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ELEMENTOS DE

MÁQUINAS 2
© SENAI - PR, 2001

CÓDIGO DE CATÁLOGO : 6200

Trabalho elaborado pela Diretoria de Educação e Tecnologia


do Departamento Regional do SENAI - PR , através do
LABTEC - Laboratório de Tecnologia Educacional.

Coordenação geral Marco Antonio Areias Secco


Elaboração técnica Luiz Marcelo dos Santos

Equipe de editoração

Coordenação Lucio Suckow


Diagramação José Maria Gorosito
Ilustração José Maria Gorosito
Revisão técnica Luiz Marcelo dos Santos
Capa Ricardo Mueller de Oliveira

Referência Bibliográfica.
NIT - Núcleo de Informação Tecnológica
SENAI - DET - DR/PR

S474e SENAI - PR. DET


Elementos de máquinas 2
Curitiba, 2001,164 p

CDU - 621.81

Direitos reservados ao

SENAI — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Departamento Regional do Paraná
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Telefax: (41) 350-7101
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CEP 80530-902 — Curitiba - PR
SUMÁRIO

ELEMENTOS DE FIXAÇÃO (União por parafusos) ........................................................................................ 05

GENERALIDADES ...................................................................................................................................... 05

TIPOS DE PARAFUSOS .............................................................................................................................. 06

TIPOS DE ROSCAS .................................................................................................................................... 07

MATERIAL ................................................................................................................................................... 08

NORMALIZAÇÃO ......................................................................................................................................... 09

ESFORÇOS NOS PARAFUSOS ................................................................................................................. 09

DIMENSIONAMENTO .................................................................................................................................. 11

PARAFUSOS DE POTÊNCIA ...................................................................................................................... 41

UNIÕES SOLDADAS .................................................................................................................................. 53

ENGRENAGENS ............................................................................................................................................. 55

ENGRENAGENS – PERFIS DOS DENTES ............................................................................................... 56

ENGRENAGENS – REPRESENTAÇÕES CONVENCIONAIS .................................................................... 57

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS – NOMENCLATURA ............................................. 58

ENGRENAGEM CILÍNDRICA DE DENTES RETOS ................................................................................... 59

ENGRENAGEM CILÍNCRICA DE DENTES RETOS – ACOMPLAMENTO ................................................. 60

ENGRENAGEM CILÍNCRICA DE DENTES RETOS E CREMALHEIRA ..................................................... 61

ENGRENAGEM CILÍNDRICA HELICOIDAL – NOMENCLATURA .............................................................. 62

ENGRENAGEM CILÍNDRICA HELICOIDAL – FÓRMULAS PARA DESENHO ........................................... 63

ENGRENAGEM CILÍNDRICA HELICOIDAL – ACOPLAMENTO – DIMENSIONAMENTO .......................... 64

ENGRENAGEM CÔNICA DE DENTES RETOS – NOMENCLATURA ........................................................ 65

ENGRENAGEM CÔNICA DE DENTES RETOS – FÓRMULAS PARA DESENHO ..................................... 66

ENGRENAGENS CÔNICAS DE DENTES RETOS – TRAÇADO ............................................................... 68

ENGRENAGEM CÔNICA DE DENTES RETOS – ACOMPLAMENTO E DIMENSIONAMENTO ................. 69

ENGRENAGEM E ROSCA SEM-FIM – NOMENCLATURA ......................................................................... 70

ENGRENAGEM E ROSCA SEM-FIM – FÓRMULAS PARA DESENHO ...................................................... 71

ENGRENAGEM E ROSCA SEM-FIM – ACOPLAMENTO E DIMENSIONAMENTO ..................................... 73

FÓRMULAS PARA ENGRENAGENS DE DENTES RETOS “MÓDULO” (m) .............................................. 74

FÓRMULAS PARA ENGRENAGENS DE DENTES RETOS “DIAMETRAL PITCH” (“DP”) .......................... 75

MOTOREDUTORES REDUTORES ................................................................................................................ 80

O QUE É UM MOTOREDUTOR .................................................................................................................. 80

FORÇAS RADIAIS ....................................................................................................................................... 83

MOMENTOS DE INÉRCIA ........................................................................................................................... 83

REDUTORES COM ADAPTADORES ......................................................................................................... 84

ESCOLHA DO ACIONAMENTO .................................................................................................................. 84

TIPOS DE CARGA ....................................................................................................................................... 85

EXEMPLOS PARA TIPOS DE CARGA ......................................................................................................... 86


CORRENTES DE ROLO PARA TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA MECÂNICA ................................................. 93

DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS ......................................................................................................... 93

PRINCIPAIS DIMENSÕES .......................................................................................................................... 94

COMPOSIÇÃO ............................................................................................................................................ 94

ELO DE REDUÇÃO E ELO DE EMENDA ................................................................................................... 95

NORMAS PARA CORRENTE DE ROLO ..................................................................................................... 96

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES ........................................................................................................... 96

DADOS TÉCNICOS .................................................................................................................................... 99

LUBRIFICAÇÃO DE CORRENTES ........................................................................................................... 110

INFORMAÇÕES GERAIS PARA INSTALAÇÃO ........................................................................................... 115

RODAS DENTADAS ................................................................................................................................... 119

MANUTENÇÃO ......................................................................................................................................... 121

ELEMENTOS DE VEDAÇÃO ......................................................................................................................... 131

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 131

PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO ......................................................................................................................... 131

ANEL O’ .................................................................................................................................................... 132

ANEL V ...................................................................................................................................................... 141

ANEL RASPADOR ..................................................................................................................................... 142

ANÉIS UNIÃO PARA PARAFUSOS ............................................................................................................ 144

GAXETAS ................................................................................................................................................... 144

RETENTORES .......................................................................................................................................... 151

REGRAS BÁSICAS PARA ALOJAMENTOS E EIXOS ..................................................................................... 155

EIXOS ........................................................................................................................................................ 156

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS POLÍMEROS ..................................................................................... 157

BORRACHA ACRILO-NITRILA BUTADIENO - NBR ................................................................................. 158

BORRACHA POLICLOROPRENO – CR .................................................................................................. 158

EPDM ........................................................................................................................................................ 159

POLIURETANO – AU ................................................................................................................................ 159

SILICONE – Q ........................................................................................................................................... 159

POLIACRÍLICA - ACM ............................................................................................................................... 159

POLIETILENO – CLOROSULFONADO - CSM ......................................................................................... 160

FLUOROCARBONO – CFM e FKM ........................................................................................................... 160

ETILENO-ACRÍLICA – EA ......................................................................................................................... 160

ROTEIRO PARA ESCOLHA DO TIPO DE VEDAÇÃO ............................................................................... 161

CABOS DE AÇO ............................................................................................................................................ 164


..................................................
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO
...............................................
(União por parafusos)
..................................................
...............................................
..................................................
GENERALIDADES
...............................................
..................................................
A união por parafuso é largamente utilizada em máqui-
...............................................
nas, pelas suas características de fácil montagem e
..................................................
desmontagem, ligação satisfatória e custo reduzido.
...............................................
..................................................
Num parafuso, distinguem-se tr6es partes principais:
...............................................
..................................................
...............................................
M cabeça ..................................................
M corpo ...............................................
M rosca ..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
Alguns parafusos são também empregados para trans- ...............................................
mitir forças geralmente com uma grande multiplicação, quan- ..................................................
do são denominados “parafusos de força”. Nestes casos a ...............................................
seção da rosca é trapezoidal ou quadrada. ..................................................
...............................................
O estudo que se segue refere-se aos parafusos como ..................................................
elementos de união, mas muito do que aqui se diz, aplica-se ...............................................
também aos parafusos de força. ..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
Tipos de roscas. ..................................................

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SENAI-PR
TIPOS DE PARAFUSOS ..................................................
...............................................

De uma maneira geral os parafusos podem ser dividi- ..................................................

dos em 3 tipos: ...............................................


..................................................

M parafuso com porca ...............................................


..................................................

M parafuso prisioneiro ...............................................


..................................................

M parafuso para estojo ...............................................


..................................................

O parafuso com porca é usado quando as peças a unir ...............................................

são vazadas. Os furos devem apresentar um diâmetro maior ..................................................

que o parafuso, para facilitar a montagem, dispensar traba- ...............................................

lhos de precisão e evitar esforços suplementares. Como ori- ..................................................

entação, pode-se prever uma folga de 0,8 à 1,6 mm. ...............................................


..................................................

Já o parafuso prisioneiro é utilizado quando não se pode ...............................................

vazar uma das peças a unir. O rosqueamento da peça não ..................................................

vazada deverá ser maior que o do parafuso e com ajuste blo- ...............................................

queado para que, na desmontagem, apenas a porca seja reti- ..................................................

rada. ...............................................
Dentro dos tipos citados, os parafusos podem apresen- ..................................................
tar diversas formas, quer variando a forma da cabeça, quer ...............................................
não apresentando o corpo cilíndrico não roscado. É muito co- ..................................................
mum referir-se aos parafusos segundo o tipo de cabeça, ha- ...............................................
vendo então parafusos de cabeça quadrada, sextavada, etc. ..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
Tipos de cabeças dos parafusos.
...............................................
..................................................

6
SENAI-PR
TIPOS DE ROSCAS ..................................................
...............................................

Os parafusos de fixação são padronizados para permitir ..................................................

a intercambialidade, o que geralmente não ocorre para os pa- ...............................................

rafusos de força. ..................................................


...............................................

Geralmente, para cada diâmetro existem 3 passos dife- ..................................................

rentes, resultando as chamadas rosca grossa, rosca média e ...............................................

rosca fina. Para alguns tamanhos existe ainda a extrafina. As ..................................................

duas últimas séries são muito empregadas na indústria auto- ...............................................

mobilística e de aviões e em peças de pequenas espessuras. ..................................................


...............................................
a) Rosca métrica ou internacional
..................................................
...............................................
É adotada nos países que seguem as unidades métri-
..................................................
cas. As relações básicas do perfil são as indicadas na figura e
...............................................
pela relação:
..................................................
...............................................
H = 0,866p
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
A designação da rosca é feita pela letra “M” seguida pe-
...............................................
los números indicativos do diâmetro nominal (diâmetro exter-
..................................................
no) e do passo, em milímetros e separados pelo sinal “X”.
...............................................
..................................................
Exemplo: M10x1,25
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................

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SENAI-PR
b) Rosca Whitworth ..................................................
...............................................
É o sistema normalizado mais antigo. Adota um perfil ..................................................
trapezoidal e impõe que a cada diâmetro corresponda um nú- ...............................................
mero de filete por polegada bem definido, dentro das roscas ..................................................
grossas ou finas. ...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
Sua designação é feita pela letra “W” seguida do diâme- ...............................................
tro em polegada. ..................................................
...............................................
MATERIAL ..................................................
...............................................
Os parafusos são fabricados com ligas de ferro ou de ..................................................
cobre e, mais raramente, de outros metais. O material além ...............................................
de satisfazer às condições de resistência, deve também apre- ..................................................
sentar propriedades compatíveis com o processo de fabrica- ...............................................
ção. ..................................................
...............................................
A norma ABNT–EB168 estabelece as características me- ..................................................
cânicas de parafusos e peças roscadas similares, de qual- ...............................................
quer forma geométrica e de aço-carbono ou aço-liga. Agrupa ..................................................
os parafusos em classes de propriedades mecânicas, sendo ...............................................
que cada classe é designada por 2 números separados por ..................................................
um ponto. O primeiro número corresponde a um décimo do ...............................................
valor, em Kgf/mm2 da resistência à tração mínima exigida na ..................................................
classe; o segundo número corresponde a um décimo da rela- ...............................................
ção percentual entre a tensão de escoamento e a de resistên- ..................................................
cia à tração, sendo estes valores mínimos exigidos. ...............................................
..................................................
Exemplo: Parafuso 4.8 ...............................................
..................................................
M 4 – a resistência à tração mínima exigida é de 40 Kgf/ ...............................................
mm2 ..................................................
M 8 – a relação mínima exigida entre a tensão de esco- ...............................................
amento e a tensão de tração é de 80. ..................................................

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SENAI-PR
Resistência à tração Dureza Brinell Tensão de
Classe Kgf/mm2 HB
Escoamento Elasticidade
Min. Máx. Min. Máx.
Kgf/mm2 kgf/mm2
3.6 34 49 90 150 20 -
4.6 24 -
4.8 40 55 100 170 32 -
5.6 30 -
5.8 50 70 140 215 40 -
6.8 60 80 170 245 48 -
8.8 80 100 225 300 - 64
10.9 100 120 280 365 - 90
12.9 120 140 330 425 - 108
14.9 140 160 390 - - 126

NORMALIZAÇÃO

A título de consulta, se necessário, tem-se abaixo a normalização dos parafusos, no que


diz respeito a:

M Terminologia: ABNT TB-41

M Diâmetros e passos: ABNT NB-97

M Tolerância nas roscas: ABNT NB-97

ESFORÇOS NOS PARAFUSOS

Uma junta por parafuso deve constituir um dispositivo irreversível para que possa permi-
tir uma união permanente, cessados os esforços provocantes do aperto. Para isso é necessá-
rio que o ângulo de avanço da rosca seja menor que o ângulo de atrito (ver condição de auto-
retenção em parafusos de potência). Cuidados especiais devem ser tomados, se a carga é
pulsativa ou há possibilidade de vibrações nos mecanismos, pela tendência ao desaperto da
porca.

Para obtenção da união faz-se necessário o uso de uma chave. A força necessária para
escorregar a rosca da porca sobre a do parafuso, considerada aplicada no diâmetro médio
“dm” da rosca é:

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SENAI-PR
F + tgβ ..................................................
F= ×P (01)
1 − F .tgβ ...............................................
..................................................
para parafusos de rosca quadrada, e:
...............................................
F + cos α . × tgβ ..................................................
F= ×P (02)
cos α − F × tgβ ...............................................

para parafusos de rosca triangular ou trapezoidal ..................................................


...............................................
onde: ..................................................
...............................................
F = coeficiente de atrito ..................................................
...............................................
b = ângulo de avanço da rosca
..................................................
P = força axial atuante no parafuso
...............................................
a = semi-ângulo da rosca ..................................................
...............................................

NOTA – as expressões acima não consideram o atrito ..................................................

existente quando a porca comprimida gira escorregando so- ...............................................

bre uma das peças a unir. ..................................................


...............................................
Como as deformações de um corpo são proporcionais ..................................................
às cargas atuantes, pode-se determinar o módulo da força F, ...............................................
medindo-se as deformações sofridas pela chave; é o que se ..................................................
faz com as chaves dinamométricas (figura 2.6). O braço de- ...............................................
formado permite que se leia no mostrador, graduado conveni- ..................................................
entemente, o esforço produzido. Em muitas aplicações práti- ...............................................
cas há necessidade de que o aperto não seja menor que o ..................................................
estipulado (ver pré-carregamento de parafusos), justificando- ...............................................
se a existência de tais chaves. ..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
Chave dinamométrica. ..................................................

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SENAI-PR
Em geral, a parte roscada de um parafuso sujeito à tração ..................................................

sofre esforços complexos, sendo necessário evitar, tanto quan- ...............................................

to possível, qualquer concentração de tensão. Observe-se que ..................................................

a própria forma de rosqueamento é concentradora de tensões, ...............................................

além de produzir a ruptura das fibras do material nos parafu- ..................................................

sos usinados. Assim é regra fundamental fazer o parafuso tra- ...............................................

balhar a uma tração pura, evitando, sempre que possível car- ..................................................

gas de cisalhamento, torção e flexão. ...............................................


..................................................

Os testes demonstram que a incidência das rupturas do ...............................................

parafuso é de: ..................................................


...............................................

M 65% na primeira ou segunda rosca em contato com a ..................................................

porca; ...............................................
..................................................

M 25% no início do rosqueamento; ...............................................


..................................................

M 10% na proximidade da cabeça do parafuso. ...............................................


..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
DIMENSIONAMENTO
..................................................
...............................................
No dimensionamento de um parafuso fazem-se as se-
..................................................
guintes hipóteses simplificadoras:
...............................................
..................................................
M as cargas normais operam simetricamente, e a car-
...............................................
ga no parafuso resulta axial;
..................................................
...............................................
M A repartição da carga pela área de contato das ros-
..................................................
cas é uniforme;
...............................................
..................................................

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SENAI-PR
M A área resistente do parafuso na região roscada é a ..................................................

do núcleo; ...............................................
..................................................

M Consideram-se as tensões médias e não as máxi- ...............................................

mas localizadas. ..................................................


...............................................

Dimensionamento para carga estática de tração ..................................................


...............................................

M Diâmetro ..................................................
...............................................
2 ..................................................
F F
σ = ; σ =
A π .d1 ...............................................
4 ..................................................
...............................................
4.F
d1 = (03) ..................................................
π .σ
...............................................
..................................................
onde: ...............................................
d1 = diâmetro do núcleo do parafuso ..................................................
F = força axial ...............................................
σ =tensão admissível ..................................................
...............................................
..................................................
Nota – a tensão admissível pode ser obtida a partir da
...............................................
tensão de ruptura ou da tensão de escoamento do material do
..................................................
parafuso, considerando-se um coeficiente de segurança a ser
...............................................
escolhido pelo projetista. Como sugestão, escolheremos o co-
..................................................
eficiente de segurança a partir da tensão de ruptura e do tipo
...............................................
de montagem.
..................................................
...............................................
..................................................
Montagem Fator de segurança sobre σr
...............................................
Com aperto controlado 3 ..................................................
Aperto a mão, grandes dimensões 3 ...............................................
..................................................
Sem controle de aperto 4
...............................................
Com possibilidade de flexão 5
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................

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SENAI-PR
M Cabeça ..................................................
...............................................

A altura h da cabeça do parafuso pode ser determinada ..................................................

por cisalhamento, compressão ou flexão, já que os resultados ...............................................

assim obtidos levam as dimensões satisfatórias para os de- ..................................................

mais esforços. Desta forma, utilizando a expressão geral de ...............................................

flexão e o módulo de resistência da cabeça do parafuso, che- ..................................................

ga-se a: ...............................................
..................................................
...............................................
3 .F
h= (04) ..................................................
π .σ
...............................................
..................................................
M Porca
...............................................
Supondo-se a carga uniformemente distribuída e ..................................................
considerando-se o cisalhamento das roscas, teremos: ...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
F F
τ = ; τ = ..................................................
A π .D.H
...............................................
F ..................................................
H= (05)
π .D.τ ...............................................

onde: H = altura da porca ..................................................


...............................................
τ = tensão admissível ao cisalhamento
..................................................
...............................................
Aço Bronze ..................................................
Diâmetro do parafuso d D D
Altura da cabeça h (0,7 a 0,9) d (1,0 a 1,3) d ...............................................
Altura da porca H (0,8 a 1,0) d (1,2 a 1,5) d ..................................................
Diâmetro da cabeça * D0 2d 2d
Diâmetro da porca * D0 2d 2d ...............................................
..................................................
* Diâmetro da circunferência inscrita. ...............................................
..................................................

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SENAI-PR
Exemplo 01 – Dimensionar um parafuso da classe 5,8 ..................................................

para suportar um carregamento estático de 1350 kgf. ...............................................


..................................................

Solução: a classe 5.8 corresponde à: ...............................................


..................................................

σ = 50 à 70 Kgf/mm2 ...............................................
..................................................

σe = 40 à 56 Kgf/mm2 ...............................................
..................................................

M adotando-se ainda um coeficiente de segurança ...............................................

4,0(sem controle de aperto); têm-se pela expressão 03: ..................................................


...............................................
..................................................
4.F 4.1250
d1 = = = 10,3mm ...............................................
π .σ  60 
π  ..................................................
 4
...............................................
M adotando-se o parafuso métrico ( ver tabela ), encon- ..................................................
tra-se padronizado o M14, no qual D1 = 11.835 mm. ...............................................
..................................................
Dimensionamento para cargas transversais ...............................................
..................................................
O dimensionamento de uma junta transversal (por para- ...............................................
fusos, pinos ou rebites) provoca sempre um aperto entre as ..................................................
peças a unir, cuja intensidade depende de vários fatores, e é ...............................................
de determinação imprecisa. Os esforços tendentes a escor- ..................................................
regar as peças tem de vencer primeiramente a resistência ao ...............................................
escorregamento desenvolvido pelo aperto. Atingindo o valor ..................................................
da força de atrito, as peças tendem a escorregar, o que é evi- ...............................................
tado pelo corpo do conector que passa a ser carregado por ..................................................
cisalhamento. Porém, não é apenas a ruptura do conector que ...............................................
pode provocar a falencia da união, mas sim: ..................................................
...............................................
M cisalhamento do conector; ..................................................
...............................................
M cisalhamento da chapa (rasgamento da borda); ..................................................
...............................................
M esmagamento da chapa ou do conector; ..................................................
...............................................
M ruptura da chapa, nos intervalos entre os furos (tração ..................................................
da chapa) ...............................................
..................................................

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SENAI-PR
Possibilidades de ruptura de uma união transversal.

a) Cisalhamento do conector:

P π .d 2
τ = P =τ. .n
A 4

b) esmagamento da chapa (compressão superficial):

P
σc = P = σc ×d ×t ×n
A

c) Rompimento da chapa por tração

P
σt = P = σ t (I − nd ).t
A

Cisalhamento da chapa (rasgamento da borda) – esta possibilidade de ruptura poderá


ser desconsiderada nos cálculos da união, desde que seja obedecida as dimensões mínimas
indicadas abaixo

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SENAI-PR
Diâmetro nominal do Distância recomendada entre o centro do furo
conector e a borda da chapa (a)
13 mm 24 mm
16 28
19 32
22 38
25 44
28 51
>32 1,75 . D

Onde:

t = espessura da chapa

l = largura da chapa

n = número de conectores considerados

P = carga suportada pela união

d = diâmetro do conector

σ t = tensão de tração admissível

τ = tensão ao cisalhamento admissível

σ c = tensão de compressão admissível

NOTA – este tipo de união pode ser classificada em junta de topo ou junta sobreposta,
conforme disposição das chapas a serem unidas.

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SENAI-PR
Calcular a carga máxima (resistência da união) que a junta abaixo poderá
suportar, sendo dados:

M diâmetro dos conectores = 14 mm


M esp. Chapa externa = 5 mm
M esp. Chapa interna = 9 mm
M largura das chapas = 100 mm
M tensões: cisalhamento = 6 kgf/mm2
M tração = 10 kgf/mm2

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SENAI-PR
Tabela 1.1.
Diâmetros nominais Passo P Diâmetro Diâmetro Diâmetro Área núcleo
maior efetivo menor (teórico)
Série 1 Série 2 Série3 Normal Fino D d D2 d2 D1 d1
0,35 1.373 1.221
1.600
1.6 0,2 1.470 1.383
0,35 1.573 1.421
1.800
1.8 0,2 1.670 1.583
0,4 1.740 1.567
2.000
2 0,25 1.838 1.729
0,45 1.908 1.713
2.200
2,2 0,25 2.038 1.929
0,45 2.208 2.013
2.500
2.5 0,34 2.273 2.121
0,5 2.675 2.459
3.000
3 0,35 2.773 2.621
0,6 3.110 2.850
3.500
3.5 0,35 3.273 3.121
0,7 3.545 3.242
4.000
4 0,5 3.675 3.459
0,75 4.013 3.688
4.500
4.5 0,5 4.175 3.959
0,8 4.480 4.134
5.000
5 0,5 4.675 4.459
5.5 0,5 5.500 5.175 4.959
1 5.350 4.917
6.000
6 0,75 5.513 5.188
1 6.350 5.917
7.000
7 0,75 6.513 6.188
1,25 7.188 6.647 35
8 1 8.000 7.350 6.917 38
0,75 7.513 7.188 41
1,25 8.188 7.647 46
9 1 9.000 8.350 7.917 49
0,75 8.513 8.188 53
1,5 9.026 8.376 55
1,25 9.188 8.647 59
10 10.000
1 9.350 8.917 62
0,75 9.513 9.188 66

18
SENAI-PR
1,5 10.026 9.376 69
11 1 11.000 10.350 9.917 77
0,75 10.513 10.188 81
1,75 10.863 10.106 80
1,5 12.000 11.026 10.376 89
12
1,25 11.188 10.647 89
1 11.350 10.197 94
2 12.701 11.835 110
1,5 14.000 13.026 12.376 120
14
1,25 13.188 12.647 126
1 13.350 12.917 131
1,5 14.026 13.376 140
15 15.000
1 14.350 13.917 152
2 14.701 13.835 150
16 1,5 16.000 15.026 14.376 162
1 15.350 14.917 175
1,5 16.026 15.376 186
17 17.000
1 16.350 15.917 199
2,5 16.376 15.924 184
18 2 16.701 15.835 197
18.000
1,5 17.026 16.376 211
1 17.350 16.917 225
2,5 18.376 17.294 235
2 18.701 17.835 250
20 20.000
1,5 19.026 18.376 265
1 19.350 18.917 281
2,5 20.376 19.294 292
2 20.701 19.835 309
22 22.000
1,5 20.026 20.376 326
1 21.350 20.917 343
3 22.051 20.752 338
24 2 22.701 21.835 374
24.000
1,5 23.026 22.376 393
1 23.350 22.917 412
2 23.701 22.835 409
25 1,5 25.000 24.026 23.376 429
1 24.350 23.917 449
3 25.051 23.752 443
2 25.701 24.835 484
27 27.000
1,5 26.026 25.376 506
1 26.350 25.917 527

Dimensionamento para esforços


dinâmicos (problemas de fadiga)

Quando os esforços externos atuantes numa junta por


parafusos variam de intensidade, adota-se, geralmente, uma
montagem com carga inicial (pré-carregamento dos parafusos).

Suponha uma união que seja suficientemente resistente


para suportar as cargas externas de tração e de cisalhamento,
ou a combinação destas. Tal união está ilustrada abaixo, na
qual o parafuso primeiramente é apertado para produzir uma
força inicial de tração “Fi” (pré-carregamento), após a qual são

19
SENAI-PR
aplicadas a carga externa de tração “P” e a carga externa de ..................................................

cisalhamento “Fs”. ...............................................


..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................

Junta aparafusada resistente a carga de tração e cisalhamento ..................................................


...............................................

O efeito do pré-carregamento é dar às partes em ..................................................

compressão melhor resistência à carga de tração externa e ...............................................

aumentar o atrito entre as peças, para resistirem melhor a carga ..................................................

de cisalhamento ( a qual poderá ser desprezada no estudo do ...............................................

efeito final de tração sobre o parafuso). ..................................................


...............................................

a) O significado do pré-carregamento sobre os ..................................................

parafusos ...............................................
..................................................

Consideremos, para fixar idéias, um parafuso que une ...............................................

os flanges de 2 tubos, no interior do qual atual uma pressão ..................................................

“p” (figura a seguir). ...............................................


..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................

União de uma tubulação por parafusos. ...............................................


..................................................

20
SENAI-PR
Seja “L” a espessura total do flange, que corresponde à ..................................................

distância entre cabeça e arruela no parafuso. Por meio de uma ...............................................

chave apertemos o parafuso, que, sendo tracionado por uma ..................................................

força “Fi”, se alonga de um valor δp. ...............................................


..................................................
Fi.L Fi
δp = = (06) ...............................................
Sp.Ep Kp
..................................................
Os flanges ficam comprimidos, pela mesma força “Fi” e ...............................................
se alongam de uma valor δc. ..................................................
...............................................
Fi.L Fi
δc = = (07) ..................................................
Sc.Ec Kc
...............................................
..................................................
Onde: ...............................................
Fi = força inicial de montagem (pre-carregamento sobre ..................................................
...............................................
o parafuso);
..................................................
Sp = área do parafuso; ...............................................
Sc = área das peças; ..................................................
...............................................
L = espessura total dos flanges;
..................................................
Ep = Módulo de elasticidade do parafuso; ...............................................
Ec = módulo de elasticidade das peças; ..................................................
...............................................
Kp = constante de rigidez do parafuso;
..................................................
Kc = constante de rigidez das peças. ...............................................
..................................................
Repare que normalmente δp ≠ δc ...............................................
.
..................................................
Por exemplo, se o parafuso tiver pequeno diâmetro, ...............................................
grande comprimento e for de material dúctil e o tubo de material ..................................................
resistente e frágil, teremos: δp >>> δc. ...............................................
..................................................
Suponhamos, agora, que se aplica na tubulação uma ...............................................
pressão interna “p”, causando uma força “Fp” que tende a ..................................................
separar os flanges e tracionar o parafuso. O parafuso ...............................................
recebendo uma força aditiva, se alonga de uma quantidade. ..................................................
Os flanges se dilatam da mesma quantidade. Desta forma: ...............................................

M atuará sobre os flanges uma força menor: Fi – F2 ..................................................


...............................................
M atuará sobre o parafuso uma força maior: Fi + F1 ..................................................

21
SENAI-PR
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
Deformações atuantes sobre a junta. ..................................................
...............................................
Representando a situação anterior por meio de gráficos ..................................................
teremos: ...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
Gráficos Força x Deformação.
...............................................
..................................................
Os dois gráficos acima, podem ainda ser reunidos em
...............................................
um só, com economia de espaço e melhor visualização do
..................................................
fenômeno.
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
Gráfico “Força x Deformação” associado.
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................

22
SENAI-PR
Dos triângulos semelhantes, do gráfico Força x ..................................................

Deformação, obtemos: ...............................................


..................................................
F1 F1 F2 F1
= e = ...............................................
δ δp δ δc
..................................................

 1 1  ...............................................
donde: F1 + F2 = F p = δ .Fi  + 
δ 
 p δc 
..................................................
...............................................

F p  δ p .δ c  ..................................................
logo: δ =  
F1  δ p + δ c 

...............................................
..................................................
F p .δ c
e Fmax = Fi + F1 = Fi + ...............................................
δ p +δc ..................................................
...............................................
A equação mostra que para obtermos valores
..................................................
reduzidos de Fmax., devemos ter δp grande e δc pequeno, ou
...............................................
seja: parafuso dúctil e flange rígido.
..................................................
...............................................
a) Determinação das constante s de rigidez (ou ..................................................
constantes de mola) “Kp” e “Kc”. ...............................................
..................................................
Os valores de “Kp” e “Kc”. são funções das dimensões ...............................................
do parafuso e dos corpos a unir e podem ser definidos pela ..................................................
razão entre a força aplicada à peça e a deformação que a ...............................................
força produz na mesma. ..................................................
...............................................
δ
Logo: K= ..................................................
P
...............................................

M Determinação de “Kp” – no cálculo da rigidez de um ..................................................

parafuso pode-se considerar a deformação do mesmo, ...............................................

como sendo a deformação sofrida por uma barra ..................................................

submetida à tração, ou seja: ...............................................


..................................................

P.L S .E ...............................................
δ = K=
S .E L ..................................................
...............................................
S p .E p πd 2 .E p
Logo: Kp = = ..................................................
L 4.L
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................

23
SENAI-PR
M Determinação de “Kc”- a rigidez das peças é de difícil ..................................................

obtenção, pois normalmente a geometria da mesma ...............................................

é tal, que a sua área não pode ser calculada com ..................................................

facilidade. Nestes casos, pode-se usar uma ...............................................

aproximação segura, considerando-se as peças a unir ..................................................

como um cilindro ôco, cujo diâmetro do furo seja o ...............................................

mesmo do parafuso e o diâmetro externo seja 3 vezes ..................................................

o diâmetro do parafuso, logo: ...............................................


..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
(11) ..................................................
 q πd 2
πd  2
 −  ...............................................
S c . Ec  4 4  2πd 2 .Ec
Kc = = Kc = ..................................................
L L L
...............................................
onde: d = diâmetro externo do parafuso ..................................................
...............................................
Nota – quando os módulos de elasticidade são iguais ..................................................
entre si, ou seja, parafuso e peças apresentam o mesmo ...............................................
material (Ep = Ec), podemos escrever: ..................................................
...............................................
K c = 8K p
..................................................

c) Cargas resultantes – escrevendo-se as fórmulas finais ...............................................

(carga sobre o parafuso e carga sobre as peças) em função ..................................................

das constantes de rigidez, teremos: ...............................................


..................................................
...............................................
K p .P
Fp = + Fi (12) ..................................................
K p +Kc
...............................................
..................................................
K c .P (13)
Fc = − Fi ...............................................
K p + Kc ..................................................

d) Pré-carregamento (Fi) ...............................................


..................................................

As recomendações incluídas aqui para pré- ...............................................

carregamento aplicam-se somente a uniões que utilizam ..................................................

parafusos de material de alta qualidade, como SAE 3 ou ...............................................


..................................................

24
SENAI-PR
melhor. Neste caso, se as cargas forem estáticas, o pré- ..................................................

carregamento mínimo deve ser de 90% da carga de prova do ...............................................

parafuso. Assim, se o parafuso não falhar durante o aperto, ..................................................

haverá uma boa chance de nunca falhar. ...............................................


..................................................

Matematicamente: Fi = 0,9 x Rp x Sp ...............................................


..................................................

Rp = resistência de prova (tabela ). ...............................................


..................................................
Classe SAE Diâmetro nominal Resistência de prova ...............................................
(mm) (Kgf/mm2)
1 6 à 38 23,2 ..................................................
6 à 12 38,7 ...............................................
2 12 à 20 36,5
20 à 38 19,7 ..................................................

3 6 à 12 59,8 ...............................................
12 à 16 56,2
6 à 20 59,8 ..................................................
5 20 à 25 54,8 ...............................................
25 à 38 52,0
..................................................
7 6 à 38 73,8
8 6 à 38 84,4 ...............................................
..................................................
c) Montagem – Torque
...............................................
Como já é do nosso conhecimento que um pré-
..................................................
carregamento elevado é desejável em uniões importantes,
...............................................
devem-se agora considerar os meios de assegurar que o pré-
..................................................
carregamento se processe por ocasião de montagem das
...............................................
peças.
..................................................
...............................................
Métodos:
..................................................
...............................................
M pelo alongamento do parafuso
..................................................
...............................................
M chave com torquimento
..................................................
...............................................
M chave pneumática
..................................................
...............................................
M controle de giro da porca
..................................................
...............................................
Trabalhando-se com diversas expressões e fazendo-se
..................................................
uma série de simplificações (que fogem ao nosso objetivo),
...............................................
pode-se chegar à:
..................................................
...............................................
T = 0,2 x Fi x d (15)
..................................................

25
SENAI-PR
a) Determinar para uma carga de 6000 Kgf, o diâmetro, a altura de cabeça e a
porca para um parafuso de aço da classe 5.8. Considerar sem controle de aperto
e fazer a comparação dos valores calculados com as relações padronizadas.

Dados: tensão admissível cisalhamento = 50 Kgf/mm2

................................................................................................................................................................................

..................................................................................................................................................................................

b) Uma tampa de um recipiente, fixada por 10 parafusos M20 classe 3.6,


trabalha sob uma pressão de 15 atm e tem um diâmetro interno de 50 cm.
Determinar a tensão atuante em cada parafuso.

..........................................................................................................................
...........................................................................................................................

c) Dimensionar os 4 parafuso mancal A, para suportar uma carga de 10 tf.


Considerar um coeficiente de segurança de 2,8 e a tensão de ruptura = 60 Kgf/
mm 2.

..................................................................................................................................
...............................................................................................................................
..........................................................................................................................

26
SENAI-PR
d) As dimensões da união com junta para o vaso de pressão mostrado
na figura são: A= 120mm, B= 200mm, C= 24mm, D= 4mm e E= 250mm. Pode-
se obter uma vedação à prova de vazamento quando a pressão média na junta
for de pelo menos 15 Mpa.

Considerando que haja controle no aperto dos parafusos, determinar o


número de parafusos de 12 mm e 16 mm, classe 8.8 para desenvolver a pressão
requerida na junta.

..........................................................................................................................
.............................................................................................................................
.........................................................................................................................

27
SENAI-PR
e) Calcular a carga máxima admissível que a união abaixo poderá suportar,
considerando o cisalhamento e a compreensão superficial e sabendo-se que o
diâmetro do parafuso é 1”.

Dados:

tensão adm. Cisalhamento = 8Kgf/mm2

tensão adm. Compreensão = 28 Kgf/mm2

.............................................................................................................................................................

............................................................................................................................................................

.............................................................................................................................................................

28
SENAI-PR
f) Calcular o diâmetro dos parafusos da associação da figura, considerando
as condições de segurança.

Dados:

1 = 16 cm

tensão adm. cisalhamento = 800 Kgf/cm2

tensão adm. tração = 1400 Kgf/cm2

Tensão adm. compreensão = 2800 Kgf/cm2

Considerar 2 fileiras com 2 parafusos cada

...........................................................................................................................
...........................................................................................................................
..........................................................................................................................

29
SENAI-PR
g) Numa junta rebitada de topo e composta de 10 rebites de cada lado, da
seguinte forma:

M Primeira fileira: 3 rebites

M Segunda fileira: 4 rebites

M Terceira fileira: 3 rebites

Sendo dados:

espessura das chapas = ½”


espessura dos cobre-junta = ¼”
tensões adm.: - tração = 14 kgf/mm2

M compressão = 28 Kgf/mm2
M cisalhamento = 9 Kgf/mm2

largura das chapas = 5”


diâmetro dos rebites = 3/8”

Calcular:
M a resistência da junta
M a eficiência da junta

..........................................................................................................................
...........................................................................................................................
..............................................................................................................................
..........................................................................................................................
............................................................................................................................

30
SENAI-PR
h) Verificar as tensões na associação da figura

Dados: d = 10 mm; F = 6000 Kgf; l = 100mm; t = 6 mm (interna); t = 4 mm


(externa).

..............................................................................................................................
..............................................................................................................................
..............................................................................................................................
..............................................................................................................................

31
SENAI-PR
i) Calcular a carga máxima axial que um parafuso de aço da classe 6.8 po-
derá suportar, considerando controle de aperto e possibilidade de flexão (M15 x
1,5).

.....................................................................................................................................
......................................................................................................................................
...................................................................................................................................

j) Calcular o nº de rebites da associação de uma estrutura constituída de 2


cantoneiras de abas iguais conforme figura:

Dados:
D = 17 mm
Tensão adm. compressão = 28 Kgf/mm2
Tensão adm. cisalhamento = 10,5 Kgf/mm2
Desprezar a possibilidade de tração na chapa

............................................................................................................................
.............................................................................................................................
................................................................................................................................
............................................................................................................................

32
SENAI-PR
Respostas:

a) M25 x 2; h = 19,55 mm; H = 15,28 mm

b) Tensão atuante = 12,54 Kgf/mm2

c) M12 x 1,5 ou M14 x 2

d) 8 parafusos e 4 parafusos

e) 8107,3 Kgf

f) 3,73 cm (com alteração de dimensão da chapa)

g) a) 12826 Kgf; b) 56,8%

h) todas as tensões verificam (são menores que as

tensões admissíveis)

i) 1967,3 Kgf

j) n = 4 rebites.

EXERCÍCIO “d” RESOLVIDO

F F
p= ∴15.10 6 =
A π .0,12 2

F = 169646N ÷ 9,8 = 17310,82Kgf

Tab. 2.1 - M12 – dI = 10,106 mm

- M16 – dI = 13,834 mm

Classe 8.8. – 90 Kgf/mm2

σ rupt 90
σ = = = 30kgf / mm 2
C.S . 3

4F
dI =
π .σ

4F
- 10,106 2 = ∴ F = 2406,4 Kgf → n = 8 parafusos
π .30

4F
- 13,835 2 = ∴ F = 4509,93Kgf → n = 4 parafusos
π .30

33
SENAI-PR
a) A tampa de um recipiente de ferro fundido é fixa, conforme a figura
abaixo, por um conjunto de 10 parafusos M10 – 5.8 com aperto inicial de 2500
Kgf, quando a pressão interna é a atmosférica. Pretende-se saber qual será a
força em cada parafuso quando a pressão interna aumenta para 14 atmosferas.

Dados:

Eaço = 2,1E6 Kgf/cm2

Efer. fundido = 1,05E6 Kgf/cm2

Ezinco = 0,8E6 Kgf/cm2

.............................................................................................................................................................

................................................................................................................................................................

...............................................................................................................................................................

...............................................................................................................................................................

34
SENAI-PR
b) A tampa de um recipiente é fixa por parafusos M20 x 2 – 5.6. Supondo-se
que os parafusos resistam à força de tração a que estiverem sujeitos quando em
carga máxima, determinar:

M o menor nº de parafusos para que não haja vazamento na junta,


considerando uma pressão no vaso de 15 Kgf/cm2.

M As correntes de mola de parafuso e das peças

Dados: parafusos e peças de aço (E = 2,1E6 Kgf/cm2).

............................................................................................................................
..........................................................................................................................
.............................................................................................................................
...........................................................................................................................

35
SENAI-PR
c) Um parafuso de aço une 2 corpos também de aço, como representado. A
força inicial de montagem é de 2000 Kgf; atuando uma força externa de 1000 Kgf,
determinar:

M a força do parafuso;

M a força de compressão dos corpos.

..........................................................................................................................
...........................................................................................................................
...........................................................................................................................
...........................................................................................................................

36
SENAI-PR
d) Um parafuso une 2 corpos como representado na figura. Os corpos e
parafusos são e mesmo material e das mesmas áreas nas secções retas. O con-
junto foi comprimido com uma força inicial de montagem de 1000 Kgf. Determinar:

M a força externa necessária para produzir a separação dos corpos;

M se atuar a força externa de 500 Kgf, quais serão as forças no parafuso e


de compressão dos corpos?

..........................................................................................................................
...........................................................................................................................
..............................................................................................................................
..............................................................................................................................

37
SENAI-PR
e) Se no conjunto anterior atua uma força externa de 4000 Kgf, sendo a rela-
ção Kp/Kc = 1.3, qual a força atuante no parafuso?

...........................................................................................................................
............................................................................................................................
...........................................................................................................................
...........................................................................................................................

f) Calcular o torque de montagem para um parafuso M12, classe 3.

...........................................................................................................................
...........................................................................................................................
...........................................................................................................................
...........................................................................................................................

g) Numa união parafusada, carregada à tração, utilizando-se parafuso M16


classe 3, é dado uma pré-carga de 44,5KN. Determine as constantes de rigidez, a
carga de prova e verifique se o pré-carregamento adotado é o ideal.

Dados:

Ep = 207.103 Mpa

Ec = 82,68.103 Mpa

L = 38,1 mm

...........................................................................................................................
...........................................................................................................................
............................................................................................................................
...........................................................................................................................

38
SENAI-PR
São conhecidos:

M parafusos: material – aço ABNT 1045 laminado a frio


número – 4
diâmetro – M25
M buchas espaçadoras: material – bronze
diâmetros – D = 34 mm, d = 27 mm
M força por parafuso: externa – 15 tf
aperto sob carga – 0,5 tf
A montagem é com aperto controlado. Determinar:
M a força inicial de aperto
M a tensão atuante no parafuso
M o fator de segurança

......................................................................................................................
........................................................................................................................
........................................................................................................................
.........................................................................................................................
........................................................................................................................

39
SENAI-PR
Respostas:

a) Fp = 2860,85 Kgf

b) – 7 parafusos

Kp = 1,1.106 Kgf/cm; Kc = 8,8.106 Kgf/cm

c) Fp = 2111,2 Kgf; Fc = -1111,2 Kgf

d) P = 2000 Kgf; Fp = 1250 Kgf, Fc = 750 Kgf.

e) Fp = P = 4000 Kgf

a) T = 1460,86 Kgf.cm

b) Kp = 1,09.109 N/m; Kc = 3,49.109 N/m

c) Fi = 12,65 tf

EXERCÍCIO “e” RESOLVIDO

Kp 1
= ∴ K c = 3K p
Kc 3
K p .P K p .P 4000
Fp = + Fi = + Fi = + 1000
K p + Kc 4.K p 4
F p = 2000 Kgf
F p < P → os corpos já estão separados
→ C arg a sobre o parafuso = 4000 Kgf , neste caso a ~ Eq.12 não é válida.

40
SENAI-PR
PARAFUSOS DE POTÊNCIA ..................................................
...............................................
..................................................
Definição
...............................................
..................................................
Também conhecidos por parafusos de acionamento, os
...............................................
parafusos de potência destinam-se a exercer uma força com
..................................................
vantagem mecânica. Podem ser definidos também como com-
...............................................
ponentes usados em máquinas para transformar o movimen-
..................................................
to angular em movimento linear e, usualmente, para transmitir
...............................................
potência, o fuso do torno, o parafuso para torno de bancada,
..................................................
os parafusos para prensas e macacos, etc.
...............................................
..................................................
A forma da rosca é algo diferente das roscas de fixação.
...............................................
As formas comuns são vistas na figura a seguir fornece os
..................................................
dados relativos a rosca quadrada e a rosca trapezoidal.
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
Roscas de parafusos de acionamento
..................................................
...............................................
Passo e Avanço
..................................................
...............................................
O passo “p” é a distância medida, de um ponto de um
..................................................
filete ao ponto correspondente no filete adjacente. O avanço é
...............................................
a distância axial que a rosca avança numa volta, isto é, a dis-
..................................................
tância que a porca se desloca ao longo do eixo numa volta.
...............................................
..................................................
Um parafuso de rosca simples ou única (uma entrada)
...............................................
tem um avan’;co igual aopasso; um parafuso de rosca dupla
..................................................
tem duas entradas e o avanço é duas vezes o passo; o de
...............................................
rosca tríplice tem três entradas e o avanço é três vezes o pas-
..................................................
so, e assim por diante.
...............................................
..................................................

41
SENAI-PR
Matematicamente: ..................................................

L = n . p (01) ...............................................
..................................................

Onde: ...............................................

l = avanço ..................................................

n = nº de entradas do parafuso ...............................................

p = passo ..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................

Análise de forças num parafuso ...............................................

com rosca quadrada ..................................................


...............................................

A figura a seguir mostra um parafuso de potência com ..................................................

rosca quadrada, de uma entrada com diâmetro médio dm, ...............................................

passo p e ângulo de hélice (β), carregado por uma carga axial ..................................................

de compressão P. Deseja-se encontrar uma expressão para ...............................................

o torque necessário para levantar essa carga e outra expres- ..................................................

são para abaixar a carga. ...............................................


..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
Parafuso de potência ..................................................

42
SENAI-PR
Sabe-se que suspender uma carga por um ..................................................

parafuso é o mesmo que deslocar um bloco para cima sobre ...............................................

um plano inclinado. Assim, o mais simples arranjo para uma ..................................................

análise de forças é indicado na figura a seguir, que mostra a ...............................................

linha média do desenvolvimento de uma rosca num plano. ..................................................


...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................

a) b) ...............................................

Diagrama de forças. a) para levantar carga e b) para baixar carga.


..................................................
...............................................
..................................................
Onde: ...............................................
..................................................
...............................................
P = carga aplicada sobre o parafuso;F = força para ..................................................
levantar a carga (a) e para baixar a carga (b); ...............................................
..................................................
β = ângulo da hélice da rosca (ângulo de inclinação do ...............................................
filete) ..................................................
...............................................
N = força normal, que age no sentido oposto do ..................................................
movimento; ...............................................
..................................................
µ = coeficiente de atrito; ...............................................
..................................................
µ . N = força de atrito; ...............................................
..................................................
I = avanço do parafuso; ...............................................
..................................................
Dm = diâmetro médio do parafuso. ...............................................
..................................................
...............................................
..................................................

43
SENAI-PR
a) Para elevação da carga – considerando que o sistema está em equilíbrio, podemos
escrever pelas equações da estática:

∑ FH = F − N sen β − µN cos β = 0
∑ FV = P + µN sen β − N cos β = 0

como não se está interessado na força normal N, pode-se eliminá-la do conjunto de


equações, no cálculo de F P(sen β + µ . cos β )
F=
cos β − µ . sen χ
Dividindo-se agora, o numerador e o denominador dessas equações pelo cosβ
e considerando-se que tgβ=1/(PI . dm)

 1 
P + µ
F= 
π .d m  = P(I + µ.π .d m )
 µ.I  π .d m − µI
1 −  
 π .d m 

Finalmente, notando-se que o torque é o produto da força F pelo raio médio


dm/2, pode-se escrever:

P.d m  1 + µ.π .d m 
T=   (2.1)
2  π .d m − µ .I 

onde T é o torque necessário para vencer o atrito nos filetes do parafuso e


levantar a carga.

- Para abaixamento da carga – repetindo-se o raciocínio anterior, teremos


pela estática:

∑ FH = − F − N . sen β + µ.N . cos β = 0


∑ FV = P − µ.N . sen β − N cos β = 0

eliminando-se novamente a força normal:

P(µ. cos β − sen β )


F=
cos β + µ. sen β

utilizando o artifício de dividir numerador e denominador por cosβ:

P[µ − 1 / π .d m ] P(µ.π .d m − 1)
F= =
1 + (µ.1 / π .d m ) π .d m + µ.I

E finalmente, considerando que o torque é o produto da força F pelo raio


médio Dm/2, teremos:

P.d m  µ.π .d m − 1 
T=  
2  π .d m + µ.I 

44
SENAI-PR
onde T é o torque necessário para vencer parte da força ..................................................

de atrito durante o abaixamento da carga. Pode-se desprezá- ...............................................

lo quando o avanço é suficientemente grande ou o atrito ..................................................

suficientemente pequeno, de modo que a carta baixe por si ...............................................

só, fazendo o parafuso girar sem emprego de qualquer força ..................................................

externa. Em tais casos, o torque obtido na expressão acima ...............................................

será negativo ou nulo. ..................................................


...............................................

Condição de Auto-Retenção ..................................................


...............................................

Um parafuso auto-retentor ou de autotravamento é aquele ..................................................

que necessita da aplicação de um conjugado positivo para ...............................................

baixar a carga, ou para afrouxar o parafuso, se ele foi apertado ..................................................

contra uma resistência. ...............................................


..................................................

Quando se obtém um torque positivo da equação 2.2, ...............................................

diz-se que o parafuso é auto-retentor. Assim, podemos deduzir ..................................................

a condição de auto-retenção, a partir de uma análise da ...............................................

equação: ..................................................
π .µ.d m ≥ 1 ...............................................
..................................................
dividindo-se ambos os membros dessa equação por p ...............................................
.dm e reconhecendo que tgβ = 1 / (PI dm), obtém-se: ..................................................
...............................................
µ ≥ tgβ ..................................................
...............................................
Essa relação demonstra que se pode obter a auto- ..................................................
retenção, quando o coeficiente de atrito dos filetes é igual ou ...............................................
maior que a tangente do ângulo da hélice da rosca. ..................................................
...............................................
Eficiência (rendimento) dos parafusos ..................................................
de potência de rosca quadrada ...............................................
..................................................
Normalmente, no projeto de parafusos, o objetivo é obter- ...............................................
se uma grande vantagem mecânica, e como a potência ..................................................
transmitida é normalmente, pequena, a eficiência é ...............................................
relativamente sem importância. A eficiência de um parafuso ..................................................
seria 100% se não houvesse atrito nenhum. ...............................................
..................................................
Logo, para avaliação dos parafusos de potência, torna- ...............................................
se útil estabelecer uma expressão para o rendimento do ..................................................

45
SENAI-PR
mesmo. Considerando-se que o coeficiente de atrito seja nulo, ..................................................

na equação 2.1, obtém-se: ...............................................


..................................................

P.d m  I + o  P.I ...............................................


T=   ∴To =
2  π .d m − o  2π ..................................................
...............................................
o qual, considerando-se que o atrito foi eliminado, é o ..................................................
torque necessário somente para levantar a carga. Portanto, a ...............................................
eficiência pode ser definida por: ..................................................
...............................................
To P.I ..................................................
e= =
T 2π .T ...............................................
Parafuso de Potência com mancal de escora ..................................................
...............................................
Em aplicações de parafusos de potência, usualmente, ..................................................
aparece um terceiro elemento, que altera o torque necessário. ...............................................
Quando o parafuso é carregado axialmente, emprega-se um ..................................................
mancal de escora ou colar entre as peças girantes e as ...............................................
estacionárias, a fim de eliminar-se a componente axial. A figura ..................................................
a seguir, mostra um mancal de escora típico, no qual se ...............................................
considera a carga concentrada no diâmetro médio dc do colar. ..................................................
Chamado de µc o coeficiente de atrito do colar, o torque ...............................................
necessário requerido é: ..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
P.µ c .d c ..................................................
Tc =
2 ...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................

46
SENAI-PR
a) Um parafuso de potência de rosca quadrada de 2 entradas, que tem 24
mm de diâmetro externo, deve ser usado com um mancal de escora. Os dados
são: passo = 6 mm; µ = µc = 0,08; dc = 30 mm e P = 6650 N. calcular:

M a profundidade da rosca, a largura do filete, o diâmetro médio, o maior e o


menor diâmetro e o avanço do parafuso.

M O torque necessário para girar o parafuso contra a carga.

M O torque necessário para girar o parafuso a favor da carga (baixas a carga).

M A eficiência total do parafuso.

..........................................................................................................................
.............................................................................................................................
............................................................................................................................
................................................................................................................................
..............................................................................................................................

47
SENAI-PR
b) Um parafuso de potência de 20 mm tem um filete simples de rosca qua-
drada com passo de 4 mm e é usado em uma prensa. Cada parafuso é submetido
a uma carga de 5 KN. Os coeficientes de atrito são 0,075, para os filetes de rosca,
e 0,095 para o colar. O diâmetro de atrito do colar é 30 mm. Calcular.

M a profundidade e largura do filete, os diâmetros médio e de raiz e o avanço.

M O torque necessário para baixar e levantar a carga.

M A eficiência total.

...........................................................................................................................
.............................................................................................................................
..............................................................................................................................
................................................................................................................................
.............................................................................................................................

48
SENAI-PR
c) Um determinado prendedor (grampo), usa um parafuso com rosca qua-
drada, de 10 mm, com passo de 2 mm. Os coeficientes de atrito são 0,15 para os
filetes e para o colar. O colar tem um diâmetro de atrito de 15 mm. A capacidade
máxima do prendedor deve ser de 600 N.

M Qual o torque necessário para apertar o prendedor até sua capacidade


máxima?

M Qual a eficiência do parafuso?

...........................................................................................................................
...........................................................................................................................
...........................................................................................................................
...........................................................................................................................

49
SENAI-PR
d) Determinar a potência necessária para acionar um parafuso de potência
com rosca quadrada, de 40 mm de diâmetro e passo de 6,5 mm. O parafuso é de
dupla entrada e a carga é de 10 KN. A porca deve mover-se com uma velocidade
de 2,5 rad/s. Os coeficientes de atrito são 0,10 para os filetes e para o colar. O
diâmetro de atrito do colar é de 75 mm

...........................................................................................................................
...........................................................................................................................
..........................................................................................................................
............................................................................................................................

e) Um parafuso de potência de rosca quadrada simples deve levantar uma


carga de 70 KN. O diâmetro maior do parafuso é 36 mm e o passo é de 6 mm. Os
coeficientes de atrito são de 0,13 para os filetes e0,10 para o colar. O diâmetro de
atrito do colar é 90 mm e o parafuso deve girar a uma velocidade de 1 rot/s. Deter-
minar:

M A potência dada ao parafuso

M A eficiência.

............................................................................................................................
...........................................................................................................................
............................................................................................................................
...........................................................................................................................

50
SENAI-PR
f) O parafuso abaixo ilustrado deve suspender uma carga “Q” de 6000 Kgf, a
uma velocidade mínima de 1 m/min. Sabendo-se que o parafuso apresenta um
diâmetro médio de 27 mm, passo = 6 mm e 1 entrada, pede-se determinar:

M O diâmetro da engrenagem que deve ser acoplada ao parafuso, sendo que


o motor apresenta 600 rpm e uma engrenagem motora de 80 mm.
M A potência necessária para o acionamento, sabendo-se que 1-% são

consumidos na transmissão por engrenagens;


M A eficiência do parafuso;
M A velocidade tangencial do parafuso.

...............................................................................................................................
...................................................................................................................................
..................................................................................................................................................
.................................................................................................................................

51
SENAI-PR
..................................................
EXERCÍCIO RESOLVIDO “c”
...............................................

P.d m  1 + µ .π .d m  P.µ c .d c ..................................................


-T =   +
2  π .d m − µ . I  2 ...............................................
..................................................
600 × 9  2 + π .0,15.9  600.0,15.15 ...............................................
T =   +
2  π .9 − 0,15.2  2 ..................................................
...............................................
T = 1277,4 N × mm = 1,28 N .m
..................................................

F .I 600.2 ...............................................
- e= = ≅ 15%
2π .T 2π .1277,4 ..................................................
...............................................
..................................................
RESPOSTAS
...............................................
..................................................
a) – prof. = largura = 3 mm; dm = 21 mm; I = 12 mm ...............................................
..................................................
- 26,537 N.m
...............................................
- 0,967 N.m
..................................................
- 48%. ...............................................
..................................................

b) – prof. = largura = 2 mm; dm = 18 mm; I = 4 mm. ...............................................


..................................................
- 13,54 N.m
...............................................
- 7,316 N.m
..................................................
- 23,2% ...............................................
..................................................
...............................................
c) – 1277 N.mm
..................................................
- 15%
...............................................
..................................................
d) N = 192,5 W ...............................................

- 12,5% ..................................................
...............................................
..................................................
e) – dc = 285 mm (287,99 mm)
...............................................
- N = 6,25 CV ..................................................
- 23,75% ...............................................
..................................................
- v = 0,24 m/s.
...............................................
..................................................

52
SENAI-PR
UNIÕES SOLDADAS ..................................................
...............................................

Generalidades ..................................................
...............................................

Atualmente muitas peças de formas complexas são ..................................................

construídas com elementos soldados, o que permite a ...............................................

obtenção de formas complicadas e custos relativamente ..................................................

baixos. ...............................................
..................................................

Outro fator importante é a ocorrência de defeitos de ...............................................

fundição, muitas vezes só descobertos depois de usinagens, ..................................................

o que pode resultar na perda completa da peça e do trabalho, ...............................................

e ainda, em atrasos na produção. Também na substituição de ..................................................

rebites, a solda vem sendo empregada com algumas ...............................................

vantagens: ..................................................
...............................................

M Vedamento mais perfeito (vedação) ..................................................


...............................................

M Não há enfraquecimento na região dos furos. ..................................................


...............................................

Classificação ..................................................
...............................................

Soldagem (ou solda) tem sido definida como a união ..................................................

localizada dos metais, obtida pela aplicação de calor ou de ...............................................

pressão, ou ambas simultaneamente. ..................................................


...............................................

M Solda heterogênea: ..................................................


...............................................

Fraca – liga chumbo – estanho – solda de funileiro. ..................................................


...............................................

Forte – solda latão, prata, bronze e outras ligas. ..................................................


...............................................

M Solda Autógena: ..................................................


...............................................

Solda por amolecimento: solda caldeamento forja, solda ..................................................

elétrica para resistência, solda elétrica para centelha. ...............................................


..................................................

Solda para fusão: solda aluminotérmica, solda com ...............................................

maçarico, solda com hidrogênio atomizado, solda elétrica de ..................................................

arco. ...............................................
..................................................

53
SENAI-PR
Formato de junções e de cordões de solda: ..................................................
...............................................

a) Junção de topo – utilizada nas soldagens de chapas ..................................................

e vigas contínuas. Os cordões de topo são mais ...............................................

caros, mas suportam maiores cargas estáticas ou ..................................................

dinâmicas que os cordões angulares. ...............................................


..................................................

M Chapas até 4 mm não são chanfradas para serem ...............................................

soldadas. ..................................................
...............................................

M De 5 a 15 mm são soldadas com cordões de formato “V” ..................................................


...............................................

M De 10 a 30 mm são soldadas com cordões de formato “X” ..................................................


...............................................

M Maiores que 30 mm são soldadas com cordões em ..................................................

formato “U” e duplo “U”. ...............................................


..................................................

b) Junção T – feita geralmente com cordões de solda ...............................................

angulares planos, suportando menores cargas que a ..................................................

junção de topo. ...............................................


..................................................

c) Junção angular de extremidade – suporta menores ...............................................

cargas do que a junção “T”. É comumente usada para ..................................................

união de chapas finas abaixo de 6 mm. ...............................................


..................................................

d) Junta sobreposta – podem ser executadas com um ...............................................

ou dois cordões de solda. A solda sobreposta dupla ..................................................

(2 cordões) é aplicável para condições severas , ...............................................

podendo substituir com vantagens algumas soldas de ..................................................

topo quanto ao custo, mas não quanto à qualidade. ...............................................


..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................
...............................................
..................................................

54
SENAI-PR
ENGRENAGENS

São rodas dentadas que constituem um dos mais importantes sistemas de


transmissão de rotação e potência. Esta transmissão é feita por acoplamento direto, entre
eixos paralelos, reversos e ortogonais, sem deslizamentos e ocupam um espaço reduzido.
Aumentam ou reduzem velocidades e torque (momento torçor) dos mais diversos
conjuntos mecânicos de acionamentos.

Em função das condições em que trabalham, são construídas entre outros em aço,
ferro fundido, bronze, plástico, ambartex, couro, fibra, madeira, etc.

Classificam-se de acordo com a posição dos dentes em cilíndricas com dentes retos,
cilíndricas com dentes helicoidais, cônicas com dentes retos, cônicas com dentes espirais
ou palóides, cônicas com dentes envolventes, cônicas com dentes inclinados, cônicas com
dentes ciclóides, côncava e parafuso sem-fim, cremalheira.

55
SENAI-PR
ENGRENAGENS – PERFIS DOS DENTES

56
SENAI-PR
ENGRENAGENS – REPRESENTAÇÕES CONVENCIONAIS

DETALHADA SIMPLIFICADA ESQUEMÁTICA

57
SENAI-PR
ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS – NOMENCLATURA

Z nº de dentes A Cabeça do dentes


M Módulo B Pé do dentes
dp Diâmetro primitivo d1 Diâmetro do furo
de Diâmetro externo d Diâmetro do cubo
di Diâmetro interno l1 Comprimento do cubo
P Passo l Comprimento da coroa
S=V Espessura circular θ Ângulo de pressão
h Altura do dente G Espessura da coroa

Definições:

Passo é a distância medida ao longo da circunferência primitiva, entre 2 dentes


consecutivos.

Módulo é a relação entre o passo e o número π.

58
SENAI-PR
ENGRENAGEM CILÍNDRICA DE DENTES RETOS

FÓRMULAS PARA DESENHO

Formulário
Diâmetro primitivo dp = M .z '14 0 30'−15 0
Ângulo de pressão θ 0
20 − 22 0 30'
Passo P = M .π Diâmetro de base db = dp. cosθ
Cabeça do dente a=M Comprimento do dente l = (6a 20 ).M
Pé do dente b = 1,167.M Raios para o traçado do perfil
R = f .M
r = f '.M
P P
Espessura – vão S =V = Espessura da coroa G≈
2 2
Arredondamento r1 ≈ 0,17.M

59
SENAI-PR
ODONTÓGRAFO DE GRANT
Para o traçado aproximado de perfis a envolvente
Z f f’ Z f f’ Z f f’ Z f f’
10 2,28 0,69 19 3,22 1,79 28 3,92 2,59 37 a 40 4,20
11 2,40 0,83 20 3,32 1,89 29 3,99 2,69 41 a 45 4,63
12 2,51 0,96 21 3,41 1,98 30 4,06 2,76 46 a 51 5,06
13 2,62 1,09 22 3,49 2,06 31 4,13 2,85 52 a 60 5,74
14 2,72 1,22 23 3,57 2,15 32 4,20 2,93 61 a 70 6,52
15 2,82 1,34 24 3,64 2,24 33 4,27 3,01 71 a 90 7,72
16 3,92 1,46 25 3,71 2,33 34 4,33 3,09 91 a 120 9,78
17 3,02 1,58 26 3,78 2,42 35 4,39 3,16 121 a 180 13,38
18 3,12 1,69 27 3,85 2,50 36 4,45 3,23 181 a 360 21,62

ENGRENAGEM CILÍNCRICA DE DENTES RETOS – ACOMPLAMENTO

60
SENAI-PR
ENGRENAGEM CILÍNCRICA DE DENTES RETOS E CREMALHEIRA

61
SENAI-PR
Passo axial é igual a distância ente duas hélices medida ao longo da geratriz do cilindro.
Passo frontal ou Circular (P ou Pc), é a distância entre duas hélices, medida ao longo do
circulo de interseção do cilindro com um plano normal ao eixo da roda.
Passo normal (Pn) é igual a distância entre duas hélices medida ao longo de uma hélice
ortogonal.

62
SENAI-PR
ENGRENAGEM CILÍNDRICA HELICOIDAL - FÓRMULAS PARA DESENHO

As engrenagens cilíndricas helicoidais são utilizadas para a transmissão de movimentos


com freqüência elevada de rotações, entre eixos paralelos ou entre eixos que se cruzam.
Realizam um movimento contínuo, suave, em razão de seus dentes inclinados estarem em
contato constante, o que elimina consideravelmente o ruído.

Quanto maior for a inclinação dos dentes, maior será o esforço axial no eixo dos mancais.
As engrenagens helicoidais, entre eixos paralelos devem estar: uma com os dentes inclinados
à direita e outra à esquerda; principalmente quando houver mais de uma engrenagem montada
sobre o mesmo eixo.

63
SENAI-PR
Cálculos para desenho

M .Z
Diâmetro primitivo dp =
cos β

Cabeça do dente a=M

Pé do dente b = 1,167.M

3.Mπ c
Largura da engrenagem l≡3
cos β

ENGRENAGEM CILÍNDRICA HELICOIDAL – ACOPLAMENTO – DIMENSIONAMENTO

64
SENAI-PR
ENGRENAGEM CÔNICA DE DENTES RETOS – NOMENCLATURA

Z nº de dentes γ Ângulo de inclinação dos eixos


Zi nº de dentes da roda ideal para escolha da SC Espessura cordal do dente
fresa
M Módulo δ Semi-ângulo do cone primitivo
dp Diâmetro primitivo ϕ Ângulo da cabeça do dente
de Diâmetro externo ψ Ângulo do pé do dente
h Altura do dente Φ Semi-ângulo do cone externo
a Cabeça do dente ξ Semi-ângulo do cone interno
b Pé do dente α Semi-ângulo do cone complementar
l Comprimento do dente V Distância entre o vértice do cone e a
extremidade superior dos sentes
g Geratriz primitiva E Distância entre o vértice do cone e a
extremidade inferior dos dentes
Ri Geratriz do cone complementar e Folga no pé do dente

65
SENAI-PR
ENGRENAGEM CÔNICA DE DENTES RETOS – FÓRMULAS PARA DESENHO

As engrenagens cônicas transmitem movimento de rotação entre dois eixos


concorrentes, que formam entre si ângulos retos, agudos ou obtusos.
Além das engrenagens cônicas de dentes retos, existem ainda as engrenagens com dentes
cônicos espirais, que além de transmitirem grandes esforços, diminuem o ruído da mesma
forma que as engrenagens cilíndricas helicoidais. Quando a posição dos eixos não
coincidem com um único centro, os dentes são chamados hipoidais

γ = 90
90 0 sen γ
Z1 β= tgδ 1 =
tgδ 1 = Z1
Z2 γ > 900 Z 2 / Z1 + cos γ
dp
Z2 Ri = γ = δ1 + δ 2 sen γ
tgδ 2 = 2 cos δ tgδ 2 =
Z1 Z1 / Z 2 + cos γ
Z
Zi =
cos δ

66
SENAI-PR
sen γ
tgδ 1 =
γ < 90 0
Z 2 / Z1 + cos γ
γ = δ1 + δ 2 sen γ
tgδ 2 =
Z1 / Z 2 + cos γ

Cabeça do dente A=M Pé do dente B = 1.167 . M Semi-ângulo do Φ=δ+ϕ


cone externo
Distância entre o vértice do V = (g – l) cos Φ Distância entre o vértice do cone e a E = g . cos Φ
cone e a extremidade extremidade inferior dos dentes
superior dos dentes
Diâmetro Dp = M . z Diâmetro de = dp + eαcosδ Ângulo da a
primitivo externo cabeça do dente tgζ =
g
Ângulo do pé do b Geratriz dp Comprimento do l = (8a12).M
dente tgψ = primitiva g= dente
g 2 sen δ

67
SENAI-PR
. ENGRENAGENS CÔNICAS DE DENTES RETOS – TRAÇADO

Traçado de uma Engrenagem Cônica – Dados à γ, M, Z1 e Z2.

Traçado de duas Engrenagens Cônicas Acopladas – Dados à γ, M, Z1 e Z2.

68
SENAI-PR
ENGRENAGEM CÔNICA DE DENTES RETOS – ACOMPLAMENTO
E DIMENSIONAMENTO

69
SENAI-PR
ENGRENAGEM E ROSCA SEM-FIM – NOMENCLATURA

M Módulo normal β Ângulo da hélice ou filete


Z1 nº de entradas do sem-fim θ Ângulo de pressão
Z2 nº de dentes da coroa α Ângulo do chanfro da coroa
dp Diâmetro primitivo l1 Comprimento do sem-fim
de Diâmetro externo l2 Largura da coroa
di Diâmetro interno Ri Raio interno da garganta
D Diâmetro máximo externo da coroa Re Raio externo da garganta
a Cabeça do dente I Distância entre centros
b Pé do dente Pc Passo circular ou aparente
Ph Passo da hélice Pn Passo normal
Pf Passo frontal Pa Passo axial

70
SENAI-PR
ENGRENAGEM E ROSCA SEM-FIM – FÓRMULAS PARA DESENHO

Engrenagem (Corôa)

Diâmetro primitivo M Diâmetro máximo α


dp 2 = .Z 2 externo d = dp1 + dp 2 − cos (dp1 − 2M )
cos β 2 2
Distância entre dp1 + dp 2 Ângulo do chanfro da
α = 60 0 a 90 0
centros I= coroa
2
Raio externo da dp Raio interno da dp1
garganta Re = 1 + b garganta Ri = −a
2 2
Altura da cabeça a=M Altura do pé b = 1,167.M Largura da l 2 ≅ (6a8).M
coroa

71
SENAI-PR
Sem-fim

Diâmetro primitivo M Diâmetro externo de1 = dp1 + 2a


dp1 = .Z1
sen β
Comprimento do
sem-fim l1 ≅ 2
m
(
cos β
1+ Z2 ) Diâmetro interno di1 = dp1 − 2b

Altura da cabeça a=M Altura do pé b = 1,167.M

72
SENAI-PR
ENGRENAGEM E ROSCA SEM-FIM – ACOPLAMENTO E DIMENSIONAMENTO

73
SENAI-PR
FÓRMULAS PARA ENGRENAGENS DE DENTES RETOS “MÓDULO” (m)

Para achar Símbolo Conhecendo Fórmula


O passo P
Mód m m=
π
ulo O diâmetro primitivo e o nº de dentes dp
m=
z
O diâmetro exterior e o nº de dentes de
m=
z+2
Diâ
dp O módulo e o nº de dentes dp = m.z
O diâmetro exterior e o módulo dp = de − 2m
metro primitivo
p O módulo p = m.π
Pass A espessura p = 2.s
o

Diâ
de O diâmetro primitivo e o módulo de = dp + 2m
O módulo e o nº de dentes de = m(z + 2 )
metro exterior

Diâ
dr O diâmetro primitivo e o módulo dr = dp − 2,166m

metro da raiz
z O diâmetro primitivo e o módulo dp
Núm z=
m
ero de dentes

Altu
h O módulo h = 2,166.m

ra (*)
s O passo p
Espe s=
2
ssura do dente O módulo s = 1,57.m
C O módulo e o nº total de dentes m(z1 + z 2)
Dist C=
2
ância entre os Os diâmetros primitivos dp + dp 2
C= 1
centros 2

Espe
b O módulo b = de 6 a 10m

ssura da
engrenagem

74
SENAI-PR
FÓRMULAS PARA ENGRENAGENS DE DENTES RETOS “DIAMETRAL PITCH”
(“DP”)
Para achar Símbolo Conhecendo Fórmula
Diametral Pitch “DP” π
O passo circular " DP" =
Cp
O nº de dentes e o diâmetro primitivo z
" DP" =
dp
O nº de dentes e o diâmetro exterior z+2
" DP" =
de
Passo circular Cp O diametral Picth π
Cp =
DP
O nº de dentes e o diâmetro primitivo π .dp
Cp =
z
Espessura s O passo circular Cp
s=
2
Diâmetro dp O nº de dentes e o Diametral Pitch z
primitivo dp =
" DP"
O nº de dentes e o passo circular z.Cp
dp =
π
O diâmetro exterior e o nº de dentes de.z
dp =
z+2
O diâmetro exterior e o Diametral Pitch 2
dp = de −
" DP"
Diâmetro exterior de O nº de dentes e o Diametral Pitch z+2
de =
" DP"
O diâmetro primitivo e o Diametral Pitch 2
de = dp +
" DP"
O nº de dentes e o passo circular
de =
(z + 2)Cp
π
Número de dentes z O Diametral Pitch e o diâmetro primitivo z = dp." DP"
O diâmetro primitivo e o passo circular dp.π
z=
Cp
Altura h O Diametral Pitch 2,157
h=
" DP"
O passo circular h = 0,6866".Cp
Distância entre os C Os diâmetros primitivos dp + dp 2
centros C= 1
2
O número de dentes e o “DP” z + z2
C= 1
2." DP"

Para achar Símbolo Conhecendo Fórmula


Cabeça do dente c O diâmetro primitivo e o nº de dentes dp
c=
z
O passo circular c = 0,3183.Cp
Fundo do dente f O Diametral Pitch ou o passo circular 1,157
f =
" DP"
f = 0,3714.Cp

75
SENAI-PR
a) Calcular o passo (p) de uma engrenagem módulo 2.

........................................................................................................................................
......................................................................................................................................
.......................................................................................................................................
......................................................................................................................................

b) Queremos fazer uma cremalheira módulo 3. A que distância devemos deslocar


a mesa da fresadora para abrir os vãos dos dentes?

......................................................................................................................................
........................................................................................................................................
.......................................................................................................................................
.......................................................................................................................................

c) O diâmetro externo de uma engrenagem mede 153 mm. Empregando-se o


módulo 1,5, quantos dentes serão necessários?

........................................................................................................................................
......................................................................................................................................
....................................................................................................................................
.......................................................................................................................................

d) O diâmetro externo de uma engrenagem é de 88 mm e precisamos fazer 20


dentes. Qual é o módulo?

.......................................................................................................................................
....................................................................................................................................
.......................................................................................................................................
.....................................................................................................................................

76
SENAI-PR
e) Calcular as dimensões para uma engrenagem módulo 3 com 40 dentes: m = 3;
z = 40.

......................................................................................................................................
...........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................

f) Determinar o módulo para a engrenagem que tem como único dado a espessura
do dente igual a 8,63 mm.

......................................................................................................................................
.......................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................

g) Duas engrenagens de módulo 3, uma com 25 dentes e outra com 60 dentes,


deverão ser ajustadas em uma máquina. Qual será a distância entre os centros
dos dois furos?

.........................................................................................................................................
.......................................................................................................................................
......................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
h) Os diâmetros de duas engrenagens, de módulo 3 medem, respectivamente, 75
mm e 180 mm. Qual será a distância entre os centros dos furos?

......................................................................................................................................
......................................................................................................................................
.......................................................................................................................................
......................................................................................................................................

77
SENAI-PR
i) Qual o diâmetro primitivo de uma engrenagem Diametral Pitch 10 com 30
dentes?

....................................................................................................................................
.....................................................................................................................................
....................................................................................................................................
........................................................................................................................................

j) Uma engrenagem Diametral Pitch 14 tem 40 dentes. Qual será o diâmetro


externo?

....................................................................................................................................
....................................................................................................................................
....................................................................................................................................
....................................................................................................................................

k) Qual é a altura dos dentes de uma engrenagem “DP” 16?

....................................................................................................................................
....................................................................................................................................
.......................................................................................................................................
....................................................................................................................................

l) Uma engrenagem tem um passo igual a 16 mm. Qual será a altura dos dentes?

....................................................................................................................................
....................................................................................................................................
....................................................................................................................................
....................................................................................................................................

78
SENAI-PR
m) O diâmetro primitivo de uma engrenagem de 40 dentes é de 2”..Qual é o “DP”?

....................................................................................................................................
......................................................................................................................................
....................................................................................................................................
...................................................................................................................................

n) O diâmetro externo de uma engrenagem de 40 dentes mede 16,8”. Qual é o


Diametral Pitch?

.....................................................................................................................................
.....................................................................................................................................
...................................................................................................................................
.....................................................................................................................................
o) Qual é a distância entre os centros de duas engrenagens de “DP” 10, com 50
e 100 dentes, respectivamente?

.......................................................................................................................................
.....................................................................................................................................
....................................................................................................................................
...................................................................................................................................

79
SENAI-PR
..................................................
MOTOREDUTORES REDUTORES
........................................
........................................
O QUE É UM MOTOREDUTOR ........................................
.......................................
Dá-se o nome de “Motoredutor” a um acionamento .......................................
composto por flangeamento de um motor elétrico a um redutor .......................................
de velocidade. Eles servem para acionar máquinas e .......................................
equipamentos de baixa velocidade de todas as espécies. .......................................
Transmissões, correntes e engrenagens abertas, usadas para ........................................
diminuírem a velocidade após os motores elétricos, têm as .......................................
desvantagens de grande desgaste e baixo rendimento, além ......................................
de ocuparem espaço demasiadamente grande. .......................................
.......................................
No motoredutor são reunidas, numa unidade compacta ........................................
e homogênea, todas as peças necessárias para o ........................................
acionamento. Motoredutores são a prova de poeira e jatos de .......................................
água e, desta maneira, destinados a servirem bem em .......................................
ambientes úmidos e poeirentos, assim como ao ar livre. Grades ......................................
e capas de proteção, usualmente imprescindíveis em .......................................
transmissões abertas, tornam-se desnecessárias. .......................................
........................................
A construção compacta permite a montagem no lugar ........................................
do serviço em tempo e espaço mínimo. O acionamento nos .......................................
dois sentidos de rotações é possível sem restrições. A ........................................
montagem pode ser feita em qualquer forma construtiva, .......................................
observando as instruções de lubrificação. ......................................
........................................
A manutenção exigida é mínima. Ela se restringe à troca ......................................
dos lubrificantes a cada 10.000 horas de serviço. .......................................
......................................
A construção do motoredutor é robusta e sólida. Os eixos ........................................
de entrada e saída são coaxiais. A engrenagem de saída não é ........................................
suportada em balanço. A grande distância existente entre os .......................................
mancais e os pesados rolamentos, permitem forças radiais .......................................
até 68500 N na ponta do eixo de saída. A carcaça é reforçada ........................................
por uma parede central que também serve como mancal dos ........................................
rolamentos. As engrenagens são de fabricação própria. Os .........................................
flancos dos dentes são cementados e retificados ou xavados .......................................
(processo “shaving”). .......................................
........................................
80
SENAI-PR
Todas as engrenagens são helicoidais. Com isto, obtém- ..................................................
se um melhor engrenamento, resultando num nível de ruído ........................................
muito baixo. Todas as engrenagens são lubrificadas por banho ........................................
de óleo, favorecendo rápida dissipação do calor e manutenção ........................................
simplificada. .......................................
.......................................
Os motoredutores são fornecidos prontos para uso, em .......................................
execução com pés ou com flange, bem como em todas as .......................................
formas construtivas. O motor é dimensionado conforme a .......................................
potência requerida no eixo de saída. A montagem do ........................................
motoredutor se faz em qualquer forma construtiva, de modo .......................................
rápido e sem complicações. ......................................
.......................................
Material da melhor qualidade, métodos de fabricação e .......................................
controle de qualidade dos mais modernos, garantem a alta ........................................
qualidade dos acionamentos. ........................................
.......................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
........................................
......................................
.......................................
......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
........................................
Todo acionamento está pronto para funcionamento. O
........................................
volume do óleo lubrificante depende da forma construtiva. As
.........................................
formas construtivas correspondem a norma DIN 42.950.
.......................................
.......................................
........................................
81
SENAI-PR
SÍMBOLOS FIXAÇÃO
Fixação

Base de fixação para o braço de torção

Respiro

Nível de óleo

Dreno de óleo

Posição da caixa de ligação: 0º, 90º, 180º ou 270º.

Na folha de formas construtivas, sempre corresponde a


0º.

Entrada do cabo elétrico: normal, 1, 2 ou 3.

Posição do alívio manual para motores com freio.

Sentido de rotação: (somente para acionamentos


equipados com contra-recuo) horário ou anti-horário,
olhando-se o eixo de saída.

Para acionamentos angulares indicar:

Posição do eixo de saída: A, B ou A + B

Posição do flange: A, B ou A + B

82
SENAI-PR
. Rotações ..................................................
........................................
Os valores das rotações de saída, indicados nas tabelas ........................................
são aproximados. Eles dependem do tamanho do motor e da ........................................
carga relativa incidente sobre ele, bem como da rede elétrica. .......................................
.......................................
Variações até ± 4% são admissíveis. .......................................
.......................................
A rotação de saída do redutor é calculada pela seguinte .......................................
fórmula: ........................................
.......................................
rotações do motor
Rotações de saída = ......................................
redução (i )
.......................................
.......................................
FORÇAS RADIAIS ........................................
........................................
Para todos os acionamentos, são indicadas as forças .......................................
radiais admissíveis. .......................................
......................................
Elas referem-se aos eixos normais de catálogo, .......................................
considerando-se que o centro da força age sobre o ponto .......................................
central do comprimento da ponta do eixo, e carga do tipo I. ........................................
Obtêm-se condições mais favoráveis quando a força radial ........................................
aplicada atua o mais próximo possível do mancal. Condições .......................................
diferentes exigem recálculo dos valores citados. ........................................
.......................................
Mediante montagem de rolamentos reforçados ou por ......................................
definição exata do ângulo de direção da força radial, cargas ........................................
mais altas sobre o eixo de saída são admissíveis. ......................................
.......................................
MOMENTOS DE INÉRCIA ......................................
........................................
Os momentos de inércia dos redutores são relativamente ........................................
pequenos e situam-se na faixa de 2 – 12% dos momentos de .......................................
inércia dos motores flageados; por isto, podem ser .......................................
desprezados na maioria dos casos. ........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
83
SENAI-PR
EXEMPLOS ..................................................
........................................
Motoredutores e Redutores SEW são projetados para ........................................
serviço normal com fator de serviço 1 (f.s.=1), isto é, uma ........................................
carga uniforme, com pequenas massas a serem aceleradas .......................................
e poucas ligações hora. .......................................
.......................................
Para outras condições de trabalho necessitamos do .......................................
chamado “fator de serviço” (f.s.) (vide diagrama dos fatores .......................................
de serviço). Este fator de serviço considera o tipo de carga, a ........................................
duração de serviço/dia, e o número de ligações/hora. Ele .......................................
exerce influência unicamente sobre o tamanho do redutor, não ......................................
sobre a potência do motor trifásico. .......................................
.......................................
Caso o eixo de saída não for acoplado diretamente, mas ........................................
montados nele elementos de transmissão, como polias, ........................................
pinhões de corrente, engrenagens ou braços excêntricos, .......................................
deve-se verificar se as forças radiais resultantes não .......................................
ultrapassam as admissíveis. Em tais casos, deve-se tomar ......................................
em consideração que as forças radiais admissíveis indicadas .......................................
nas tabelas abaixo dos valores das rotações, referem-se às .......................................
forças agindo sobre os eixos de saída normal e com o centro ........................................
da força agindo sobre o centro do comprimento da ponta do ........................................
eixo. .......................................
........................................
REDUTORES COM ADAPTADORES .......................................
......................................
A todos os redutores de engrenagens helicoidais, cônicas ........................................
e de rosa sem-fim podem ser acoplados adaptadores sobre a ......................................
tampa mancal de entrada. Esta alternativa possibilita a .......................................
montagem de outros tipos de motores. ......................................
........................................
ESCOLHA DO ACIONAMENTO ........................................
.......................................
Para o dimensionamento e a escolha correta do .......................................
acionamento é imprescindível o conhecimento exato de sua ........................................
aplicação. As condições de serviço na sua influência sobre o ........................................
redutor expressam-se internacionalmente nos chamados .........................................
“fatores de serviço”, cujas curvas demonstradas no diagrama .......................................
seguinte. .......................................
........................................
84
SENAI-PR
Os valores resultaram da experiência na prática e foram
comprovados cientificamente em testes de laboratório. A carga
equivalente sobre o redutor, em relação ao momento de torção
nominal ou à carga radial nominal, é maior ou menor na
proteção dos Fatores de Serviço fs.

TIPOS DE CARGA

I- Uniforme, Fator de aceleração das massas


admissível ≤ 0,2.
II- Choques moderados, Fator de aceleração das
massas admissível ≤ 3.
III- Choques fortes, Fator de aceleração das massas
admissível ≤ 10.

Todos os momentos de inércia das partes acionadas


Fator de aceleração das massas

Momento de inércia do motor

Nas tabelas de potências, todos os acionamentos SEW


são calculados com rotações para serviço contínuo em
máquinas acionadas com carga uniforme e pequenas massas
a serem aceleradas (tipo de carga I).

85
SENAI-PR
Desta forma, os redutores de engrenagens helicoidais ..................................................
trabalham dentro da faixa de resistência permanente à fadiga. ........................................
........................................
Exemplo: ........................................
.......................................
Tipo de carga I – 200 ligações/hora .......................................
.......................................
a) Duração de serviço 8 horas/dia, f.s.=1. Escolha do .......................................
redutor conforme os dados das tabelas. .......................................
........................................
b) Duração de serviço 24 horas/dia, f.s.=1,35. O .......................................
momento de torção máx. do redutor tem que ser no ......................................
mínimo 35% acima do momento requerido da .......................................
máquina acionada. .......................................
........................................
A sua durabilidade dica determinada somente por peças ........................................
de desgaste, como retentores, rolamentos e lubrificantes. .......................................
Aplicações com duração de serviço limitada permitem, às .......................................
vezes, uma diminuição do tamanho do redutor em comparação ......................................
com as tabelas de potência. .......................................
.......................................
EXEMPLOS PARA TIPOS DE CARGA ........................................
........................................
I - Massas uniformes, pequenas, a serem aceleradas: .......................................
........................................
Ventiladores, bombas centrífugas, agitadores e .......................................
misturadores de líquidos e semilíquidos de densidade ......................................
constante, furadeiras, máquinas, lavadoras e engarrafadores ........................................
de bebidas, mesas de montagem, transportadoras de correias, ......................................
elevadores inclinados, elevadores para cargas de pequeno .......................................
porte, plataformas, alimentadores de rosca com velocidade ......................................
constante, alimentadoras, enlatadoras, elevadores, etc... ........................................
........................................
II - Choques moderados, massas médias a serem .......................................
aceleradas: .......................................
........................................
Ventiladores pesados, bombas de engrenagens e ........................................
rotativas, agitadores e misturadores para líquidos de densidade .........................................
variável, amassadeiras, guinchos, portões, transportadores de .......................................
correias trabalhando em serviço irregular, elevadores de .......................................
........................................
86
SENAI-PR
serviços pesados, fornos rotativos, tamborões, moinhos de ..................................................
bola, bases giratórias, marombas, etc... ........................................
........................................
III - Choques pesados, massas grandes a serem ........................................
aceleradas: .......................................
.......................................
Bombas a êmbolo, centrífugas, transportadores .......................................
vibratórios, prensas de estampar, guilhotinas, transportadores .......................................
de rolos acionados, máquinas de fundição, viradeiras, prensas, .......................................
tambores de limpeza, calandras, misturadores de borracha, ........................................
moinhos para cimento, etc...viradeiras, prensas, tambores de .......................................
limpeza, calandras, misturadores de borracha, moinhos para ......................................
cimento, etc... .......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
........................................
......................................
.......................................
......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
87
SENAI-PR
88
SENAI-PR
Motoredutores de engrenagens helicoidais.

Redutores de engrenagens helicoidais.

89
SENAI-PR
Motoredutores de eixos paralelos e redutores de eixos paralelos.

90
SENAI-PR
91
SENAI-PR
Motoredutores de rosca sem-fim

Redutores de rosca sem-fim

92
SENAI-PR
..................................................
CORRENTES DE ROLO PARA TRANSMISSÃO ........................................
DE POTÊNCIA MECÂNICA ........................................
........................................
.......................................
DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS
.......................................
.......................................
Para uma transmissão de potência econômica e
.......................................
eficiente, as correntes de rolo possuem inúmeras vantagens
.......................................
se comparadas a outros meios.
........................................
.......................................
Tão flexíveis como as correias e tão eficientes como as
......................................
engrenagens, elas fornecem inigualável elasticidade de projeto,
.......................................
resistência a choques, facilidade de instalação e confiabilidade.
.......................................
........................................
Desde uma simples transmissão industrial até as
........................................
exigentes condições de operação, encontradas no
.......................................
acionamento de uma sonda para prospecção de petróleo, são
.......................................
satisfeitas com correntes de rolo e somente elas proporcionam
......................................
todas as seguintes vantagens:
.......................................
.......................................
w As correntes de rolo não escorregam: mantêm
........................................
constante a relação de transmissão.
........................................
.......................................
w Rendimento de 98%: esta eficiência se mantêm ao
........................................
longo de todas a sua vida útil.
.......................................
......................................
w Versatilidade de operação: eficiência em vários
........................................
ambientes de trabalho.
......................................
.......................................
w Absorvem choques: a sua inerente elasticidade mais
......................................
a película de óleo entre seus componentes, reduz os
........................................
efeitos danosos de choques e impactos.
........................................
.......................................
w Leves e compactas: menor espaço e peso por HP
.......................................
transmitido.
........................................
........................................
w Maior durabilidade: a distribuição de carga entre
.........................................
vários dentes da roda, garante uma longa vida útil.
.......................................
.......................................
........................................
93
SENAI-PR
PRINCIPAIS DIMENSÕES ..................................................
........................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
As principais dimensões de uma corrente de rolo são: ........................................
.......................................
.......................................
a) Passo
......................................
b) Distância entre placas internas .......................................
c) Diâmetro do rolo. .......................................
........................................
a) O passo é a distância entre o centro de dois pinos ........................................
consecutivos. .......................................
........................................
b) A distância entre placas internas é a distância medida .......................................
entre a face interna das placas do elo interno da ......................................
corrente. ........................................
......................................
c) Diâmetro externo do rolo. .......................................
......................................
COMPOSIÇÃO ........................................
........................................
Uma corrente é formada por elos externos e interno que .......................................
se repetem alternadamente. .......................................
........................................
O elo interno é formado por duas placas internas, duas ........................................
buchas e dois rolos, sendo as buchas montadas com ajuste .........................................
prensado nas placas enquanto os rolos giram livremente sobre .......................................
as buchas. .......................................
........................................
94
SENAI-PR
O elo externo é formado por dois pinos montados com ..................................................
ajuste prensado em duas placas externas e posteriormente ........................................
rebitados. ........................................
........................................
À medida que a corrente articula nas rodas dentadas, os .......................................
pinos giram dentro das buchas, uma vez que são montados .......................................
com ajuste prensado em suas respectivas placas. Desta .......................................
forma, pinos e buchas são os principais componentes sujeitos .......................................
a desgaste. .......................................
........................................
As placas internas e externas suportam as cargas de .......................................
tensão aplicadas na corrente e estruturalmente mantêm pinos ......................................
e buchas no lugar. .......................................
.......................................
Os rolos absorvem os choques, reduzindo o impacto do ........................................
engrenamento da corrente na roda dentada. ........................................
.......................................
ELO DE REDUÇÃO E ELO DE EMENDA .......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
O elo de redução é uma combinação de elo externo e .......................................
interno em um único elo e é usado quando o número total de ......................................
elos da corrente fechada é ímpar (fig.1). ........................................
......................................
O elo de emenda é um tipo especial de elo externo. A .......................................
principal diferença com este último é que somente uma das ......................................
extremidades dos pinos é montada com ajuste prensado e ........................................
rebitadas numa placa externa, enquanto na outra extremidade ........................................
do pino, uma placa denominada de emenda é montada com .......................................
ajuste deslizante. Permitindo, desta forma, que a corrente seja .......................................
aberta ou fechada com facilidade. ........................................
........................................
Neste extremo do pino, o travamento da placa pode ser .........................................
feito de várias maneiras: por contrapino tipo cupilha (fig.2), por .......................................
grampo elástico (fig.3), por contrapino tipo bengala ou outros. .......................................
........................................
95
SENAI-PR
NORMAS PARA CORRENTE DE ROLO ..................................................
........................................
Internacional: ISSO 606 ........................................
........................................
Americana: ANSI B29.1
.......................................
Brasileira: NBR 6390 .......................................
.......................................
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES .......................................
.......................................
Dois fatores importantes devem ser considerados ao ........................................
determinar a qualidade de uma corrente de rolo: a resistência .......................................
ao desgaste e à fadiga. ......................................
.......................................
Como a maioria dos elementos de máquina, a vida útil .......................................
de uma corrente de rolo é determinada por um desses dois ........................................
fatores. ........................................
.......................................
Desgaste .......................................
......................................
Normalmente, uma corrente de transmissão, selecionada .......................................
corretamente, tem como fator determinante do fim de sua vida .......................................
útil, o desgaste que ocorre na área da articulação do pino e da ........................................
bucha. ........................................
.......................................
Uma corrente é considerada desgastada quando o ........................................
alongamento excessivo, provocado pelo atrito nas áreas de .......................................
contato pino-bucha, impede o engrenamento da corrente com ......................................
a roda dentada. ........................................
......................................
O desgaste normal é provocado pela oscilação do pino .......................................
dentro da bucha, pela rotação do rolo sobre a bucha e pela ......................................
rotação do rolo no dente da roda dentada. ........................................
........................................
Se o desgaste entre pinos e buchas atinge valores .......................................
extremos, a corrente pode acavalar na roda dentada. Neste .......................................
caso, a corrente deve ser substituída, tomando-se muito ........................................
cuidado para garantir que a sua instalação, lubrificação e ........................................
manutenção sejam feitas corretamente. Estes fatores são os .........................................
que mais contribuem para o aumento da vida útil das correntes .......................................
de rolo. .......................................
........................................
96
SENAI-PR
..................................................
........................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
........................................
.......................................
Fadiga ......................................
.......................................
A variação de tensão, provocada pela oscilação de carga .......................................
que ocorre entre o tramo tenso e o tramo folgado da corrente, ........................................
normalmente não é suficientemente grande para danificá-la, ........................................
quando a mesma foi corretamente selecionada. .......................................
.......................................
As correntes de rolo podem sofrer falhas por fadiga ......................................
quando sujeitas a elevadas cargas cíclicas. .......................................
.......................................
A magnitude e freqüência, de tais cargas, vão determinar ........................................
a vida útil da corrente. ........................................
.......................................
Quando a transmissão for projetada para suportar um ........................................
número determinado de ciclos de sobrecarga, através de uma .......................................
seleção correta, que considere o limite de carga de fadiga da ......................................
corrente, pode-se obter um número satisfatório de horas de ........................................
trabalho. ......................................
.......................................
......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
97
SENAI-PR
Interação corrente/Roda Dentada ..................................................
........................................
Para que uma corrente tenha uma longa vida útil, deve ........................................
ser corretamente fabricada, selecionada e usada com rodas ........................................
dentadas, também fabricadas obedecendo às mesmas nor- .......................................
mas da corrente. .......................................
.......................................
.......................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
......................................
.......................................
Uma corrente de rolo é basicamente uma série de .......................................
mancais ligados por placas externas e internas. ........................................
........................................
A flexibilidade da corrente é dada pelo movimento dos .......................................
mancais à medida que a mesma entra e sai da roda dentada. ........................................
.......................................
A maior rotação do pino com relação à bucha ocorre nos ......................................
pontos A, B, C e D. Durante cada ciclo completo de um siste- ........................................
ma de transmissão por correntes, cada elo completa um ciclo ......................................
de carga. .......................................
......................................
No tramo de trabalho a corrente suporta a carga máxi-
........................................
ma. No tramo folgado, resta um mínimo de tensão ou carga.
........................................
.......................................
A tensão da corrente é absorvida pelos dentes da roda
dentada. A capacidade da roda dentada para absorver esta
.......................................
tensão depende do ângulo de pressão do dente, do número de
........................................
dentes e da tensão do tramo folgado. À medida que a corrente ........................................
circula ao redor da roda motriz (de A até B), o primeiro dente .........................................
contatado (no ponto A) absorve um percentual da tensão da .......................................
corrente. O segundo dente absorve o mesmo percentual da .......................................
tensão residual não absorvida pelo primeiro dente. Este pro- ........................................
98
SENAI-PR
cesso se repete com cada dente absorvendo um percentual ..................................................
da tensão residual não absorvida pelo dente precedente. ........................................
........................................
Finalmente, (no ponto B), há apenas uma pequena quan- ........................................
tidade de tensão não absorvida pelos dentes compreendidos .......................................
entre os pontos A e B. Esta tensão residual deve ser balance- .......................................
ada pela tensão no tramo folgado se a transmissão funcionar .......................................
corretamente. .......................................
.......................................
Normalmente, o ponto de balanceamento ocorre antes
........................................
da corrente entrar no tramo folgado.
.......................................
......................................
De B até C, a carga na corrente é relativamente pequena.
.......................................
A carga aumenta entre C e D, até que a corrente alcan-
.......................................
ce novamente sua tensão máxima.
........................................
........................................
Este ciclo de carga enfatiza a importância de que a cor- .......................................
rente e as rodas dentadas sejam corretamente fabricadas e .......................................
selecionadas. ......................................
.......................................
Uma longa vida útil se obtém unicamente quando cor- .......................................
rente e rodas dentadas são de elevada qualidade. ........................................
........................................
DADOS TÉCNICOS .......................................
Passo ........................................
.......................................
Usar o menor passo possível capaz de transmitir a po-
......................................
tência e a carga na velocidade exigida pela aplicação.
........................................
......................................
Normalmente, as correntes simples satisfazem a maio-
.......................................
ria das exigências e têm um custo menor.
......................................
Correntes múltiplas, de passo pequeno, devem ser usa-
........................................
das para transmitir potência a altas velocidades ou quando se ........................................
desejar um baixo nível de ruído, desde que possam ser usa- .......................................
das rodas dentadas com grande número de dentes. .......................................
........................................
Número de dentes da Roda Dentada Menor ........................................
.........................................
A quantidade mínima de dentes recomendada para a roda .......................................
dentada menor varia em função da velocidade e da potência .......................................
transmitida. ........................................
99
SENAI-PR
Relação de Transmissão ..................................................
........................................
A relação de transmissão é determinada pelas ........................................
velocidades das rodas motriz e conduzida. ........................................
.......................................
Corretamente selecionadas, as relações de transmissão .......................................
podem chegar até a ordem de 10 : 1 (normalmente, 6 : 1 é a .......................................
máxima relação recomendada). Porém, desdobrar .......................................
transmissões (com altas relações), em duas ou mais, .......................................
proporciona melhores características de operação. Também, ........................................
são mais econômicas do que uma única redução de elevada .......................................
relação de transmissão. ......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
Distância entre centros ........................................
........................................
Para um máximo de vida útil da corrente, recomenda-se .......................................
que a distância entre centros, das rodas dentadas, situe-se ........................................
em torno de 30 a 50 passos. .......................................
......................................
Para distâncias menores que 30 passos, deve-se cuidar ........................................
de que o arco de contato da corrente com a roda dentada ......................................
menor seja de, no mínimo, 120º. .......................................
......................................
Para distâncias maiores que 50 passos, devem-se ser ........................................
utilizados apoios; distâncias maiores que 80 passos devem ........................................
ser evitadas. Se o projeto exigir valores maiores deve-se colocar .......................................
um eixo intermediário e desdobrar a transmissão em duas ou .......................................
mais. ........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
100
SENAI-PR
Tensão na corrente ..................................................
........................................
É importante que a corrente trabalhe sempre sob a ........................................
tensão certa. ........................................
.......................................
Após as primeiras 100 horas de operação, recomenda- .......................................
se fazer um ajuste da tensão da corrente visando eliminar folgas .......................................
provenientes do alongamento inicial. Os ajustes posteriores .......................................
dependerão das condições da operação. .......................................
........................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
Quando existir a possibilidade de deslocar algum dos .......................................
eixos, o ajuste será fácil e simples. .......................................
......................................
Para eixos fixos, a tensão da correntes pode ser mantida .......................................
por meio de um esticador manual ou automático. A roda dentada .......................................
do esticador deve ter, no mínimo, o mesmo número de dentes ........................................
da roda dentada menor. ........................................
.......................................
O esticador deve ser localizado no tramo folgado da ........................................
correntes, próximo da roda dentada menor e na parte externa .......................................
da transmissão, aumentando, desta maneira, o arco de ......................................
engrenamento da corrente com a roda. ........................................
......................................
A tensão da corrente deve ser cuidadosamente mantida .......................................
quando a operação apresentar algumas das seguintes ......................................
características: ........................................
........................................
w eixos fixos; .......................................
.......................................
w transmissões verticais ou quase verticais; ........................................
........................................
w cargas de choque ou impacto; .........................................
.......................................
w transmissões reversíveis. .......................................
........................................
101
SENAI-PR
Baixas velocidades ..................................................
........................................
Para a seleção de uma corrente a velocidades ........................................
extremamente baixas, que não aparecem nas tabelas ........................................
Capacidades de Potência, deve-se escolher a corrente com .......................................
base na sua carga limite de resistência à tração, de forma que .......................................
a relação carga limite/carga de trabalho seja, no mínimo, 6 : 1. .......................................
.......................................
A carga de trabalho pode ser calculada com a fórmula .......................................
que passaremos mais adiante. ........................................
.......................................
Transmissões que operam em várias velocidades ......................................
.......................................
Para transmissões provenientes de um conversor de .......................................
torque de um motor de combustão interna com engrenagem ........................................
de câmbio de velocidade ou de um motor elétrico de potência ........................................
constante e velocidade variável, deve-se selecionar a corrente .......................................
com base na sua carga limite de resistência à tração, de forma .......................................
que a relação carga limite/carga de trabalho seja no mínimo 6 : 1. ......................................
.......................................
A carga de trabalho pode ser calculada com a fórmula .......................................
que passaremos mais adiante. ........................................
........................................
Posteriormente, verificar nas tabelas de Capacidade de .......................................
Potência, a capacidade nominal de transmissão de potência ........................................
da corrente na rotação normal de operação. .......................................
......................................
Em transmissões provenientes de motores elétricos, ........................................
com velocidade e potência variável, a seleção deve ser feita ......................................
de modo a atender à condição máxima de carga. Na seleção .......................................
do passo da corrente, deve ser considerada a faixa de ......................................
velocidades envolvidas. ........................................
........................................
Disposições recomendadas .......................................
para sistemas de transmissão por corrente .......................................
........................................
A disposição relativa das rodas dentadas deve receber ........................................
uma consideração especial a fim de se obter a maior eficiência .........................................
do sistema e da vida útil da corrente. .......................................
.......................................
........................................
102
SENAI-PR
A seguir, mostramos as disposições mais
recomendadas

A seguir, algumas fórmulas úteis na seleção de correntes


de rolo para transmissão de potência mecânica

F .v Mt.n
1. Potência P= ou
75 716,2

F .Dp 716,2.P
2. Torque Mt = ou
2000 n

Dp.n n.z. p 75.P


3. Velocidade V= ou ou
19100 60000 F

4. Carga de Trabalho

75.P 2000.Mt
(força na corrente) F= ou
V Dp

P
5. Diâmetro primitivo Dp =
 180 
Sen 
 z 

p  
2 2
zm + zM   zm + zM   zM − zm 
6. Distâncias entre centros C≅ •  L −  + L −  − 2  
4  2   2   π  
 
2
Zm + ZM 2C  ZM − Zm  p
7. Número de elos L≅ + +  •
2 p  2π  C

103
SENAI-PR
SÍMBOLO UNIDADE ..................................................
........................................
P Potência HP
........................................
Mt Torque Kgf . m ........................................
F Carga de Trabalho Kgf
.......................................
.......................................
V Velocidade m/seg. .......................................
n Número de dentes .......................................
.......................................
p Passo mm
........................................
Dp Diâmetro primitivo mm .......................................
C Distância entre centros mm
......................................
.......................................
L Número de elos .......................................
Zm Número de dentes da roda menor ........................................
........................................
ZM Número de dentes da roda maior
.......................................
.......................................
......................................
As correntes de rolo são um meio eficiente e versátil de
.......................................
transmitir potência mecânica de forma econômica. Porém,
.......................................
estas condições somente serão alcançadas se a corrente for
........................................
selecionada corretamente.
........................................
.......................................
Embora as tabelas dimensionais apresentem a carga
........................................
limite de resistência à tração para cada tipo de corrente de
.......................................
rolo, estas não devem jamais ser aplicadas considerando este
......................................
valor como carga de trabalho.
........................................
......................................
As correntes de rolo devem ser aplicadas até as cargas
.......................................
de trabalho determinadas com base nas tabelas de potência,
......................................
as quais são bem menores do que sua carga limite de
........................................
resistência à tração.
........................................
.......................................
Desta forma, recomendamos que, para obter o melhor
.......................................
rendimento, sejam respeitados os valores de potência, carga
........................................
máxima de trabalho e número de dentes.
........................................
.........................................
A seguir, fornecemos o roteiro para a seleção de uma
.......................................
corrente de rolo:
.......................................
........................................
104
SENAI-PR
1) Determinar o tipo de carga à qual estará sujeita a ..................................................
corrente. Com base nela, definir o Fator de Serviço ........................................
(FS) na tabela 1. ........................................
........................................
2) Multiplicar a Potência nominal (Pn), da aplicação em .......................................
HP, pelo Fator de Serviço definido no primeiro passo .......................................
para obter a Potência de Cálculo (P) .......................................
.......................................
P (HP) = Pn x FS .......................................
........................................
3) Determinar, no gráfico de seleção (gráfico 1.1), o ponto .......................................
cujas coordenadas cartesianas são: a Potência de ......................................
Cálculo (P) e o valor da rotação do eixo mais rápido. .......................................
A área onde se localiza este ponto indica o tipo da
.......................................
corrente de rolo selecionada.
........................................
........................................
4) Escolher a tabela correspondente à corrente
.......................................
selecionada no passo anterior. Na coluna determinada
pelo valor de rotação (rpm) utilizado para o terceiro
.......................................
passo, procurar o valor igual ou maior à Potência de
......................................
Cálculo (P). na mesma linha deste valor, determinar, .......................................
na coluna da esquerda, o número de dentes da roda .......................................
dentada menor. Na base da tabela “lubrificação” está ........................................
indicado o tipo de lubrificação requerida para a ........................................
aplicação. .......................................
........................................
5) Dividir as rotações (rpm) do eixo mais rápido pelas .......................................
do eixo mais lento e determinar a relação de ......................................
transmissão. Multiplicar este valor pelo número de ........................................
dentes da roda dentada menor. Com isto, encontrará ......................................
o número de dentes da roda dentada maior. De posse .......................................
destes dados, verificar que as rodas dentadas
......................................
selecionadas atendam eventuais limitações de
........................................
espaço na aplicação. Em caso negativo, uma nova
........................................
seleção de uma corrente múltipla se fará necessária,
.......................................
voltando-se ao terceiro passo.
6) Calcular o comprimento da corrente em passos
.......................................
aplicando a fórmula 7. Se o resultado for ímpar ou
........................................
fração, escolher o número par imediatamente superior. ........................................
.........................................
7) Determinar a distância entre centros “C” usando a .......................................
fórmula 6. .......................................
........................................
105
SENAI-PR
EXEMPLO DE SELEÇÃO

Aplicação : Elevador de Caçambas

Potência do Motor Elétrico : 10 HP

Rpm da roda motriz : 1750

Rpm da roda conduzida : 530

Diâmetros dos eixos : 40 mm

Limitações de Espaço : nenhuma

Distância aproximada entre os centros : 670 mm

1) Analisando a aplicação, concluímos que a carga é do tipo pulsante, irregular e sujeita


a cargas moderadas. Portanto, da tabela 1.1, o fator de Serviço (FS) é 1,3.

2) A potência de Cálculo fica: P = 10 x 1,3 à P = 13 HP

3) No gráfico de seleção com os dados da Potência de Cálculo (P) = 13 HP e as rotações


da roda motriz de 1750 rpm, determinamos que a corrente selecionada é uma ANSI 40 9corrente
simples de ½” – 12,70 mm de Passo).

4) Na tabela correspondente à corrente ANSI 40, temos que 26 dentes transmitem 11,7
HP a 1400 rpm e 14,7 HP a 1800 rpm. Interpolando, encontramos que a 1750 rpm, 26 dentes
têm capacidade de transmitir 14,3 HP, o que satisfaz a aplicação proposta. Lubrificação tipo B,
por banho de óleo.

5) Dividindo 1750 por 530, encontramos a Relação de Transmissão (i) que é 3,3. Com a
relação de transmissão (i) igual a 3,3 e o número de dentes da roda motriz (26 dentes)
encontramos o número de dentes da roda dentada maior.
3,3 x 26 = 85,8 arredondamos para 86 dentes.

Como não temos limitações de espaço, calculamos então o comprimento da corrente e


a distância entre centros.

6) Comprimento da corrente em elos

2
26 + 86 2 × 670  86 − 26  12,7
L= + +  ×
2 12,7  6,2832  670
L = 56 + 105,51 + 1,73
L = 163,24 elos

106
SENAI-PR
Arredonda-se para um número par de elos (164) e, ..................................................
com este valor, se calcula a distância entre centros correta ........................................
........................................
12,7  26 + 86   86 − 26   ........................................
2 2
26 + 86  
C= 164 −  + 164 −  − 
4  2   2   3,14   .......................................
 
.......................................
C = 680,37 mm
.......................................
CONCLUSÃO: .......................................
.......................................
........................................
Corrente ANSI 40 (corrente simples de passo = ½”—
.......................................
12,70 mm ......................................
Roda motriz : 26 dentes .......................................
.......................................
Roda dentada conduzida : 86 dentes
........................................
Comprimento da corrente : 164 elos ........................................
.......................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
........................................
......................................
.......................................
......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
107
SENAI-PR
Tabela 4.1 – Classificação de cargas e fator de serviço.

CLASSE 1 – Cargas Constantes CLASSE 2 – Cargas Pulsantes CLASSE 3 – Choques Pesados,


Altos Picos de Carga
Fator de Serviço: 1,0 Fator de Serviço: 1,3
Fator de Serviço: 1,7
EXEMPLOS TÍPICOS EXEMPLOS TÍPICOS
EXEMPLOS TÍPICOS
Agitadores: líquidos Misturador: argila, argamassa.
Britadeiras
Transportadores: uniformemente Transportadores: carregados
carregados ou alimentados. pesadamente, desuniformente Transportadores: oscilantes e
alimentados. vibradores (Shakers), alimentadores
Geradores: elétricos
de britadeiras.
Dragas e Elevadores de
Árvores de Transmissão: serviço
Caçambas: descarregamento Guinchos de Elevação,
leve
centrífugo, descarregamento direto, Guindastes: serviço pesado,
Máquinas: todos os tipos com
contínuo. exploração de madeira, serralheiras,
cargas não reversíveis.
equipamentos de perfuração
Processamento de Alimento:
Bombas: centrífugas, de rotativa.
cortadores, misturadores de massa
engrenagens rotativas.
de farinha, moedores de carne, Dragas: separador em lavador de
Peneiras: rotativas, uniformemente trituradores e desfibradores (não vaivém, transmissão do suporte de
alimentadas incluindo britadores). perfuração.

Lavadoras: lavadoras, centrífugas. Bombas para Dragas: bombas de


lama.
Árvores de Transmissão: serviço
pesado. Britadores de Martelo.

Máquinas: todos os tipos, com Máquinas: prensas de


choques moderados e cargas não estampagem, guilhotinas e todos os
reversíveis. tipos sujeitas a severos impactos ou
choques e cargas reversíveis.
Bombas: de vácuo, de pistão.
Usinas Siderúrgicas: trefilas,
máquinas de conformação,
acionamento dos cilindros,
bancadas de tensionamento.

Moinhos Rotativos: bolas, tolos e


cilindros.

108
SENAI-PR
Gráfico de Seleção

Tabelas de capacidade de potência

As tabelas de Capacidade de Potência são usadas para se fazer uma seleção precisa e
para determinar o número de dentes da roda dentada menor.

Os valores que aparecem nas tabelas são definidos para correntes simples.

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SENAI-PR
Ao selecionar correntes múltiplas, deve-se consultar as ..................................................
tabelas usando o valor resultante da aplicação da seguinte ........................................
fórmula: ........................................
........................................
Potência de Cálculo .......................................
Capacidade de potência =
Fator de Multiplicidade .......................................
.......................................
.......................................
Tabela 4.2. Fator de Multiplicidade.
.......................................
ORDEM DE FATOR DE ........................................
MULTIPLICIDADE MULTIPLICIDADE .......................................
......................................
2 1,7
.......................................
3 2,5 .......................................
4 3,3 ........................................
........................................
5 3,8
.......................................
6 4,3 .......................................
......................................
7 4,9
.......................................
8 5,5 .......................................
9 6,0 ........................................
........................................
10 6,5
.......................................
........................................
LUBRIFICAÇÃO DE CORRENTES .......................................
......................................
Introdução ........................................
......................................
Não resta dúvida de que a lubrificação é o mais importante .......................................
dos fatores incidentes no desgaste dos componentes da ......................................
corrente. ........................................
........................................
Pinos descoloridos (marrons ou pretos devido ao óleo .......................................
queimado) são indicações certas de que a articulação da .......................................
corrente não está recebendo lubrificação suficiente. Para se ........................................
ter uma medida desta incidência, é importante destacar que ........................................
uma corrente desgasta cerca de 300 vezes mais rapidamente .........................................
quando trabalha a seco, do que quando corretamente .......................................
lubrificada. .......................................
........................................
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SENAI-PR
As principais funções da lubrificação são: ..................................................
........................................
1- diminuição do atrito ........................................
........................................
A diminuição do atrito acontece devido à formação de .......................................
uma película de óleo entre as superfícies em contato. O óleo .......................................
deve ser aplicado de forma que esta película se mantenha .......................................
constantemente entre o pino e a bucha. Porém, a simples .......................................
aplicação não assegurará uma boa lubrificação. .......................................
........................................
Em alta velocidade, a força centrífuga impedirá a .......................................
formação desta película (independentemente da quantidade ......................................
de óleo aplicado),e uma descamação, nas superfícies em atrito .......................................
ocorrerá indefectivelmente. Por estes motivos, a máxima .......................................
velocidade indicada para cada potência, e para cada tipo de ........................................
corrente, não deve ser ultrapassada. ........................................
.......................................
2- resfriamento .......................................
......................................
O atrito das correntes nas rodas dentadas gera calor na .......................................
transmissão, o qual aumenta proporcionalmente ao aumento .......................................
da velocidade do sistema. Assim, o óleo é usado também como ........................................
refrigerante. ........................................
.......................................
3- amortecimento de impactos ........................................
.......................................
A película de óleo serve também como amortecedor de ......................................
pequenos impactos. O intervalo de tempo necessário para a ........................................
compressão do óleo existente entre as superfícies do rolo e ......................................
do dente, do pino e da bucha, é suficiente para reduzir os .......................................
efeitos dos impactos criados entre eles. ......................................
........................................
Tipos de Lubrificação ........................................
.......................................
Temos três sistemas de lubrificação diferentes: .......................................
........................................
Tipo A: ........................................
.........................................
1) Manual (Baixas velocidades) .......................................
.......................................
........................................
111
SENAI-PR
O óleo é aplicado periodicamente, com uma escova ou ..................................................
com um bico de lubrificação, a cada 8 horas de funcionamento. ........................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
2) Conta-gotas (Baixas e médias velocidades;
......................................
ambientes limpos)
.......................................
.......................................
As gotas de óleo caem diretamente entre as bordas das
........................................
placas, desde um lubrificador com conta-gotas, no tramo
........................................
folgado da corrente perto do ponto de entrada na roda dentada.
.......................................
........................................
Deve-se tomar cuidado para evitar o deslocamento das
.......................................
gotas por vibração do sistema, deslocamento do ar, etc.
......................................
........................................
......................................
.......................................
......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
112
SENAI-PR
Tipo B: ..................................................
........................................
Banho de óleo ou disco (médias e altas velocidades) ........................................
........................................
Com a lubrificação de banho, a linha mais baixa da .......................................
corrente gira através de um reservatório de óleo na caixa de .......................................
transmissão. .......................................
O nível deve alcançar a linha de passo da corrente, nos .......................................
seus pontos mias fundos, durante a operação. Com a .......................................
lubrificação de disco, a corrente funciona acima do nível do ........................................
óleo. O disco recolhe o óleo do reservatório depositando-o na .......................................
corrente, geralmente por meio de um canal. A temperatura do ......................................
banho e da corrente deve ser menor do que 80ºC. .......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
........................................
Tipos de óleo:
......................................
.......................................
Conforme a Norma ANSI B29.1, aconselhamos a
......................................
utilização de óleo mineral puro.
........................................
........................................
Grau SAE em função da temperatura
.......................................
.......................................
SAE TEMPERATURA 0ºC ........................................
30 0 a 54 ........................................
.........................................
40 0 a 60
.......................................
50 5 a 65 .......................................
........................................
113
SENAI-PR
Tipo C: ..................................................
........................................
Alimentação forçada (altas velocidade e altas cargas) ........................................
........................................
O lubrificante é bombeado uniformemente entre as fileiras .......................................
de rolos da corrente, através de toda a sua largura. De .......................................
preferência, no trecho folgado da mesma, num ponto próximo .......................................
a entrada da roda dentada. Regulamente, devem ser feitas .......................................
inspeções no sistema de lubrificação, durante a operação do .......................................
equipamento, para se ter certeza de que os níveis de óleo ........................................
estejam corretos. Assim como, da ausência de entupimento .......................................
no filtro, ralos de aspiração e no sistema em geral. ......................................
.......................................
Quando o sistema de transmissão operar anormalmente .......................................
e quando as articulações se apresentarem descoloridas ou ........................................
com coloração de óxido nas superfícies de pinos e buchas, a ........................................
corrente não está recebendo o volume de óleo requerido para .......................................
uma boa operação. Neste caso, deve-se imediatamente tomar .......................................
as providências necessárias ......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
........................................
......................................
.......................................
......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
114
SENAI-PR
INFORMAÇÕES GERAIS PARA INSTALAÇÃO ..................................................
........................................
As correntes de rolo para transmissão de potência ........................................
mecânica exigem, na sua instalação, uma série de cuidados ........................................
os quais favorecem o aumento da sua vida útil e, também, de .......................................
todo o sistema de transmissão. .......................................
.......................................
Precauções .......................................
.......................................
Ao montar ou desmontar a corrente: ........................................
.......................................
a) desligar sempre, da rede elétrica, o equipamento ......................................
antes de remover ou instalar a corrente; .......................................
.......................................
b) usar equipamentos de proteção individual – óculos, ........................................
luvas e sapatos de segurança; ........................................
.......................................
c) apoiar a corrente e suas partes para prevenir .......................................
movimentos indesejáveis; ......................................
.......................................
d) é recomendado o uso de equipamentos de fixação. .......................................
As ferramentas devem estar em boas condições e ........................................
ser corretamente usadas; ........................................
.......................................
e) não tente desmontar ou montar a corrente, exceto se ........................................
souber a construção da mesma (incluindo o sentido .......................................
correto para remover ou colocar o pino); ......................................
........................................
f) nunca utilize tramos, de correntes, danificados. ......................................
.......................................
Eixos ......................................
........................................
Os eixos motriz e conduzido devem ser paralelos e ........................................
coplanares entre si, estando perfeitamente nivelados. .......................................
.......................................
w verifique cuidadosamente o nivelamento de cada eixo, ........................................
utilizando um nível de precisão com bolha aplicado ........................................
diretamente no eixo; .........................................
.......................................
w quando da utilização de correntes múltiplas, o nível .......................................
pode ser aplicado através dos dentes da roda; ........................................
115
SENAI-PR
w verifique o paralelismo utilizando uma régua. Repita a ..................................................
verificação do nivelamento e aperte porcas e parafu- ........................................
sos a fim de manter os eixos paralelos e nivelados. ........................................
........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
.......................................
Rodas Dentadas .......................................
........................................
w nunca instale uma corrente nova num sistema com ........................................
rodas dentadas desgastadas; .......................................
.......................................
w verifique o desgaste dos dentes e, caso os mesmos ......................................
apresentem o formato tipo “bico de papagaio” (Fig. .......................................
a), troque as rodas dentadas. .......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
........................................
......................................
.......................................
......................................
........................................
........................................
Como alternativa, sempre que possível, pode-se virar as .......................................
rodas dentadas no eixo, de forma que a corrente trabalhe sobre .......................................
a face do dente sem desgaste: ........................................
........................................
w assegure-se de que as rodas dentadas não .........................................
apresentem empenamento; .......................................
.......................................
........................................
116
SENAI-PR
w alinhe-as axialmente no eixo, usando uma régua, como ..................................................
aparece na figura, e cuidando para que a mesma se ........................................
apoie ao longo de todas a superfície lateral de ambas ........................................
as rodas dentadas. ........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
É admissível um desalinhamento conforme indicado
.......................................
abaixo:
.......................................
......................................
Distância entre centros Desalinhamento .......................................
.......................................
dos eixos até o limite máximo
........................................
máximo de 50 passos da admissível
........................................
corrente utilizada .......................................
D (mm) D(mm ) ........................................
1000 .......................................
......................................
........................................
Certifique-se de que tanto as rodas dentadas quanto as
......................................
correntes tenham sido fabricadas sob as mesmas normas
.......................................
técnicas.
......................................
........................................
Exemplo: correntes fabricadas sob Norma ANSI B29.1
........................................
só poderão ser utilizadas com rodas dentadas produzidas sob
.......................................
esta mesma Norma.
.......................................
........................................
Ajuste da corrente
........................................
.........................................
O ajuste da folga ou flecha da corrente é de fundamental
.......................................
importância para o seu correto funcionamento. Ao contrário
.......................................
das correias, as correntes não requerem tensão inicial na
........................................
117
SENAI-PR
montagem. Uma flecha de 2% a 3%, da dist6ancia entre ..................................................
centros, que permita sua flexão com a mão, é a folga ........................................
recomendada na montagem da corrente nas rodas dentadas. ........................................
Quando a corrente trabalha tensa demais, isto é, sem folga, ........................................
seus componentes ficam sujeitos a cargas desnecessárias, .......................................
sem por isto transmitir mais potência do que uma corrente .......................................
instalada de forma correta. Isto causa o desgaste rápido das .......................................
articulações da corrente, devido ao excesso de pressão nas .......................................
mesmas, assim como o desgaste acelerado nos mancais dos .......................................
eixos condutor e conduzido. ........................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
A tensão excessiva também desfavorece a formação de ........................................
uma película de óleo entre os componentes da articulação da .......................................
corrente, prejudicando a lubrificação e sendo mais um fator ........................................
que contribui para o desgaste acelerado. .......................................
......................................
Folga em excesso também é prejudicial, por permitir ........................................
vibrações e a flexão da corrente o que, por fadiga e desgaste, ......................................
reduz a vida útil. .......................................
......................................
Em longas distâncias entre centros, recomenda-se a ........................................
utilização de apoios, tais como guias ou rodas dentadas ........................................
intermediárias, para evitar uma flecha excessiva. .......................................
.......................................
........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
118
SENAI-PR
Sistemas de transmissão verticais, sistemas sujeitos a ..................................................
cargas de choque ou reversão e freios dinâmicos devem operar ........................................
com os dois tramos da corrente tensos. Inspeções periódicas ........................................
devem ser realizadas para evitar o acúmulo excessivo de folga. ........................................
.......................................
Para determinar a flecha da corrente, mantenha um .......................................
tramo tenso (permitindo acumular toda a folga no tramo oposto), .......................................
coloque uma régua (como ilustrado na figura abaixo) e .......................................
pressione a corrente no centro do tramo, de forma a permitir a .......................................
medição da flecha. Ajuste os centros das rodas dentadas até ........................................
corrigir o valor da flecha. .......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
Valores da flecha para 2% da distância entre centros das ........................................
rodas dentadas .......................................
......................................
........................................
DISTÂNCIA ENTRE CENTROS (mm):
......................................
500 750 1000 1250 1500 1750 2000 2250.......................................
2500 2750 3000
......................................
........................................
FLECHA (mm): ........................................
.......................................
10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
.......................................
........................................
........................................
RODAS DENTADAS
.........................................
A eficiência de um sistema de transmissão por corrente
.......................................
e a vida útil de seus componentes depende, em grande parte,
.......................................
da interação da corrente com a roda dentada.
........................................
119
SENAI-PR
Informalmente, a seguir, dados importantes referentes ..................................................
às principais dimensões das rodas dentadas. ........................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
Diâmetro primitivo (Dp)
........................................
É o diâmetro definido pela circunferência que passa pelo
.......................................
centro dos pinos da corrente quando, a mesma, abraça a roda
.......................................
dentada.
......................................
.......................................
Diâmetro da raiz do dente (Dr)
.......................................
........................................
É o diâmetro primitivo menos o diâmetro (d1) do rolo da
........................................
corrente. É importante que o diâmetro da raiz do dente não
.......................................
seja superdimensionado o que introduz sobrecargas à
........................................
corrente, eixos mancais, etc.
.......................................
......................................
Quando o número de dentes (z) for par mede-se entre
........................................
as bases de dois vãos opostos.
......................................
Quando o número de dentes (z) for ímpar, mede-se desde
.......................................
a base do vão entre dois dentes até a base do vão oposto
......................................
mais próximo.
........................................
........................................
Diâmetro externo (De)
.......................................
.......................................
É o diâmetro medido sobre o topo dos dentes.
........................................
........................................
O diâmetro máximo do cubo da roda dentada é
.........................................
determinado pela necessidade de folga entre o cubo e as placas
.......................................
da corrente quando, a mesma, abraça a roda dentada.
.......................................
........................................
120
SENAI-PR
O diâmetro máximo do furo da roda depende da ..................................................
resistência necessária da parede do cubo, na qual deve ser ........................................
considerado, também, o rasgo da chaveta. ........................................
........................................
Dp =
p .......................................
180 .......................................
Sen
z .......................................
Dr = Dp − d1 quando z for par .......................................
.......................................
90 ........................................
Dr = Dp Cos − d1 quando z for ímpar
z
.......................................
De = Dp + 1,25 p − d1 (máx.) ......................................
.......................................
MANUTENÇÃO
.......................................
........................................
A manutenção apropriada para correntes de rolo requer:
........................................
.......................................
.......................................
a) lubrificação adequada
......................................
b) inspeção periódica .......................................
c) tensão adequada .......................................
........................................
Uma cuidadosa inspeção periódica das correntes e rodas
........................................
dentadas é necessária para detectar eventuais problemas,
.......................................
antes que sérios danos apareçam na transmissão. O custo
........................................
da manutenção preventiva é diluído na extensão da vida útil da
.......................................
corrente. A freqüência da inspeção será feita em função da
......................................
aplicação da corrente. Uma lista de inspeção deve fazer parte
........................................
da rotina de manutenção onde constem dados como: data da
......................................
instalação da corrente, freqüência de lubrificação, data do último
.......................................
ajuste, etc. Durante o período inicial de operação da corrente,
......................................
isto é, nas primeiras horas de trabalho, é conveniente fazer-se
........................................
inspeções mais freqüentes e os ajustes necessários. Vencido
........................................
este período inicial, a inspeção poderá ser feita com intervalos
.......................................
maiores de tempo.
.......................................
........................................
Substituição da corrente e da roda dentada
........................................
.........................................
As correntes de rolo para transmissão de potência
.......................................
mecânica são projetadas de forma que o final de sua vida útil
.......................................
........................................
121
SENAI-PR
seja conseqüência do desgaste de seus componentes ..................................................
(principalmente, pino e bucha) e não por ruptura. ........................................
........................................
Neste último caso, tanto quando a ruptura ocorrer por ........................................
cizalhamento do pino (normalmente, pela ultrapassagem da .......................................
carga limite de resistência à tração) como por ruptura de placa .......................................
(normalmente, pela ultrapassagem da carga limite de .......................................
resistência à fadiga), além da substituição da corrente, deve- .......................................
se avaliar as condições da transmissão como um todo, .......................................
incluindo a seleção da corrente. ........................................
.......................................
À medida que os componentes da articulação (pino e ......................................
bucha) sofrem desgaste, o passo da corrente vai se .......................................
modificando e, como conseqüência, o comprimento total, da .......................................
mesma, aumenta. Este alongamento deve ser compensado ........................................
ajustando a distância entre os centros das rodas dentadas, ........................................
ajustando o esticador ou reduzindo o comprimento total da .......................................
corrente (através da retirada de um ou mais elos). .......................................
......................................
Em caso contrário, a folga excessiva provocará vibrações .......................................
prejudiciais à transmissão podendo, então, a corrente acavalar .......................................
nos dentes da roda dentada, o que ocasionará trancos e ........................................
impactos no sistema. ........................................
.......................................
As rodas dentadas são projetadas de forma a admitir ........................................
um certo desgaste e um conseqüente alongamento da .......................................
corrente. Porém, este alongamento tem um limite. A avaliação ......................................
deste alongamento é feita através da medição do comprimento ........................................
da corrente. ......................................
.......................................
Este procedimento de medição é extremamente simples. ......................................
O primeiro passo é aplicar, ao tramo escolhido, uma carga ........................................
mínima a qual elimine as folgas entre pinos e buchas e que ........................................
mantenha a corrente em linha reta. Deve-se utilizar o maior .......................................
número de passos possível (no mínimo, 4 passos). .......................................
........................................
A medição pode ser feita pelo uso de uma régua metálica ........................................
ou trena, escolhendo um pino em cada extremidade do tramo .........................................
a ser medido e determinando a distância entre eles (através .......................................
do uso do mesmo ponto de referência em cada pino). .......................................
........................................
122
SENAI-PR
A borda da cabeça do pino é, normalmente, um bom ..................................................
ponto de referência como representado a seguir: ........................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
O percentual de alongamento é definido da seguinte
.......................................
forma:
.......................................
........................................
comprimento medido − ( passo
........................................
no min al × nº de passos medidos
% alongamento = × 100 .......................................
( passo no min al × nº de passos medidos
.......................................
......................................
Exemplo: a medição de 20 elos de uma corrente ANSI .......................................
160, de 2”(50,8 mm) de passo deu como resultado 1.038,86 .......................................
mm. ........................................
1.038,86 − (50,8 × 20) ........................................
% alongamento = × 100 = 2,25%
(50,8 × 20) .......................................
........................................
O limite de alongamento máximo permitido é de 3% a .......................................
5%. Além destes percentuais, a corrente não tem mais ......................................
condições de operar e, desta forma, deverá ser substituída. ........................................
......................................
Do mesmo modo que a corrente, a roda dentada sofre .......................................
desgaste na face do dente (pelo atrito com o rolete da corrente). ......................................
........................................
Este desgaste é perceptível a olho nú através da ........................................
verificação de que o vão entre os dentes começa a aumentar .......................................
e o perfil, do dente, a se deformar. Esta deformação faz com .......................................
que o dente tenda a tomar um formato tipo “bico de papagaio” ........................................
........................................
Como resultado desta mudança, a corrente fica .........................................
sobrecarregada, prejudicando sua entrada e saída na roda .......................................
dentada, causando “chicotaços”, vibrações e operação .......................................
irregular, principalmente, em altas velocidades. ........................................
123
SENAI-PR
Isto, determina o final da vida útil das rodas dentadas, as ..................................................
quais, na maioria dos casos, podem ser invertidas no eixo (uma ........................................
boa solução para aumentar a vida útil das mesmas). ........................................
........................................
A eficiência do sistema, formado pelas rodas dentadas .......................................
e a corrente, depende da interação das mesmas. As normas .......................................
de fabricação de ambas devem ser correspondentes, nunca .......................................
devendo ser instalada uma corrente nova m rodas dentadas .......................................
desgastadas ou ao contrário. .......................................
........................................
A seguir, relacionamos os problemas mais comuns .......................................
numa transmissão, dados as prováveis causas e soluções: ......................................
.......................................
CAUSAS E SOLUÇÕES .......................................
........................................
a) Barulho excessivo ........................................
.......................................
w Possíveis causas: .......................................
......................................
.......................................
1 – desalinhamento das rodas dentadas;
.......................................
2 – corrente com excessiva ou pouca folga; ........................................
3 – lubrificação inadequada; ........................................
.......................................
4 – mancais soltos;
........................................
5 – corrente ou rodas dentadas com desgaste excessivo; .......................................
6 – passo maior do que o necessário. ......................................
........................................
......................................
w Soluções:
.......................................
......................................
1 – alinhar as rodas dentadas; ........................................
2 – ajustar distância entre centros das rodas; ........................................
.......................................
3 – propiciar uma boa lubrificação e certificar-se de que
.......................................
o mecanismo de lubrificação está alcançando as ........................................
partes mais solicitadas da corrente; ........................................
.........................................
4 – inspecionar os mancais e rolamentos reapertando
.......................................
porcas e parafusos; .......................................
........................................
124
SENAI-PR
..................................................
5 – substituir a corrente e/ou rodas dentadas (algumas
........................................
rodas dentadas podem ser invertidas); ........................................
6 – rever a seleção da corrente. ........................................
.......................................
b) Desgaste interno dos elos e nos lados .......................................
dos dentes da roda dentada .......................................
.......................................
w Possível causa: desalinhamento. .......................................
........................................
w Solução: remover a corrente e corrigir o alinhamento .......................................
dos eixos e rodas dentadas. ......................................
.......................................
c) Corrente acavalada na roda dentada .......................................
........................................
w Possível causas: ........................................
.......................................
.......................................
1 – encaixe incorreto na roda dentada;
......................................
2 – corrente desgastada; .......................................
3 – arco de abraçamento, da corrente na roda dentada, .......................................
........................................
insuficiente;
........................................
4 – corrente com flecha excessiva; .......................................
5 – depósito de sujeira nos dentes das rodas; ........................................
.......................................
6 – diâmetro da raiz do dente sobredimensionado.
......................................
........................................
w Soluções: ......................................
.......................................
......................................
1 – certificar-se de que o diâmetro da raiz do dente não
........................................
esteja maior do que o especificado; ........................................
2 – substituir a corrente e roda dentada; .......................................
.......................................
3 – modificar o arranjo da transmissão ou colocar um
........................................
esticador para melhorar o arco de abraçamento; ........................................
4 – ajustar distância entre centros ou esticadores; .........................................
.......................................
5 – remover a sujeira depositada nos dentes; proteger a
.......................................
........................................
125
SENAI-PR
roda do contato com material indesejável; usar rodas ..................................................
dentadas com folga de alívio no polígono primitivo.
........................................
........................................
6 – verificar dimensões da roda dentada.
........................................
.......................................
d) Quebra de pinos, buchas ou rolos .......................................
.......................................
w Possíveis causas: .......................................
.......................................
1 – velocidade da corrente muito elevada para o tamanho ........................................
do passo e roda dentada;
.......................................
......................................
2 – pesados choques ou repentina aplicação de grandes
.......................................
cargas; .......................................
3 – depósito de sujeira no fundo do dente da roda dentada;
........................................
........................................
4 – lubrificação inadequada;
.......................................
5 – corrosão da corrente ou rodas dentadas; .......................................
6 – encaixe incorreto da corrente na roda.
......................................
.......................................
.......................................
w Soluções:
........................................
........................................
1 – usar uma corrente de passo menor, com capacidade
.......................................
de carga maior ou equivalente, certificando-se de que ........................................
o número de dentes da roda dentada esteja de acordo
.......................................
......................................
com os limites de velocidade da mesma. Se
........................................
necessário, selecionar uma roda dentada com um ......................................
número maior de dentes;
.......................................
......................................
2 – reduzir as cargas de choque. Cargas iniciais
........................................
moderadas proporcionam vida longa à corrente; ........................................
3 – remover a sujeira depositada nos dentes;
.......................................
.......................................
4 – usar lubrificação adequada;
........................................
5 – proteger o sistema da corrosão; ........................................
6 – verificar a existência de desgaste na roda dentada e
.........................................
.......................................
se o diâmetro da raiz do dente está corretamente
.......................................
dimensionado. ........................................
126
SENAI-PR
e) Corrente adere a roda dentada ..................................................
........................................
w Possíveis causas: ........................................
........................................
.......................................
1 – aplicação incorreta ou excessivo desgaste das rodas
.......................................
dentadas; .......................................
2 – óleo muito denso ou muito aderente; .......................................
.......................................
3 – depósito de sujeira no fundo do dente da roda dentada
........................................
motriz. .......................................
......................................
w Soluções: .......................................
.......................................
1 – Substituir a corrente e as rodas dentadas (algumas ........................................
........................................
rodas dentadas podem ser invertidas);
.......................................
2 – limpar a transmissão e empregar lubrificantes .......................................
corretos; ......................................
.......................................
3 – remover a sujeira depositada nos dentes.
.......................................
........................................
f) Corrente chicoteia
........................................
.......................................
w Possíveis causas:
........................................
.......................................
1 – flecha excessiva; ......................................
2 – altas cargas pulsantes; ........................................
......................................
3 – articulação rígida em um ou mais elos;
.......................................
4 – desgaste não uniforme da corrente. ......................................
........................................
w Soluções: ........................................
.......................................
1 – ajustar distância entre centros ou instalar um .......................................
........................................
esticador;
........................................
2 – reduzir as cargas, se possível, ou substituir por uma .........................................
corrente mais adequada; .......................................
.......................................
........................................
127
SENAI-PR
3 – remover os elos sem articulação ou bater os pinos ..................................................
........................................
para aumentar a folga entre as placas externas;
........................................
4 – substituir a corrente. ........................................
.......................................
g) Enrigecimento das articulações da corrente .......................................
.......................................
w Possíveis causas: .......................................
.......................................
1 – desalinhamento das rodas dentadas; ........................................
.......................................
2 – lubrificação incorreta – provoca desgaste;
......................................
3 – corrosão; .......................................
4 – sobrecargas excessivas; .......................................
........................................
5 – depósito de matéria nas articulações da corrente;
........................................
6 – deformação das bordas das placas laterais. .......................................
.......................................
w Soluções: ......................................
.......................................
1 – revisar rodas dentadas e alinhamento dos eixos; .......................................
........................................
2 – remover a corrente, limpar e lubrificar;
........................................
3 – proteger a corrente da corrosão; .......................................
4 – reduzir o excesso de carga; ........................................
.......................................
5 – colocar proteção para a corrente e lubrificá-la mais
......................................
freqüentemente; ........................................
6 – eliminar a deformação ou substituir a corrente. ......................................
.......................................
......................................
h) Quebra dos dentes da roda
........................................
........................................
w Possíveis causas:
.......................................
.......................................
1 – obstruções ou materiais estranhos dentro da caixa
........................................
de proteção da transmissão; ........................................
2 – excesso de choques com pesadas cargas. .........................................
.......................................
Especialmente, com pequenas rodas de ferro fundido;
.......................................
........................................
128
SENAI-PR
..................................................
3 – corrente “acavala” nos dentes da roda.
........................................
........................................
w Soluções:
........................................
.......................................
1 – verificar folga entre roda dentada e a corrente. .......................................
Remover materiais estranhos; .......................................
.......................................
2 – reduzir cargas de choque excessivas. Usar rodas
.......................................
dentadas de aço; ........................................
3 – veja c-1 a c-6. .......................................
......................................
i) Queda dos contrapinos .......................................
.......................................
w Possíveis causas: ........................................
........................................
.......................................
1 – vibração;
.......................................
2 – contrapinos batem na proteção; ......................................
3 – contrapinos instalados incorretamente (devem .......................................
.......................................
ser previamente deformados lateralmente e apertados
........................................
contra a placa lateral da corrente). ........................................
.......................................
w Soluções ........................................
.......................................
......................................
1 – reduzir vibrações; ........................................
......................................
2 –eliminar obstruções ou bater levemente nas .......................................
extremidades dos contrapinos, até que os mesmos ......................................
se apertem contra as placas laterais. Substituir a ........................................
corrente contrapinada por uma rebitada; ........................................
.......................................
3 – instalar corretamente os contrapinos. .......................................
........................................
Procedimento para estocagem ........................................
.........................................
1º caso : CORRENTE USADA .......................................
.......................................
1- Lavar, perfeitamente, a corrente com querosene; ........................................
129
SENAI-PR
2- Enrolar a corrente; ..................................................
........................................
3- Mergulhar a corrente em graxa anti-corrosiva, ........................................
levemente aquecida (banho-maria), para torná-la mais ........................................
líquida. Manter a corrente no banho o tempo .......................................
necessário para que a graxa penetre entre todos os .......................................
componentes da mesma (máximo: 10 minutos); .......................................
.......................................
4- Retirar a corrente do banho e aguardar até a graxa .......................................
atingir maior viscosidade; ........................................
.......................................
5- Embalar a corrente e estocá-la, de prefer6encia, em ......................................
caixa de madeira fechada. .......................................
.......................................
2º caso: CORRENTE NOVA ........................................
........................................
1- Manter a corrente dentro da caixa (fechada), conforme .......................................
recebida da fábrica, pois a mesma recebeu um banho .......................................
anti-corrosivo; ......................................
.......................................
2- Se a corrente foi muito manipulada, aplicar a graxa .......................................
nos pontos onde a manipulação possa ter retirado a ........................................
proteção. Estocar conforme ítens 2 e 5 do 1º caso. ........................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
........................................
......................................
.......................................
......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
130
SENAI-PR
..................................................
ELEMENTOS DE VEDAÇÃO
........................................
........................................
INTRODUÇÃO ........................................
.......................................
O desenvolvimento humano desencadeou a criação de .......................................
uma série de dispositivos que nos conduziram ao estágio atual. .......................................
Certamente a vedação contribuiu de maneira fundamental, .......................................
contudo também ela sofreu uma evolução. .......................................
........................................
Por volta do século XVIII, com o advento das máquinas a .......................................
vapor, a história registra o uso de O’Rings de ferro fundido ......................................
para vedações de cilindros. No entanto, devemos a Niels A. .......................................
Christesen as patentes obtidas nos USA e Canadá do O’Ring .......................................
como hoje é conhecido. ........................................
........................................
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO .......................................
.......................................
A transmissão de energia mecânica pode ser efetuada ......................................
por diversos meios: mecânicos, fluídos, etc... Devido a .......................................
praticidade utiliza-se o meio fluído, que pode ser água, óleo .......................................
solúvel, etc... ........................................
........................................
Baseado no Princípio de Pascal, onde a força aplicada a .......................................
uma massa líquida incompreensível se transmite por igual a ........................................
todos os pontos do líquido e as paredes do recipiente que o .......................................
contém. Utiliza-se nos sistemas hidráulicos óleos ......................................
incompreensíveis. ........................................
......................................
Na construção das máquinas, surge um problema: como .......................................
reter o óleo dentro do reservatório para evitar o vazamento de ......................................
pressão e fluído do sistema. ........................................
........................................
Métodos de Vedação .......................................
.......................................
1. O’Rings ........................................
2. V’Rings ........................................
3. Anéis raspadores .........................................
4. Anéis União para parafusos .......................................
5. Gaxetas .......................................
6. Retentores ........................................
131
SENAI-PR
ANEL O’ ..................................................
........................................
a) Conceito: ........................................
........................................
É um anel de secção circular, normalmente feito de .......................................
composto elastomérico, abrangendo uma gama variada de .......................................
tamanhos padronizados de acordo com normas internacionais. .......................................
.......................................
b) Geometria: .......................................
........................................
A secção circular é vantajosa em relação a secção .......................................
quadrada ou retangular. ......................................
.......................................
Secção Circular (Anel) .......................................
........................................
w Menor esforço de fechamento ........................................
.......................................
w Maior área de vedação .......................................
......................................
w Peça deforma-se sem criar tensões internas .......................................
.......................................
Secção Quadrada (Arruela) ........................................
........................................
w Mais esforço no fechamento .......................................
........................................
w Menor área de vedação .......................................
......................................
w Peça deforma-se, criando tensões internas, tendência ........................................
a forma circular. ......................................
.......................................
c) Efeito da Pressão: ......................................
........................................
O material (Elastômero) de que é feito o anel, é submetido ........................................
a pressão de trabalho e por ser um fluído de altíssima .......................................
viscosidade, transmite a pressão nos pontos de contato com .......................................
o cilindro e o canal do alojamento. Dependendo da secção do ........................................
anel, profundidade do canal e dureza da borracha, pode ocorrer ........................................
um “escoamento” do anel, provocando mau desempenho da .........................................
vedação, a chamada extrusão. .......................................
.......................................
........................................
132
SENAI-PR
Ver figura esquemática. ..................................................
........................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
........................................
.......................................
d) Interferência: ......................................
.......................................
É a diferença entre o diâmetro da secção do anel e a .......................................
profundidade do canal. ........................................
........................................
O anel deve ser instalado com um pequeno aperto. As .......................................
tolerâncias são definidas pela interferência, a pressão do fluído .......................................
e a dureza do anel. Ver figura. ......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
........................................
e) Dureza do anel: ......................................
.......................................
Os anéis normalmente são fabricados com elastômeros, ......................................
os quais são definidos de acordo com o fluído e temperatura ........................................
de trabalho. ........................................
.......................................
A dureza do elastômero é definida como sendo a .......................................
resistência a penetração de uma agulha padronizada sob carga ........................................
constante. ........................................
.........................................
Como orientação para projeto, ver diagrama a seguir: .......................................
.......................................
........................................
133
SENAI-PR
DIMENSIONAMENTO DE ANÉIS

w Alojamentos Estáticos

Ex. 1: O canal deve ser dimensionado, quando a pressão


for interna, pelo seu diâmetro externo.

Adotando-se DI (diâmetro interno) + 2 vezes a secção


do anel (DS), temos:

DE = DI + 2DS

DE = ∅ externo alojamento
DI = ∅ interno do anel
DS = ∅ secção do anel

134
SENAI-PR
Tolerância: Deverá ser 1% menor que o diâmetro ..................................................
externo do anel. No entanto não deverá exceder 1,5 mm. ........................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
........................................
Ex. 2: O canal deverá ser projetado. Quando a pressão .......................................
for externa. Pelo seu diâmetro interno. ......................................
.......................................
Dl = dl .......................................
........................................
Dl = ∅ interno do canal ........................................
.......................................
Dl = ∅ interno do anel .......................................
......................................
Tolerância: Deverá ser de 1% maior que o diâmetro .......................................
interno do anel. Contudo, não deverá exceder 1,5 mm. .......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
w b) Alojamentos Dinâmicos ........................................
......................................
Ex. 1: O canal deve ser dimensionado, quando o .......................................
alojamento for no pistão, pela seguinte fórmula: ......................................
........................................
DE = di + 2 ds ........................................
.......................................
Como regra geral, a deformação inicial (pré-tensão) deve .......................................
ser a menor possível (menor que DE). ........................................
........................................
O anel deverá preencher entre 60 a 75% da capacidade .........................................
cúbica do alojamento. .......................................
.......................................
........................................
135
SENAI-PR
Ex. 2: O canal deverá ser dimensionado, quando o ..................................................
alojamento for no cilindro, segundo a relação: DI ³ di. ........................................
........................................
Não deverá ser achatado mais do que 3%. ........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
........................................
.......................................
w b) Alojamentos Dinâmicos ......................................
.......................................
Ex. 1: O canal deve ser dimensionado, quando o .......................................
alojamento for no pistão, pela seguinte fórmula: ........................................
........................................
DE = di + 2 ds .......................................
.......................................
Como regra geral, a deformação inicial (pré-tensão) deve ......................................
ser a menor possível (menor que DE). .......................................
.......................................
O anel deverá preencher entre 60 a 75% da capacidade ........................................
cúbica do alojamento. ........................................
.......................................
Ex. 2: O canal deverá ser dimensionado, quando o ........................................
alojamento for no cilindro, segundo a relação: DI ≥ di. .......................................
......................................
Não deverá ser achatado mais do que 3%. ........................................
......................................
.......................................
......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
136
SENAI-PR
f) Deformação Permanente a compressão (DPC) ..................................................
........................................
O composto elastomérico empregado deve ser formulado ........................................
prevendo a deformação permanente ou colapso da vedação. ........................................
Em, caso de severas pressões devemos usar a menor .......................................
interferência possível ou anéis antiextrusão. .......................................
.......................................
.......................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
g) Recomendações para Aplicação
........................................
de Anéis Antiextrusão
.......................................
.......................................
g.1. Sempre que possível use dois anéis antiextrusivos,
......................................
um de cada lado do anel;
.......................................
.......................................
g.2. No caso de apenas um anel antiextrusão, deixe que
........................................
o O’Ring fique entre ele e a zona de pressão;
........................................
.......................................
g.3. O anel antiextrusão pode ser instalado tanto com o
........................................
lado côncavo contra o O’Ring como contra a parede
.......................................
do canal;
......................................
........................................
g.4. Os anéis antiextrusão não deformarão nem falharão
......................................
desde que usados em alojamentos adequados;
.......................................
......................................
g.5. Utilize o catálogo do fabricante para dimensionar o
........................................
alojamento.
........................................
.......................................
.......................................
h) Aplicabilidade em Vedações estáticas e Dinâmicas
........................................
........................................
h.1. Vedações Estáticas:
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
137
SENAI-PR
Não há movimento relativo entre as superfícies, como ..................................................
por exemplo: flange, tampas, assentos de válvulas e uniões. ........................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
........................................
.......................................
As limitações de pressão de trabalho não existem, ......................................
praticamente. Como regra geral, quanto menor a folga, maior .......................................
a pressão. Dependendo do acabamento das superfícies que .......................................
comprimem o anel e paralelismo, podemos chegar a 1000 ........................................
Kgf/cm 2. ........................................
.......................................
COMO INDICAÇÃO GERAL RECOMENDAMOS .......................................
......................................
w Rugosidade inferior a 1,0 mícron sem anel .......................................
antiextrusão; .......................................
........................................
w Rugosidade inferior a 1,6 micra com anel antiextrusão; ........................................
.......................................
w Cantos arredondados com raio aproximadamente ........................................
0,13. .......................................
......................................
h.2. Vedações Dinâmicas: ........................................
......................................
São vedações que atuam entre superfícies que possuem .......................................
movimento relativo. ......................................
........................................
w Vedações dinâmicas com movimento alternativo ou ........................................
recíproco. .......................................
.......................................
Possuem excelente rendimento na hidráulica ou na ........................................
pneumática para pequenos diâmetros. Cursos pequenos e ........................................
médias pressões. .........................................
.......................................
.......................................
........................................
138
SENAI-PR
Para sistemas com velocidades muito baixas não são ..................................................
indicadas devido ao atrito, Provocando aquecimento e desgaste ........................................
prematuro. ........................................
........................................
A melhor aplicação se situa na faixa de 70 Kgf/cm2 e .......................................
velocidade de 0,3 m/s. Com o recurso dos A.A. Extrusão .......................................
podemos chegar a pressões de 100 Kgf/cm2. Outra alternativa .......................................
é o uso de anéis de teflon para pressões de até 250 Kgf/cm2 .......................................
e velocidade de 4 m/s. .......................................
........................................
Outro dado orientativo para aplicação de O’Rings em .......................................
movimento alternativo é não exceder 60 ciclos/minuto ou 200 ......................................
m. de velocidade/segundo. Exceto usando os recursos acima .......................................
expostos. .......................................
........................................
w Vedações Dinâmicas com Movimento Rotativo ........................................
.......................................
Este tipo de vedação é bastante restrito devido a ser .......................................
utilizável em velocidades baixíssimas. ......................................
.......................................
Quando usado a velocidade não pode exceder a 1 m/s e .......................................
pressões de 50 Kgf/cm2. ........................................
........................................
O alojamento deve ficar na parte estacionária do sistema .......................................
e deve impedir a rotação do anel. ........................................
.......................................
......................................
........................................
......................................
.......................................
......................................
i) Vedações de face: ........................................
........................................
Aplica-se um anel, pressionando-o contra a face de .......................................
contato da outra parte, vedando a passagem do fluído. .......................................
........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
139
SENAI-PR
j) Vedações por Esmagamento: ..................................................
........................................
O anel ocupa de 90 a 95% do volume do alojamento. ........................................
Sendo virtualmente esmagado dentro do mesmo. Sempre que ........................................
se fizer manutenção no conjunto, deve-se trocar o O’Ring , .......................................
pois fica completamente deformado. É uma das variantes das .......................................
vedações estáticas mais eficientes. .......................................
.......................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
l) Vedações Pneumáticas:
......................................
.......................................
Podem ser usadas qualquer uma das descritas
.......................................
anteriormente, porém são classificadas diferentes.
........................................
........................................
m) Vedações de Vácuo:
.......................................
........................................
Igualmente podem ser um dos tipos especiais, exceto
.......................................
pneumática, sendo classificadas separadamente. Devem
......................................
possuir o requisito de baixo vazamento dos sistemas de vácuo,
........................................
ou seja, baixa permeabilidade a gazes.
......................................
.......................................
n) Limitações no Uso de O’Rings:
......................................
........................................
w Baixas a altas temperaturas;
........................................
.......................................
w Atritos em altas velocidades;
.......................................
........................................
w Contingência de espaço disponível para sua colocação
........................................
ou folgas muito grandes
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
140
SENAI-PR
o) Detalhes para Montagem: ..................................................
........................................
Para um bom desempenho do anel, deve-se observar ........................................
alguns aspectos importantes na montagem dos mesmos: ........................................
.......................................
w Não deve possuir rebarba de fabricação, impurezas, .......................................
sulcos de usinagem ou moldagem; .......................................
.......................................
w Limpar antes da montagem de preferência com o .......................................
próprio fluído de trabalho, evitando solventes ........................................
agressivos; .......................................
......................................
w Examinar se o êmbolo, cilindro e alojamento .......................................
apresentam perfeitas condições; .......................................
........................................
w Pré-lubrificar o anel antes da montagem com graxa ........................................
ou óleo; .......................................
.......................................
w Aperto máximo de 30%; ......................................
.......................................
w Aperto mínimo de 0,18 mm; .......................................
........................................
w Quando da montagem do anel for necessário esticá- ........................................
lo nunca deverá exceder a 5% do seu diâmetro interno .......................................
e deixar repousar para que volte as dimensões ........................................
originais antes de montar o conjunto; .......................................
......................................
w A borda do pistão deverá possuir um ângulo de entrada ........................................
de aproximadamente 15º e uma profundidade de 2 a 8 ......................................
mm, conforme tabelas dos fabricantes. .......................................
......................................
w Adotar dispositivos de montagem para evitar possíveis ........................................
danos provocados para cantos vivos, roscas, etc... ........................................
.......................................
ANEL V .......................................
........................................
Conceito: ........................................
.........................................
É um anel constituído internamente de uma peça rígida .......................................
e um lábio externo. A união se dá em formato V. .......................................
........................................
141
SENAI-PR
Geometria: ..................................................
........................................
O formato do anel possibilita sua aplicação em sistemas ........................................
rotativos de altas velocidades e baixíssimas pressões. ........................................
.......................................
Montagem: .......................................
.......................................
É fixado no eixo sob pressão e girando solidário ao mesmo .......................................
pela ação centrífuga joga para fora da área de vedação .......................................
sujidades. ........................................
.......................................
A eficiência de vedação é dada pelo lábio que pressiona ......................................
a face estacionária perpendicular ao eixo. .......................................
.......................................
A face estacionária deve possuir acabamento com ........................................
rugosidade inferior a 4,0 micrômetro e isenta de partículas ........................................
abrasivas. .......................................
.......................................
Modelos: ......................................
.......................................
Via de regra são três os tipos de V’Rings
.......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
........................................
Indicações:
......................................
.......................................
São usados em laminadores e máquinas operatrizes,
......................................
cuja pressão não exceda a 0,3 Kgf/cm2 e velocidade até 40
........................................
m/s.
........................................
.......................................
ANEL RASPADOR
.......................................
........................................
a) Conceito:
........................................
.........................................
É um anel constituído semelhante ao V’Ring: um lábio
.......................................
de raspagem de ângulo positivo e uma secção rígida com ou
.......................................
sem anel metálico.
........................................
142
SENAI-PR
b) Função: ..................................................
........................................
É utilizado para limpeza de sujeiras que depositam nos ........................................
êmbolos das máquinas hidráulicas e pneumáticas. Nas ........................................
máquinas rotativas usa-se retentores com sistema tapa-pó. .......................................
.......................................
c) Montagem: .......................................
.......................................
A altura menor do anel raspador deve corresponder a .......................................
altura máxima do alojamento. Evitando acúmulo de sujeira ........................................
dentro do alojamento. O lábio de raspagem não deve ficar em .......................................
contato com saliências da superfície deslizante. ......................................
.......................................
d) Modelos: .......................................
........................................
São 6 modelos básicos. ........................................
.......................................
e) Indicações: .......................................
......................................
Os modelos AS-1 e AS-2, possuem capa metálica para .......................................
montagem em alojamento de extremidade aberta em máquinas .......................................
da construção civil, fundição e cimento. ........................................
........................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
........................................
......................................
Os modelos AS-3, AS-5 e AS-8 são indicados para .......................................
pequenos diâmetros. ......................................
........................................
O modelo AS-9 é aplicado quando se quer excepcional ........................................
eficiência de raspagem e vida útil longa. São fabricados em .......................................
poliuretano com bissulfeto de molibdênio. Utilizados em .......................................
máquinas da construção civil, fundição, agrícola, cimento e ........................................
outras em geral. ........................................
.........................................
Como foi visto, os modelos sem anel metálico são .......................................
restritos a pequenos diâmetros. Visto que para diâmetros .......................................
maiores há o risco do levantamento do lábio pelo movimento ........................................
143
SENAI-PR
ou pela pressão. Os alojamentos devem ser usinados com ..................................................
tolerâncias mais justas. ........................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
ANÉIS UNIÃO PARA PARAFUSOS .......................................
........................................
É uma junta de borracha com formato trapezoidal e um .......................................
anel metálico. ......................................
.......................................
É utilizado em pequenos flanges e pode sofrer pressões .......................................
superiores a 700 Kgf/cm2. ........................................
........................................
O anel metálico serve para regular o aperto aplicado a .......................................
junta e evitar sua conseqüente deformação. .......................................
......................................
Montagem: .......................................
.......................................
Os mesmos cuidados na instalação de O’Rings devem ........................................
ser adotados com relação ao acabamento das superfícies. ........................................
.......................................
O anel união deve ser centrado pelo diâmetro externo ........................................
evitando que a vedação fique sob a folga entre o parafuso e o .......................................
furo de passagem. ......................................
........................................
GAXETAS ......................................
.......................................
Conceito: ......................................
. ........................................
É um anel de borracha com lábio que serve para vedação ........................................
de sistemas hidráulicos e pneumáticos. .......................................
.......................................
Função da Gaxeta: ........................................
........................................
Normalmente é usado para vedar sistemas com .........................................
movimento alternativo, onde os anéis “O” não são .......................................
recomendados. .......................................
........................................
144
SENAI-PR
A eficiência de vedação é muito boa, porque é ..................................................
proporcional à pressão do fluído e de extrema versatilidade ........................................
porque pode ser usada em sistemas de baixas e altas ........................................
pressões. ........................................
.......................................
Extrusão: .......................................
.......................................
A extrusão ocorre, normalmente na base das gaxetas, .......................................
devido a má distribuição da pressão. Sistemas de altas .......................................
pressões. Além da extrusão podem provocar o rasgo dos lábios ........................................
das gaxetas. Tal fenômeno é reduzido pelo uso de composto .......................................
de propriedades mecânicas elevadas e na redução da folga ......................................
diametral. O modelo UR é o que mais freqüentemente .......................................
apresenta rasgos sob altas pressões. .......................................
........................................
Modelos: ........................................
.......................................
Os modelos usualmente empregados são os seguintes: .......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
Gaxetas Modelo “U”: .......................................
........................................
Os modelos “U” podem ser com perfil simétrico ou .......................................
assimétrico, tendo lábios recuados ou não. ......................................
........................................
Os modelos “U” podem ser com ......................................
perfil simétrico ou assimétrico, tendo lábios .......................................
recuados ou não. ......................................
........................................
w Aplicações em baixas e médias ........................................
pressões ( ≤ 100 Kgf/cm ). .......................................
2

.......................................
........................................
w Máquinas operatrizes, prensas, tratores, máquinas ........................................
agrícolas. .........................................
.......................................
w Sistemas de duplo-efeito, porém exigem alojamentos .......................................
maiores. ........................................
145
SENAI-PR
Gaxetas Modelo “UA”: ..................................................
........................................
Os modelos “UA” de perfil simétrico podem estar ........................................
associados ou não a um anel ou cordão de borracha de secção ........................................
circular. .......................................
.......................................
As pressões vão de 100 a 200 Kgf/cm2 e velocidade de .......................................
0,5 m/s. .......................................
.......................................
Na verdade podemos emprega-las de pressões ........................................
negativas até altas pressões. .......................................
......................................
A Gaxeta UA-1 DE SECÇÃO TRANSVERSAL .......................................
QUADRADA pode ser usada para substituir O’Rings. .......................................
........................................
O modelo UA-2 é de lábio recuado e proporciona máxima ........................................
vedação em condições extremamente severas. .......................................
.......................................
As pressões se situam na faixa de 200 Kgf/cm2 e ......................................
velocidade de 0,5 m/s. .......................................
.......................................
São empregadas em movimentos alternativos de vácuos ........................................
pneumáticos ou hidráulicos ........................................
.......................................
w Bombas de pistões ........................................
.......................................
w Prensas hidráulicas de baixas e altas pressões ......................................
........................................
w Cilindros telescópicos. ......................................
.......................................
......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
146
SENAI-PR
Gaxeta Modelo “UR” ..................................................
........................................
São constituídas de uma gaxeta “U” com anel raspador. ........................................
........................................
w Sistemas de baixas pressões ( ≤ 40 Kgf/cm )
2
.......................................
.......................................
w Velocidade até 0,3 m/s .......................................
.......................................
w Pequenos diâmetros (até 300 mm). .......................................
........................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
Gaxeta Modelo “L”
........................................
........................................
São gaxetas tipo copo de fundo vazado.
.......................................
.......................................
Aplicações: São utilizadas em conjuntos onde as
......................................
pressões são baixas.
.......................................
.......................................
w Pressão ≅ 40 Kgf/cm2
........................................
........................................
w Velocidade≤ 0,5 m/s
.......................................
........................................
Na instalação não devem sofrer compressão acima de
.......................................
10% para evitar distorções no perfil.
......................................
........................................
Como as gaxetas tipo “U” podem ser adaptadas para
......................................
sistemas de duplo efeito, contudo devemos dimensionar o
.......................................
alojamento maior.
......................................
A grande vantagem desta gaxeta é seu baixo coeficiente ........................................
de atrito. ........................................
Para aplicações acima de 40 Kgf/cm2, podemos construí- .......................................
las com revestimento de tecido impregnados de borracha e .......................................
recobertas com pó de grafite. ........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
147
SENAI-PR
Gaxetas Modelo “H” ..................................................
........................................
São constituídas de um anel de borracha e um anel ........................................
metálico utilizado atrás da gaxeta como apoio. ........................................
.......................................
Aplicações: .......................................
.......................................
w Sistemas rotativos de pequenos diâmetros .......................................
.......................................
w Baixas pressões (3 Kgf/cm 2 a 40 Kgf/cm 2 e ........................................
velocidades 20 m/s a 0,5 m/s, respectivamente). .......................................
......................................
w Não devemos exceder a compressão de 10%. .......................................
.......................................
Empregados em sistemas rotativos de pequenos ........................................
diâmetros e baixas pressões. Podemos ter modelos que ........................................
trabalham com pressão de 3 Kgf/cm2 e velocidade de 20 m/s .......................................
a pressão de 40 Kgf/cm2 e velocidade de 0,5 m/s. .......................................
......................................
Como no caso das gaxetas “L” não podemos exceder a .......................................
compressão e 10% na montagem. .......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
........................................
......................................
.......................................
Gaxeta Modelo “T”
......................................
........................................
São constituídos de um disco ou anel metálico e com
........................................
dois lábios de vedação em borracha.
.......................................
.......................................
Aplicações:
........................................
........................................
Seu uso se verifica em sistemas de duplo efeito, onde
.........................................
se requer o máximo aproveitamento do curso.
.......................................
.......................................
........................................
148
SENAI-PR
As pressões de trabalho não devem exceder a 60 Kgf/ ..................................................
cm2 e velocidade inferior a 0,5 m/s. ........................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
Gaxeta Modelo “V”
.......................................
........................................
A gaxeta é constituída de dois lábios unidos em formato
.......................................
“V”, sendo que a pressão nos lábios é proporcional a pressão
......................................
do fluído. Isso confere uma eficiência de vedação elevadíssima
.......................................
e um desgaste mínimo. O material que a constitui é borracha.
.......................................
Tecido e revestimento de grafite em pó.
........................................
........................................
a) Aplicações:
.......................................
.......................................
São normalmente usadas em jogos e a pressão a que
......................................
podem suportar é definida pela quantidade de gaxetas e pelo
.......................................
material com que é fabricada.
.......................................
As pressões podem chegar a 400 Kgf/cm2 e velocidade ........................................
de aproximadamente 0,5 m/s. ........................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
........................................
......................................
.......................................
b) Conjunto de Gaxetas (Chevron)
......................................
........................................
O conjunto é formado por gaxetas “V” e por anéis
........................................
tensionadores.
.......................................
.......................................
b.1) Montagem:
........................................
........................................
A tolerância da altura do jogo pode chegar a + ou – 2
.........................................
mm.
.......................................
Os lábios são montados voltados para o fluído a vedar.
.......................................
........................................
149
SENAI-PR
Nos casos em que para instalação da gaxeta seja ..................................................
necessário corta-las, o corte deverá ser feito com chanfro de ........................................
45º e defasados de 90º ou 180º. ........................................
........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
........................................
b.2) Alojamentos:
.......................................
......................................
Existem tabelas de fabricantes para dimensionamento
.......................................
dos alojamentos e quantidade de peças por conjunto.
.......................................
........................................
Como regra geral quanto maior o número de peças, maior ........................................
a pressão, melhor a vedação e maior o atrito. .......................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
Diâmetro .......................................
Pressões
2
Haste Cilindro Até 340 kg/cm Acima 340
......................................
kg/cm
2

acima de até acima de até ........................................


Nº Nº
Total Total
......................................
de de
A B E D
.......................................
Anéis h Anéis H
- 15 - 25 5 5 2,5 4,5 4......................................
14,5 5 17
15 25 25 38 6,5 6,5 3 6 4 18,5 5 21,5
25 50 38 66 8 8 4 9 5........................................
29 6 33
50 90 66 110 10 10 5 10 5........................................
35 6 40
90 150 110 175 12,5 12,5 6 12 5 42,5 6 48,5
150 400 175 430 15 15 7,5 13 5.......................................
50,5 6 58
400 600 430 640 20 20 10 19 6.......................................
79 7 89
600 900 640 940 20 20 10 19 7 89 8 99
900 - 940 - 25 25 12,5 20 8........................................
120 9 132,5
Tabela para definição de jogos ........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
150
SENAI-PR
RETENTORES ..................................................
........................................
Conceito: ........................................
........................................
É um vedante constituído de uma capa metálica (anel), .......................................
um lábio de borracha e uma mola helicoidal. .......................................
.......................................
Função: .......................................
.......................................
Como seu próprio nome diz, tem por finalidade reter óleos, ........................................
graxas e outros fluídos dentro do sistema. .......................................
......................................
Aplicação: .......................................
.......................................
O retentor é empregado em sistemas rotativos. O ........................................
conjunto do eixo rotativo recebe o retentor, que fica instalado ........................................
dentro de um alojamento (carcaça) do sistema estacionário. .......................................
.......................................
Parâmetros na escolha do retentor: ......................................
.......................................
a) Pressão: .......................................
........................................
Admitem pressões até 1 Kgf/cm2. Colocando-se anel de ........................................
encosto pode chegar até 20 Kgf/cm2. .......................................
........................................
Retentor para pressões até 30 Kgf/cm2 requerem perfis .......................................
especiais. No entanto, para pressões elevadas devemos usar ......................................
selos mecânicos. ........................................
......................................
b) Velocidade: .......................................
......................................
A especificação do retentor adequado é função da ........................................
velocidade periférica, angular e diâmetro do eixo. ........................................
A velocidade periférica determina o tipo de material do .......................................
lábio de vedação. Outros fatores são considerados na definição .......................................
do elastômero, tais como: temperatura e fluído de trabalho. ........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
151
SENAI-PR
152
SENAI-PR
c) Excentricidade:

A excentricidade máxima é determinada pela velocidade


angular do eixo, pelo tipo de material do lábio e pela robustez
do perfil do retentor.

153
SENAI-PR
d) Geometria do Lábio: ..................................................
........................................
A eficiência de vedação é definida pelo perfil do lábio. No ........................................
lábio convencional temos o ângulo de ar o perfil liso. ........................................
Introduzindo-se nervuras ao ângulo de ar, temos o efeito .......................................
hidrodinâmico de vedação, ou seja, ocorre refluxo do óleo que, .......................................
eventualmente, tenha ultrapassado o lábio de vedação. .......................................
.......................................
e) Modelos: .......................................
........................................
Os modelos de retentores são os mais variados .......................................
possíveis. Sendo determinados em função da aplicação ......................................
característica. No entanto, existem modelos básicos, .......................................
alternativos e especiais. .......................................
........................................
Para especificar o modelo consultar catálogo do ........................................
fabricante. .......................................
.......................................
f) Tolerâncias: ......................................
.......................................
As tolerâncias do alojamento são definidas pelo diâmetro .......................................
do eixo e as tolerâncias do retentor são função do diâmetro ........................................
externo do retentor e, se o anel externo é recoberto com ........................................
borracha ou não. .......................................
........................................
Montagem: .......................................
......................................
Os retentores deverão ser mantidos nas embalagens em ........................................
local limpo e à temperatura ambiente. Sempre que manipulados ......................................
evitar tocar no lábio de vedação. .......................................
......................................
Devem estar isentos de rebarba de moldagem e falhas ........................................
de fabricação. ........................................
.......................................
Deverão ser previamente lubrificados com o próprio fluído .......................................
de trabalho. ........................................
........................................
Com regra geral, devemos montar o retentor com a mola .........................................
voltada para o fluído a ser vedado. .......................................
.......................................
........................................
154
SENAI-PR
a) Instalação no Alojamento: ..................................................
........................................
Deverá ser efetuado numa prensa usando-se os ........................................
dispositivos adequados, que podem obedecer os seguintes ........................................
requisitos: .......................................
.......................................
w Perfeita pré-centralização do retentor; .......................................
.......................................
w O dispositivo deve evitar deformações no ato de .......................................
prensar; ........................................
.......................................
w O dispositivo não deve danificar o lábio de vedação. ......................................
.......................................
b) Instalação do Retentor no Eixo: .......................................
........................................
w Chanfrar ou arredondar as superfícies do eixo, por ........................................
onde deve passar o retentor; .......................................
.......................................
w Usar luvas de proteção do lábio, quando tiver que ......................................
passar por saliências, rasgos de chaveta. O diâmetro .......................................
da luva não deve pressionar o lábio, devendo possuir .......................................
superfície polida e limpa; ........................................
........................................
w O eixo não deve ser lixado .......................................
........................................
REGRAS BÁSICAS PARA ALOJAMENTOS E EIXOS
.......................................
......................................
A vida útil das vedações e a eficiência dependerá da boa
........................................
execução e condições do alojamento e demais superfícies de
......................................
contato. Estas regras servem para todos os tipos de vedações.
.......................................
......................................
Alojamentos
........................................
........................................
w Df – é o diâmetro do alojamento;
.......................................
.......................................
w Dr – é o diâmetro do retentor;
........................................
........................................
w O diâmetro deve ser com tolerância ISSO H-8;
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
155
SENAI-PR
w A montagem do retentor deve ser feita com prensa ..................................................
hidráulica; ........................................
........................................
w O acabamento da superfície do furo deverá ser obtido ........................................
por usinagem fina com rugosidade até Rt 16 micra; .......................................
.......................................
w O chanfro de entrada no início do alojamento deve ter .......................................
inclinação de 5 a 15 numa profundidade de 0,8 mm, .......................................
no mínimo; .......................................
........................................
w Os cantos do chanfro deverão estar livres de rebarbas .......................................
da usinagem; ......................................
.......................................
w A interferência dos diâmetros do alojamento e o externo .......................................
do retentor definem o aperto no retentor; ........................................
........................................
w As tolerâncias e os valores recomendados, ver figura 1. .......................................
.......................................
EIXOS ......................................
.......................................
w Na execução do eixo de trabalho deve ser prevista a .......................................
tolerância ISSO H-11; ........................................
........................................
w Acabamento final com retífica de topo com valores de .......................................
rugosidade Ra dentro de 0,2 a 0,5 mícron ou Rt de ........................................
1.6 a 4.0 micra; .......................................
......................................
w Não devemos, na operação de retífica, ter movimentos ........................................
transversais do rebolo para evitar riscos com ......................................
orientação helicoidal; .......................................
......................................
w A superfície de trabalho deve ser isenta de ........................................
danificações, tais como: batidas, sulcos, trincas, falhas ........................................
de material, oxidações ou deformações; .......................................
.......................................
w A dureza na zona de trabalho do retentor deve ser de ........................................
aço com 45 a 60 HRC; ........................................
.........................................
w Materiais como ferro fundido, bronze, alumínio e latão .......................................
devem ser evitados, porque provocam alto desgaste. .......................................
........................................
156
SENAI-PR
Figura 1

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS POLÍMEROS

Os limites de temperatura devem ser orientativos. Porque


o desempenho depende não só da temperatura, mas do meio
em que está inserida a peça.

A durabilidade será maior ou menor quanto mais


afastados dos limites o material ficar exposto.

157
SENAI-PR
Ex: Viton ..................................................
........................................
........................................
Temperatura ºC Hora em Serviço ........................................
230 3000 .......................................
260 1000 .......................................
290 240 .......................................
315 48 .......................................
.......................................
O recurso de utilizarmos antidegradantes, sistemas de ........................................
cura adequados, melhoram sensivelmente o envelhecimento .......................................
térmico. ......................................
NBR Q
.......................................
CR Pu EPDM CEM/EKM CSM ER ACM
.......................................
% Lim. Sup., ºC 120/140 280 120 90 170 230 160 180 175
........................................
% Lim. Inf., ºC -50 -70 -40 -35 -65 -50 -40 -30 -40
........................................
.......................................
BORRACHA ACRILO-NITRILA BUTADIENO - NBR .......................................
......................................
Sua resistência fundamental é aos óleos minerais, .......................................
lubrificantes, abrasão molhado em óleo: adesão a tecidos e .......................................
aos metais, resistência mecânica e facilidade de ........................................
processamento são outras características deste polímero. ........................................
.......................................
A resistência aos óleos é função do teor acrilo-nitrila. As ........................................
borrachas nitrílicas são classificadas de acordo com o grau: .......................................
baixo, médio e alto teor de acrilo-nitrila, 18-24; 30-36; e 40-45, ......................................
respectivamente. ........................................
......................................
Os polímeros de baixo teor são indicados para baixas .......................................
temperaturas e os de alto teor para altas temperaturas. ......................................
........................................
BORRACHA POLICLOROPRENO – CR ........................................
.......................................
Este polímero alia boa resistência ao inchamento em .......................................
óleos minerais e resistência ao ozônio e intemperismo. Exibe ........................................
igualmente, boas propriedades mecânicas. Excelente adesão ........................................
a tecidos e aos metais. Boa resistência a abrasão e à chama. .........................................
.......................................
.......................................
........................................
158
SENAI-PR
EPDM ..................................................
........................................
Dentre os polímeros novos é o que apresenta maior ........................................
versatilidade de aplicação com um custo reduzido. Sua ........................................
excepcional resistência ao ozônio, envelhecimento térmico, .......................................
resistência química a ácidos e bases o torno impar em .......................................
aplicações de extrema severidade, onde tais propriedades são .......................................
exigidas. .......................................
.......................................
O processamento é relativamente simples e possui boas ........................................
propriedades mecânicas. Alguns cuidados devem ser tomados .......................................
com relação a adesão a tecidos e metais. ......................................
.......................................
POLIURETANO – AU .......................................
........................................
É um polímero que apresenta boas propriedades de ........................................
resistência química, óleos lubrificantes, solventes aromáticos. .......................................
Contudo, a aplicação onde se destaca é na resistência a .......................................
abrasão, resistência ao rasgo ou corte. Baixa resistência a ......................................
hidrocarbonetos clorados. .......................................
.......................................
........................................
SILICONE – Q ........................................
.......................................
Sua principal característica é a elevada resistência à ........................................
temperaturas altas e constantes. Assim como em baixas .......................................
temperaturas. Alia boas propriedades mecânicas, resistência ......................................
química a solventes, ácidos, bases, óleos, retardância à chama ........................................
e bom desempenho em ozona e intemperismo. ......................................
.......................................
Possui largo campo de aplicação em grau alimentício e ......................................
medicinal, devido a sua baixíssima toxidade. ........................................
........................................
POLIACRÍLICA - ACM .......................................
.......................................
Possui boa resistência térmica em fluídos aromáticos, ........................................
lubrificantes, de transmissão e hidráulicos. Apresenta também ........................................
resistência a oxidação por ozona, luz solar e baixa .........................................
permeabilidade a gases. É pouco resistente a ácidos, álcoois, .......................................
hidrocarbonetos clorados, ésteres, fosfato, cetonas e vapor .......................................
d’água. ........................................
159
SENAI-PR
POLIETILENO – CLOROSULFONADO - CSM ..................................................
........................................
É um polímero que apresenta bons resultados, tanto em ........................................
baixa temperatura como em alta temperatura, boa resistência ........................................
a ozona, ácidos e bases, óleos e produtos oxidantes. .......................................
.......................................
FLUOROCARBONO – CFM e FKM .......................................
.......................................
São polímeros constituídos de fluoreto de vinilideno e .......................................
outros monômeros. ........................................
.......................................
Dependendo dos monômeros será adotado o sistema ......................................
de cura mais adequado. .......................................
.......................................
As propriedades dependerão da pós-cura feita no ........................................
artefato. ........................................
.......................................
Normalmente, são empregados fluorocarbonos em .......................................
condições bastante severas, tais como: óleo quente, meio ......................................
extremamente corrosivo, etc... .......................................
.......................................
O composto consegue manter as propriedades originais ........................................
em condições tanto de baixa, quanto de alta temperatura. ........................................
Possui baixo coeficiente de atrito e baixa deformação .......................................
permanente a compressão. ........................................
.......................................
O uso de fluorocarbono não é recomendado para contato ......................................
com cetonas, algumas aminas, éteres de baixa massa molar, ........................................
ésteres. ......................................
.......................................
Como todo polímero halogenado apresenta caráter auto- ......................................
extinguível frente à chama. ........................................
........................................
ETILENO-ACRÍLICA – EA .......................................
.......................................
A aplicação deste material se situa entre os polímeros ........................................
polietileno-clorosulfonado e silicone. Ou seja, resistência ao ........................................
calor e óleo. Imunidade ao ozônio. Possui ainda, extrema .........................................
capacidade de absorção de energia numa larga faixa de .......................................
temperatura. .......................................
........................................
160
SENAI-PR
ROTEIRO PARA ESCOLHA DO TIPO DE VEDAÇÃO ..................................................
........................................
TIPO DE EQUIPAMENTO ........................................
........................................
Hidráulico, pneumático, mecânico, etc. .......................................
.......................................
ESTÁTICO OU DINÂMICO .......................................
.......................................
a) Estático .......................................
........................................
w Pressão de trabalho; .......................................
......................................
w Fluído de trabalho; .......................................
.......................................
w Temperatura: constante ou intermitente; ........................................
........................................
w Superfície de contato. .......................................
.......................................
b) Dinâmico ......................................
.......................................
w Pressão de trabalho; .......................................
........................................
w Fluído de trabalho; ........................................
.......................................
w Temperatura: constante ou intermitente; ........................................
.......................................
w Tipo de movimento; ......................................
........................................
w Velocidade angular; ......................................
.......................................
w Velocidade periférica; ......................................
........................................
w Superfície de contato. ........................................
.......................................
.......................................
ESPAÇO DISPONÍVEL
........................................
GEOMETRIA ........................................
.........................................
GRAU DE VEDAÇÃO .......................................
.......................................
ACABAMENTO DAS SUPERFÍCIES DE CONTATO
........................................
161
SENAI-PR
1. O que você entende por vedação?

...........................................................................................................................
............................................................................................................................
...........................................................................................................................
............................................................................................................................

2. Quais os principais métodos de vedação?

...........................................................................................................................
..............................................................................................................................
.............................................................................................................................
...........................................................................................................................

3. O que é interferência? Qual sua finalidade na montagem de anéis


O’Ring?

............................................................................................................................
............................................................................................................................
.............................................................................................................................
............................................................................................................................

4. Como se dividem os alojamentos dos anéis O’Ring?

...........................................................................................................................
.............................................................................................................................
...........................................................................................................................
...........................................................................................................................

162
SENAI-PR
5. Onde usamos os anéis raspadores?

............................................................................................................................
...........................................................................................................................
............................................................................................................................
.............................................................................................................................

6. Explique como funciona a vedação das gaxetas?

.............................................................................................................................
..............................................................................................................................
.............................................................................................................................
............................................................................................................................

7. Quando devemos aplicar a vedação através de retentores?

............................................................................................................................
............................................................................................................................
.............................................................................................................................
..............................................................................................................................

163
SENAI-PR
..................................................
CABOS DE AÇO
........................................
........................................
........................................
O Cabo de Aço é invenção nova? .......................................
.......................................
Não. Não é. O cabo de feito com arames metálicos é .......................................
muito antigo e os primeiros feitos com arame de aço .......................................
apareceram na Alemanha há mais de 150 anos. Conseguiu- .......................................
se com ele, mover coisas que seriam muito complicadas de ........................................
mover com os recursos da época, que eram os cabos de cobre .......................................
e cabos de fibra natural. ......................................
.......................................
Cabos de Aço, cabo de arame, arame (as 2 últimas na .......................................
Marinha), cabo metálico, tudo significa a mesma coisa: Arames ........................................
de aço que são torcidos dado um cabo geralmente redondo. ........................................
.......................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
........................................
......................................
.......................................
......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
........................................
Os arames de aço são conseguidos através de um ........................................
processo chamado trefilação. De um arame grosso faz-se .........................................
um arame mais fino e mais resistente fazendo um monte de .......................................
pequenas reduções no que ele passa por fieiras redondas. .......................................
De uma forma mais grosseira, podemos dizer que o arame é ........................................
164
SENAI-PR
“esticado”. As fábricas têm tabelas e fazem cálculos de que ..................................................
bitola e tipo de arame tem que partir para conseguir os arames ........................................
certos. Os arames podem ser mais ou menos resistentes e ........................................
em conseqüência os cabos também são mais ou menos ........................................
resistentes. .......................................
.......................................
Um cabo menos resistente é pios .......................................
que um mais resistente? .......................................
.......................................
Não, de jeito nenhum. Cada cabo tem seu lugar certo ........................................
para trabalhar e muitas vezes o certo é o menos resistente. .......................................
......................................
Resistência, resistência à tração, RT, LR, força de tração, .......................................
resistência dos arames, tudo quer dizer a mesma coisa: a .......................................
capacidade de agüentar mais ou menos a carga. É mais ou ........................................
menos assim: pegue um barbante fino de algodão (desses ........................................
que se usa para amarrar pão, etc...) e arrebente-o com as .......................................
mãos. Fácil, não é? Agora pegue uma linha de pesca do mesmo .......................................
diâmetro e tente fazer a mesma coisa. Já é muito difícil ou ......................................
impossível. Isto porque, apesar de serem da mesma bitola, .......................................
tem resistência à tração diferentes. Com arames de aço é a .......................................
mesma coisa. Antes de trefilar, escolhemos o vergalhão ........................................
apropriado para chegar nas características que desejamos. ........................................
.......................................
E quantas resistências existem? ........................................
.......................................
Muitas, para complicar. Diversos produtos têm diferentes ......................................
resistências. As mais usuais (de forma simplificada) são: ........................................
......................................
.......................................
PRODUTO NOME NOME ANTIGO NOME ATUAL
2 ......................................
2
AMERICANO (kg/mm (N/mm )
Cordoalhas para curral ........................................
SM 80/100 ........................................
780
Cordoalha HS 120/140 1176
.......................................
Cordoalha EHS Traction steel 140/160 1370
Cabos para elevadores de .......................................
passageiros Traction steel 140/160 ........................................
1370
Cabos Inox Stainlees 140/160 1370
........................................
Cabos galvanizados Plow steel (PS) 160/180 1570
Cabos polidos Improved plow
.........................................
steel (PS) 180/200 .......................................
1770
Cabos polidos Extra-improved .......................................
plow steel (XIPS) 200/220 1960
........................................
165
SENAI-PR
E como se mede essa tal resistência? ..................................................
........................................
Nas fábricas, com um teste chamado ensaio de tração. ........................................
A máquina estica o arame (ou cabo inteiro) até estourar e um ........................................
medidor chamado célula de carga transmite os dados a um .......................................
computador que calcula, mostra na tela, imprime tudo o que .......................................
se passou no teste. Emite depois um certificado, que mostra .......................................
quantos kg o cabo ou arame agüentou. O teste pode ser feito .......................................
fio a fio em uma perna ou no cabo inteiro. Se feito fio a fio, .......................................
usam-se tabelas para somar os valores achados e corrigir as ........................................
perdas na torção, para achar a carga final. Os dois métodos .......................................
são válidos e aceitos internacionalmente. ......................................
.......................................
O cabo é então formado por arames e uma alma. Quando .......................................
se torce os arames formando um feixe, tem-se uma cordoalha. ........................................
........................................
.......................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
Cordoalha se usa para cercar curral, estaiar postes e .......................................
sustentar linhas de transmissão, pára-raios. As mais fininhas ......................................
são largamente usadas nos automóveis como acelerador, ........................................
breque de mão, vidros, travas de capô, afogador e mais ......................................
modernamente nos câmbios. As mais comuns são de 7, 19 .......................................
ou 37 fios. ......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
166
SENAI-PR
Quando se torce cordoalhas em volta de algo (chamado ..................................................
“alma”) tem-se o que chamamos de cabo. A cordoalha muda ........................................
de nome então, e passa a chamar-se PERNA ou cocha ou ........................................
cochada ou ainda pernada. ........................................
.......................................
O cabo então é: um conjunto de pernas, torcidas ao redor .......................................
de uma alma. Cada perna é formada por um conjunto de fios. .......................................
.......................................
O cabos mais comuns são os de 6 pernas. Se você não .......................................
disser outra coisa é esse que vai ganhar quando pedir. O mais ........................................
comum também é com 7 arames por perna quando fino (até .......................................
3/16”) e 19 ou 25 para mais grosso. Mas, vamos ver com mais ......................................
detalhes: .......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
........................................
A letra pode ser: ......................................
.......................................
F = FILLER = Quer dizer que dentro da perna tem ......................................
arames de enchimento, muito fininhos. ........................................
........................................
STD = STANDART = Os arames tem todos o mesmo .......................................
diâmetro, e perna foi feita em mais de uma .......................................
operação. ........................................
........................................
S = SEALE = Indica que os arames da capa da perna .........................................
são mais grossos que os de dentro. .......................................
.......................................
........................................
167
SENAI-PR
W = WARRINGTON = Na capa você tem arames finos e ..................................................
grossos, alternados. ........................................
E dá para misturar as construções, formando outras mais ........................................
complicadas. ........................................
Quanto maior o 2º número, mais flexível é o cabo (e mais .......................................
caro também). .......................................
.......................................
6 x 7 - Usada mais em cabos finos. Das usuais é a mais .......................................
rígida. A mais barata. .......................................
........................................
6 x 19 S – Usado quando tem grande atrito do cabo com .......................................
polias ou outras. Média flexibilidade. ......................................
.......................................
6 x 19 W – Bom para trancos. Desgaste da superfície .......................................
pode ser muito rápido. ........................................
........................................
6 x 25 F – De 3/8” a 7/8” é a mais usada, pau para toda .......................................
obra. Média flexibilidade. .......................................
......................................
6 x 36 ou 6 x 41 – Funcionam igual. Grande flexibilidade. .......................................
Ideal para equipamentos que enrola, e desenrolam .......................................
o tempo todo. ........................................
........................................
O cabo ainda pode ser à direita ou à esquerda, .......................................
regular ou lang. ........................................
.......................................
Regular ou cruzada (mais comum) – Os arames são ......................................
torcidos para um lado e as pernas para outro. ........................................
......................................
Lang – Os arames foram torcidos para o mesmo lado .......................................
do cabo. ......................................
........................................
À direita ou S (mais comum) – As pernas apontam para ........................................
a direita. .......................................
.......................................
À esquerda ou Z – As pernas apontam para a esquerda. ........................................
........................................
Os cabos lang são mais flexíveis mas também são muito .........................................
mais complicados de usar. Se você não souber usar cabos .......................................
ainda, não comece com eles. A tendência a formar nós é maior, .......................................
assim como a de desenrolar e abrir. ........................................
168
SENAI-PR
..................................................
........................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
Cabo regular à direita
........................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
......................................
.......................................
Cabo torção Lang à direita.
.......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
........................................
......................................
.......................................
Cabo regular à direita. Este é o tipo mais comum de se encontrar
......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
Cabo torção à esquerda. ........................................
169
SENAI-PR
As pernas são torcidas em volta de uma ALMA ou madre ..................................................
ou AF ou FC (fiber core = inglês) ou AP (alma de polipropileno). ........................................
Esta pode ser fibra ou aço. A fibra pode ser natural ou artificial. ........................................
........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
........................................
Fibra natural – Usa-se SISAL, produto brasileiro, .......................................
abundante o Nordeste. Quando você ouvir falar em alma de ......................................
fibra ou alma de cânhamo (denominação antiga, não se usa .......................................
mais cânhamo) é sisal que você vai ganhar. Cabos muito finos .......................................
podem ter algodão muito fininho na alma. A alma de fibra é ........................................
engraxada normalmente. Quando o cabo trabalha, a graxa da ........................................
alma é empurrada para fora, entre as penas e ajuda a lubrificar .......................................
o cabo. .......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
A alma de fibra sintética é usada principalmente em
.......................................
cabos mais finos. Alguns cabos para elevador estão usando
......................................
esta alma também. De lubrificação mais complicada (não retém
........................................
a graxa tão bem como o sisal) não “pegou” em cabos mais
......................................
grossos. Tem a vantagem da maior durabilidade, por não
.......................................
apodrecer como o sisal.
......................................
........................................
Também aqui, se você comprar um cabo e não
........................................
especificar nada ao contrário, é alma de fibra que vai ganhar.
.......................................
Não se preocupe. Ela é usada em 90% das vezes.
.......................................
........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
170
SENAI-PR
..................................................
........................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
Alma de aço, alma metálica, AA, AACI, IWRC, steel core ........................................
(inglês), tudo quer dizer que as pernas foram torcidas em volta .......................................
de uma alma composta de arames. Ela pode ser uma outra ......................................
perna, igual às 6 de fora e neste caso se chama AA. É usada .......................................
quase sempre nos cabos mais finos, até ¼”. Daí para cima, o .......................................
comum é fazer-se um outro cabo 7x7 (7 pernas com 7 arames ........................................
cada perna) que vai servir de alma. É o total de AACI (alma de ........................................
aço de cabo independente) ou IWRC. .......................................
.......................................
Você deve pedir alma de aço quando: ......................................
1- O cabo vai levar trancos. .......................................
.......................................
2- O cabo vai enrolar desordenadamente no tambor ou ........................................
guincho (para evitar do cabo ficar oval ou amassado). ........................................
.......................................
3- Quando trabalhar em temperaturas maiores que ........................................
200ºC. .......................................
......................................
Dica importante: Quando trabalhar em temperatura entre ........................................
200º e 400ºC, use um cabo com alma de aço que agüente o ......................................
dobro da carga do normal. .......................................
......................................
E quanto agüenta um cabo? Depende da resistência ........................................
dos arames e da construção. Se você não está seguro ainda ........................................
nestes assuntos, já tem o cabo e não sabe direito como usá- .......................................
lo, .......................................
........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
171
SENAI-PR
NÃO ULTRAPASSE AS CARGAS DA TABELA A SEGUIR: ..................................................
........................................
........................................
Diâmetro Laços ........................................
do tipo
Polegadas Milímetros Cabo a metro Laço M-5 Laço M-4
.......................................
Laço M, M-3 e M-6
1/16 1,5 16 .......................................
3/32 2,5 60 .......................................
1/8 3 80 .......................................
5/32 4 140 .......................................
3/16 5 240
1/4 6 360 ........................................
990 490
5/16 8 570 .......................................
1.500 770
3/8 10 820 2.200 1.100
......................................
1/2 12 1.400 3.900 1.900
.......................................
5/8 16 2.200 6.000 3.000
3/4 19 3.200 .......................................
8.500 4.300
7/8 22 4.300 ........................................
11.700 5.800
1 25 5.700 15.200 7.600
........................................
Forma errada de medir um cabo
.......................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
........................................
Esta sim é a forma correta de medir. Vale o maior ......................................
comprimento entre pernas.. .......................................
......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
172
SENAI-PR
E medir o diâmetro de um cabo é muito fácil: cabos finos ..................................................
até 1/8” se medem melhor com um micrômetro. Daí para mais ........................................
grosso, usa-se o paquímetro ou calibre. Se você se enrola ........................................
com calibres convencionais, já existem digitais que são bem ........................................
mais fáceis de ler. O diâmetro do cabo é a maior medida que .......................................
você tomar, cuidado para não tomar medida entre “vales”. .......................................
.......................................
O cabo ainda tem um acabamento: os principais são .......................................
polido, galvanizado e inox. .......................................
........................................
O nome polido ou claro ou preto ou engraxado ou .......................................
brite (inglês) não significa que alguém pegou um cabo e deu ......................................
um polimento nele. O nome é muito antigo, continua a ser .......................................
usado e significa somente que os arames não têm proteção. .......................................
São aço natural ou claro. São aço natural ou claro. São sempre ........................................
lubrificados, também por fora porque arames polidos oxidam ........................................
muito rapidamente. Quanto mais fininho, mais rápido. Nas .......................................
bitolas de 5/16” e mais grossas é o mais comum e é o que .......................................
você vai ganhar se não pedir nada diferente. Deve ser mantido ......................................
lubrificado sempre, mesmo em ambiente protegido. Não deve .......................................
ser mantido molhado mas se inevitável, dobrar a freqüência .......................................
de lubrificação. ........................................
........................................
Quando o ambiente fica mais agressivo (ar livre, beira- .......................................
mar, imersão em água e similares) deve-se usar o galvanizado ........................................
ou zincado ou galvanized (inglês). Antigamente os arames .......................................
eram imersos em Zinco líquido depois de prontos. Hoje os ......................................
arames são imersos primeiro e trefilados depois. Isto melhora ........................................
a qualidade dos mesmos. Os arames são então torcidos, como ......................................
se faz com os polidos, formando o cabo. Um cabo galvanizado .......................................
tem que ter todos os arames galvanizados, mesmo os ......................................
interiores, que não se vê. Cabos abaixo de ¼” são quase ........................................
sempre fornecidos galvanizados e quase sempre secos ........................................
também (sem lubrificação). Usam-se também cabos .......................................
galvanizados para plastificar. O Zinco que cobre os arames .......................................
facilita a aderência do plástico. Mas tem um senão: essas ........................................
vantagens todas não vem de graça, cabos galvanizados são ........................................
um pouco mais caros que os polidos. .........................................
.......................................
.......................................
........................................
173
SENAI-PR
E quando o ambiente fica agressivo mesmo, aí não tem ..................................................
jeito: tem-se que partir para o Inox ou Inoxidável ou stainless ........................................
(inglês). Para trabalhar em água do mar, ácidos e álcalis, ........................................
higiene absoluta (indústria alimentícia por exemplo), quando ........................................
se quer que dure (náutica) ou que simplesmente fique bonito, .......................................
o que resolve é o Inoxidável. .......................................
.......................................
Dica importante: Inoxidável não quer dizer que não .......................................
enferruja nunca! Quer dizer sim, que vai levar muito mais .......................................
tempo para oxidar. ........................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
Inox: Para que dure ou fique só bonito, é sempre uma
........................................
boa opção.
........................................
.......................................
Cuidado com as ligas. Nem todas são boas para cabos.
........................................
.......................................
Vale a pena recordar que no Brasil a medida de diâmetro
......................................
que vale mesmo é a polegada. Se você tem alguma
........................................
especificação em milímetros (da Europa por exemplo) veja a
......................................
tabela abaixo:
.......................................
......................................
TIPO DE CABO Unidade de diâmetro mais usual
Cordoalhas mecânicas Milímetro ........................................
(automóveis, motos, etc.) ........................................
Cordoalhas para eletrificação, Polegada
currais, etc. .......................................
Cabos normais de 6 a 8 pernas Polegada .......................................
Inox – estais (náuticos) Milímetro
Inox – outros Polegada ........................................
Cabos plastificados (medida milímetro ........................................
externa)
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
174
SENAI-PR
..................................................
........................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
.......................................
........................................
.......................................
......................................
.......................................
.......................................
........................................
Então, se você for comprar no mercado, o mais provável ........................................
é que seja nesse padrão. As fábricas todas podem fazer cabos .......................................
em milímetros mas existem quantidades mínimas que podem .......................................
ser demasiadas para você. Mais vezes vale adaptar o projeto ......................................
que continuar a procurar um cabo que ninguém tem para .......................................
entrega em tempo razoável. .......................................
........................................
Cabos finos e microcabos podem ser medidos melhor ........................................
com o micrômetro. .......................................
........................................
Outro detalhe a observar é o diâmetro de um cabo em .......................................
relação a polias ou tambores. Existem projetistas que ......................................
descobrem que as polias calculadas são incompatíveis com ........................................
os cabos só depois de tudo comprado e montado! Não adianta ......................................
tentar enrolar um cabo duro em volta de uma polia ou tambor .......................................
pequenos. O cabo não agüenta muito tempo e trocar cabos ......................................
quase sempre está relacionado com paradas demoradas e ........................................
caras. E como azar existe, (Lei de Murphy), vai ser sempre ........................................
quando você não poderia nem pensar em parar seu .......................................
equipamento. Abaixo uma tabela orientativa e muito .......................................
simplificada. ........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
175
SENAI-PR
Multiplicar o..................................................
diâmetro do cabo
TIPO DE CABO
em mm pelo ........................................
fator abaixo para
ter o diâmetro da polia em mm
........................................
1 x 19 100
........................................
6x7 56
7x7 .......................................
6 x 19 .......................................
33
6 x 25 .......................................
6 x 36 .......................................
24
6 x 41 .......................................
........................................
A tolerância para diâmetros de cabos internacionalmente .......................................
mais aceita é de –0 + 5%, o que significa: o cabo não pode ter ......................................
diâmetro menor do que o combinado, mas pode ter diâmetro .......................................
até 5% maior do que o combinado. Isto é importante para que .......................................
você proteja equipamentos. ........................................
........................................
Outro caso muito importante é o comprimento. Como .......................................
os instrumentos de medir não são todos iguais e nem sempre .......................................
calibrados, pequenas diferenças na metragem podem existir. ......................................
Aqui se compra cabo a metro e a tolerância para este tipo de .......................................
medida segundo o INPM, que manda nos pesos e medidas é .......................................
de 0,5%. Na prática, seriam: ........................................
........................................
2,5 metros em 500 metros. .......................................
........................................
5 metros em 1.000 metros .......................................
50 metros em 10.000 metros
......................................
........................................
......................................
.......................................
e assim por diante. Qualquer quantidade a mais ou a
......................................
menos, menor ou igual a esse tamanho, não é motivo para
........................................
reclamação. Se você compra direto das fábricas, a bobina
........................................
padrão no Brasil é de 500 metros.
.......................................
.......................................
........................................
........................................
.........................................
.......................................
.......................................
........................................
176
SENAI-PR
..................................................
........................................
........................................
........................................
.......................................
.......................................
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Terminação deficiente! Nunca dê um nó em um cabo de .......................................
aço. Existem maneiras corretas e seguras de fazer isso. .......................................
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E finalizando, não deixamos de repetir e pedir que ........................................
destruam o cabo usado. O melhor seria passar o maçarico .......................................
pelo meio do rolo, sem deixar nenhum pedaço grande. Tem .......................................
havido um número muito grande de casos em que cabos ......................................
usados voltaram ao mercado, colocando em risco a vida das .......................................
pessoas, usando material fatigado e desgastado. Pense .......................................
sempre que um membro de sua própria família pode estar no ........................................
elevador, andaime e equipamento outro que usa cabo reciclado. ........................................
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