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Princípios de Administração Científica

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por : Facilitador
Autor : Frederick Winslow Taylor
Publicado em: setembro 22, 2007
O livro Princípios de Administração Científica, de Frederick Winslow Taylor, propõe a
idéia de se encarar a Administração como uma ciência. Através de exemplos práticos, o
autor tenta provar que os princípios que regem sua doutrina se aplicam absolutamente à
Administração de qualquer instituição pertencente à sociedade em geral: desde a mais
simples, como dos lares; até a mais complexa, como a dos órgãos públicos e a de
empresas privadas com grande porte. O autor baseia sua doutrina em quatro elementos
fundamentais: a criação de uma ciência, pela direção, para a totalidade das atividades a
serem desenvolvidas no empreendimento; a seleção científica dos trabalhadores,
baseada em estudos criteriosos para identificar o perfil desejado; a cooperação entre os
líderes e os subordinados, com o fim de homogeneizar os interesses de ambos e a
divisão eqüitativa do trabalho, sendo atribuída a cada um a tarefa de maior
complexidade, de acordo com suas aptidões naturais (à direção é atribuído o
planejamento e o controle das tarefas realizáveis pelos trabalhadores, que por sua vez,
têm o dever de oferecer o melhor desempenho possível no cumprimento das mesmas).
Na criação da ciência para ser aplicada a determinada atividade, estudam-se todos os
movimentos mecânicos realizados pelo operário na execução das tarefas e eliminam-se
os caracterizados desnecessários, avalia-se a relação do tempo do movimento com a
capacidade humana de suportá-los, são testados os diversos tipos de utensílios usados na
tarefa e escolhidos os mais adequados e são definidas as características demandadas do
trabalhador (percepção, agilidade de reação, eficácia ao realizar determinado
movimento, etc). Taylor também se atém à questão da vadiagem no trabalho, dizendo
ser sua principal causa a ignorância da direção, referente ao tempo necessário para a
realização do trabalho; em segundo plano, afirma ser a idéia errônea dos trabalhadores e
afins (sindicatos) de que o fato de aumentar a produção ocasiona desemprego. Segundo
ele, com os métodos de administração utilizados até o surgimento de sua ciência, era
inevitável a contrariedade entre empregado e empregador; visto que os operários eram
deixados à deriva de suas inspirações, podendo escolher a forma com a qual lhes
aprouvesse trabalhar e que o sistema de pagamento usual dava margem a sérios
conflitos. O pagamento era feito por peça produzida, independentemente de realizações
individuais, fato que possibilitava uns trabalharem bem menos do que outros e obterem
os mesmos rendimentos. Também era normal os mais produtivos serem coagidos pelos
colegas a não produzir tanto, pois a direção poderia perceber que a efetividade ideal não
estava sendo alcançada. É conveniente considerar ainda o fato de que, na utilização dos
métodos empíricos de administração (os quais eram passados de geração por geração),
tanto se desperdiçava força produtiva decorrente de movimentos desnecessários do
empregado, quanto do ócio do empregador. A utilização dos princípios de
administração científica possibilitou considerável aumento de produção
e, conseqüentemente, a satisfação dos diretores (tinham maior lucro), dos trabalhadores
(eram remunerados de forma equânime) e até dos consumidores (com a redução do
preço de mercado dos produtos). Apesar de ter previsto tais melhorias na condição de
vida da sociedade, Taylor foi infeliz em generalizar tão explicitamente a aplicação de
sua ciência, pois é possível prever os movimentos humanos quando são absolutamente
mecânicos, mas quando se trata das variáveis psicológica e social, a prática mostra que
os movimentos do homem não são totalmente previsíveis. Essa omissão de Taylor foi o
fundamento da escola de relações humanas, a qual dá sequência à ciência da
administração.

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