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SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

DE MINAS GERAIS

Grupo do TELEGRAM SEF-MG | DISCURSIVAS


https://t.me/discursivaSEFMG

AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL

AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO
Prova - Discursiva


SUA PROVA INFORMAÇÕES GERAIS

 2ª Etapa - Prova Escrita Discursiva – Prova III será  Verifique se seu caderno de questões está completo,
aplicada ao candidato na sem repetição de questões ou falhas. Caso contrário,
notifique imediatamente o fiscal da sala, para que
 respectiva Área de Conhecimento escolhida no ato
sejam tomadas as devidas providências.
da inscrição, atendido o
 critério de classificação do subitem 8.5.9. Será  Confira seus dados pessoais, especialmente nome,
composta por 4 (quatro) número de inscrição e documento de identidade, e leia
 questões, a serem respondidas em até 30 (trinta) atentamente as instruções para preencher o cartão de
linhas cada. respostas.
 Use somente caneta esferográfica, fabricada em
material transparente, com tinta preta ou azul.
 Assine seu nome apenas no(s) espaço(s)
reservado(s).

 Confira seu cargo, cor e tipo do caderno de questões.
TEMPO
Caso tenha recebido caderno de cargo, cor ou tipo
diferente do impresso em seu cartão de respostas, o
 Você dispõe de 4 (quatro) horas e 30 (trinta) fiscal deve ser obrigatoriamente informado para o
minutos para a realização da prova, já incluído o devido registro na ata da sala.
tempo para a entrega do texto definitivo;
 Reserve tempo suficiente para o preenchimento do seu
cartão de respostas. O preenchimento desses
NÃO SERÁ PERMITIDO documentos é de sua responsabilidade e não será
permitida em caso de erro do candidato.

 Qualquer tipo de comunicação entre os  Para fins de avaliação, serão levadas em consideração
candidatos durante a aplicação da prova; apenas as marcações realizadas no cartão de
respostas.
 Anotar informações relativas às respostas em
qualquer outro meio que não seja o caderno de  A FGV coletará as impressões digitais dos candidatos
questões; na lista de presença.

 Levantar da cadeira sem autorização do fiscal de  Os candidatos serão submetidos ao sistema de


sala; detecção de metais quando do ingresso e da saída de
sanitários durante a realização das provas.
 Usar o sanitário ao término da prova, após deixar
Boa sorte!
a sala.
SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DE MINAS GERAIS FGV CONHECIMENTO

Questão Discursiva
O Estado Alfa, no ano de 2022, pretende conceder uma isenção temporária de ICMS com duração de 1 ano em
favor de setor econômico, que foi fortemente afetado pelo isolamento social decorrente da pandemia da
Covid-19. Por isso, o Secretário de Fazenda do Estado Alfa levou a questão ao Conselho Nacional de Política
Fazendária (CONFAZ), para que fosse deliberada pelos demais Estados e Distrito Federal a autorização para tal
concessão de isenção. O CONFAZ, em deliberação unânime, autorizou mediante convênio tal concessão.

Em razão disto, o Governador do Estado Alfa publicou Decreto concedendo tal isenção com efeitos imediatos.

Diante desse cenário, responda aos itens a seguir.

A) Discorra sobre a guerra fiscal, abordando a linha do tempo da publicação da LC 24/75, da CF/88 e da LC
160/2017
B) Tal concessão de uma isenção de ICMS, após autorização pelo CONFAZ, com efeitos imediatos, viola o
princípio da anterioridade tributária?
C) Tal concessão de isenção de ICMS, após autorização pelo CONFAZ, por meio de Decreto do Governador,
viola o princípio da legalidade tributária?
D) Discorra sobre a existência de Convênios Autorizativos e Impositivos

Auditor Fiscal da Receita Estadual - Auditoria e Fiscalização Tipo Branca – Página 3


SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DE MINAS GERAIS FGV CONHECIMENTO
Rascunho - QUESTÃO DISCURSIVA

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Auditor Fiscal da Receita Estadual - Auditoria e Fiscalização Tipo Branca – Página 4


SEF-MG 2023 | ESPELHO
Auditor Fiscal da Receita Estadual
Questão 01
ITENS AVALIADOS
O fenômeno da “Guerra Fiscal” trata-se, em termos econômicos, da disputa fiscal no contexto federativo, ou
seja, refere-se à intensificação de práticas concorrenciais extremas e não-cooperativas entre os entes da
Federação, no que diz respeito à concessão de isenção e outros benefícios fiscais do ICMS, concedidos à revelia
do CONFAZ. Nesse sentido, foi publicada a Lei 24/75 com a finalidade de disciplinar a concessão desses favores
fiscais, mediante decisão de um órgão colegiado composto por representantes de todos os estados e do
A governo federal. Importante salientar que a LC 24/75 foi recepcionada pela CF/88. Todavia, os estados
continuaram a conceder tais benefício de forma irregular. Mesmo por isso, foi puiblicada a LC 160/2017 para
deliberar sobre a remissão dos créditos tributários, constituídos ou não, decorrentes das isenções, dos
incentivos e dos benefícios fiscais ou financeiro-fiscais instituídos em desacordo com o disposto na alínea “g”
do inciso XII do § 2o do art. 155 da Constituição Federal e a reinstituição das respectivas isenções, incentivos e
benefícios fiscais ou financeiro-fiscais
Não. A concessão de isenção, como modalidade de exclusão do crédito tributário em que não há cobrança do
B tributo, não se submete ao princípio da anterioridade tributária, exigível apenas para quando se deseja cobrar
tributos, instituindo-os ou majorando-os, conforme Art. 150, inciso III, alíneas b e c, da CRFB/88
Sim. Embora presente a autorização para concessão desta isenção mediante convênio do CONFAZ, as
isenções somente podem ser concedidas efetivamente por meio de lei específica do ente instituidor do
C tributo, conforme o Art. 150, § 6º, da CRFB/88 ou Art. 176, caput, do CTN ou Art. 97, inciso VI, do CTN.

Não há que se falr em Convênios impositivos, mas sim autorizativos. Segundo o Supremo Tribunal Federal, não
obstante os termos da LC 24/1975, é necessário atentar para o fato de que o art. 150, § 6º, da CF/1988 exige
lei para concessão de benefícios fiscais “sem prejuízo” do disposto no art. 155, § 2º, XII, g, também da Magna
D Carta. Como a norma determina o cumprimento de um requisito sem prejuízo de outro, ambos têm que ser
necessariamente observados, de forma que a aprovação do benefício por meio do rito analisado neste tópico
não dispensa a ratificação da concessão pelo Parlamento do ente político. Nesse sentido não há que se falar

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