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ELEMENTOS DE MÁQUINAS

José Fernando Xavier Faraco


Presidente da FIESC

Sérgio Roberto Arruda


Diretor Regional do SENAI/SC

Antônio José Carradore


Diretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC

Marco Antônio Dociatti


Diretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC

Elementos de Máquinas 2
SENAI/SC Florianópolis 2003
FIESC
SENAI

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina


Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Regional de Santa Catarina

ELEMENTOS DE MÁQUINAS

Florianópolis – 2003

Elementos de Máquinas 3
SENAI/SC Florianópolis 2003
É autorizada a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema
desde que a fonte seja citada

Equipe Técnica:
Organizadores:

Renato Antônio Schramm – Centro de Educação e Tecnologia de Blumenau


Joeci Casagrande – SATC/Criciúma

Coordenação:

Adriano Fernandes Cardos


Osvair Almeida Matos
Roberto Rodrigues de Menezes Junior

S474e

SENAI. SC. Elementos de Máquinas.


Florianópolis : SENAI/SC, 2003.

1. Ar comprimido. 2. Energia pneumática.


3. Consumo de ar. 4. Válvula pneumática

I. Título
621.5

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Departamento Regional de Santa Catarina
www.sc.senai.br

Rodovia Admar Gonzaga, 2765 - Itacorubi


CEP 88034-001 - Florianópolis - SC
Fone: (048) 231-4290
Fax: (048) 234-5222

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Sumário

ELEMENTOS DE MÁQUINAS .................................................................................... 7


Introdução: .................................................................................................................. 7
1 CARGAS PRESENTES NOS ELEMENTOS DE MÁQUINAS ........................................... 8
1.1 Principais Esforços Solicitantes ............................................................................ 8
1.2 Tipos de Esforços ................................................................................................. 9
1.3 Tipos de Esforços Internos (Tensão Interna)...................................................... 10
1.4 Propriedades Mecânicas dos aços ..................................................................... 11
1.5 Tensão Admissível do Material (σ) ..................................................................... 12
1.5.1 - Tensão Admissível para Materiais Dúcteis (Aços)..................................... 12
1.5.2 - Tensão Admissível para Materiais Frágeis ................................................ 12
1.6 Cálculo do coeficiente de segurança .................................................................. 12
1.7 - Exercícios Propostos ........................................................................................ 13
2 TIPOS ELEMENTOS DE MÁQUINAS ...................................................................... 14
2.1 Parafusos ............................................................................................................ 14
2.1.1 Generalidades .............................................................................................. 14
2.1.2 Tipos de Parafusos....................................................................................... 14
2.1.3 Dimensionamento......................................................................................... 16
2.2 Exercícios Resolvidos ......................................................................................... 21
2.3 Exercícios Resolvidos ......................................................................................... 24
2.4 - Exercícios Propostos ........................................................................................ 25
3 ACOPLAMENTOS .............................................................................................. 26
3.1 - Generalidades................................................................................................... 26
3.3 Dimensionamento de Acoplamento Rígido......................................................... 27
3.4 Dimensionamento de Acoplamento Elástico...................................................... 31
3.5 Exercício Resolvido............................................................................................. 33
3.5 Exercícios Propostos .......................................................................................... 33
4 RENDIMENTO DE SISTEMA MECÂNICO ................................................................ 35
4.1 Rendimento dos. Diferentes Tipos de Transmissões ......................................... 35
4.2 Cálculo das Perdas por Transmissões ............................................................... 35
4.3 Exercício Resolvido............................................................................................. 37
4.4 Exercícios Propostos .......................................................................................... 39
5 POTÊNCIA DE ACIONAMENTO ............................................................................ 41
5.1 Cálculo da Potência do Motor ............................................................................. 41
5.2 Exercício Resolvido............................................................................................. 42
5.3 Exercícios Propostos .......................................................................................... 44
6 EIXOS E ÁRVORES ........................................................................................... 46
6.1 Introdução ........................................................................................................... 46
6.2 Projeto de um Eixo.............................................................................................. 46
6.3 Projeto de uma Árvore ........................................................................................ 47
6.3.1 Árvore Sujeita a Esforço Simples de Torção ................................................ 47
6.3.2 Árvore Sujeita a Esforços Combinados de Torção e Flexão ........................ 48
6.4 Rigidez ................................................................................................................ 49
6.5 Afastamento entre Mancais ................................................................................ 50
6.6 Materiais.............................................................................................................. 51
6.7 Exercícios Resolvidos ......................................................................................... 52
7 MOLAS ............................................................................................................ 60
7.1 Generalidades..................................................................................................... 60
7.2 Tipos Principais de Molas .................................................................................. 60
7.2.1 Molas Helicoidais.......................................................................................... 60
7.2.2 Molas de Prato (Belleville) ............................................................................ 60

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7.2.2 Molas de Prato (Belleville) ............................................................................ 61
7.2.3 Molas de Lâminas ........................................................................................ 61
7.2.4 Molas de Torção (Barra de Torção) ............................................................. 61
7.3 Dimensionamento ............................................................................................... 62
7.3.1 Fórmula ....................................................................................................... 62
7.3.1.7 Comprimento Máximo da Mola (Hmáx) .................................................... 64
7.3.1.8 Comprimento da Mola Livre (H) e Fechada (h) ........................................ 64
7.4 - Tipos de Extremidades das Molas de Compressão ......................................... 64
7.5 Tensão Máxima com a Mola Fechada ................................................................ 68
7.6 Exercícios Resolvidos ......................................................................................... 68
7.7 Exercícios Propostos .......................................................................................... 69
8 TRANSMISSÃO POR CORREIAS .......................................................................... 71
8.1 Generalidades..................................................................................................... 71
8.2 Tipos de Correias................................................................................................ 71
8.2.1 Material ......................................................................................................... 71
8.2.2 Utilização ..................................................................................................... 71
8.3 Esforços na Correia ............................................................................................ 72
8.4 Esquema de uma Transmissão .......................................................................... 73
8.5 Comprimento da Correia Plana Aberta ............................................................... 73
8.6 Dimensionamento da Correia Plana ................................................................... 73
8.8 Cálculo da Velocidade Tangencial na Polia Motora (m/s) .................................. 87
8.9 Cálculo da Potência Efetiva da Correia (Capacidade)....................................... 88
8.10 Cálculo da Largura da Correia ......................................................................... 88
8.11 Cálculo da Potência Unitária (Nu).................................................................... 88
8.12 Cálculo da Largura da Correia ......................................................................... 88
8.13 Exercício Resolvido.......................................................................................... 88
8.14 Exercício Proposto ........................................................................................... 90
8.15 Correias Trapezoidais ou em "V" ..................................................................... 90
8.15.1 Distância entre Centros ............................................................................. 91
8.15.2 Tipos de Correia ........................................................................................ 91
8.15.3 Cálculo da Potência Efetiva da Correia ...................................................... 93
8.15.4 Cálculo do Comprimento da Correia (L) ..................................................... 94
8.15.5 Cálculo da Potência Unitária ..................................................................... 94
8.15.6 Cálculo do Número de Correias ................................................................ 94
8.16 Exercício Resolvido.......................................................................................... 94
8.17 Exercício Proposto ........................................................................................... 96

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ELEMENTOS DE MÁQUINAS

Introdução:

Esta apostila foi escrita para os alunos que iniciam em cursos técnicos
profissionalizantes, que já possuam conhecimentos básicos de matemática e
computadores.

Admite-se ainda como o conhecimento de física, mecânica e materiais.

A maioria dos professores dos cursos técnica concorda que o projeto mecânico
integra e utiliza um número maior de disciplinas básicas do que qualquer outro
curso profissional. O projeto é também o coração de outros campos na
engenharia mecânica. Assim, os estudos vizando o projeto mecânico parece
ser o método mais eficaz e econômico de iniciar o estudante na prática do
curso técnico mecânico.

Esta apostila pode ser empregada por engenheiros e técnicos na prática de


sua profissão. As decisões tomadas pelo engenheiro ou técnico na resolução
de um problema dependerão dessas informações, portanto podem variar
bastante de uma indústria para outra.

O estudante, entretanto deseja obter a resposta correta, que é a resposta


obtida pelo professor e é esse o nosso objetivo.

O problema inteiro é explicado ao técnico de modo que, ele possa escolher


uma solução ótima para o problema.

Para o estudante, sujere-se uma seqüência apropriada de ações para adquirir


conhecimento básico em projetos de elementos de máquinas.

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1 CARGAS PRESENTES NOS ELEMENTOS DE MÁQUINAS

1.1 Principais Esforços Solicitantes

a) Tração:

A figura 1 mostra que um agente externo puxa a barra para baixo e o apoio
puxa para cima, assim produz duas forças “F” que atuam em direção ao eixo
da barra, perpendicular à secção transversal; a barra está sendo esticada,
produzindo-se um alongamento.

b) Compressão:

A barra, figura 2, é analogamente solicitada por duas "F" que atuam em


direção ao eixo da barra; está sendo comprimida produzindo-se um
encurtamento.

C) Cisalhamento:

Duas forças grandes e opostas "Q" atuam sobre a barra em sentido


perpendicular ao seu eixo , figura 7, ou como na figura 4, onde as duas forças
"F” tendem a cisalhar (cortar) o rebite de união.

d) Flexão:

Um elemento de máquina é submetido à flexão, quando uma força "F" atuar


perpendicularmente ao seu eixo provocando ou tendendo a provocar uma
curvatura (figura 5).

e)torção:

Na figura 6, duas forças "F” atuam sobre a barra (eixo fixo) em um plano
perpendicular ao seu eixo no intuito de torcer cada secção reta da barra em
relação à outra.

Obs: No caso de eixos rotativos, o momento da carga e o momento do motor


(torque), em sentidos contrários, provocam ou tendem a provocar a torção do
eixo.

Figura 1 - Tração. Figura 2 - Compressão.

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Figura 4 - Cisalhamento. Figura 5 - Flexão.

Figura 6 - Torrão.

Figura 7 - Cisalhamento.

1.2 Tipos de Esforços

Esforços Externos:

• Ativos: carga distribuída, carga concentrada e momento estático de forças;

• Reativos: reações de apoios (mancais ou vínculos).

Esforços Internos:

Solicitantes.

• Momento Fletor (M): devido ao momento estático de forças;

• Força Cortante (Q): devido às cargas externas concentradas perpendicular-


mente ao eixo da secção transversal;

• Momento Torçor (Mt);

• Força Normal ou Axial: devido à força axial externa concentrada.

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Resistentes:

• Tensão Normal (σ ): devido às forças normal e cortante;

• Tensão de Cisalhamento (τ ): devido à força cortante e ao momento torçor.

obs: Em resumo, o esforço "tensão interna" é o resultado dos esforços


externos e para o sucesso da construção deve ser conhecido.

1.3 Tipos de Esforços Internos (Tensão Interna)

A garantia da qualidade de um elemento de máquina, que muitas vezes não


pode falhar, está intimamente ligada a sua concepção.

No projeto do elemento (concepção), o técnico deve estar seguro da forma


como agem internamente as tensões. Segundo Bach, essas tensões agem:

Caso 1 - Carregamento Estático (Vigas)

1 – Carregamento estático
tensão

tempo

Gráfico 1

Obs: Feito o carregamento, a tensão permanece constante

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1.4 Propriedades Mecânicas dos aços

Aços-Carbono para Construção Mecânica


Nº Composição Química Propriedades Mecânicas (Valores Mínimos)

SAE Tipo do Processo Resistência Limite de Alongamento Estricção Dureza


%C %Mn %Si %P - %S à tração escoamento
Kg/mm
2
Kg/mm
2 % % Brinell
1010 0,08 – 0,13 0,10 máx. Laminado a quente 33 18 28 50 95
Laminado a frio 37 30 20 40 105
1015 0,13 – 0,18 Laminado a quente 35 19 28 50 101
0,30 a 0,60

0,10 – 0,20 ou
Laminado a frio 39 33 18 40 111
0,10 máx. ou
1020 0,18 – 0,23 Laminado a quente 38 21 25 50 116
0,15 – 0,30
Laminado a frio 42 35 15 40 126

% P = 0,040 máx. e % S = 0,050máx.


1025 0,22 – 0,28 Laminado a quente 40 22 25 50 137
Laminado a frio 45 37 15 40 149
1030 0,28 – 0,34 Laminado a quente 47 26 20 42 143
Laminado a frio 53 45 12 35 163
1035 0,32 – 0,38 Laminado a quente 50 27 18 40 149
Laminado a frio 56 47 12 35 163
1038 0,35 – 0,42 Laminado a quente 52 28 18 40 149
Laminado a frio 58 49 12 35 170
0,10-0,20 a 0,15-0,30

1040 0,37 – 0,44 Laminado a quente 53 29 18 40 163


Laminado a frio 59 49 12 35 170
0,60 – 0,90

1045 0,43 – 0,50 Laminado a quente 57 31 16 40 163


Laminado a frio 63 54 12 35 179
1050 0,48 – 0,55 Laminado a quente 63 34 15 35 179
Laminado a frio 70 59 10 30 197
1055 0,50 – 0,60 Laminado a quente 66 36 12 30 192
1060 0,55 – 0,65 Laminado a quente 68 37 12 30 201
1070 0,65 – 0,75 Laminado a quente 71 39 12 30 212
1080 0,75 – 0,88 Laminado a quente 78 43 10 25 229
1090 0,85 – 0,98 Laminado a quente 85 47 10 25 248
1095 0,90 – 1,03 0,30 – 0,50 Laminado a quente 84 46 10 25 248
Tabela 1

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Classificação Tensões de Tração
Dureza
Máxima Escoamento Brinell Observações
SAE AISI (σ r ) (σ e ) 10H3000
Kg/mm2 Kg/mm2
1010 C – 1010 38 22 110 Laminado a quente
1020 C – 1020 54 34 Estirado a frio
1020 C – 1020 40 29,5 111 Laminado
1030 C – 1030 56 36 180 Laminado
1035 C – 1035 59 38 190 Recozido
1040 C – 1040 63 42 180 Recozido
1040 C – 1040 77 56 241 Temperado e Revenido a 430ºC
1045 C – 1045 67 41 215 Laminado
1050 C – 1050 67 36 190 Recozido
1095 C – 1095 99 56 285 Normalisado
1095 C – 1095 84 42 240 Recozido
2340 C – 2340 96 84 285 Temperado e Revenido a 540ºC
2340 C – 2340 66 39 190 Recozido
3150 C – 3150 105 90 300 Temperado e Revenido a 550ºC
Tabela 2

1.5 Tensão Admissível do Material (σ )

É a tensão de trabalho para cada material:

Na maioria das construções, essa tensão é tomada na região elástica do


material; em função dela dimensiona-se o elemento;

• Na construção de aeronaves, para evitar problemas de peso, essa tensão é


tomada na região plástica do material.

1.5.1 - Tensão Admissível para Materiais Dúcteis (Aços)

É uma relação entre a tensão de escoamento do material e o coeficiente de


segurança:

σ = σe onde: σe = tensão de escoamento do material;


S s = coeficiente de segurança.

1.5.2 - Tensão Admissível para Materiais Frágeis

σ = σR onde : σR = tensão de ruptura do material;


S S = coeficiente de segurança.

1.6 Cálculo do coeficiente de segurança

σESC
S =σ
σ
OBS: O coeficiente de segurança é um número maior que um, usado para
corrigir, entre outros fatores, possíveis defeitos do material, tais como, bolhas,
impurezas, vazios, etc. O coeficiente de segurança permite trabalhar com
tensões admissíveis menores.

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1.7 - Exercícios Propostos

1) Apoio é o mesmo que:

a) Freio;
b) Fixação e freio;
c) Mancal ou vinculo;
d) Força distribuída.

2) Tensão normal atuante no material é:

a) Um esforço externo resistente;


b) Um esforço interno solicitante;
c) Um esforço interno resistente;
d) Um esforço que ora é interno solicitante e ora é interno resistente.

3) Assinale a alternativa correta:

a) Uma barra curta e grossa poderá sofrer flambagem facilmente;


b) A compressão é um esforço que provoca alongamento das barras;
c) Uma carga colocada sobre o apoio (mancai) poderá flexionar um eixo;
d) É necessário, que se aplique, pelo menos, dois momentos em sentidos
contrários para torcer um ele mento de máquina.

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2 TIPOS ELEMENTOS DE MÁQUINAS

2.1 Parafusos

2.1.1 Generalidades

Existe uma infinidade de itens fixadores destinados a uniões de peças, tais


como parafusos com porcas, parafusos com porcas prisioneiras, parafusos
prisioneiros, rebites, soldas, etc.

A junção de peças por meio de parafusos é vantajosa, pois permite a


manutenção e oferece várias formas de utilização, como transmissão de forças,
ajustagem, instrumentos de medição, movimentos, etc. Porém, as junções, por
porcas e parafusos sujeitas a vibrações, afrouxam e, portanto, requerem
dispositivos de segurança para os seus travamentos. Exemplo de dispositivos
de segurança: arruelas com travas, contraporcas, contrapinos, etc.

2.1.2 Tipos de Parafusos

Os parafusos são designados de acordo com a maneira pela qual são


empregados:

• Parafuso com porca prisioneira: é o parafuso de cabeça montado em um furo


cego (sem ser vazado). Aperta-se esse parafuso, aplicando-se um torque na
cabeça;

• Parafuso com porca: é um parafuso usado com uma porca. Aperta-se este
parafuso, aplicando-se um torque na porca;

• Parafuso prisioneiro: é uma haste com rosca nas extremidades e um intervalo


sem rosca no meio; uma extremidade é montada num furo cego ou estojo na
peça, a outra extremidade recebe a porca.

(a) Cabeça arredondada (b) cabeça escareada

(c) Cabeça cilíndrica, abaulada (d) Cabeça escareada, abaulada

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(e) Cabeça abaulada (f) Cabeça cônica, abaulada

(g) Cabeça sextavada (h) Cabeça sextavada, com


rebaixo interno e com fenda

Figura 8 – Tipos de cabeça usadas em parafusos com fendas.

Identificação das Classes de Parafusos – Norma SAE – Marcação na cabeça


Classes 0, 1 e 2: Não têm marcação
Classes 3: 2 traços radiais separados de 180º
Classes 5: 3 traços radiais separados de 120º
Classes 6: 4 traços radiais separados de 90º
Classes 7: 5 traços radiais separados de 72º
Classes 8: 6 traços radiais separados de 60º
Tabela 3

SAE = Society of Automotive Engineer (norma automotiva americana)

Classe Classe Diâmetro σe Material


SAE ABNT Nominal (MPa)
1 4.6 6 a 42 235 Aço de baixo carbono
2 5.6 6 a 42 294 Aço de baixo carbono
3 6.8 6 a 42 471 Aço de médio carbono
5 8.8 6 a 42 628 Aço de médio carbono, tratado termicamente
8 10.9 6 a 42 883 Aço liga de médio carbono, tratado termicamente
Tabela 4 – Tabela de resistência de parafusos normalizados.

Onde: σe = tensão de escoamento do material (MPa)

Obs: Segundo a norma EB 168 - ABNT ("Parafusos e Peças Roscadas").


Tendo-se a classe do parafuso para determinar a tensão de escoamento do
material em "kgf/mm2", basta multiplicar os dois números representativos da
classe. Quando, no exercício, for fornecida somente a classe do parafuso usar
a tabela 4.

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Quando for fornecido o material usar a tabela 5.

DIN SAE σ (Kgf/mm2)


1010 L 18
St 00.11
1010 T 31
1015 L 19
St 37.11
1015 T 33
1020 L 21
St 38.13
1020T 36
1030 L 26
St 42.11
1030T 45
1035 L 33
St 50.11
1035 T 47
1045 L 30
St 60.11
1045 T -
Tabela 5 - Classificação da DIN (norma alemã) para os aços ao carbono: usa-se o
símbolo St (Stahl = Aço), seguido da resistência mínima à tração.

2.1.3 Dimensionamento

O dimensionamento, na realidade, é uma seleção dos elementos de fixação,


uma vez que os parafusos, porcas, etc. são elementos padronizados e também
comerciais. A única especificação não padronizada é a profundidade do furo
roscado, que será definida para cada aplicação. Em geral, os parafusos são
dimensionados ou à tração ou ao cisalhamento, sendo que estes casos
ocorrem de forma diferente de solicitações.

- Vários Casos de Solicitações

- Parafuso sem Pré-Carga (Que não Precisa de uma Grande Força de


Aperto)

Trata-se das fixações em que a porca é simplesmente roscada, sem tracionar o


parafuso.

Esse tipo de fixação é aquele onde o parafuso é solicitado longitudinalmente,


como por exemplo o constituído pela rosca de um gancho de guindaste, onde o
parafuso sofre tração no núcleo, dada por:

Figura 9
Figura 10

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Q 4.Q 4.Q
σad = Q = = ⇒ d1 = (1)
A1 π . d21 π . d21 π . σad
4

onde: d1 = diâmetro do núcleo do parafuso;


Q = carga de tração (kgf);
σad = tensão admissível do material (kgf/cm2).

Tendo-se d1 ⇒ Tabela de Rosca ⇒ M....... x........

Obs: Se o parafuso não for bem-dimensionado, ou seja, se a tensão


admissível do material à tração não for bem-escolhida, o parafuso, quando
carregado, poderá sofrer uma deformação longitudinal,e quando descarregado,
não poderá ser reaproveitado

- Parafusos com Pré-Carga (Tração no Núcleo)

Esse tipo é típico para a fixação de tampas, bases, flanges, etc. Em alguns
casos, a junta deverá ser estanque, e como exemplo temos a fixação do
cabeçote de um motor de combustão interna. Em outros casos, a junta não
poderá ter movimento relativo, pois danificará o conjunto; exemplo: fixação de
uma biela bipartida no assento do eixo da manivela.

Estas condições serão conseguidas através de aplicação de uma pré-carga


suficiente para impedir o vazamento ou o movimento relativo, quando o
parafuso for submetido a uma carga externa.

exemplo:

Fixação da tampa de um vaso de pressão.

Figura 11 Figura 12

• Força de Tração em cada Parafuso (Qt):

No caso, é a força devido à pressão "p"

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onde: D = diâmetro do cilindro ou vaso de pressão;
p = pressão interna;
Qt = π . D . p
2
(2) z = número de parafusos;
4.z.e Qt = força de tração em cada parafuso;
E = 1 (um), se o vaso contiver água;
0,8, contendo gás ou vapor.

• Cálculo do Número de Parafusos (z):

onde: Ds = diâmetro da circunferência sobre a qual se


encontram os parafusos;
z = π . Ds (3) p = passo (intervalo entre os parafuso).
p

Obs: p ≤ I20, conforme norma DIN.

• Cálculo do Diâmetro do Parafuso:

onde: σad = tensão admissível do material;


d1 = diâmetro do núcleo do parafuso.
4 . Qt (4)
d1 =
π . σad

• Determinação do Torque de Aperto:

onde: k = b de torque;
0,1 = rosca lubrificada e arruela lisa;
0,35 = rosca fina e arruela de pressão;
T = k . Qt .d (5) 0,2 = valor usual para rosca normal com arruela lisa.
Q = força agente no parafuso;
d = diâmetro externo do parafuso.

Obs: O torque de aperto ë um parâmetro importante para não se deformar o


parafuso na hora da montagem.

O técnico, sem o torquímetro, deverá ficar atento ao fim de curso da porca e


sentir manualmente o início do aperto e não ultrapassar muito esse limite, para
não deformar longitudinalmente o parafuso. Essa é a razão da degola de
muitos parafusos.

- Parafuso Solicitado por Carga Transversal (Cisalhamento)

Os parafusos são dimensionados para trabalhar à tração, porém poderão


trabalhar também ao cisalhamento, desde que se tomem algumas precauções,
tais como:

a) Fazer um ajuste com pequena interferência entre o corpo do parafuso e o


furo de passagem, para evitar que o parafuso sofra flexão;

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b) O corpo do. parafuso não deverá ter rosca na região de separação das
peças, para não descarregar o esforço cortante numa região com concentração
de tensões.

onde: Q = carga cortante de cisalhamento;


d = diâmetro externo da rosca;
4.Q (6)
z = número de parafusos;
d=
π.τ T =tensão admissível do material do parafuso ao
cisalhamento.

Figura 13

Tendo-se "d", entra-se na tabela de rosca e determina-se: M.......x.........

- Parafuso de Movimento

Objetivo:

Transmissão de força. Constituído pela rosca de um parafuso sem-fim de


formato trapezoidal que se movimenta numa porca fixa, convertendo o
movimento de rotação em translação.

Esses parafusos são solicitados por força longitudinal "Q" e pelo momento
torçor "M" .

Características:

• Rosca trapezoidal para a transmissão de movimento e força;


• Grandes comprimentos (tamanho relativamente grande).

Vantagens:

• Projeto simples;
• Pode-se obter altas relações de velocidades;
• Poderá ser autofrenante.

Desvantagens:

O elevado atrito de deslizamento na rosca gera:

• Baixo rendimento;

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• Desgaste.

Aplicações:

As aplicações usuais são:

• Macaco de levantamento → com rosca de perfil trapezoidal;


• Prensa → rosca múltipla de perfil quadrado;
• Comando de ajuste de máquinas;
• Fuso de tomo → rosca de perfil trapezoidal;
• Morsa → perfil quadrado, rosca simples;
• Extrusora → perfil helicoidal (rosca de arquimedes);
• Balancim → rosca múltipla de perfil quadrado.

Materiais:

Parafuso:

Deverá apresentar boas características quanto à:

a) resistência à tração;
b) resistência à fadiga;
c) resistência ao desgaste;
d) usinabilidade;
e) deformação no tratamento térmico.

Os materiais usuais são:

Tipo de Aço Especificação


Aço Carbono SAE 1040, 1045, 1050
Aço Liga SAE 4130, 4140 (Cr-Mo), 8620, 8640,8650
Aço Inoxidável AISI 303, 410
Tabela 6

Dimensionamento:

• Cálculo do Diâmetro do Parafuso de Movimento:

Faz-se a escolha do diâmetro à compressão ou à tração, e ao desgaste,


utilizando a expressão

4.Q
d1 = (7) ⇐ Tração
π . σad

Tendo-se “d1” entra-se na tabela 3.11 e determina-se "d2" .

d2 =
O,8 . Q (8) ⇐ desgaste
Ψ . σc

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onde: σad = tensão admissível do material do parafuso
(kgf/mm2);
σc = tensão admissível do material da porca à
compressão (kgf/mm2);
d1 = diâmetro do núcleo da rosca do parafuso;
d2 = diâmetro médio da rosca;
Ψ = 1,5 para rosca integral;
3, 0 para rosca bipartida.

Cálculo da Altura da Porca (para Parafuso de Movimento):

onde: d = diâmetro efetivo da rosca;


H = ψmáx. . d (9) H = altura da porca.

Tipo de Porca ψ Material da Porca σc (Kgf/mm2)


Integral 1,25 a 2,50 Bronze 120 a 200
Bipartida 2,50 a 3,50 Ferro Fundido 80
Tabela 7 Tabela 8

2.2 Exercícios Resolvidos

1) Dimensionar os parafusos da tampa


de um vaso de pressão, onde o diâmetro
interno do vaso vale 520 mm, o diâmetro
da circunferência dos parafusos 580 mm
e a pressão de vapor p = 15 kgf/cm2;
material dos parafusos SAE 1035 - L.

Resolução:

Cálculo do nº de parafusos: Figura 14

z = π . Ds = 3,14 . 580mm ⇒ z ≅ 15 ⇒ zadotado = 16 (o passo será maior)


p 120mm

Cálculo da força de tração no parafuso (Qt) - expressão 2:


2 2
Qt = (π . D ) . p = [3,14 . (52cm) ] . 15kgf/cm2 ⇒ Qt ≅ 2487 kgf
4.z.e 4 . 16 . 0,80

Cálculo do diâmetro do parafuso - expressão 4:

σad = 0,15 . σe = 0,15 . 33kgf/mm2 = 4,95 kgf/mm2

4 . Qt 4 . 2487kgf
d1 =
π . σad = 3,14 . 4,95kgf/mm2 ⇒ d1 ≅ 25,30 mm

Elementos de Máquinas 21
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d1 = 25,30 ⇒ tabela 3.09 ⇒ M 30 “Falta tabela”

2) Dimensionar a rosca de um macaco (parafuso de movimento), capacidade


8000 kgf, rosca de aço SAE 1020L, uma entrada e porca de bronze.

Resolução:

Expressão 7

σad = 0,45 . σe = 0,45 . 21 kgf/mm2 ⇒ σad = 9,45 kgf/mm2

d1 =
4.Q = 4 . 8000kgf ⇒ d1 ≅ 32,84 mm
π . σad 3,14 . 9,45kgf/mm2

d1 = 32,84mm ⇒ tabela 3.11 ⇒ d2 = 35,5 mm

Expressão 8
Figura 15
O,8 . Q 0,8 . 8000kgf
d2 = = ⇒ d2 ≅ 4,6cm ou 46mm
Ψ . σc 1,9 . 160 kgf/cm2
d2 = 46 mm ⇒ tabela 3.11 ⇒ Tr 50 x 8 “Falta tabela”

Altura da porca: H = Ψmáx . d2 = 2,5 - 46 mm ⇒ H =115 mm

Carregamento Excêntrico nos Parafusos

Uma carga aplicada a uma distância "L"


do centróide produz em cada parafuso
uma reação devido ao cisalhamento e
uma reação devido à flexão.

Nessas condições, a força resultante que


provoca o cisalhamento do parafuso é a
soma vetorial das reações ao
cisalhamento e à flexão.
Figura 16
a) Reação de Cisalhamento:

A carga "Q" divide-se igualmente para os parafusos da junta parafusada.

Tem-se então:

q= Q onde: Q = carga excêntrica aplicada;


z z = número total de parafusos;
q = reação de cisalhamento.

Obs: A força "q" tem sentido contrário de "Q".

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b) Reação devido à Flexão:

A excentricidade da carga "Q", em relação ao centróide dos parafusos, provoca


o momento estático de força (M) que tende a romper os parafusos. Os
parafusos reagem com um momento estático de forças (MR), em sentido
contrário, dado por:

MR = z . F . R M=Q.L

onde: M = momento estático da força "Q";


L = distância da carga "Q" ao centróide;
MR = momento resistente;
z = número de parafusos em torno do centróide (o
parafuso do centro deverá ser desprezado);
F = força radial em cada parafuso;
R = raio do centróide dos parafusos.

MR ≥ M ⇒ F = Q . L
Z.R

c) Força Resultante:

Os parafusos em torno do centróide sofrem forças resultantes (FR) diferentes,


porém terão que ser dimensionados em relação ao parafuso que sofre a força
maior e todos deverão ter o mesmo diâmetro. Intuitivamente, o parafuso mais
perto de "Q" deverá sofrer a força resultante (FR) maior.

• Cálculo de FR:

Conforme a figura 16:

parafuso 4 ⇒ FR4 = q + F parafuso 2 ⇒ FR2 = |F – q|

parafuso 1 ⇒ FR1 = q2 + F2 parafuso 3 ⇒ FR3 = q2 + F2

d) Cálculo do Diâmetro dos Parafusos:

• Cisalhamento:

4.Q onde: d1 = diâmetro do núcleo da rosca (mm);


d1 =
π . σad FRmáx = a maior força resultante em cada parafuso;
4
= constante;
π
τ = tensão admissível do material ao cisalhamento.

Elementos de Máquinas 23
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• Esmagamento do Furo:

onde: de = diâmetro externo do parafuso;


d2 = FRm´x t = espessura da chapa;
t . σd σd = tensão admissível do material da chapa de
compressão.

2.3 Exercícios Resolvidos

1) Dimensionar os parafusos para se construir a junta parafusada, carregada


excentricamente, representada na figura. Dados: π = 105 MPa; σd = 225 MPa;
t = 16 mm.

Figura 17
Resolução

• Reação de cisalhamento: a carga de 40 kN divide-se igualmente para os


quatro parafusos da junta. Tem-se

então:

q = F = 40 kN ⇒ q = 10 kN
z 4

Figura 18

• Reação devido à flexão:

F = Q . L = 40 kN . 500 mm ⇒ F = 62,5 kN
Z.R 4 . 80 mm

Figura 19

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• Cálculo da força resultante nos parafusos:

FR1 = q2 + F12 = (10kN)2 + (62,5kN)2 ⇒ FR1 ≅ 63Kn


FR2 = F2 – q = 62,5kN – 10kN ⇒ FR2 = 52,5kN

FR3 = q2 + F32 = (10kN)2 + (62,5kN)2 ⇒ FR3 ≅ 63Kn


FR4 = F4 + q = 62,5kN + 10kN ⇒ FR4 = 72,5kN
Figura 20
• Dimensionamento:

Cisalhamento: o parafuso 4 sofre a maior carga de cisalhamento, portanto o


dimensionamento é feito com base nesta carga:

4 . FRmáx = 4 . 72500N
d1 = 3,14 . 105 N/mm2
π.τ

• Esmagamento do furo:

σd = F = F ⇒ de = F = 72500N ⇒ de ≅ 20mm
T . σd 16mm . 225N/mm
2
A T . de

• Conclusão.- o diâmetro maior satisfaz as duas condições portanto:

d1 = 29,66 mm ⇒ Tabela 3.10 ⇒ M 36 (normalizado mais próximo) “Falta tabela”

2.4 - Exercícios Propostos

1) Assinale a alternativa correta:

a) Parafuso com porca prisioneira é uma haste que possui rosca somente
nas duas extremidades;
b) Parafuso com porca prisioneira deve possuir rosca em todo o
comprimento;
c) Parafuso prisioneiro é uma haste com roscas nas extremidades e um
intervalo sem rosca no meio;
d) Parafuso com porca é um parafuso usado com uma porca. Aperta-se
esse parafuso somente, aplicando-se um torque na sua cabeça.

2) Determine a tensão normal admissível (σad) e a tensão admissível do


material ao cisalhamento ( τ ) de um parafuso sextavado com dois traços
radiais, separados de 180º, na cabeça que será utilizada em um vaso de
pressão.

3) Determine a tensão de escoamento (σe) em MPa de um parafuso classe 8.8


ABNT.

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3 ACOPLAMENTOS

3.1 - Generalidades

É um elemento mecânico que tem a função de fazer a junção entre as


extremidades de dois eixos alinhados, transmitindo movimento de rotação e
força de um eixo motor a outro acionado.

Para que essa transmissão seja segura, o técnico deve sempre considerar a
ocorrência de uma sobrecarga. Ou seja, se o problema for para transmitir um
torque de 500 kgf.m, nessas condições, não se poderá escolher um
acoplamento que suporte exatamente 500 kgf.m, porque se houver sobrecarga
o acoplamento irá falhar e poderá provocar acidente.

Obs: Para eixo com grandes desalinhamentos deverá ser utilizado um


acoplamento especial (junta universal).

3.2 - Tipos de Acoplamentos

Um acoplamento é constituído de duas partes: uma é a parte motora e outra a


parte acionada. Conforme o tipo de ligação entre essas duas metades,
distingue-se entre acoplamentos rígidos e acoplamentos elásticos.

Os acoplamentos rígidos não permitem desalinhamento dos eixos, portanto


requerem que os eixos estejam alinhados, zero a zero.

Figura 21 - Acoplamento elástico: (1) flange; (2) pino de aço com manga de borracha
(quatro pinos presos no flange 3); (3) Flange; (4) chaveta paralela tipo "A" ; (S) eixo
motor; (6) eixo acionado; (7) pino de aço com manga de borracha (quatro pinos presos
no flange 1).

Os acoplamentos elásticos são construídos em forma articulada e de rotação


elástica e tornam possível o desalinhamento dos eixos, permitindo um
movimento angular de até 6° para cada lado.

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Figura 22 - Acoplamento rígido: (1) flange; (2) flange; (3) parafuso; (4) chaveta; (5)
eixo motor; (6) eixo acionado.

Obs: Acoplamento rígido não é encontrado no comércio, e portanto deve ser


fabricado .

3.3 Dimensionamento de Acoplamento Rígido

- Seleção dos Parafusos

Os parafusos que fixam os flanges do acoplamento rígido trabalham com pré-


carga, sob tensão e deverão ser bem-dimensionados para não sofrerem
deformações na montagem (torque de aperto).

Se não forem bem-dimensionados, quando sofrerem o torque de aperto, não


poderão ser reaproveitados numa outra montagem porque estarão deformados
longitudinalmente. Isso se não romperem na primeira montagem, durante o
aperto.

Observe na fórmula que a força tangencial cortante “F” depende


fundamentalmente da força de aperto “Q” , e por sua vez, a força de aperto
“Q" é bem maior que a força cortante “F”.

Essa é a razão pela qual se degolam facilmente os parafusos pequenos e


geralmente não se apertam suficientemente os parafusos grandes.

Figura 22. Figura 23 - Rosca do


Parafuso.

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- Formulário
F 4.Q
F = 143240 . N . Fs Q= d1 =
z.k.n tg (α + ϕ) π . σad

tgα = P σad = σe tg (α + ϕ) = tgα + tgϕ


π . d2 S 1 - tgα . tgϕ

onde: Fs = fator de serviço (Fs = 1,25 - 1,35);


F = força cortante agente no parafuso (kgf);
143240 = constante de transformação de unidade;
N = potência a transmitir (CV);
z = número de parafusos;
k = diâmetro da circunferência onde estão os parafusos (cm);
n = rotação do eixo (rpm);
Q = força de aperto do parafuso (kgf);
ϕ = ângulo de atrito. Para contato aço/aço ⇒ tg ϕ = 0,18;
α = ângulo de inclinação da hélice da rosca. Para rosca métrica com
passo e diâmetro médio definidos α ≅ 2,5º;
p = passo da rosca (mm);
d2 = diâmetro médio da rosca;
d1 = diâmetro do núcleo da rosca (unidade depende de σad);
σad = tensão normal admissível do material;
σe = tensão de escoamento do material (tabelado);
s = coeficiente de segurança, (3,5 a 6,5).

Obs: Para passar de "MPa" para "kgf /cm2", divide-se por 0,0981.
Para passar de "kgf / mm"' para "kgf /cm"', multiplica-se por 100.
Para passar de "MPa" para "kgf / mm” ‘, divide-se por 9,81.
Tendo-se "d1" entra-se na tabela de rosca 3.10 e determina-se a rosca
(M.......x.......).
De forma abreviada, podem-se simplesmente somar os valores das
tangentes de "α" mais "ϕ".

- Cálculo do Torque de Aperto

T = y . Q . de onde: T = torque de aperto (kgf .cm);


de = diâmetro externo da rosca (mm);
y = coeficiente de torque;
0,1 = rosca lubrificada;
0,35 = rosca fina;
0,2 = valor usual para rosca normal.

Elementos de Máquinas 28
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- Projeto de Acoplamento Rígido

Escolhidos os parafuso corretamente, o técnico deverá desenhar os flanges do


acoplamento para a sua manufatura.

Figura 23.

onde: d = diâmetro do eixo;


d1 = diâmetro do cubo;
k = diâmetro da circunferência onde estão os parafusos;
D = diâmetro externo;
C = (0,7 a 1,0) . d1 ;
F = e + 3mm;
d1 = 2 . S + d;
S = em centímetro.

1,4 . d1 ≤ k ≤ 1,6 . d1 e 1,8 . d1 ≤ D ≤ 2 . d1

Roteiro

Cálculo de “S"

S = 0,1. 3
Mt e Mt = 71620 . N
n

onde: N = potência a transmitir (CV);


n = rotação do eixo (rpm).

Elementos de Máquinas 29
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- Exercício Resolvido

1) O acoplamento rígido representado na figura é utilizado, freqüentemente,


para unir as extremidades de dois eixos. Os flanges do acoplamento são
fixados por meio de seis parafusos se os eixos transmitem 40 CV de
potência girando a 250 rpm, em serviço continuo 24 h/dia, determinar:

a) A força cortante nos parafusos (F);


b) A força de aperto dos parafusos;
c) Diâmetro dos parafusos;
d) Torque de aperto.

Obs: Utilizar parafusos da classe 6.8 (ABNT).

Figura 24
Resolucão:

a) Cálculo da força cortante:

F = 143240 . N . Fs = 143240 . 40CV . 1,3 ⇒ F ≅ 292kgf


z.k.n 6 . 17cm . 250rpm

b) Cálculo da força de aperto (Q):


F 292 kgf 292 kgf
Q=
tg (α + ϕ)
= = ⇒ Q ≅ 1304kgf
tg (2,5º + ϕ) 0,044 + 0,18

c) Cálculo do diâmetro dos parafusos:

σad = σe = 48 kgf/mm ⇒ σad = 9,6 kgf/mm2


2

s 5
4.Q 4 . 1304 kgf
d1 = = 3,14 . 9,6 kgf/mm2 ⇒ d1 ≅ 13,15mm
π . σad

d1 = 13,15mm ⇒ tabela 3.10 ⇒ M 16 x 1 (DIN 931)

Elementos de Máquinas 30
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d) Cálculo do torque de aperto:

T = y . d . Q = 0,2 . 16 cm . 1304 kgf ⇒ T ≅ 417 kgf . cm

3.4 Dimensionamento de Acoplamento Elástico

Os acoplamentos elásticos são encontrados completos no comércio e


escolhidos por catálogo, com uma capacidade maior ao torque ou momento
torçor a transmitir.

• Cálculo do Momento Torçor (Mt) a transmitir:

Mt = 716,2 . N onde: N = potência a transmitir (CV);


n n = rotação (rpm);
716, 2 = constante;
Mt = momento torçor (kgf.m).

• Cálculo do Momento Torçor do Acoplamento (Mta):

Mta = Fs . Mt onde: Fs = fator de serviço.

Tendo-se “Mta", entra-se no catálogo e escolhe-se o acoplamento.

Fs = F1 . F2 . F3 . F4 onde: F1, F2, F3 e F4 = tabelados.

Aplicação Fator Aplicação Fator


F1 F1
Aeradores 2,00 Filtros rotativos 1,50
Agitadores e misturadores Fornos
Betoneiras 1,25 Contínuos 1,25
Líquidos – Densidade constante 1,00 De metais 2,00
Líquidos – Densidade variável 1,25 rotativos 1,50
Sólidos 1,75
Geradores
Carga uniforme 1,00
Alimentadores
1,00 Para solda 2,40
Alternativos
Correias 1,25 Guindastes
Discos 1,00 Caçamba 1,75
Parafusos e roscas 1,25 Deslocamento do carro ou ponte 1,75
Bombas Guincho 2,00
Alternativas (recíprocas) Inclinação da lança 1,50
- 1 e 2 cilindros 2,00 Laminadoras 2,00
- 3 ou mais cilindros 1,50 2,00
Lavadoras
De êmbolo com volante 2,00
De êmbolo sem volante 2,40 Máquinas operatrizes
1,75 Acionamento auxiliar 1,00
De parafusos
Acionamento principal 1,50
De poços profundos 2,00
1,25 Acionamento transversal 1,00
Desencrustadores com acumulador
Dosadoras 1,25 Mesas de transferência
Rotativas–engrenagens, palhetas, etc 1,25 Com reversão 3,00
Sem reversão 1,50
Britadores
Pedras e minérios 2,50 Moladoras 2,00

Elementos de Máquinas 31
SENAI/SC Florianópolis 2003
Bombinadeiras Moendas
De metais (a frio) 1,50 Máquina acionadora – motor elétrico 2,00
De metais (a quente) 2,00 Máquina acionadora – turbina 1,50
De papéis e têxteis 1,50 Esteira alimentadorta 1,75
Calandras e supercalandras 2,00 Moinhos
Compressores Aquecedores
Alternativos com volante - 1 ou 2 em linha 2,00
- simples efeito – 1 cilindro 4,00 - 3 ou mais em linha 1,75
- Duplo efeito – cilindro 3,50 De martelos 1,75
- Simples efeito – 2 cilindros 3,50 De rolos e bolas
- Duplo efeito – 2 cilindros 3,00 - Engrenagens de dentes retos 2,00
- Simples efeito – 3 cilndros 2,00 - Engrenagens helicoidais 1,75
- Duplo efeito – 3 cilindros 1,00 Misturadores ou refinadores
Centrífugos - 1 ou 2 em linha 2,50
Rotativos - 3 ou 4 em linha 2,00
- Lóbulos ou palhetas 1,25 - 5 ou mais em linha 1,75
- Parafusos 1,00 Peneiras
Cozinhadores de cereais 1,25 Lavagem a ar ou água 1,00
Decantadores 1,00 Pontes rolantes 2,00
Desbobinadeiras 1,50 Prensas 1,75
Descascadores e desfolhadeiras 2,00 Puxadores de vagões 1,50
Desfibradores 2,00 Resfriadores 1,25
Desempenadores 2,00 Secadores
Dosadores 1,25 Centrífugos 1,00
Dragas Rotativos
Acionamento do desagregador 2,00 - Lóbulos ou palhetas 1,25
Bomba (carga uniforme) 1,50 De minérios e papéis 1,75
Enroladora de cabos 1,75 Tambores
Osciladores 2,00 Rotativos 1,75
Eixo Acionador De secagem 1,50
Acoplamento principal de vários Transportadores
- equipamentos 1,50 Serviço leve 1,00
Elevadores Serviço pesado 2,00
De caçambas (descarga centrífuga) 1,25 Trefiladoras 2,00
De canecas 1,50 Trituradores 1,75
De carga 1,50
Ventiladores
De passageiros 2,00 1,00
Centrífugos
Enroladores 1,50 Tiragem forçado 1,50
Escadas rolantes 1,25 Tiragem induzido
Esticadores 1,50 - com controle de vazão 1,25
- sem controle de vazão 2,00
Extrusoras
1,75 Torres de resfriamento 2,00
De borrachas
De metais 2,00
De plásticos 1,50
Tabela 9 – Tabela de função das aplicações de acoplamento

Figura 25 – Acoplamento elástico NOR-MEX

Elementos de Máquinas 32
SENAI/SC Florianópolis 2003
Funcionamento Contínuo Diário Fator F2
até 16 horas 1,00
Acima de 16 e até 24 horas 1,12
Tabela 10 – Tabela de função de tempo de funcionamento contínuo diário

Partidas/Hora Fator F3
até 3 1,00
acima de 3 a até 20 1,20
Acima de 20 e até 40 1,30
Tabela 11 – Tabela de função de freqüência de partidas por hora

Temperatura Ambiente Fator F4


até 75ºC 1,00
acima de 75ºC 1,20
Tabela 12 - Tabela de função da temperatura ambiente

3.5 Exercício Resolvido

1) Escolher um acoplamento elástico para a seguinte aplicação:

a) Motor elétrico, 10 CV, 1720 rpm, eixo 28j6;


b) Máquina acionada: “bomba centrífuga”, 8,6 CV, 1720 rpm;
c) Trabalho contínuo;
d) Até três partidas por hora;
e) Temperatura ambiental normal.

Resolução:

• Cálculo do torque a transmitir:

Mt = 716,2 . N = 716,2 . 8,6 CV ⇒ Mt ≅ 3,58 kgf . m


n 1720rpm

•Cálculo do torque do acoplamento:

Fs = F1 . F2 . F3 . F4 = 1,25 . 1 .1 .1 ⇒ Fs ≅ 1,25

Mta = Fs . Mt = 1,25 . 3,58kgf . m ⇒ Mta ≅ 4,47kgf . m

Mta = 4,47 kgf.m ⇒ tabela 39a ⇒ Escolhido acoplamento NOR-MEX – 82 – tipo


E – vem Furado com 10 mm. “final da apostila”

3.5 Exercícios Propostos

1) Assinale a alternativa correta:

a) Técnico que escolher um acoplamento com capacidade exatamente


igual ao torque a transmitir, certamente não terá problemas;
b) Os acoplamentos só poderão ser utilizados para eixos alinhados;
c) Os acoplamentos rígidos são facilmente encontrados no comércio;

Elementos de Máquinas 33
SENAI/SC Florianópolis 2003
d) Os acoplamentos elásticos permitem um desalinhamento dos eixos de
até 6º para cada lado.

2) Acoplamentos elásticos são utilizados para:

a) Unir dois eixos rigidamente;


b) Acoplar frontalmente dois eixos através de luvas dentadas sem
elementos intermediários;
c) A transmissão entre motores elétricos e caixas de engrenagens e outras
transmissões rígidas onde ocorrem choques;
d) Transmitir movimentos axiais e de rotações entre dois eixos alinhados.

3) assinale a alternativa correta:

a) O técnico que não utiliza torquímetro e não tem sensibilidade de aperto


e reaproveita os mesmos parafusos, várias vezes, certamente não terão
problemas;
b) Os pinos com mangas de borracha dos acoplamentos elásticos não
necessitam ser dimensionados pelo usuário;
c) Os parafusos dos acoplamentos rígidos não necessitam ser
dimensionados pelo fabricante;
d) Os acoplamentos devem ter uma capacidade menor ou igual ao torque a
transmitir.

4) Escolher seis parafusos para fixar os flanges de um acoplamento rígido para


a seguinte aplicação:

a) Motor elétrico 12,5 CV e 1750 rpm, eixo 28j6;


b) Máquina acionada, "bomba hidráulica", 10 CV, 1750 rpm, eixo 28h6;
c) Trabalho doze horas por dia;
d) Ambiente normal;
e) Diâmetro da circunferência, onde estão os parafusos (k = 80).

Obs: Utilizar parafusos classes 4.6 ABNT e coeficiente de segurança (s = 5).

5) Escolher um acoplamento elástico para a seguinte aplicação:

a) Máquina acionadora: redutor de engrenagens, 5 CV, 200rpm, eixo 38h6;


b) Máquina acionada: "britador de pedras";
c) Trabalho contínuo 18 horas por dia;
d) De 4 a 8 partidas por hora;
e) Temperatura normal.

Elementos de Máquinas 34
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4 RENDIMENTO DE SISTEMA MECÂNICO

Na mecânica, o rendimento indica um parâmetro que serve para analisar a


viabilidade da construção em termos de realização de trabalho mecânico.

Uma máquina que gasta muita potência para fazer um trabalho é


antieconômica e não competitiva porque necessita de um motor maior,
dimensões maiores e terá peso maior.

Assim, quanto mais alto for o rendimento, mais vantajosa será a construção da
máquina.

O cálculo do rendimento também é útil para se saber a potência disponível na


saída do equipamento e dela precisar para acionar outro equipamento ou fazer
um trabalho.

Assim, rotação, rendimento, potência e torque deverão ser calculados em cada


eixo do sistema para análise da construção. Porém, na prática, é usual
desprezar as perdas e usar um rendimento 100% que dá elementos mais
robustos a favor da segurança, exceto na escolha do motor, onde as perdas
devem ser consideradas.

Em qualquer sistema mecânico, por mais simples que seja, ocorre uma perda
de potência entre a entrada e a saída.

Parte da potência que entra é transformada em outra forma de energia, como


calor e ruído.

4.1 Rendimento dos. Diferentes Tipos de Transmissões

Transmissão por parafuso sem-fim........................................... 0,50 ≤ ηpsf ≤ 0,95


Transmissão por engrenagens cilíndricas ...................................0,97 ≤ ηe ≤ 0,98
Transmissão por correntes .........................................................0,97 ≤ ηcr ≤ 0,98
Transmissão por correias ............................................................0,96 ≤ ηc ≤ 0,98
Transmissão por rodas de atrito .................................................0,95 ≤ ηra ≤ 0,98
Mancais de deslizamento (par) ...................................................0,96 ≤ ηm ≤ 0,98
Mancais de rolamentos (par)......................................................0,98 ≤ ηrol ≤ 0,99

4.2 Cálculo das Perdas por Transmissões

Dada a transmissão redutora a seguir, deduzir as expressões que calculam o


torque e a potência em função da relação de transmissão e do rendimento.

Elementos de Máquinas 35
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Figura 26

Cálculo das Rotações:

• Rotação do eixo "1" : mesma do motor.


• Rotação do eixo "2" : feita pelo par d1 - d2.

n1 = d2 ⇒ n2 = n1 . d1 onde: n1 = rotação do eixo "1";


n2 d1 d2 n2 = rotação do eixo "2";
d1 = diâmetro da polia 1;
d2 = diâmetro da polia 2.

• Rotação do eixo "3" : feita pelo par z1 - z2


n2 = z2 ⇒ n = n2 . z1 onde: z1 = número de dentes da engrenagem 1;
3
n3 z3 z2 z2 = número de dentes da engrenagem 2.

• Rotação do eixo "4" : feita pelo z3 - z4.

n3 = z4 ⇒ n4 = n3 . z3
n4 z3 z4

Cálculo de Potências:

• Potência do eixo "1":

N1 = Nm onde: N1 = potência do eixo "1" ;


Nm = potência do motor.

• Potência do eixo "2":

N2 = η2 . Nm onde: NZ = potência do eixo "2" ;


η2 = rendimento do eixo "2" (centesimal);
Nm = potência do motor.

• Potência do eixo "3":

N3 = η3 . Nm onde N3 = potência do eixo “3”;


η3 = rendimento do eixo “3” (centesimal)
Nm = potência do motor

Elementos de Máquinas 36
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• Potência do eixo “4”:

N4 = η4 . Nm onde: N4 = potência do eixo “4”


η4 = rendimento do eixo “4”
Nm = potência do motor

Cálculo de Torques

• Torque do eixo “1”:

Mt1 = 71620 . N1 onde Mt1 = momento torçor ou torque do eixo “1” (kgf . cm)
n1 N1 = potência do eixo “1” (CV)
n1 = rotação do eixo “1” (rpm)

• Torque do eixo “2”:

Mt2 = 71620 . N2 onde Mt2 = torque do eixo “2” (kgf . cm)


n2 N2 = potência do eixo “2” (CV)
n2 = rotação do eixo “2” (rpm)

• Torque do eixo “3”:

Mt3 = 71620 . N3 onde Mt3 = torque do eixo “3” (kgf . cm)


n3 N3 = potência do eixo “3” (CV)
n3 = rotação do eixo “3” (rpm)

• Torque do eixo “4”:

Mt4 = 71620 . N4 onde Mt4 = torque do eixo “4” (kgf . cm)


n4 N4 = potência do eixo “4” (CV)
n4 = rotação do eixo “4” (rpm)

4.3 Exercício Resolvido

1) Na transmissão a seguir, calcule as rotações, os rendimentos, as potências


e os torques dos eixos “1”, “2”, “3” e “4”. O motor que aciona a transmissão é
de 10 CV e deve girar com 1750 rpm.

Polias Engrenagens Rendimentos


d1 = 80mm z1 = 16 ηm = 0,97
d2 = 160mm z2 = 40 (mancais)
z3 = 14 ηe =0,97
z4 = 35 (engrenagens)
ηc = 0,97 (correia)

Figura 27
Resolução:

• Rotação do eixo “1”:


mesma do motor ⇒ n1 = 1750 rpm

Elementos de Máquinas 37
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• Rotação do eixo “2”:
n1 = d2 ⇒ n = n1 . d1 = 1750rpm . 80mm ⇒ n2 = 875rpm
2
n2 d1 d2 160 mm

Cálculo de cabeça: a polia 2 é duas vezes maior que a polia 1, assim, gira
duas vezes menos, ou seja, 875rpm.

• rotação do eixo “3”:


n2 = z2 ⇒ n = n2 . z1 = 875rpm . 16 ⇒ n3 = 350rpm
3
n3 z1 z2 40

• rotação do eixo “4”:


n3 = z4 ⇒ n = n3 . z3 = 350rpm . 14 ⇒ n4 = 140rpm
4
n4 z3 z4 35

Cálculo de cabeça: entre os eixos 2 e 3, a engrenagem z2 é duas vezes maior


que a engrenagem z1, assim o eixo 3 onde está a engrenagem z2, gira duas
vezes e meia menos que o eixo 2, ou seja, 350rpm. Veja que z4, também é
duas vezes e meia maior que z3, assim, o eixo 4 gira duas vezes e meia menos
que o eixo 3, ou seja, 140rpm.

• Rendimento do eixo “1”: não há perda de potência ⇒ η = 100%

• Rendimento do eixo “2”: saindo do motor para chegarmos ao eixo “2”,


encontramos uma transmissão por correia e um par de mancais (mancais do
eixo “2”).

ηc = 0,97; ηm = 0,97
η2 = ηc . ηm → η2 = 0,97 . 0,97 → η2 = 0,94 ou 94%

Grosseiramente perde-se 3% na correia e 3% nos mancais, um total de 6%

• Rendimento do eixo “3”: saindo do eixo ”2” para o eixo “3” encontramos: um
par de engrenagens e um par de mancais (mancais do eixo “3”), porém, para
evitar erro acumulado, consideramos o sistema de transmissão desde o início.
Assim, até o eixo 3, temos: uma correia, dois pares de mancais e um par de
engrenagens.

η3 = ηc . (η)2 . ηe → η3 = 0,97 . (0,97)2 . 0,97 → η3 = 0,885 ou η3 = 88,5%

• Rendimento do eixo “4”: saindo do eixo “3” para o eixo “4” encontramos: um
par de engrenagens e um par de mancais (mancais do eixo “4”), considerando
o sistema desde o início, até o eixo “4”, temos: uma correia, três pares de
mancais e dois pares de engrenagens.

η4 = ηc . (ηm)3 . (ηe)2 → η4 = (0,97)6 → η4 ≅ 0,83 ou η4 = 83%

Elementos de Máquinas 38
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Grosseiramente, de cabeça poderíamos fazer uma estimativa de rendimento
total do sistema. Elementos existentes entre os eixos 1 e 4: correia, três pares
de mancais e dois pares de engrenagens, então perde-se grosseiramente 18%,
sendo o rendimento total, η4 ≅ 82%, com um erro pequeno e aceitável.

• Potência do eixo “1”:

N1 = Nm ⇒ N1 = 10CV (não há perdas no eixo “1”)

• Potência do eixo "2":

N2 = η2 . Nm = 0,94 . 10 CV ⇒ N2 = 9,4 CV

• Potência do eixo "3":

N3 = η3 . Nm = 0,885 . 10 CV ⇒ N3 = 8,85 CV

N4 = η4 . Nm = 0,83 . 10 CV ⇒ N4 = 8,3 CV

• Potência do eixo "4": entrada do sistema 10 CV (potência do motor), saída


8,3CV, portanto, potência dissipada ou perdida (Nd = 1,7 CU).

• Torque do eixo "1"

Mt1 = 71620 . N1 = 71620 . 10CV ⇒ Mt1 ≅ 409 kgf . cm


n1 1750rpm
• Torques do eixo "2":

Mt2 = 71620 . N2 = 71620 . 9,4CV ⇒ Mt2 ≅ 769 kgf . cm


n2 875rpm

• Torques do eixo "3"

Mt3 = 71620 . N3 = 71620 . 8,85CV ⇒ Mt3 ≅ 769 kgf . cm


n3 350rpm
•Torques do eixo "4":

Mt4 = 71620 . N4 = 71620 . 8,3CV ⇒ Mt3 ≅ 769 kgf . cm


n4 140rpm

4.4 Exercícios Propostos

1)Por que se calcula o rendimento:

a) É indispensável no dimensionamento dos elementos mecânicos;


b) Para determinar a perda de rotação em cada eixo;
c) Para analisar a viabilidade da construção e para saber a potência
disponível na saída;
d) Para determinar o aquecimento do equipamento.

Elementos de Máquinas 39
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2) Quais desses elementos mecânicos dão menores rendimentos:

a) Mancais de rolamentos e engrenagens cilíndricas;


b) Parafuso sem-fim de aço com coroa de bronze e roda de atrito;
c) Parafuso sem-fim de aço com coroa de aço e roda de atrito;
d) Engrenagens cilíndricas e mancais de deslizamentos.

3) Na transmissão a seguir, calcule as rotações, os rendimentos, as potências


e os torques dos eixos "1", "2", "3" e "4". O motor que aciona a transmissão é
de 10 CV e deve girar com 1800rpm.

ηm = 0,98 (mancais)
ηe = 0,97 (engrenagens)
ηc = 0,97 (correias)
z = número de dentes
d da engrenagem

Figura 28

Obs: O torque significa energia de giro, e é inversamente proporcional à


rotação, ou seja, maior rotação corresponde a menor torque ou vice-versa.
Exemplo : liquidificador não corta alimentos duros em alta rotação porque
nestas condições possui baixo torque.

Elementos de Máquinas 40
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5 POTÊNCIA DE ACIONAMENTO

5.1 Cálculo da Potência do Motor

O motor deverá ter uma potência capaz de efetuar o trabalho desejado e além
disso movimentar o sistema ou máquina.

O motor gasta uma parcela de sua potência nominal somente para movimentar
a máquina, e o restante é utilizado para fazer o trabalho com uma certa folga.

Assim, para calcular a potência do motor de uma máquina é recomendado que


se comece do fim da cadeia cinemática para o começo, levando em
consideração o rendimento total do sistema, por exemplo

Determinar a potência do motor de uma furadeira de coluna, eixo, porta broca,


cone, morse 2.

Nesse caso, o mandril porta broca cone morsa número 2, usa brocas até 5/8”.
Nessas condições, teremos de calcular a potência de corte para a broca de
5/8”. Tendo-se a potência de corte e o rendimento total da furadeira, podemos
calcular a potência do motor.

Nm = Nc onde: Nm = potência do motor;


ηt Nc = potência de corte ou de trabalho;
ηt = rendimento total do sistema ou máquina.

Para furadeiras o momento torçor de furação é tabelado em função do furo da


broca. A potência de corte é dada por:

Nc = Mt . n onde: MI = momento torçor de furação (tabelado);


71620 n = rotação (rpm) em função do diâmetro da
broca;
Nc = potência de corte (CV).

Levantamento de Cagas

V = π . dt . n
QT . v2 . 1,4
Nr = Qc . v Ni =
1000 ηt . 4500 g . ta . ηt . 270000

Nm = Ni + Nr onde: v = velocidade de subida da carga “m”


min
dt = diâmetro do tambor "mm";
n = rotação do eixo do tambor “rpm”;
Nr = potência de regime "CV";
Qc = força de tração no cabo "kgf";
ηt = Rendimento total do sistema (centesimal);
Ni = potência de inércia do sistema "Cv" ;
Qt = Carga total de levantamento" kgf
Elementos de Máquinas 41
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1,4 = constante, representa a influência das peças em
rotação;
m
g = 9,81 - aceleração da gravidade;
s2

ta = tempo de arranque (ta ≅ 3 segundos);


270000 = constante;
Nm = potência do motor "CV".

• Quando “Ni” for maior que “Nr”, usar “Nm = Ni”

5.2 Exercício Resolvido

1) Determinar a potência do motor da furadeira de coluna, figura 29.


Capacidade máxima de furação diâmetro 5/8“, avanço de 0,15mm/rotação.

Figura 29
Resolução

• Cálculo da Potência do Motor: o desenho da cadeia cinemática da furadeira


mostra: correia, três pares de engrenagens, um par de mancais.

ηt = ηc . (ηe)3 . ηm → ηt = (0,97)5 → ηt = 0,86 ou ηt = 86%

s = 0,15mm/rotação e diâmetro = 16mm ⇒ gráfico 2 ⇒ Mt = 150kgf.cm

vc = 20m/min (para aço) ⇒ (vc = velocidade de corte)

n = 1000 . v = 1000 . 20m/min ⇒ n ≅ 398rpm


π.d 3,14 . 16mm
Nc = Mt . n = 150kgf . cm . 398rpm ⇒ Nc ≅ 0,83CV
71620 71620
Nm = Nc = 0,83 ⇒ Nm ≅ 0,97CV
ηt 0,86%

Elementos de Máquinas 42
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• Quando “Ni” for maior que “Nr”,usar “Nm = Ni”

Gráfico 2

2) Dado o sistema representado na figura, determine a potência do motor.


Dados: ηC = 0,97; ηC (rendimento da corrente); ηr = 0,98; (rendimento do par de
rolamentos); ηe = 0,98 (rendimento do par de engrenagens); ηcb = 0,97
(rendimento do cabo).

Figura 30

Elementos de Máquinas 43
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Resolucão:

Cálculo da Rotação:
n4 = z1 . z3 . z5 ⇒ n = n . z1 . z3 . z5 15 . 15 . 16
4 1 = 1800rpm . ⇒ n4 = 9rpm
n1 z2 z4 z6 z2 z4 z6 75 75 128

• Cálculo da Velocidade do Tambor:

v = π . dt . n = 3,14 . 300mm . 9rpm ⇒ v ≅ 8,48m/min


1000 1000
• Rendimento total do sistema composição: quatro pares de rolamentos, dois
pares de engrenagens, uma corrente e um cabo de aço.

ηt = (ηr)4 . (ηe)2 . ηc . ηcb

ηt = (0,98)4 . (0,98)2 . 0,97 . 0,97 → ηt 0,8333 ou ηt = 83,3%

• Cálculo da Potência de regime: o cabo do motor puxa somente a metade da


carga; a outra metade, a polia fixa é que puxa.
1000kgf . 8,48m/min
2
Nr = Qc . v = ⇒ Nr ≅ 11,31CV
ηt . 4500 0,833 . 4500
• Cálculo da Potência de Inércia.

Ni = Qt . v2 . 1,4 2
= 10000 . (8,48) . 1,4 = 0,15CV
g. ta . ηt . 270000 9,81 . 3 . 0,833 . 270000

• Adotado motor: WEG rotor bobinado (categoria C) - N = 12,5 CV.

5.3 Exercícios Propostos

1) Assinale a alternativa incorreta:

a) Motores de indução monofásicos exigem dispositivo de partida e


possuem potência até 1 CV;
b) Motores de indução trifásicos possuem ratares em gaiolas ou bobinados;
c) Motores de ratares bobinados possuem baixos conjugados de partidas;
d) Motores de baixo conjugado, categoria "B", alto conjugado, categoria
"C".

2) Quais dos equipamentos utilizam motores de alto conjugado de partida:

a) Furadeiras e talhas;
b) serras e compressores;
c) Bombas centrífugas e compressores;
d) Pontes rolantes e guindastes.

Elementos de Máquinas 44
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3) A figura abaixo representa o sistema de levantamento de carga de uma
ponte rolante com capacidade para 20 toneladas. Determine a potência do
motor. O motor deve girar a 1800 rpm. Dados: z1 = 16; z2 = 128; z3 = 15; z4 = 120;
Dt = 250 mm; ηr = 0,98 (rolamentos); ηm = 0,96 (mancais); ηe = 0,97
(engrenagens); ηth = 0,99 (talha). Peso próprio da talha 600 kgf. Dado:

Figura 31

Obs: O rendimento da talha não entra no rendimento total do sistema. O


rendimento da talha será utilizado para calcular a forço de tração no cabo (Qc).

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6 EIXOS E ÁRVORES

6.1 Introdução

Entenderemos as peças designadas pelos nomes de visos e árvores como se


segue:

• eixo: não transmite potência, isto é, não sofre esforço de torção;


• árvore: sempre terá esforço de torção.

Eixos e árvores poderão ser giratórios ou não. Uma barra de torção (mola de
torção) é, dentro da idéia acima, uma árvore não giratória. Assim,
engrenagens, polias etc., são montadas em árvores. Uma polia "louca", por
exemplo, será montada em um eixo.

Consideraremos apenas os eixos e árvores com seções circulares, ocas ou


não.

6.2 Projeto de um Eixo

Em geral o torço principal é o de flexão (ver Exercício 11 a 14 do Cap. 1):


Sendo M o momento fletor e Z o módulo de resistência à flexão, vimos (Item

1-5.4) que a tensão de flexão que atua na peça é σ = M . Para a seção circular
Z
ou em coroa circular temos:

Seção circular: Z = π D , onde D = diâmetro do eixo;


3

32
4
Seção em coroa circular: Z = π . D – d , onde D = diâmetro externo é d =
32 D
diâmetro interno.

Assim, para dimensionar um eixo de seção constante basta:

Roteiro 1:

a) encolher o material;
b) fixar a tensão admissível (ver Cap. 1.5);
c) calcular M (pelo esquema do carregamento);
d) pela fórmula anterior, calcular Z;
e) conhecendo Z, calcular D. Para o caso de seção em coroa circular,
estabelecer uma relação entre D e d (D/d = k) e calcular D e d1;
f) padronizar o diâmetro de acordo com as tabelas.

1
Valores comuns da relação d/D situam-se na faixa 0,5 a 0,9

Elementos de Máquinas 46
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O roteiro na página anterior, se bem que simples, traz para o principiante uma
dificuldade (fixar a tensão admissível), que poderá ser contornada, seguindo
outro roteiro de cálculo, este baseado nas indicações (código) da ASME.

Pelo código da ASME a expressão básica é modificada por um fator combinado


de choque e fadiga, tabelado pela própria ASME. Temos:

σadm. = KmM (10)


Z
Para manter o compromisso com o fator Km, a tensão admissível é, também,
fixada pela ASME. As tabelas seguintes fixam esses valores.

Eixo Fixo Eixo Giratório


Tipo de carga
KM Km
Gradualmente aplicada, constante (estática) 1,0 1,5
Subitamente aplicada, pequeno choque 1,5 a 2,0 1,5 a 2,0
Subitamente aplicada, grande choque – 2,0 a 3,0
Tabela 13 - Valores do Fator Km

Material Tensão Admissível Observação


σ(kg/mm2)
Aço não especificado 11 Havendo rasgo para chaveta,
Aço especificado 60% do σe ou 36% do σr tomar 75% do valor indicado
(tomar o menor valor)
Tabela 14 - Tensões Admissíveis Para o Cálculo de Eixos (ASME)

O roteiro para o cálculo fica simplificado:

Roteiro 2:

a) escolher o material;
b) tomar a tensão admissível, de acordo.com a Tab. 13;
c) calcular KmM (esquema de carregamento e Tab. 14);
d) calcular Z [Eq. (10)] e, então, o diâmetro;
e) padronizar o. diâmetro.

Eixos curtos - Ver Exercícios 11 a 14 do Cap. 1. Dimensionar pelo roteiro


dado anteriormente, com os conhecimentos já vistos de Resistência doe
Materiais, e considerando a tensão decorrente do esforço cortante.

6.3 Projeto de uma Árvore

6.3.1 Árvore Sujeita a Esforço Simples de Torção

Vimos (15) que tem (item 1-5.6):

τmáx. = T , com
Z’

Elementos de Máquinas 47
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Z’ = π D
3
para seção circular; e
16

Z’ = π . D – d para seção anular (coroa circular)


4 4

16 D
Assim, poderemos aplicar o Roteiro 1, visto para o cálculo do eixo, no item
anterior. Pelo mesmo motivo lá apresentado, a ASME indicou outro método,
exposto a seguir:

τadm. = Kt T (11)
Z’

onde Kt é o fator combinado de choque e fadiga, relacionado com o momento


de torção. A tensão admissível também foi fixada pela ASME. As tabelas
seguintes dão os valores a utilizar. Para o cálculo, aplicar as indicações do
Roteiro 2, visto no item anterior.

Árvore Fixa Árvore Giratória


Tipo de Carga
Kt Kt
Gradualmente aplicada, constante (estática) 1,0 1,0
Subitamente aplicada, pequeno choque 1,5 a 2,0 1,0 a 1,5
Subitamente aplicada, grande choque – 1,5 a 3,0
Tabela 15 – Valores de Kt

Material Tensão Adimissível Observação


τ(kg/mm2)
Aço não especificado 5,6 Havendo rasgo para chaveta,
30% do σe ou 18% do σr
Aço especificado tomar 75% do valor indicado
(Tomar o menor valor)
Tabela 16 – Tensões Admissíveis para o Cálculo de Árvores (ASME)

6.3.2 Árvore Sujeita a Esforços Combinados de Torção e Flexão

Este é, provavelmente, o caso mais comum. O dimensionamento é feito dentro


de um dos Critérios de Resistência (ver item 1-7, Cap. 1). Para o caso de
materiais dúcteis (caso dos aços) as teorias que devem ser aplicadas, dentro
daqueles critérios de resistência, são a teoria da energia e a teoria da maior
tensão de cisalhamento.

Cada uma dessas teorias leva ao estabelecimento de um esforço ideal,


equivalente, na peça, aos esforços reais que sobre ela atuam.

Pela teoria da maior tensão de cisalhamento (Teoria de Saint-Venant e


Tresca), o momento de torção, Ti, ideal, correspondente aos momentos de
flexão, M, e torção, T, que atuam na peça, é:

(12)
Ti = M 2 +T2

Elementos de Máquinas 48
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Considerando as indicações da ASME, empregaremos os fatores Km e Kt
(Tabs. 13 e 15, respectivamente), o que nos dá um momento de torção
equivalente:

Ta = (Km M)2 + (Kt T)2 (13)

Agora,
τadm. = Te (14)
Z’

e seguiremos o Roteiro 2 para o cálculo da árvore (ver item anterior).

Os valores de T e M, em (12) e (13), é claro, devem atuar na mesma seção.

Nota

A expressão (14) pode ser transformada, tomando o seguinte aspecto:

2
⎛σ ⎞
τadm = τ +⎜ ⎟
2 (15)
⎝2⎠

Onde a tensão τ é calculada em função de (KtT) e a tensão σ em função de


(KmM), isto é, para a seção circular:

τ = KtT ≈ KtT 3 (16)


Z’ 0,2D

σ = KmM ≈ KmM3 (17)


Z 0,1D

6.4 Rigidez

A rigidez de um eixo ou uma árvore é, em muitos casos, fator de capital


importância, passando a ser feito o dimensionamento em função das
deformações e não mais da resistência. Em qualquer caso a rigidez de um eixo
ou uma árvore deve ser, sempre, verificada.

A rigidez (deformação) pode se relacionar com a flexão (flechas) e com a


torção (ângulo). Pedimos ao leitor que leia, agora, o que foi dito no item 1-6,
Cap. 1, e estudar os Exercícios 16, 17, 18, 19, 20 e 21, todos do Cap. 1.

Em geral, quando se tem uma deformação admissível especial (não uma


indicação geral) para determinado caso, o dimensionamento é feito partindo-se
dessa indicação e verificando-se a resistência.

Elementos de Máquinas 49
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Infelizmente, os dados disponíveis são escassos. Aconselhamos o estudante a
"colecionar" indicações de flechas e ângulos admissíveis, especificando,
cuidadosamente, não somente a origem (fonte de consulta), como também as
restrições que porventura tenham.

Como orientação, damos, a seguir, algumas indicações, sendo θadm. o ângulo


de deformação por torção, admissível (ver item 1-6.2) e ƒadm. a flecha
admissível.

Árvores de transmissão: θadm. = 1º/20D; θadm. = 0,25º/m.

Árvores de máquinas: θadm = 1º /m ou 1º/3 m paia cargas estáticas e a metade


3
desse valor para cargas com variações súbitas.

Árvores de fresadoras: θadm = 1º (estudar a influência no corte da fresa)

Partindo desses valores e da Eq. (19) (Item 1-6.2), podemos estabelecer


fórmulas especiais para o cálculo do diâmetro da árvore. Um valor muito usado
é o θadm = 1º/20D. Poder-se-á estabelecer, partindo de (19), a expressão:

D ≈ 1,13 3
T, (18)

válida para aço, θadm = 1º/20D; D em mm e T em kg mm.

Para θadm = 0,25º/m ver expressão (34).

Para a flecha podemos indicar:

Árvores de transmissão: ƒadm = 1,2 mm/m.

Árvores de máquinas: ƒadm = 0,2 mm/m.

Árvores com engrenagens: ƒadm = 3,24 mm, onde b = largura da engrenagem,


b
em mm. A flexa é calculada no ponto em que se encontra a engrenagem.

Nota:

Para evitar flechas excessivas, todos elementos pesados (polias, engrenagens,


volantes etc.) devem ser montados juntos dos mancais.

6.5 Afastamento entre Mancais

O afastamento entre os mancais pode ser determinado por meio de tabelas


muito boas, existentes em manuais, em função do diâmetro da árvore, potência
a transmitir, existência de polias, engrenagens etc.

Elementos de Máquinas 50
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Valores aproximados de L (distância entre mancais) podem ser obtidos pela
expressão:

L = 0,7(1 + D ), (19)

onde L é em metros e D em cm.

Para uma árvore contínua, com vários apoios, a expressão seguinte permite ter
uma idéia do valor de L:

L = 130 D , (20)

onde L e D são em cm.

Demonstra-se que uma árvore contínua é mais eficiente do que uma sucessão
de árvores bi-apoiadas, suportando as mesmas cargas. A árvore contínua é
extremamente sensível às diferenças de altura (desalinhamento vertical) dos
mancais. Essa sensibilidade, por outro lado, pode ser aproveitada para dar à
árvore maior capacidade de carga. Numa árvore com carregamento de 2
cargas simétricas, e 3 mancais, por exemplo, o mancal do centro pode ser
ajustado para que os momentos fletores nos pontos de aplicação das cargas
sejam iguais ao momento fletor no centro. Para isso:

a) calcular as reações nos mancais R1, R2 (centro) e R3;


b) supor retirado o mental central e calcular a flecha nesse ponto;
c) supor as cargas removidas e aplicar a reação R2 como carga;
d) calcular a flecha (para cima) resultante da aplicação de R2;

6.6 Materiais

Há uma variedade enorme de materiais que se prestam para a fabricação de


eixos e árvores. De acordo com o serviço, devem ter suficiente resistência e
baixa sensibilidade aos efeitos da concentração de tensões.

Para se obter, em um cálculo, diâmetros menores e grandes resistências,


pode-se usar aços-liga, em geral tratados termicamente. Estes aços, porém,
têm as desvantagens do alto preço e da maior sensibilidade às concentrações
de tensões. Além disso, conforme vimos quando tratamos da rigidez (Item 6-4),
o diâmetro é muitas vezes subordinado a certas deformações admissíveis.
Nestes casos, o uso do aço-liga é, em geral, contra-indicado, uma vez que o
problema não mais é de resistência.

Os aços-carbono, de baixo e médio carbono, são, atualmente, os de maior


emprego em eixos e árvores na, indústria, em geral.

Aços muito empregados são os seguintes: SAE 1015, 1020, 1025, 1030, 1040,
1045, 2340, 2345, 3115, 3120, 3135, 3140, 4023, 4063, 4140, 4340, 4615,
4620 e 5140.

Elementos de Máquinas 51
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Como vemos, uma grande variedade de material existe para a confecção de
eixos e árvores. A seleção dependerá sempre das condições de serviço, custo,
usinabilidade e características especiais porventura exigidas. É um campo
aberto em que o projetista deve procurar sempre maiores conhecimentos.
Praticamente qualquer material ferroso, não-ferroso ou não-metálico, pode ser
usado, por uma razão qualquer, na execução de um eixo ou uma árvore.

6.7 Exercícios Resolvidos

1) Sabendo-se que o eixo apresentado na figura abaixo é de aço 1045,


laminado a frio, calcular o fator de segurança sobre a tensão admissível do
material, considerando o eixo fixo e de seção constante.

500Kgf ∑f = 0
-500 + R1 + R2 = 0
R1 = 500 – R2
φ 40mm

∑m = 0
-500 . 600 + R2 . 1000 = 0
-300000 + 1000R2 = 0
R1 R2
R2 = 300000
1000
600mm 400mm
R2 = 300Kgf
Figura 32

R1 = 500 – R2 Mcr = R1 . 600


R1 = 500 –300 M = 200. 600
R1 = 200kgf M = 120000Kgf.mm
M = 12000Kgf.cm

σe = 5400Kgf/cm2 ⇒ σadm = 0,6 . σe


σr = 6300Kgf/cm2 ⇒ σadm = 0,36 . σr

σadm = 0,6 . 5400 = 3240Kgf/cm2


σadm = 0,36 . 6300 = 2268Kgf/cm2

Obs: Tomar o menor valor de σadm. Neste caso 2268Kgf/cm2.

σ = Mfcr ⇒ Mfcr = Momento fletor crítico


Z
σ = 1200 z = Módulo de resistência a flexão.
6,28
σ = 1910,83Kgf/cm2 z=
π . d3 = π . 43
32 32

Elementos de Máquinas 52
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Fator de segurança
σadm
Fs = z = 6,28cm3
σ
Fs = 2268 ⇒ Fs = 1,19
910,83

2) As características construtivas que deverão orientar o dimensionamento da


árvore de transmissão empregada no acionamento de uma ponte rolante
(Fig. 33) são as seguintes:

a) Momento de torção atuante:

T = 3580 kg cm.

b) Deformação angular máxima permissível por metro:

θmáx. = 0,20º.

c) As distâncias entre a transmissão por corrente e as rodas de


acionamento são respectivamente:

L1 = 1300 mm,
L2 = 4300 mm.

d) O material empregado, aço carbono, deverá ter para tensão de ruptura,


aproximadamente, 5300 kg/cm2.

e) O número de mancais é tal que a flecha devida ao peso próprio se situa


dentro dos valores permissíveis.
Atendendo ao indicado pede-se:

1º) Determinar o diâmetro D da árvore.


2º) Determinar a tensão efetiva ao ser transmitido o momento de torção.
3º) Determinar o fator de segurança

Figura 33

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Solução

a) Escolha e determinação das características do material

Escolhemos o aço SAE 1030 laminado a frio, para o qual temos (Tab. IV, do
Apêndice):

σr = 5300 kg/cm2,
σe = 4500 kg/cm,
τe = 0,6 . 4500 = 2700 kg/cm2,
HB = 49.

b) Determinação do diâmetro da árvore

O diâmetro da árvore será determinado em função da máxima deformação


angular permissível.

Da relação (19):

θ = 180 . TL
π GJ

c) determinamos o momento de inércia polar J:

J = 0,1 . D4 = 180 . 35805. 100


π 8 . 10 . 0,20
Daí:

D = 5,9 cm.

Adotado: D = 60 mm (Tab. 44) “final da apostila”


d) Determinação da tensão efetiva

Do Item 6-3.1, vem:

τefet. = T ≈ T
Z’ 0,2 . D3

τefet. = 3580 = 82,5kg/cm2


0,2 . 63

e) Determinação do fator de segurança

O fator de segurança, determinado em relação à tensão de escoamento será:

FS = τe = 2700
τefet. 82,5
ou

FS = 32,7.

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0 valor elevado do fator de segurança resulta do dimensionamento atender à
deformação angular, isto é, dimensionou-se pela rigidez e não pela resistência.

3) A árvore de acionamento de uma máquina é fabricada em aço SAE 3150


temperado, e revenido a 550°C.

Sabendo-se que a deformação angular máxima que ela deverá sofrer ao


transmitir a potência de 10 C.V. a 2000 R.P.M. é de 0,25º/m, pede-se:

a) Determinar o diâmetro partindo da deformação angular máxima.


b) Determinar o valor da tensão ao atuar o momento de torção máximo.
c) Comentar o resultado.

Solução

a) Determinação do diâmetro da árvore

Partindo da fórmula (19) a do que se disse no Item 7-4, pode-se determinar


uma expressão para o diâmetro da árvore, considerando-se aço, θadm. =
0,25º/m, potência em C.V. e rotação em R.P.M. A expressão a que se chega é
[ver a expressão (34)]:
4
D = 12 N cm.
n

Então,

4
10
D = 12 = 3,2cm.
2000
Considerando a Tab. 44, Item 7-9, indicaremos:

D = 36 mm.

b) Determinação da tensão

O momento de torção, em função da potência e da rotação dadas, é calculado


pela expressão (31):
N
T= 71620
n

10
T = 71620 = 358 kg cm
2000
A tensão, atendendo à orientação dá ASME para dimensionamento de árvores
de transmissão, será determinada pela relação (11):

τ = Kt T ≈ Kt T
Z 0,2 . D3

Elementos de Máquinas 55
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O fator combinado de choque e fadiga Kt, considerando-se condições médias
de atuação da carga, será determinado pela Tab. 15 (Item 6-3.1):

Kt = 1,5

Então,

τ = 1,5 . 358
3
≈ 57,5 kg/cm2
0,2 . 3,6

4) As árvores de transmissão apresentadas pela Fig. 34 deverão ser


dimensionadas nas seções S1 e S2.

Conhecem-se os seguintes dados relativos à construção:

a) Os mancais e acoplamentos elásticos absorvem praticamente, todos os


esforços radiais e fletores provenientes das transmissões por correias.
b) As cargas são subitamente aplicadas e os choques médios.

Figura 34
c) O material empregado é o aço SAE 1035 laminado a frio.
d) As transmissões por correias A e B absorvem, respectivamente, os
momentos de torção T1 = 750 kg cm e T2 = 1800 kg cm,na rotação de 800
R.P.M.

Solução

a) Determinação das Características do material

Para o aço SAE 1035 laminado temos: (Tab. IV, do Apêndice)

σr = 5600 kg/cm2,
σe = 4700 kg/cm2.

b) Determinação da tensão admissível

Atendendo às indicações das normas da ASME para dimensionamento de


árvores de transmissão temos (Tab. 16):

τadm. f (σr) = 0,18 σr = 0,18 . 5600 = 1010 kg/cm2,


τadm. f (σe) = 0,30 σe = 0.30 . 4700 = 1410 kg/cm2

Elementos de Máquinas 56
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Então,
τadm. = 1010 kg/cm2

c) Determinações dos fatores de choque e fadiga

Conforme as indicações do enunciado do problema, a Tab.8 dá:

Kt = 1,3, Kt = (1,0 a 1,5).

d) Determinação doa momentos de torção nas seções S1 e S2

O momento de torção que deverá ser fornecido pelo motor é:

T = T1 + T2
T1 = 750kg cm
T2 = 1800kg cm
Assim,
TS1 = 2550kg cm
TS2 = 1800kg cm

Dimensionamento das seções S1 e S2

Admitindo que se vá construir os dois trechos AC e AB com o mesmo diâmetro,


dimensionaremos tendo em vista a solicitação na seção S1 (mais carregada).

Desta forma, dimensionando quanto à resistência (11):

Kt . T = τadm
Z
1,3 . 2550 = 1010
0,2 . D
o que dá:
3
1,3 . 2550
D= 0,2 . 1010 = 2,54cm

Dimensionaremos, agora, tendo em vista s deformação angular, que


limitaremos em 0,25º/m (Item 6-4).

A potência será [expressão (31)]:

Tn
N= = 2550 . 800 = 28,5 C.V.
71620 71620

Aplicando a expressão (34), teremos:

4 4
N 28,5
D = 12 = 12 = 5,2cm
n 800

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Podemos adotar como dimensão final da árvore, tendo em. vista as resultados
acima, o diâmetro de 50 mm (ver Tab. 10), com ligeiro acréscimo no ângulo de
deformação por torção, que poderá ser, agora, calculado diretamente.

Como exercitação, o leitor poderá fazer o cálculo da árvore considerando a


seção em coroa circular (árvore tubular).

5) Uma árvore de aço (com σr = 56 kg/mm2 e σe = 36 kg/mm2), de seção


transversal circular cheia, deve transmitir 50 C.V. a 600 R.P.M., sendo a carga
constante e gradualmente aplicada.

1º) Calcular o diâmetro, D, da árvore.


2º) Admitindo, agora, a aplicação de um momento fletor de 3500 kg cm
calcular a velocidade (R.P.M.),' em que a árvore deve trabalhar para
transmitir a mesma potência do item anterior, coma mesma
segurança. Comentar o resultado.

Solução

1º) Cálculo do diâmetro "D" da árvore

Momento de torção que atua na árvore

Da fórmula da potência (31), vem:

Tn
P= com T = kg cm, n = R.P.M e P = C.V.
71620
Daí,

50 = T . 600 ou T = 71620 . 50 kg cm ou T ≈ 6000kg cm


71620 600
Tensão decorrente da torção

τ = KtT ; τadm = 30% de σe ou 18% de σr (tomar a menor, conforme Tab. 16)


Z’
30% de 3600 kg/cm2 = 1080cm2; 18% de 5600 = 1008 kg/cm2

τadm. = 1008 kg/cm2 ≈ 1000kg/cm2

Cálculo do diâmetro D

Valor do Kt: (Tab. 15)

Kt = 1,0

A Tab. 44 indica: D = 36 mm.

2º) Cálculo da nona rotação da árvore

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Neste item a árvore estará sujeita a esforços combinados de torção e flexão.
Temos (13) e (14):

Te = [(KtT)2 + (KmM)2]1/2 e τadm = Te


Z’

Para que a segurança seja a mesma do item anterior, a tensão neste caso
deverá ser igual, isto é, devemos ter:

Te = τadm . Z’ = [(K8T)2 + (KmM)2]1/2,


Kt = 1 (visto no 1.º item) e Km = 1,5 (Tab. 13),
M = 3500 kg cm (dado); τadm = 1000kg/cm2 e Z’ = 9,16cm3.
Daí,
100 . 9,16 = [T2 + (1,5 . 3500)2]1/2,
9160 = [T2 + (5250)2]1/2 ou (9160)2 = T2 + 52502,
T = [(9160)2 – (5250)2]1/2 ≈ 7510 kg cm,

que é o momento de torção máximo que pode ser aplicado à árvore, neste
caso.

Como a condição é "transmitir a mesma potência do item anterior, com a


mesma segurança" - e como a segurança foi mantida por se ter feito τadm =
TeZ’, para transmitir a mesma potência com T diferente, devemos ter nova
R.P.M. Assim, da fórmula da potência (31), vem:

50 = 7510 . n ou n = 71620 . 50 = 476 R.P.M.


71620 7510
n = 476 R.P.M.

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7 MOLAS

7.1 Generalidades

As molas têm a função de suportar e recuar componentes de máquinas,


proporcionar deformações, absorver choques e energia, etc.

As molas têm uma vida útil. Assim, quando perderem a rigidez (pressão) ou
tiverem aspecto ruim, devem ser substituídas, para, entre outros fatores, não
provocarem batidas entre os elementos por elas separados.

7.2 Tipos Principais de Molas

• Molas helicoidais (tração, compressão e torção);


• Molas de prato (Belleville);
• Molas de lâminas;
• Molas de torção.

7.2.1 Molas Helicoidais

São chamadas helicoidais porque o arame é enrolado em forma de hélice e


podem ser:

• Mola helicoidal redonda (arame redondo);


• Mola helicoidal retangular (arame retangular).

São utilizadas para suportar cargas axiais de tração e de compressão.

Fabricação:

• A fabricação depende do diâmetro


do arame ou da barra (e);
• d ≤ 10 mm: moldagem a frio
(moldes);
• 10 < d ≤ 17 mm: moldagem a
quente;

Para molas de compressão as


espiras não devem ficar em contato,
mesmo em caso de carga excessiva.

Figura 35 Figura 36

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7.2.2 Molas de Prato (Belleville)

São utilizadas para suportar cargas axiais de compressão, com a vantagem de


ocuparem pequenos espaços no sentido do comprimento e grandes espaços
no sentido do diâmetro.

Deformação admissível sem carga excessiva:

f = 0,75 . h onde: f = flecha (deformação


admissível);
h = altura da mola livre (disco).
a = mola sem carga;
b = com carga, flexão
admissível 75%.
Figura 37
7.2.3 Molas de Lâminas

Consistem em um feixe de lâminas convenientemente curvadas e fixadas para


anular em parte os esforços de flexão.

São utilizadas na suspensão traseira de veículos pesados, colocadas no


sentido longitudinal do veículo, fixadas no chassi pelo olhal e ao meio, próximo
das extremidades do eixo traseiro, com a curvatura para cima.

Há também fixação com a curvatura para baixo.

Figura 38

7.2.4 Molas de Torção (Barra de Torção)

Consistem em uma barra ou um feixe de lâminas,


facilmente torcível, elásticos, preso em uma extremidade
e sujeito a uma força, na outra extremidade, que provoca
torção.

Esse sistema é chamado de mola, quando torcido por


uma força, e sofrer uma deformação. Pode se distorcer,
quando descarregada ou semidescarregada.

Obs: Usadas na suspensão dianteira de veículos. É


torcida quando a roda se movimento poro cima (saliência
na pista). Ao distorcer-se, força a roda para baixo. Figura 39

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7.3 Dimensionamento

O arame das molas helicoidais, de um modo geral, sofre torção e flexão, porém
o esforço de flexão é desprezível, devido ao pequeno ângulo de inclinação da
hélice da mola.

Figura 41

Figura 40
tgα = P
π . Dm
O produto da força "F-cos α" pelo raio (Rm) provoca torção no arame da espira,
dado por:

cosα = Rm → y = Rm onde: Mt = momento torçor;


y cosα F = carga de compressão ou
tração;
MT = F . cosα . y → MT = F . cosα . Rm α = ângulo de inclinação;
cosα P = passo da mola;
Mf = momento fletor no arame
MT = F . Rm

MF = F . senα . Rm

Como o ângulo "a" de inclinação da mola é pequeno α ≤ 10º, para efeito de


cálculo, considera-se o momento Fletor desprezível. Conforme "Niemann,
volume I".

7.3.1 Fórmula

7.3.1.1 Tensão de Cisalhamento no Arame (Atuante)


De
Dm = De – da τa = KW . 8 . F . Dm KW = 4 . C – 1 +0,615 C = Dm da =
π . da 3 4.C-4 C da 1 +C

onde: ta = tensão de cisalhamento (kgf/mm2), devido à torção do arame;


KW = fator de Wahl (adimensional);
F = força axial na mola (kgf);
Dm = diâmetro médio da mola (mm);

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da = diâmetro do arame (mm);
C = índice de curvatura (adimensional);
De = diâmetro externo da mola (mm).

Mola de uso industrial comum:

8 ≤ C ≤ 10

molas de válvulas e embreagens ⇒ C = 5


casos extremos ⇒ C = 3

Fórmula demonstrada a partir da torção do arame.

Obs: As molas de embreagens não estão sujeitas a esforços muito severos,


assim sendo, leva muito tempo para perder a pressão.

7.3.1.2 Flecha da Mola (Deflexão)

3
onde: f = flecha (mm);
f = 8 . F . Dm
4
. na F = carga axial atuante (kgf);
(da) . G Dm = diâmetro médio da mola (mm);
G = módulo de elasticidade transversal do material da
mola (kgf/mm2).

7.3.1.3 Rigidez da Mola (Constante da Mola)

onde: f = flecha da mola (mm);


K =F F =força axial atuante na mola (kgf) ou força que a
f mola pode suportar.

7.3.1.4 Força Máxima com a Mola Fechada

onde: Fmáx = força máxima axial na mola fechada (kgf);


F = Fmáx . 3da . G na = número de espiras ativas;
8 . C . na C = índice de curvatura da mola (adimensional).

7.3.1.5 - Flecha Máxima (fmáx)

onde: fmáx = flecha máxima da mola (mm);


fmáx = H - h H = comprimento da mola livre (mm);
h = comprimento da mola fechada (mm).

7.3.1.6 Passo da Mola (p)


onde: p = passo da mola (mm);
f
p = da + + µO µO = 0,15 . f da = diâmetro do arame (mm);
n na na = número de espiras ativas
(adimensional);
µO = folga entre as espiras com a
mola fechada
fna = flecha por espira ativa.

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7.3.1.7 Comprimento Máximo da Mola (Hmáx)

Hmáx = 4 . Dm onde: Dm =diâmetro médio da mola (mm);

7.3.1.8 Comprimento da Mola Livre (H) e Fechada (h)

"H" e "h" dependem das extremidades escolhidas. Ver tabela seguinte.

7.4 - Tipos de Extremidades das Molas de Compressão

Tipo de extremidade
Em ponta esmirilhada Em ponta Em esquadro e Em esquadro
esmirilhada

Figura 42

Tipo de Extremidade Espiras Comprimento da Mola


Total Inativas (H) livre l (H fechada) l1
Em ponta n1 = na 0 pnada da(na + 1)

Em ponta esmirilhada n1 = na 0 pna da = na

Em esquadro N1 = na + 2 2 pna + 3da da(na + 3)

Em esquadro e esmirilhada N1 = na + 2 2 pna + 2da da(na + 2)


A tabela 17 fornece as fórmulas para o cálculo da altura das molas à compressão em
função do tipo de extremidades.

Obs: As extremidades das molas devem terminar defasadas de I80º.

•Extremidades em Pontas: termina de forma inclinada, como as espiras.


•Extremidades em Pontas Esmerilhadas: a parte superior das pontas é
esmerilhadas, ficando na horizontal.
•Extremidades em Esquadros: termina de forma plana horizontal.
•Extremidades em Esquadros e Esmerilhadas: uma boa parte do arame, na
face superior, é retirada, ficando, porém, na horizontal.

Obs: Na fórmula da tensão de cisalhamento atuante:

Elementos de Máquinas 64
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Quando a tensão atuante (τa) for igual à tensão admissível do material (τ); "F"
será a força que a mola poderá suportar. Não confundir “F" com “Fmáx" que é a
força aplicada para fechar a mola.

τa = KW . 8 . F . Dm
π . (da)3

A mola suportará a carga sem que ocorra deformação permanente.

1) Assim sendo, podemos utilizar: da = 5,4 mm; C = 9; Dm = 48,6 mm; De =


54mm; F = 60 kgf;

• Cálculos dos demais elementos para especificar a mola:

• Cálculo da flecha por espira ativa (f/na):


3
f = 8 . F . (Dm) . na ⇒ f = 8 . F . (Dm)3 = 8 . 60kgf . (48,6mm)3
4
(da) . G na (da)4 . G (5,4mm)4 . 7840kgf/mm2

f
na ≅ 8,27mm
• Cálculo do passo:

µO = 0,15 . f = 0,15 . 8,27mm ⇒ µ ≅ 1,24mm


O
na

f
p = da + + µO = 5,4mm + 8,27mm + 1,24mm ⇒ p = 14,91mm
na

• Cálculo do comprimento máximo da mola (Hmáx)

Hmáx = 4 - Dm = 4 . 48,6 mm ⇒ Hmáx = 194,4 mm

• Cálculo do número de espiras ativas (na):

Mola de extremidades em esquadro e esmerilhadas → Tabela 18.84.

H = p . na + 2 . da ⇒ na = H – 2 . da = 194,4mm – 2 . 5,4mm ⇒ na ≅ 12,31 espiras


P 14,91mm

Adotam-se 12 espiras ativas, porque se utilizarmos 13, o comprimento máximo


ultrapassará "Hmáx” (194 mm).

•Cálculo do comprimento livre da mola (H):

H = p . na + 2 . da = 14,91mm . 12 + 2 . 5,4mm ⇒ H = 189,72mm

Número total de espiras (nt), para molas com extremidades em esquadro e


esmerilhadas:

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nt = na + 2 = 12 + 2 ⇒ nt = 14 espiras

•Comprimento da mola fechada (h):

Para molas "extremidades em esquadro e esmerilhadas" ⇒ Tabela 18.84.

h = da . (na + 2) = 5,4 mm . (12 + 2) ⇒ h = 75,6 mm

• Cálculo da flecha máxima (fmáx):

fmáx = H - h = 189,72 mm - 75,6 mm ⇒ fmáx -114,12 mm

• Cálculo da força máxima (Fmáx)

Fmáx = Fmáx . 3da . G = 114,12mm . 5,4mm . 7840kgf/mm2 ⇒ Fmáx ≅ 69kgf


8 . C . na 8 . 93 .12

• Cálculo da tensão máxima atuante (tmáx):

τmáx = 8 . Fmáx . C2 . KW = 8 . 69kgf . 9 . 1,16 ⇒ τmáx ≅ 62,97kgf/mm2


π . da 3,14 . (5,4mm) 2

Consultando a tabela, verifica-se que a tensão máxima admissível ao


cisalhamento do arame para 4 < da ≤ 6 e material SAE 1065 ⇒ τ = 64kgf/mm2;
portanto a mola encontra-se bem dimensionada. "A mola suportará a carga
sem que ocorra deformação permanente".

• Cálculo da constante da mola (K) - rigidez:

f = 8,27mm ⇒ f = 8,27mm . na = 8,27mm . 12 ⇒ f = 99,24


na

K = F = 60kgf ⇒ K ≅ 0,605kgf/mm
f 99,24mm

• Cálculo do ângulo de inclinação da mola (α):

tgα = P = 14,91mm ⇒ tgα ≅ 0,098 ⇒ α ≅ 5º34’


π . Dm 3,14 . 48,6mm

Uma mola helicoidal de compressão, de 18 espiras ativas, tem diâmetro


externo de 7,14 mm e extremidades em ponta; é feita de arame corda de piano
número 15 (da = 0,89mm).

a) Qual deve ser o comprimento livre da mola, de modo que não ocorra
deformação permanente?

Elementos de Máquinas 66
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b) Qual a força necessária para fechar a mola (Fmáx) até o seu comprimento
sólido ?

Resolução:

Dm = De - da = 7,14 mm - 0,89 ⇒ Dm = 6,25 mm

C = Dm = 6,25mm ⇒ C = 7
da 0,89

• Cálculo de KW:

KW = 4 . C – 1 + 0,615 = 4 . 7 – 1 + 0,615 ⇒ KW = 1,21


4.C–4 C 4.7–4 7

• Cálculo da força suportável pela mola (capacidade):

Corda de piano, mola fechada ⇒ tabela 18.85 ⇒ τ = 115kgf/mm2

τ = KW . 8 . F . Dm ⇒ F = τ . π . da3 = 115kgf/mm2 . 3,14 . 0,893 ⇒ F ≅ 4,21kgf


π . da3 8 . KW . Dm 8 . 1,21 – 6,25mm

• Cálculo da flecha por espira:

8 . F . Dm3 . na f 8 . F . Dm3 8 . 4,21kgf(6,25mm)3 f


f= 4 ⇒ na = 4 = ⇒ = 1,56mm
da . G da . G (0,89)4 . 8400kgf/mm2 na

• Cálculo do passo (p) da mola:

f
p = da + + µO = da + f + 0,15 . f = 0,89 + 1,56mm + 0,15 . 1,56mm
na na na

p = 2,684mm

• Cálculo do comprimento livre da mola (H): tabela 18.84

H = p . na . da = 2,684mm . 18 . 0,89 ⇒ H = 43mm

"Não ocorrerá deformação permanente porque trabalhamos com a tensão


admissível do material” corda de piano “(mola fechada)”.

Elementos de Máquinas 67
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• Material: corda de piano. Para molas pequenas esse é o melhor material. Não
deve ser empregado em altas temperaturas (acima de 120°C), nem em baixas
(abaixo de 15°C). Dureza indicada: 42 a 46 Rockwell C (HRC). Propriedades:
E = 21000kgf/mm2; G = 8400kgf/mrn2; γ = 7,86 kgf/mm3. Na tabela 18.85a, "mola
fechada": corresponde à tensão máxima.

• Material: SAE 1065 "Temperado em óleo". Esse é o material mais utilizado,


sendo empregado normalmente para diâmetro de arame de 3 a 12 mm. Pode
ser usado em temperatura de zero a 200ºC. Dureza indicada: 42 a 46
Rockwell "C" (HRC). Propriedades: E = 20000 kgf/mm2; G = 7840 kgf/mm2 ; γ =
7,86 kgf/mm3.

• Material: aço cromo-vanádio, empregado com muita freqüência em serviços


de condições severas, molas solicitadas continuamente e que necessitam de
boa resistência à fadiga. Pode trabalhar em temperaturas até 220ºC. Dureza
indicada: 43 a 49 Rockwell "C" (HRC). Propriedades: E = 21000 kgf/mm2; G
= 7840 kgf/mm ; γ = 7,86 kgf/mm (γ = peso específico do material).
2 3

7.5 Tensão Máxima com a Mola Fechada

onde: τmáx = tensão máxima atuante na mola (kgf/mm2);


Fmáx = força máxima atuaste na mola (kgf);
τmáx = 8 . Fmáx . C . KW C = índice de curvatura (adimensional);
π . (da)2 KW = fator de Wahl (adimensional);
da = diâmetro do arame (mm).

7.6 Exercícios Resolvidos

Dimensionar uma mola helicoidal de aço, SAE 1065, temperado em óleo, para
que suporte com segurança uma carga de 60 kgf. O alojamento da mola é de
56 mm. Assim, o seu diâmetro externo será de 54 mm. Considerar:

• serviço leve;
• extremidades em esquadro e esmerilhadas;
• uso industrial comum.

Resolução

C = 9 (uso industrial)

da = De = 54mm ⇒ da = 5,4mm
1+C 1+9

Dm = De - da = 54 mm - 5,4 mm ⇒ Dm = 48,6 mm

Elementos de Máquinas 68
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• Cálculo do fator de Wahl:
4.C–1 4.9–1 0,615
KW = + 0,615 = + ⇒ KW ≅ 1,16
4.C-4 C 4.9-4 C
• Verificação da tensão de cisalhamento atuante (τa):

τa = KW . 8 . F . Dm = 1,16 . 8 . 60kgf . 48,6mm ⇒ τa ≅ 54,73kgf/mm2


π . da3 3,14 . (5,4mm)3

Consultando a tabela, verifica-se que a tensão admissível para o SAE 1065,


serviço leve é de 57kgf/mm2, portanto τa = 54,73kgf/mm2 < τ = 57kgf/mm2.

• Cálculo do comprimento da mola fechada (h): Tabela 18.84.

h = da . (na + 1) = 0.89mm . (18 + 1) ⇒ h = 16,91 mm

• Cálculo da flecha máxima (fmáx):

fmáx = H - h = 43mm -16,91 mm ⇒ fmáx = 26,1mm

• Cálculo da força necessária para fechar a mola (Fmáx)

Fmáx = Fmáx . 3da . G = 26,1mm . 0,89mm . 8400kgf/mm2 ⇒ Fmáx = 3,95kgf


3
8 . C . na 8 . 7 . 18

7.7 Exercícios Propostos

1) Uma mola helicoidal de compressão é feita de fio número 18 (da = 1,19 mm)
"corda de piano", com resistência admissível à torção de 744 MPa. Seu
diâmetro externo é 12,70 mm e tem 14 espiras ativas.

a) Determinar a carga axial máxima correspondente à tensão admissível à


torção do material;
b) Determinar a flecha causada pela carga do item anterior;
c) Determinar a constante da mola;
d) Determinar o comprimento da mola fechada, considerando as suas
extremidades em esquadro;
e) Determinar o comprimento livre da mola, de modo que não ocorra
deformação permanente.

2) A mola helicoidal de compressão mostrada na figura é feita de arame corda


de piano de 3,4 mm, com resistência admissível à torção de 640 MPa.
Considere a mola com as extremidades em esquadro.

a) Determine a constante da mola.


b) Qual a força necessária para fechar a mola (Fmáx) até o seu comprimento
"sólido" (h).
c) Após comprimir-se a mola até o seu fechamento e remover-se a força
solicitante, a mola voltará ao seu comprimento original ?

Elementos de Máquinas 69
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Figura 43

3) Uma mola de compressão helicoidal tem 18 espiras ativas, comprimento


livre de 32mm e diâmetro externo de 7,25mm; é feita de arame corda de piano
número 15 (da = 0,89 mm) e tem extremidades em ponta. Determine a
constante da mola, o comprimento da mola fechada (h), a tensão da mola,
quando solicitada até o fechamento.

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8 TRANSMISSÃO POR CORREIAS

8.1 Generalidades

A correia é um elemento de ligação entre a polia motora e a polia movida.


Construída de material flexível, tem a árdua função de transmitir potências e
movimentos, suportar choques e sobrecargas, sem falhar ou se deformar.

Para que a transmissão por Correia seja segura, o técnico deve sempre
considerar a ocorrência de uma sobrecarga. Ou seja, se o problema for para
transmitir uma potência de 5 CV, nessas condições, não se poderá escolher
uma correia que suporte exatamente 5 CV, porque se houver sobrecarga, a
correia irá falhar ou se deformar.

8.2 Tipos de Correias

1) Correias Planas;
2) Correias Trapezoidais (V)
3) Correias Dentadas

8.2.1 Material

As correias são peças contínuas ou com emendas, que podem ser feitas de:

• Couro;
• Tecido de lona;
• Borracha com fibra de algodão e seda;
• Sisal.

Para emendar correias, usam-se

• Colas especiais (nas correias de couro);


• Grampos articulados (emenda tipo "jacaré").

Figura 44 Figura 45 Figura 46

8.2.2 Utilização

• Correias planas: podem ser utilizadas em eixos


paralelos ou reversos.

Eixos Paralelos, Correia Aberta: Figura 47

Elementos de Máquinas 71
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Eixos Reversos, correia Semicruzada:

Figura 48

8.3 Esforços na Correia

Em um sentido, o motor aciona a transmissão com uma força motora (F1).


Porém, em sentido contrário, atua a carga, às vezes a sobrecarga e a força de
atrito, representadas por (F2) que se opõe ao movimento.

A força tangencial (F1) resultante entre (F1) e (F2), é que movimenta a


transmissão.

Para determinarmos "F1" e "F2", devemos utilizar as duas equações a seguir:

F1 = F2 . e(µ . α)

onde: e = base dos logaritmos neperiano,


e = 2,71 (sempre);
µ = coeficiente de atrito entre a
correia e a polia,
µ = 0,25 (normalmente);
α = ângulo de abraçamento da polia
menor (rad).

Figura 49.

αrad = αº . π
2 . Mt1
Ft = F1 – F2 Ft1 = Mt1 = 71620 . N
180º d1 n1

Ft2 = 2 . Mt2 Ft = Ft1 = Ft2 Mt2 = 71620 . N


d2 n2

onde: Ft = força tangencial;


F1 = força ativa;
F2 = força resistiva;
Mt1 = momento torçor (kgf . cm);
d1 = diâmetro da polia menor (cm);
N = potência a transmitir (CV);
n1 = rotação da polia menor (rpm);
n2 = rotação da polia maior (rpm);
Mt2 = momento torçor no eixo da polia maior (kgf . cm).

Elementos de Máquinas 72
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R= F12 + F22 + 2.F1.F2 . cos α onde: cosα = cosseno do ângulo alfa em
módulo (sempre positivo);
R = reação no ponto do eixo onde
se apóia a polia.

8.4 Esquema de uma Transmissão

onde: a = distância entre centros;


d1 = diâmetro da polia menor;
d2 = diâmetro da polia maior;
α1 = ângulo de abraçamento da polia menor;
α2 = ângulo de abraçamento da polia maior;
β = ângulo de inclinação.

Figura 50 α1 = 180º - 2 . β α2 =180º +2 . β

8.5 Comprimento da Correia Plana Aberta

Demonstra-se facilmente, através da matemática, que:

π (d 2 − d1 )
L =2 . a . cosβ + . (d1 + d2 + 2 . s) + π . β .
2 180º

Adotar o "L" mais próximo e corrigir a distância entre centros

onde: a = distância entre centros dada;


Senβ = d2 – d1 a = distancia entre centros corrigida;
2.α s = espessura da correia (s = 1,2 . n)
L = comprimento de correia calculado;
L- L
a= a + L = comprimento real da correia (catálogo);
2 n = número de camadas.

8.6 Dimensionamento da Correia Plana

Escolha do tipo de correia: recomendações "Goodyear".

1) Serviço leve:

• Serviço intermitente, não mais de 6 horas de trabalho contínuo por dia;


• Potência resistente (da carga) nunca excedente à capacidade do motor.

2) Serviço normal:

• Onde o arranque inicial (inércia) ou as sobrecargas momentâneas nunca


excedem 150% da carga normal;
• Serviço contínuo (6 a 16 horas por dia).

Elementos de Máquinas 73
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máquinas de padarias - compressores centrífugos - compressores rotativos -
transportadores - ventiladores centrífugos - peneiras vibratórias - separadores
- maquinário de lavanderia - oficinas mecânicas - bombas.

3) Serviço pesado:

• Onde o arranque inicial (inércia do sistema) ou as sobrecargas momentâneas


nunca excedem 200% da carga normal;
• Serviço contínuo (16 a 24 horas por dia).
cerâmico – caçamba – baldes elevadores – ventiladores de hélice –
laminadores – esmeris – eixos de transmissão – moinhos – fábricas de papel
– imprensa – serrarias – máquinas ferramentas em geral.

4) Serviço extrapesado:

• Onde o arranque inicial ou as sobrecargas momentâneas excedem 200% da


carga normal;
• Serviço contínuo (16 a 24 horas por dia, sete dias por semana).
Parafuso sem fim – ventiladores de mina – prensas com volante –
misturadores – máquinas de extrusão – compressor pistão

Tabela para Escolha


Tipo de Correia Tipos de Serviços Velocidade Polia Hp
L Industrial e intermitente, agrícola baixa grande baixo
e leve
Wingfoot industrial em geral moderada média médio
Thor industrial pesado moderada e alta pequena alta
Compass qualquer Qualquer, especialmente alta pequena alto
Tabela 18 – aplicação dos tipos de correias planas Goodyear

Diferença
dos Distância entre Eixos padronizada (m)
Diâmetros
(cm) 0,6 1,2 1,8 2,5 3 3,7 4,5 5 5,5
5 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99 1,00 1,00 1,00 1,00
10 0,96 0,98 0,98
15 0,94 0,97 0,98
20 0,92 0,96 0,97
25 0,90 0,95 0,97 0,97
30 0,88 0,94 0,96 0,97 Fator = 0,99
35 0,85 0,93 0,95 0,96 0,97
40 0,83 0,92 0,95 0,96 0,97 0,97
46 0,81 0,91 0,94 0,95 0,96 0,97 0,97 Fator = 0,98
51 0,79 0,90 0,93 0,95 0,96 0,97 0,97
56 0,76 0,89 0,93 0,95 0,96 0,96 0,97 0,97
61 0,74 0,88 0,92 0,94 0,95 0,96 0,97 0,97
66 0,71 0,87 0,91 0,93 0,95 0,96 0,96 0,97 0,97
71 0,69 0,85 0,90 0,93 0,95 0,95 0,96 0,97 0,97
76 0,68 0,84 0,90 0,92 0,94 0,95 0,96 0,96 0,97
81 0,63 0,83 0,89 0,92 0,93 0,95 0,95 0,96 0,97

Elementos de Máquinas 74
SENAI/SC Florianópolis 2003
86 0,58 0,82 0,88 0,91 0,93 0,94 0,95 0,96 0,96
92 0,54 0,81 0,88 0,91 0,93 0,94 0,95 0,95 0,96
107 0,78 0,85 0,89 0,91 0,93 0,94 0,95 0,95
124 0,74 0,83 0,88 0,90 0,92 0,93 0,94 0,95
138 0,70 0,81 0,86 0,89 0,91 0,92 0,93 0,94
152 0,66 0,79 0,84 0,88 0,90 0,91 0,92 0,93
169 0,61 0,76 0,83 0,86 0,89 0,90 0,92 0,92
183 0,54 0,74 0,81 0,85 0,88 0,89 0,91 0,92
198 0,71 0,79 0,84 0,87 0,89 0,90 0,91
212 0,69 0,78 0,82 0,85 0,88 0,89 0,90
229 0,66 0,76 0,81 0,84 0,87 0,88 0,90
Tabela19a – Fator de correção para o ângulo de contato, correias chatas (em função da
distância entre os eixos e da diferença entre os diâmetros das polias)

Diferença
dos Distância entre Eixos padronizada (m)
diâmetros
(cm) 6 7 7,5 9 10 12 14 15
5 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
10 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
15 1,00 1,00 1,00
20 1,00
25
30 Fator = 0,99
35
40
46 Fator = 0,98
51
56
61 Fator = 0,98
66 0,97
71 0,97 0,97
76 0,97 0,97 Fator = 0,98
81 0,97 0,97 0,97
86 0,97 0,97 0,97
92 0,97 0,97 0,97 Fator = 0,98
107 0,96 0,97 0,97 0,97
124 0,95 0,96 0,97 0,97 0,97
138 0,95 0,96 0,97 0,97 0,97 0,97 Fator = 0,98
152 0,94 0,94 0,96 0,96 0,97 0,97 0,97
169 0,93 0,94 0,95 0,96 0,97 0,97 0,97 0,97
183 0,93 0,93 0,94 0,95 0,96 0,97 0,97 0,97
198 0,92 0,93 0,94 0,95 0,95 0,96 0,97 0,97
212 0,92 0,92 0,93 0,94 0,95 0,95 0,97 0,97
229 0,91 0,92 0,93 0,94 0,95 0,95 0,96 0,97
Tabela 19b – Fator de correção para o ângulo de contrato, correias chatas (em função da
distância entre os eixos e da diferença entre os diâmetros das polias).

Quando a distância entre dois eixos não for padronizada faz-se uma
combinação aritmética para determinar “Kα”.

Ângulo em contato Fator Kα Ângulo em contato Fator Kα


90º 0,58 190º 1,03
100º 0,64 200º 1,07
110º 0,69 210º 1,11
120º 0,74 220º 1,14
130º 0,79 230º 1,17
140º 0,85 240º 1,20

Elementos de Máquinas 75
SENAI/SC Florianópolis 2003
150º 0,86 250º 1,25
160º 0,92 260º 1,26
170º 0,96
270º 1,29
180º 1,00
Tabela 20 – Fator de correção para o ângulo de contato (correia chata).

Usar tabela 20, somente quando “α” for dado em graus. Pode substituí-la pela
tabela 19, usando diferença de diâmetros.

Máquina Motora
Motores AC: Motores AC:
Torque Normal, Rotor Gaiola, Alto torque, Alto Escorregamento,
Sincronos, Divisão de Fase. Repulsão-Indução, Monofásico,
Motores DC: Enrolado em Série, Anéis Coleto
Enrolados em Paralelo – res.
Motores Estacionários; Motores DC:
Combustão Interna de Enrolados em Série, Enrolados
Múltiplos Cilindros Mistos.
Motores Estacionários:
Combustão Interna de um
Cilindro
Eixos de Transmissão
Máquina Movida SI SN SC SI SN SC
Agitadores de Líquidos
Ventiladores e Exaustores 1,0 1,1 1,2 1,1 1,2 1,3
Bombas-Centrífugas e Compressores
Transportadores de Carga Leve
Correias Transportadoras de Areias e Cereais
Ventiladores de mais de 10 CV
Geradores
Eixos de Transmissão
Maquinário de Lavanderia 1,1 1,2 1,3 1,2 1,3 1,4
Punções, Prensas e Tesourões
Máquinas Gráficas
Bomba Centrífuga de Deslocamento Positivo
Peneiras vibratórias Rotativas
Maquinário de Olaria
Elevadores de Canecas
Excitadores
Compressores de Pistão
Moinho de Martelos 1,2 1,3 1,4 1,4 1,5 1,5
Moinho para Indústria de Papel
Bombas e Pistões
Serrarias e Maquinário de Carpintaria
Maquinários Têxteis
Britadores (Giratórios e de Mandíbulas)
Guindastes 1,3 1,4 1,5 1,6 1,6 1,8
Misturadores, Calandras e Moinhos para
Borracha
Tabela 21 – Fator de serviço K1 : SI = Serviço Intermitente – 3 a 5h/dia ou periodicamente;
SN = Serviço Normal – 8 a 10h/dia; SC = Serviço Contínuo – 16 a 24h/dia.

Elementos de Máquinas 76
SENAI/SC Florianópolis 2003
K2
Trabalhos ininterruptos (sete dias p/ semana) 24horas por dia. 1,2
Ambientes úmidos (óleo, água e poeira). 1,2
Transmissões multiplicativas (ampliador), onde as polias motoras são
maiores que as movidas. 1,2
Transmissões com os eixos inclinados. 1,1
Tabela 22 – Tabela de coeficiente de uso K2.

Largura das Largura das Pistas Largura das Largura das Pistas
Correias (mm) Correspondentes (m) Correias (mm) Correspondentes (mm)
16 20 140 160
20 25 160 180
25 32 180 200
40 50 224 250
50 63 250 280
63 71 - -
71 80 280 315
80 90 315 355
90 100 355 400
100 112 400 450
112 125 450 500
125 140 500 560
- - - 630
Tabela 23 – Larguras das Correias chatas de transmissão e das pistas das polias (ABNT-
PB 31).

Tipo de Junta Rendimento (η)


cola feita na fábrica 1,00
cola com mástique 0,98
costura com arame em máquina 0,90
costura à mão com arame 0,80
costura com couro enrolado 0,55
juntas metálicas 0,35
Tabela 24 – Correias chatas, rendimento das juntas.

Largura da Número de Camadas Largura da Número de Camadas


Correia (cm) mínimo máximo Correia (cm) mínimo máximo
5 3 5 41 5 6
8 3 6 46 5 8
10 3 6 51 5 9
13 4 6 58 5 9
16 4 6 61 6 10
21 4 6 67 6 10
25 4 7 76 6 11
30 4 7 92 7 12
35 5 8 106 7 12
Tabela 25 – correias chatas, número de camadas recomendado para as diversas larguras.

OBS: Entre um número mínimo e um máximo de camadas, usar a camada intermediária.

Comprimento (mm)
500 950 1800
530 1000 1900
560 1060 2000
600 1120 2240
630 1180 2500
670 1250 2800
710 1320 3150
750 1400 3550
800 1500 4000
850 1600 4500
900 1700 5000
Tabela 26 – Comprimento normalizado das correias de transmissão (ABNT-PB-31)

Elementos de Máquinas 77
SENAI/SC Florianópolis 2003
Capacidade (HP/cm) de Largura (arco de contato 180º)
Velocidade
Simples Dupla Tripla
(m/s) média pesada Leve média pesada média pesada
4,4mm 5,5mm 7,2mm 8,0mm 9,0mm 12,0mm 13,5
3,0 0,42 0,47 0,59 0,71 0,87 0,98 1,10
4,2 0,55 0,67 0,79 0,94 1,14 1,26 1,42
5,0 0,71 0,82 1,05 1,24 1,42 1,61 1,77
6,1 0,82 0,98 1,24 1,46 1,69 1,95 2,13
7,1 0,98 1,14 1,38 1,69 1,93 2,20 2,48
8,2 1,10 1,30 1,58 1,93 2,20 2,56 2,80
9,2 1,26 1,48 1,77 2,15 2,44 2,88 3,15
10,2 1,58 1,61 1,95 2,36 2,72 3,19 3,50
11,2 1,59 1,77 2,13 2,60 2,99 3,46 3,82
12,2 1,65 1,93 2,32 2,80 3,23 3,74 4,14
13,2 1,77 2,09 2,48 3,05 3,50 4,06 4,42
14,2 1,93 2,20 2,68 3,25 3,74 4,34 4,77
15,3 2,05 2,32 2,84 3,42 3,94 4,57 5,04
16,3 2,15 2,48 2,99 3,62 4,17 4,84 5,32
17,3 2,24 2,60 3,11 3,82 4,41 5,07 5,38
18,3 2,32 2,72 3,26 3,98 4,62 5,27 5,83
19,3 2,44 2,80 3,42 4,14 4,80 5,52 6,07
20,3 2,52 2,92 3,54 4,30 4,96 5,70 6,30
20,5 2,64 3,03 3,66 4,46 5,13 5,90 6,50
22,3 2,72 3,11 3,78 4,62 5,27 6,07 6,66
23,3 2,80 3,19 3,86 4,74 5,44 6,22 6,85
24,3 2,84 3,26 3,98 4,84 5,56 6,37 7,00
25,3 2,92 3,31 4,06 4,94 5,62 6,50 7,17
26,3 2,95 3,38 4,14 5,04 5,75 6,60 7,30
27,5 2,99 3,42 4,17 5,07 5,65 6,74 7,40
28,7 3,03 3,46 4,27 5,16 5,90 6,82 7,50
29,5 3,03 3,50 4,30 5,20 5,95 6,90 7,57
31,0 3,07 3,50 4,80 5,20 6,00 6,94 7,60
Largura
Diâmetro correia 8 13 15 20 30 51 61
mínimo < 20cm
da polia Largura
correia - - 20 25 36 61 76
≥ 20cm

Tabela 27 – Correias chatas, capacidade das correias de couro.

Diâmetro Capacidade (HP/polegada) de Largura (arco de contato de 180º)


Camadas da Polia Velocidade da correia (m/s)
Menor (cm) 5,08 6,09 7,10 8,12 9,13 10,2
7,6 0,6 0,7 0,7 0,8 0,8 1,0
10,2 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2
3 12,7 0,8 0,8 1,0 1,1 1,2 1,4
Camadas 15,2 0,9 1,0 1,1 1,3 1,4 1,5
20,3 1,0 1,2 1,3 1,5 1,6 1,8
25,4 1,0 1,2 1,4 1,5 1,7 1,8
10,2 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2
15,2 1,0 1,1 1,2 1,4 1,5 1,7
4 camadas 20,3 1,2 1,4 1,5 1,7 1,9 2,1
25,4 1,3 1,5 1,7 1,9 2,1 2,3
30,5 1,4 1,6 1,8 2,1 2,3 2,5
15,2 0,9 1,1 1,2 1,4 1,5 1,6
20,3 1,2 1,4 1,5 1,7 1,8 2,0
5 25,4 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4
Camadas 30,5 1,5 1,8 2,0 2,3 2,5 2,7
35,6 1,7 2,0 2,2 2,5 2,8 3,0
40,7 1,7 2,0 2,3 2,6 2,8 3,1
20,3 2,1 2,2 2,3 2,5 2,8 2,9
25,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,6 3,8
30,5 3,1 3,4 3,6 3,8 4,3 4,5
6 camadas 35,6 3,5 3,8 4,0 4,2 4,9 5,3
40,7 3,7 4,0 4,2 4,5 5,3 5,7
45,8 3,9 4,2 4,4 4,7 5,5 6,0
≥ 50,9 3,9 4,3 4,5 4,9 5,6 6,1
Tabela 28a – correias chatas, capacidade da correia Goodyear tipo L.

Elementos de Máquinas 78
SENAI/SC Florianópolis 2003
Diâmetro Capacidade (HP/polegada) de Largura (arco de contato de 180º)
Camadas da Polia Velocidade da correia (m/s)
Menor (cm) 11,2 12,2 13,2 14,2 15,2 17,8 20,3
7,6 1,0 1,1 1,2 1,3 1,3 1,4 1,4
10,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9
3 camadas 12,7 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2,1 2,2
15,2 1,7 1,8 1,9 2,0 2,1 2,4 2,5
20,3 1,9 2,1 2,2 2,3 2,4 2,7 2,9
25,4 2,0 2,1 2,4 2,5 2,5 2,8 3,0
10,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,6 1,7 1,8
15,2 1,8 1,8 2,0 2,2 2,3 2,5 2,6
4 camadas 20,3 2,2 2,4 2,5 2,7 2,8 3,1 3,3
25,4 2,5 2,7 2,8 3,0 3,1 3,5 3,8
30,5 2,7 2,8 3,0 3,2 3,4 3,7 4,0
15,2 1,7 1,8 1,9 2,0 2,1 2,2 2,3
20,3 2,1 2,3 2,4 2,6 2,7 3,0 3,1
5 camadas 25,4 2,6 2,8 2,9 3,1 3,3 3,6 3,9
30,5 2,9 3,2 3,4 3,6 3,8 4,1 4,5
35,6 3,2 3,4 3,6 3,8 4,1 4,5 4,9
40,7 3,3 3,5 3,8 4,0 4,2 4,7 5,0
20,3 2,1 2,2 2,3 2,5 2,6 2,8 2,9
25,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,3 3,6 3,8
30,5 3,1 3,4 3,6 3,8 4,0 4,3 4,5
6 camadas 35,6 3,5 3,8 4,0 4,2 4,4 4,9 5,3
40,7 3,7 4,0 4,2 4,5 4,8 5,3 5,7
45,8 3,9 4,2 4,4 4,7 5,0 5,5 6,0
≥ 50,9 3,9 4,3 4,5 4,9 5,1 5,6 6,1
Tabela 28b – correias chatas, capacidade da correia Goodyear tipo L.

Diâmetro Capacidade (HP/polegada) de Largura (arco de contato de 180º)


da Polia Velocidade da correia (m/s)
Menor 5,08 10,2 15,2 20,3 25,4
(cm)
3,81 0,8 1,3 1,7 1,8 1,8
5,08 1,0 1,8 2,3 2,6 2,7
7,62 1,4 2,4 3,1 3,6 3,9
Compass – 20 10,2 1,4 2,7 3,6 4,2 4,5
12,7 1,4 2,8 3,8 4,5 5,0
15,2 1,4 2,8 4,0 4,7 5,2
≥ 17,8 1,4 2,8 4,0 4,8 5,3
7,62 1,4 2,3 2,9 3,2 3,2
10,2 1,9 3,2 4,1 4,7 4,9
12,7 2,3 3,7 4,9 5,7 6,1
15,2 2,6 4,2 5,6 6,5 7,1
Compass – 30 17,8 2,7 4,6 6,1 7,2 7,8
20,3 2,7 4,9 6,5 7,7 8,5
25,4 2,7 5,4 7,2 8,5 9,4
30,5 2,7 5,4 7,5 9,0 10,0
≥ 40,7 2,7 5,4 7,8 9,4 10,4
10,2 2,0 3,2 4,2 4,8 4,8
12,7 2,3 3,8 5,0 5,9 6,0
15,2 2,7 4,5 5,9 6,9 7,3
17,8 3,0 5,1 6,6 7,8 8,4
Compass – 40 20,3 3,3 5,5 7,3 8,7 9,4
25,4 3,6 6,4 8,4 10,0 11,1
30,5 3,6 6,9 9,2 11,0 12,2
35,6 3,6 7,1 9,7 11,6 13,0
45,8 3,6 7,1 10,2 12,3 13,7
≥ 61,0 3,6 7,1 10,4 12,6 14,0

Elementos de Máquinas 79
SENAI/SC Florianópolis 2003
20,3 3,3 5,5 7,1 8,1 8,5
25,4 4,0 6,7 8,7 10,2 10,9
Compass – 50 30,5 4,6 7,6 9,9 11,7 12,7
35,6 4,9 8,2 10,8 12,8 14,0
40,7 5,2 8,7 11,5 13,6 14,9
45,8 5,5 9,1 12,0 14,3 15,7
50,9 5,6 9,3 12,3 14,6 16,1
≥ 56,0 5,7 9,4 12,5 14,8 16,4
Tabela 29a - correias chatas, capacidade da correia Goodyear tipo Compass.

Diâmetro Capacidade (HP/polegada) de Largura (arco de contato de 180º)


da Polia Velocidade da correia (m/s)
Menor 30,5 35,6 40,6 45,7 50,8
(cm)
3,81 1,5 0,8
5,08 2,5 2,0 1,2
7,62 3,9 3,6 2,9 1,8 0,3
Compass – 20 10,2 4,7 4,5 3,9 2,9 1,5
12,7 5,2 5,0 4,5 3,5 2,2
15,2 5,4 5,2 4,7 3,8 2,5
≥ 17,8 5,5 5,4 4,9 4,0 2,7
7,62 2,7 1,7 0,2
10,2 4,8 4,0 2,6 0,7
12,7 6,1 5,5 4,3 2,4
15,2 7,2 6,7 5,7 3,9 1,6
Compass – 30 17,8 8,1 7,7 6,7 5,1 2,8
20,3 8,8 8,5 7,7 6,1 4,0
25,4 9,9 9,7 9,0 7,6 5,6
30,5 10,6 10,5 9,8 8,5 6,5
≥ 40,7 11,1 11,0 10,4 9,1 7,2
10,2 4,4 3,4 1,7
12,7 5,9 5,1 3,4 1,6
15,2 7,4 6,7 5,1 3,0
17,8 8,6 8,1 6,7 4,7 1,8
Compass – 40 20,3 9,8 9,4 8,1 6,2 3,6
25,4 11,7 11,4 10,5 8,8 6,4
30,5 13,0 12,9 12,3 10,5 8,3
35,6 13,9 13,9 13,2 11,7 9,4
45,8 14,7 14,8 14,3 12,9 10,7
≥ 61,0 15,0 15,1 14,5 13,3 11,1
20,3 8,1 6,6 4,1 0,5
25,4 10,8 9,7 7,6 4,2
30,5 12,9 11,9 10,1 7,0 2,7
Compass – 50 35,6 14,4 13,6 12,0 9,0 4,9
40,7 15,5 14,8 13,3 10,4 6,5
45,8 16,4 15,8 14,4 11,6 7,8
50,9 16,9 16,4 15,0 12,3 8,5
≥ 56,0 17,2 16,7 15,3 12,7 9,0
Tabela 29b - correias chatas, capacidade da correia Goodyear tipo Compass.

Diâmetro Capacidade (HP/polegada) de Largura (arco de contato de 180º)


Camadas da Polia Velocidade da correia (m/s)
Menor (cm) 5,08 6,09 7,10 8,12 9,13 10,2
7,62 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1
10,2 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,4
3 camadas 12,7 0,9 1,1 1,3 1,4 1,5 1,7
15,2 1,1 1,3 1,5 1,7 1,8 2,0
20,3 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4
25,4 1,4 1,6 1,9 2,1 2,4 2,7
≥ 30,5 1,4 1,6 1,9 2,1 2,4 2,7

Elementos de Máquinas 80
SENAI/SC Florianópolis 2003
7,62 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2
10,2 0,9 1,0 1,1 1,3 1,4 1,5
12,7 1,0 1,2 1,4 1,5 1,7 1,9
15,2 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2
4 camadas 20,3 1,5 1,8 2,0 2,3 2,5 2,8
25,4 1,8 2,1 2,4 2,7 2,9 3,2
30,5 1,8 2,2 2,5 2,9 3,2 3,5
35,5 – 40,7 1,8 2,2 2,6 3,0 3,3 3,6
≥ 45,8 1,8 2,2 2,6 3,0 3,3 3,5
15,2 1,1 1,3 1,5 1,7 1,8 2,0
20,3 1,6 1,8 2,1 2,3 2,6 2,8
5 camadas 25,4 1,9 2,2 2,5 2,8 3,1 3,4
30,5 2,1 2,4 2,8 3,1 3,5 3,9
35,6 2,2 2,6 3,0 3,4 3,8 4,2
40,7 – 50,9 2,2 2,7 3,1 3,5 4,0 4,4
≥ 56,0 2,2 2,7 3,1 3,6 4,0 4,4
20,3 1,4 1,6 1,8 2,1 2,3 2,5
25,4 1,9 2,2 2,5 2,8 3,1 3,4
30,5 2,3 2,7 3,0 3,4 3,7 4,1
6 camadas 35,6 2,5 2,9 3,3 3,7 4,1 4,5
40,7 2,7 3,1 3,6 4,0 4,4 4,9
45,8 2,7 3,2 3,7 4,2 4,6 5,1
50,9 – 61,0 2,7 3,2 3,8 4,3 4,8 5,3
≥ 66,0 2,7 3,2 3,8 4,3 4,8 5,3
30,5 2,0 2,4 2,7 3,0 3,3 3,6
35,5 2,5 2,9 3,3 3,7 4,0 4,4
40,7 2,8 3,3 3,8 4,2 4,6 5,0
7 camadas 45,8 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5
50,9 3,2 3,8 4,3 4,8 5,3 5,8
56,0 – 61,0 3,2 3,9 4,4 4,9 5,4 6,0
66,0 – 81,2 3,2 3,9 4,5 5,1 5,6 6,2
≥ 86,4 3,2 3,9 4,5 5,1 5,6 6,2
40,7 2,5 2,9 3,3 3,7 4,0 4,4
45,8 2,9 3,4 3,9 4,3 4,8 5,2
50,9 3,2 3,7 4,3 4,8 5,3 5,8
8 camadas 56,0 3,5 4,1 4,7 5,2 5,8 6,3
61,0 3,6 4,2 4,8 5,4 6,0 6,6
66,0 – 71,0 3,6 4,3 5,0 5,7 6,3 6,9
76,0 – 86,4 3,6 4,4 5,1 5,8 6,5 7,1
≥ 91,4 3,6 4,4 5,1 5,8 6,5 7,1
56,0 3,1 3,6 4,1 4,6 5,1 5,5
61,0 3,5 4,1 4,7 5,2 5,8 6,3
9 camadas 66,0 3,8 4,4 5,0 5,7 6,3 6,9
71,0 4,1 4,7 5,4 6,1 6,7 7,3
76,1 – 81,0 4,1 4,9 5,7 6,4 7,1 7,8
86,4 – 96,5 4,1 4,9 5,7 6,5 7,3 8,0
≥ 102,0 4,1 4,9 5,7 6,5 7,3 8,0
71,0 3,7 4,4 5,0 5,6 6,2 6,7
76,1 4,3 5,0 5,8 6,4 7,1 7,7
81,2 4,5 5,3 6,1 6,9 7,6 8,3
10 86,4 4,5 5,4 6,2 7,0 7,8 8,6
camadas 91,4 – 96,5 4,5 5,5 6,4 7,2 7,1 8,9
102 – 107 4,5 5,5 6,4 7,2 7,1 8,9
≥ 112 4,5 5,5 6,4 7,2 7,1 8,9
Tabela 30a - correias chatas, capacidade da correia Goodyear tipo Wingfoot.

Elementos de Máquinas 81
SENAI/SC Florianópolis 2003
Diâmetro Capacidade (HP/polegada) de Largura (arco de contato de 180º)
Camadas da Polia Velocidade da correia (m/s)
Menor (cm) 11,2 12,2 13,2 14,2 15,2 17,8
7,62 1,1 1,2 1,2 1,3 1,3 1,4
10,2 1,5 1,6 1,7 1,8 1,8 2,0
3 camadas 12,7 1,8 1,9 2,1 2,2 2,3 2,5
15,2 2,2 2,3 2,5 2,6 2,8 3,1
20,3 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,8
25,4 2,9 3,2 3,4 3,6 3,7 4,2
≥ 30,5 2,9 3,2 3,4 3,6 3,9 4,3
7,62 1,2 1,3 1,4 1,4 1,5 1,6
10,2 1,6 1,7 1,8 1,9 2,0 2,1
12,7 2,0 2,1 2,3 2,4 2,5 2,7
15,2 2,3 2,5 2,7 2,8 2,9 3,2
4 camadas 20,3 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,2
25,4 3,4 3,7 3,9 4,1 4,4 4,8
30,5 3,8 4,0 4,3 4,5 4,8 5,3
35,5 – 40,7 3,9 4,2 4,5 4,7 5,1 5,6
≥ 45,8 4,0 4,3 4,6 4,8 5,2 5,8
15,2 2,1 2,2 2,3 2,5 2,6 2,8
20,3 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,1
5 camadas 25,4 3,6 3,8 4,1 4,3 4,6 5,0
30,5 4,1 4,4 4,7 5,0 5,3 5,9
35,6 4,5 4,8 5,2 5,5 5,8 6,4
40,7 – 50,9 4,7 5,1 5,5 5,8 6,2 6,9
≥ 56,0 4,8 5,2 5,6 6,0 6,5 7,3
20,3 2,7 2,9 3,1 3,2 3,4 3,7
25,4 3,7 3,9 4,2 4,4 4,6 5,1
30,5 4,4 4,7 4,9 5,2 5,5 6,1
6 camadas 35,6 4,8 5,2 5,5 5,8 6,2 6,8
40,7 5,2 5,6 6,0 6,4 6,7 7,4
45,8 5,5 5,9 6,3 6,7 7,0 7,8
50,9 – 61,0 5,7 6,2 6,6 7,0 7,5 8,3
≥ 66,0 5,8 6,3 6,8 7,2 7,7 8,6
30,5 3,8 4,1 4,3 4,6 4,8 5,2
35,5 4,7 5,1 5,4 5,7 6,0 6,6
40,7 5,4 5,8 6,1 6,5 6,8 7,5
7 camadas 45,8 5,9 6,3 6,7 7,1 7,5 8,3
50,9 6,2 6,7 7,1 7,5 7,9 8,8
56,0 – 61,0 6,4 6,9 7,3 7,7 8,2 9,1
66,0 – 81,2 6,7 7,2 7,7 8,2 8,7 9,7
≥ 86,4 6,8 7,4 7,9 8,4 9,0 10,0
40,7 4,7 5,1 5,4 5,7 6,0 6,5
45,8 5,6 6,0 6,4 6,8 7,1 7,9
50,9 6,3 6,7 7,1 7,6 8,0 8,8
8 camadas 56,0 6,8 7,2 7,7 8,1 8,6 9,5
61,0 7,1 7,6 8,1 8,6 9,0 10,1
66,0 – 71,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,6
76,0 – 86,4 7,7 8,3 8,8 9,4 10,0 11,1
≥ 91,4 7,8 8,4 9,1 9,6 10,3 11,4
56,0 6,0 6,4 6,8 7,1 7,5 8,3
61,0 6,8 7,3 7,8 8,2 8,6 9,5
9 camadas 66,0 7,4 8,0 8,5 9,0 9,4 10,5
71,0 7,9 8,5 9,0 9,6 10,1 11,2
76,1 – 81,0 8,4 9,0 9,6 10,1 10,7 11,8
86,4 – 96,5 8,7 9,3 10,0 10,6 11,2 12,5
≥ 102,0 8,8 9,5 10,2 20,9 11,6 12,9
71,0 7,3 7,8 8,2 8,7 9,1 10,1
76,1 8,3 8,9 9,5 10,1 10,6 11,7
81,2 9,0 9,7 10,3 10,9 11,5 12,7
10 86,4 9,3 10,0 10,6 11,2 11,9 13,2
camadas 91,4 – 96,5 9,6 10,3 11,0 11,6 12,3 13,7
102 – 107 9,7 10,4 11,1 11,8 12,5 13,9
≥ 112 9,8 10,6 11,4 12,1 12,9 14,4
Tabela 30b – correias chatas, capacidade da correia Goodyear tipo Wingfoot.

Elementos de Máquinas 82
SENAI/SC Florianópolis 2003
Diâmetro Capacidade (HP/polegada) de Largura (arco de contato de 180º)
Camadas da Polia Velocidade da correia (m/s)
Menor (cm) 20,3 22,8 25,4 27,9 30,5
7,62 1,5 1,5 1,5 1,4 1,1
10,2 2,1 2,2 2,2 2,2 2,0
3 camadas 12,7 2,7 2,9 3,0 3,0 2,9
15,2 3,3 3,5 3,7 3,8 3,7
20,3 4,1 4,4 4,7 4,8 4,9
25,4 4,5 4,9 5,2 5,4 5,5
≥ 30,5 4,7 5,1 5,4 5,6 5,8
7,62 1,6 1,5 1,4 1,2 0,9
10,2 2,2 2,2 2,2 2,0 1,8
12,7 2,8 3,0 3,0 2,9 2,7
15,2 3,4 3,6 3,7 3,7 3,9
4 camadas 20,3 4,5 4,8 5,0 5,1 5,1
25,4 5,2 5,6 5,9 6,1 6,2
30,5 5,8 6,3 6,6 6,8 7,0
35,5 – 40,7 6,2 6,6 7,0 7,3 7,5
≥ 45,8 6,3 6,8 7,2 7,5 7,7
15,2 2,9 3,0 3,0 2,9 2,6
20,3 4,4 4,6 4,8 4,8 4,7
5 camadas 25,4 5,5 5,8 6,1 6,2 6,3
30,5 6,4 6,9 7,2 7,4 7,5
35,6 7,0 7,5 7,9 8,2 8,4
40,7 – 50,9 7,5 8,1 8,6 8,9 9,1
≥ 56,0 8,0 8,6 9,0 9,3 9,6
20,3 3,9 4,0 4,0 3,9 3,5
25,4 5,4 5,7 5,8 5,8 5,7
30,5 6,6 7,0 7,3 7,5 7,5
6 camadas 35,6 7,4 8,0 8,4 8,6 8,7
40,7 8,1 8,6 9,1 9,4 9,6
45,8 8,5 9,2 9,7 10,0 10,2
50,9 – 61,0 9,1 9,8 10,4 10,8 11,0
≥ 66,0 9,4 10,2 10,8 11,2 11,5
30,5 5,6 5,8 5,9 5,9 5,7
35,5 7,1 7,5 7,9 8,0 7,9
40,7 8,1 8,6 9,1 9,3 9,4
7 camadas 45,8 9,0 9,6 10,2 10,5 10,6
50,9 9,6 10,3 10,9 11,3 11,4
56,0 – 61,0 10,0 10,7 11,4 11,7 12,0
66,0 – 81,2 10,6 11,4 12,1 12,5 12,9
≥ 86,4 11,0 11,9 12,6 13,1 13,4
40,7 7,0 7,3 7,6 7,6 7,4
45,8 8,5 9,0 9,4 9,5 9,4
50,9 9,6 10,2 10,7 10,9 11,0
8 camadas 56,0 10,3 11,0 11,6 11,9 12,1
61,0 11,0 11,8 12,4 12,8 13,9
66,0 – 71,0 11,5 12,4 13,1 13,6 13,9
76,0 – 86,4 12,1 13,0 13,8 14,3 14,7
≥ 91,4 12,5 13,5 14,3 14,8 15,3
56,0 8,9 9,4 9,7 9,8 9,7
61,0 10,3 10,9 11,5 11,7 11,8
9 camadas 66,0 11,4 12,1 12,8 13,1 13,3
71,0 12,2 13,0 13,8 14,2 14,5
76,1 – 81,0 12,9 13,9 14,7 15,1 15,5
86,4 – 96,5 13,7 14,7 15,5 16,0 16,5
≥ 102,0 14,1 15,2 16,1 16,7 17,3
71,0 10,9 11,5 12,0 12,2 12,2
76,1 12,8 13,5 14,2 14,6 14,9
81,2 13,8 14,8 15,7 16,2 16,4
10 86,4 14,4 15,5 16,4 17,0 17,3
camadas 91,4 – 96,5 15,0 16,1 17,0 17,7 18,1
102 – 107 15,2 16,4 17,3 17,9 18,4
≥ 112 15,7 16,9 17,9 18,6 19,2
Tabela 31c – correias chatas, capacidade da correia Goodyear tipo Wingfoot.

Elementos de Máquinas 83
SENAI/SC Florianópolis 2003
Diâmetro Capacidade (HP/polegada) de Largura (arco de contato de 180º)
Camadas da Polia Velocidade da correia (m/s)
Menor (cm) 5,08 6,09 7,10 8,12 9,13 10,2
7,62 0,72 0,83 0,95 1,05 1,15 1,25
10,2 1,03 1,19 1,036 1,52 1,66 1,82
3 camadas 12,7 1,21 1,40 1,61 1,79 1,97 2,15
15,2 1,36 1,59 1,82 2,03 2,22 2,43
20,3 1,50 1,79 2,06 2,30 2,52 2,77
≥ 25,4 1,50 1,79 2,07 2,37 2,65 2,93
10,2 0,97 1,1 1,3 1,4 1,5 1,7
12,7 1,3 1,5 1,7 1,9 2,1 2,3
15,2 1,5 1,7 2,0 2,2 2,4 2,6
20,3 1,8 2,1 2,4 2,7 3,0 3,2
4 camadas 25,4 2,0 2,3 2,6 2,9 3,2 3,6
30,5 2,0 2,4 2,8 3,1 3,5 3,8
≥ 35,6 2,0 2,4 2,8 3,1 3,5 3,9
12,7 1,2 1,3 1,5 1,7 1,8 2,0
15,2 1,5 1,7 2,0 2,2 2,4 2,6
5 camadas 20,3 1,9 2,2 2,5 2,8 3,1 3,3
25,4 2,2 2,6 3,0 3,3 3,6 3,9
30,5 2,4 2,8 3,2 3,6 3,9 4,3
35,6 2,5 2,9 3,3 3,8 4,2 4,6
40,7 – 50,9 2,5 3,0 3,5 4,0 4,4 4,9
≥ 56,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,4 4,9
20,3 1,7 2,0 2,3 2,6 2,8 3,1
25,4 2,3 2,7 3,1 3,4 3,8 4,1
30,5 2,6 3,0 3,5 3,9 4,3 4,6
6 camadas 35,6 2,8 3,3 3,7 4,2 4,6 5,1
40,7 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5
45,8 3,0 3,6 4,1 4,6 5,2 5,7
50,9 – 66,0 3,0 3,6 4,2 4,8 5,3 5,9
≥ 71,0 3,0 3,6 4,2 4,8 5,3 5,9
25,4 2,1 2,5 2,8 3,0 3,4 3,7
30,5 2,6 3,0 3,4 3,8 4,0 4,6
35,5 2,9 3,5 4,0 4,4 4,9 5,3
7 camadas 40,7 3,2 3,7 4,2 4,7 5,2 5,7
45,8 3,5 4,0 4,6 5,1 5,6 6,1
50,9 3,5 4,1 4,7 5,3 5,0 6,4
56,0 3,5 4,1 4,8 5,4 6,0 6,6
61,0 – 76,1 3,5 4,2 4,9 5,5 6,2 6,8
≥ 81,2 3,5 4,2 4,9 5,5 6,2 6,8
35,6 2,6 3,1 3,5 3,9 4,3 4,7
40,7 3,1 3,7 4,2 4,7 5,2 5,7
45,8 3,5 4,1 4,7 5,2 5,8 6,3
8 camadas 50,9 3,7 4,3 5,0 5,5 6,2 6,7
56,0 3,9 4,5 5,2 5,8 6,5 7,1
61,0 4,0 4,7 5,4 6,1 6,7 7,4
66,0 4,0 4,8 5,5 6,2 6,9 7,6
71,0 – 86,4 4,0 4,8 5,6 6,3 7,1 7,8
≥ 91,4 4,0 4,8 5,6 6,3 7,1 7,8
45,8 3,1 3,6 4,2 4,7 5,2 5,6
50,9 3,6 4,2 4,8 5,4 6,0 6,5
9 camadas 56,0 4,0 4,6 5,3 5,9 6,5 7,1
61,0 4,2 4,9 5,6 6,3 7,0 7,6
66,0 4,3 5,1 5,8 6,5 7,2 7,9
71,0 4,5 5,2 6,0 6,7 7,5 8,2
76,1 4,5 5,3 6,1 6,9 7,7 8,4
81,2 – 102 4,5 5,4 6,3 7,1 8,0 8,7
≥ 107 4,5 5,4 6,3 7,1 8,0 8,8

Elementos de Máquinas 84
SENAI/SC Florianópolis 2003
61,0 3,8 4,4 5,0 5,6 6,2 6,8
66,0 4,2 5,0 5,6 6,3 6,9 7,6
71,0 4,6 5,4 6,2 6,9 7,6 8,3
10 76,1 4,9 5,8 6,5 7,3 8,0 8,8
camadas 81,2 5,0 5,9 6,7 7,5 8,3 9,1
86,4 5,0 6,0 6,9 7,7 8,5 9,3
91,4 – 107 5,0 6,0 7,0 7,9 8,8 9,7
≥ 122 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 9,8
102 4,9 5,7 6,6 7,3 8,1 8,8
107 5,5 6,3 7,2 8,1 8,9 9,8
12 112 5,9 6,8 7,8 8,8 9,6 10,5
camadas 117 6,0 7,1 8,2 9,2 10,2 11,2
122 – 132 6,0 7,2 8,4 9,6 10,7 11,7
137 6,0 7,2 8,4 9,6 10,7 11,7
Tabela 32a - correias chatas, capacidade da correia Goodyear tipo Thor.

Diâmetro Capacidade (HP/polegada) de Largura (arco de contato de 180º)


Camadas da Polia Velocidade da correia (m/s)
Menor (cm) 11,2 12,2 13,2 14,2 15,2 17,8
7,62 1,34 1,43 1,51 1,69 1,66 1,7
10,2 1,97 2,10 2,23 2,36 2,47 2,71
3 camadas 12,7 2,33 2,49 2,64 2,81 2,95 3,25
15,2 2,63 2,82 3,00 3,19 3,37 3,73
20,3 2,99 3,21 3,42 3,63 3,84 4,27
≥ 25,4 3,20 3,46 3,70 3,94 4,18 4,66
10,2 1,8 1,9 2,0 2,1 2,2 2,4
12,7 2,4 2,6 2,8 2,9 3,1 3,4
15,2 2,8 3,0 3,2 3,3 3,5 3,8
20,3 3,4 3,7 3,9 4,1 4,3 4,8
4 camadas 25,4 3,8 4,1 4,4 4,7 4,9 5,5
30,5 4,2 4,5 4,8 5,0 5,3 5,9
≥ 35,6 4,3 4,6 5,0 5,3 5,7 6,3
12,7 2,1 2,2 2,3 2,5 2,6 2,8
15,2 2,8 3,0 3,1 3,3 3,5 3,8
5 camadas 20,3 3,6 3,8 4,1 4,3 4,5 4,9
25,4 4,2 4,5 4,8 5,1 5,3 5,9
30,5 4,6 5,0 5,3 5,6 5,9 6,5
35,6 4,9 5,3 5,6 6,0 6,4 7,1
40,7 – 50,9 5,2 5,6 6,0 6,4 6,8 7,6
≥ 56,0 5,4 5,8 6,2 6,6 7,1 7,8
20,3 3,3 3,5 3,7 3,9 4,1 4,4
25,4 4,4 4,7 5,0 5,2 5,5 6,0
30,5 5,0 5,4 5,7 6,0 6,3 7,0
6 camadas 35,6 5,5 5,9 6,3 6,6 7,0 7,7
40,7 5,9 6,3 6,7 7,1 7,5 8,3
45,8 6,1 6,6 7,0 7,4 7,8 8,7
50,9 – 66,0 6,3 6,8 7,3 7,7 8,1 9,1
≥ 71,0 6,3 6,8 7,4 7,8 8,2 9,3
25,4 4,0 4,2 4,4 4,7 4,9 5,3
30,5 4,9 5,2 5,6 5,9 6,2 6,0
35,5 5,7 6,1 6,4 6,8 7,2 7,9
7 camadas 40,7 6,1 6,6 7,0 7,4 7,8 8,6
45,8 6,6 7,0 7,5 7,9 8,3 9,0
50,9 6,9 7,4 7,8 8,3 8,8 9,7
56,0 7,1 7,6 8,1 8,6 9,1 10,1
61,0 – 76,1 7,4 7,9 8,5 9,0 9,5 10,6
≥ 81,2 7,5 8,1 8,6 9,2 9,9 11,0

Elementos de Máquinas 85
SENAI/SC Florianópolis 2003
35,6 5,0 5,4 5,7 6,0 6,3 6,9
40,7 6,1 6,5 7,0 7,3 7,7 8,5
45,8 6,8 7,3 7,8 8,2 8,6 9,5
8 camadas 50,9 7,3 7,8 8,3 8,8 9,2 10,3
56,0 7,6 8,2 8,7 9,2 9,7 10,8
61,0 7,9 8,5 9,0 9,6 10,1 11,2
66,0 8,2 8,8 9,4 9,9 10,4 11,6
71,0 – 86,4 8,4 9,0 9,7 10,3 10,9 12,1
≥ 91,4 8,5 9,2 9,9 10,6 11,3 12,5
45,8 6,1 6,5 6,9 7,3 7,6 8,3
50,9 7,1 7,5 8,0 8,4 8,8 9,8
9 camadas 56,0 7,7 8,2 8,7 9,2 9,7 10,7
61,0 8,2 8,8 9,4 9,9 10,4 11,5
66,0 8,5 9,1 9,7 10,3 10,8 12,0
71,0 8,8 9,4 10,0 10,6 11,2 12,4
76,1 9,1 9,7 10,4 11,0 11,6 12,9
81,2 – 102 9,4 10,2 10,8 11,5 12,2 13,5
≥ 107 9,6 10,4 11,2 11,9 12,6 14,1
61,0 7,3 7,7 8,2 8,7 9,1 10,0
66,0 8,1 8,7 9,2 9,8 10,3 11,4
71,0 9,0 9,6 10,2 10,8 11,4 12,6
10 76,1 9,5 10,1 10,8 11,4 12,1 13,4
camadas 81,2 9,8 10,5 11,2 11,8 12,4 13,8
86,4 10,1 10,8 11,5 12,2 12,8 14,3
91,4 – 107 10,4 11,2 12,0 12,7 13,4 14,9
≥ 122 10,8 11,7 12,5 13,3 14,1 15,7
102 9,5 10,1 10,7 11,3 11,9 13,1
107 10,6 11,3 12,0 12,7 13,4 14,9
12 112 11,4 12,2 13,0 13,7 14,5 16,0
camadas 117 12,0 12,9 13,7 14,5 15,3 17,0
122 – 132 12,9 13,8 14,7 15,6 16,3 18,2
137 13,0 14,0 15,0 15,9 16,9 18,9
Tabela 32b - correias chatas, capacidade da correia Goodyear tipo Thor.

Diâmetro Capacidade (HP/polegada) de Largura (arco de contato de 180º)


Camadas da Polia Velocidade da correia (m/s)
Menor (cm) 20,3 22,8 25,4 27,9 30,5
7,62 1,84 1,86 1,82 1,72 1,48
10,2 2,89 3,03 3,09 3,09 3,00
3 camadas 12,7 3,51 3,71 3,85 3,90 3,86
15,2 4,03 4,31 4,48 4,60 4,62
20,3 4,64 4,97 5,26 5,42 5,52
≥ 25,4 5,07 5,46 5,77 6,00 6,15
10,2 2,5 2,6 2,5 2,4 2,1
12,7 3,6 3,8 3,8 3,8 3,6
15,2 4,2 4,4 4,5 4,6 4,5
20,3 5,2 5,4 5,8 5,9 5,9
4 camadas 25,4 5,9 6,3 6,6 6,8 7,0
30,5 6,4 6,9 7,3 7,5 7,7
≥ 35,6 6,9 7,4 7,8 8,1 8,4
12,7 2,9 3,0 2,9 2,7 2,3
15,2 4,0 4,2 4,2 4,1 3,8
5 camadas 20,3 5,3 5,6 5,8 5,9 5,8
25,4 6,4 6,7 7,0 7,2 7,2
30,5 7,1 7,6 8,0 8,2 8,4
35,6 7,7 8,3 8,7 9,0 9,2
40,7 – 50,9 8,3 8,9 9,4 9,8 10,0
≥ 56,0 8,6 9,3 9,8 10,2 10,4

Elementos de Máquinas 86
SENAI/SC Florianópolis 2003
20,3 4,7 4,9 4,9 4,8 4,4
25,4 6,5 6,8 7,1 7,2 7,1
30,5 7,6 8,1 8,4 8,6 8,6
6 camadas 35,6 8,4 9,0 9,4 9,7 9,8
40,7 9,1 9,7 10,2 10,5 10,7
45,8 9,5 10,1 10,7 11,0 11,3
50,9 – 66,0 9,9 10,6 11,2 11,6 11,9
≥ 71,0 10,3 11,0 11,7 12,2 12,6
25,4 5,6 5,8 5,8 5,7 5,3
30,5 7,3 7,7 8,0 8,1 7,9
35,5 8,5 9,0 9,3 9,5 9,6
7 camadas 40,7 9,4 10,0 10,5 10,7 10,8
45,8 10,0 10,7 11,2 11,6 11,8
50,9 10,6 11,3 11,9 12,3 12,6
56,0 11,0 11,8 12,5 12,8 13,1
61,0 – 76,1 11,6 12,5 13,2 13,6 13,9
≥ 81,2 12,1 12,9 13,7 14,2 14,6
35,6 7,4 7,7 7,8 7,8 7,6
40,7 9,1 9,6 9,9 10,1 10,0
45,8 10,3 11,0 11,5 11,7 11,8
8 camadas 50,9 11,1 11,8 12,4 12,6 12,7
56,0 11,7 12,6 13,2 13,6 13,8
61,0 12,2 13,1 13,8 14,2 14,5
66,0 12,6 13,5 14,3 14,7 15,1
71,0 – 86,4 13,2 14,2 15,0 15,5 15,9
≥ 91,4 13,8 14,8 15,7 16,3 16,7
45,8 8,9 9,3 9,6 9,6 9,3
50,9 10,5 11,1 11,5 11,6 11,5
9 camadas 56,0 11,6 12,3 12,9 13,1 13,3
61,0 12,4 13,2 13,9 14,2 14,4
66,0 13,0 13,9 14,6 15,0 15,2
71,0 13,5 14,4 15,2 15,7 16,0
76,1 14,0 15,0 15,8 16,3 16,7
81,2 – 102 14,7 15,9 16,8 17,4 17,9
≥ 107 15,5 16,5 17,6 18,2 18,8
61,0 10,8 11,4 11,8 11,9 11,6
66,0 12,3 13,0 13,6 13,8 13,8
71,0 13,6 14,5 15,2 15,6 15,7
10 76,1 14,6 15,6 16,4 16,9 17,1
camadas 81,2 15,0 16,0 16,9 17,4 17,7
86,4 15,5 16,5 17,4 18,0 18,4
91,4 – 107 16,2 17,4 18,4 19,0 19,5
≥ 122 17,2 18,5 19,6 21,3 20,9
102 14,2 15,0 15,6 15,8 15,7
107 16,2 17,2 18,0 18,5 18,6
12 112 17,5 18,6 19,7 20,2 20,5
camadas 117 18,5 19,7 20,9 21,6 22,0
122 – 132 19,8 21,2 22,3 23,1 23,8
137 20,7 22,2 23,5 24,4 25,1
Tabela 33c - correias chatas, capacidade da correia Goodyear tipo Thor.

8.8 Cálculo da Velocidade Tangencial na Polia Motora (m/s)

O cálculo da velocidade tangencial na polia motora é importante e necessário


para através do catálogo determinar a potência unitária (Nu) para os vários
tipos de correias:

v = π . d1 . n1
n1 d 2 n1 d2
= i= i=
n2 d1 n2 d1 60.000

Elementos de Máquinas 87
SENAI/SC Florianópolis 2003
onde: i = relação de transmissão;
d1 = diâmetro da polia motora;
d2 = diâmetro da polia movida;
n1 = rotação do eixo da polia motora;
n2 = rotação do eixo da polia movida;
v = velocidade (m/s);
n1 = rotação (rpm).

8.9 Cálculo da Potência Efetiva da Correia (Capacidade)

onde: K1 = fator de serviço;


Nnom . K1 . K2
Nef = Nnom = potência a transmitir (CV);

K2 = coeficiente de uso;
Kα =fator de correção de arco.

8.10 Cálculo da Largura da Correia

Largura da polia conhecida: entra-se na tabela 23 e determina-se a largura da


correia.

8.11 Cálculo da Potência Unitária (Nu)

Nu = Nef (HP/polegada) onde: Nef = potência efetiva da correia;


B B = largura padronizada da correia.

8.12 Cálculo da Largura da Correia

Largura da polia desconhecida: em função da velocidade tangencial da polia


motora e o tipo de correia, entra-se na tabela e escolhe uma potência unitária
(Nut). Em seguida, calcula-se a largura considerando o rendimento da junta,
conforme a tabela 24, se necessário.

Nu = Nut . η BNef
= (cm) onde: Nu = potência unitária transmissivel
(HP/pol.) Nu
η = rendimento da junta;
Nut = potência unitária tabelada.

8.13 Exercício Resolvido

1) Dimensionar uma correia plana para a seguinte transmissão:

• Motor elétrico, torque normal, rotor em gaiola, 30 CV e 1750 rpm;


• Máquina acionada "britador de pedra";
• Trabalho 18 horas por dia;

Elementos de Máquinas 88
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• Arranque pesado e sobrecargas momentâneas;
• Polia do britador D = 600 mm;
• Relação de transmissão, i = 2,4;
• Distância entre centros, a = 1800 a 2200 mm;
• Polias de aço, largura igual a 200 mm;
• Linha de centro na horizontal.

Resolução:

serviço pesado ⇒ escolhido: Goodyear tipo Thor

• Cálculo da velocidade da polia motora:

d2 d 600mm
i= ⇒ d1 = 2 = ⇒ d1 = 250mm
d1 i 2,4

v1 = π . d1 . n1 =
3,14 . 250mm .
⇒ v1 ≅ 22,89m/s
60.000 1750rpm
• Cálculo da potência Efetiva da Correia (Nef)

• d2 – d1 = 35cm ⇒ tabela 19 ⇒ Kα = 0,95

• motor elétrico de torque normal, máquina acionada: britador trabalhando


18h/dia ⇒ tabela 21 ⇒ K1 = 1,5 e K2 = 1,0

N ef = Nnom . K1 . K2 = 3,14 . 250mm .⇒ N ≅ 47,39CV


Kα 1750rpm
ef

• Largura da correia (B)


polia de 200 mm ⇒ tabela 24 ⇒ B = 180 mm

• Cálculo do comprimento da correia

d 2 − d1 600mm − 250mm
sen β = = ⇒ sen β ≅ 0,097 ⇒ β ≅ 5º34'
2⋅a 2 ⋅ 1800mm

• Escolhido correia plana "Thor" (arranque pesado)

B = 18 cm ⇒ Tabela 25 ⇒ camadas 4 a 6 = 5 camadas

Portanto:

s = 1,2 . n onde: n = número de camadas ⇒ s = 6 mm


π ⎛ d − d1 ⎞
L = 2 ⋅ a ⋅ cos β + ⋅ (d 2 + d1 + 2 ⋅ s ) + π ⋅ β ⋅ ⎜ 2 ⎟
2 ⎝ 180º ⎠
L = 4970,35mm
L = 4970,35mm ⇒ tabela 26 ⇒ L = 5000 mm

Elementos de Máquinas 89
SENAI/SC Florianópolis 2003
• Correção da distância entre centros (a)

L−L 5000 mm − 4970,35mm


a =a+ = 1800 mm + ⇒ a ≅ 1815 mm
2 2
• Cálculo da potência unitária (Nu)

N ef 47,39CV
Nu = = ⇒ Nu ≅ 0,263CV /polegada
B 180mm

Nu = 0,263 CV/polegada . 25,4 ⇒ Nu ≅ 6,68 CV/polegada


d1 = 25 cm - 5 camadas - 22,8 m/s ⇒ tabela 31 ⇒ 6,7 HP/polegada

Especificação: Correia Plana tipo "Thor" - 5000 mm x 180 mm - 5 camadas -


6,7 HP/polegada

8.14 Exercício Proposto

1) Determinar uma correia plana para a seguinte instalação: Motor elétrico,


torque normal, rotor em gaiola de 15 CV a 680 rpm. Máquina acionada,
peneira vibratória trabalhando intermitentemente, ambiente oleado (úmido).
Linha de centro a 65º com a horizontal. Polias de aço d1 = 250 mm
(motora), com largura de 280 mm; relação de transmissão, i = 2; distância
entre centros, a = 1200 a 1500 mm.

8.15 Correias Trapezoidais ou em "V"

Nas correias em "V" , devemos limitar os valores da velocidade tangencial da


correia.

A velocidade excessiva da correia pode produzir uma diminuição do contato


entre a correia e a polia, conseqüentemente diminuindo a capacidade de
transmissão de potência da instalação.

Obs.: Observa-se um escorregamento entre a polia e a correia. A velocidade


tangencial deve estar limitada pelos seguintes valores 5 ≤ v ≤ 15 m/s, em
casos extremos, em potência muito elevada 25 ≤ v ≤ 30m/s.

Esse aspecto é de certa forma relativo e o gráfico 3 orienta essa esfolha.


Vamos supor a transmissão de 60 CV entre 1000 e 1900 rpm. Nesse caso, o
escolhido será o perfil "C" que conforme a tabela 36c possui polias até 300
mm. Assim a velocidade máxima será:

π ⋅d ⋅n 3,14.300mm ⋅ 1900rpm
Vmáx = = ⇒ Vmáx ≅ 30m / s
60.000 60.000

Elementos de Máquinas 90
SENAI/SC Florianópolis 2003
• Por outro lado poderíamos também ter utilizado uma polia menor, para o perfil
"C" ; a polia menor para esse perfil possui 155 mm e assim a velocidade seria
sensivelmente menor.

• Número de Correias:

Tabela 36c ⇒, V = 30 m/s; d1 = 300 mm ⇒ 9,88 HP/correia, com sobrecarga


⇒ z = 7 correias (polia com 7 canais)

8.15.1 Distância entre Centros

Nos casos em que a distância entre centros não for conhecida, pode-se
arbitrar. Recomenda-se que se observem as instalações semelhantes, já
existentes e os aspectos específicos do projeto da transmissão. Para correias
em "V" pode-se adotar como distância aproximada entre eixos, a que segue: d2
≤ a ≤ (d1 + d2 ).

8.15.2 Tipos de Correia

O tipo de correia (perfil) é escolhido em função da potência efetiva tia correia e


a rotação da polia menor, conforme o gráfico 3.

Potência efetiva em HP
Gráfico 3

• Perfis padronizados de correias “V”


São classificados em A, B, C, D e E, com largura “b” espessura “s”
especificadas respectivamente.

Figura 51

Elementos de Máquinas 91
SENAI/SC Florianópolis 2003
Dif. dos Distâncias (cm)
Diâmetros das
Polias (cm) 25 38 51 65 76 100 127 155
5 0,98 0,98 0,99 0,99 0,99 0,95 0,99 1,00
10 0,94 0,96 0,97 0,98 0,99 0,99 0,99 1,00
15 0,91 0,93 0,95 0,97 0,98 0,98 0,99 1,00
20 0,86 0,91 0,94 0,95 0,97 0,97 0,98 0,98
25 0,83 0,89 0,92 0,94 0,95 0,97 0,98 0,98
30 0,78 0,86 0,90 0,92 0,94 0,93 0,97 0,98
35 0,71 0,84 0,89 0,91 0,93 0,93 0,97 0,97
40 0,81 0,87 0,89 0,91 0,93 0,95 0,96
45 0,78 0,85 0,88 0,90 0,93 0,95 0,95
51 0,74 0,82 0,87 0,89 0,92 0,94 0,95
56 0,69 0,80 0,85 0,88 0,91 0,93 0,94
61 0,78 0,84 0,87 0,90 0,92 0,93
66 0,74 0,82 0,85 0,89 0,90 0,93
71 0,72 0,80 0,84 0,88 0,90 0,93
76 0,69 0,78 0,83 0,87 0,90 0,92
81 0,76 0,82 0,87 0,89 0,91
86 0,75 0,80 0,86 0,89 0,91
91 0,71 0,78 0,85 0,88 0,90
107 0,72 0,82 0,86 0,88
120 0,78 0,84 0,87
137 0,74 0,81 0,85
154 0,69 0,78 0,83
168 0,74 0,81
183 0,71 0,78
196 0,75
210 0,72
230 0,69
Tabela 32a – Correia V, fator de correção do arco de contato (em função da distância
entre os eixos e da diferença entre os diâmetros das polias).

Dif. dos Distâncias (cm)


Diâmetros das
Polias (cm) 178 204 228 254 306 356 408 510
5
10
15
20 1,00
25 1,00
30 0,98 1,00
35 0,98 1,00
40 0,97 1,00
45 0,96 0,97 1,00
51 0,96 0,96 1,00
56 0,95 0,96 1,00
61 0,95 0,96 0,96
66 0,94 0,95 0,96
71 0,94 0,95 0,95
76 0,93 0,94 0,95
81 0,93 0,94 0,95
86 0,92 0,93 0,94
91 0,91 0,93 0,94
107 0,90 0,91 0,93
120 0,89 0,90 0,91
137 0,87 0,89 0,90
154 0,86 0,88 0,89
168 0,84 0,86 0,88
183 0,82 0,85 0,87
196 0,80 0,84 0,85
210 0,78 0,82 0,84
230 0,75 0,80 0,83
Tabela 32b – Correia V, fator de correção do arco de contato (em função da distância
entre os eixos e da diferença entre os diâmetros das polias).

Elementos de Máquinas 92
SENAI/SC Florianópolis 2003
Código do Seção
Produto A B C D E
6 693
31 820
33 871
35 922 935
38 998 1011
42 1100 1113
46 1201 1214
48 1252 1265
51 1328 1341 1369
53 1379 1392 -
55 1430 1443 -
60 1557 1570 1598
62 1608 1621 -
64 1659 1671 -
66 1709 1722 -
68 1760 1773 1801
71 1836 1849 1979
75 1938 1951 -
78 2014 2027 -
80 2065 - 2131
81 - 2103 -
83 - 2154 2233
85 2192 2205 2360
90 2319 2332 2512
96 2471 - -
97 - 2510 2741
105 2700 2713 2918
112 2878 2891 3122 3132
120 3081 3094 3325 3335
128 3284 3297 3528 -
136 - 3500 3731 3741
144 - 3703 4087 4097
158 - 4059 4188 4199
162 - - 4468 4478
173 4440 4646 4656 4686
180 4618 5027 5037 5067
195 4999 5408 5418 5448
210 5380 6119 6116 6121
240 6104 6881 6878 6883
270 6866 7643 7640 7645
300 7628 8405 8402 8407
330 9167 9164 9169
360 9929 9926 9931
390 10691 10693 10693
420 12212 12217
480 13736 13741
540 15260 15255
600 16784 16789
660
Tabela 33 – Comprimento padronizado de correia “V”

8.15.3 Cálculo da Potência Efetiva da Correia

onde: Nnom = potência a transmitir (CV);


N nom ⋅ K1 K1 = fator de serviço (tabela 21)
N ef = Kα = fator de correção do arco (tabela 31a e 31b)
Ka
Nef = potência efetiva da correia

Elementos de Máquinas 93
SENAI/SC Florianópolis 2003
8.15.4 Cálculo do Comprimento da Correia (L)

π ⎛d −d ⎞
L = 2 ⋅ a ⋅ cos β + ⋅ (d 2 + d1 + 2 ⋅ s ) + π ⋅ β ⋅ ⎜ 2 1 ⎟
2 ⎝ 180º ⎠

⎛d −d ⎞ onde: d1 = diâmetro da polia menor;


sen β = ⎜ 2 1 ⎟ d2 = diâmetro da polia maior;
⎝ 2⋅ a ⎠
β = ângulo de inclinação da correia (graus);
a = distância entre centros;
L = comprimento teórico da correia;
s = espessura da correia (gráfico 3)

8.15.5 Cálculo da Potência Unitária

Com o diâmetro da polia menor e a velocidade tangencial em (m/s), entra-se na


tabela do perfil de correia escolhido e determina-se a potência unitária (Nu).

8.15.6 Cálculo do Número de Correias

⎛ N ef ⎞
z = ⎜⎜ ⎟⎟ onde: z = número de correias.
⎝ Nu ⎠

8.16 Exercício Resolvido

1) Determinar uma correia em "V” para a seguinte transmissão:

• Motor elétrico A.C. binário de partida normal, 10 CV e 1750 rpm;


• Máquina acionada britador, trabalhando 18 horas por dia;
• Sobrecargas momentâneas;
• Relação de transmissão, i = 2,4;
• Velocidade ⇒ 5 ≤ v ≤ 15 m/s, vadotado = 15 m/s.

Resolucão:

• Escolha do perfil da correia

n = 1750rpm e N = 10 CV ⇒ gráfico 3 ⇒ perfil "B"

• Escolha do perfil correia: N = 10cv

n1 = 1750rpm ⇒ gráfico 3 ⇒ escolhido perfil "B".

• Cálculo do diâmetro da polia motora (d)

⎛ π ⋅ d1 ⋅ n1 ⎞ ⎛ 60.000 ⋅ v1 ⎞ ⎛ 60.000 ⋅ 15m / s ⎞


v1 = ⎜ ⎟ ⇒ d1 = ⎜⎜ ⎟⎟ = ⎜⎜ ⎟⎟ ⇒ d 1 ≅ 163,79mm
⎝ 60.000 ⎠ ⎝ π ⋅ n1 ⎠ ⎝ 3,14 ⋅ 1750rpm ⎠

Elementos de Máquinas 94
SENAI/SC Florianópolis 2003
Normalizar ⇒ tabela 35c ⇒ d1 = 165mm

• Cálculo do diâmetro da polia movida

d2
i= ⇒ d 2 = i ⋅ d1 = 2,4 ⋅ 165mm ⇒ d 2 = 396mm
d1

• Estimativa da distância entre centros

d 2 ≤ a ≤ 2 ⋅ (d1 + d 2 ) = d 2 ≤ a ≤ 2 ⋅ (396mm + 165mm ) = d 2 ≤ a ≤ 1122mm

normalizado, a = 510 mm (tabela 32a), poderia ser também a = 650mm ou


a = 760mm.

• Cálculo da potência efetiva

tabela 32 → d2 – d1 =23,1cm

Diferenças de diâmetros Kα
20 cm 0,94
23,1 cm x
25 cm 0,92

25cm − 20cm 0,94 − 0,92


= ⇒ 5 ⋅ (0,94 − x ) = 3 ⋅ (0,02) ⇒ x ≅ 0,928
23,1cm − 20cm 0,94 − x

N nom ⋅ K 1 10CV ⋅ 1,5


N ef = = ⇒ N ef ≅ 16,16CV
Kα 0,928

• Cálculo da potência unitária

v = 15 m/s e d1 = 165 mm ⇒ tabela 35c ⇒ 4,13 HP/correia

• Cálculo do número de correias

N ef 16,16CV
z= = ⇒ z ≅ 3,94correias ⇒ z adotado = 4correias
Nu 4,13CV / correia

• Cálculo do comprimento da correia

d 2 − d1 396mm − 165mm
sen β = = ⇒ β ≅ 13º 05'
2⋅a 2 ⋅ 510mm

π ⎛ 396mm − 165mm ⎞
L = 2 ⋅ a ⋅ cos β + ⋅ (d1 + d 2 + 2 ⋅ s ) + π ⋅ β ⋅ ⎜ ⎟
2 ⎝ 180º ⎠

Elementos de Máquinas 95
SENAI/SC Florianópolis 2003
⎛ 396mm − 165mm ⎞
⋅ (396mm + 165mm + 2 ⋅ 11) + 3,14 ⋅ 13º08'⋅⎜
3,14
L = 2 ⋅ 150mm ⋅ cos13º 05'+ ⎟
2 ⎝ 180º ⎠

L ≅ 1961,47mm

L = 1961,47mm ⇒ tabela 33 ⇒ L = 2027 mm

• Correção da distância entre centros ( a )

a=a+
(L − L ) = 510mm + (2027mm − 1961,47mm) ⇒ a = 542,77mm
2 2

• Especificações: correia "V" - B -78 x 2027 - quantidade "4"


d1 = 165 mm; d2 = 396 mm; a = 542,77 mm

8.17 Exercício Proposto

Um motor diesel de 30 CV a 950rpm aciona um compressor de dois cilindros. A


transmissão é feita por correia "V" com uma relação de transmissão, i = 3. O
serviço é do tipo pesado com choques fortes. Determinar e especificar a
correia.

Figura 52

Velocidade Diâmetro Nominal da Polia Menor (mm)


(m/s) 50 55 60 65 70 75 80 85
0,5 0,04 0,06 0,07 0,09 0,10 0,11 0,11 0,12
1 0,04 0,09 0,12 0,15 0,17 0,19 0,20 0,22
2 0,06 0,15 0,19 0,22 0,28 0,33 0,36 0,38
3 0,04 0,16 0,25 0,32 0,38 0,43 0,49 0,53
4 0,17 0,29 0,39 0,47 0,54 0,60 0,66
5 0,17 0,32 0,44 0,54 0,63 0,72 0,78
6 0,16 0,34 0,49 0,61 0,71 0,81 0,90
7 0,14 0,35 0,52 0,66 0,79 0,92 1,00
8 0,35 0,55 0,71 0,85 0,99 1,10
9 0,34 0,57 0,75 0,91 1,06 1,19
10 0,33 0,57 0,78 0,96 1,12 1,26
11 0,30 0,59 0,80 1,01 1,18 1,34

Elementos de Máquinas 96
SENAI/SC Florianópolis 2003
12 0,27 0,57 0,81 1,03 1,22 1,39
13 0,22 0,54 0,81 1,05 1,25 1,44
14 0,51 0,80 1,06 1,28 1,48
15 0,47 0,78 1,06 1,30 1,52
16 0,42 0,75 1,04 1,31 1,51
17 0,36 0,70 1,01 1,29 1,49
18 0,28 0,65 0,98 1,26 1,46
19 0,58 0,93 1,23 1,41
20 0,49 0,86 1,18 1,34
21 0,40 0,78 1,12 1,26
22 0,29 0,70 1,03 1,17
23 0,59 0,95 1,06
24 0,64 0,85 0,93
25 0,32 0,82 0,80
26 0,58 0,64
27
28
29
30
Tabela 34a – Correia “v” – capacidade da correia de secção A (HP).

Velocidade Diâmetro Nominal da Polia Menor (mm)


(m/s) 90 95 100 105 110 115 120 125
0,5 0,13 0,14 0,14 0,14 0,15 0,15 0,16 0,16
1 0,23 0,24 0,25 0,26 0,27 0,28 0,28 0,29
2 0,41 0,42 0,45 0,47 0,49 0,50 0,51 0,53
3 0,42 0,61 0,64 0,66 0,68 0,70 0,73 0,74
4 0,72 0,76 0,81 0,84 0,87 0,90 0,93 0,95
5 0,85 0,91 0,97 1,00 1,04 1,09 1,12 1,14
6 0,98 1,05 1,11 1,16 1,21 1,26 1,30 1,33
7 1,10 1,18 1,25 1,30 1,36 1,41 1,47 1,49
8 1,20 1,30 1,39 1,44 1,51 1,58 1,63 1,67
9 1,30 1,42 1,52 1,58 1,63 1,71 1,78 1,83
10 1,40 1,52 1,63 1,69 1,77 1,85 1,93 1,98
11 1,47 1,61 1,75 1,80 1,87 1,99 2,06 2,12
12 1,54 1,69 1,82 1,90 2,00 2,10 2,19 2,25
13 1,61 1,77 1,91 1,99 2,10 2,21 2,31 2,37
14 1,66 1,83 1,99 2,08 2,19 2,31 2,41 2,48
15 1,70 1,89 2,05 2,15 2,77 2,39 2,50 2,58
16 1,74 1,93 2,10 2,20 2,34 2,47 2,59 2,67
17 1,75 1,96 2,14 2,25 2,39 2,53 2,67 2,74
18 1,75 1,97 2,17 2,29 2,44 2,58 2,72 2,80
19 1,74 1,98 2,19 2,31 2,47 2,63 2,77 2,86
20 1,72 1,99 2,19 2,32 2,49 2,65 2,80 2,90
21 1,69 1,99 2,21 2,32 2,49 2,66 2,82 2,92
22 1,64 1,91 2,15 2,34 2,47 2,66 2,83 2,93
23 1,58 1,86 2,11 2,26 2,45 2,64 2,84 2,92
24 1,48 1,79 2,05 2,21 2,41 2,61 2,79 2,90
25 1,40 1,71 1,98 2,15 2,35 2,56 2,74 2,86
26 1,29 1,61 1,90 2,07 2,28 2,49 2,69 2,81
27 1,16 1,49 1,80 1,97 2,19 2,42 2,62 2,74
28 1,01 1,36 1,67 1,85 1,97 2,31 2,52 2,65
29 0,83 1,19 1,51 1,70 1,95 2,19 2,41 2,54
30 0,66 1,01 1,35 1,55 1,80 2,08 2,27 2,42
Tabela 34b – Correia “v” – capacidade da correia de secção A (HP).

Elementos de Máquinas 97
SENAI/SC Florianópolis 2003
Velocidade Diâmetro Nominal da Polia Menor (mm)
(m/s) 75 80 85 90 95 100 105
0,5 0,09 0,11 0,12 0,14 0,15 0,17 0,18
1 0,09 0,16 0,19 0,24 0,27 0,29 0,31
2 0,16 0,22 0,30 0,38 0,44 0,49 0,53
3 0,16 0,24 0,38 0,48 0,57 0,64 0,72
4 0,14 0,25 0,43 0,57 0,68 0,78 0,89
5 0,08 0,27 0,46 0,65 0,77 0,90 1,02
6 0,20 0,48 0,68 0,85 1,00 1,14
7 0,48 0,73 0,91 1,03 1,25
8 0,45 0,73 0,96 0,15 1,37
9 0,43 0,75 0,99 1,21 1,44
10 0,39 0,72 1,00 1,25 1,60
11 0,69 1,00 1,28 1,55
12 0,65 1,00 1,28 1,59
13 0,59 0,95 1,27 1,60
14 0,51 0,90 1,25 1,60
15 0,82 1,20 1,58
16 0,74 1,14 1,53
17 0,62 1,05 1,47
18 0,95 1,39
19 0,82 1,29
20 0,76 1,16
21 1,01
22 0,84
23 0,63
24
25
26
27
28
29
30
Tabela 35a – Correia “v” – capacidade da correia de secção B (HP).

Velocidade Diâmetro Nominal da Polia Menor (mm)


(m/s) 110 115 120 125 130 135 140
0,5 0,19 0,20 0,21 0,22 0,23 0,23 0,24
1 0,34 0,36 0,37 0,38 0,40 0,42 0,43
2 0,57 0,62 0,65 0,68 0,71 0,73 0,73
3 0,78 0,82 0,89 0,92 0,99 1,02 1,07
4 0,96 1,03 1,11 1,17 1,24 1,29 1,34
5 1,13 1,24 1,32 1,39 1,47 1,55 1,60
6 1,27 1,39 1,50 1,60 1,68 1,76 1,85
7 1,40 1,54 1,69 1,78 1,89 1,98 2,08
8 1,53 1,67 1,82 1,95 2,07 2,19 2,29
9 1,62 1,79 1,95 2,10 2,25 2,37 2,49
10 1,71 1,90 2,08 2,24 2,40 2,53 2,66
11 1,78 1,99 2,18 2,37 2,54 2,69 2,83
12 1,83 2,05 2,28 2,47 2,66 2,82 2,99
13 1,87 2,11 2,35 2,57 2,76 2,94 3,12
14 1,89 2,14 2,41 2,63 2,85 3,04 3,23
15 1,89 2,17 2,43 2,69 2,92 3,13 3,32
16 1,87 2,17 2,45 2,72 2,97 3,19 3,40
17 1,83 2,14 2,45 2,74 3,00 3,23 3,46
18 1,77 2,10 2,30 2,73 3,01 3,26 3,49
19 1,67 2,04 2,38 2,70 3,09 3,29 3,50
20 1,59 1,95 2,31 2,65 2,95 3,23 3,49
21 1,45 1,84 2,22 2,57 2,89 3,18 3,46
22 1,29 1,80 2,10 2,47 2,81 3,10 3,40
23 1,11 1,54 1,96 2,34 2,69 3,01 3,31
24 0,91 1,35 1,79 2,19 2,56 2,88 3,20
25 0,67 1,13 1,59 2,01 2,39 2,73 3,00
26 0,99 1,36 1,80 2,19 2,55 2,89
27 0,61 1,10 1,56 1,97 2,33 2,69
28 0,82 1,29 1,71 2,10 2,46

Elementos de Máquinas 98
SENAI/SC Florianópolis 2003
29 0,50 0,99 1,43 1,83 2,22
30 0,65 1,11 1,52 1,92
Tabela 35b – Correia “v” – capacidade da correia de secção B (HP).

Velocidade Diâmetro Nominal da Polia Menor (mm)


(m/s) 145 150 155 160 165 170 175 180
0,5 0,25 0,25 0,26 0,26 0,27 0,28 0,28 0,28
1 0,44 0,46 0,47 0,48 0,49 0,49 0,50 0,51
2 0,81 0,81 0,84 0,86 0,88 0,89 0,90 0,93
3 1,11 1,41 1,18 1,20 1,23 1,25 1,28 1,30
4 1,39 1,43 1,48 1,52 1,56 1,59 1,62 1,66
5 1,67 1,72 1,77 1,82 1,87 1,91 1,97 2,00
6 1,92 1,98 2,05 2,11 2,17 2,22 2,27 2,32
7 2,16 2,25 2,32 2,39 2,45 2,52 2,58 2,63
8 2,39 2,48 2,57 2,65 2,72 2,79 2,86 2,92
9 2,60 2,70 2,79 2,88 2,97 3,04 3,12 3,20
10 2,79 2,90 3,01 3,10 3,20 3,30 3,37 3,46
11 2,97 3,09 3,21 3,31 3,42 3,52 3,61 3,70
12 3,13 3,26 3,39 3,51 3,63 3,72 3,82 3,92
13 3,27 3,41 3,56 3,69 3,81 3,92 4,02 4,13
14 3,40 3,55 3,70 3,85 3,98 4,10 4,21 4,33
15 3,46 3,67 3,83 3,98 4,13 4,25 4,37 4,52
16 3,59 3,77 3,94 4,10 4,25 4,39 4,52 4,65
17 3,66 3,88 4,04 4,20 4,36 4,51 4,64 4,78
18 3,71 3,91 4,10 4,28 4,44 4,61 4,75 4,90
19 3,75 3,96 4,15 4,34 4,52 4,68 4,84 4,99
20 3,74 3,95 4,17 4,37 4,56 4,73 4,89 5,06
21 3,72 3,95 4,17 4,38 4,58 4,76 4,93 5,10
22 3,67 3,91 4,15 4,37 4,58 4,76 4,94 5,12
23 3,59 3,85 4,10 4,33 4,55 4,74 4,92 5,11
24 3,48 3,76 4,02 4,26 4,48 4,69 4,88 5,01
25 3,37 3,64 3,91 4,16 4,40 4,61 4,81 5,01
26 3,21 3,50 3,78 4,04 4,28 4,50 4,71 4,92
27 3,03 3,32 3,61 3,88 4,14 4,37 4,60 4,80
28 2,81 3,11 3,43 3,69 3,96 4,20 4,43 4,65
29 2,56 2,87 3,19 3,48 3,75 4,00 4,24 4,47
30 2,28 2,61 2,93 3,23 3,15 3,77 4,01 4,25
Tabela 35c – Correia “v” – capacidade da correia de secção B (HP).

Velocidade Diâmetro Nominal da Polia Menor (mm)


(m/s) 155 160 165 170 175 180 185 190
0,5 0,34 0,35 0,36 0,38 0,39 0,40 0,41 0,42
1 0,58 0,61 0,63 0,66 0,68 0,70 0,72 0,74
2 0,99 1,04 1,09 1,14 1,18 1,23 1,27 1,31
3 1,33 1,41 1,48 1,55 1,62 1,69 1,75 1,81
4 1,63 1,73 1,83 1,93 2,01 2,12 2,19 2,26
5 1,89 2,03 2,15 2,27 2,38 2,50 2,59 2,70
6 2,13 2,30 2,44 2,58 2,72 2,85 2,97 3,09
7 2,34 2,54 2,70 2,86 3,02 3,17 3,32 3,46
8 2,51 2,73 2,93 3,11 3,30 3,47 3,64 3,81
9 2,66 2,91 3,14 3,35 3,55 3,75 3,93 4,11
10 2,79 3,16 3,31 3,54 3,77 3,99 4,20 4,40
11 2,88 3,19 3,45 3,71 3,96 4,21 4,43 4,65
12 2,94 3,27 3,57 3,86 4,13 4,39 4,64 4,87
13 2,97 3,33 3,66 3,96 4,26 4,54 4,82 5,06
14 2,98 3,36 3,71 4,05 4,36 4,67 4,93 5,22
15 2,94 3,36 3,73 4,33 4,43 4,75 5,06 5,36
16 2,88 3,32 3,72 4,09 4,46 4,80 5,14 5,45
17 2,77 3,24 3,66 4,06 4,45 4,82 5,18 5,51
18 2,63 3,12 3,57 4,00 4,41 4,80 5,18 5,53
19 2,45 2,98 3,45 3,89 4,33 4,74 5,14 5,51
20 2,23 2,78 3,28 3,74 4,21 4,65 5,06 5,44
21 1,97 2,54 3,07 3,55 4,04 4,50 4,93 5,34
22 1,66 2,27 2,81 3,33 3,73 4,31 4,77 5,19
23 1,20 1,94 2,51 3,04 3,57 4,08 4,55 5,00

Elementos de Máquinas 99
SENAI/SC Florianópolis 2003
24 0,90 1,57 2,16 2,72 3,27 3,79 4,29 4,74
25 1,14 1,76 2,34 2,93 3,46 3,98 4,37
26 0,66 1,31 1,91 2,51 3,08 3,61 4,12
27 0,75 1,43 2,05 2,64 3,20 3,73
28 0,90 1,55 2,15 2,73 3,28
29 0,98 1,61 2,20 2,77
30 1,00 1,62 2,20
Tabela 36a – Correia “v” – capacidade da correia de secção C (HP).

Velocidade Diâmetro Nominal da Polia Menor (mm)


(m/s) 240 250 260 270 280 290 300
0,5 0,49 0,50 0,51 0,52 0,53 0,54 0,55
1 0,90 0,91 0,93 0,95 0,97 0,99 1,00
2 1,60 1,65 1,69 1,73 1,77 1,80 1,83
3 2,24 2,32 2,38 2,43 2,49 2,54 2,59
4 2,85 2,95 3,03 3,11 3,18 3,25 3,32
5 3,43 3,54 3,65 3,74 3,83 3,92 4,00
6 3,98 4,11 4,24 4,31 4,46 4,56 4,65
7 4,49 4,65 4,78 4,92 5,06 5,17 5,27
8 4,97 5,16 5,32 5,48 5,62 5,75 5,87
9 5,44 5,65 5,83 6,00 6,17 6,31 6,45
10 5,88 6,09 6,30 6,49 6,68 6,83 6,99
11 6,27 6,52 6,75 6,96 7,16 7,34 7,51
12 6,54 6,91 7,16 7,40 7,61 7,81 8,00
13 6,99 7,28 7,55 7,80 8,03 8,24 8,44
14 7,29 7,59 7,90 8,17 8,42 8,65 8,86
15 7,56 7,90 8,22 8,50 8,77 9,02 9,25
16 7,80 8,17 8,50 8,81 9,10 9,36 9,61
17 8,01 8,40 8,76 9,08 9,39 9,66 9,94
18 8,17 8,58 8,96 9,31 9,63 9,89 10,07
19 8,31 8,74 9,13 9,50 9,83 9,99 10,26
20 8,39 8,85 9,26 9,64 9,97 10,03 10,47
21 8,43 8,91 9,35 9,71 10,07 10,11 10,59
22 8,44 8,94 9,40 9,77 10,17 10,21 10,69
23 8,39 8,91 9,39 9,78 10,20 10,24 10,73
24 8,29 8,83 9,33 9,77 10,20 10,24 10,73
25 8,15 8,72 9,23 9,69 10,16 10,18 10,67
26 7,96 8,54 9,08 9,57 10,03 10,08 10,57
27 7,71 8,32 9,08 9,40 9,87 10,01 10,47
28 7,40 8,14 8,62 9,16 9,65 9096 10,26
29 7,04 7,70 8,30 8,86 9,38 9,82 9,98
30 6,42 7,30 7,93 8,50 9,05 9,53 9,88
Tabela 36c – Correia “v” – capacidade da correia de secção C (HP).

Velocidade Diâmetro Nominal da Polia Menor (mm)


(m/s) 250 260 270 280 290 300
0,5 0,72 0,75 0,78 0,81 0,81 0,85
1 1,23 1,28 1,37 1,42 1,48 1,54
2 2,06 2,70 2,35 2,47 2,61 2,65
3 2,78 2,99 3,19 3,37 3,35 3,71
4 3,41 3,69 3,96 4,20 4,43 4,64
5 3,97 4,31 4,63 4,96 5,23 5,51
6 4,44 4,87 5,26 5,63 5,97 6,30
7 4,88 5,37 5,83 6,26 6,65 7,04
8 5,23 5,81 6,34 6,88 7,27 7,72
9 5,55 6,19 6,79 7,35 7,85 8,36
10 5,81 6,51 7,17 7,79 8,35 8,91
11 6,00 6,78 7,61 8,19 8,80 9,41
12 6,12 6,98 7,77 8,52 9,19 9,87
13 6,23 7,12 7,98 8,79 9,50 10,26
14 6,20 7,19 8,12 8,99 9,75 10,53
15 6,14 7,20 8,19 9,13 9,94 10,75
16 6,00 7,13 8,19 9,19 10,05 10,92
17 5,78 6,98 8,11 9,17 10,12 11,03
18 5,49 6,75 7,96 9,08 10,08 11,08

Elementos de Máquinas 100


SENAI/SC Florianópolis 2003
19 5,12 6,46 7,73 8,90 9,94 11,01
20 4,66 6,08 7,40 8,64 9,76 10,88
21 4,12 5,66 7,00 8,31 9,47 10,63
22 3,50 5,05 6,52 7,88 9,16 10,31
23 2,76 4,44 5,92 7,29 8,62 9,86
24 1,95 3,63 5,23 6,72 8,05 9,38
25 1,00 2,77 4,44 5,99 7,37 8,75
26 1,80 3,54 5,15 6,59 8,02
27 2,53 4,22 5,71 7,19
28 1,41 3,16 4,71 6,06
29 1,99 3,60 5,25
30 4,05
Tabela 37a – Correia “v” – capacidade da correia de secção D (HP)

Velocidade Diâmetro Nominal da Polia Menor (mm)


(m/s) 310 320 330 340 350 360
0,5 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 0,99
1 1,58 1,63 1,68 1,72 1,76 1,80
2 2,79 2,89 2,97 3,07 3,15 3,20
3 3,86 4,01 4,10 4,26 4,39 4,50
4 4,85 5,04 5,23 5,39 5,55 5,73
5 5,76 6,00 6,23 6,45 6,62 6,86
6 6,61 6,90 7,17 7,40 7,65 7,88
7 7,40 7,73 8,05 8,33 8,61 8,88
8 8,13 8,51 8,88 9,20 9,51 9,82
9 8,81 9,23 9,66 9,99 10,47 10,72
10 9,41 9,89 10,38 10,76 11,15 11,55
11 9,98 10,50 11,0 11,45 11,91 12,33
12 10,49 11,03 11,59 12,14 12,53 12,99
13 10,93 11,53 12,10 12,63 13,16 13,60
14 11,29 11,96 12,59 13,13 13,69 14,22
15 11,55 12,28 12,93 13,52 14,15 14,75
16 11,75 12,51 13,23 13,89 14,55 15,14
17 11,90 12,72 13,52 14,20 14,87 15,49
18 12,01 12,85 13,67 14,41 15,14 15,79
19 12,00 12,89 13,77 14,53 15,28 16,04
20 11,91 12,84 13,80 14,56 15,34 16,07
21 11,76 12,68 13,66 14,52 15,36 16,13
22 11,45 12,48 13,46 14,38 15,26 16,07
23 11,06 12,13 13,17 14,18 15,03 15,91
24 10,61 11,73 12,84 13,80 14,78 15,68
25 10,03 11,19 12,39 13,38 14,38 15,32
26 9,37 10,60 11,84 12,82 13,86 14,83
27 8,59 9,87 11,12 12,21 13,27 14,27
28 7,69 9,01 10,31 11,47 12,56 13,58
29 6,68 8,06 9,41 10,56 11,73 12,79
30 5,64 6,98 8,37 9,55 10,74 11,91
Tabela 37b – Correia “v” – capacidade da correia de secção D (HP)

Velocidade Diâmetro Nominal da Polia Menor (mm)


(m/s) 370 380 390 400 410 420 430
0,5 1,02 1,03 1,05 1,06 1,08 1,09 1,10
1 1,83 1,87 1,90 1,95 1,95 1,98 2,02
2 3,29 3,36 3,40 3,48 3,54 3,58 3,63
3 4,60 4,70 4,80 4,89 4,98 5,06 5,15
4 5,93 5,97 6,08 6,21 6,34 6,46 6,56
5 7,01 7,16 7,30 7,46 7,61 7,75 7,90
6 8,08 8,29 8,48 8,65 8,83 8,99 9,17
7 9,13 9,36 9,58 9,76 9,96 10,18 10,37
8 10,12 10,46 10,58 10,80 11,05 11,29 11,54
9 11,14 11,34 11,58 11,86 12,14 12,38 12,65
10 11,91 12,24 12,53 12,85 13,13 13,38 13,72
11 12,73 13,03 13,41 13,74 14,06 14,36 14,72
12 13,43 13,82 14,10 14,55 14,89 15,26 15,62
13 14,12 14,12 14,91 15,29 15,68 16,07 16,42

Elementos de Máquinas 101


SENAI/SC Florianópolis 2003
14 14,75 15,20 15,50 16,03 16,47 16,86 17,21
15 15,27 15,73 16,19 16,65 17,10 17,50 17,92
16 15,69 16,23 16,75 17,24 17,71 18,16 18,61
17 16,09 16,70 17,21 17,72 18,24 18,71 19,30
18 16,42 17,05 17,59 18,13 18,66 19,13 19,67
19 17,64 17,28 17,88 18,45 19,00 19,52 20,06
20 16,77 17,47 18,10 18,64 19,31 19,85 20,45
21 16,88 17,59 18,23 18,85 19,48 20,08 20,71
22 16,90 17,62 18,31 18,95 19,59 20,21 21,44
23 16,75 17,54 18,26 18,92 19,57 20,24 20,84
24 16,53 17,33 18,08 18,78 19,49 20,18 20,84
25 16,18 17,13 17,81 18,57 19,31 19,96 20,74
26 15,73 16,66 17,45 18,24 19,01 19,67 20,48
27 15,23 16,15 16,98 17,78 18,57 19,32 20,13
28 14,58 15,55 16,42 17,24 18,03 18,81 19,68
29 13,80 14,85 15,72 16,55 17,40 18,22 19,08
30 12,96 14,00 14,91 15,76 16,66 17,51 18,18
Tabela37c – Correia “v” – capacidade da correia de secção D (HP).

Tabelas Parafusos
Secção Transversal
Designação Passo Diâmetro do Núcleo do Núcleo (mm2)
M 0,3 0,075 0,202 0,03
M 0,4 0,100 0,270 0,06
M 0,5 0,125 0,338 0,09
M 0,6 0,150 0,406 0,13
M 0,8 0,200 0,540 0,23
M 1,0 0,250 0,676 0,36
M 1,2 0,250 0,876 0,60
M 1,4 0,300 1,010 0,80
M 1,7 0,350 1,248 1,22
M 2,0 0,400 1,480 1,72
M 2,3 0,400 1,780 2,49
M 2,6 0,430 2,016 3,19
M 3,0 0,500 2,350 4,34
M 3,5 0,600 2,720 5,81
M 4,0 0,700 3,090 7,50
M 6,0 0,800 3,960 12,3
M 8,0 1,000 4,700 17,3
M 9,0 1,250 6,376 31,9
M 10 1,500 8,052 60,9
M 12 1,750 9,726 74,3
M 14 2,000 11,402 102
M 16 2,000 13,402 141
M 18 2,500 14,752 171
M 20 2,500 16,752 220
M 22 2,500 18,752 276
M 24 3,000 20,102 317
M 27 3,000 23,102 419
M 30 3,500 25,454 509
M 33 3,500 28,454 636
M 36 4,000 30,804 745
M 39 4,000 33,804 897
M 42 4,500 36,154 1027
M 45 4,500 39,154 1204
M 48 5,000 41,504 1353

Passo Profundidade da Rosca (t)


0,075 0,049
0,100 0,065
0,125 0,081
0,150 0,097
0,200 0,130
Tabela 38

Elementos de Máquinas 102


SENAI/SC Florianópolis 2003
Tabelas de Acoplamentos

Figura 53 – Acoplamento elástico NOR-MEX (tipo E): 10 – elemento elástico de


borracha sintética; 11 – cubos de ferro fundido cinzento.

Obs : Para velocidades periféricas > 25 m/s: recomendamos balanceamento


dinâmico VDI 2060, 6, 3 no mínimo.

Momento de Torção (N/m) máximo


Tamanho Máxima (mkgf) (CV/rpm) N máximo (rpm)
50 2,3 0,0031 12500
67 4,0 0,0056 10000
82 9,0 0,0126 8000
97 18,9 0,0264 7000
112 30,0 0,0418 6000
128 48,2 0,0673 5000
148 75,0 0,105 4500
168 125 0,174 4000
194 200 0,279 3500
214 300 0,418 3000
240 480 0,570 2750
265 750 1,050 2500
295 1000 1,400 2250
330 1300 1,810 2000
370 1820 2,540 1750
415 2700 3,770 1500
480 3600 5,027 1400
575 5400 7,540 1200
Tabela 39a – Dados técnicos do acoplamento NOR-MEX (tipo E).

d D D1 L l S1
Tamanho
mín. (mm) máx. (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)
50 7 22 50 33 52 25 2 ± 0,5
67 9 30 67 46 62,5 30 2,5 ± 0,5
82 10 35 82 53 83 40 3 ±1
97 12 45 97 68 103 50 3 ±1
112 14 50 112 79 123,5 60 3,5 ± 1
128 18 60 128 90 143,5 70 3,5 ± 1
148 22 70 148 107 163,5 80 3,5 ± 1
168 28 80 168 124 183,5 90 3,5 ± 1,5
194 32 90 194 140 203,5 100 3,5 ± 1,5
214 45 100 214 157 224 110 4 ±2
240 60 120 240 179 244 120 4 ±2
265 70 130 265 198 285,5 140 5,5 ± 2,5
295 80 140 295 214 308 150 8 ± 2,5
330 90 165 330 248 328 160 8 ± 2,5

Elementos de Máquinas 103


SENAI/SC Florianópolis 2003
370 100 185 370 278 368 180 8 ± 2,5
415 110 210 415 315 408 200 8 ± 2,5
480 165 230 480 350 448 220 8 ± 2,5
575 185 250 575 380 488 240 8 ± 2,5
Tabela 39b – Dados dimensionais do acoplamento elástico NOR-MEX (tipo E)

Peso
Tamanho J – Peça 11 (kgm2)
Peça 11 (kgf) Total (kgf)
50 0,0001 0,22 0,45
67 0,0002 0,46 0,93
82 0,0006 0,87 1,8
97 0,0014 1,7 3,5
112 0,0026 2,4 5,0
128 0,0056 3,9 7,9
148 0,0095 6,1 12,3
168 0,0230 9,1 18,4
194 0,0447 13,0 26,3
214 0,0753 17,7 35,7
240 0,1253 23,1 46,7
265 0,2153 32,9 66,3
295 0,3428 41,9 84,8
330 0,6303 60,1 121
370 1,1100 84,0 169
415 1,9300 118 237
480 3,0250 153 308
575 6,6000 213 430
Tabela 39c – Dados técnicos do acoplamento elástico NOR-MEX (Tipo E).

Figura 54 – Acoplamento Elástico NOR-MEX (Tipo G): 10 – elemento elástico de


borracha sintética; 11 – cubo de ferro fundido cinzento; 12 – capa de ferro fundido
cinzento; 14 – cubo de ferro fundido cinzento.

Obs: Para velocidades periféricos >25m/s: recomendamos balanceamento


dinâmico conforme VDI 2060, Q. 6,3 no mínimo.

Momento de Torção (N/m) máximo


Tamanho Máxima (mkgf) (CV/rpm) n máximo (rpm)
82 9,0 0,0126 8000
97 18,9 0,0264 7000
112 30,0 0,0418 6000
128 48,2 0,0673 5000
148 75,0 0,105 4500
168 125 0,174 4000
194 200 0,279 3500
214 300 0,418 3000
240 480 0,570 2750
265 750 1,050 2500
295 1000 1,400 2250

Elementos de Máquinas 104


SENAI/SC Florianópolis 2003
330 1300 1,810 2000
370 1820 2,540 1750
415 2700 3,770 1500
480 3600 5,027 1400
575 5400 7,540 1200
Tabela 40a – Dados técnicos do acoplamento NOR-MEX (Tipo G).

d d1 mín. d máx. d1 máx. D D1 D2 I S2


Tamanho (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)
82 10 35 28 82 53 44,5 40 12 ± 1
97 12 45 35 97 68 54,5 50 13 ± 1
112 14 50 42 112 79 64,5 60 13 ± 1
128 18 60 48 128 90 74,5 70 14 ± 1
148 22 70 60 148 107 92,5 80 16 ± 2
168 28 80 65 168 124 104,5 90 18 ± 1,5
194 32 90 75 194 140 121,5 100 21 ± 1,5
214 45 100 85 214 157 135,5 110 23 ± 2
240 60 120 95 240 179 146 120 27 ± 2
265 70 130 105 265 198 164 140 30 ± 2,5
295 80 140 115 295 214 181 150 34 ± 2,5
330 90 165 130 330 248 208 160 36 ± 2,5
370 100 185 150 370 278 241 180 39 ± 2,5
415 110 210 170 415 315 275 200 41 ± 2,5
480 165 230 200 480 350 324 220 45 ± 2,5
575 185 250 230 575 380 379 240 45 ± 2,5
Tabela 40b – Dados dimensionais do acoplamento elástico NOR-MEX (Tipo G).

Tamanho J Total (kgm2) Peso Total (kgf)


82 0,0014 2
97 0,0032 4
112 0,0059 5
128 0,0123 8
148 0,0232 12
168 0,0488 18
194 0,0961 27
214 0,1601 36
240 0,2629 46
265 0,4573 65
295 0,7360 84
330 1,2962 117
370 2,2883 166
415 4,0000 234
480 7,0000 330
575 14,9000 472
Tabela 40c – Dados técnicos do acoplamento elástico NOR-MEX (tipo G).

CV 0,16 0,25 0,33 0,50 0,75 1,00 1,50 2,00 3,00


Potência 0,12 0,18 0,35 0,37 0,55 0,75 1,10 1,50 2,20
kW
Carapaça ABNT 63 63 63 63 71 71 80 80 905
RPM 3450 3450 3430 3410 3400 3420 3480 3400 3460
Corrente nominal em 220 VA 0,80 1,10 1,30 1,80 2,60 3,20 4,80 6,00 9,00
Corrente com rotor bloqueado
5,7 5,9 5,0 5,2 5,4 6,8 7,8 6,2 7,0
(Ip/In)
Conjugado nominal (Cn) kgf.m 0,03 0,05 0,07 0,10 0,15 0,20 0,30 0,40 0,60
Conjugado com rotor bloqueado
3,8 3,9 2,9 2,8 3,2 3,6 3,5 2,9 3,3
(CP/CN)
Conjugado máximo 4,1 4,1 3,1 2,9 3,0 3,1 3,3 3,1 3,1
% da 50 43 48 53 60 60 57 63 72 72
Rendimento
Potência 75 49 55 60 65 67 65 70 76 76
(η%) Nominal 100 53 58 65 67 71 68 72 77 78
Fator de % da 50 0,58 0,60 0,71 0,76 0,66 0,72 0,68 0,76 0,75
Potência Potência 75 0,67 0,69 0,74 0,79 0,76 0,82 0,78 0,81 0,80
(cos ϕ) Nominal 100 0,76 0,75 0,75 0,80 0,78 0,88 0,84 0,83 0,82

Elementos de Máquinas 105


SENAI/SC Florianópolis 2003
Fator de Serviço (FS) 1,35 1,35 1,35 1,25 1,25 1,25 1,15 1,15 1,15
Momento de inércia (J) kg.m2 0,0003 0,0003 0,0004 0,0004 0,0005 0,0006 0,0016 0,0016 0,0023
Tempo com rotor bloqueado (s)
9,0 8,0 8,0 8,5 7,5 6,0 7,5 6,0 6,0
a quente
Peso aproximado (kg) 6,0 6,5 6,5 6,5 7,5 9,9 15 16 20
Tabela 41a – Tabela de características típicas de motores 3600rpm – 60 HZ.

CV 4,00 5,00 6,00 7,50 10,0 12,5 15,0 20,0


Potência 3,00 3,70 4,40 5,50 7,50 9,20 11,0 15,0
kW
Carapaça ABNT 90L 100L 112M 112M 132S 132M 132M 160M
RPM 3490 3500 3510 3490 3480 3510 3500 3520
Corrente nominal em 220 VA 12,0 14,0 16,0 20,0 27,0 33,0 38,0 52,0
Corrente com rotor bloqueado
8,1 9,0 8,6 7,8 7,2 8,4 8,7 8,8
(Ip/In)
Conjugado nominal (Cn) kgf.m 0,80 1,00 1,20 1,50 2,00 2,50 3,00 4,00
Conjugado com rotor bloqueado
3,7 2,7 2,5 2,6 2,0 2,4 2,6 2,5
(CP/CN)
Conjugado máximo 3,2 3,4 3,5 3,4 3,2 2,7 3,7 3,5
% da 50 72 65 75 74 73 74 78 74
Rendimento
Potência 75 77 71 81 80 76 78 81 80
(η%) Nominal 100 79 75 83 81 77 79 82 81
Fator de % da 50 0,70 0,76 0,78 0,78 0,86 0,84 0,88 0,85
Potência Potência 75 0,77 0,85 0,84 0,85 0,90 0,89 0,91 0,89
(cos ϕ) Nominal 100 0,81 0,91 0,87 0,89 0,93 0,93 0,93 0,92
Fator de Serviço (FS) 1,15 1,15 1,15 1,15 1,15 1,15 1,15 1,15
Momento de inércia (J) kg.m2 0,0026 0,0064 0,0088 0,0104 0,0179 0,0210 0,0229 0,0530
Tempo com rotor bloqueado (s) a
6,0 6,0 6,0 6,5 6,0 6,0 6,0 6,0
quente
Peso aproximado (kg) 23 32 41 45 59 67 73 114
Tabela 41b – Tabela de características típicas de motores 3600rpm – 60 HZ.

CV 30,0 40,0 50,0 60,0 75,0 100 125 150


Potência 22,0 30,0 37,0 45,0 55,0 75,0 90 110
kW
Carapaça ABNT 160L 200M 200L 225S/M 225S/M 250S/M 280S/M 280S/M
RPM 3490 3560 3560 3570 3565 3560 3575 3575
Corrente nominal em 220 VA 74,0 100 125 150 180 235 300 360
Corrente com rotor bloqueado
7,9 7,2 8,0 7,0 8,0 7,5 7,6 7,3
(Ip/In)
Conjugado nominal (Cn) kgf.m 6,00 8,00 10,0 12,0 15,0 20,0 25,0 30,0
Conjugado com rotor bloqueado
2,5 3,3 3,4 2,0 2,8 2,5 1,3 1,5
(CP/CN)
Conjugado máximo 3,4 2,6 3,0 2,5 3,0 2,7 2,8 2,7
% da 50 76 76 77 85 80 84 82 83
Rendimento
Potência 75 82 82 83 87 88 88 86 87
(η%) Nominal 100 83 84 85 88 90 90 88 88
Fator de % da 50 0,87 0,87 0,87 0,82 0,87 0,88 0,89 0,90
Potência Potência 75 0,91 0,90 0,90 0,87 0,89 0,90 0,90 0,91
(cos ϕ) Nominal 100 0,94 0,92 0,91 0,89 0,89 0,91 0,91 0,91
Fator de Serviço (FS) 1,15 1,15 1,15 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Momento de inércia (J) kg.m2 0,0680 0,3200 0,3330 0,4000 0,4800 0,6100 1,2200 1,2700
Tempo com rotor bloqueado (s)
6,5 11 8,5 12 10 7,0 8,0 25
a quente
Peso aproximado (kg) 134 232 249 347 385 475 645 676
Tabela 41c – Tabela de características típicas de motores 3600rpm – 60 HZ.

CV 200 250 300 350 400 450


Potência 150 185 220 260 300 330
kW
Carapaça ABNT 315S/M 315S/M 355M/L 355M/L 355M/L 355M/L
RPM 3570 3570 3565 3570 3570 3570
Corrente nominal em 220 VA 480 580 730 800 930 1040
Corrente com rotor bloqueado
6,6 7,0 6,0 6,6 6,6 6,8
(Ip/In)
Conjugado nominal (Cn) kgf.m 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0

Elementos de Máquinas 106


SENAI/SC Florianópolis 2003
Conjugado com rotor bloqueado
1,5 1,5 1,1 1,2 1,3 1,4
(CP/CN)
Conjugado máximo 2,1 2,4 2,0 2,1 2,4 2,5
% da 50 82 88 82 90 90 91
Rendimento
Potência 75 87 90 86 91 91 92
(η%) Nominal 100 89 91 89 92 92 92
Fator de % da 50 0,90 0,89 0,88 0,89 0,89 0,90
Potência Potência 75 0,91 0,91 0,89 0,90 0,90 0,91
(cós ϕ) Nominal 100 0,91 0,91 0,89 0,91 0,91 0,91
Fator de Serviço (FS) 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Momento de inércia (J) kg.m2 1,4900 2,0000 3,1400 3,6200 3,9800 4,5900
Tempo com rotor bloqueado (s) a
27 25 35 34 35 30
quente
Peso aproximado (kg) 807 1076 1126 1300 1380 1510
Tabela 41d – Tabela de características típicas de motores 3600rpm – 60 HZ.

CV 0,16 0,25 0,33 0,50 0,75 1,00 1,50 2,00 3,00


Potência 0,12 0,18 0,25 0,37 0,55 0,75 1,10 1,50 2,20
kW
Carapaça ABNT 63 63 63 71 71 80 80 90S 90L
RPM 1730 1720 1720 1710 1720 1730 1690 1720 1710
Corrente nominal em 220 VA 0,90 1,30 1,60 2,10 3,00 3,80 5,00 6,50 9,00
Corrente com rotor bloqueado
4,8 4,5 5,2 4,6 6,0 5,5 5,1 6,3 6,8
(Ip/In)
Conjugado nominal (Cn) kgf.m 0,06 0,10 0,14 0,20 0,30 0,40 0,60 0,84 1,20
Conjugado com rotor bloqueado
3,5 3,2 3,5 3,0 2,9 2,7 2,4 3,0 3,1
(CP/CN)
Conjugado máximo 3,4 3,2 3,4 3,0 3,5 3,0 2,4 3,0 3,2
% da 50 42 46 57 54 57 58 67 67 74
Rendimento
Potência 75 51 53 64 63 64 66 69 71 76
(η%) Nominal 100 57 56 66 68 68 68 70 72 77
Fator de % da 50 0,41 0,52 0,51 0,52 0,52 0,51 0,61 0,63 0,61
Potência Potência 75 0,50 0,60 0,58 0,60 0,62 0,63 0,74 0,75 0,73
(cos ϕ) Nominal 100 0,62 0,66 0,60 0,67 0,71 0,75 0,83 0,83 0,84
Fator de Serviço (FS) 1,35 1,35 1,35 1,25 1,25 1,15 1,15 1,15 1,15
Momento de inércia (J) kg.m2 0,0004 0,0005 0,0006 0,0008 0,0013 0,0015 0,0016 0,0057 0,0080
Tempo com rotor bloqueado (s)
9,0 8,5 8,0 12 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0
a quente
Peso aproximado (kg) 6,0 6,5 7,0 11 12 14 15 20 26
Tabela 42a – Tabela de características típicas de motores 1800rpm – 60 HZ.

CV 4,00 5,00 6,00 7,50 10,0 12,5 15,0 20,0


Potência 3,00 3,70 4,40 5,50 7,50 9,20 11,0 15,0
kW
Carapaça ABNT 100L 100L 112M 112M 132S 132M 132M 160M
RPM 1730 1710 1730 1720 1730 1740 1740 1750
Corrente nominal em 220 VA 12,0 15,0 17,0 21,0 28,0 34,0 42,0 50,0
Corrente com rotor bloqueado
7,4 7,1 8,2 8,2 8,3 7,8 7,2 8,2
(Ip/In)
Conjugado nominal (Cn) kgf.m 1,70 2,00 2,50 3,00 4,10 5,10 6,00 8,00
Conjugado com rotor bloqueado
2,9 3,0 2,7 2,8 2,8 3,0 2,8 2,4
(CP/CN)
Conjugado máximo 3,4 3,0 3,0 3,3 2,8 3,2 2,5 3,1
% da 50 72 70 77 77 73 80 80 81
Rendimento
Potência 75 77 74 80 80 78 83 83 85
(η%) Nominal 100 78 76 82 81 82 84 84 88
Fator de % da 50 0,71 0,74 0,69 0,67 0,78 0,74 0,67 0,70
Potência Potência 75 0,78 0,80 0,78 0,77 0,82 0,81 0,77 0,79
(cos ϕ) Nominal 100 0,83 0,85 0,83 0,85 0,84 0,84 0,82 0,88
Fator de Serviço (FS) 1,15 1,15 1,15 1,15 1,15 1,15 1,15 1,15
Momento de inércia (J) kg.m2 0,0084 0,0091 0,0177 0,0177 0,0328 0,0365 0,0433 0,0900
Tempo com rotor bloqueado (s) a
6,0 6,0 6,0 6,0 8,0 6,5 6,5 6,0
quente
Peso aproximado (kg) 32 35 46 47 63 74 82 116
Tabela 42b – Tabela de características típicas de motores 1800rpm – 60 HZ.

Elementos de Máquinas 107


SENAI/SC Florianópolis 2003
CV 30,0 40,0 50,0 60,0 75,0 100 125 150
Potência 22,0 30,0 37,0 45,0 55,0 75 90 110
kW
Carapaça ABNT 180M 200M 200L 225S/M 225S/M 250M/M 280S/M 280S/M
RPM 1760 1770 1770 1775 1775 1780 1780 1785
Corrente nominal em 220 VA 75,0 98,0 120 145 180 250 305 360
Corrente com rotor bloqueado
7,2 8,2 8,3 7,3 7,4 8,5 6,8 8,0
(Ip/In)
Conjugado nominal (Cn) kgf.m 12,0 16,0 20,0 24,0 30,0 40,0 50,0 60,0
Conjugado com rotor bloqueado
2,5 2,2 2,8 2,5 2,4 3,0 2,2 2,3
(CP/CN)
Conjugado máximo 2,2 2,6 2,9 2,8 3,0 2,5 2,5 2,6
% da 50 79 80 85 83 85 88 88 88
Rendimento
Potência 75 85 88 89 89 88 90 90 90
(η%) Nominal 100 87 90 90 91 89 91 91 91
Fator de % da 50 0,82 0,80 0,81 0,81 0,85 0,72 0,83 0,84
Potência Potência 75 0,87 0,86 0,87 0,86 0,88 0,81 0,86 0,87
(cos ϕ) Nominal 100 0,89 0,88 0,89 0,88 0,90 0,85 0,87 0,88
Fator de Serviço (FS) 1,15 1,15 1,15 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Momento de inércia (J) kg.m2 0,2630 0,4050 0,4440 0,7900 0,9000 1,0600 2,1000 2,5100
Tempo com rotor bloqueado (s)
8,5 8,5 8,5 8,0 8,0 6,0 12 11
a quente
Peso aproximado (kg) 174 235 260 344 378 440 638 724
Tabela 42c – Tabela de características típicas de motores 1800rpm – 60 HZ.

CV 200 250 300 350 400 450 500


Potência 150 185 220 260 300 330 370
kW
Carapaça ABNT 315S/M 315S/M 355M/L 355M/L 355M/L 355M/L 355M/L
RPM 1780 1785 1790 1790 1790 1790 1785
Corrente nominal em 220 VA 480 610 725 860 980 1050 1220
Corrente com rotor bloqueado
7,2 7,4 7,1 7,4 7,4 7,4 6,6
(Ip/In)
Conjugado nominal (Cn) kgf.m 80,0 100 120 140 160 180 200
Conjugado com rotor bloqueado
2,3 2,2 2,3 2,4 2,0 2,0 2,2
(CP/CN)
Conjugado máximo 2,4 2,1 2,7 2,8 2,2 2,1 2,4
% da 50 87 89 89 89 88 89 88
Rendimento
Potência 75 90 91 90 91 90 91 90
(η%) Nominal 100 92 92 91 92 91 92 91
Fator de % da 50 0,82 0,76 0,81 0,80 0,81 0,82 0,82
Potência Potência 75 0,86 0,83 0,86 0,85 0,86 0,88 0,87
(cos ϕ) Nominal 100 0,88 0,86 0,88 0,88 0,89 0,90 0,89
Fator de Serviço (FS) 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Momento de inércia (J) kg.m2 2,9300 3,6900 6,6600 7,3600 7,9200 8,8000 9,5000
Tempo com rotor bloqueado (s) a
15 13 24 26 24 18 24
quente
Peso aproximado (kg) 867 1003 1351 1490 1600 1715 1800
Tabela 42d – Tabela de características típicas de motores 1800rpm – 60 HZ.

Diâmetro Escalonamento Tolerância


Tipo D (pol) (pol) (pol)
Árvores de 15/16 a 2 7/16 1/4 -
2 7/16 a 5 15/16 1/2 -
transmissão 6 1/2 a 8,0 1/2 -
1/2 a 1,0 1/16 - 0,002
1 1/16 a 2,0 1/16 - 0,003
Árvores de 2 1/16 a 2 1/2 1/16 - 0,004
Máquinas 2 5/8 a 4,0 1/8 - 0,004
4 1/4 a 6,0 1/4 - 0,005
6 1/4 a 8,0 1/4 - 0,006
Tabela 43 – Diâmetros Padronizados para Árvores e Eixos (em polegadas)

Elementos de Máquinas 108


SENAI/SC Florianópolis 2003
Padronização

Uma vez calculado o diâmetro da árvore ou do eixo, deve-se sempre


padronizar. Somente em casos especiais trabalhar-se-á com diâmetros não
padronizados. Damos a seguir tabelas de padronização.

Diâmetro Tolerância Área Diâmetro Tolerância Área


D(mm) mm mm2 D(mm) mm mm2
5 - 0,030 19,63 (60) - 0,074 2827
6 - 0,030 28,27 63 - 0,074 3.17
7 - 0,036 38,48 (65) - 0,074 3318
8 - 0,036 50,27 70 - 0,074 3848
9 - 0,036 63,62 (75) - 0,074 4418
10 - 0,036 78,54 80 - 0,074 5027
11 - 0,043 95,03 90 - 0,087 6362
12 - 0,043 113,1 100 - 0,087 7854
(13) - 0,043 132,7 (110) - 0,087 9503
14 - 0,043 153,9 (120) - 0,087 11310
(15) - 0,043 176,7 125 - 0,100 12270
16 - 0,043 201,1 140 - 0,100 15390
18 - 0,043 254,5 (150) - 0,100 17670
20 - 0,052 314,2 160 - 0,100 20110
22 - 0,052 380,1 180 - 0,100 25450
25 - 0,052 490,9 200 - 0,115 31420
28 - 0,052 615,8
(30) - 0,052 706,9 Notas:
(35) - 0,062 962,1
36 - 0,062 1018 1) Os valores indicados entre parênteses devem
(38) - 0,062 1134 ser evitados.
40 - 0,062 1257 2) A tolerância é indicada para acabamento e
45 - 0,062 1590 retificação. Poderá ser modificada em função
50 - 0,062 1963 da usinagem.
56 - 0,074 2463 3)O projetista deverá sempre consultar os
fornecedores sobre os diâmetros normalmente
existentes.

Tabela 44 – Diâmetros padronizados para Arvores e Eixos (em mm)

Classificação Tensões de Tração Dureza


Máxima Escoamento Brinell
Observações
SAE AISI (σr) (σe) 10H3000
kg/mm2 kg/mm2 HB
1010 C – 1010 38 22 110 Laminado a quente
1020 C – 1020 54 34 Estirado a frio
1020 C – 1020 40 29,5 111 Laminado
1030 C – 1030 56 36 180 Laminado
1035 C – 1035 59 38 190 Recozido
1040 C – 1040 63 42 180 Recozido
1040 C – 1040 77 56 241 Temperado e Revenido a 430ºC
1045 C – 1045 67 41 215 Laminado
1050 C – 1050 67 36 190 Recozido
1095 C – 1095 99 56 285 Normalizado
1095 C – 1095 84 42 240 Recozido
2340 C – 2340 96 84 285 Temperado e Revenido a 540ºC
2340 C – 2340 66 39 190 Recozido
3150 C – 3150 105 90 300 Temperado e Revenido a 550ºC
Tabela 45 – Características Mecânicas dos Aços

Elementos de Máquinas 109


SENAI/SC Florianópolis 2003
Materiais Para Molas

Diâmetro do Fio da Corda de Piano ASTM-A-228 (SAE 1095)


Serviço Mola Fechada
(mm) Pesado (kgf/mm2) Médio (kgf/mm2) Leve (kgf/mm2) (kgf/mm2)
de ≤ 1,00 70,0 90,0 105,0 115,0
1,00 < até ≤ 2,00 60,0 80,0 90,0 100,0
2,00 < até ≤ 3,00 54,0 74,0 85,0 92,0
3,00 < até ≤ 4,00 51,0 70,0 80,0 86,0
4,00 < até ≤ 6,00 - - - -
6,00 < até ≤ 7,50 - - - -
7,50 < até ≤ 10,00 - - - -
Tabela 46a.

Diâmetro do Fio da ASTM-A-229 (SAE 1065)


Serviço Mola Fechada
(mm) Pesado (kgf/mm2) Médio (kgf/mm2) Leve (kgf/mm2) (kgf/mm2)
de ≤ 1,00 58,0 77,0 87,5 87,5
1,00 < até ≤ 2,00 50,0 67,0 74,0 82,0
2,00 < até ≤ 3,00 45,0 60,0 68,0 76,0
3,00 < até ≤ 4,00 42,0 56,0 64,0 71,0
4,00 < até ≤ 6,00 39,0 52,0 57,0 64,0
6,00 < até ≤ 7,50 36,0 50,0 56,0 63,0
7,50 < até ≤ 10,00 36,0 49,0 55,0 61,0
Tabela 46b.

Diâmetro do Fio da Aço Cromovanádio ASTM-A-231 (SAE 6150)


Serviço Mola Fechada
(mm) Pesado (kgf/mm2) Médio (kgf/mm2) Leve (kgf/mm2) (kgf/mm2)
de ≤ 1,00 63,0 84,0 95,0 105,0
1,00 < até ≤ 2,00 56,0 74,0 84,0 91,0
2,00 < até ≤ 3,00 50,0 67,0 76,0 85,0
3,00 < até ≤ 4,00 48,0 63,0 73,0 80,0
4,00 < até ≤ 6,00 43,0 60,0 67,0 74,0
6,00 < até ≤ 7,50 42,0 57,0 64,0 71,0
7,50 < até ≤ 10,00 39,0 56,0 63,0 70,0
Tabela 46c.

Módulo de Resistência Raios de


Seção Momento de ⎛ I⎞ Área Giração
à Flexão ⎜ z = ⎟
ou Inércia
⎝ c⎠ ⎛ I ⎞
Perfil (I) (A) ⎜k = ⎟
⎜ A ⎟⎠

πd 4 πd 3 πd 2 d
64 32 4 4

π (D 4 − d 4 ) π (D 4 − d 4 ) π (D 2 − d 2 ) D2 + d 2
64 32 D 4 4

l4 l3 l2 l 3
12 6 6

Elementos de Máquinas 110


SENAI/SC Florianópolis 2003
a4 − b4 a4 − b4 a2 − b2 1 a2 + b2
12 6α 2 3

bh 3 bh 2 bh h 3
12 6 6

bd 3 − ac 3 bd 3 − ac 3 bd − ac bd 3 − ac 3
12 6d 12(bd − ac )

πab 3 πab 2 Kx =
b
Iz = Zz =
4 4 2
πba 2
πab a
πba 3 Zv = Ky =
Iv = 2
4 4

BH 3 − 2bh 3 BH 3 − 2bh3 BH − 2bh 1 ⎡ BH 3 − 2bh 3 ⎤


⎢ ⎥
12 6H 12 ⎣ BH − 2bh ⎦

1 ⎡ BH 3 − bh 3 ⎤
BH 3 − bh 3 BH 3 − bh 3 BH − bh ⎢
12 ⎣ BH − bh ⎦

12 6H

1
[ (
By 3 − (B − e ) y − s 3 )] By 3 − (B − e )( y − s ) + e(H − y )
3 3
Bs + (H − s )e I
3 3(H − y )
[+ e(H − y ) ] 3 A

Tabela 47 – Característica das Seções

Elementos de Máquinas 111


SENAI/SC Florianópolis 2003
Carregamento, Apoios, Tensão em um Ponto Tensão em Pontos Críticos Deflexão em um Ponto Deflexão em Pontos
Reações Qualquer Qualquer Críticos

1) Viga bi-apoiada No comprimento a: No ponto de aplicação da No comprimento a: No ponto de aplicação da


Carga Concentrada carga: (x ≤ a) carga:
Fbx (x ≤ a)
σ=
Zl Fbx (l2 – x2 – b2) Fa 2b 2
y= y=
6 EIl 3EIl
No comprimento b:
Sendo a < b, o ponto de
Fav (v ≤ b) deflexão máxima é:
σ= Fab No comprimento b:
Zl σ=
Zl (v ≤ b) 1 2a
v=b +
Nota: Para o caso particular 3 3b
Fav (l2 – v2 – a2)
de carga no centro, fazer nas y=
6 EIl e vale:
fórmulas:

a=b e l = 2a = 2b Fav 2
Ymáx =
3EIl

2) Viga bi-apoiada No comprimento a: Nos pontos de aplicação da No segmento a: Nos pontos de aplicação das
Duas cargas concentradas (x ≤ a) carga e em qualquer ponto (x ≤ a) cargas:
simétricas entre elas:
Fx Fx [3a(l-a) – x2] Fa 2 (3l – 4a)
σ= y= y=
Z 6 EI 6 EI

Fa Entre as cargas:
Entre as cargas: σ= Deflexão máxima: no centro
[a ≤ v ≤ (l – a)] Z
Fa [3v(l-v) – a2] Fa
y= Ymáx =
Fa 6 EI 24 EI
σ=
Z

Tabela 48 – Tensões e Deflexões nas Vigas

Elementos de Máquinas 112


SENAI/SC Florianópolis 2003
Referência Bibliográfica

ANTUNES, Izildo; FREIRE, Marcos. Elementos de Máquinas. São Paulo:


Érica, 1997.

ALBUQUERQUE; Olavo A.L. Pires. Elementos de Máquinas. Rio de Janeiro:


Guanabara, 1980.

MELCONIAN, Sarkis. Elementos de Máquinas. São Paulo: Érica,1990.

HALL, Allen Strickland. Elementos Orgânicos de Máquinas. São Paulo: Mc


Graw-Hill do Brasil, 1977.

CARVALHO, J.R. de; MORAES, Paulo. Órgãos de Máquinas:


Dimensionamento. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1970.

SHIGLEY, Josepf Edward. Elementos de Máquinas. Rio de Janeiro: LTC, 197

Elementos de Máquinas 113


SENAI/SC Florianópolis 2003

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