sem comprovação de sua regularidade fiscal;
b) com quem o receber, em relação a bem ou mercadoria entregue a
estabelecimento diverso daquele que tenha efetuado a importação;

VI – a pessoa jurídica que resultar da cisão, com a pessoa jurídica


cindida, relativamente a imposto devido até a data do ato;
VII – o arrendante ou locador de estabelecimento industrial, com o
arrendatário ou locatário, em relação ao imposto devido em decorrência
das operações por ele praticadas.

VIII – as pessoas referidas nas hipóteses e operações a que se referem


os Arts. 18 a 22 desta lei. (Acrescentado pela Lei 9.226/09)

Art. 18-B Também responderão solidariamente com o contribuinte


usuário, inclusive pelo crédito tributário que vier a ser apurado, o
fabricante e o importador de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal –
ECF, o revendedor, a empresa que realizar intervenção no equipamento,
ainda que não credenciada, e o desenvolvedor ou fornecedor do
programa aplicativo, nos casos de:

I – uso, por contribuinte usuário deste Estado, de Equipamento Emissor


de Cupom Fiscal – ECF que não atenda aos requisitos e exigências
estabelecidos no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária -
CONFAZ e pela legislação tributária para o desenvolvimento do
equipamento e seus aplicativos ou que permita a realiização de fraudes
ou sonegação de tributos;

@professorandrefantoni
52
II – utilização, por contribuinte usuário deste Estado, de Equipamento
Emissor de Cupom Fiscal – ECF cuja comercialização, uso ou cessação
de uso não tenham sido comunicados por meio do Sistema ECF;
III – não-recolhimento dos tributos devidos, em razão de fraude,
alteração ou manipulação de dados que deveriam ser armazenados na
memória fiscal do equipamento;
IV – não-recolhimento dos tributos devidos, em razão de erros
detectados nos equipamentos, ainda que estes já tenham sido
autorizados para uso fiscal;
V – alteração da situação tributária dos totalizadores parciais em
Equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF, do tipo ECF-MR, sem
anuência do fisco;
VI – uso de equipamento que prejudique os controles fiscais ou acarrete
prejuízo ao Erário, ainda que decorra de simples defeito de fabricação;
VII – inobservância das normas estabelecidas nesta lei, seu regulamento
e demais atos da legislação tributária.

§ 1º Nas hipóteses previstas no caput, o fabricante ou importador fica


também responsável pela correção de erros detectados em
equipamento emissor de cupom fiscal – ECF, ainda que já autorizados
para uso fiscal.

§ 2º O fabricante e o importador de Equipamento Emissor de Cupom


Fiscal – ECF, bem como os estabelecimentos revendedores e os
credenciados para realização de suas intervenções técnicas, respondem
solidariamente com o contribuinte usuário, inclusive por eventual
crédito tributário que vier a ser apurado, quando deixarem de prestar
informações relativas à comercialização e às intervenções de uso ou de
cessação de uso do equipamento.

§ 3º A solidariedade estabelecida neste artigo não exclui a aplicação das


penalidades cabíveis ao fabricante, importador, revendedor, empresa
que realizar intervenção no equipamento, ainda que não credenciada,
ou ao desenvolvedor ou fornecedor do programa aplicativo.

@professorandrefantoni
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Art. 18-C Responde solidariamente com o sujeito passivo pelas infrações
praticadas, em relação às disposições desta lei e demais obrigações
contidas na legislação tributária, o profissional de Contabilidade,
responsável pela escrituração fiscal e/ou contábil do contribuinte, no que
pertine a prestação de informações com omissão ou falsidade.

Art. 18-D São, ainda, responsáveis solidários, respondendo solidariamente


com o usuário:

I - todo aquele que tiver desenvolvido, licenciado, cedido, fornecido,


instalado, alterado ou prestado serviço de manutenção a programas ou
aplicativos que possibilitem inobservância de disposição da legislação
tributária pertinente ao referido programa ou aplicativo, abrangidas a
fraude, simulação, adulteração, sonegação de imposto e outros vícios que
impliquem efeitos fiscais, quando utilizados:
a) na emissão de documento fiscal eletrônico ou de documento auxiliar de
documento fiscal eletrônico;
b) na escrituração fiscal digital;
c) em outros dispositivos eletrônicos de controle fiscal;

II - todo aquele que tiver fabricado, fornecido, instalado, cedido, alterado


ou prestado serviço de manutenção a equipamentos ou dispositivos
eletrônicos de controle fiscal, bem como as respectivas partes e peças, que
possibilitem a inobservância de disposição da legislação tributária
pertinente ao referido equipamento, abrangidas a fraude, simulação,
adulteração, sonegação de imposto e outros vícios que impliquem efeitos
fiscais;

III - as pessoas prestadoras de serviços de intermediação comercial em


ambiente virtual, com utilização de tecnologias de informação, inclusive
por meio de leilões eletrônicos, em relação às operações ou prestações
sobre as quais tenham deixado de prestar informações solicitadas pelo
fisco;

@professorandrefantoni
54
IV - as pessoas prestadoras de serviços de tecnologia de informação, tendo
por objeto o gerenciamento e controle de operações comerciais realizadas
em ambiente virtual, inclusive dos respectivos meios de pagamento, em
relação às operações ou prestações sobre as quais tenham deixado de
prestar informações solicitadas pelo fisco;

V - as pessoas prestadoras de serviços de intermediação comercial de


operações que envolvam remetentes de mercadorias em situação cadastral
irregular perante a Secretaria de Estado de Fazenda.

Art. 19 Nos serviços de transportes e de comunicação, quando a prestação


for efetuada por mais de uma empresa, a responsabilidade pelo
pagamento do imposto poderá ser atribuída, por convênio celebrado entre
os Estados, àquela que promover a cobrança integral do respectivo valor
diretamente do usuário do serviço.

Parágrafo único. O convênio a que se refere este artigo estabelecerá a


forma de participação na respectiva arrecadação.

Art. 19-A São responsáveis pelo pagamento do imposto relativo à


prestação de serviço de comunicação:

I – o destinatário do serviço, desde que contribuinte inscrito no Estado, nas


prestações realizadas por prestador autônomo;
II – o prestador ou o intermediário do serviço, estabelecidos no território
nacional, em relação ao serviço de comunicação prestado ou iniciado no
exterior, quando o destinatário ou beneficiário do serviço, conforme o caso
for pessoa natural ou jurídica que não realize habitualmente outras
operações ou prestações sujeitas ao imposto.

§ 1º Para os efeitos desta lei, considera-se prestador autônomo de serviço


de comunicação:
I – a pessoa natural que se dedique a esta atividade;

@professorandrefantoni
55
II – qualquer pessoa, natural ou jurídica, a ele equiparada, nos termos do
regulamento.

§ 2º Na hipótese do inciso VI do § 2º do Art. 2º, observado o disposto em


regulamento e em normas complementares, poderá ser atribuída à
operadora mato-grossense a responsabilidade tributária por substituição
referente às respectivas prestações de serviço.

§ 3º O disposto no parágrafo anterior também se aplica em relação às


cessões onerosas de meios de redes de telecomunicações e nas prestações
de serviços de comunicação a outras empresas de comunicação,
decorrentes de exploração industrial por interconexão, quando o cedente
ou o cessionário não se constitua em consumidor final, em conformidade
com o disposto em regulamento e em normas complementares, hipótese
em que a responsabilidade tributária poderá ser atribuída à operadora
mato-grossense, inclusive quanto às prestações de serviço antecedentes,
mediante diferimento.

Art. 20 Fica atribuída a condição de substituto tributário a:

I - industrial, comerciante ou outra categoria de contribuinte, pelo


pagamento do imposto devido na operação ou operações anteriores;
II - produtor, extrator, gerador, inclusive de energia, industrial, distribuidor,
comerciante ou transportador pelo pagamento do imposto devido nas
operações subseqüentes;
III - depositário, a qualquer título, em relação a mercadoria depositada por
contribuinte;
IV - contratante de serviço ou terceiro que participe da prestação de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

§ 1º O regime de substituição tributária aplica-se às operações e prestações


com as seguintes mercadorias e serviços:
I - animais vivos e produtos do reino animal, compreendidos na Seção I da
Nomenclatura Brasileira de Mercadorias/Sistema Harmonizado - NBM/SH;

@professorandrefantoni
56
II - produtos do reino vegetal compreendidos na Seção II da NBM/SH;
III - gorduras e óleos animais ou vegetais, produtos da sua dissociação,
gorduras alimentares elaboradas e ceras de origem animal ou vegetal,
compreendidos na Seção III da NBM/SH;
IV - produtos das indústrias alimentares, bebidas, líquidos alcoólicos e
vinagres, fumo (tabaco) e seus sucedâneos manufaturados, compreendidos
na Seção IV da NBM/SH;
V - produtos minerais compreendidos na Seção V da NBM/SH;
VI - produtos das indústrias químicas ou das indústrias conexas,
compreendidos na Seção VI da NBM/SH;
VII - plásticos e suas obras e borracha e suas obras, compreendidos na
Seção VII da NBM/SH;
VIII - peles, couros, peleteria (peles com pêlo) e obras destas matérias,
artigos de correeiro ou de seleiro, artigos de viagem, bolsas e artefatos
semelhantes e obras de tripa, compreendidos na Seção VIII da NBM/SH;
IX - madeira, carvão vegetal e obras de madeira, cortiça e suas obras e
obras de espartaria ou de cestaria, compreendidos na Seção IX da NBM/SH;
X - pasta de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas, papel ou
cartão de reciclar (desperdícios e aparas) e papel e suas obras,
compreendidos na Seção X da NBM/SH;
XI - matérias têxteis e suas obras, compreendidos na Seção XI da NBM/SH;
XII - calçados, chapéus e artefatos de uso semelhante, guarda-chuvas,
guarda-sóis, bengalas, chicotes e suas partes; penas preparadas e suas
obras, flores artificiais e obras de cabelo, compreendidos na Seção XII da
NBM/SH;
XIII - obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica ou de matérias
semelhantes, produtos cerâmicos e vidro e suas obras, compreendidos na
Seção XIII da NBM/SH;
XIV - pérolas naturais ou cultivadas, pedras preciosas ou semipreciosas e
semelhantes, metais preciosos, metais folheados ou chapeados de metais
preciosos, e suas obras, bijuterias e moedas, compreendidos na Seção XIV
da NBM/SH;
XV - metais comuns e suas obras, compreendidos na Seção XV da NBM/SH;

@professorandrefantoni
57
XVI - máquinas e aparelhos, material elétrico, e suas partes, aparelhos de
gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de
reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e acessórios,
compreendidos na Seção XVI da NBM/SH;
XVII - material de transporte compreendido na Seção XVII da NBM/SH;
XVIII - instrumentos e aparelhos de óptica, fotografia ou cinematografia,
medida, controle ou de precisão, instrumentos e aparelhos médico-
cirúrgicos, aparelhos de relojoaria, instrumentos musicais, suas partes e
acessórios, compreendidos na Seção XVIII da NBM/SH;
XIX - armas e munições, suas partes e acessórios, compreendidos na seção
XIX da NBM/SH;
XX - mercadorias e produtos diversos compreendidos na Seção XX da
NBM/SH;
XXI - serviços de transporte e de comunicação.

§ 2º Se o contribuinte substituto ou responsável estiver situado em outra


unidade federada, a adoção do regime de substituição tributária implicará
a observância da legislação tributária deste Estado, nas operações e
prestações que promover com destino a Mato Grosso;

§ 3º O regime de substituição tributária aplica-se, também, ao imposto


devido na forma prevista nos incisos XII, XIII e XIV do artigo 3º.

§ 4º O disposto no inciso II do caput deste artigo, no que pertine à energia


elétrica, alcança também o transmissor, transportador, distribuidor,
fornecedor e qualquer outro executor que efetue qualquer intervenção até
à sua destinação ao consumo final. (Acrescentado pela Lei 7.364/00

§ 5º Nos termos do regulamento e normas complementares, poderá ser


atribuída à responsabilidade pelo pagamento do imposto devido ao Estado
de Mato Grosso na operação correspondente, ao estabelecimento gerador
ou distribuidor, localizado em outra unidade federada, que destinar energia
elétrica, diretamente, por meio de linha de distribuição ou de transmissão
por ele operada, não interligada a sistema nacional específico, disciplinado

@professorandrefantoni
58
na legislação federal pertinente, a estabelecimento ou domicílio situado no
território mato-grossense, para nele ser consumida pelo respectivo
adquirente.

§ 6º O disposto no inciso IV do caput deste artigo abrange especialmente


as hipóteses tratadas no Art. 19-A, inciso IX do Art. 18 e inciso VIII do Art.18-
A, sem prejuízo das demais hipóteses previstas na legislação tributária.

§ 7º Sem prejuízo do disposto nos incisos I e II do caput deste artigo,


poderá, ainda, ser atribuída ao transportador a condição de substituto
tributário pelo pagamento do imposto devido nas operações
concomitantes com a respectiva prestação de serviço de transporte, em
relação às mercadorias que transportar. (Acrescentado pela Lei 9.425/10)

Art. 21 A responsabilidade pelo imposto devido nas remessas de


mercadoria do produtor para cooperativa de produtores de que faça parte,
situada neste Estado, fica transferida para a destinatária.

§ 1º O disposto neste artigo é aplicável às mercadorias remetidas pelo


estabelecimento de cooperativa de produtores para estabelecimento,
neste Estado, da própria cooperativa, de cooperativa central ou de
federação de cooperativas de que a cooperativa remetente faça parte.

§ 2º O imposto devido pelas saídas mencionadas neste artigo será


recolhido pela destinatária quando da saída subseqüente, esteja esta
sujeita ou não ao pagamento do imposto.

Art. 21-A O destinatário das mercadorias ou bens, na qualidade de


contribuinte substituído, é solidário em relação ao ICMS devido a título de
substituição tributária, nas seguintes hipóteses:
I - imposto destacado e/ou recolhido a menor, ou ainda, não recolhido,
quando o substituto tributário, alternativamente:

@professorandrefantoni
59
a) não estiver credenciado junto à Secretaria de Estado de Fazenda de Mato
Grosso para efetuar a apuração e o recolhimento mensal do ICMS devido
a título de substituição tributária;
b) estiver com a inscrição estadual suspensa ou cassada ou, ainda, quando
o respectivo credenciamento para apuração e recolhimento mensal do
ICMS estiver suspenso ou cancelado;

II - imposto destacado a menor, quando o substituto tributário for


credenciado junto à Secretaria de Estado de Fazenda para efetuar a
apuração e o recolhimento mensal do ICMS devido a título de substituição
tributária;

III - operação irregular ou inidônea, nos termos definidos no regulamento


desta Lei.

§ 1º A eleição do destinatário mato-grossense como devedor principal, na


forma do caput deste artigo, não: (Acrescentado pela Lei 11.081/2020)

I - exclui a responsabilidade solidária do remetente;

II - representa benefício de ordem em favor do remetente;

III - exclui a eventual responsabilidade por infrações do remetente.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, em relação ao ICMS


devido na prestação de serviço de transporte interestadual e
intermunicipal, quando o remetente da mercadoria for o substituto e o
prestador de serviço o substituído. (Acrescentado pela Lei 11.081/2020)

Art. 21-B Nas hipóteses previstas no inciso II do caput do art. 20, bem
como no art. 21, o remetente da mercadoria, na qualidade de contribuinte
substituído, é solidário em relação ao ICMS cujo imposto for diferido ou
suspenso para recolhimento pelo destinatário em operação subsequente.

§ 1º A solidariedade prevista neste artigo aplica-se nas seguintes hipóteses:

@professorandrefantoni
60
I - imposto destacado e/ou recolhido a menor, ou ainda, não recolhido, nas
hipóteses em que o destinatário estiver com a inscrição estadual suspensa
ou cassada;

II - operação irregular ou inidônea, nos termos definidos no regulamento


desta Lei.

§ 2º A eleição do remetente mato-grossense como devedor principal, na


forma do caput deste artigo, não:

I - exclui a responsabilidade solidária do destinatário;

II - representa benefício de ordem em favor do destinatário;

III - exclui a eventual responsabilidade por infrações do destinatário.

§ 3º O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, em relação ao ICMS


devido na prestação de serviço de transporte interestadual e
intermunicipal, alcançada pelo diferimento ou suspensão do imposto para
recolhimento pelo destinatário da mercadoria.

Art. 22 É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do


valor do imposto pago por força da substituição tributária, correspondente
ao fato gerador presumido que, comprovadamente, não se realizar.

Parágrafo único. Para efetivação da restituição, o regulamento disporá


sobre a forma de comprovação da inocorrência do fato gerador.

Art. 22-A Fica assegurada a restituição do valor do imposto pago em


decorrência do regime de substituição tributária quando o efetivo valor da
operação ou prestação a consumidor final for inferior ao montante que foi
utilizado como base de cálculo do imposto recolhido pelo regime de
substituição tributária. (Acrescentado pela Lei 10.978/19)

§ 1º O regulamento desta Lei disporá sobre a forma de comprovação do


efetivo preço da operação ou prestação praticado a consumidor final,

@professorandrefantoni
61
observada a obrigação de recomposição da apuração do imposto devido
pelo requerente pelo regime de apuração normal pertinente à totalidade
das operações e/ou prestações realizadas em cada ano civil.

§ 2º Nas hipóteses e nas condições definidas em regulamento, poderá ser


exigido do contribuinte substituído o recolhimento da diferença do
imposto quando o efetivo valor da operação ou prestação a consumidor
final superar o montante utilizado para fins de base de cálculo do imposto
apurado pelo regime de substituição tributária.

§ 3º A restituição assegurada no caput deste artigo somente poderá ser


requerida pelo contribuinte substituído que realizar a operação ou
prestação a consumidor final.

Art. 22-B Fica o Poder Executivo autorizado a instituir Regime Optativo de


Tributação da Substituição Tributária com dispensa de pagamento do
imposto correspondente à complementação do ICMS retido por
substituição tributária, nos casos em que o preço praticado na operação a
consumidor final for superior à base de cálculo utilizada para o cálculo do
débito de responsabilidade por substituição tributária. (Acrescentado pela
Lei 10.978/19)

Parágrafo único Só poderão aderir ao regime de que trata o caput deste


artigo os contribuintes que firmarem compromisso de não exigir a
restituição decorrente de realização de operações a consumidor final com
preço inferior à base de cálculo utilizada para o cálculo do débito de
responsabilidade por substituição tributária.

@professorandrefantoni
62
CAPÍTULO VIII
Dos Locais da Operação e da Prestação

Art. 23 O local da operação ou da prestação, para efeito de cobrança do

imposto e definição do estabelecimento responsável, é:

I - tratando-se de bem ou mercadoria:


a) o do estabelecimento onde se encontre, no momento da ocorrência do

fato gerador;
b) onde se encontre, quando em situação irregular pela falta de

documentação fiscal ou quando acompanhada de documentação fiscal

inidônea;

c) o do estabelecimento que transfira sua propriedade, ou o título que a


represente, quando por ele adquirida no País e que por ele não tenha

transitado;

d) o do estabelecimento onde ocorrer a entrada física, quando importada

do exterior;
e) o do domicílio do adquirente, quando não estabelecido, na hipótese

prevista na alínea anterior;

f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de


mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou
abandonados

g) aquele onde estiver estabelecido ou domiciliado o contribuinte

adquirente ou consumidor final, nas operações interestaduais com energia


elétrica e petróleo, lubrificantes e combustíveis dele derivados, quando não
destinados à industrialização ou à comercialização;

@professorandrefantoni
63
h) aquele, no território mato-grossense, onde o ouro tenha sido extraído,
quando não considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial;
i) o do desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes,

crustáceos e moluscos;
j) o do estabelecimento destinatário da mercadoria ou bem, na hipótese

do inciso XIII do artigo 3º, para efeitos do § 3º do artigo 6º.

k) o do estabelecimento localizado em outra unidade federada que remeter

bem ou mercadoria a consumidor final deste Estado, não contribuinte do


imposto.

II - tratando-se de prestação de serviço de transporte:

a) aquele onde tenha início a prestação;

b) aquele onde se encontre o transportador, quando em situação irregular

pela falta de documentação fiscal ou quando acompanhada de

documentação fiscal inidônea;

c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese do inciso XIV

do artigo 3º, para efeitos do § 3º do artigo 6º.

d) o do início da prestação de serviço, em outra unidade federada, quando

destinado a consumidor final deste Estado, não contribuinte do imposto;

III - ressalvado o disposto no § 5º deste artigo, tratando-se de prestação

onerosa de serviço de comunicação:

@professorandrefantoni
64
a) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem,
assim entendido o da geração, emissão, transmissão e retransmissão,
repetição , ampliação e recepção;

b) o do estabelecimento da concessionária ou da permissionária que


forneça ficha, cartão, ou assemelhados com que o serviço é pago;

c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese do inciso XIV

do artigo 3º, para os efeitos do § 3º do artigo 6º;

c-1) o do início da prestação de serviço, em outra unidade federada,


quando destinado a consumidor final deste Estado, não contribuinte do

imposto;

d) o do estabelecimento ou domicílio do tomador do serviço, quando


prestado por meio de satélite;

e) onde seja cobrado o serviço, nos demais casos.

IV - tratando-se de serviços prestados ou iniciados no exterior, o do


estabelecimento ou do domicílio do destinatário.

§ 1º O disposto na alínea c do inciso I não se aplica às mercadorias


recebidas em regime de depósito de contribuinte de Estado que não o do
depositário.

§ 2º Para os efeitos da alínea h do inciso I, o ouro, quando definido como


ativo financeiro ou instrumento cambial, deve ter sua origem identificada.

§ 3º Para efeito desta lei, estabelecimento é o local, privado ou público,


edificado ou não, próprio ou de terceiro, onde pessoas físicas ou jurídicas
exerçam suas atividades em caráter temporário ou permanente, bem como

@professorandrefantoni
65
onde se encontrem armazenadas mercadorias, observado, ainda, o
seguinte:

I - na impossibilidade de determinação do estabelecimento, considera-se


como tal o local em que tenha sido efetuada a operação ou prestação,
encontrada a mercadoria ou constatada a prestação;

II - é autônomo cada estabelecimento do mesmo titular;

III - considera-se também estabelecimento autônomo o veículo usado no


comércio ambulante e na captura de pescado;

IV - respondem pelo crédito tributário todos os estabelecimentos do


mesmo titular.

§ 4º Quando a mercadoria for remetida para armazém geral ou para


depósito fechado do próprio contribuinte, neste Estado, a posterior saída
considerar-se-á ocorrida no estabelecimento do depositante, salvo se para
retornar ao estabelecimento remetente.

§ 5º Ressalvado o disposto no §7º deste artigo, na hipótese do inciso III do


caput, tratando-se de serviços não medidos, que envolvam localidades
situadas em diferentes unidades da Federação e cujo preço seja cobrado
por períodos definidos, o imposto devido será recolhido em partes iguais
para as unidades da Federação onde estiverem localizados o prestador e o
tomador.

§ 6º Ressalvado o disposto no parágrafo anterior, quando o prestador de


serviço de comunicação estiver localizado fora do território mato-
grossense, será considerado como local o da recepção do respectivo sinal.

§ 7º Ainda nas hipóteses do inciso III do caput, será observado o que segue:
I – considera-se, também, local da prestação de serviço:
a) o do estabelecimento ou domicílio do tomador, inclusive nas hipóteses
de serviço de provimento de acesso à Internet e de serviço prestado por
meio de satélite;

@professorandrefantoni
66
b) o do estabelecimento do prestador de serviço localizado no Estado onde
o terminal estiver instalado ou habilitado, tratando-se de serviços de
telefonia;

c) o do estabelecimento do domicílio do beneficiário, no território nacional,


na hipótese prevista no inciso V do § 2º do Art.2º;

II – considera-se, ainda, estabelecimento prestador de serviço de


comunicação, o local de ponto de presença onde o contribuinte desenvolva
a atividade de modo permanente ou temporário, sendo irrelevante a
utilização de rede própria ou de terceiros;

III – quando o serviço de comunicação de dados for prestado a mais de um


estabelecimento ou domicílio do tomador, considera-se como local da
prestação cada um daqueles alcançados pelo serviço, sendo o imposto
atribuído a cada unidade federada, proporcionalmente ao número de
estabelecimentos ou domicílios;

IV – quando o serviço de comunicação visual for prestado a tomador


estabelecido ou domiciliado em mais de uma unidade da Federação
alcançada pelo serviço, considera-se como local da prestação cada um
desses locais, sendo o imposto atribuído a cada unidade federada
proporcionalmente ao número de estabelecimentos ou domicílios.

§ 8º Para fins de determinação do local da prestação, nas hipóteses tratadas


no inciso V do § 2º do Art.2º e na alínea c do inciso I do § 7º deste artigo,
entende-se como local da ocorrência do resultado da prestação de serviço
de comunicação, aquele onde se verificar a utilização do serviço pelo
tomador. (Acrescentado pela Lei 9.226/09)

@professorandrefantoni
67
CAPÍTULO IX
Da Compensação do Imposto

Art. 24 O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido


em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação
com o montante cobrado nas anteriores por este ou por outro Estado.

Parágrafo único. Não será considerado cobrado o imposto, ainda que


destacado no documento fiscal, quando a correspondente operação ou
prestação tenha sido contemplada com subsídio, incentivo ou benefício de
natureza fiscal, financeira ou creditícia, concedido em desacordo com o que
dispõe o artigo 155, § 2º, inciso XII, alínea g, da Constituição Federal.

Art. 25 Para a compensação a que se refere o artigo anterior, é assegurado


ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente
cobrado nas operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria,
real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu ativo
permanente, ou no recebimento do respectivo serviço de transporte
interestadual e intermunicipal bem como de serviço de comunicação.

§ 1º Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de


serviços resultantes de operações ou prestações isentas ou não tributadas,
ou que se refiram a mercadorias ou serviços alheios à atividade do
estabelecimento.

§ 2º Presumem-se alheios à atividade do estabelecimento os veículos de


transporte pessoal.

§ 3º Salvo disposição em contrário, é vedado o crédito relativo a mercadoria


entrada no estabelecimento ou a prestação de serviço a ele feita:

@professorandrefantoni
68
I - para a integração ou consumo em processo de industrialização ou
produção rural, quando a saída do produto resultante não for tributada ou
estiver isenta do imposto, exceto se se tratar de saída para o exterior;
II - para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou
prestação subseqüente não for tributada ou estiver isenta do imposto,
exceto as destinadas ao exterior;

III - para seu uso ou consumo, assim entendida a que não seja utilizada na
comercialização ou que não seja empregada para integração no produto
ou para ser consumida no respectivo processo de industrialização.

§ 4º Para efeito da compensação prevista no caput deste artigo,


relativamente aos créditos decorrentes de entrada de mercadorias no
estabelecimento destinadas ao ativo permanente, deverá ser observado:
I - a apropriação será feita à razão de um quarenta e oito avos por mês,
devendo a primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada
no estabelecimento;
II - em cada período de apuração do imposto, não será admitido o
creditamento de que trata o inciso I, em relação à proporção das operações
de saídas ou prestações isentas ou não tributadas sobre o total das
operações de saídas ou prestações efetuadas no mesmo período;
III - para aplicação do disposto nos incisos I e II, o montante do crédito a
ser apropriado será o obtido multiplicando-se o valor total do respectivo
crédito pelo fator igual a um quarenta e oito avos da relação entre o valor
das operações de saídas e prestações tributadas e o total das operações de
saídas e prestações do período, equiparando-se às tributadas, para fins
deste inciso, as saídas e prestações com destino ao exterior.
IV - o quociente de um quarenta e oito avos será proporcionalmente
aumentado ou diminuído, pró rata die, caso o período de apuração seja
superior ou inferior a um mês;
V - na hipótese de alienação dos bens do ativo permanente, antes de
decorrido o prazo de quatro anos, contado da data de sua aquisição não
será admitido, a partir da data da alienação, o creditamento de que trata

@professorandrefantoni
69
este parágrafo em relação à fração que corresponderia ao restante do
quadriênio;
VI - serão objeto de outro lançamento, além do lançamento em conjunto
com os demais créditos, para efeito da compensação prevista neste artigo
e no artigo anterior, em livro próprio ou de outra forma que a legislação
determinar, para aplicação do disposto nos incisos I a V deste parágrafo.
VII - ao final do quadragésimo oitavo mês, contado da data da entrada do
bem no estabelecimento, o saldo remanescente do crédito será cancelado.

§ 4º-A O disposto no § 4º deste artigo aplica-se, inclusive, em relação ao


valor do imposto devido e pago ao Estado de Mato Grosso a título de
diferencial de alíquotas, pela aquisição de bens destinados ao ativo
imobilizado, nos termos do inciso XIII do caput do art. 3º. (Acrescentado
pela Lei 10.978/19)

§ 4º-B Ainda em relação ao disposto nos §§ 4º e 4º-A deste artigo, na


hipótese de transferência de bem do ativo imobilizado a outro
estabelecimento deste Estado, pertencente ao mesmo titular, o saldo
remanescente do crédito ainda não utilizado será também transferido ao
estabelecimento destinatário, conforme disposto no regulamento desta
Lei. (Acrescentado pela Lei 10.978/19)

§ 5º Operações tributadas, posteriores a saídas de que trata o § 3º, dão ao


estabelecimento que as praticar direito a creditar-se do imposto cobrado
nas operações imediatamente anteriores às isentas ou não tributadas
sempre que a saída isenta ou não tributada seja relativa a produtos
agropecuários.

§ 7º Também não configuram crédito do ICMS os valores recolhidos a outra


unidade federada por contribuinte deste Estado, nos termos da alínea
"a" do inciso VIII do § 2° do Art. 155 da Constituição Federal.

§ 8º Na hipótese do inciso III do § 5° do Art. 15, o crédito relativo às


operações e prestações anteriores deve ser deduzido do débito
correspondente ao imposto devido à unidade federada de origem.

@professorandrefantoni
70
Art. 26 O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto do qual se
creditou sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no
estabelecimento:

I - for objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta,


sendo esta circunstância imprevisível na data da entrada da mercadoria ou
da utilização do serviço;
II - for integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a
saída do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto;
III - vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento;
IV - vier a perecer, deteriorar-se, extraviar-se ou for objeto de sinistro, furto
ou roubo;
V - for objeto de saída ou prestação de serviço com base de cálculo
reduzida, hipótese em que o estorno será proporcional à redução.

§ 2º Não se estornam créditos referentes a operações e prestações


relacionadas com mercadorias e serviços destinados ao exterior.

§ 3º O estorno ou o não creditamento a que se referem este artigo e o § 3º


do artigo 25 não impedem a utilização dos mesmos créditos em operações
posteriores, sujeitas ao imposto, com a mesma mercadoria.

Art. 27 O direito de crédito, para efeito de compensação com débito do


imposto, reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido as
mercadorias ou para o qual tenham sido prestados os serviços, está
condicionado à idoneidade da documentação fiscal, conforme
caracterizada no regulamento, bem como à sua escrituração nos prazos e
condições estabelecidos em normas complementares, além da observância
do disposto no parágrafo único do artigo 24.

Parágrafo único. O direito de utilizar o crédito extingue-se depois de


decorridos cinco anos contados da data de emissão do documento.

@professorandrefantoni
71
Art. 28 O regulamento desta lei disporá sobre o período de apuração do
imposto.

Parágrafo único. As obrigações consideram-se vencidas na data em que


termina o período de apuração e são liquidadas por compensação ou
mediante pagamento em dinheiro como disposto neste artigo:

I - as obrigações consideram-se liquidadas por compensação até o


montante dos créditos escriturados no mesmo período mais o saldo credor
de período ou períodos anteriores, se for o caso;
II - se o montante dos débitos do período superar o dos créditos, a
diferença será liquidada dentro do prazo fixado no regulamento;
III - se o montante dos créditos superar o dos débitos, a diferença será
transportada para o período seguinte.

Art. 29 Para efeito do disposto no artigo anterior, os débitos e créditos


devem ser apurados em cada estabelecimento, compensando-se os saldos
credores e devedores entre os estabelecimentos do mesmo sujeito passivo
localizados neste Estado.

Parágrafo único. Saldos credores acumulados a partir de 16 de setembro


de 1996, data de publicação da Lei Complementar nº 87/96, por
estabelecimentos que realizem operações e prestações de que tratam o
inciso II do art. 4º e seu § 3º, podem ser, na proporção que estas saídas
representem do total das saídas realizadas pelo estabelecimento:

I - imputados pelo sujeito passivo a qualquer estabelecimento seu neste


Estado;
II - havendo saldo remanescente, transferidos pelo sujeito passivo a outros
contribuintes deste Estado, mediante prévia autorização do fisco, na forma
fixada pelo regulamento.

@professorandrefantoni
72
Art. 30 Em substituição ao regime mencionado nos artigos 28 e 29, a
apuração do imposto poderá ser efetuada, também, através:
I - do cotejo entre créditos e débitos por mercadoria ou serviço dentro de
determinado período;
II - do cotejo entre créditos e débitos por mercadoria ou serviço em cada
operação;
III - do regime de estimativa, em função do porte ou da atividade do
estabelecimento, no qual o imposto será pago em parcelas periódicas,
assegurado ao sujeito passivo o direito de impugnação e de instauração
do processo contraditório;
IV - da forma prevista no regime especial a que se refere o artigo 34.

§ 1º Na hipótese do inciso III, ao fim do período, será feito o ajuste com


base na escrituração regular do contribuinte, que pagará a diferença
apurada, se positiva; caso contrário, a diferença será compensada com o
pagamento referente ao período ou períodos imediatamente seguintes.

§ 2º A inclusão de estabelecimento no regime de que trata o inciso III não


dispensa o sujeito passivo do cumprimento de obrigações acessórias.

Art. 30-A Sem prejuízo da observância dos demais requisitos previstos


nesta lei, em seu regulamento e na legislação complementar, em qualquer
caso, o crédito será escriturado pelo seu valor nominal.

CAPÍTULO X
Do Lançamento e do Pagamento

Art. 31 Ressalvado o disposto no § 2º, o imposto será espontaneamente


lançado pelo contribuinte nos seus livros e documentos fiscais com a
descrição das operações e prestações na forma disciplinada no
regulamento.

@professorandrefantoni
73
§ 1º O imposto apurado na forma referida no caput será declarado pelo
contribuinte em consonância com o preconizado no inciso X do artigo 17.

§ 2º A atividade referida no caput é de exclusiva responsabilidade do


contribuinte, ficando sujeita a posterior homologação pela autoridade
fiscal.

§ 3º O pagamento do imposto poderá também ser exigido, na forma que


dispuser o regulamento, sobre operações e prestações, por ocasião da
entrada no Estado:
I - de mercadorias, provenientes de outras unidades da federação ou do
exterior, destinadas a contribuintes do Estado;
II - de mercadorias e bens, e o respectivo serviço de transporte,
provenientes de outros Estados, destinados ao uso e consumo ou ao ativo
permanente de estabelecimento contribuinte.

§ 4º O estatuído neste artigo não desobriga o contribuinte do recolhimento


do imposto exigido através de lançamento de ofício pela autoridade
competente, sempre que constatada infração à legislação tributária.

Art. 32 O pagamento do imposto é efetuado no local, na forma e no prazo


previstos no regulamento.

Art. 33 As quantias indevidamente recolhidas aos cofres estaduais


poderão ser restituídas, no todo ou em parte, àqueles que comprovarem o
indébito, conforme dispuser o ato que o determinar.

Art. 34 Em casos especiais e objetivando o cumprimento da obrigação


tributária e a garantia da arrecadação, a autoridade administrativa poderá,
de ofício e na forma regulamentar, estabelecer regime especial para
pagamento do imposto.

§ 1º O disposto no caput se aplica exclusivamente as hipóteses de omissão,

@professorandrefantoni
74
lacuna ou impossibilidade de aplicação da legislação tributária vigente e
até que seja a legislação aperfeiçoada pela erradicação da respectiva
omissão, lacuna ou impossibilidade que motivou a edição de regra de
tributação excepcional.

§ 2º A regra de tributação especial de que trata este artigo será fixada junto
a unidade fazendária com atribuições regimentares pertinentes, que terá
até sessenta dias para incorporá-la objetivamente à legislação tributária,
erradicando assim a omissão, lacuna ou impossibilidade que motivou a
edição da regra de tributação fundada neste artigo.

§ 3º A regra de tributação excepcional de que trata este artigo possui


sempre caráter precário e provisório. (Acrescentado pela Lei 9.050/08)

CAPÍTULO XI
Das Obrigações Acessórias

Art. 35 Os contribuintes e os responsáveis pelo pagamento do imposto


ficam obrigados, em relação a cada um dos seus estabelecimentos, ao
cadastramento na repartição fiscal a que estiver vinculado, à emissão e
escrituração de documentos e livros fiscais, ao fornecimento de
informações e atendimento das demais exigências previstas em normas
complementares.

§ 1º A obrigação acessória deve ser cumprida ainda que se refira a


operações ou prestações não tributadas ou isentas de imposto.

§ 2º As pessoas físicas e jurídicas, mesmo não contribuintes do imposto,


ficam obrigadas a prestar as informações solicitadas pela fiscalização no
interesse da Fazenda Pública.

Art. 35-A As mercadorias e serviços, em qualquer hipótese, deverão estar


sempre acompanhadas de documentos fiscais idôneos.

@professorandrefantoni
75
Parágrafo único. Para os efeitos desta lei, consideram-se em situação fiscal
irregular as mercadorias ou serviços desacompanhados de documentos
fiscais exigidos ou acompanhados de documentação fiscal inidônea.

Art. 35-B Considera-se inidôneo, para todos os efeitos fiscais, o


documento que:

I - não seja o regularmente exigido para a respectiva operação ou


prestação;
II - não contenha as indicações necessárias à perfeita identificação da
operação ou da prestação, ensejando a falta do pagamento do imposto
devido na mesma;
III - embora atendendo aos requisitos formais, tenha sido emitido por
contribuinte em situação cadastral irregular ou por quem não esteja
autorizado a fazê-lo;
IV - já tenha produzido os respectivos efeitos fiscais;
V - tenha sido objeto de adulteração ou falsificação ou contenha qualquer
outro vício;
VI - esteja desacompanhado de qualquer outro documento de controle
exigido na forma da legislação tributária;
VII - discrimine mercadoria ou serviço que não corresponda ao objeto da
operação ou da prestação;
VIII - resulte na consignação de valor, quantidade, qualidade, espécie,
origem ou destino diferentes nas suas vias;
IX - embora atendendo a todos os requisitos, esteja acobertando
mercadoria encontrada na posse de pessoa diversa daquela nele indicada
como sua destinatária.
X - tenha sido emitido após expirado o prazo de validade nele consignado.

§ 2º O Regulamento poderá, segundo as condições que fixar, estabelecer


que, em determinadas situações, não se aplique a presunção de que trata
este artigo.

@professorandrefantoni
76
Art. 35-C A inidoneidade de que trata o artigo anterior poderá ser afastada
mediante processo administrativo tributário, em que o sujeito passivo
comprove, de forma inequívoca, que a irregularidade não importou em
falta de pagamento total ou parcial do imposto.

CAPÍTULO XII
Da Fiscalização Tributária

Art. 36 A fiscalização, a homologação do lançamento espontaneamente


efetuado e o lançamento de ofício do imposto competem privativamente
aos integrantes do Grupo Tributação, Arrecadação e Fiscalização nos
termos em que lei de prerrogativas profissionais fixar.

§ 1º As atividades da Secretaria de Estado de Fazenda e dos seus fiscais


terão, dentro de sua área de competência e jurisdição, precedência sobre
os demais setores da Administração Pública.

§ 2º O acesso do Fiscal de Tributos Estaduais aos locais onde deva ser


exercida sua atividade está condicionado apenas à apresentação de sua
identidade funcional.

§ 3º No desempenho de suas funções, o Fiscal de Tributos Estaduais,


sempre que necessário, solicitará o auxilio da autoridade policial.

§ 4º Na fiscalização de contribuinte estabelecido fora do território mato-


grossense, os Fiscais de Tributos Estaduais deverão observar os
procedimentos fixados em convênio celebrado com a unidade da
federação de sua localização.

§ 5º O disposto no parágrafo anterior será também observado pelo fisco

@professorandrefantoni
77
de outras unidades federadas, quando em fiscalização junto a seus
contribuintes localizados no território mato-grossense.

@professorandrefantoni
78
CAPÍTULO XIII
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO
Seção I
Do lançamento de Ofício

Art. 37 Constitui infração tributária toda ação ou omissão voluntária ou


involuntária que importe em inobservância, por parte de pessoa física ou
jurídica, de norma estabelecida nesta lei, no seu regulamento ou em atos
complementares.

Art. 38 Verificada qualquer infração à legislação tributária, será lavrada a


Notificação/Auto de Infração - NAI.

§ 1º A lavratura da NAI é de competência privativa dos Fiscais de Tributos


Estaduais.

§ 2º A Notificação/Auto de Infração conterá:


I - a qualificação do sujeito passivo da obrigação;
II - o local, a data e a hora da lavratura;
III - a descrição da matéria tributável, com menção do fato gerador e
respectivas base de cálculo e alíquota;
IV - a disposição da legislação tributária infringida e a penalidade aplicável;
V - o valor original do tributo, e a demonstração do crédito tributário total,
ainda que na forma de anexo;
VI - a consolidação do valor da exigência e a notificação para pagamento
do crédito tributário lançado, com menção do prazo para cumprimento da
obrigação;
VII - a indicação da repartição e do prazo em que poderá ser apresentada
a impugnação;
VIII - o nome, cargo, matrícula e assinatura do autuante.

§ 8º Para fins de exigência, formalização e processamento do crédito


tributário mediante o instrumento de que trata este artigo, aquele que

@professorandrefantoni
79
apresentar maior grau de liquidez e efetividade prefere e precede ao de
menor grau de realização monetária, ainda que mais antigo.

Art. 39 No lançamento instrumentado na forma do Art. 38, o infrator será


notificado a pagar o débito fiscal ou a apresentar impugnação por escrito
no prazo de 30 (trinta) dias.

§ 1º Nos termos do seu regulamento específico, a interposição tempestiva


e regular da impugnação ou reclamação referida no caput suspende pelo
tempo do processo a exigibilidade do débito junto ao sistema de conta
corrente fiscal e inaugura o processo administrativo para declaração do
direito pertinente a revisão de lançamento decorrente de contencioso
relativo a tributo estadual, respectivas penalidades e acréscimos legais
pertinentes a lançamento de ofício instrumentado na forma do Art. 38.

§ 2º Para fins de exigência, formalização e processamento do crédito


tributário de que trata o caput, o ato administrativo a que se refere o § 1º
deste artigo poderá priorizar aquele que apresentar maior grau de liquidez
e efetividade, fixando sua preferência e precedência em relação ao de
menor grau de realização monetária, ainda que mais
antigo. (Acrescentado pela Lei 9.709/12)

§ 3º Poderá o ato do administrativo a que se refere o § 1º deste artigo


promover a preferencial desconcentração do desenvolvimento do
processo e da decisão administrativa no âmbito do respectivo domicílio
tributário do sujeito passivo, fazendo-o sem prejuízo do contraditório e da
ampla defesa. (Acrescentado pela Lei 9.709/12)

§ 4º Na forma estabelecida na legislação tributária processual mencionada


nos §§ 1º a 3º deste preceito, a decisão definitiva impede que o instrumento
de formalização a que se refere o caput deste artigo seja submetido a novo
decisório na esfera administrativa, devendo o respectivo processo, depois
de transcorrido o prazo regulamentar para pagamento, ser

@professorandrefantoni
80
eletronicamente registrado no Sistema Eletrônico de Conta Corrente Geral
do Estado de Mato Grosso, mantido no âmbito da Secretaria de Estado de
Fazenda.

Art. 39-A Não se efetuará constituição de crédito tributário, por


descumprimento de obrigação principal, pertinente ao ICMS, inclusive
referente ao uso de crédito fiscal, quando seu valor total for inferior ao
equivalente a 20 (vinte) UPF/MT, vigente na data em que se efetuaria a
constituição do referido crédito tributário.

§ 1º O disposto neste artigo não alcança os créditos tributários decorrentes


de aplicação de penalidade por descumprimento de obrigação acessória
vinculada ao ICMS.

§ 2º Relativamente a cobrança ou inscrição de débito fiscal registrado no


sistema de conta corrente fiscal da Secretaria de Estado de Fazenda,
hipótese em que não se aplica o disposto no parágrafo anterior, cuja
exigência seja antieconômica ou inviável, poderá, na forma estabelecida em
legislação complementar, ser dispensada sua exigência desde que seu valor
atualizado seja inferior ao quádruplo do limite previsto no caput.

§ 3º O estatuído neste artigo não implica dispensa do crédito tributário,


que poderá ser exigido, respeitado o prazo decadencial, quando, isolada
ou conjuntamente, for atingido o limite mínimo fixado no caput.

Art. 39-B Reger-se-á pelo disposto neste artigo, seu regulamento e


legislação complementar, o crédito tributário formalizado em Aviso de
Cobrança Fazendária, Notificação de Lançamento, Aviso de Cobrança da
Conta Corrente Fiscal, Documento de Arrecadação, Termo de Intimação ou
Termo de Apreensão e Depósito, para exigência do imposto, acréscimos
legais, multa moratória ou penalidade correspondente, pertinente a
obrigação tributária do imposto.

@professorandrefantoni
81
§ 1º O instrumento de formalização do crédito tributário de que trata
o caput será integralmente processado, revisado e decidido integralmente
no âmbito da unidade da administração tributária que o expedir e, vencido
e não pago será convertido em Aviso de Cobrança da Conta Corrente Fiscal
para fins de inscrição em dívida ativa, com a aplicação, quando for o caso,
da penalidade cabível ao lançamento de ofício.

§ 2º É vedada a conversão ou lavratura do crédito formalizado na forma


deste artigo no instrumento de que trata o artigo 38 ou seu processo.

§ 3º Assegurado ao contribuinte o contraditório e ampla defesa no


processo de que trata este artigo.

§ 4º A notificação da exigência do crédito tributário formalizado nos termos


deste artigo, bem como a comunicação dos atos preparatórios à sua
formalização ou a ele inerentes, poderão ser enviadas ao endereço
eletrônico a que se refere o inciso XVIII do caput do Art. 17. (Acrescentado
pela Lei 9.226/09)

§ 5º Mediante expressa previsão na legislação tributária, fica facultada a


alteração do disposto no § 1º deste artigo, para se estabelecer que os
instrumentos a que se refere o caput, possam ser processados, revisados e
decididos em unidade fazendária distinta daquela responsável pela
respectiva expedição. (Acrescentado o § 5º pela Lei 9.295/09)

§ 6º Para fins de exigência, formalização e processamento do crédito


tributário mediante o instrumento de que trata o caput, aquele que
apresentar maior grau de liquidez e efetividade prefere e precede ao de
menor grau de realização monetária, ainda que mais
antigo. (Acrescentado pela Lei 9.709/12)

§ 7º Na forma estabelecida na legislação tributária a decisão definitiva


impede que o instrumento de formalização a que se refere o caput deste

@professorandrefantoni
82
artigo seja submetido a novo decisório na esfera administrativa, devendo
o respectivo processo, depois de transcorrido o prazo regulamentar para
pagamento, ser eletronicamente registrado no Sistema Eletrônico de Conta
Corrente Geral do Estado de Mato Grosso, mantido no âmbito da Secretaria
de Estado de Fazenda.

§ 8º Aplica-se, ainda o disposto neste artigo ao Auto de Infração e


Imposição de Multa na Circulação de Mercadorias e ao Termo de
Notificação no Trânsito de Bens, expedidos no trânsito ou aduana como
instrumento de formalização e exigência do imposto, acréscimos legais,
multa moratória ou penalidade correspondente, relativo à conformidade
da obrigação tributária na circulação de bens, mercadorias ou
serviços. (Acrescentado pela Lei 10.234/14)

Art. 39-C Na forma fixada na legislação tributária, a administração


tributária poderá desenvolver sistemas eletrônicos de processamento de
pedidos, requerimentos, impugnações, reclamações, consultas e revisões
de lançamento por meio de autos, total ou parcialmente, digitais,
utilizando, preferencialmente, a rede mundial de computadores e acesso
por meio de redes internas e externas. (Acrescentado pela Lei 9.226/09)

§ 1º As intimações e comunicações relativas aos processos mencionados


no caput deste artigo serão efetuadas por meio eletrônico, em portal
próprio, e pelo endereço eletrônico a que se refere o inciso XVIII do caput
do Art. 17, dispensada a publicação no órgão oficial, inclusive eletrônico.

§ 2º Todas as citações, comunicações, intimações e notificações vinculadas


ao processo de que trata este artigo, serão consideradas pessoais, para
todos os efeitos legais, devendo ser realizadas por meio eletrônico.

§ 3º Serão consideradas originais, para todos os efeitos legais, a decisão,


instrução e os documentos produzidos eletronicamente e juntados ao

@professorandrefantoni
83
processo eletrônico com garantia da origem e de seu signatário, desde que
atendam ao fixado na legislação tributária pertinente.

§ 4º As arguições de falsidade, vício, nulidade, anulabilidade ou defeito


serão processadas eletronicamente, na forma da legislação tributária.

§ 5º A conservação dos autos do processo poderá ser efetuada, total ou


parcialmente, por meio eletrônico, devendo ser protegido por meio de
sistemas de segurança de acesso, bem como armazenado em meio digital
que garanta a preservação e integridade dos dados, dispensada a formação
de autos suplementares ou volumes materiais.

CAPÍTULO XIV-A
DOS ACRÉSCIMOS LEGAIS
(Acrescentado pela Lei 10.978/19)

Art. 47-A Os débitos fiscais decorrentes do não pagamento do imposto no


prazo legal, inclusive parcelamento e reparcelamento, terão os seus valores
corrigidos em função da variação do poder aquisitivo da moeda nacional,
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, divulgado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ou por outro
índice de preços de caráter nacional que vier a substituí-lo. (Nova redação
dada pela Lei 11.329/2021, efeitos a partir de 1º.05.2021)

§ 1º A correção monetária será efetuada com base nos coeficientes em


vigor no mês em que deva ocorrer o pagamento do débito fiscal,
considerando-se, para todos os efeitos, como termo inicial o mês em que
houver expirado o prazo normal para recolhimento do tributo.

§ 2º Os coeficientes relativos a determinado mês serão calculados com base


no IPCA divulgado pelo IBGE no mês anterior, qualquer que seja o
correspondente período de referência, observada a respectiva acumulação
no período considerado.

@professorandrefantoni
84
Art. 47-B As importâncias fixas ou correspondentes a multas, limites para
fixação de multas ou limites de faixas para efeito de tributação poderão ser
expressas por meio de múltiplos ou submúltiplos da unidade denominada
Unidade Padrão Fiscal do Estado de Mato Grosso, que figura na legislação
tributária sob a forma de UPF/MT. (Nova redação dada pela
Lei 11.329/2021, efeitos a partir de 1º.05.2021)

§ 1º A atualização do valor da Unidade Padrão Fiscal do Estado de Mato


Grosso - UPF/MT será efetuada em função da variação do poder aquisitivo
da moeda nacional, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
- IPCA, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE,
ou por outro índice de preços de caráter nacional que vier a substituí-lo.

§ 2º O valor da UPF/MT será atualizado mensalmente com base no IPCA,


divulgado pelo IBGE no respectivo mês imediatamente anterior, qualquer
que seja o correspondente período de referência, observada a respectiva
acumulação no período considerado.

§ 3º O valor da UPF/MT será mensalmente divulgado em ato da Secretaria


de Estado de Fazenda.

Art. 47-C Os valores do imposto não integralmente pagos nos prazos


previstos na legislação, inclusive os valores relativos às parcelas mensais
decorrentes de acordo de parcelamento, serão acrescidos de juros de mora
equivalentes a 1% (um por cento) ao mês calendário ou
fração. (Acrescentado pela Lei 10.978/19)

§ 1º Os juros de mora incidirão a partir do primeiro dia do mês subsequente


ao do vencimento do tributo e serão calculados sobre o respectivo valor
corrigido monetariamente.

§ 2º Os juros de mora, seja qual for o motivo determinante da


inadimplência, serão aplicados sem prejuízo da imposição da multa de
mora ou das penalidades cabíveis ou de quaisquer outras medidas de
garantia previstas na legislação tributária.

@professorandrefantoni
85
Art. 47-D O pagamento espontâneo, feito fora do prazo fixado na
legislação tributária para vencimento da obrigação principal, sujeitará o
contribuinte à multa de mora de 0,333% (trezentos e trinta e três milésimos
de inteiro por cento) ao dia, até o limite máximo de 20% (vinte por cento),
aplicável sobre o valor do imposto corrigido
monetariamente. (Acrescentado pela Lei 10.978/19)

Parágrafo único A multa de mora prevista neste artigo aplica-se, também,


ao débito vencido, declarado pelo contribuinte na Guia de Informação e
Apuração do ICMS ou na Escrituração Fiscal Digital - EFD ou em qualquer
outro documento de declaração previsto na legislação tributária.

CAPÍTULO XIV-B
DAS PENALIDADES
(Acrescentado pela Lei 10.978/19)

Art. 47-E O descumprimento das obrigações principal e acessórias,


instituídas pela legislação do imposto, fica sujeito às seguintes
penalidades: (Acrescentado pela Lei 10.978/19)

I - infrações relativas ao recolhimento do imposto:

a) falta de recolhimento do imposto, apurada por meio de levantamento


fiscal - multa equivalente a 60% (sessenta por cento) do valor do imposto;
b) falta de recolhimento do imposto, quando os documentos fiscais
relativos às respectivas operações e/ou prestações tenham sido emitidos e,
ainda que escriturados nos livros fiscais próprios ou registrados na
respectiva escrituração fiscal digital, não contenham destaque do imposto
ou contenham destaque do imposto em valor menor que o
correspondente às respectivas operações e/ou prestações - multa

@professorandrefantoni
86
equivalente a 55% (cinquenta e cinco por cento) do valor do imposto
devido ou da diferença não destacada;

c) falta de recolhimento do imposto, quando os documentos fiscais


relativos às respectivas operações e/ou prestações não tenham sido
regularmente escriturados nos livros fiscais próprios ou registrados na
respectiva escrituração fiscal digital, porém a sua emissão não incumbia ao
contribuinte - multa equivalente a 45% (quarenta e cinco por cento) do
valor do imposto devido;

d) falta de recolhimento do imposto, quando os documentos fiscais


relativos às respectivas operações e/ou prestações tenham sido
corretamente emitidos, porém não escriturados regularmente nos livros
fiscais próprios ou registrados na respectiva escrituração fiscal digital -
multa equivalente a 40% (quarenta por cento) do valor do imposto;

e) falta de recolhimento do imposto, inclusive diferença de estimativa,


quando os documentos fiscais relativos às respectivas operações e/ou
prestações tenham sido emitidos e escriturados regularmente, bem como
os valores correspondentes tenham sido integralmente declarados ao fisco
- multa equivalente a 20% (vinte por cento) do valor do imposto;

f) falta de recolhimento do imposto, inclusive diferença de estimativa,


quando os documentos fiscais relativos às respectivas operações e/ou
prestações tenham sido emitidos e escriturados regularmente, porém os
valores correspondentes não tenham sido declarados ao fisco - multa
equivalente a 30% (trinta por cento) do valor do imposto;

g) falta de recolhimento de imposto transcrito pelo fisco ou de parcela


devida por contribuinte enquadrado no regime de estimativa, quando não
efetuado no prazo fixado pela legislação - multa equivalente a 30% (trinta
por cento) do valor do imposto;

h) falta de recolhimento de diferença do imposto, decorrente de declaração


com indicação do valor do imposto a recolher, inclusive diferença de

@professorandrefantoni
87
estimativa, inferior ao escriturado ou registrado regularmente - multa
equivalente a 40% (quarenta por cento) do valor imposto não declarado;

i) falta de recolhimento do imposto relativo a operações com bens e


mercadorias destinados a zonas francas que, por qualquer motivo, não
tenha sido comprovado o respectivo ingresso ou não tenham chegado ao
seu destino ou, ainda, tenham sido reintroduzidos no mercado interno do
país - multa equivalente a 100% (cem por cento) do valor do imposto;

j) falta de recolhimento do imposto, quando a operação ou prestação


ocorrer no território mato-grossense, mas com emissão de documento
fiscal indicando destinatário em outra unidade da Federação - multa
equivalente a 40% (quarenta por cento) do valor total da operação ou
prestação;

k) falta de recolhimento do imposto relativo a saídas de mercadorias com


o fim específico de exportação, cuja operação não seja efetivada - multa
equivalente a 10% (dez por cento) do valor da operação e/ou prestação;

l) falta de recolhimento ou recolhimento a menor do imposto retido, na


condição de contribuinte substituto tributário - multa equivalente a 100%
(cem por cento) do valor do imposto retido e não recolhido, ou de sua
diferença;

m) falta de recolhimento ou recolhimento a menor do imposto devido por


substituição tributária quando não houver a respectiva retenção pelo
substituto tributário - multa equivalente a 60% (sessenta por cento) do
valor do imposto devido e não retido ou de sua diferença;

n) falta de recolhimento do imposto em hipótese não prevista nas


alíneas a a m deste inciso - multa equivalente a 60% (sessenta por cento)
do valor do imposto;

II - infrações relativas ao crédito do imposto:

@professorandrefantoni
88
a) crédito do imposto decorrente do registro de documento fiscal que não
corresponda à operação ou prestação - multa equivalente a 100% (cem por
cento) do valor do crédito indevido, sem prejuízo do recolhimento da
importância indevidamente creditada;

b) crédito do imposto decorrente de sua apropriação em momento anterior


ao da entrada do bem ou mercadoria no estabelecimento ou ao
recebimento de serviço - multa equivalente a 5% (cinco por cento) do valor
da operação e/ou prestação, sem prejuízo do pagamento da correção
monetária e dos demais acréscimos legais, em relação à parcela do imposto
cujo recolhimento tiver sido retardado;

c) transferência de crédito do imposto a outro estabelecimento em


hipótese não permitida ou em montante superior a limite autorizado pela
legislação - multa equivalente a 30% (trinta por cento) do valor do crédito
transferido irregularmente, sem prejuízo do recolhimento da importância
transferida;
d) falta de estorno de crédito registrado quando o estorno for exigido pela
legislação - multa equivalente a 30% (trinta por cento) do valor do crédito
não estornado, sem prejuízo do recolhimento do valor correspondente ao
crédito não estornado;

e) crédito indevido do imposto, em situação não prevista nas


alíneas a a d deste inciso - multa equivalente a 60% (sessenta por cento)
do valor do crédito indevidamente registrado, sem prejuízo do
recolhimento do valor correspondente ao crédito indevido;

III - infrações relativas à documentação fiscal na entrega, remessa,


transporte, recebimento, estocagem ou depósito de mercadoria ou, ainda,
quando couber, na prestação de serviço:

a) entrega, transporte, remessa, recebimento, estocagem ou depósito de


bem ou mercadoria desacompanhada de documentação fiscal ou de
documento auxiliar exigido na operação:

@professorandrefantoni
89
1) multa equivalente a 30% (trinta por cento) do valor da operação aplicável
ao contribuinte que tenha promovido a entrega, a remessa, o recebimento,
a estocagem ou o depósito do bem ou mercadoria;

2) multa equivalente a 30% (trinta por cento) do valor da operação aplicável


ao transportador quando não identificado o contribuinte que tenha
promovido a entrega, a remessa, o recebimento, a estocagem ou o
depósito do bem ou mercadoria;

b) remessa ou transporte de bem ou mercadoria acompanhada de


documento fiscal em que tenha sido consignada declaração falsa quanto
ao estabelecimento de origem:

1) multa equivalente a 30% (trinta por cento) do valor da operação,


aplicável ao contribuinte que tenha remetido ou esteja remetendo o bem
ou mercadoria;

2) multa equivalente a 10% (dez por cento) do valor da operação, aplicável


ao transportador;

c) recebimento ou entrega de bem ou mercadoria a destinatário diverso do


indicado no documento fiscal:

1) multa equivalente a 30% (trinta por cento) do valor da operação,


aplicável ao contribuinte que tenha recebido ou esteja recebendo o bem
ou mercadoria;

2) multa equivalente a 10% (dez por cento) do valor da operação, aplicável


ao transportador;

d) entrega ou remessa de mercadoria depositada por terceiro a pessoa ou


estabelecimento diverso do depositante, quando este não tenha emitido o
documento fiscal correspondente - multa equivalente a 15% (quinze por
cento) do valor da mercadoria entregue ou remetida, aplicável ao
depositário;

@professorandrefantoni
90
e) prestação ou utilização de serviço desacompanhada de documentação
fiscal ou de documentos auxiliares exigidos na legislação - multa
equivalente a 30% (trinta por cento) do valor da prestação, aplicável ao
contribuinte que tenha prestado o serviço ou que o tenha recebido;

f) prestação de serviço a pessoa diversa da indicada no documento fiscal -


multa equivalente a 15% (quinze por cento) do valor da prestação, aplicável
tanto ao prestador do serviço como ao contribuinte que o tenha recebido;

g) falta de emissão de documento fiscal, ou de sua entrega ao comprador


- multa equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) do valor da operação
e/ou prestação;

h) remessa de bem ou mercadoria ou prestação de serviço de transporte


acompanhado de documento fiscal com prazo de circulação expirado -
multa equivalente a 15% (quinze por cento) do valor da operação e/ou
prestação indicado no documento fiscal;

i) recebimento de bem ou mercadoria ou de serviço, em operação ou


prestação interestadual, acobertado por documento fiscal, em que tenha
sido aplicada a alíquota prevista para operações ou prestações com
contribuintes do imposto, quando o destinatário ou usuário não for
contribuinte dele - multa de 15% (quinze por cento) do valor da operação
e/ou prestação.

j) deixar o transportador de apresentar em Posto Fiscal, fixo ou móvel, ou


apresentar depois de iniciada a ação fiscal, o documento fiscal ou o
respectivo documento auxiliar, relativo à operação ou à prestação de
serviço de transporte, na forma prevista na legislação:

1) multa equivalente a 5% (cinco por cento) do valor da operação e/ou


prestação, quando houver registro de passagem, efetuado anteriormente,
relativo ao referido documento fiscal em sistema de controle de passagem
nacional;
2) multa equivalente a 10% (dez por cento) do valor da operação e/ou

@professorandrefantoni
91
prestação, quando não houver registro de passagem relativo ao referido
documento fiscal em sistema de controle de passagem nacional;

k) aquisição, importação, recebimento, posse, transporte, estocagem,


depósito, armazenagem, venda, remessa ou entrega de bem ou mercadoria
sem emissão de documento de controle exigido pela legislação tributária -
multa equivalente a 2% (dois por cento) do valor da operação e/ou da
prestação;

l) transporte com Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais - MDF-e


cancelado ou encerrado ou falta de sua emissão:

1) multa equivalente a 20% (vinte por cento) do valor da prestação,


aplicável à empresa transportadora, quando responsável pela emissão;
2) quando o transporte for efetuado pelo próprio remetente ou
destinatário ou por transportador autônomo - multa equivalente a 20%
(vinte por cento) do valor da prestação; quando não houver valor da
prestação, multa equivalente a 10 (dez) UPF/MT por MDF-e, aplicável ao
responsável pela emissão, seja ele o remetente ou o destinatário;

m) remessa ou recebimento de bem ou mercadoria acobertada por


documento fiscal em que tenha sido consignada importância inferior ao
valor da operação - multa equivalente a 30% (trinta por cento) do montante
da diferença entre o valor real da operação e o declarado no documento
fiscal;

n) entrega, pelo depositário estabelecido em recinto alfandegado, de


mercadoria ou bem importados do exterior, sem a observância de
requisitos regulamentares:
1) quando resultar em falta de pagamento do imposto - multa equivalente
a 15% (quinze por cento) do valor da operação de importação;
2) quando não resultar em falta de pagamento do imposto - multa
equivalente a 1% (um por cento) do valor da operação de importação;

@professorandrefantoni
92
o) descumprimento de obrigação acessória a que se referem as infrações
indicadas no caput deste inciso, não previstas nas alíneas a a n - multa
equivalente a 3 (três) UPF/MT;

IV - infrações relativas a documentos fiscais e impressos fiscais, quando


apuradas por meio de levantamento ou ação fiscal:

a) falta de emissão de documento fiscal - multa equivalente a 25% (vinte e


cinco por cento) do valor da operação ou prestação;

b) emissão de documento fiscal em que tenha sido consignada declaração


falsa quanto ao estabelecimento de origem ou de destino do bem,
mercadoria ou serviço - multa equivalente a 30% (trinta por cento) do valor
da operação ou prestação indicado no documento fiscal;

c) emissão de documento fiscal que não corresponda à saída, à transmissão


de propriedade ou à entrada de bem ou mercadoria no estabelecimento
ou, ainda, à prestação ou à utilização de serviço - multa equivalente a 30%
(trinta por cento) do valor da operação ou prestação indicado no
documento fiscal;

d) emissão de documento fiscal após expiração do prazo de validade do


documento fiscal - multa de 5% (cinco por cento) do valor da operação ou
prestação indicado no documento fiscal; se comprovado o recolhimento
do imposto destacado - multa de 20% (vinte por cento) do valor do
imposto;

e) utilização de documento fiscal com numeração e seriação em


duplicidade - multa equivalente a 30% (trinta por cento) do valor total da
operação ou prestação;

f) destaque do valor do imposto em documento fiscal referente à operação


ou prestação não sujeita ao pagamento do tributo ou em que tenha sido
atribuída a outra pessoa a responsabilidade pelo pagamento:

@professorandrefantoni
93
1) quando não efetuado o pagamento do imposto destacado no
documento fiscal - multa equivalente a 20% (vinte por cento) do valor da
operação ou prestação indicado no documento fiscal;

2) quando efetuado o pagamento do imposto destacado irregularmente -


multa equivalente a 1% (um por cento) do valor da operação ou prestação
relacionada com o documento;

g) emissão de documento fiscal com inobservância de requisitos


regulamentares - multa equivalente a 5% (cinco por cento) do valor da
UPF/MT por documento;

h) extravio, perda, inutilização, permanência fora do estabelecimento em


local não autorizado ou não exibição à autoridade fiscalizadora:
1) de Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2 - multa equivalente a
10% (dez por cento) do valor da UPF/MT por documento;

2) de qualquer documento fiscal, exceto a Nota Fiscal de Venda a


Consumidor, modelo 2, documento auxiliar ou impresso fiscal - multa
equivalente a 1 (uma) UPF/MT por documento fiscal ou auxiliar ou impresso
fiscal;

i) encomenda ou confecção de impresso de documento fiscal sem


autorização do fisco - multa equivalente a 50% (cinquenta por cento) do
valor da UPF/MT por documento, aplicável tanto ao impressor como ao
encomendante;

j) utilização de documento fiscal ou de documento auxiliar adulterado,


viciado, não autorizado ou falsificado - multa equivalente a 50% (cinquenta
por cento) do valor da operação ou prestação consignado no documento;

k) emissão ou recebimento de documento fiscal ou de documento auxiliar


em que tenha sido consignada importância inferior ao valor da operação
ou prestação - multa equivalente a 30% (trinta por cento) do montante da
diferença entre o valor real da operação ou prestação e o declarado ao
fisco;

@professorandrefantoni
94
l) reutilização, em outra operação ou prestação, de documento auxiliar de
documento fiscal eletrônico ou de documento fiscal - multa equivalente a
30% (trinta por cento) do valor da operação ou da prestação;

m) emissão de documento fiscal em que tenham sido consignados valores


diferentes nas respectivas vias ou com omissão do correspondente valor
em qualquer delas - multa equivalente a 30% (trinta por cento) do valor da
operação ou prestação;

n) deixar de entregar ao fisco, na forma e prazo fixados, via de documento


fiscal - multa equivalente a 5% (cinco por cento) do valor da operação ou
prestação;

o) falta de destaque do imposto ou destaque do imposto em valor menor


que o devido na operação ou na prestação - multa equivalente a 80%
(oitenta por cento) do valor do imposto devido ou da diferença;

p) quanto a arquivo relacionado a documento fiscal eletrônico emitido em


contingência:
1) falta de transmissão para o fisco - multa equivalente a 30% (trinta por
cento) do valor da operação ou prestação;

2) transmissão para o fisco fora do prazo previsto na legislação - multa


equivalente a 1% (um por cento) do valor da operação ou prestação;

q) falta de registro de evento relativo a documento fiscal eletrônico - multa


equivalente a 2% (dois por cento) do valor da operação ou prestação,
limitada a 1000 (um mil) UPF/MT;

r) emitir ou imprimir comprovante com indicação "controle interno", "sem


valor comercial", "operação não sujeita ao ICMS" ou qualquer outra
expressão análoga, em operação e/ou prestação sujeita ao imposto - multa
equivalente a 30% (trinta por cento) do valor da operação ou prestação;

s) utilização de software para a emissão de documento fiscal com vício,


fraude ou simulação - multa equivalente a 30% (trinta por cento) do valor

@professorandrefantoni
95
da operação e/ou prestação a que se referir a irregularidade, não inferior a
400 (quatrocentas) UPF/MT;

t) recepção, na condição de destinatário ou de tomador de serviço, de


documento fiscal em que tenha sido consignada declaração falsa quanto
ao estabelecimento de origem ou de destino do bem, mercadoria ou
serviço - multa equivalente a 40% (quarenta por cento) do valor da
operação ou prestação;

u) recepção, na condição de destinatário ou de tomador de serviço, de


documento fiscal que não corresponda à saída, à transmissão de
propriedade ou à entrada de bem ou mercadoria no estabelecimento ou,
ainda, à prestação ou à utilização de serviço - multa equivalente a 30%
(trinta por cento) do valor consignado como da operação ou da prestação
no documento fiscal;

v) descumprimento de obrigação acessória a que se referem as infrações


indicadas no caput deste inciso, não previstas nas alíneas a a u - multa
equivalente a 1 (uma) UPF/MT;

V - infrações relativas a livros fiscais e à Escrituração Fiscal Digital - EFD:

a) falta de registro de documento fiscal relativo à entrada de bem ou


mercadoria no estabelecimento ou à aquisição de sua propriedade ou,
ainda, à utilização de serviço, quando já escrituradas as operações ou
prestações do período a que se referirem - multa equivalente a 8% (oito
por cento) do valor da operação ou prestação;

b) falta de registro de documento fiscal relativo à saída de bem ou


mercadoria ou à prestação de serviço, cuja operação ou prestação não
esteja sujeita ao pagamento do imposto, quando já escrituradas as
operações ou prestações do período a que se referirem:

1) multa equivalente a 5% (cinco por cento) do valor da operação ou


prestação constante do documento fiscal;

@professorandrefantoni
96
2) multa de 20% (vinte por cento) do valor da operação ou prestação
constante do documento fiscal, se sujeitas ao pagamento do imposto em
operação ou prestação posterior;

3) multa de 0,5% (meio por cento) do valor da operação ou prestação


constante do documento fiscal, quando se tratar de documento fiscal
eletrônico regularmente emitido e constante nos bancos de dados da
Secretaria de Estado de Fazenda;

c) falta de elaboração de documento auxiliar de escrituração fiscal ou sua


não exibição ao fisco - multa equivalente a 0,5% (meio por cento) do valor
das operações ou prestações que dele devam constar;

d) adulteração, vício ou falsificação em livro fiscal ou em EFD - multa


equivalente a 40% (quarenta por cento) do valor da operação e/ou
prestação a que se referir a irregularidade;

e) atraso de escrituração de livro fiscal impresso - multa equivalente de 2


(duas) UPF/MT por livro, por mês ou fração, em atraso;

f) falta de livro fiscal ou sua utilização sem registro na Secretaria de Estado


de Fazenda - multa equivalente a 2 (duas) UPF/MT por livro, por mês ou
fração, contado da data a partir da qual tenha sido obrigatória a
manutenção do livro ou da data de início da utilização irregular;

g) falta de registro em controles auxiliares ou na EFD, previstos em normas


complementares, dos bens do ativo imobilizado - multa equivalente a 1%
(um por cento) do valor não registrado, nunca inferior a 10 (dez) UPF/MT;

h) permanência fora do estabelecimento, em local não autorizado, de livro


fiscal - multa equivalente a 5 (cinco) UPF/MT por livro;

i) extravio, perda, inutilização ou não exibição de livro fiscal à autoridade


fiscalizadora - multa equivalente a 30 (trinta) UPF/MT por livro;

@professorandrefantoni
97
j) encerramento de livro fiscal escriturado por processamento de dados,
sem autenticação ou registro na repartição competente - multa equivalente
a 10 (dez) UPF/MT por livro;

k) falta de autorização fiscal para reconstituição de escrita fiscal - multa


equivalente a 1% (um por cento) do valor das operações ou prestações
reconstituídas;

l) utilização de software para a escrituração de livro fiscal ou EFD com vício,


fraude ou simulação - multa equivalente a 40% (quarenta por cento) do
valor da operação e/ou prestação a que se referir a irregularidade, não
inferior a 400 (quatrocentas) UPF/MT;

m) escrituração do livro Registro de Inventário ou preenchimento dos


registros relacionados ao inventário na EFD:

1) de forma a dificultar ou impedir a perfeita identificação da mercadoria -


multa equivalente a 10% (dez por cento) do valor do estoque escriturado a
que se referir a irregularidade, não inferior a 5 (cinco) UPF/MT;

2) sem observância dos requisitos previstos no regulamento e em normas


complementares - multa equivalente a 3% (três por cento) do valor do
estoque a que se referir a irregularidade, não inferior a 3 (três) UPF/MT;

n) falta de entrega de arquivo eletrônico da EFD quando o contribuinte


houver realizado operações e/ou prestações no período:

1) na primeira notificação - multa equivalente a 2% (dois por cento) do


valor das operações de entradas e de saídas e das prestações adquiridas e
das realizadas no período, constantes nos bancos de dados da Secretaria
de Estado de Fazenda;

2) na segunda notificação referente a período já indicado na antecedente,


desde que efetuada após o transcurso do prazo mínimo de 60 (sessenta)
dias, contados da data da ciência do lançamento imediatamente anterior -
multa equivalente a 3% (três por cento) do valor das operações de entradas

@professorandrefantoni
98
e de saídas e das prestações adquiridas e das realizadas no período,
constantes nos bancos de dados da Secretaria de Estado de Fazenda;

3) na terceira e última notificação referente a período já indicado na


antecedente, desde que efetuada após o transcurso do prazo mínimo de
60 (sessenta) dias, contados da data da ciência do lançamento
imediatamente anterior - multa equivalente a 6% (seis por cento) do valor
das operações de entradas e de saídas e das prestações adquiridas e das
realizadas no período, constantes nos bancos de dados da Secretaria de
Estado de Fazenda;

o) falta de entrega de arquivo eletrônico da EFD quando não houver


operações e/ou prestações realizadas pelo contribuinte no período,
registradas nos bancos de dados da Secretaria de Estado de Fazenda -
multa equivalente a 2 (duas) UPF/MT por arquivo não entregue;

p) em relação à prestação de informações na EFD referentes à quantificação


de renúncia fiscal:

1) falta de prestação de informação - multa equivalente a 10% (dez por


cento) do valor da renúncia fiscal não informada, limitada a 1000 (um mil)
UPF/MT;
2) prestação incorreta da informação - multa equivalente a 7,5% (sete e
meio por cento) do valor que for indevidamente declarado como renúncia
fiscal, a maior ou a menor, limitada a 750 (setencentos e cinquenta)
UPF/MT;
3) prestação da informação em atraso - multa equivalente a 5% (cinco por
cento), aplicado sobre o valor da renúncia fiscal, limitada a 500 (quinhentas)
UPF/MT;

q) irregularidade de escrituração dos livros fiscais ou da EFD, excetuadas as


hipóteses expressamente previstas nas alíneas a a p deste inciso - multa
equivalente a 0,5% (meio por cento) do valor das operações e/ou das
prestações a que se referir à irregularidade, não inferior a 1 (uma) UPF/MT;

@professorandrefantoni
99
VI - infrações relativas à inscrição no cadastro de contribuintes e às
alterações cadastrais:

a) falta de inscrição no cadastro de contribuintes - multa equivalente a 5


(cinco) UPF/MT por mês ou fração, contado da data em que se tornou
obrigatória a inscrição;

b) falta de comunicação de encerramento de atividade do estabelecimento


- multa equivalente ao valor de 2 (duas) UPF/MT;

c) falta de comunicação de mudança de estabelecimento para outro


endereço - multa equivalente ao valor de 1 (uma) UPF/MT;

d) existência de mais de uma inscrição estadual no mesmo local, em


hipótese não autorizada pela legislação tributária - multa equivalente a 2%
(dois por cento) do total da receita bruta dos estabelecimentos
relacionados ao período da coexistência;

e) registro de atividade econômica principal no cadastro de contribuintes


divergente daquela que traga maior contribuição para geração de receita
operacional do estabelecimento:

1) que resulte falta de pagamento ou pagamento a menor do imposto -


multa equivalente a 50% (cinquenta por cento) do valor do imposto
reduzido ou suprimido, sem prejuízo da exigência do imposto devido;
2) nos demais casos - multa equivalente a 20 (vinte) UPF/MT;

g) descumprimento de obrigação acessória a que se referem as infrações


indicadas no caput deste inciso, não previstas nas alíneas "a" a "e" - multa
equivalente a 3 (três) UPF/MT; (Acrescentada pela Lei 11.081/2020)

VII - infrações relativas à apresentação de informações econômico-fiscais


e aos documentos de arrecadação:

a) falta de entrega de Guia de Informação e Apuração do ICMS quando o


contribuinte houver realizado operações e/ou prestações no período:
1) na primeira notificação - multa equivalente a 1% (um por cento) do valor

@professorandrefantoni
100
das operações de entradas e de saídas e das prestações adquiridas e das
realizadas no período, constantes nos bancos de dados da Secretaria de
Estado de Fazenda;

2) na segunda notificação referente a período já indicado na antecedente,


desde que efetuada após o transcurso do prazo mínimo de 60 (sessenta)
dias, contados da data da ciência do lançamento imediatamente anterior -
multa equivalente a 2% (dois por cento) do valor das operações de
entradas e de saídas e das prestações adquiridas e das realizadas no
período, constantes nos bancos de dados da Secretaria de Estado de
Fazenda;

3) na terceira e última notificação referente a período já indicado na


antecedente, desde que efetuada após o transcurso do prazo mínimo de
60 (sessenta) dias, contados da data da ciência do lançamento
imediatamente anterior - multa equivalente a 4% (quatro por cento) do
valor das operações de entradas e de saídas e das prestações adquiridas e
das realizadas no período, constantes nos bancos de dados da Secretaria
de Estado de Fazenda;

b) falta de entrega de Guia de Informação e Apuração do ICMS quando


não houver operação ou prestação realizada pelo contribuinte no período,
registrada nos bancos de dados da Secretaria de Estado de Fazenda - multa
equivalente a 1 (uma) UPFMT por arquivo não entregue, limitada a 100
(cem) UPF/MT;

c) falta de entrega de arquivo magnético exigido nos termos da cláusula


oitava do Convênio ICMS 57/95, de 28 de junho de 1995, ou entrega dos
referidos arquivos magnéticos sem observância do padrão determinado:
1) na primeira notificação para entrega ou retificação - multa equivalente
ao valor de 0,5 (cinco décimos) da UPF/MT;

2) na segunda notificação para entrega ou retificação, referente a período


já indicado na antecedente, desde que efetuada após o transcurso do prazo
mínimo de 60 (sessenta) dias, contados da data da ciência do lançamento

@professorandrefantoni
101
imediatamente anterior - multa equivalente ao valor de 1 (uma) UPF/MT
por arquivo não entregue ou entregue fora do padrão;

d) omissão ou indicação incorreta de informações econômico-fiscais na


Guia de Informação e Apuração do ICMS - multa equivalente ao valor de 3
(três) UPF/MT por guia;

e) utilização de documento de arrecadação contendo adulteração, vício ou


falsificação, inclusive da respectiva autenticação - multa equivalente a
300% (trezentos por cento) do valor total consignado no documento;

f) em relação à prestação de informações referentes à quantificação de


renúncia fiscal, exceto nas hipóteses da alínea p do inciso V deste artigo:
1) falta de prestação de informação - multa equivalente a 10% (dez por
cento) do valor da renúncia fiscal não informada, limitada a 1.000 (mil)
UPF/MT; (Nova redação dada pela Lei 11.081/2020)

2) prestação incorreta da informação - multa equivalente a 7,5% (sete


inteiros e cinco décimos por cento) do valor que for indevidamente
declarado como renúncia fiscal, a maior ou a menor, limitada a 750
(setecentos e cinquenta) UPF/MT; (Nova redação dada pela
Lei 11.081/2020)

3) prestação da informação em atraso - multa equivalente a 5% (cinco por


cento), aplicado sobre o valor da renúncia fiscal, limitada a 500 (quinhentas)
UPF/MT; (Nova redação dada pela Lei 11.081/2020)

g) falta de entrega ou de prestação de informações exigidas na legislação


tributária, excluídas as hipóteses previstas nas alíneas a a f deste inciso -
multa equivalente ao valor de 5 (cinco) UPF/MT por documento;

h) descumprimento de obrigação acessória relativa à apresentação de


informações econômico-fiscais e aos documentos de arrecadação não
prevista nas alíneas a a g deste inciso - multa equivalente a 3 (três) UPF/MT;

@professorandrefantoni
102
VIII - infrações relativas ao uso de equipamento emissor de cupom fiscal -
ECF:

a) não utilizar ECF nos prazos e forma previstos na legislação - multa


equivalente a 1% (um por cento) do total das operações de saídas e/ou das
prestações realizadas;

b) utilização de ECF no recinto de atendimento ao público:

1) sem autorização ou sem cadastramento junto à Secretaria de Estado de


Fazenda - multa equivalente a 50 (cinquenta) UPF/MT por equipamento;
2) deslacrado ou com o respectivo lacre violado - multa equivalente a 100
(cem) UPF/MT por equipamento;

3) desprovido de qualquer outro requisito regulamentar - multa


equivalente a 40 (quarenta) UPF/MT por equipamento, aplicável tanto ao
usuário como ao credenciado;

c) relativas a lacre de ECF:

1) fornecimento de lacre em desacordo com requisito regulamentar - multa


equivalente a 30 (trinta) UPF/MT por lacre;

2) recebimento de lacre em desacordo com requisito regulamentar - multa


equivalente a 30 (trinta) UPF/MT por lacre;

3) permanência fora do estabelecimento em local não autorizado, extravio


ou perda de lacre - multa equivalente a 30 (trinta) UPF/MT por lacre;
4) remoção de lacre sem autorização do fisco ou sua violação - multa
equivalente a 80 (oitenta) UPF/MT por lacre, aplicável, alternativamente:

A) ao credenciado que o tenha removido ou violado;


B) ao contribuinte, quando não comprovada a remoção ou violação por
credenciado;
5) destruição de lacre ainda não utilizado, sem autorização do fisco - multa
equivalente a 5 (cinco) UPF/MT por lacre;

@professorandrefantoni
103
6) não exibição de lacre ao fisco - multa equivalente a 30 (trinta) UPF/MT
por lacre, aplicável ao credenciado;

d) relativas aos totalizadores e às leituras obrigatórias de memória de ECF:


1) redução de totalizador em casos não previstos na legislação - multa
equivalente a 20% (vinte por cento) do montante da diferença entre o valor
real da operação e/ou prestação e o declarado ao fisco;
2) alteração da situação tributária dos totalizadores parciais em ECF sem
anuência do fisco - multa equivalente a 40 (quarenta) UPF/MT, aplicável
tanto ao usuário como ao interventor;

3) deixar de efetuar leitura determinada na legislação, em relação a cada


ECF - multa equivalente a 25 (vinte e cinco) UPF/MT por leitura não
efetuada;

e) relativas às intervenções técnicas em ECF:

1) efetuada por empresa não credenciada ou não habilitada - multa


equivalente a 80 (oitenta) UPF/MT, aplicável tanto ao usuário como ao
interventor;
2) efetuada sem autorização do fisco - multa equivalente a 40 (quarenta)
UPF/MT, aplicável tanto ao usuário como ao interventor;
3) falta de registro do atestado de intervenção - multa equivalente a 30
(trinta) UPF/MT, aplicável ao interventor;
4) falta de comunicação de violação ou alteração de dados de ECF - multa
equivalente a 80 (oitenta) UPF/MT, aplicável ao interventor;
5) contribuir ou facilitar, por intervenção, para omissão de informação ou
de qualquer forma, para uso indevido de ECF - multa equivalente a 400
(quatrocentas) UPF/MT aplicável, ao interventor;

f) relativas a hardware ou a software de ECF:

1) alterar hardware ou software de ECF em desacordo com a legislação


tributária - multa equivalente a 150 (cento e cinquenta) UPF/MT por
equipamento, aplicável tanto ao usuário como ao credenciado;

@professorandrefantoni
104
2) utilizar ECF que contenha dispositivo ou software capaz de anular ou
reduzir qualquer operação já totalizada - multa equivalente a 40%
(quarenta por cento) do valor das operações e/ou prestações a que se
referir a irregularidade;

3) utilizar software aplicativo em ECF cuja autoria não possa ser


comprovada - multa equivalente a 150 (cento e cinquenta) UPF/MT;
4) deixar de apresentar ao fisco qualquer documentação referente
ao software aplicativo ou sistema instalado no ECF, inclusive os programas
fontes ou os executáveis, quando for o caso - multa equivalente a 60
(sessenta) UPF/MT por equipamento;

5) não informar a atualização da versão do software ou aplicativo instalado


em ECF - multa equivalente a 60 (sessenta) UPFMT;

6) remover a EPROM que contenha o software básico ou a memória fiscal,


em desacordo com o previsto na legislação - multa equivalente a 200
(duzentas) UPF/MT por equipamento, aplicável tanto ao usuário como ao
credenciado;
7) disponibilizar para uso do estabelecimento equipamento de controle
fiscal não autorizado pelo fisco - multa equivalente a 100 (cem) UPF/MT
por equipamento, aplicável tanto ao usuário como ao credenciado;
8) desenvolver, fornecer, introduzir ou instalar software em ECF, que
possibilite interferir ou interagir com o software básico, com a finalidade de
reduzir o total das operações ou prestações ou o montante do imposto -
multa equivalente a 400 (quatrocentas) UPF/MT por cópia instalada;
9) transferir ECF para outro estabelecimento, ainda que do mesmo titular,
sem autorização do fisco - multa equivalente a 60 (sessenta) UPF/MT por
equipamento;
10) extraviar ou destruir ECF - multa equivalente a 400 (quatrocentas)
UPF/MT por equipamento;

g) relativas às comunicações de ocorrências quanto ao ECF:


1) falta de confirmação de uso ou de cessação de uso do ECF após a
conclusão da intervenção técnica - multa equivalente a 30 (trinta) UPF/MT

@professorandrefantoni
105
por equipamento, aplicável ao interventor;
2) falta de comunicação da cessação de uso de ECF - multa equivalente a
40 (quarenta) UPF/MT, por equipamento, aplicável ao usuário;
3) falta de comunicação ao fisco no prazo regulamentar de perda de
valores acumulados nos totalizadores residentes em memória fiscal de ECF
- multa equivalente a 80 (oitenta) UPF/MT, por equipamento;

4) falta de comunicação ao fisco de qualquer ocorrência, quando exigida


na legislação tributária, relativa ao funcionamento de ECF, não prevista nos
itens 1 a 3 desta alínea - multa equivalente a 30 (trinta) UPF/MT por
equipamento, aplicável ao usuário e/ou ao credenciado;

h) utilização de máquina calculadora ou de outro equipamento eletrônico


não autorizado, em recinto de atendimento ao público, em substituição a
ECF - multa equivalente a 100 (cem) UPF/MT por equipamento;

i) descumprimento de obrigação acessória a que se referem as infrações


indicadas no caput deste inciso, não previstas nas alíneas a a h - multa
equivalente a 10 (dez) UPF/MT;

IX - infrações relativas ao uso de selo fiscal:

a) entrega, remessa, transporte, recebimento, estocagem ou depósito de


vasilhame retornável, com volume igual ou superior a 10 (dez) litros, que
contenha água mineral, natural ou potável de mesa e/ou adicionada de
sais, sem a aposição do selo fiscal ou com aposição de selo fiscal não
autorizado - multa equivalente a 10% (dez por cento) do valor da UPF/MT
por vasilhame irregular;

b) confecção de selo fiscal em desacordo com as especificações fixadas na


legislação ou sem a autorização do fisco - multa equivalente a 10% (dez
por cento) do valor da UPF/MT por selo fiscal, aplicável ao estabelecimento
autor da confecção e ao estabelecimento encomendante;

c) aposição irregular de selo fiscal pelo estabelecimento industrial


envasador não compreendidas as hipóteses previstas nas

@professorandrefantoni
106
alíneas a e b deste inciso - multa equivalente a 5% (cinco por cento) do
valor da UPF/MT por vasilhame irregular;

d) extravio de selo fiscal por estabelecimento industrial envasador ou pelo


estabelecimento autor da confecção, não comunicado ao fisco na forma e
nos prazos regulamentares - multa equivalente a 10% (dez por cento) do
valor da UPF/MT por selo fiscal;

e) descumprimento de obrigação acessória a que se referem as infrações


indicadas no caput deste inciso, não previstas nas alíneas a a d - multa
equivalente a 10% (dez por cento) do valor da UPF/MT;

X - infrações relativas à exportação de mercadorias, inclusive nas hipóteses


a ela equiparadas, ou à prestação de serviços a destinatário no exterior:

a) exportação de bens, mercadorias ou serviços após o prazo previsto na


legislação tributária - multa equivalente a 2% (dois por cento) do valor da
operação;

b) deixar de informar ou informar em desacordo com a legislação tributária,


até a data da averbação do embarque ou da averbação da transposição de
fronteira, a identificação do exportador, a unidade federada do produtor e,
se for ocaso, os dados do fabricante mato-grossense, no registro de
exportação competente gerido pelo governo federal, na forma prevista no
regulamento e em normas complementares - multa equivalente a 2% (dois
por cento) do valor da operação e/ou prestação;

c) deixar de efetuar, quando intimado pelo fisco, a retificação do registro


de exportação, junto ao órgão competente gerido pelo governo federal, na
forma prevista no regulamento e em normas complementares:
1) na primeira intimação - multa equivalente a 2% (dois por cento) do valor
da operação e/ou prestação;

2) na segunda intimação referente ao mesmo registro de exportação -


multa equivalente a 5% (cinco por cento) do valor da operação e/ou
prestação;

@professorandrefantoni
107
3) nas demais intimações referentes ao mesmo registro de exportação -
multa equivalente a 10% (dez por cento) do valor da operação e/ou
prestação;

d) descumprimento de qualquer outra obrigação acessória, a que se


referem as infrações indicadas no caput deste inciso, não prevista nas
alíneas a a c - multa equivalente a 2% (dois por cento) do valor da
operação e/ou prestação;

XI - outras infrações:

a) não prestar informações solicitadas pelo fisco ou, por qualquer meio,
causar embaraço, dificultar ou impedir a ação fiscalizadora:
1) na primeira intimação - multa equivalente a 5 (cinco) UPF/MT;

2) na segunda intimação referente ao mesmo objeto - multa equivalente a


10 (dez) UPF/MT;

3) nas demais intimações referentes ao mesmo objeto - multa equivalente


a 50 (cinquenta) UPF/MT;

b) omissão ou declaração falsa quanto à condição de ser ou não


contribuinte do imposto - multa equivalente a 30% (trinta por cento) do
valor da operação e/ou prestação;

c) posse ou uso de equipamento de recebimento de valores por meio de


cartões de crédito ou débito, ou qualquer outro meio eletrônico em
desacordo com a legislação - multa equivalente a 100 (cem) UPF/MT por
equipamento;

d) descumprimento de qualquer outra obrigação acessória, a que se


referem as infrações indicadas nas alíneas dos incisos III a X e nas
alíneas a a c deste inciso - multa equivalente a 3 (três) UPF/MT.

§ 1º Nas hipóteses do inciso II do caput deste artigo, quando o valor do


crédito indevidamente registrado ou não estornado não houver sido total
ou parcialmente compensado com o montante do imposto devido, a multa

@professorandrefantoni
108
aplicável à infração fica reduzida a 15% (quinze por cento) do valor do
crédito ainda não efetivamente compensado ou utilizado, sem prejuízo da
obrigação de efetuar o estorno do respectivo valor, bem como da aplicação
das penalidades previstas em relação ao montante já compensado.

§ 2º A aplicação das penalidades previstas neste artigo deve ser feita sem
prejuízo da exigência do imposto em instrumento constitutivo do crédito
tributário.

§ 3º Quando as infrações se referirem a operações e/ou prestações não


sujeitas ao imposto, serão aplicadas com a redução de 50% (cinquenta por
cento) as multas previstas nas alíneas:

I - a, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, e o do inciso III;

II - a, g, k, l, n e p do inciso IV;

III - a e c do inciso V.

§ 5º Os percentuais de multa fixados nos itens 1, 2 e 3 da alínea p do inciso


V e nos itens 1, 2 e 3 da alínea l do inciso VII do caput deste artigo ficarão
reduzidos a 0,5% (meio por cento), quando o benefício fiscal a que se referir
a renúncia não for vinculado a programa de desenvolvimento econômico
implantado pelo Estado de Mato Grosso.

§ 6º Não se aplicará cumulativamente a penalidade a que se referem:

I - as alíneas a e n do inciso I nas hipóteses das alíneas:

a) a, b, c, d e e do inciso II;

b) a, b, c, d, e, f, g, h, i e m do inciso III;

c) a, b, d, e, f, j, k, l, m, o, p, r, s, t e u do inciso IV;

d) d e l do inciso V;

e) e do inciso VI;

@professorandrefantoni
109
f) e do inciso VII;

g) b do inciso XI;

II - a alínea a do inciso IV nas hipóteses das alíneas:

a) a, b, c, d, e, f, g e h do inciso III;

b) d, e, j, l, p e r do inciso IV.

§ 7º As penalidades previstas no inciso IV do caput deste artigo aplicam-se,


quando for o caso, às infrações relativas:

I - à fita detalhe ou à listagem analítica, emitidas por PDV ou por ECF;


II - ao Romaneio.

§ 8º As penalidades previstas para infrações relativas ao uso de


equipamento emissor de cupom fiscal - ECF aplicam-se, quando for o caso,
às relativas ao uso de terminal ponto de venda - PDV ou de máquina
registradora.

§ 9º Considera-se receita bruta, para os fins do disposto neste artigo, o


produto da venda de bens e serviços nas operações por conta própria, o
preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia,
não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais.

§ 10 Ressalvados os casos expressamente previstos, a imposição de multa


para uma infração não exclui a aplicação de penalidades fixadas para outras
infrações porventura verificadas.

§ 11 As multas baseadas em UPF/MT serão convertidas em moeda corrente,


na data do respectivo lançamento, conforme artigo 47-B, devendo ser
corrigidas monetariamente a partir de então, na forma prevista no artigo
47-A.

§ 12 As multas previstas neste artigo, não expressas em UPF/MT, serão


calculadas sobre os respectivos valores básicos corrigidos monetariamente.

@professorandrefantoni
110
§ 13 A aplicação de penalidade prevista neste artigo relativa ao uso do ECF
não impede a apreensão do equipamento, a suspensão ou
descredenciamento da empresa credenciada e/ou o descredenciamento
do software e/ou do seu produtor, cassação das autorizações
de software de sua autoria já existentes, ou ainda, a proibição da concessão
de novas autorizações para software de sua autoria, na forma prevista na
legislação tributária.

§ 14 Não se aplica penalidade nas hipóteses em que a obrigação acessória


descumprida seja decorrente de regra nova ou recentemente alterada,
assim entendida aquela cujo prazo transcorrido entre o início da eficácia
da regra nova ou recentemente alterada e a data da ocorrência infracional
não seja superior a 6 (seis) meses, desde que seja saneada pelo contribuinte
no prazo assinalado na notificação.

Art. 47-F Não se aplicará penalidade na hipótese de denúncia espontânea


da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido
e acréscimos legais, não sendo considerada como espontânea a denúncia
apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou
medida de fiscalização, relacionados com a infração, observado o disposto
no artigo 47-M. (Acrescentado pela Lei 10.978/19)

Art. 47-G O crédito tributário constituído de ofício poderá ser pago ou


parcelado com redução do valor da multa lançada, observados os
seguintes limites: (Acrescentado pela Lei 10.978/19)

I - dentro do prazo fixado na intimação constante do instrumento de


constituição:
a) redução de 60% (sessenta por cento) do valor da multa, para pagamento
à vista;
b) parcelado em até 6 (seis) parcelas mensais, com redução de 40%
(quarenta por cento) do valor da multa;

c) parcelado em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, com redução de 30%


(trinta por cento);

@professorandrefantoni
111
II - enquanto não proferida a decisão administrativa de primeira instância:
a) redução de 30% (trinta por cento) do valor da multa para pagamento à
vista;
b) parcelado em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, com redução de
20% (vinte por cento) do valor da multa lançada;

III - enquanto não encaminhado para inscrição em dívida ativa:


a) redução de 20% (vinte por cento) do valor da multa para pagamento à
vista;

b) parcelado em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, com redução de


15% (quinze por cento) do valor da multa lançada;

IV - após o encaminhamento para inscrição em dívida ativa e antes de


iniciado o processo de execução fiscal:

a) redução de 15% (quinze por cento) do valor da multa para pagamento


à vista;
b) parcelado em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, com redução de
10% (dez por cento) do valor da multa lançada.

§ 1º As reduções previstas neste artigo não poderão implicar que qualquer


das penalidades previstas nos incisos I e II do caput do artigo 47-E resulte
em valor inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do imposto
corrigido monetariamente.

§ 2º O tratamento tributário previsto neste artigo não exclui a aplicação de


juros de mora e de correção monetária, até a quitação do crédito tributário.

§ 3º Aos parcelamentos de que trata este artigo aplica-se o disposto nos §§


1º, 2º, 3º, 5º e 7º do artigo 47-H.

@professorandrefantoni
112
CAPÍTULO XIV-C
DO PARCELAMENTO
(Acrescentado pela Lei 10.978/19)

Art. 47-H Os créditos tributários relativos ao ICMS, não integralmente


pagos no vencimento, poderão ser objeto de parcelamento, em até 36
(trinta e seis) parcelas mensais, conforme disposto em regulamento e em
normas complementares. (Acrescentado pela Lei 10.978/19)

§ 1º O pedido de parcelamento implica:

I - o reconhecimento irretratável e irrevogável do débito confessado;

II - a renúncia, de forma expressa e irretratável, ao direito de contestar o


débito confessado no âmbito administrativo e judicial;

III - a expressa desistência, sem ônus para a Fazenda Pública, dos recursos
administrativos ou judiciais já apresentados para discussão do débito
confessado;
IV - a concordância de que, em caso de inadimplência, o saldo devedor
será enviado para inscrição em dívida ativa, sem prévia comunicação.

§ 2º Para concessão do parcelamento, o débito deverá ser consolidado na


data do pedido, mediante aplicação da correção monetária e do acréscimo
dos juros de mora e de multas, calculados na forma dos artigos 47-A, 47-
C, 47-E ou § 4º deste artigo.

§ 3º Os valores da correção monetária, dos juros de mora e das multas


serão recalculados na data do pagamento de cada parcela.

§ 4º Ressalvadas as hipóteses de lançamento de ofício, enquanto não


encaminhado para inscrição em dívida ativa, o débito objeto do
parcelamento fica sujeito à multa de mora de 20% (vinte por cento),
aplicável sobre o valor do imposto corrigido monetariamente.

@professorandrefantoni
113
§ 5º Respeitado o disposto neste artigo e em legislação complementar, o
saldo de parcelamento em curso poderá ser objeto de novo parcelamento.

§ 6º O disposto neste artigo aplica-se inclusive ao crédito tributário inscrito


em dívida ativa.

§ 7º Nas hipóteses em que o crédito tributário for decorrente de infração


cuja comprovação da materialidade se dá por meio de retenção de
mercadorias e outros bens móveis, a concessão do parcelamento de que
trata este capítulo poderá ser condicionada ao pagamento à vista de valor
mínimo, não inferior a 50% (cinquenta por cento) do valor total do crédito
tributário, respeitadas as condições fixadas em ato da Secretaria de Estado
de Fazenda.

CAPÍTULO XIV-D
DO REGIME ESPECIAL DE FISCALIZAÇÃO E DE PAGAMENTO DO
IMPOSTO
(Acrescentado pela Lei 10.978/19)

Art. 47-I Em casos especiais e objetivando o cumprimento da obrigação


tributária e a garantia da arrecadação, a autoridade administrativa poderá,
de ofício e na forma regulamentar, determinar a aplicação de medida
administrativa cautelar em relação a estabelecimento do
contribuinte. (Acrescentado pela Lei 10.978/19)

Art. 47-J A Secretaria de Estado de Fazenda poderá, conforme disposto


em regulamento, exigir a prestação de garantia ao cumprimento das
obrigações tributárias, inclusive para fins de concessão de inscrição
estadual, em razão: (Acrescentado pela Lei 10.978/19)

I - de antecedentes fiscais que desabonem as pessoas físicas ou jurídicas


envolvidas, assim como suas coligadas ou controladas, ou ainda seus
sócios;

@professorandrefantoni
114
II - de débitos fiscais definitivamente constituídos em nome da empresa,
de coligadas ou controladas, bem como de seus sócios;
III - do tipo da atividade econômica desenvolvida pelo estabelecimento.

§ 1º A garantia prevista neste artigo será prestada na forma permitida em


direito, conforme disciplina estabelecida pela Secretaria de Estado de
Fazenda.

§ 2º Em substituição ou em complemento à garantia prevista neste artigo,


poderá a Secretaria de Estado de Fazenda aplicar ao contribuinte regime
especial para o cumprimento das obrigações tributárias.

§ 3º Concedida a inscrição estadual, a superveniência de qualquer dos fatos


mencionados nos incisos do caput deste artigo ensejará a exigência da
garantia, sujeitando-se o contribuinte à suspensão ou cassação da eficácia
de sua inscrição, caso não a ofereça no prazo fixado.

CAPÍTULO XIV-E
DO ABANDONO DE BENS E MERCADORIAS
(Acrescentado pela Lei 10.978/19)

Art. 47-K Poderão ser retidos os bens ou mercadorias que se encontrarem


desacompanhados de documentação fiscal ou acompanhados de
documentação inidônea, para fins de comprovação da legitimidade de sua
posse e/ou da respectiva regularidade fiscal, conforme o
caso. (Acrescentado pela Lei 10.978/19)

§ 1º Serão considerados abandonados os bens e mercadorias retidos que,


no prazo de 90 (noventa) dias, contados da data da retenção, não forem
retirados dos depósitos fazendários, mediante comprovação da respectiva
posse e/ou regularidade fiscal, bem como em relação aos quais não houver
a efetivação da respectiva regularização, inclusive, quando for o caso, com
o pagamento do crédito tributário correspondente.

@professorandrefantoni
115
§ 2º Os bens e mercadorias considerados abandonados poderão ser, sem
preferência de ordem:

I - doados;

II - incorporados ao patrimônio público;

III - distribuídos como prêmio em decorrência de programa instituído pelo


Estado de Mato Grosso, com objetivo de incentivar o exercício da cidadania
fiscal, na forma da legislação específica;

IV - levados a leilão, hipótese em que os respectivos produtos serão


utilizados com a finalidade, forma e procedimentos indicados nos §§ 4º e
5º deste artigo.

§ 3º A doação poderá ser antecipada quando se tratar de produto perecível


ou cujo prazo de validade seja inferior ao prazo fixado no § 1º deste artigo.

§ 4º O produto do leilão de bens e mercadorias considerados abandonados


será utilizado, sucessivamente:

I - no pagamento das despesas de transporte, guarda, depósito e de leilão


das mercadorias e bens;

II - no abatimento ou quitação dos tributos pertinentes aos bens e


mercadorias objeto do leilão;

III - remanescendo saldo, este será aplicado em investimentos mobiliários


e imobiliários e em recursos humanos, no âmbito da Secretaria de Estado
de Fazenda, para combate à sonegação fiscal.

§ 5º Nas hipóteses dos incisos I, II e III do § 2º deste artigo, o crédito


tributário vinculado à operação correspondente será considerado
insubsistente.

§ 6º Na hipótese do inciso II do § 4º deste artigo, não sendo o saldo do


produto do leilão, após a destinação determinada no inciso I do mesmo

@professorandrefantoni
116
parágrafo, suficiente para quitação dos tributos pertinentes às respectivas
operação e/ou prestação das quais resultou a retenção do bem ou
mercadoria, o saldo remanescente do crédito tributário será considerado
insubsistente.

§ 7º Será também considerado insubsistente o crédito tributário vinculado


a operação da qual decorreu retenção de mercadoria que perdeu o
respectivo valor econômico por deterioração, dano, transcurso do prazo de
validade, obsolescência, tempo de fabricação, ou qualquer outro evento
que a torne imprestável para fins de uso regular, bem como nas hipóteses
em que houver perda, extravio ou destruição.

§ 8º O regulamento desta Lei disporá sobre a forma e procedimentos a


serem observados para efetivação das disposições deste artigo.

CAPÍTULO XIV-F
DO DEVEDOR CONTUMAZ
(Acrescentado pela Lei 10.978/19)

Art. 47-L O sujeito passivo que, mediante Ato Declaratório do Secretário


Adjunto da Receita Pública da Secretaria de Estado de Fazenda, for
considerado devedor contumaz poderá ser submetido a sistema especial
de controle, fiscalização e arrecadação. (Acrescentado pela
Lei 10.978/19)

§ 1º Considera-se como devedor contumaz o sujeito passivo que


alternativamente: (Nova redação dada ao § 1º pela Lei 11.081/2020)

I - deixar de recolher o ICMS declarado, por 4 (quatro) meses consecutivos


ou 8 (oito) meses intercalados, nos 12 (doze) meses anteriores ao último
inadimplemento;
II - tiver crédito tributário inscrito em dívida ativa, relativo ao ICMS
declarado e não recolhido no prazo legal, abrangendo mais de 4 (quatro)

@professorandrefantoni
117
períodos de apuração, em valor e/ou percentual que exceder aos critérios
mínimos fixados no regulamento desta Lei.

§ 2º O disposto no inciso I do § 1º deste artigo somente se aplica quando


o valor total do imposto e respectivos acréscimos legais excederem o valor
equivalente a 750 (setecentos e cinquenta) UPF/MT.

§ 3º O Ato Declaratório pelo qual for determinado o enquadramento do


contribuinte como devedor contumaz, incluindo-o no sistema especial de
controle, fiscalização, apuração e arrecadação, estabelecerá, além de
outros, isolada ou conjuntamente, os seguintes efeitos:

I - obrigação de efetuar o pagamento antecipado do ICMS na entrada de


bem, mercadoria e/ou serviço em seu estabelecimento;

II - obrigação de efetuar o pagamento antecipado do ICMS devido pela


saída de bem ou mercadoria do seu estabelecimento ou pela prestação de
serviço que realizar.

§ 4º Para efeitos de aferição da inadimplência contumaz prevista no § 1º


deste artigo, não será computado o crédito tributário, alternativamente:

I - que esteja com sua exigibilidade suspensa ou em relação ao qual tenha


sido efetivada a penhora de bens suficientes para o pagamento total da
dívida;
II - quando o sujeito passivo esteja submetido a recuperação judicial.

§ 5º Para fins de aplicação do disposto neste artigo, o sujeito passivo será


notificado previamente de seu enquadramento como devedor contumaz e
dos efeitos decorrentes do referido enquadramento.

@professorandrefantoni
118
CAPÍTULO XIV-G
DO APOIO À CONFORMIDADE TRIBUTÁRIA
(Acrescentado pela Lei 10.978/19)

Seção I
Da Autorregularização
(Acrescentada pela Lei 10.978/19)

Art. 47-M Fica a Secretaria de Estado de Fazenda autorizada a


implementar medidas que estimulem os contribuintes a promoverem a
autorregularização de suas obrigações relativas ao ICMS, por meio dos
procedimentos adiante arrolados, sem prejuízo de outras formas previstas
na legislação: (Acrescentado pela Lei 10.978/19)

I - análise informatizada de dados, consistente no cruzamento eletrônico


de informações fiscais, realizado pela Administração Tributária;
II - análise fiscal prévia, consistente na realização de trabalhos analíticos ou
de campo, sem objetivo imediato de formalização do lançamento de ofício.

§ 1º Nos termos deste artigo, o contribuinte poderá ser notificado pela


autoridade fiscal competente sobre a constatação de indício de
irregularidade, hipótese em que ficará a salvo das penalidades previstas
nesta Lei, desde que promova o saneamento no prazo indicado na
notificação.

§ 2º Os procedimentos previstos neste artigo não configuram início de ação


fiscal e não afastam os efeitos da espontaneidade de que trata o artigo 47-
F desta Lei.

§ 3º A adoção dos procedimentos disciplinados neste artigo não dispensa


a aplicação do recolhimento dos acréscimos legais de que tratam os artigos
47-A, 47-C e 47-D.

@professorandrefantoni
119
§ 4º O decurso do prazo indicado na notificação prevista no § 1º deste
artigo, sem a devida regularização, poderá acarretar o lançamento de ofício
com aplicação das penalidades previstas na legislação.

§ 5º Fica excluída a utilização dos procedimentos previstos no caput deste


artigo nos casos de ação fiscal decorrente de ordem judicial ou quando
presentes práticas indicativas de fraude.

§ 6º A autorregularização não exclui a possibilidade de parcelamento dos


débitos tributários, nos termos da legislação aplicável.

§ 7º A autorregularização do contribuinte em recuperação judicial ou falido


será objeto de tratamento diferenciado, conforme dispuser o regulamento.

§ 8º A previsão de aplicação da autorregularização é prerrogativa da


Administração Tributária que a adotará para grupo de contribuintes,
atividades econômicas ou espécies de infração, conforme disposto em
regulamento e em normas complementares editadas pela Secretaria de
Estado de Fazenda.

Seção II
Da Orientação Tributária
(Acrescentado pela Lei 10.978/19)

Art. 47-N Para incentivar a conformidade tributária, a Secretaria de Estado


de Fazenda: (Acrescentado pela Lei 10.978/19)

I - deverá manter serviço gratuito de orientação e informação ao


contribuinte;
II - poderá realizar campanhas educativas sobre direitos, garantias e
obrigações do contribuinte, inclusive no que se refere à existência de
eventuais pendências sobre obrigações tributárias;
III - poderá manter programa de educação tributária.

@professorandrefantoni
120
CAPÍTULO XIV-H
DA MEDIDA CAUTELAR FISCAL
(Acrescentado pela Lei 10.978/19)

Art. 47-O Verificada a ocorrência de evento descrito nos incisos do artigo


2º da Lei Federal nº 8.397, de 6 de janeiro de 1992, a Secretaria de Estado
de Fazenda poderá solicitar à Procuradoria-Geral do Estado, que, se for o
caso, seja requerida medida cautelar fiscal contra o sujeito
passivo. (Acrescentado pela Lei 10.978/19)

Parágrafo único O regulamento desta Lei disciplinará os procedimentos a


serem observados pelos órgãos mencionados no caput deste artigo, para
fins de requerimento da medida cautelar fiscal.

CAPÍTULO XIV-I
DAS DISPOSIÇÕES EXTRAORDINÁRIAS RELATIVAS AO REGIME DE

TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA APLICADO NAS OPERAÇÕES COM

COMBUSTÍVEIS
(Acrescentado pela Lei 11.992/2022, efeitos a partir de 1º de abril de 2023)

Seção I
Das Disposições Iniciais

Subseção I
Das Convenções

Art. 47-P Para cumprimento de obrigação assumida pelos Estados e pelo


Distrito Federal, no Acordo de Conciliação, firmado nos Autos da Ação de

Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 984, homologado


pelo Plenário do STF, com fundamento em disposições da Lei

@professorandrefantoni
121
Complementar Federal nº 192, de 11 de março de 2022, que implicou a
celebração, no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária -
CONFAZ, do Convênio ICMS 199, de 22 de dezembro de 2022, publicado

no Diário Oficial da União de 23 de dezembro de 2022, as operações com


diesel, biodiesel e gás liquefeito de petróleo, inclusive o derivado do gás

natural, passam a ser tributadas nos termos deste capítulo.

§ 1º Nos termos da Lei Complementar Federal nº 192/2022, a partir de 1º

de abril de 2023, nas operações com diesel, biodiesel e gás liquefeito de

petróleo, inclusive o derivado do gás natural, aplica-se o regime de

tributação monofásica do ICMS.

§ 2º Para os fins deste capítulo, serão utilizadas as seguintes siglas:

I - B100: Biodiesel;
II - Óleo Diesel A: combustível puro, sem adição de B100;

III - Óleo Diesel B: combustível obtido da mistura de óleo diesel A com

B100;
IV - GLP: gás liquefeito de petróleo;

V - GLGN: gás liquefeito de gás natural;


VI - GLGNi: gás liquefeito de gás natural importado;

VII - GLGNn: gás liquefeito de gás natural nacional;


VIII - GLP/GLGN: denominação para quaisquer composições que

contenham GLP e/ou GLGNn e/ou GLGNi, em quaisquer percentuais;

IX - TRR: transportador revendedor retalhista;


X - CPQ: central de matéria-prima petroquímica;
XI - UPGN: unidade de processamento de gás natural ou estabelecimento
produtor e industrial a ele equiparado, definido e autorizado por órgão

@professorandrefantoni
122
federal competente;
XII - UF e UFs: unidade federada e unidades federadas, respectivamente.

§ 3º Para os fins deste capítulo, as referências feitas a "combustíveis" ou a


"combustível" compreendem, exclusivamente, "o diesel, o biodiesel e o gás
liquefeito de petróleo, inclusive o derivado do gás natural" ou cada um
desses produtos isoladamente, conforme o caso.

§ 4º Este capítulo produzirá efeitos para as operações com Óleo Diesel A,

B100, Óleo Diesel B, GLP, GLGNn, GLGNi e GLP/GLGN até enquanto

vigorarem as disposições da Lei Complementar Federal n 192/2022 e/ou

do Acordo de Conciliação, firmado nos Autos da Ação de Arguição de


Descumprimento de Preceito Fundamental 984.

§ 5º Em relação às operações disciplinadas pelas disposições deste capítulo,

fica suspensa a aplicação dos preceitos desta Lei, que com elas forem

incompatíveis, assegurada a observância dos demais que não as

contrariarem.

Subseção II
Das Premissas para a Tributação Monofásica

Art. 47-Q Nos termos deste capítulo, o ICMS incidirá uma única vez,
qualquer que seja a sua finalidade, nas operações, ainda que iniciadas no

exterior, com diesel, biodiesel e gás liquefeito de petróleo, inclusive o


derivado do gás natural.

@professorandrefantoni
123
Art. 47-R Para todos os efeitos deste capítulo, nos termos da Lei
Complementar Federal nº 192/2022, serão observadas as seguintes
disposições:

I - em relação a cada combustível, as alíquotas serão uniformes em todo o


território nacional;

II - em relação a cada combustível, as alíquotas serão específicas (ad

rem) por unidade de medida (litro ou quilograma);

III - não se aplicará o disposto na alínea b do inciso X do § 2° do artigo 155

da Constituição Federal de 1988;

IV - nas operações com óleo diesel A ou com GLP, o imposto caberá à UF


onde ocorrer o consumo;

V - nas operações interestaduais com B100 ou com GLGN, destinadas a não

contribuinte, o imposto caberá à UF de origem;

VI - nas operações interestaduais com B100 ou com GLGN, entre

contribuintes, o imposto será repartido entre a UF de origem e a UF de


destino, nas proporções fixadas no Convênio ICMS 199/2022, conforme a

origem da mercadoria, se nacional ou importada, e, também, conforme as


UFs de origem e de efetivo consumo;

VII - na operação com óleo diesel B:

a) o imposto da parcela de óleo diesel A, contido na mistura, caberá à

UF onde ocorrer o consumo; e


b) o imposto da parcela do B100, contido na mistura, será repartido
entre a UF de origem e a UF de destino nas proporções definidas no

Convênio ICMS 199/2022;

@professorandrefantoni
124
VIII - nas operações com GLP/GLGN, entre contribuintes:
a) o imposto da parcela de GLP, contido na mistura, caberá à UF onde
ocorrer o consumo; e

b) o imposto da parcela de GLGN, contido na mistura, será repartido


entre as UFs de origem e de destino nas proporções definidas no

Convênio ICMS 199/2022.

Subseção III

Dos Contribuintes

Art. 47-S Nos termos da Lei Complementar Federal nº 192/2022, são

contribuintes do imposto nas hipóteses de que trata este capítulo:

I - o produtor nacional de biocombustíveis;

II - a refinaria de petróleo e suas bases;

III - a CPQ;
IV - a UPGN;

V - o formulador de combustíveis;

VI - o importador de combustíveis.

Parágrafo único O disposto neste artigo também se aplica ao distribuidor


dos combustíveis em suas operações como importador.

@professorandrefantoni
125
Subseção IV
Da Incidência e do Fato Gerador

Art. 47-T Nos termos da Lei Complementar Federal nº 192/22, o imposto


incidirá uma única vez sobre as operações com combustíveis,
considerando-se ocorrido o fato gerador no momento:

I - do desembaraço aduaneiro do combustível, nas operações de

importação;

II - da saída do combustível de estabelecimento de contribuinte, exceto se

importado.

§ 1º Não se considera fato gerador do imposto a comercialização do

combustível à temperatura ambiente, pelos estabelecimentos


distribuidores, em volume superior ao recebido de seus fornecedores,

faturado a 20º C, decorrente de variação volumétrica, cuja variação esteja

dentro do limite previsto pelo fator de variação do volume - FCV divulgado


em Ato COTEPE/ICMS.

§ 2º O regulamento desta Lei disporá sobre a forma de tributação do

volume que exceder o limite pelo FCV referido no § 1º deste artigo,


respeitado o disposto no Convênio ICMS 199/2022.

§ 3º Considera-se ocorrido o fato gerador no momento da constatação de

mercadoria desacobertada de documentação fiscal regulamentar, nos


termos da legislação vigente no território mato-grossense.

@professorandrefantoni
126
Subseção V
Da Inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS de Mato Grosso -

CCE/MT

Art. 47-U Para os fins deste título, ficam obrigados a se inscreverem no

Cadastro de Contribuintes do ICMS deste Estado - CCE/MT a refinaria de

petróleo ou suas bases, o estabelecimento produtor de biocombustível, a

CPQ, a UPGN, o formulador de combustíveis, a distribuidora dos

combustíveis, o distribuidor de GLP, o importador e o TRR localizados em

outra UF que efetuem remessa dos combustíveis para Mato Grosso ou que
adquiram B100 no respectivo território.

Parágrafo único O disposto no caput deste artigo aplica-se também a

contribuinte ou agente da cadeia de comercialização que apenas receber

de seus clientes informações relativas a operações interestaduais e tiver


que registrá-las em conformidade com o previsto no artigo 47-Z-5.

Art. 47-V A refinaria de petróleo ou suas bases, a CPQ, a UPGN e o

Formulador de Combustíveis deverão inscrever-se no cadastro de


contribuintes de Mato Grosso, quando, em razão das disposições contidas

na Seção V, estiverem obrigados a efetuar repasse do imposto a este

Estado.

@professorandrefantoni
127
Seção II
Do Cálculo do Imposto Retido e do Momento do Pagamento

Subseção I
Da Alíquota do ICMS

Art. 47-W Para fins do disposto neste capítulo, as alíquotas do ICMS ficam

instituídas e fixadas, nos termos do inciso IV do § 4º do artigo 155 da

Constituição Federal, nos seguintes valores:

I - para o diesel e o biodiesel, em R$ 0,9456 (nove mil, quatrocentos e

cinquenta e seis décimos milésimos de real);

II - para o GLP/GLGN, inclusive o derivado do gás natural, em R$ 1,2571


(um inteiro e dois mil, quinhentos e setenta e um décimos milésimos de

real).

Parágrafo único As alíquotas de que trata o caput deste artigo são fixadas
em quilograma para GLP/GLGN e em litro para o diesel e o biodiesel.

Subseção II
Da Base de Cálculo do ICMS

Art. 47-X As operações com Óleo Diesel A têm como base de cálculo o

volume do combustível convertido a 20º Celsius, faturado pelo

contribuinte.

Art. 47-Y O valor do imposto, nos termos deste capítulo, corresponderá à

@professorandrefantoni
128
multiplicação da alíquota específica do combustível pelo peso ou volume
do combustível.

Subseção III
Do Momento do Pagamento do Imposto

Art. 47-Z O imposto incidente, nos termos deste capítulo, deverá ser
recolhido:

I - nas operações de importação, no momento do desembaraço aduaneiro,

a crédito da UF:

a) do importador de Óleo Diesel A:

1) correspondente a 100% (cem por cento) do imposto sobre o Óleo

Diesel A; e

2) correspondente a 100% (cem por cento) do imposto sobre o B100


que vier a compor a saída futura da mistura de Óleo Diesel B;

b) do importador de GLP, de GLGN ou de GLP/GLGN: correspondente a

100% (cem por cento) do imposto;

II - nas operações de saídas de Óleo Diesel A, de B100, de Óleo Diesel

B, de GLGN, de GLP e de GLP/GLGN, realizadas pela refinaria de petróleo


ou suas bases, pela CPQ, pela UPGN e pelo formulador de combustíveis,
a crédito da UF de origem e/ou destino, respeitados os prazos e as

proporções definidas pelo Convênio ICMS 199/2022, bem como o

disposto no artigo 47-Z-1.

§ 1º Fica diferido o recolhimento do imposto nas operações de importação


de óleo diesel A, GLP e GLGN realizadas pela refinaria de petróleo e suas

@professorandrefantoni
129
bases, pela CPQ, pela UPGN e pelo formulador de combustíveis, devendo
ser recolhido por ocasião da operação subsequente.

§ 2º Fica diferido o recolhimento do imposto nas operações de importação


e nas operações de saída de B100 dos estabelecimentos produtores,
devendo ser recolhidos nos termos deste artigo e do artigo 47-Z-1.

§ 3º À exceção dos §§ 1° e 2° deste artigo, fica vedada a concessão de

tratamento tributário que dispense o recolhimento do imposto no

desembaraço aduaneiro dos combustíveis de que trata este capítulo em

relação às operações realizadas pelo importador e pelo distribuidor de

combustíveis.

Art. 47-Z-1 Fica atribuída à refinaria de petróleo ou suas bases, à CPQ, à


UPGN, ao Formulador de Combustíveis e ao importador, nas operações

com Óleo Diesel A, a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento

do ICMS incidente nas importações de B100 ou sobre as saídas do

estabelecimento produtor de B100.

§ 1º O valor do imposto de que trata este artigo deverá ser retido


englobadamente com o imposto devido pelas operações com Óleo Diesel
A, de forma que componha integralmente o imposto devido às UFs de

destino do Óleo Diesel B resultante da mistura, e o imposto devido às UFs


de origem do B100.

§ 2º Para o cálculo e recolhimento do imposto retido de que trata este


artigo deverão ser observadas as disposições previstas no Convênio ICMS
199/2022, inclusive quanto à proporção definida para as UFs de origem e

@professorandrefantoni
130
de destino.

Art. 47-Z-2 O recolhimento do imposto referente às operações de que

trata este capítulo deverá ser efetuado:


I - pela refinaria de petróleo ou suas bases, pela CPQ, pela UPGN e pelo

Formulador de Combustíveis, decorrente de suas operações próprias com

Óleo Diesel A, bem como da importação do referido produto, a crédito da

UF da origem, do destino e/ou da localização do importador, conforme


definido no Convênio ICMS 199/2022, inclusive quanto às respectivas

proporções, respeitado, ainda, o disposto no artigo 47-Z-1;


II - pela refinaria de petróleo ou suas bases, pela CPQ e pela UPGN,
decorrente de suas operações próprias com GLP, GLGN e GLP/GLGN, bem

como da importação dos referidos produtos, a crédito da UF da origem, do

destino e/ou da localização do importador, conforme definido no Convênio

ICMS 199/2022, inclusive quanto às respectivas proporções, respeitado,

ainda, em cada caso, o disposto nos artigos 47-Z.

Seção III
Da Impossibilidade de Apropriação de Crédito no Regime de
Tributação Monofásica

Art. 47-Z-3 Em face das características do regime de tributação


monofásica, incompatível com o regime geral de apuração do imposto, fica
vedada a apropriação de créditos das operações e prestações antecedentes
às saídas de Óleo Diesel A, de B100, de GLP e de GLGN, qualquer que seja

@professorandrefantoni
131
a sua natureza, ficando o contribuinte obrigado a promover o devido
estorno na proporção das saídas dos referidos produtos.

Seção IV
Das Operações Subsequentes à Operação Tributada com
Combustíveis Derivados de Petróleo e dos Procedimentos da

Refinaria de Petróleo ou suas Bases, da CPQ, da UPGN e do

Formulador de Combustíveis

Art. 47-Z-4 Respeitado o disposto no Convênio ICMS 199/2022, o


regulamento desta Lei disporá sobre as obrigações relativas às operações
subsequentes à tributação monofásica, com combustível derivado de

petróleo e com GLGN e com B100, inclusive àquelas com atribuição de


responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do ICMS incidente

sobre as importações ou sobre as saídas do estabelecimento produtor de

B100, bem como sobre os procedimentos e critérios para controle da


apuração do imposto, repasse, dedução às UFs e rejeição das deduções.

§ 1º A refinaria de petróleo ou suas bases, a CPQ, a UPGN e o Formulador

de Combustíveis que efetuarem a dedução, em relação ao ICMS recolhido


por outro sujeito passivo, sem a observância das disposições do Convênio

ICMS 199/2022, será responsável pelo valor deduzido indevidamente e

respectivos acréscimos.

§ 2º Para efeitos de repasses à UF de destino, fica presumido o consumo


interno na UF destinatária dos produtos, caso não seja informada

subsequente operação interestadual no mesmo período.

@professorandrefantoni
132
§ 3º Para efeito do cálculo do imposto a ser repassado às UFs de origem
do B100 e de consumo dos combustíveis derivados de petróleo e do B100
contido na mistura do Óleo Diesel B, serão consideradas as alíquotas

específicas vigentes na data da operação tributada.

Art. 47-Z-5 Para fins de apuração do imposto, repasse e dedução às UFs

de origem e de destino, conforme o caso, a refinaria de petróleo ou suas

bases, a CPQ, a UPGN e o Formulador de Combustíveis deverão prestar as


informações relativas às operações com combustíveis derivados de

petróleo, GLGN e B100, por meio do sistema eletrônico específico e na


forma definida no Convênio ICMS 199/2022.

§ 1º A utilização do programa de computador definido pelo Convênio ICMS

199/2022 é obrigatória, devendo o sujeito passivo por tributação

monofásica, o responsável por atribuição de responsabilidade e os

estabelecimentos que realizarem operações subsequentes com

combustíveis derivados de petróleo ou GLGN ou adquirirem B100


procederem à entrega das informações relativas às mencionadas

operações por transmissão eletrônica de dados.

§ 2º Os bancos de dados utilizados para a geração das informações em


decorrência do disposto neste artigo deverão ser mantidos pelo

contribuinte, em meio magnético, pelo prazo decadencial.

§ 3º A entrega de relatórios extemporâneos a outros estabelecimentos, a


contribuintes, à refinaria de petróleo ou às suas bases, à CPQ, à UPGN e ao
Formulador de Combustíveis que implique repasse/dedução não

@professorandrefantoni
133
autorizado por ofício da UF, sujeitará o estabelecimento ou contribuinte ao
ressarcimento do imposto deduzido e acréscimos legais.

Seção V
Das Demais Disposições

Art. 47-Z-6 O disposto na Seção III deste capítulo não exclui a

responsabilidade do TRR, da distribuidora de combustíveis, do distribuidor

de GLP, do importador, da refinaria de petróleo ou suas bases, da CPQ, da

UPGN e do Formulador de Combustíveis, pela omissão ou pela


apresentação de informações falsas ou inexatas, ficando o responsável pela

omissão ou pelas informações falsas ou inexatas sujeito às penalidades


previstas no artigo 47-E desta Lei, sem prejuízo do recolhimento do

imposto devido e seus respectivos acréscimos.

Art. 47-Z-7 O estabelecimento que realizar operação interestadual

subsequente à tributação monofásica com combustíveis derivados de


petróleo, com GLGN e com B100 será responsável solidário, nos termos da

legislação deste Estado, pelo recolhimento do imposto devido, inclusive


seus acréscimos legais, se este, por qualquer motivo, não tiver sido objeto

de cobrança ou recolhimento, ou se a operação não tiver sido informada

ao responsável pelo repasse, nas formas e prazos definidos de acordo com


o disposto na Seção III.

Art. 47-Z-8 O TRR, a distribuidora de combustíveis, o distribuidor de GLP


ou o importador responderá pelo recolhimento dos acréscimos legais

@professorandrefantoni
134
previstos na legislação deste Estado, em relação ao imposto que lhe for
destinado, na hipótese de entrega das informações fora dos prazos
estabelecidos no Convênio ICMS 199/2022.

Art. 47-Z-9 Na falta da inscrição estadual, fica atribuída à refinaria de

petróleo ou suas bases, à CPQ, à UPGN, ao Formulador de Combustíveis, à

distribuidora de combustíveis, ao distribuidor de GLP, ao importador ou ao

TRR, por ocasião da saída do produto de seu estabelecimento, destinado a


este Estado, a responsabilidade pelo recolhimento, por meio de Guia

Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNRE, do imposto


devido a Mato Grosso, devendo a via específica da GNRE e do comprovante
de seu recolhimento acompanhar o seu transporte.

§ 1º Na hipótese do caput deste artigo, se a refinaria de petróleo ou suas

bases, a CPQ, a UPGN ou o formulador de Combustíveis tiverem efetuado

o repasse na forma prevista no Convênio ICMS 199/2022, o remetente da

mercadoria poderá solicitar, nos termos previstos na legislação estadual, a


restituição do imposto que tiver sido pago em decorrência da aquisição do

produto, inclusive da parcela cobrada antecipadamente por tributação


monofásica, desde que atendidos os requisitos exigidos no referido
Convênio.

§ 2º Fica atribuída ao destinatário da mercadoria a responsabilidade pelo

recolhimento do imposto e seus acréscimos legais quando, notificado,


deixar de apresentar a cópia da GNRE e/ou do comprovante de pagamento
de que trata o caput deste artigo, hipótese em que será cobrado o ICMS
incidente nas operações com a mercadoria adquirida, ressalvado o direito

@professorandrefantoni
135
do remetente à restituição da parcela do imposto efetivamente repassado
nos termos do § 1° também deste artigo.

Art. 47-Z-10 Respeitados os procedimentos fixados nos Convênios ICMS


199/2022, o contribuinte responsável pelas informações que motivarem a
rejeição de dedução será responsável pelo repasse glosado e respectivos
acréscimos legais.

§ 1º A refinaria de petróleo ou suas bases, a CPQ, a UPGN ou o Formulador

de Combustíveis que efetuarem a dedução, após a notificação da

respectiva rejeição, serão responsáveis pelo valor deduzido indevidamente

e respectivos acréscimos legais.

§ 2º A refinaria de petróleo ou suas bases, a CPQ, a UPGN ou o Formulador


de Combustíveis que deixarem de efetuar repasse em hipóteses não

previstas no Convênio ICMS 199/2022 serão responsáveis pelo valor não

repassado e respectivos acréscimos legais.

CAPÍTULO XV
Das Disposições Finais e Transitórias

Art. 48 A partir de 16 de setembro de 1996, data da publicação da Lei


Complementar nº 87:
I - o imposto não incide sobre operações que destinem ao exterior
mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados
semi-elaborados, bem como sobre prestações de serviços para o exterior;

II - dão direito de crédito, que não será objeto de estorno, as mercadorias


entradas no estabelecimento para integração ou consumo em processo de

@professorandrefantoni
136
produção de mercadorias industrializadas, inclusive semi-elaboradas,
destinadas ao exterior.

Art. 49 Na aplicação do art. 25, observar-se-á o seguinte, respeitados os


prazos fixados para cada hipótese:

I - no período compreendido entre 1° de janeiro de 2001 e 31 de dezembro


de 2032 somente dará direito a crédito a entrada de energia elétrica no
estabelecimento:
a) quando for objeto de saída de energia elétrica;
b) quando consumida no processo de industrialização;
c) quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para
o exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais.

II - a energia elétrica usada ou consumida no estabelecimento dá direito


de crédito:

a) no período compreendido entre 1º de novembro de 1996 e 31 de


dezembro de 2000;

b) a partir de 1° de janeiro de 2033;

III - somente dão direito de crédito as mercadorias destinadas ao ativo


permanente do estabelecimento, nele entradas a partir de 1º de novembro
de 1996;

IV - no período compreendido entre 1° de janeiro de 2001 e 31 de


dezembro de 2032 somente dará direito a crédito o recebimento de
serviços de comunicação utilizados no estabelecimento:

a) ao qual tenham sido prestados na execução de serviços da mesma


natureza;
b) quando sua utilização resultar em operação de saída ou prestação para
o exterior, na proporção desta sobre as saídas ou prestações totais.

@professorandrefantoni
137
V - o recebimento de serviços de comunicação utilizados pelo
estabelecimento:
a) no período compreendido entre 1º de novembro de 1996 e 31 de
dezembro de 2000;

b) a partir de 1° de janeiro de 2033.

Parágrafo único Os termos finais dos prazos previstos no caput do inciso I


e no caput do inciso IV, bem como dos termos de início previstos na
alínea b do inciso II e na alínea b do inciso V, todos do caput deste artigo,
serão atualizados conforme os prazos previstos no artigo 33 da Lei
Complementar (Federal) nº 87, de 13 de setembro de 1996, e respectivas
alterações e/ou atualizações. (Acrescentado pela Lei 11.081/2020)

Art. 49-A Para efeito do disposto nos incisos XIII-A e XIV-A do Art. 3°, em
combinação com o § 5° do Art. 15, e, ainda, na hipótese da alínea "e" do
inciso II do Art. 14, no caso de operações e prestações que destinem bens
e serviços a consumidor final, não contribuinte do ICMS, o imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será
partilhado entre as unidades federadas de origem e de destino, cabendo à
unidade federada: (Acrescentado pela Lei 10.337/15, efeitos a partir de
1º/01/2016)

I - de destino:
a) no ano de 2016: 40% (quarenta por cento) do montante apurado;
b) no ano de 2017: 60% (sessenta por cento) do montante apurado;
c) no ano de 2018: 80% (oitenta por cento) do montante apurado;
d) a partir de 2019: 100% (cem por cento) do montante apurado;

II - de origem:
a) no ano de 2016: 60% (sessenta por cento) do montante apurado;
b) no ano de 2017: 40% (quarenta por cento) do montante apurado;
c) no ano de 2018: 20% (vinte por cento) do montante apurado;
d) a partir de 2019: zero.

@professorandrefantoni
138
§ 1º A forma e prazos de recolhimento das parcelas do imposto devidas ao
Estado de Mato Grosso, nos termos deste artigo, serão disciplinados no
regulamento desta Lei e em normas complementares editadas no âmbito
da Secretaria Adjunta da Receita Pública da Secretaria de Estado de
Fazenda. (Acrescentado pela Lei 10.337/15, efeitos a partir de
1º/01/2016)

§ 2º O adicional devido ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da


Pobreza, nos termos do § 1° do Art. 82 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias da Constituição Federal, será recolhido
integralmente para a unidade federada de destino. (Acrescentado pela
Lei 10.337/15, efeitos a partir de 1º/01/2016)

§ 3º Quando o destinatário do bem, mercadoria ou serviço, consumidor


final, não contribuinte do imposto, estiver localizado neste Estado, para fins
do cálculo do valor devido ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação
da Pobreza, deverão ser observadas as disposições dos incisos I e II do § 6°
do Art. 15. (Acrescentado pela Lei 10.337/15, efeitos a partir de
1º/01/2016)

Art. 50 As referências feitas aos Estados nesta lei entendem-se feitas


também ao Distrito Federal.

Art. 50-A Ressalvada expressa determinação em contrário, as disposições


desta lei pertinentes a documentos fiscais e a livros fiscais aplicam-se,
respectivamente, também em relação aos documentos fiscais emitidos
eletronicamente, de existência exclusivamente digital, e à escrituração fiscal
digital.

Art. 50-B Na respectiva contagem, os prazos fixados em dias, nesta Lei, no


seu regulamento e na legislação complementar relativa ao ICMS, serão
computados com exclusão dos sábados, domingos, bem como dos

@professorandrefantoni
139
feriados e pontos facultativos estaduais. (Acrescentado o art. 50-B pela
Lei 11.081/2020)

§ 1º O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, aos prazos relativos ao


processo administrativo tributário, de que trata a Lei n° 8.797, de 8 de
janeiro de 2008, inclusive aqueles definidos no Regulamento do ICMS,
aprovado pelo Decreto n° 2.212, de 20 de março de 2014, ou outro que
vier a substituí-lo. (Acrescentado pela Lei 11.081/2020)

§ 2º As disposições do caput e do § 1° deste artigo são de aplicação


obrigatória a partir de 1° de julho de 2020. (Acrescentado pela
Lei 11.081/2020)

Art. 51 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 52 Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei nº


5.419, de 27 de dezembro de 1988, e suas alterações posteriores.

@professorandrefantoni
140
Lei Nº 7301 DE 17/07/2000 – IPVA
Consolidada até a Lei 11.669/2022.

Disposição Preliminar
Art. 1º Fica instituído o Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores - IPVA, conforme artigo 155, inciso III, da Constituição
Federal.

CAPÍTULO I - Da Incidência Seção I - Do Fato Gerador

Art. 2º O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)


incide anualmente sobre a propriedade de veículo automotor de qualquer
espécie sujeito a registro, matrícula ou licenciamento neste
Estado. (Redação do caput dada pela Lei Nº 11306 DE 29/01/2021).
Parágrafo único. O IPVA incide também sobre a propriedade de veículo
automotor, ainda que dispensado de registro, matrícula ou licenciamento
no órgão próprio, desde que o seu proprietário esteja domiciliado no
Estado. (Redação do parágrafo dada pela Lei Nº 11306 DE 29/01/2021).

Seção II - Do Momento da Ocorrência do Fato Gerador

Art. 3º Ocorre o fato gerador do imposto:


I - na data da primeira aquisição do veículo novo por consumidor final;
II - na data do desembaraço aduaneiro, em relação a veículo importado do
exterior, diretamente ou por meio de trading, por consumidor final;
III - na data da incorporação de veículo ao ativo permanente do fabricante,
do revendedor ou do importador;
IV - na data em que ocorrer a perda da isenção ou da não-incidência;
V - no dia 1º de janeiro de cada ano, em relação a veículo adquirido em
exercício anterior.

@professorandrefantoni
141
Seção III - Do Local da Ocorrência do Fato Gerador
Art. 4º Considera-se local da ocorrência do fato gerador do imposto o
município onde estiver domiciliado o proprietário do veículo, no território
mato-grossense.
Parágrafo único O disposto no caput aplica-se também em relação ao
município mato-grossense de domicílio do devedor fiduciário ou
arrendatário, nos casos de contrato de arrendamento mercantil, ainda que
o credor fiduciário ou o arrendante esteja domiciliado em outra unidade
da Federação.

Seção IV - Da Base de Cálculo

Art. 5º A base de cálculo do imposto é:


I - o valor constante do documento fiscal relativo à aquisição, acrescido do
valor de opcional e acessório e das demais despesas relativas à operação,
quando se tratar da primeira aquisição do veículo por consumidor final;
II - o valor constante do documento de importação, acrescido do valor de
tributo incidente e de qualquer despesa decorrente da importação, ainda
que não pago pelo importador, quando se tratar de veículo importado do
exterior, diretamente ou por meio de trading, por consumidor final;
III - o valor do custo de aquisição ou de fabricação constante do
documento relativo à operação, quando se tratar de incorporação de
veículo ao ativo permanente do fabricante, do revendedor ou do
importador;
IV - o somatório dos valores constantes dos documentos fiscais relativos à
aquisição de partes e peças e aos serviços prestados, quando se tratar de
veículo montado pelo próprio consumidor ou por conta e ordem deste,
não podendo o somatório ser inferior ao valor médio de mercado;
V - o valor médio de mercado divulgado em tabela elaborada pela
Secretaria de Estado de Fazenda, na forma indicada no regulamento,
quando se tratar de veículo adquirido em exercício anterior, observando-
se, no mínimo, o seguinte:
a) em relação ao veículo aéreo, o fabricante, o modelo e/ou o peso de
decolagem;

@professorandrefantoni
142
b) em relação ao veículo aquático, a potência do motor, o comprimento, o
tipo de casco e/ou o ano de fabricação;
c) em relação ao veículo terrestre, a marca, o modelo, a potência, a espécie
e/ou o ano de fabricação.
§ 1º A tabela discriminativa do valor médio de mercado deve ser publicada
até o dia 31 de dezembro do exercício anterior ao da cobrança do imposto.
§ 2º Na impossibilidade da aplicação da base de cálculo prevista neste
artigo, deve-se adotar o valor:
a) de veículo similar constante da tabela ou existente no mercado;
b) arbitrado pela autoridade administrativa na inviabilidade da aplicação
da regra precedente.
§ 3º É irrelevante para determinação da base de cálculo o estado de
conservação do veículo individualmente considerado.
§ 4º Nas situações em que for constatada notória redução nos preços
médios de mercado vigentes entre o mês de setembro e o mês de
dezembro, poderá o Poder Executivo, excepcionalmente, autorizar a
redução da base de cálculo. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.585, de
04.07.2011, DOE MT de 05.07.2011)

Seção V - Das Alíquotas

Art. 6º As alíquotas do imposto são:


I - 1% (um por cento) para ônibus, microônibus, caminhão, veículos aéreos
e aquáticos utilizados no transporte coletivo de passageiros e de carga,
isolada ou conjuntamente; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 8.570, de
30.10.2006, DOE MT de 30.10.2006, com efeitos a partir do lançamento
pertinente ao exercício de 2007)
I-A - 1% (um por cento) para motocicleta, ciclomotor, triciclo, quadriciclo,
motoneta com potência de até 180 (cento e oitenta) cilindradas cúbicas.
(Inciso acrescentado pela Lei nº 8.570, de 30.10.2006, DOE MT de
30.10.2006, com efeitos a partir do lançamento pertinente ao exercício de
2007)
I-B - 1% (um por cento) para veículos automotores destinados à locação,
de propriedade de empresas locadoras, ou cuja posse estas detenham em

@professorandrefantoni
143
decorrência de contrato de arrendamento mercantil, desde que registrados
neste Estado; (Inciso acrescentado pela Lei Nº 10663 DE 10/01/2018).
II - 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para motocicleta,
ciclomotor, triciclo, quadriciclo, motoneta com potência acima de 180
(cento e oitenta) até 300 (trezentas) cilindradas cúbicas;
III - 3% (três por cento) para motocicleta, ciclomotor, triciclo, quadriciclo,
motoneta com potência acima de 300 (trezentas) até 600 (seiscentas)
cilindradas cúbicas;
IV - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para motocicleta,
ciclomotor, triciclo, quadriciclo, motoneta com potência cima de 600
(seiscentas) cilindradas cúbicas;
V - 2% (dois por cento) para automóvel de passeio, carga ou misto, com
potência de até 1000 (mil) cilindradas cúbicas;
VI - 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para os utilitários não
especificados nos incisos V e VII;
VII - 3,0% (três por cento) para veículo terrestre de passeio, carga ou misto,
jipe, picape e camioneta com cabine fechada ou dupla, veículo aéreo,
veículo aquático e demais veículos não especificados;
VIII - 4,0% (quatro por cento) para veículos de competição.

Parágrafo único. Considera-se empresa locadora de veículos, para os


efeitos do inciso I-B, a pessoa jurídica cuja atividade de locação de veículos
represente no mínimo 50% (cinquenta por cento) de sua receita bruta,
mediante reconhecimento, segundo disciplina estabelecida pela Secretaria
de Estado de Fazenda.

Seção VI - Da Isenção

Art. 7º É isenta do imposto a propriedade de veículo nos seguintes casos:


I - máquina e trator agrícola e de terraplanagem;
II - veículo aéreo de exclusivo uso agrícola;
III - veículo fabricado para o uso de pessoa com deficiência física condutora
ou conduzida; para o uso de pessoa com deficiência visual ou auditiva; para
o uso de pessoa com deficiência mental severa ou profunda, ou autista,

@professorandrefantoni
144
conduzido por seu representante legal (curador); limitada a isenção a 01
(um) veículo por proprietário;
IV - ônibus de transporte coletivo urbano, que tenha rampa ou outro
equipamento especial de ascenso e de descenso para deficiente físico;
V - veículo de aluguel (táxi), dotado ou não de taxímetro, destinado ao
transporte de pessoa, limitada a isenção a 1 (um) veículo por proprietário;
VI - veículo de combate a incêndio;
VII - locomotiva e vagão ou vagonete automovidos, de uso ferroviário;
VIII - embarcação de pescador profissional, pessoa natural, por ele utilizada
na atividade pesqueira, com capacidade de carga até 3 (três) toneladas,
limitada a isenção a 1 (uma) embarcação por proprietário;
IX - veículo com mais de 18 (dezoito) anos de fabricação.

§ 1º Cessado o motivo ou a condição que lhe der causa, cessa a isenção.


§ 2º As isenções devem ser previamente reconhecidas pela administração
tributária, mediante requerimento apresentado pelo interessado até o
último dia estabelecido para registro ou licenciamento do veículo,
conforme dispuser o regulamento. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº
7.867, de 20.12.2002, DOE MT de 20.12.2002, com efeitos a partir de
01.01.2003)
§ 3º Os beneficiários do inciso III do art. 7º terão direito à restituição do
IPVA pago no exercício de 2000.
§ 4º Considera-se beneficiário do inciso III do art. 7º:
I - pessoa portadora de deficiência física aquela que apresenta alteração
completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo, que acarrete o
comprometimento da função física, sob a forma de paraplegia, paraparesia,
monoplagia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, hemiplegia,
hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral,
membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as
deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o
desempenho de funções.
II - pessoa portadora de deficiência visual aquela que apresenta acuidade
visual igual ou menor que 20/200 (tabela de Snellen) no melhor olho, após

@professorandrefantoni
145
a melhor correção, ou campo visual inferior a 20º (vinte graus), ou
ocorrência simultânea de ambas as situações;
III - pessoa portadora de deficiência mental severa ou profunda ou autista,
aquela cuja condição seja atestada conforme os critérios e requisitos
definidos na Portaria Interministerial SEDH/MS nº 2, de 21 de novembro de
2003, ou em outra que venha a substituí-la;
IV - pessoa portadora de deficiência auditiva aquela que apresenta perda
bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida
por audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.
(Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 9.586, de 04.07.2011, DOE MT de
05.07.2011)
§ 5º O veículo a que se refere o inciso III do caput poderá ser adquirido
diretamente pela pessoa portadora de deficiência que tenha plena
capacidade jurídica e, no caso dos interditos, por seus representantes
legais.
§ 6º A isenção prevista no inciso III do caput deste artigo aplica-se a veículo:
I - novo, cujo preço de aquisição exarado na Nota Fiscal que acobertar a
respectiva compra, incluídos os tributos incidentes, não seja superior ao
previsto em convênio celebrado no âmbito do CONFAZ dispondo sobre a
isenção do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias
e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal
e de Comunicação - ICMS nas saídas destinadas a pessoas com deficiência;
II - usado, cujo valor de mercado não seja superior ao previsto no convênio
mencionado no inciso I deste parágrafo.
§ 7º Fica autorizado o Poder Executivo a conceder a isenção de que trata o
caput deste artigo de veículo movido a Gás Natural Veicular (GNV) com
placa de Mato Grosso, com potência máxima de 1600 (um mil e seiscentas)
cilindradas, que esteja registrado em nome de motorista de aplicativo ou
de seu cônjuge.
§ 8º Fica autorizado o Poder Executivo a conceder a isenção das taxas de
emissão do CRV-e e CRLV-e, vistoria veicular e autorização para alteração
de características dos veículos que realizarem a conversão para Gás Natural
Veicular (GNV) com placa de Mato Grosso, com potência máxima de 1600

@professorandrefantoni
146
(um mil e seiscentas) cilindradas, que esteja registrado em nome de
motorista de aplicativo ou de seu cônjuge.

CAPÍTULO II - Da Não-Incidência

Art. 8º O imposto não incide sobre a propriedade de veículo pertencente:


I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios;
II - à embaixada ou consulado estrangeiro credenciado junto ao Governo
brasileiro;
III - às entidades a seguir relacionadas, desde que o veículo esteja vinculado
às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes:
a) autarquia ou fundação instituída e mantida pelo Poder Público;
b) templo de qualquer culto;
IV - às entidades a seguir relacionadas, desde que não distribuam qualquer
parcela de seu patrimônio ou de sua renda a título de lucro ou participação
no seu resultado, apliquem integralmente no País o seu recurso na
manutenção de seu objetivo institucional, mantenham escrituração de sua
receita e despesa em livro revestido de formalidade capaz de assegurar sua
exatidão e vinculem o uso do veículo apenas as suas finalidades essenciais
ou às delas decorrentes:
a) instituição de educação ou de assistência social;
b) partido político, inclusive suas fundações;
c) entidade sindical de trabalhador.
Parágrafo único. O regulamento disporá sobre a forma de reconhecimento
da não-incidência.

CAPÍTULO III - Da Sujeição Passiva


Seção I - Do Contribuinte

Art. 9º Contribuinte do imposto é o proprietário do veículo.

@professorandrefantoni
147
Seção II - Da Solidariedade

Art. 10. São solidariamente responsáveis pelas obrigações principal e


acessórias:
I - o devedor fiduciário, no caso de alienação fiduciária em garantia;
II - o arrendatário, no caso de arrendamento mercantil.
Parágrafo único. A solidariedade estabelecida neste artigo não comporta
benefício de ordem.
Art. 11. São também solidariamente responsáveis pelo pagamento do
imposto:
I - a autoridade administrativa, com o sujeito passivo, que proceder ao
registro ou averbação de negócio do qual resulte a alienação ou a oneração
do veículo, sem que o sujeito passivo faça prova de quitação de crédito
tributário relativo ao imposto;
II - com o sujeito passivo, qualquer pessoa que adulterar, viciar ou falsificar:
a) documento de arrecadação do imposto, de registro ou de licenciamento
de veículo;
b) dados cadastrais de veículos, com o fim de eliminar ou reduzir imposto.
Parágrafo único. Nas hipóteses previstas neste artigo aplica-se também o
disposto no parágrafo único do artigo anterior.

Seção III - Da Responsabilidade Pessoal

Art. 12. É pessoalmente responsável pelo pagamento do imposto o


adquirente ou o remitente do veículo, em relação a fato gerador anterior
ao tempo de sua aquisição.
Parágrafo único. Observado o disposto no art. 29-F, a responsabilidade a
que se refere o caput poderá ser aplicada aos fatos geradores ocorridos
após a alienação do veículo, quando não houver a transferência da
respectiva titularidade junto ao Departamento Estadual de Trânsito -
DETRAN/MT. (Parágrafo acrescentado pelo Lei nº 9.193, de 10.08.2009,
DOE MT de 10.08.2009)

@professorandrefantoni
148
CAPÍTULO IV - Do Pagamento

Art. 13. O local, o prazo e a forma de pagamento do imposto serão


estabelecidos conforme dispuser o regulamento.

§ 1º O pagamento do imposto poderá ser feito em até 6 (seis) parcelas


iguais, mensais e sucessivas, desde que o vencimento da última parcela
ocorra dentro do respectivo exercício.

§ 2º Para o pagamento efetivado antecipadamente em parcela única,


poderá ser concedido desconto, conforme dispuser o regulamento.

Art. 13-A. Fica o Poder Executivo autorizado a conceder crédito para


abatimento no valor do IPVA, de até R$ 100,00 (cem reais), por exercício,
limitado a um veículo para cada contribuinte, em decorrência da
participação do cidadão no Programa Nota MT, obedecidas às condições
previstas na Lei nº 10.893 , de 24 de maio de 2019, e em seu
regulamento. (Artigo acrescentado pela Lei Nº 11586 DE 26/11/2021).

Art. 14. O valor do imposto compreende tantos doze avos do seu valor
anual quantos forem os meses faltantes para o término do ano civil,
incluindo-se o mês da ocorrência do evento, nas seguintes situações:
I - primeira aquisição do veículo por consumidor final;
II - desembaraço aduaneiro, em relação a veículo importado, diretamente
ou por meio de trading, do exterior por consumidor final;
III - incorporação de veículo ao ativo permanente do fabricante, do
revendedor ou do importador;
IV - perda de isenção ou de não-incidência;
V - restabelecimento do direito de propriedade ou de posse de veículo, no
caso de perda, furto ou roubo.

Art. 15. O imposto deve ser pago na data da realização do ato, mesmo
quando não se tenha esgotado o prazo regulamentar para o seu
pagamento, no caso de alienação ou de transferência da propriedade de

@professorandrefantoni
149
veículo, ou sua posse, nas hipóteses de aquisição através de alienação
fiduciária em garantia ou de arrendamento mercantil, para pessoa
domiciliada em outra unidade da Federação.

Art. 15-A Poderão ser objeto de acordo de parcelamento os débitos


vencidos, pertinentes ao IPVA, dentro do mesmo exercício, bem como a
exercícios anteriores ao do pedido de parcelamento, em até 6 (seis)
parcelas iguais, mensais e sucessivas, nos termos que dispuser a legislação
complementar, atendido, ainda, o estatuído nos parágrafos deste artigo.
§ 1º Os débitos vencidos, na forma do disposto no caput deste artigo, serão
recompostos, mediante acréscimo de correção monetária, juros e multa de
mora, respeitadas as disposições da Lei nº 7.098 , de 30 de dezembro de
1998, que regem a matéria.
§ 2º Atendidas as disposições que regem a UPF/MT no Estado de Mato
Grosso, em especial o que disciplina a Lei nº 7.098 , de 30 de dezembro de
1998, para o fim do disposto no caput deste artigo, as parcelas serão
sucessivas e mensais até o limite máximo indicado na legislação tributária,
desde que o valor mínimo de cada parcela não seja inferior a 25% (vinte e
cinco por cento) do valor da UPF/MT, na data da solicitação eletrônica.

CAPÍTULO V - Da Restituição

Art. 16. O sujeito passivo tem direito à restituição total ou parcial do


imposto nas hipóteses de pagamento indevido ou maior que o devido.
§ 1º Ao sujeito passivo é ainda assegurada a devolução proporcional do
IPVA recolhido no exercício, em relação a determinado veículo, quando
houver, no mesmo exercício do recolhimento, perda total, furto ou roubo
do bem.
§ 2º Respeitado o disposto nos artigos 16-A, 16-B e 16-C, o regulamento
disciplinará a forma de efetivação da restituição. (Redação dada ao artigo
pela Lei nº 7.867, de 20.12.2002, DOE MT de 20.12.2002, com efeitos a partir
de 01.01.2003)

@professorandrefantoni
150
Art. 16-A. As importâncias recolhidas a maior ou em duplicidade a título
de IPVA, referente a determinado veículo, serão compensadas,
automaticamente, com o imposto devido pelo sujeito passivo, em relação
ao mesmo veículo, nos exercícios seguintes, até a extinção do excesso.
§ 1º O disposto no caput não se aplica se ocorrer, no mesmo exercício do
recolhimento, alienação do veículo, transferência do seu registro para outra
unidade da Federação, ou ainda, sua baixa, por perda total, hipóteses em
que a restituição do indébito será processada mediante requerimento do
interessado, na forma em que dispuser o regulamento.
§ 2º A devolução da importância recolhida a maior ou em duplicidade em
relação a veículo objeto de furto ou roubo ocorrido no mesmo exercício do
recolhimento, será processada mediante requerimento do interessado, que
deverá ser apresentado no mês do vencimento do tributo relativo ao
exercício subseqüente, desde que até esse período não tenha havido a
recuperação do aludido bem.
§ 3º Na hipótese do parágrafo anterior, em havendo a recuperação do
veículo, a importância favorável ao contribuinte será compensada com o
valor do imposto devido nos exercícios seguintes, até a sua extinção.
§ 4º Não haverá compensação de indébito tributário com IPVA devido em
relação a outro veículo, ainda que pertencente ao mesmo titular. (Artigo
acrescentado pela Lei nº 7.867, de 20.12.2002, DOE MT de 20.12.2002, com
efeitos a partir de 01.01.2003)

Art. 16-B. É assegurada ao contribuinte a devolução proporcional do IPVA


devido no exercício e recolhido em relação a determinado veículo,
posteriormente objeto de roubo, furto ou perda total.
§ 1º A diferença corresponderá a tantos doze avos do valor anual do
imposto, quantos forem os meses-calendário faltantes para o término do
ano civil, desprezada a fração do mês da ocorrência do evento.
§ 2º No caso de perda total, a restituição será processada mediante
requerimento do interessado, na forma prevista em regulamento.
§ 3º A diferença proporcional de que trata este artigo em relação a veículo
objeto de furto ou roubo também será processada mediante requerimento
do interessado, porém, apresentado no mês do vencimento do tributo no

@professorandrefantoni
151
exercício subseqüente, desde que até esse período não tenha havido a
recuperação do aludido bem.
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, em havendo a recuperação do
veículo, a importância favorável ao contribuinte será computada
proporcionalmente em relação ao período compreendido entre a data do
evento e da recuperação ou do término do ano civil, conforme a
recuperação tenha ocorrido, respectivamente, no mesmo exercício ou não.
§ 5º A diferença calculada em consonância com o parágrafo anterior será
automaticamente compensada com o valor do imposto devido nos
exercícios seguintes, até a sua extinção. (Artigo acrescentado pela Lei nº
7.867, de 20.12.2002, DOE MT de 20.12.2002, com efeitos a partir de
01.01.2003)
§ 6º As delegacias de polícia deverão contar com avisos, em locais de fácil
visualização, que exponham o disposto no caput deste artigo.

Art. 16-C. Nas hipóteses em que for assegurada a compensação do


imposto, fica vedado ao contribuinte requerer sua restituição, dispensada
a análise de pedidos eventualmente apresentados.
Parágrafo único O disposto neste artigo aplica-se também enquanto não
transcorrido o prazo fixado por esta lei para apresentação do pedido.
(Artigo acrescentado pela Lei nº 7.867, de 20.12.2002, DOE MT de
20.12.2002, com efeitos a partir de 01.01.2003)

CAPÍTULO VI - Das Obrigações Tributárias Acessórias

Art. 17. É obrigatória a inscrição do contribuinte do imposto nos órgãos


responsáveis pela matrícula, inscrição ou registro de veículo aéreo,
aquático e terrestre.
Parágrafo único Os órgãos mencionados no caput devem fornecer à
Secretaria de Estado da Fazenda os dados cadastrais relativos aos veículos
e seus respectivos proprietários e possuidores a qualquer título.

@professorandrefantoni
152
Art. 18. Além das previstas nesta lei, o contribuinte, inclusive o solidário,
submete-se ainda ao cumprimento de outras obrigações tributárias
acessórias, estabelecidas na legislação tributária.

CAPÍTULO VII – Da Mora e das Penalidades

Art. 19 Os débitos fiscais decorrentes do não pagamento do imposto no


prazo legal, inclusive parcelamento e reparcelamento, terão os seus valores
corrigidos em função da variação do poder aquisitivo da moeda nacional,
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, divulgado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ou por outro
índice de preços de caráter nacional que vier a substituí-lo. (Nova redação
dada a íntegra do artigo pela Lei 11.329/2021, efeitos a partir de
1º.05.2021)

§ 1º A correção monetária será efetuada com base nos coeficientes em


vigor no mês em que deva ocorrer o pagamento do débito fiscal,
considerando-se, para todos os efeitos, como termo inicial o mês em que
houver expirado o prazo normal para recolhimento do tributo.

§ 2º Os coeficientes relativos a determinado mês serão calculados com base


no IPCA divulgado pelo IBGE no mês anterior, qualquer que seja o
correspondente período de referência, observada respectiva acumulação
no período considerado.

Art. 20. Os valores do imposto não integralmente pagos nos prazos


previstos na legislação, inclusive os valores relativos às parcelas mensais
decorrentes de acordo de parcelamento e reparcelamento, serão
acrescidos de juros de mora equivalentes a 1% (um) por cento ao mês
calendário ou fração.
§ 1º Os juros de mora incidirão a partir do primeiro dia do mês subseqüente
ao do vencimento do tributo e serão calculados sobre o respectivo valor
corrigido monetariamente.

@professorandrefantoni
153
§ 2º Em caso de parcelamento ou reparcelamento, o valor de cada parcela
mensal será acrescido dos juros de mora equivalentes a 1% (um por cento)
ao mês calendário.
§ 3º Os juros de mora, seja qual for o motivo determinante da
inadimplência, serão aplicados sem prejuízo da imposição das penalidades
cabíveis ou de quaisquer outras medidas de garantia previstas na legislação
tributária.

Art. 21. As infrações decorrentes da violação das regras estabelecidas


nesta lei ou na legislação, e as respectivas penalidades pecuniárias, são as
seguintes:
I - deixar de pagar o imposto no prazo regulamentar:
a) multa de 5% (cinco por cento) ao mês do valor do imposto devido pro
rata die até o limite de 10% (dez por cento), se o pagamento for efetuado
antes de qualquer ação fiscal;
b) multa de 100% (cem por cento) do valor do imposto devido, quando o
pagamento ocorrer após o início de qualquer ação fiscal;
II - deixar de encaminhar veículo para a matrícula, à inscrição ou registro,
ou para o cadastramento Fazendário, no prazo regulamentar, multa
equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do imposto, sem
prejuízo do recolhimento deste;
III - utilizar documento adulterado, falso ou que sabe indevido, para
comprovar regularidade tributária, para preencher requisito legal ou
regulamentar, inclusive para beneficiar-se de não-incidência ou de isenção,
ou, ainda, para reduzir ou excluir da cobrança o valor do imposto devido,
multa equivalente a duas vezes ao valor do imposto.
§ 1º O disposto no inciso III aplica-se também a quem adultera, emite,
falsifica ou fornece o documento para os fins previstos neste inciso, ainda
que não seja o proprietário ou o possuidor do veículo.
§ 2º A aplicação das penalidades referidas neste artigo é feita sem prejuízo
da exigência do imposto, atualizado monetariamente e acrescido de juro e
demais acréscimos legais, bem como das providências necessárias à
instauração da ação penal cabível.

@professorandrefantoni
154
§ 3º No caso da prática de mais de uma infração conexas com o mesmo
fato que lhes deu origem, deve ser aplicada apenas a multa mais grave.
§ 4º A multa prevista na alínea "b" do inciso I deste artigo será reduzida em
50% (cinqüenta por cento) do seu valor, quando o pagamento for realizado
até 30 (trinta) dias após a ciência da notificação para recolhimento do
tributo.

CAPÍTULO VIII - Da Fiscalização

Art. 22. Compete à Secretaria de Estado de Fazenda a supervisão,


arrecadação e fiscalização do Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores - IPVA.
§ 1º Compete aos Fiscais de Tributos Estaduais a lavratura de
Notificação/Auto de Infração por descumprimento de obrigações principal
e acessórias relacionadas com o imposto de que trata esta lei.
§ 2º A Notificação/Auto de Infração obedecerá modelo aprovado pelo
Secretário de Estado de Fazenda.

Art. 23. O comprovante do pagamento do imposto é de porte obrigatório


pelo condutor do veículo, que deverá apresentá-lo à fiscalização quando
solicitado.
Parágrafo único. É vedada a retenção ou apreensão de veículo automotor
em razão do inadimplemento do IPVA.

Art. 24. A Secretaria de Estado da Fazenda. fiscalizará o imposto:


I - no Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN, para os veículos
terrestres;
II - nos órgãos de controle de embarcações e aeronaves, para os demais
veículos;
III - nas vias públicas;
IV - no estabelecimento do contribuinte;
V - nas concessionárias autorizadas e agências revendedoras de veículos;
VI - junto aos escritórios de despachantes ou de pessoas que prestem
serviços relativos ao imposto;

@professorandrefantoni
155
VII - nos cartórios de registros públicos.
Parágrafo único. A fiscalização de que trata o caput será realizada de
conformidade com as disposições legais e de acordo com o que dispuser
o Protocolo firmado entre os órgãos envolvidos.

Art. 25. Às infrações à legislação do Imposto sobre a Propriedade de


Veículos Automotores - IPVA, aplicam-se as disposições concernentes ao
Processo Administrativo Tributário vigentes no Estado de Mato Grosso,
bem como aquelas previstas na legislação do Imposto sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS,
excluída a aplicação do disposto no art. 47 da Lei nº 7.098, de 30 de
dezembro de 1998. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 7.609, de
28.12.2001, DOE MT de 28.12.2001, rep. DOE MT de 25.02.2002, com efeitos
a partir de 01.01.2002)

CAPÍTULO IX - Das Disposições Gerais

Art. 27. No caso de alienação do veículo, o comprovante de pagamento


será transferido ao novo proprietário para efeitos de registro ou averbação
no órgão de trânsito.

Art. 28. A Secretaria de Estado de Segurança Pública fornecerá à Secretaria


de Estado da Fazenda cópia dos registros de ocorrência relativos a furtos
ou roubos de veículos, bem como quando ocorrer a recuperação dos
mesmos.

Art. 29. A Secretaria de Estado da Fazenda manterá intercâmbio com o


Departamento Estadual de Trânsito para atualização do cadastro dos
veículos licenciados no Estado.
Parágrafo único O Departamento Estadual de Trânsito fornecerá à
Secretaria de Estado de Fazenda, mediante requisição de seu órgão

@professorandrefantoni
156
responsável pelo controle de arrecadação, todos os dados cadastrais dos
veículos.

Art. 29-A. Presumem-se verdadeiras as informações prestadas, por meio


eletrônico ou magnético, à Secretaria de Estado de Fazenda, pelo
contribuinte ou, em seu nome, por terceiro por ele credenciado junto à
mesma, nos termos da legislação complementar.
Parágrafo único O disposto no caput aplica-se também às informações
prestadas, por meio eletrônico ou magnético, à Secretaria de Estado de
Fazenda, por terceiros sujeitos à prestação de informação ao fisco, em
conformidade com a legislação tributária. (Artigo acrescentado pela Lei nº
7.867, de 20.12.2002, DOE MT de 20.12.2002, com efeitos a partir de
01.01.2003)

Art. 29-B. Cancelam-se os débitos do IPVA relativos a veículo objeto de


perda total, furto, roubo, a partir da data da ocorrência do evento, mantido,
porém, o débito correspondente a tantos doze avos quantos forem os
meses-calendário ou fração já transcorridos no exercício.
§ 1º Na hipótese de perda total, o cancelamento definitivo do débito fica
condicionado à comprovação da baixa do Veículo no Cadastro específico
do Departamento Nacional de Trânsito/MT - DETRAN/MT.
§ 2º Para os fins do disposto no artigo anterior, fica a Secretaria de Estado
de Fazenda autorizada a promover o cancelamento temporário do débito,
ficando o contribuinte obrigado a comprovar a baixa exigida no prazo de
30 (trinta) dias, contados da respectiva ciência, findos os quais o débito será
restabelecido. (Artigo acrescentado pela Lei nº 7.867, de 20.12.2002, DOE
MT de 20.12.2002, com efeitos a partir de 01.01.2003)

Art. 29-C. Presumem-se, também, verdadeiros os dados e informações


contidos nos bancos de dados da Secretaria de Estado de Fazenda, bem
como as informações constantes de documentos gerados por sistemas,
programas ou aplicativos, decorrentes de processamento eletrônico de
dados.

@professorandrefantoni
157
§ 1º As informações e documentos a que se refere o caput servirão como
prova na constituição de crédito tributário para exigência de IPVA e ou
penalidades por descumprimento de obrigação relativa ao tributo,
mediante a lavratura de Notificação/Auto de Infração ou expedição de
Aviso de Cobrança, conforme disposto em legislação específica.
§ 2º Nas hipóteses tratadas neste artigo, incumbe ao fisco promover o
saneamento das informações, mediante etapa preexistente à lavratura da
NAI ou à expedição de Aviso de Cobrança, na forma disciplinada em
legislação específica.
§ 3º Para fins do disposto neste artigo, os documentos gerados na forma
prevista no caput deverão conter a identificação da unidade fazendária
responsável por sua emissão, dispensada a aposição de assinatura ou de
chancela mecânica ou eletrônica. (Artigo acrescentado pela Lei nº 8.628, de
29.12.2006, DOE MT de 29.12.2006)

CAPÍTULO IX - A DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 29-D. Fica. o Poder Executivo autorizado a conceder remissão e anistia


a débitos fiscais pertinentes ao IPVA, constantes do Sistema de Conta
Corrente do IPVA, mantido no âmbito da Secretaria de Estado de Fazenda,
não encaminhados para inscrição em Dívida Ativa, cujo valor total não seja
superior a 20 (vinte) UPF/MT.
§ 1º Para fins do disposto no caput, considera-se como valor total do débito
fiscal a soma dos seguintes valores:
I - imposto;
II - correção monetária;
III - juros de mora;
IV - multas, inclusive penalidades.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se, também, aos valores das parcelas
não pagas, vencidas ou vincendas, de acordo de parcelamento celebrado,
pertinente ao IPVA.
§ 3º Na hipótese do parágrafo anterior, para a totalização do débito, será
considerada a soma de todas as parcelas vencidas e vincendas, objeto do
acordo de parcelamento.

@professorandrefantoni
158
§ 4º Serão fixados em regulamento, editado pelo Poder Executivo, o
período alcançado pela remissão e anistia decorrentes deste artigo, bem
como a data da consolidação do crédito tributário para apuração do valor
correspondente. (Artigo acrescentado pela Lei nº 9.193, de 10.08.2009, DOE
MT de 10.08.2009)

Art. 29-E. Fica o Poder Executivo autorizado, também, a promover o


cancelamento, no Sistema de Conta Corrente do IPVA, dos débitos
referentes ao aludido tributo, pertinentes a veículos objeto de perda ou
destruição total, ainda que não promovida a respectiva baixa junto ao
Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN/MT.
§ 1º O disposto no caput somente se aplica aos débitos pertinentes a
exercícios posteriores ao da ocorrência do sinistro.
§ 2º Regulamento editado pelo Poder Executivo disporá sobre:
I - os critérios de comprovação da perda ou destruição do bem;
II - o montante do débito alcançado pelo cancelamento que não poderá
ultrapassar o limite fixado no caput do art. 29-D. (Artigo acrescentado pela
Lei nº 9.193, de 10.08.2009, DOE MT de 10.08.2009)

Art. 29-F. Fica, ainda, o Poder Executivo autorizado a exigir do adquirente


que deixar de promover a transferência de titularidade do bem junto ao
Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN/MT, os débitos fiscais
pertinentes ao IPVA, relativos ao veículo vendido.
§ 1º Para fins do disposto no caput, a Secretaria de Estado de Fazenda,
mediante declaração expressa do vendedor, notificará o adquirente para
efetuar o recolhimento dos débitos pendentes de pagamento.
§ 2º Regulamento editado pelo Poder Executivo disporá sobre a forma de
prestação da declaração de venda do veículo a que se refere o artigo
anterior. (Artigo acrescentado pela Lei nº 9.193, de 10.08.2009, DOE MT de
10.08.2009)

@professorandrefantoni
159
CAPÍTULO X - Disposições Finais e Transitórias

Art. 30. Enquanto não editado o regulamento desta lei, fica assegurada a
aplicação do disposto na atual legislação tributária no que não for
incompatível com a presente.

Art. 30-A. Excepcionalmente para o exercício do ano de 2022, a tabela a


que se refere o § 1º do art. 5º desta Lei deverá fixar apenas os valores em
que os preços médios de mercado forem iguais ou inferiores aos
observados nos exercícios financeiros anteriores. (Artigo acrescentado
pela Lei Nº 11669 DE 12/01/2022).

Art. 31. Esta lei entra em vigor na data da sua publicação, produzindo
efeitos a partir de 1º de janeiro de 2001, quando então ficarão revogadas
as Leis nos 4.963, de 23 de dezembro de 1985, 4.972, de 08 de abril de
1986, e 6.977, de 30 de dezembro de 1997.

@professorandrefantoni
160
Lei nº 7.850 de 18/12/2002 – ITCD
Consolidada até a Lei 11.329/2021.

CAPÍTULO I - DA INCIDÊNCIA

Art. 1º O Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, de quaisquer


Bens ou Direitos - ITCD incide sobre:
I - a sucessão legítima ou testamentária, inclusive a sucessão provisória;
II - a doação a qualquer título.
§ 1º Nas transmissões referidas neste artigo, ocorrem tantos fatos
geradores distintos quantos forem os herdeiros, legatários ou donatários.
§ 2º Compreende-se no inciso I do caput a transmissão de bem ou direito
por qualquer título sucessório, inclusive o fideicomisso.
§ 3º A legítima dos herdeiros, ainda que gravada, e a doação ou legado
com encargo sujeitam-se ao imposto como se não o fossem.
§ 4º No caso de aparecimento do ausente, fica assegurada a restituição do
imposto recolhido pela sucessão provisória.
§ 5º Estão compreendidos na incidência do imposto os bens ou direitos
que, na divisão de patrimônio comum, na partilha ou adjudicação, forem
atribuídos a um dos cônjuges ou conviventes ou a qualquer herdeiro, acima
da meação ou quinhão.
§ 6º Para efeito do disposto nesta lei, considera-se doação qualquer ato ou
fato não oneroso que importe ou se resolva em transmissão de quaisquer
bens ou direitos.

Art. 2º O disposto neste artigo aplica-se sobre a transmissão causa mortis


e sobre a doação a qualquer título de:
I - propriedade, posse, domínio útil ou qualquer outro direito real
relativamente a bem imóvel;
II - bens móveis e semoventes, títulos, créditos ou quaisquer outros
direitos.
§ 1º O ITCD alcança, inclusive, a transmissão causa mortis ou doação de:
I - qualquer título ou direito representativo do patrimônio ou capital de
sociedade e companhia, inclusive ação, quota, quinhão, participação civil

@professorandrefantoni
161
ou comercial, nacional ou estrangeira, bem como direito societário,
debênture, dividendo e crédito de qualquer natureza;
II - dinheiro, haver monetário em moeda nacional ou estrangeira e título
que o represente, depósito bancário e crédito em conta corrente, depósito
em caderneta de poupança e a prazo fixo, quota ou participação em fundo
mútuo de ações, de renda fixa, de curto prazo, e qualquer outra aplicação
financeira e de risco, seja qual for o prazo e a forma de garantia;
III - bem incorpóreo em geral, inclusive título e crédito que o represente,
qualquer direito ou ação que tenha de ser exercido e direitos autorais.
§ 2º A transmissão de propriedade ou domínio útil de bem imóvel ou de
direito a ele relativo, situado no Estado, sujeita-se ao imposto, ainda que o
respectivo inventário ou arrolamento seja processado em outro Estado, no
Distrito Federal ou no exterior e, no caso de doação, ainda que doador,
donatário ou ambos não tenham domicílio ou residência neste Estado.
§ 3º O bem móvel, o título e o direito em geral, inclusive os que se
encontrem em outro Estado ou no Distrito Federal, também ficam sujeitos
ao imposto de que trata esta lei, no caso de o inventário, arrolamento ou
testamento processar-se neste Estado ou nele tiver domicílio o doador.
§ 4º O bem móvel, o título e o direito em geral, inclusive os que se
encontrem em outro Estado ou no Distrito Federal, também ficam sujeitos
ao recolhimento do imposto de que trata esta Lei, na hipótese de o
inventário ser processado extrajudicialmente dentro do Estado de Mato
Grosso. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 10488 DE 29/12/2016).

Art. 3º O imposto é devido nas hipóteses abaixo especificadas, sempre que


o doador residir ou tiver domicílio no exterior, e, no caso de morte, se o de
cujus possuía bens, era residente ou teve seu inventário processado fora
do País:
I - sendo corpóreo o bem transmitido:
a) quando se encontrar no território do Estado;
b) quando se encontrar no exterior e o herdeiro, legatário ou donatário
tiver domicílio neste Estado;
II - sendo incorpóreo o bem transmitido:
a) quando o ato de sua transferência ou liquidação ocorrer neste Estado;

@professorandrefantoni
162
b) quando o ato referido na alínea anterior ocorrer no exterior e o herdeiro,
legatário ou donatário tiver domicílio neste Estado.

CAPÍTULO II - DO FATO GERADOR

Art. 4º Ocorre o fato gerador:


I - na transmissão de qualquer bem ou direito havido por sucessão legítima
ou testamentária, inclusive a sucessão provisória;
II - na transmissão por doação, a qualquer título, de quaisquer bens ou
direitos;
III - na aquisição de bem ou direito em excesso pelo herdeiro ou cônjuge
meeiro, na partilha, em sucessão causa mortis ou em dissolução de
sociedade conjugal.

CAPÍTULO III - DA NÃO-INCIDÊNCIA

Art. 5º O imposto não incide sobre:


I - transmissões ou doações em que figurarem como herdeiros, legatários
ou donatários:
a) a União, os Estados, o Distrito Federal ou os Municípios;
b) os templos de qualquer culto;
c) os partidos políticos e suas fundações;
d) as entidades sindicais;
e) as instituições educacionais e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei;
f) as autarquias e as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - a renúncia pura e simples de herança ou legado sem designação do
beneficiário;
III - o fruto e o rendimento do bem do espólio havido após o falecimento
do autor da herança ou legado;
IV - a importância deixada ao testamenteiro, a título de prêmio ou
remuneração, até o limite legal.

@professorandrefantoni
163
§ 1º Sem prejuízo da observância do estatuído no § 2º, a não-incidência
prevista nas alíneas "c", "d", e "e" do inciso I fica condicionada a que as
entidades nelas mencionadas atendam aos seguintes requisitos:
I - não distribuam qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas,
a qualquer título;
II - apliquem integralmente no País os seus recursos na manutenção dos
seus objetivos institucionais;
III - mantenham escrituração de suas receitas e despesas em livros
revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às entidades mencionadas nas alíneas
"b" a "f" do inciso I, desde que os bens, direitos, títulos ou créditos sejam
destinados ao atendimento de suas finalidades essenciais.

CAPÍTULO IV - DA ISENÇÃO

Art. 6º Fica isenta do imposto:


I - a transmissão causa mortis:
a) de patrimônio cujo valor total transferido a cada beneficiário não
ultrapassar a 1.500 (mil e quinhentas) Unidades Padrão Fiscal do Estado de
Mato Grosso - UPF/MT;
b) na extinção do usufruto, quando o nu-proprietário tiver sido o
instituidor;
c) da quantia devida pelo empregador ao empregado, por Institutos de
Seguro Social e Previdência, oficiais ou privados, de verba e prestação de
caráter alimentar decorrentes de decisão judicial em processo próprio e do
montante de contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
- FGTS, do Fundo de Participação dos Programas de Integração Social - PIS
e de formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP, não recebido
em vida pelo titular;
II - a doação:
a) cujo valor não ultrapassar a 500 (quinhentas) Unidades Padrão Fiscal do
Estado de Mato Grosso - UPF/MT;

@professorandrefantoni
164
b) de bem imóvel, incluída a construção, destinado a programa de
habitação popular, devidamente reconhecido pelo Poder Público
competente;
c) de bem imóvel para assentamentos rurais concernentes ao programa de
reforma agrária. (Alínea acrescentada pela Lei nº 8.673 de 06/07/2007).
d) de bem imóvel urbano ou rural com matrícula oriunda de área pública,
nos casos de legitimação de posse, quando se tratar do seu primeiro
registro de direito real. (Alínea acrescentada pela Lei Nº 9777 DE
13/07/2012).
e) de bem imóvel, urbano ou rural, à empresa pública ou à sociedade de
economia mista, quando integrante da Administração Pública Estadual
Indireta do Estado de Mato Grosso. (Alínea acrescentada pela Lei Nº
11314 DE 25/02/2021).

CAPÍTULO V - DOS CONTRIBUINTES E RESPONSÁVEIS

Art. 7º São contribuintes do imposto:


I - na transmissão causa mortis, o herdeiro ou o legatário;
II - no fideicomisso, o fiduciário;
III - na doação, o donatário;
IV - na cessão de herança ou de bem ou direito a título não oneroso, o
cessionário.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso III, se o donatário não residir nem
for domiciliado no Estado, o contribuinte será o doador.

Art. 8º Na impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação


principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos
em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I - o tabelião, escrivão e demais serventuários de ofício, em relação aos atos
tributáveis praticados por eles ou perante eles, em razão de seu ofício;
II - a empresa, instituições financeiras e todo aquele a quem couber a
responsabilidade do registro ou a prática de ato que implique a
transmissão causa mortis ou doação de bem móvel ou imóvel e respectivo
direito ou ação;

@professorandrefantoni
165
III - o doador, o cedente de bem ou direito, e, no caso do parágrafo único
do artigo anterior, o donatário;
IV - qualquer pessoa física ou jurídica que detiver o bem transmitido ou
estiver na sua posse, na forma desta lei;
V - os pais, pelo imposto devido pelos seus filhos menores;
VI - os tutores ou curadores, pelo imposto devido pelos seus tutelados ou
curatelados;
VII - os administradores de bens de terceiros, pelo imposto devido por
estes;
VIII - o inventariante ou testamenteiro, pelo imposto devido pelo espólio.
Parágrafo único. Os serventuários dos registros de imóveis que
procederem ao registro de formais de partilha e de cartas de adjudicação
e os servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso -
DETRAN-MT que procederem à transferência de propriedade, por doação
ou causa mortis, de veículos, sem a comprovação do pagamento do ITCD,
responderão solidariamente com o contribuinte pelo imposto devido.

CAPÍTULO VI - DA BASE DE CÁLCULO

Art. 9º A base de cálculo do imposto é o valor venal do bem ou direito, ou


o valor do título ou crédito, transmitido ou doado.
Parágrafo único. Entende-se por valor venal o valor corrente de mercado
do bem ou direito na data da transmissão pela sucessão ou doação.

Art. 10. Nos casos abaixo especificados, observado o disposto no artigo


anterior, a base de cálculo é:
I - na doação da nua propriedade, na instituição e na extinção de usufruto,
uso e habitação, 70% (setenta por cento) do valor do bem;
II - na instituição de fideicomisso, o valor do bem ou direito;
III - na herança ou legado, o valor aceito pela Fazenda Pública ou fixado
judicial ou administrativamente.

@professorandrefantoni
166
Art. 11. O valor do bem ou direito, base para o cálculo do imposto, nos
casos em que este é pago antes da transmissão, é o da data em que for
efetuado o pagamento.

Art. 12. Nas transmissões causa mortis, quando o inventário obedecer ao


rito convencional, e nas demais transmissões não onerosas sujeitas a
processos judiciais, a base de cálculo será o valor do bem ou direito,
constante da avaliação judicial.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica quando houver
expressa concordância da Fazenda Pública estadual com o valor atribuído
ao bem pelo inventariante ou testamenteiro, ou dos herdeiros e/ou
legatários com o valor proposto pela Fazenda, desde que, em qualquer dos
casos, seja o mesmo homologado pelo Juiz competente.

Art. 13. Ainda nas transmissões causa mortis, quando o inventário e a


partilha obedecerem ao rito sumário, e nas doações de bens e direitos,
sempre que a autoridade fazendária não concordar com o valor atribuído
pelos herdeiros, legatários ou donatários, o imposto será lançado mediante
arbitramento da base de cálculo, notificando-se o contribuinte para que
promova o respectivo recolhimento, no prazo legal.
§ 1º O regulamento disporá sobre a forma de reclamação do valor
arbitrado, quando houver discordância do contribuinte.
§ 2º Fica assegurado ao interessado o direito de requerer avaliação judicial,
incumbindo-lhe, nesse caso, o pagamento das despesas.

Art. 14. Na hipótese de sobrepartilha, o imposto devido na transmissão


causa mortis será recalculado para considerar o acréscimo patrimonial de
cada quinhão.

Art. 15. Em qualquer das hipóteses previstas nos arts. 11 a 14, o valor da
base de cálculo, em se tratando de imóvel ou direito a ele relativo, não será
inferior:
I - quando urbano, ao valor fixado para o lançamento do Imposto sobre a
Propriedade Territorial Urbana - IPTU;

@professorandrefantoni
167
II - quando rural, ao valor total do imóvel declarado pelo contribuinte para
efeito de lançamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural -
ITR.

Art. 16. No caso de valores mobiliários, ativos financeiros e outros bens


negociados em bolsa, considera-se valor venal o da cotação média
publicada na data do fato gerador.

Art. 17. No caso de ações não negociadas em bolsas, quotas ou outros


títulos de participação em sociedades comerciais ou civis de objetivos
econômicos, considera-se valor venal o seu valor patrimonial na data da
ocorrência do fato gerador.

Art. 18. Fica a Secretaria de Estado de Fazenda autorizada a divulgar lista


de preços mínimos para efeitos de base de cálculo do ITCD.

Art. 18-A Caso a SEFAZ/MT ultrapasse 30 (trinta) dias para apresentar sua
avaliação, poderá o contribuinte efetuar o recolhimento do ITCD mediante
guia emitida pela SEFAZ/MT, tendo por parâmetro:
I - no caso de imóvel rural, o valor previsto no ITR, nos termos do art. 15, II,
desta Lei;
II - no caso de imóvel urbano, o valor previsto no IPTU;
III - no caso de veículos automotores, o valor previsto no IPVA;
IV - no caso dos semoventes, os valores previstos nas listas de preços
mínimos divulgados através de Portarias da SEFAZ/MT;
V - nos demais casos, o valor indicado pelo contribuinte.
§ 1º Caso o valor, quando arbitrado pela SEFAZ/MT, seja maior que o
adotado como base de cálculo, a diferença do imposto será paga mediante
emissão de guia complementar, sem nenhuma correção.
§ 2º Caso o valor, quando arbitrado pela SEFAZ/MT, seja menor que o
adotado como base de cálculo, o imposto pago a maior deverá ser
restituído ao contribuinte.

@professorandrefantoni
168
§ 3º Caso o contribuinte não concorde com o valor arbitrado pela
SEFAZ/MT, poderá recorrer via administrativa, nos termos do § 1º do art.
13 desta Lei, e, não satisfeito, poderá também recorrer a via judicial.

CAPÍTULO VII - DAS ALÍQUOTAS

Art. 19. As alíquotas do imposto são as fixadas de acordo com as


diferentes faixas de escalonamento da base de cálculo atribuída por fato
gerador dos bens transmitidos por doação ou causa mortis, constantes das
tabelas abaixo:

I - nas transmissões causa mortis:

FAIXA ESCALONAMENTO DA BASE DE CÁLCULO ALÍQUOTA


REFERENTE A CADA FATO GERADOR
(considerado o quinhão de cada herdeiro ou
legatário)
a) Até 1.500 (mil e quinhentas) UPF/MT Isento
b) Acima de 1.500 (mil e quinhentas) e até 4.000 2% (dois
(quatro mil) UPF/MT por cento)
c) Acima de 4.000 (quatro mil) e at é 8 .000 (oito 4% (quatro
mil) UPF/MT por cento)
d) Acima de 8.000 (oito mil) e at é 1 6.000 (dezesseis 6% (seis por
mil) UPF/MT cento)
e) Acima de 16.000 (dezesseis mil ) U PF/MT 8% (oito
por cento)

@professorandrefantoni
169
II - nas doações:

ESCALONAMENTO DA BASE DE CÁLCULO


FAIXA ALÍQUOTA
REFERENTE A CADA FATO GERADOR
a) Até 500 (quinhentas) UPF/MT Isento
Acima de 500 (quinhentas) e até 1.000 (mil) 2% (dois
b)
UPF/MT por cento)
Acima de 1.000 (mil) e até 4.000 (quatro mil) 4% (quatro
c)
UPF/MT por cento)
Acima de 4.000 (quatro mil) e até 10.000 (dez mil) 6% (seis
d)
UPF/MT por cento)
8% (oito
e) Acima de 10.000 (dez mil) UPF/MT
por cento)

§ 1º (Revogado pela Lei nº 8.631, de 29.12.2006, DOE MT de 29.12.2006,


com efeitos a partir de 01.01.2007)
§ 2º (Revogado pela Lei nº 8.631, de 29.12.2006, DOE MT de 29.12.2006,
com efeitos a partir de 01.01.2007)
§ 3º Nas hipóteses previstas neste artigo, a alíquota fixada em cada faixa
será aplicada exclusivamente sobre o montante que exceder o limite fixado
para aquela imediatamente inferior. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº
10488 DE 29/12/2016, efeitos a partir de 01/04/2017).

§ 4º O valor total do imposto devido será calculado somando-se os valores


apurados em relação a cada faixa de tributação.

§ 5º Em relação ao inciso II do caput deste artigo, o imposto será


recalculado a cada doação efetuada, no mesmo ano civil, pelo mesmo
doador ao mesmo donatário, adicionando-se à base de cálculo os valores
dos bens ou direitos anteriormente transmitidos e deduzindo-se os valores
dos impostos já recolhidos

@professorandrefantoni
170
§ 6º Fica dispensado o pagamento do imposto quando o valor a pagar for
inferior a 1 (uma) UPF/MT.

CAPÍTULO VIII - DAS OBRIGAÇÕES DO CONTRIBUINTE

Art. 20. São obrigações do contribuinte e do responsável solidário:


I - recolher o imposto devido, ou exigir a comprovação do seu
recolhimento, nos prazos e forma previstos nesta lei, no seu regulamento
e em legislação complementar;
II - prestar ao fisco informações relativas à transmissão causa mortis ou
doações de quaisquer bens e direitos efetuadas, bem como relacionadas à
apuração e recolhimento do imposto correspondente, na forma, condições
e prazos estabelecidos nesta lei, no seu regulamento e em legislação
complementar;
III - exibir ou entregar ao fisco, quando exigidos pela legislação ou quando
solicitados, documentos e outros elementos relacionados com a condição
de contribuinte do imposto ou com a sucessão verificada ou doação
realizada;
IV - não embaraçar a ação fiscal e assegurar ao Fiscal de Tributos Estaduais
o acesso aos seus estabelecimentos, depósitos, dependências, móveis,
imóveis, utensílios, veículos, máquinas e equipamentos, programas de
computador, dados magnéticos ou óticos, mercadorias, ações, títulos ou
direitos a eles relativos, papéis de controle e outros elementos relacionados
ao fato gerador do ITCD e seu recolhimento;
V - conservar os documentos de arrecadação do imposto e, quando for o
caso, os de reconhecimento de desoneração, bem como os demais
documentos concernentes à transmissão causa mortis ou doação de
quaisquer bens ou direitos, pelo prazo previsto no regulamento, não
inferior a 5 (cinco) anos, contados da data do 1º (primeiro) exercício
seguinte àquele em que ocorreu o fato gerador ou o recolhimento do
imposto;
VI - cumprir as demais obrigações acessórias previstas nesta lei, no seu
regulamento e em legislação complementar.

@professorandrefantoni
171
CAPÍTULO IX - DO RECOLHIMENTO DO IMPOSTO

Art. 21. O imposto será recolhido, em documento próprio, conforme


modelo aprovado pela Secretaria de Estado de Fazenda, nos seguintes
prazos:
I - na transmissão causa mortis, no prazo de 30 (trinta dias) após a decisão
homologatória de cálculo ou do despacho que determinar seu pagamento;
II - na doação, antes da celebração do ato ou contrato correspondente,
observado o disposto no § 1º;
III - nos casos não especificados, decorrentes de atos judiciais, dentro de
30 (trinta) dias, contados da sua ciência pelo contribuinte.
§ 1º Na hipótese prevista no inciso II:
a) na partilha de bem ou divisão de patrimônio comum, quando devido, o
imposto será pago no prazo de 30 (trinta) dias do trânsito em julgado da
sentença, antes da expedição da respectiva carta ou da lavratura da
escritura pública;
b) ocorrendo por meio de instrumento particular, os contratantes ficam
também obrigados a efetuar o recolhimento antes da celebração e
mencionar, em seu texto, data, valor e demais dados do documento de
arrecadação;
c) na doação de qualquer bem ou direito, objeto de instrumento lavrado
em outro Estado, 30 (trinta) dias contados da lavratura do instrumento;
d) os tabeliães e serventuários, responsáveis pela lavratura de atos que
importem em doação de bens, ficam obrigados a exigir dos contratantes a
apresentação do respectivo documento de arrecadação do imposto, cujos
dados devem constar no instrumento de transmissão;
e) sendo ajustada verbalmente, aplicam-se, no que couber, as disposições
deste artigo, devendo os contratantes, na forma prevista em regulamento,
fazer constar no documento de arrecadação dados suficientes para
identificar o ato jurídico efetivado;
f) todo aquele que praticar, registrar ou intervier em ato ou contrato,
relativo a doação de bens ou direitos, está obrigado a exigir dos

@professorandrefantoni
172
contratantes a apresentação do respectivo documento de arrecadação do
imposto;
g) em se tratando de doação de veículos, a apresentação do respectivo
instrumento ao Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso -
DETRAN/MT será sempre precedida do pagamento do ITCD.
§ 2º O pagamento do imposto poderá ser parcelado na forma que dispuser
o regulamento.

Art. 22 Os débitos fiscais decorrentes do não pagamento do imposto no


prazo legal, inclusive parcelamento e reparcelamento, terão os seus valores
corrigidos em função da variação do poder aquisitivo da moeda nacional,
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, divulgado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ou por outro
índice de preços de caráter nacional que vier a substituí-lo. (Nova redação
dada ao caput e seus §§ pela Lei 11.329/2021, efeitos a partir de
1°.05.2021)

§ 1º A correção monetária será efetuada com base nos coeficientes em


vigor no mês em que deva ocorrer o pagamento do débito fiscal,
considerando-se, para todos os efeitos, como termo inicial o mês em que
houver expirado o prazo normal para recolhimento do tributo.

§ 2º Os coeficientes relativos a determinado mês serão calculados com base


no IPCA divulgado pelo IBGE no mês anterior, qualquer que seja o
correspondente período de referência, observada a respectiva acumulação
no período considerado.
Art. 23. Os valores do imposto não integralmente pagos nos prazos
previstos na legislação, inclusive os valores relativos às parcelas mensais
decorrentes de acordo de parcelamento e reparcelamento, serão
acrescidos de juros de mora equivalentes a 1% (um) por cento ao mês
calendário ou fração.
§ 1º Os juros de mora incidirão a partir do primeiro dia do mês subseqüente
ao do vencimento do tributo e serão calculados sobre o respectivo valor
corrigido monetariamente.

@professorandrefantoni
173
§ 2º Em caso de parcelamento ou reparcelamento, o valor de cada parcela
mensal será acrescido dos juros de mora equivalentes a 1% (um por cento)
ao mês calendário.
§ 3º Os juros de mora, seja qual for o motivo determinante da
inadimplência, serão aplicados sem prejuízo da imposição das penalidades
cabíveis ou de quaisquer outras medidas de garantia previstas na legislação
tributária. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 7.900, de 02.06.2003, DOE
MT de 02.06.2003, com efeitos a partir do 1º dia do mês subseqüente ao
da sua publicação)

Art. 24. O recolhimento espontâneo, feito fora do prazo fixado na


legislação tributária para vencimento da obrigação principal, sujeitará o
contribuinte à multa de 0,333% (trezentos e trinta e três milésimos de
inteiro por cento) ao dia, até o limite máximo de 20% (vinte por cento),
aplicável sobre o valor do imposto corrigido monetariamente. (Redação
dada ao artigo pela Lei nº 8.631, de 29.12.2006, DOE MT de 29.12.2006,
com efeitos a partir de 01.05.2007)

CAPÍTULO X - DAS PENALIDADES

Art. 25. O descumprimento das obrigações principal e acessórias,


instituídas pela legislação do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e
Doação, de quaisquer Bens ou Direitos - ITCD, fica sujeito às seguintes
penalidades:
I - quando o inventário ou o arrolamento, processado judicialmente, não
for aberto até 120 (cento e vinte) dias após o óbito - multa equivalente a
5% (cinco por cento) do valor do imposto devido na transmissão causa
mortis; se o atraso exceder a 240 (duzentos e quarenta) dias, a multa será
de 10% (dez por cento); (Redação do inciso dada pela Lei Nº 10488 DE
29/12/2016).
I-A - quando o inventário ou o arrolamento, processado extrajudicialmente,
não for protocolado na Secretaria de Estado de Fazenda até 120 (cento e
vinte) dias após o óbito - multa equivalente a 5% (cinco por cento) do valor
do imposto devido na transmissão causa mortis; se o atraso exceder a 240

@professorandrefantoni
174
(duzentos e quarenta) dias, a multa será de 10% (dez por cento); (Inciso
acrescentado pela Lei Nº 10488 DE 29/12/2016).
II - falta de recolhimento do imposto por omissão, inclusive decorrente de
declaração falsa ou sonegação de bens, do contribuinte, responsável,
serventuário de justiça, tabelião ou terceiro - multa equivalente a 100%
(cem por cento) do valor do imposto não recolhido;
III - apurando-se que o valor atribuído ao bem ou direito, objeto de
transmissão causa mortis ou doação, em documento particular ou público,
tenha sido inferior ao praticado no mercado - multa equivalente a 100%
(cem por cento) da diferença do imposto não recolhido, sem prejuízo do
pagamento desta e dos acréscimos cabíveis;
IV - descumprimento de obrigação acessória, estabelecida nesta lei, em
regulamento ou em legislação complementar - multa de 10 (dez) UPFMT,
por infração, aplicável tanto ao contribuinte quanto ao responsável
solidário que concorreu para a sua ocorrência.
§1º As multas previstas neste artigo, excetuadas as expressas em UPFMT,
serão calculadas sobre os respectivos valores básicos corrigidos
monetariamente.

§ 2º Em relação às multas baseadas em UPF/MT, fixadas no inciso IV deste


artigo, será considerado, para a conversão em moeda corrente, o valor
correspondente a 25% (vinte e cinco por cento) do valor da UPF/MT,
quando o pagamento for efetuado dentro do prazo fixado no documento
que instrumentou a respectiva exigência.

Art. 26. A imposição de penalidade ou o pagamento da multa respectiva


não exime o infrator de cumprir a obrigação inobservada.
Art. 27. Apurada qualquer infração à legislação do imposto instituído por
esta lei, será lavrada Notificação/Auto de Infração - NAI.
§ 1º A lavratura da NAI é de competência privativa dos Fiscais de Tributos
Estaduais.
§ 2º Na solução de litígios relativos ao ITCD, respectivas penalidades e
acréscimos legais, aplica-se o disposto na Lei nº 7.609, de 28 de dezembro

@professorandrefantoni
175
de 2001, que dispões sobre o Processo Administrativo Tributário - PAT, no
Estado de Mato Grosso.
§ 3º As multas baseadas em UPF/MT serão convertidas em moeda corrente,
na data do respectivo lançamento, aplicando-se o disposto no § 11 do art.
47-E da Lei nº 7.098, de 30 de dezembro de 1998.

Art. 28. O autuado poderá pagar a multa fixada na Notificação/Auto de


Infração com desconto de:
I - 50% (cinqüenta por cento), dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados
da notificação da sua lavratura;
II - 20% (vinte por cento), enquanto não efetuado o julgamento em
primeira instância ou, após proferida a respectiva decisão, durante o prazo
fixado para pagamento do crédito tributário correspondente;
Parágrafo único. O pagamento efetuado nos termos deste artigo não
dispensa, nem elide a aplicação da correção monetária e dos juros de mora
devidos.

CAPÍTULO XI - DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

Art. 29. Não serão lavrados, registrados ou averbados pelo tabelião,


escrivão e oficial de Registro de Imóveis, atos e termos de seu cargo, sem
a prova do pagamento do imposto.

Art. 30. Compete aos Fiscais de Tributos Estaduais investigar a existência


de heranças e doações sujeitas ao imposto, podendo, para esse fim,
solicitar o exame de livros e informações dos cartórios e demais
repartições.

Art. 31. O reconhecimento de não-incidência ou isenção do ITCD será


apurado em processo, mediante requerimento do interessado à autoridade
fazendária, na forma, prazos e condições previstos em regulamento e na
legislação complementar.

@professorandrefantoni
176
Art. 32. Compete à Procuradoria-Geral do Estado intervir e ser ouvida nos
inventários, arrolamentos e outros feitos processados neste Estado, no
interesse da arrecadação do ITCD, zelando pela sua regularidade.

Art. 33. Presumem-se verdadeiras as informações prestadas, por meio


eletrônico ou magnético, à Secretaria de Estado de Fazenda, pelo
contribuinte ou, em seu nome, por terceiro por ele credenciado junto à
mesma, nos termos da legislação complementar.

Parágrafo único. O disposto na caput aplica-se também às informações


prestadas, por meio eletrônico ou magnético, à Secretaria de Estado de
Fazenda, por terceiros sujeitos à prestação de informação ao fisco, em
conformidade com a legislação tributária.

Art. 33-A. Presumem-se, também, verdadeiros os dados e informações


contidos nos bancos de dados da Secretaria de Estado de Fazenda, bem
como as informações constantes de documentos gerados por sistemas,
programas ou aplicativos, decorrentes de processamento eletrônico de
dados.
§ 1º As informações e documentos a que se refere o caput servirão como
prova na constituição de crédito tributário para exigência de ITCD e ou
penalidades por descumprimento de obrigação relativa ao tributo,
mediante a lavratura de Notificação/Auto de Infração ou expedição de
Aviso de Cobrança, conforme disposto em legislação específica.
§ 2º Nas hipóteses tratadas neste artigo, incumbe ao fisco promover o
saneamento das informações, mediante etapa preexistente à lavratura da
NAI ou à expedição de Aviso de Cobrança, na forma disciplinada em
legislação específica.
§ 3º Para fins do disposto neste artigo, os documentos gerados na forma
prevista no caput deverão conter a identificação da unidade fazendária
responsável por sua emissão, dispensada a aposição de assinatura ou de
chancela mecânica ou eletrônica.

@professorandrefantoni
177
CAPÍTULO XII - DA RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO

Art. 34. Além das hipóteses previstas nesta lei, fica assegurada a restituição
das quantias recolhidas indevidamente aos cofres públicos, no todo ou em
parte, àqueles que comprovarem o indébito, conforme dispuser o
regulamento.

Art. 35. No caso de aparecimento do ausente, fica assegurada a restituição


do imposto recolhido pela sucessão provisória.

Art. 36. Será também restituído o imposto recolhido, se declarado, por


decisão judicial passada em julgado, nulo o ato ou contrato respectivo.

CAPÍTULO XIII - DO PROCESSO DE PARCELAMENTO

Art. 37. Respeitado o disposto nesta Lei, bem como o limite de até 36
(trinta e seis) parcelas, os créditos tributários referentes ao ITCD,
constituídos ou não, inscritos em dívida ativa ou não, poderão ser objeto
de parcelamento, observado o disposto no regulamento desta lei e em
legislação complementar.

Parágrafo único. Enquanto não quitado, integralmente, o parcelamento


previsto no caput deste artigo, não poderão ser praticados os atos de
registro de propriedade pertinentes.

CAPÍTULO XIV - DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 38. Os créditos tributários, constituídos ou não, inscritos ou não em


dívida ativa, referentes a fatos geradores do ITCD, ocorridos até a data da
publicação desta lei, poderão ser pagos com redução de 70% (setenta por
cento) do valor dos juros de mora, da multa ou penalidades.

@professorandrefantoni
178
Parágrafo único. Ficam a Secretaria de Estado de Fazenda e a Procuradoria-
Geral do Estado autorizadas a editar os atos necessários ao cumprimento
do disposto neste artigo, no âmbito de sua competência.

@professorandrefantoni
179
LEI Nº 8.797, DE 08 DE JANEIRO DE 2008.

Consolidada até a Lei 11.3292021.

Dispõe sobre a regulamentação do Processo


Administrativo Tributário - PAT, previsto no
Parágrafo único do Art. 39 da Lei nº 7.098, de
30 de dezembro de 1998 e dá outras
providências.

TÍTULO I
Das Normas Gerais do Processo Administrativo Tributário

CAPÍTULO I
Dos Princípios

Art. 2º O PAT obedecerá, entre outros requisitos de validade, aos


princípios da legalidade, finalidade, impessoalidade, motivação,
moralidade, interesse público, publicidade, informalidade, economia e
celeridade, assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e
recursos a ele inerentes, respeitadas as disposições do Código Tributário
Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966).

Seção III
Dos Impedimentos e da Suspeição

Art. 8º O integrante do Grupo TAF está impedido de exercer atividade de


fiscalização, diligência ou perícia junto ao sujeito passivo:
I - em relação ao qual tenha interesse econômico ou financeiro;
II - de quem seja cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, até o 3º
(terceiro) grau, inclusive;
III - de cujo titular, sócio, acionista majoritário ou dirigente seja cônjuge ou
parente, consangüíneo ou afim, até o 3º (terceiro) grau, inclusive.

Parágrafo único. Sobrevindo impedimento, suspeição ou impossibilidade

@professorandrefantoni
180
de o integrante do Grupo TAF autuante atuar no procedimento fiscal ou no
PAT, será designado outro servidor do mesmo cargo em sua substituição.

Art. 10 A autoridade julgadora poderá declarar a sua suspeição por motivo


de foro íntimo.

Parágrafo único. A declaração de suspeição é ato unilateral e, uma vez


declarada, implicará a redistribuição do processo a outro julgador.

Art. 11 Ocorrendo impedimento ou suspeição e já distribuído o processo,


a autoridade fará consignar no mesmo a exceção, informando, no caso de
impedimento, a sua justificativa.

Art. 12 Constatado o impedimento ou a suspeição, o processo será


redistribuído a outra autoridade, distribuindo-se, porém, àquela impedida,
ou sob suspeição, novo processo como compensação.

Art. 13 O impedimento será declarado de ofício ou poderá ser argüido por


qualquer interessado, sendo decidido antes de proferido o respectivo
julgamento.

Parágrafo único. Na argüição de impedimento, compete ao interessado


fundamentar a sua alegação e comprovar as circunstâncias de fato que
constituam a sua causa.

Art. 15 Aos Procuradores do Estado em atuação junto ao Conselho de


Contribuintes-Pleno, aplicam-se as hipóteses de impedimento e suspeição
de que trata esta seção, observadas, ainda, as disposições dos Artigos 56 e
59 da Lei Complementar nº 81, de 28 de dezembro de 2000.

Dos Prazos
Art. 20 Os prazos fluem a partir da data da ciência e são contados em dias
úteis, excluindo-se na sua contagem o dia de início e incluindo-se o do
vencimento. (Nova redação dada pela Lei 11.286/21)

@professorandrefantoni
181
§ 1º A contagem dos prazos somente se inicia ou se encerra em dia de
expediente normal no órgão em que tramita o processo ou deva ser
praticado o ato.

§ 2º Quando outro prazo não lhe for expressamente assinalado, o sujeito


passivo terá 30 (trinta) dias para executar os atos que lhe forem solicitados.

§ 3º O sujeito passivo pode renunciar, de forma expressa, à totalidade do


prazo estabelecido exclusivamente em seu favor.

§ 4º A prática do ato, antes do término do prazo correspondente, implicará


a desistência do período remanescente.

§ 5º Vencido o prazo, preclui, independentemente de qualquer


formalidade, o direito do sujeito passivo praticar o respectivo ato.

§ 6º Todos os prazos nos processos administrativos tributários ficam


suspensos no período de 20 de dezembro a 20 de janeiro, inclusive, de
modo a garantir o período de férias à advocacia mato-
grossense. (Acrescentado pela Lei 11.286/21)

Art. 24 As incorreções, omissões ou inexatidões, não constantes nesta


seção, serão sanadas quando resultarem em prejuízo para o administrado,
salvo se este lhes houver dado causa ou quando não influírem na solução
do litígio.

Art. 27 Enquanto não for inscrito o crédito tributário em dívida ativa, a


decisão na esfera administrativa que contiver erro de fato será passível de
retificação, devendo o processo ser submetido à apreciação do respectivo
órgão de julgamento que por último proferiu a respectiva decisão.

@professorandrefantoni
182
Seção IX
Da Constituição do Crédito Tributário
Art. 29 Lavrada a NAI, será o sujeito passivo, desde logo, notificado a pagar
ou apresentar por escrito, no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da
data da ciência do lançamento de ofício.

Parágrafo único A NAI, devidamente impugnada, instaura o contencioso


administrativo tributário.

Art. 34 A constituição do crédito tributário poderá ser emitido por


processamento eletrônico de dados, nos termos estabelecidos em
regulamento ou em norma complementar.

Parágrafo único. Quando a NAI for expedida em função de cruzamento de


informações mantidas no ambiente tecnológico dos sistemas aplicativos da
Secretaria de Estado de Fazenda, fica facultada a assinatura por chancela
mecânica ou eletrônica.

TÍTULO II
Do Conselho de Contribuintes

CAPÍTULO I
Da Estrutura e do Funcionamento do Conselho de Contribuintes

Art. 35 O Conselho de Contribuintes, com sede em Cuiabá, Capital do


Estado, e atuação em todo o território mato-grossense, integra a estrutura
organizacional da Secretaria de Estado de Fazenda na forma estabelecida
em ato do Poder Executivo e tem por finalidade garantir a correta aplicação
das normas tributárias, aplicadas quando da lavratura de NAI.

Art. 36 As decisões administrativas serão monocráticas ou colegiadas,


sendo que a competência do Conselho de Contribuintes não inclui o exame
da legalidade e constitucionalidade de disposição de lei, regulamentos e
atos normativos, nem a dispensa a que título for ou extinção, supressão ou

@professorandrefantoni
183
exclusão, por equidade, de pagamento de crédito tributário. (Nova
redação dada pela Lei 9.863/12)

CAPÍTULO II
Das Câmaras de Julgamento

Art. 40 A deliberação será por turmas rotativas, cujo funcionamento deverá


ser integralmente digital, as quais compostas pela distribuição em número
ímpar dos conselheiros a que se referem os Arts. 44 e 47, observada na sua
composição a proporcionalidade entre os representantes da Receita
Pública e dos contribuintes, hipótese em que o relator será de carreira
diversa daquele que lavrou o respectivo crédito tributário recorrido.

CAPÍTULO III
Do Conselho de Contribuintes–Pleno

Art. 44 O Conselho de Contribuintes Pleno é composto por 12 (doze)


Conselheiros detentores dos títulos indicados nos §§ 8º e 10 deste artigo,
nomeados pelo Governador do Estado para um mandato de 02 (dois) anos,
renovável, observada a representação em número paritário entre os
representantes da Receita Pública e dos contribuintes.
§ 1º A função de conselheiro é considerada de relevante interesse público
e seu exercício, quando atribuído a servidor do Estado, tem prioridade
sobre as atividades próprias do cargo de que é ocupante.
§ 3º No modo e forma fixada em regulamento, observado o disposto no §
11 deste artigo, os representantes dos contribuintes serão indicados para
um mandato de 02 (dois) anos, mediante uma lista tríplice de titulares e
uma lista tríplice de suplentes, com 07 (sete) nomes distintos, apresentadas
pela respectiva entidade abaixo relacionada, para que sejam escolhidos 07
(sete) membros titulares e 06 (sete) membros suplentes:
I - Federação do Comércio do Estado de Mato Grosso;
II - Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso;
III - Federação da Agricultura do Estado de Mato Grosso;
IV - Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso;

@professorandrefantoni
184
V - Conselho Regional de Contabilidade do Estado de Mato Grosso;
VI - Seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil;
VII - Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de
Mato Grosso.
§ 4º A nomeação do conselheiro representante dos contribuintes
dependerá de apresentação pelo indicado de certidão negativa de débitos
para com a Fazenda Pública Estadual.

§ 5º Os pedidos de renúncia serão dirigidos ao Governador do Estado, por


intermédio do Presidente do Conselho de Contribuintes, que os
encaminhará através do Secretário de Estado de Fazenda.

§ 6º O regulamento disporá sobre as hipóteses de perda do mandato.

§ 7º A indicação de titular ou suplente do representante dos contribuintes,


prevista no § 3º deste artigo, não poderá recair em pessoa que seja
cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade
até o terceiro grau, de dirigentes da respectiva entidade indicante, bem
como, a indicação submete o indicado, em caso de investidura e posse, a
observância ao Estatuto e Código de Ética dos Servidores Públicos (Nova
redação dada pela Lei 9.863/12)

§ 8º Os representantes da Receita Pública a que se refere o caput são


membros integrantes do Grupo TAF, indicados na forma disciplinada em
regulamento e legislação complementar, detentores de formação superior
admitida na respectiva lei de carreira. (Nova redação dada pela Lei
9.863/12)

§ 9º A indicação de titular ou suplente dos representantes dos


contribuintes, prevista no § 3º deste artigo, não poderá recair em pessoa
integrante do grupo a que se refere o parágrafo precedente, integrante ou
não do quadro de servidores ativos. (Nova redação dada pela Lei
9.863/12)

@professorandrefantoni
185
§ 10 Os representantes dos contribuintes a que se refere o caput são
membros integrantes da respectiva entidade de categoria econômica ou
profissional detentores de títulos de Bacharéis em Direito, Ciências
Contábeis, Ciências Econômicas ou Administração.

§ 11 As listas a que se refere o § 3º serão apresentadas em separado,


contendo 06 (seis) nomes distintos, os quais serão considerados
exclusivamente no âmbito da respectiva indicação, vedado participar o
mesmo nome de ambas as listas. (Acrescentado pela Lei 9.863/12)

Art. 45 A substituição temporária ou definitiva de conselheiro titular


representante dos contribuintes far-se-á através da convocação de
suplente da respectiva representação, por ato administrativo do Presidente.

Art. 46 Aos conselheiros representantes da Fazenda Pública Estadual, e


representantes dos contribuintes, quando no exercício de suas funções, são
asseguradas todas as prerrogativas dos integrantes do Tribunal do Júri e o
exercício de suas funções é compatível com qualquer função, emprego ou
ocupação.

Art. 47 O Conselho de Contribuintes Pleno funcionará composto por 01


(um) presidente e pelos conselheiros indicados na forma do art. 44, sendo
06 (seis) representantes da Receita Pública Estadual e 06 (seis)
representantes dos contribuintes, reunindo-se mediante convocação da
presidência, nos termos fixados em regulamento, podendo realizar sessões
integralmente digitais, para revisar e julgar nos termos da legislação
tributária as autuações recorridas em crédito tributário original igual ou
superior a 10.000 (dez mil) Unidades Padrão Fiscal do Estado de Mato
Grosso - UPF/MT. (Nova redação dada pela Lei 11.329/2021)

§ 1º Não caberá recurso voluntário contra decisão da qual resulte exigência


de crédito tributário em montante inferior a 300 (trezentas) UPF/MT,
vigentes na data do respectivo lançamento.

@professorandrefantoni
186
§ 2º Aberta sessão, será verificada a presença de quórum mínimo para
julgamento do processo, correspondente a maioria dos conselheiros, por
representação, excluído da contagem o Conselheiro Presidente.

§ 3º A presidência do Conselho de Contribuintes Pleno a que se refere


o caput será exercida pelo titular da unidade a que se refere o art. 35 desta
Lei.

§ 4º O regulamento poderá dispor sobre a elevação do limite de alçada


recursal a que se refere o caput.

Art. 48 Compete aos conselheiros:


I - comparecer às sessões convocadas por ato administrativo do Presidente;
II - apreciar os recursos recebidos e se for o caso, efetuar relatório e voto
nos processos que lhes forem distribuídos; (Nova redação dada pela
Lei 9.064/08)

III - revisar e votar os processos que lhes forem distribuídos, devolvendo-


os à Secretaria Executiva no prazo fixado;

IV - requerer, quando for o caso, à presidência, a realização de diligências


ou perícias, necessárias ao saneamento dos autos e/ou à formação de seu
convencimento;
V - votar em todos os processos submetidos à sua apreciação, ressalvados
os casos de impedimento e suspeição;

VI - solicitar vista de processos, com adiamento de julgamento, para exame


e apresentação de voto em separado;

VII - requerer ao Pleno, por despacho, após o início do julgamento, sua


conversão em diligência, para o suprimento de falhas ou omissões
sanáveis;
VIII - declarar-se impedido ou suspeito para atuar no julgamento de
processos, ocorrendo uma das hipóteses previstas na legislação;
IX - comunicar, oficialmente, à Presidência, ausência em virtude de

@professorandrefantoni
187
afastamento por motivo de licença ou férias, na forma e prazo que dispuser
o regulamento;

X - elaborar as ementas decorrentes dos julgamentos realizados pelo Pleno,


quando incumbido dessa função;

XI - requerer parecer do Procurador do Estado quando considerá-lo


necessário para formar a convicção sobre o deslinde do processo; e
XII - praticar os demais atos inerentes às suas funções.

Art. 49 Junto ao Pleno atuam dois Procuradores do Estado, designados


pelo Procurador-Geral do Estado, por solicitação do Secretário de Estado
de Fazenda, dentre Procuradores efetivos.

§ 1º Os Procuradores do Estado não têm direito a voto;

§ 2º A ausência do Procurador do Estado não impede que o Pleno se reúna


e delibere nos processos em que tenha emitido parecer;

§ 3º No exercício de suas funções, o Procurador do Estado poderá, sempre


que entender conveniente, solicitar vista do processo durante o
julgamento, sendo obrigatória a sua devolução na primeira sessão seguinte
ao pedido;
§ 4º É facultado parecer, por escrito, nos processos administrativos
tributários;

Art. 51 O conselheiro representante dos contribuintes a que se refere o §


3º do Art. 44, ou seu suplente no exercício da função, inclusive na hipótese
de turma rotativa, instituída na forma do Art. 40, no mês subsequente ao
seguinte da respectiva entrega do seu voto referente ao processo por ele
decidido, perceberá uma gratificação por decisão do recurso fiscal, a qual
correspondente a 20% (vinte por cento) do valor do salário mínimo vigente
no mês de carga do respectivo processo, limitada ao máximo mensal de 12
(doze) salários mínimos vigentes na data do pagamento.

@professorandrefantoni
188
Parágrafo único O regulamento poderá, em substituição ao disposto
no caput deste artigo, estabelecer que os conselheiros representantes dos
contribuintes e seus suplentes a que se refere o § 3º do Art. 44, percebam
por sessão a que comparecerem a gratificação correspondente a 80%
(oitenta por cento) do valor do salário mínimo vigente no mês em que
forem completadas 10 (dez) sessões de participação no Conselho de
Contribuintes Pleno ou de participação em turma rotativa, assim instituída
na forma do Art. 40.

Art. 53 O regulamento disporá sobre as atribuições e competência do


Presidente, Vice-Presidente e Procurador do Estado, disciplinando, ainda, a
distribuição e tramitação do PAT.

TÍTULO III
Do Processo Administrativo Tributário

CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
Art. 56 Opera-se a desistência do litígio na esfera administrativa:

I – expressamente, por pedido do sujeito passivo;

II – tacitamente:
a) pelo pagamento ou pedido de parcelamento ou compensação do
crédito tributário em litígio;
b) pela propositura de ação judicial relativa à mesma matéria objeto do
processo administrativo, devendo a circunstância ser reconhecida pela
autoridade julgadora, que determinará o seu encaminhamento à
Procuradoria Fiscal;
c) pela não apresentação da impugnação tempestiva.

§ 1º Quando o contribuinte efetuar pagamento ou apresentar pedido de


parcelamento ou compensação relativo a crédito tributário objeto de

@professorandrefantoni
189
impugnação, antes do respectivo julgamento, incumbe ao servidor
responsável pelo órgão preparador comunicar o evento à Presidência do
Conselho de Contribuintes.

Art. 57 É defeso aos intervenientes no PAT empregarem expressões


injuriosas nos escritos juntados ao processo.

Art. 61 Sempre que a prova coligida ao PAT for contrária à defesa do


sujeito passivo, será assegurado a este, manifestação no prazo de 30 (trinta)
dias.
Parágrafo único O disposto no caput não se aplica em relação às
informações prestadas ou documentos juntados quando forem
decorrentes de documentos entregues ao fisco pelo próprio sujeito passivo
ou consistirem em reprodução de seus livros ou documentos fiscais ou
comerciais ou que já tenha pleno conhecimento sobre as informações ou
documentos apensados aos autos.

Art. 63 A autoridade incumbida da distribuição do PAT, determinará a


reunião de processos, a fim de que sejam examinados simultaneamente,
quando houver conveniência de manifestação ou julgamento conjunto,
desde que relativo ao mesmo sujeito passivo e tendo por objeto a mesma
matéria.

Art. 65 Do resultado do julgamento do PAT será dada ciência ao sujeito


passivo.

Art. 66 Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias, após a data da ciência da


decisão, se o sujeito passivo não efetuar o pagamento ou parcelamento ou
ainda, não apresentar pedido de revisão do julgado ao Conselho de
Contribuintes-Pleno, quando legalmente cabível, o crédito tributário
constituído será encaminhado para o órgão da Receita Pública responsável
pela gestão, cobrança, protesto e inscrição em Dívida Ativa.

@professorandrefantoni
190
CAPÍTULO III
Da Impugnação

Art. 68 A impugnação da exigência instaura o litígio e o processo


administrativo de natureza tributária previsto nesta lei, devendo ser
apresentada, por escrito, no prazo 30 (trinta) dias, tendo-se como termo
inicial à data da ciência da notificação.

Parágrafo único A impugnação tempestiva suspende a exigibilidade do


crédito tributário.

Art. 71 No caso de impugnação parcial, deverá ser cumprida a exigência


relativa à parte não litigiosa do crédito tributário, mediante o respectivo
recolhimento, admitida a celebração de acordo de parcelamento quando
previsto na legislação tributária.

§ 2º Tratando-se de matérias dependentes ou na impossibilidade de


separação das parcelas que compõem o crédito tributário, não se inicia o
prazo de prescrição para interposição da ação de cobrança, em relação às
parcelas do crédito tributário não expressamente impugnado.

§ 3º Cumprida, ou não, a exigência não impugnada, a autoridade


preparadora fará constar no processo a providência adotada, inclusive o
desmembramento da exigência de que trata o § 1º deste artigo.

CAPÍTULO IV
Das Provas

Art. 72 Excluída a produção de prova testemunhal, são admitidos os


demais meios legais de constituição de prova, bem como os moralmente
legítimos, ainda que não especificados nesta lei.

§ 2º Somente devem ser produzidas as provas pertinentes à matéria objeto


do litígio.

@professorandrefantoni
191
Art. 88 As decisões do Conselho de Contribuintes-Pleno serão tomadas,
por maioria simples de votos, de forma colegiada, sendo o voto do
Presidente qualificado para fim de desempate, entre as posições
divergentes e equilibradas.

Art. 91 Proferido o acórdão, não será permitido inovar no processo.

Parágrafo único Não se considera inovação a simples correção de erros.

TÍTULO IV
Das Disposições Finais do Processo Administrativo Tributário

Art. 92 A decisão definitiva impede que a matéria seja submetida a novo


julgamento na esfera administrativa, sendo o respectivo processo, depois
de transcorrido o prazo regulamentar para pagamento, encaminhado para
o órgão da Receita Pública encarregado da gestão, cobrança, protesto e de
inscrição em dívida ativa do crédito tributário.

Art. 94 O PAT poderá ser processado por meio eletrônico, desde a


notificação do lançamento do crédito tributário até a sua constituição
definitiva com o encaminhamento para inscrição em Dívida Ativa.

Art. 94-A Os pedidos de revisão de lançamento de crédito tributário


pertinentes ao Imposto sobre Operações relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, formalizados até 31 de dezembro
de 2019, poderão ser submetidos a deferimento sumário quando
considerados como antieconômicos, na forma, condições e critérios
definidos em regulamento, desde que não ultrapassem 80 (oitenta)
UPFs/MT, podendo ser definidos limites diferentes conforme a modalidade
de lançamento. (Acrescentado pela Lei 11.329/2021)

@professorandrefantoni
192
§ 1º Desde que respeitadas as mesmas condições, forma e limites definidos
em regulamento, o deferimento sumário de que trata este artigo também
poderá ser aplicado em relação a créditos tributários consistentes em
penalidades propostas por descumprimento de obrigação acessória
prevista na legislação do ICMS, quando não implicar recolhimento
simultâneo do imposto.

§ 2º Em relação aos créditos tributários alcançados pelo deferimento


sumário de que trata o caput deste artigo fica dispensada a aplicação do
disposto no § 3º do art. 39-A da Lei nº 7.098, de 30 de dezembro de 1998.

@professorandrefantoni
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