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Fique tranquilo, pois todos esses temas serão desenvolvidos ao longo desta
aula.
Ao final é esperado que você seja capaz de:
Recapitulando
Nesta aula você aprendeu sobre o contexto histórico e os aspectos legais
sobre o PICC. No contexto histórico foi apresentada uma linha de tempo sobre
o PICC, iniciando em 1929, o PICC foi descrito pela primeira vez na literatura
como uma alternativa de acesso venoso central de inserção periférica por um
médico alemão recém-formado chamado Werner Theodor Otto Forssmann.
Werner serviu ao exército alemão, chegando ao posto de Major Cirurgião. Foi
preso e só foi libertado em 1945. Enquanto estava preso, seus escritos sobre a
cateterização cardíaca foram estudados nos Estados Unidos por André
Counand e Dickinson Richards.
Em 1956, na companhia do francês André Counand (1895-1988) e do norte-
americano Dickinson W. Richards (1895-1973), recebeu o prêmio Nobel de
Fisiologia e Medicina.
A partir de 1958, passou a chefe da divisão cirúrgica do Hospital Evangélico de
Düsseldorf.
Em 1962, tornou-se membro do conselho executivo da Sociedade Cirúrgica
Germânica. Também foi membro do American College of Chest Physicians,
membro honorário da Sociedade Sueca de Cardiologia, da Sociedade
Germânica de Urologia e da Associação Germânica do Bem-Estar da Criança.
Os aspectos legais sobre o PICC temos a Lei nº 7.498, de 25 de junho de
1986, cabe ao enfermeiro os cuidados de enfermagem de maior complexidade
técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar
decisões imediatas.
RDC 45, da ANVISA, de 12 de março de 2003, dispõe sobre a
Regulamentação Técnica de Boas Práticas de Utilização das Soluções
Parenterais (SP) em Serviços de Saúde, afirmando que é de responsabilidade
do enfermeiro estabelecer o acesso venoso periférico, incluindo o PICC.
Resolução do COFEN 258/2001, diz que é lícito ao enfermeiro a inserção do
cateter periférico central e para o desempenho de tal atividade, tendo que ser
submetido a qualificação e ou capacitação profissional.
O Parecer do COREN-SP 043/2013, que fala sobre a passagem, cuidados e
manutenção da PICC e cateterismo umbilical, e conclui que a passagem e a
retirada do PICC, inclusive o guiado por ultrassom, é um procedimento que não
constitui ato médico, assim como a prática da anestesia local pelo enfermeiro
para inserção do PICC.
O COREN-SP, no parecer 006 de 2009, dispõe que durante a punção venosa
periférica para a inserção do PICC, a mesma deve ocorrer por enfermeiro
habilitado, auxiliado por outro enfermeiro.
O Parecer nº 15/2014/COFEN/CTLN conclui que, mediante a existência do
Protocolo Institucional, capacidade profissional e prescrição médica, o
enfermeiro habilitado à inserção do PICC poderá realizar o procedimento de
anestesia local, assim como a utilização do ultrassom para avaliação da rede
venosa na inserção do PICC segundo o parecer COREN - SP 003/2009.
Introdução
Nesta aula, você conhecerá mais sobre a anestesia local, sedação e soluções
não farmacológicas em PICC.
Para isso, deverá refletir sobre:
Todos esses temas serão desenvolvidos ao longo desta aula e ao final, você
será capaz de:
Anestesia e sedação
Anestesia local
Grupamento Amida:
Lidocaína
Prilocaína
Ropivacaína
Bupivacaína
Mepivacaína
Grupamento Éster
O anestésico local também pode vir sob a forma de pomadas, cremes ou gel,
para aplicações superficiais na pele, que são os derivados de éster.
É importante destacar que o anestésico local atinge seu local de ação em
concentração suficiente para produzir a perda da sensibilidade dolorosa, mas
isso nem sempre ocorre, como em regiões inflamadas e infeccionadas, por
exemplo, em virtude, sobretudo, de alterações do pH dos tecidos, que é mais
ácido.
A anestesia local é geralmente realizada em combinação com anestesia geral
em crianças. Há uma série de vantagens nessa prática porque a profundidade
anestésica pode ser reduzida pela anestesia local, reduzindo potencialmente
as complicações de ambas as formas de anestesia.
Os efeitos tóxicos da lidocaína são raros e quando ocorrem é por injeção
intravascular inadvertida ou sobredose, portanto devemos calcular a dose
máxima do anestésico que será utilizado no procedimento, principalmente em
clientes neonatos e pediátricos, cujo peso varia. “Na população neonatal, a
pele e a mucosa são atenuadas e resultam em maior e mais rápida absorção
dos anestésicos. Essa é uma preocupação ainda maior em bebês prematuros
devido à diminuição da ligação às proteínas plasmáticas, as concentrações de
anestésicos locais livres são maiores no sangue.” “Quaisquer sintomas de
início agudo de inquietação, ansiedade, zumbido, tontura, visão turva,
tremores, depressão ou sonolência podem ser sinais de alerta precoce de
toxicidade do sistema nervoso central.”
Segundo a Infusion Nurses Society é recomendado o uso de agentes
anestésicos locais para reduzir a dor em todos os adultos e populações
pediátricas, por isso na inserção do PICC é realizado o botão anestésico na
pele antes de realizar a punção venosa e/ou a dilatação do vaso, uma vez que
as veias utilizadas para a inserção do dispositivo são mais profundas,
consequentemente melhoramos a experiência do cliente durante o
procedimento.
IMAGEM DE PELE
Contraindicações da lidocaína
Imagem 4 - Contraindicações
A lidocaína é contraindicada em pacientes com conhecida hipersensibilidade a
anestésicos locais do tipo amida ou a qualquer um dos componentes de sua
fórmula.
Os anestésicos locais associados a vasoconstritores tem por objetivo diminuir a
passagem de anestésico local, que foi injetado no subcutâneo, para o vaso
sanguíneo, consequentemente o efeito anestésico é prolongado,³ por isso as
soluções contendo epinefrina ou outros vasoconstritores devem ser evitadas,
pois no procedimento de inserção de PICC não há necessidade de prolongar a
meia vida da lidocaína.
Sedação
Imagem 5 - Sedação
A sedação é uma técnica anestésica que diminui o nível de consciência de uma
pessoa para reduzir a ansiedade e melhorar o conforto em procedimentos
desagradáveis. Existem três graus de sedação, que são:
Sedação leve;
Sedação moderada;
Sedação profunda.
VERBETE
Saiba mais sobre cada procedimento que pode requer sedação.
Recapitulando
Nesta aula você aprendeu sobre o que é a anestesia local, origem, efeito,
eventos adversos, bem como o anestésico utilizado na inserção do PICC.
Dentre os anestésicos locais a lidocaína é contraindicada em pacientes com
conhecida hipersensibilidade a anestésicos locais do tipo amida ou a qualquer
um dos componentes de sua fórmula e a importância de realizar.
Conheceu que a sedação é uma técnica anestésica que diminui o nível de
consciência de uma pessoa para reduzir a ansiedade e agitação, promovendo
conforto em procedimentos desagradáveis.
Também foi apresentado como o uso de soluções não farmacológicas no alívio
da dor durante a inserção do PICC também é recomendado, como a sucção
não nutritiva com sacarose ou leite materno e técnicas de distração para
diminuir o medo durante o procedimento.
Introdução
Nesta aula, você conhecerá mais sobre os locais para a inserção de PICC e a
anatomia do local de inserção de PICC. Para isso, deverá refletir sobre:
Todos esses temas serão desenvolvidos ao longo desta aula e ao final, você
será capaz de:
Cateter Central
Conforme foi apresentado no primeiro módulo deste curso o PICC é
confeccionado em material macio e flexível, inserido através de uma veia
periférica e posicionado na veia cava superior ou inferior.
Possui de um a três lumens e pode ser valvulado (proximal ou distal) ou não
valvulado. É termosensível, radiopaco, de paredes lisas e homogêneas, e
confeccionado em silicone, poliuretano ou carbonato. É inserido por técnica
direta ou técnica de seldinger modificada (micropunção) e punção com
ultrassom.
A Infusion Nursing Society recomenda o uso de ultrassom para a melhor
visualização e avaliação da rede venosa, incluindo: complacência, tamanho,
profundidade, trajeto da veia e anomalias vasculares (oclusão, estenose,
presença de material hiperecogênico) e identificar as estruturas que devem ser
evitadas: artérias e nervos. O uso da tecnologia também contribui na
assertividade da punção venosa.
Os vasos
As artérias têm paredes elásticas e fortes, levam o sangue oxigenado do
coração ao restante dos órgãos e tecidos.
As veias têm a função de levar o sangue desoxigenado dos tecidos periféricos
de volta ao coração, são menos elásticas e fortes, não pulsam e têm válvulas
venosas que auxiliam no retorno do sangue venoso. Veias e artérias têm as
mesmas três camadas.
Veia basílica
A veia basílica é uma das principais veias do membro superior, frequentemente
visualizável através da pele. Forma-se no punho, sobe pelo antebraço e braço,
além de chegar à axila, onde termina a partir da fusão com outras veias, para
formar a veia axilar.
Sua formação ocorre na face medial da rede venosa dorsal (também chamada
de rede venosa dorsal da mão), um conjunto de veias superficiais localizadas
no dorso da mão. Essas veias confluem entre si para formar as principais veias
do antebraço: medialmente, dão origem à veia basílica; lateralmente, formam a
veia cefálica.
A princípio, trata-se de uma veia superficial, localizada em meio à tela
subcutânea, superficialmente à fáscia do antebraço. Ainda superficial, ascende
pela face medial do antebraço e a porção inferior do braço. Seu percurso
superficial se dá pela face póstero-medial do antebraço e pela face ântero-
medial do braço.
No entanto, ao atingir o limite entre as partes média e inferior do braço, perfura
a fáscia do braço. Assim, torna-se profunda e adentra o sulco bicipital medial,
no qual passa a acompanhar a artéria braquial e o nervo cutâneo medial do
antebraço rumo à axila. Ao atingi-la, sofre fusão com outras veias, para originar
a veia axilar.
Vários autores divergem quanto a quais são essas veias. Alguns apontam que
as veias braquiais se unem à veia basílica, para formar a veia axilar. Outros já
indicam que os vasos são denominados de veias acompanhantes da artéria
axilar o fazem. Por outro lado, um outro autor afirma que é o caso das veias
acompanhantes da artéria braquial. De qualquer forma, todos esses autores
são unânimes no fato de que a veia axilar se origina a partir da união entre um
vaso superficial (a veia basílica) e vasos profundos, independentemente de
quais forem estes.
O sangue drenado pela extremidade ulnar (medial) da rede venosa dorsal é
repassado para a veia basílica, a nível do punho.
Além disso, existe uma veia, proeminente, que estabelece comunicação entre
as veias basílica e cefálica. Essa veia recebe o nome de veia intermédia do
cotovelo e se encontra na fossa cubital, ou seja, antes de a veia basílica se
tornar profunda à fáscia do braço. Mais especificamente, a veia intermédia do
cotovelo apresenta trajeto oblíquo, de superior para inferior e medial para
lateral, na face anterior do cotovelo, na fossa cubital. Quando é necessário
puncionar uma veia, seja ela para realizar uma medicação, transfusão ou
coleta de sangue, a veia intermédia do cotovelo é a preferida.
Há, ainda, a veia intermedia do antebraço, muito variável, que pode tributar
para a veia basílica. Isso pode ocorrer de maneira integral ou parcial. Neste
último caso, a veia intermédia do antebraço se bifurca em duas porções: a veia
intermédia basílica, que sofre união com a veia basílica, e a veia intermédia
cefálica, a qual se une à veia cefálica.
Por fim, observam-se veias perfurantes, que comunicam veias superficiais,
como a veia basílica, a veias profundas do membro superior.
Veias do pescoço
Veia jugular
Ela é uma veia que faz transporte de sangue da região cranioencefálica para a
veia subclávia e veia cava superior, drenando até o coração.
Existem as veias jugulares externas e internas, duas de cada lado do pescoço,
sendo que as jugulares internas têm calibre maior do que as externas.
Veia jugular interna
Saber verificar o pulso da veia jugular interna é muito importante, uma vez que
suas pulsações podem fornecer informações sobre a atividade do coração,
como os registros do eletrocardiograma e da pressão do átrio direito.
As pulsações da veia são transmitidas pelos tecidos adjacentes e podem ser
observadas profundamente ao músculo esternocleidomastoideo, acima da
extremidade medial da clavícula.
Como não existem válvulas na veia braquiocefálica ou na veia cava superior, a
onda de contração se propaga desses vasos para a veia jugular interna. As
pulsações são especialmente visíveis quando a cabeça da pessoa está mais
baixa do que os pés. O pulso dela aumenta consideravelmente em condições
como a da doença da valva atrioventricular esquerda, em que a pressão na
circulação pulmonar e no lado direito do coração é elevada.
Veia jugular externa
A veia jugular externa se origina na região próxima ao ângulo da mandíbula,
através da união da divisão posterior da veia retromandibular com a veia
auricular posterior. Ela cruza o músculo esternocleidomastoideo em direção
oblíqua, profundamente ao platisma, e perfura a lâmina superficial da fáscia
cervical, na margem posterior do músculo esternocleidomastoideo. A veia irá
se direcionar para a parte inferior da região cervical lateral, desembocando na
veia subclávia.
CURIOSIDADE
A veia jugular externa atua como um barômetro (medidor de pressão)
interno. Na maioria das vezes, quando a pressão venosa está dentro da
faixa normal, apenas uma pequena parte da jugular externa é visível
acima da clavícula. Entretanto, quando a pressão venosa aumenta (no
caso de insuficiência cardíaca, por exemplo), a veia jugular externa se
torna proeminente em todo o seu trajeto ao longo da face lateral do
pescoço.
Dessa maneira, a observação rotineira à procura de distensão da veia
durante exames físicos pode fornecer sinais diagnósticos de insuficiência
cardíaca, obstrução da veia cava superior, aumento dos linfonodos
supraclaviculares ou aumento da pressão intratorácica.
Veias do Membro Inferior
No arco venoso dorsal e plantar do pé formam-se duas principais veias: veia
safena magna e a veia safena parva. A veia safena magna é utilizada para
revascularização do miocárdio (ponte de safena) e para acesso venoso, porque
é uma veia de fácil acesso, longa e tem poucas válvulas, tem várias veias
tributárias ao longo do seu trajeto. Ela passa anterior ao maléolo medial,
percorre a perna pela região medial, região medial do joelho, região medial da
coxa, na região inguinal perfura a fáscia lata e desemboca na veia femoral. A
veia safena parva sai do arco venoso do pé, passa na região posterior ao
maléolo lateral, sobe pela região posterior da perna, na região poplítea da
perna perfura a fáscia profunda e desemboca na veia poplítea.
As veias fibulares e tibiais anterior e posterior, são veias de profundidade e se
originam do arco venoso do pé, sobem pela perna e desembocam na veia
poplítea.
A veia poplítea tem uma trajetória ao lado da artéria poplítea e carrega sangue
da articulação do joelho e músculos, da coxa e da porção posterior da
panturrilha em direção ao coração. Quando ela cruza o hiato adutor se torna a
veia femoral. A veia femoral depois que cruza a linha inguinal se torna a veia
ilíaca externa que se junta com a veia ilíaca interna formando a veia ilíaca
comum que se junta com a veia ilíaca comum do outro lado formando a veia
cava inferior que desemboca no átrio direito.
As veias dos membros inferiores são valvuladas pois tem a função de impedir
que o sangue seja empurrado para baixo, a contração dos músculos da perna
assim como a própria pulsação das artérias próximas as veias ajudam a
drenagem do sangue para cima melhorando o retorno venoso.
Veia safena
A veia poplítea, após passar o hiato dos adutores, recebe o nome de veia
femoral.
CURIOSIDADE
Anastomose significa ligação entre artérias, veias e nervos os quais
estabelecem uma comunicação entre si. A ligação entre duas artérias
ocorre em ramos arteriais, nunca em troncos principais. Às vezes duas
artérias de pequeno calibre se anastomosam para formar um vaso mais
calibroso. Frequentemente a ligação se faz por longo percurso, por vasos
finos, assegurando uma circulação colateral.
O Polígono de Willis (melhor estudado em “Vascularização do SNC”) é um
exemplo de vasos que se anastomosam, formando um polígono. Esse
processo ocorre no cérebro para garantir uma demanda adequada de
oxigênio às células nervosas, ou seja, caso ocorra a obstrução de uma
artéria cerebral, a região irrigada pelo vaso lesado ainda receberá sangue
proveniente de outra artéria do polígono, preservando o tecido nervoso.
Recapitulando
Nesta aula você conheceu mais sobre os locais para inserção de PICC, bem
como a anatomia dos vasos e quais principais veias utilizadas para o
procedimento. Assim podemos destacar:
Introdução
Nesta aula, você conhecerá mais sobre as indicações, vantagens e restrições
para o uso da PICC, contraindicações absolutas e tipos de cateteres
encontrados. Para isso, deverá refletir sobre:
CURIOSIDADE
Cateter POWER PICC ou Pró PICC - são cateteres de alto fluxo e alta
pressão.
Vantagens da PICC
Imagem 2 - Vantagens
Redução da ansiedade e dor causadas por repetidas punções
periféricas;
Permite a administração de qualquer medicação da terapia infusional
(antimicrobianos, antivirais, Drogas Vasoativas (DVA) Nutrição
Parenteral, contraste e outras drogas);
Permanência com o dispositivo até o término do tratamento;
Baixo índice de infecção quando comparado aos outros cateteres
centrais;
Qualidade no tratamento;
O procedimento de inserção pode ser feito a beira leito;
Não restringe os movimentos;
Redução do tempo dos profissionais;
O cliente recebe a terapia proposta;
Redução de custo da inserção;
Menor número de eventos adversos relacionados a inserção e
manutenção.
Desospitalização do cliente;
Satisfação do cliente, da equipe de enfermagem e da equipe médica;
Traz receita à instituição.
CURIOSIDADE
A fluoroscopia é uma varredura diagnóstica usada para estudar o
movimento de estruturas do corpo. Para saber mais sobre
fluoroscopia clique aqui.
Imagem 3 - Restrições
Imagem 4 - Cateter
PICC
Fonte: Nurseirie,CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons
Alta biocompatibilidade,
flexível, suporta menor
pressão e baixo fluxo,
paredes do cateter
Material mais resistente, que apresenta boa flexibilidade (em comparação com
espessas, o que
silicone mais rígido maior risco de efeito memória), suporta alto fluxo e pressão,
ocasiona diâmetro interno
paredes mais finas permitindo um diâmetro interno maior e consequentemente
reduzido (lúmen
maior fluxo de infusão e aspiração, menor risco de ruptura.
reduzido) e por isso fluxo
gravitacional fica
comprometido, maior
risco de ruptura.
Característica
Resistência
Flexibilidade
Fluxo
Características do cateter
A tabela a seguir apresenta as principais características de cada tipo de
cateter.
Cateteres de ponta aberta não valvulados e cateteres valvulados
Podemos classificar os cateteres em ponta aberta valvulado ou não valvulado.
No cateter de ponta aberta não valvulado o que impede o retorno venoso para
a luz do lúmen do cateter é o clamp, depois de finalizada a infusão da
medicação, o cateter deve ser lavado com soro fisiológico a 0,9% em
turbilhonamento e no final da infusão realizar uma pressão positiva e fechar o
clamp, isto impedirá o retorno de sangue para o lúmen do cateter.
Já o cateter de ponta aberta valvulado possui uma válvula proximal, ou seja,
próximo ao hub do dispositivo que impossibilita o retorno venoso para a lúmen
do cateter, pois a válvula gera a pressão positiva quando o dispositivo não está
sendo mais usado, isto proporciona maior segurança ao paciente reduzindo os
riscos de embolia gasosa e o acúmulo de fibrina no seu interior e
consequentemente o risco de infecção pois sabemos que ela está intimamente
ligada a obstrução do dispositivo. O cateter com a válvula distal não é ponta
aberta porque a válvula está na ponta do cateter.
É possível diferenciar os cateteres valvulados dos não valvulados pela
presença ou não do clamp. Todo cateter valvulado não tem clamp e todo o
cateter não valvulado tem clamp.
Os cateteres valvulados e sem válvula devem ter o seu sistema fechado, após
a inserção, com os conectores que geram ou não pressão positiva ou negativa
CURIOSIDADE
Conheça algumas vantagens sobre o Conector valvulado:
IMPORTANTE
Se não salinizar o cateter poderá causar embolia gasosa no paciente.
Vamos imaginar que você irá passar um PICC agora. É necessário que você
realize os seguintes passos:
Recapitulando
Nesta aula você aprendeu que o PICC é um tipo de cateter de média a longa
duração (pode durar meses a anos), é realizado em pessoas que precisam
receber terapia infusional cuja medicação é incompatível com a infusão por
rede venosa periférica.
Conheceu algumas indicações e contra-indicações relativas e absolutas para
PICC, principalmente para pacientes sob cuidados intensivos, terapias
medicamentosas que excedam a quatro dias de duração, administração de
drogas incompatíveis, entre outros. Bem como foi apresentado as
características do dispositivo com relação ao material, fluxo e pressão, a
presença de válvulas ou não e número de lúmen, e a importância de
compartilhar as decisões com a equipe multiprofissional responsável para se
obter a melhor tomada de decisão.
Introdução
Nesta aula, você conhecerá sobre o sistema venoso, estrutura geral dos vasos
sanguíneos e os melhores vasos para PICC. Para isso, deverá refletir sobre:
Sistema venoso
Imagem 1 - Sistema venoso
No sistema venoso as veias levam de volta ao coração o sangue proveniente
de todos os órgãos do corpo. As grandes veias são paralelas às grandes
artérias e, geralmente, partilham o mesmo nome, porém, as veias do sistema
venoso são mais difíceis de identificar do que as das artérias. Várias veias
pequenas sem nomes formam redes irregulares e ligam-se às grandes veias.
Assim, muitas veias, sobretudo as dos braços e pernas, têm válvulas em um só
sentido. Cada uma dessas válvulas é composta por duas abas (cúspides ou
folhetos) com bordas que se unem. O sangue, movendo-se em direção ao
coração, empurra essas cúspides e as abre como portas giratórias de sentido
único. Se a gravidade ou contrações musculares tentarem puxar o sangue para
baixo ou se o sangue começar a se acumular em uma veia, as cúspides se
fecham ao serem empurradas, impedindo o fluxo retrógrado. Desse modo, as
válvulas contribuem para que o sangue volte ao coração, abrindo-se, quando o
sangue flui para o coração e fechando-se na possibilidade de fluxo retrógrado,
causado pela gravidade.
O corpo possui veias superficiais, localizadas na camada gordurosa
subcutânea e veias profundas, localizadas nos músculos e ao longo dos ossos.
As veias curtas, denominadas veias tributárias, ligam as veias superficiais às
veias profundas.
As veias profundas têm um grande papel na propulsão de sangue para o
coração. As válvulas de sentido único das veias profundas evitam que o
sangue retroceda, e os músculos que as rodeiam as comprimem, ajudando a
impulsionar o sangue para o coração. Os músculos fortes da panturrilha são
especialmente importantes, uma vez que, a cada passo, eles comprimem
energicamente as veias profundas. As veias profundas transportam, por volta
de 90% ou mais do sangue das pernas ao coração.
As veias superficiais possuem o mesmo tipo de válvulas que as veias
profundas, mas não estão rodeadas de músculos. Assim, o sangue nas veias
superficiais não é empurrado para o coração pela ação da pressão dos
músculos e flui mais lentamente do que o sangue nas veias profundas. Grande
parte do sangue que circula pelas veias superficiais é desviada para as veias
profundas através das numerosas veias comunicantes entre as veias
superficiais e as veias profundas. As válvulas das veias comunicantes
permitem que o sangue flua das veias superficiais para as veias profundas,
mas não em sentido contrário.
CURIOSIDADE
Quanto menor o calibre de um vaso, maior será a resistência que oferece
e inversamente, quanto mais calibroso é um vaso, menor a resistência
oferecida.
Recapitulando
Nesta aula você aprendeu que as veias levam de volta ao coração o sangue
proveniente de todos os órgãos do corpo. As veias profundas são paralelas às
grandes artérias e nervos, geralmente, partilham o mesmo nome, porém, as
veias do sistema venoso são mais difíceis de identificar do que as das artérias.
Várias veias pequenas chamadas tributárias, sem nomes específicos, formam
redes irregulares e ligam-se às grandes veias.
Bem como, conheceu mais sobre as especificidades de cada veia, conforme a
seguir:
De um modo geral, um vaso sanguíneo apresenta as seguintes
camadas constituintes: túnica íntima, média e adventícia.
Uma característica típica das veias é a presença de valvas ou válvulas,
que evitam o retorno de sangue.
A veia de primeira escolha para a passagem de PICC será sempre a
basílica, seja em criança, recém-nascido ou adulto.
As veias intermédias ligam a cefálica e a basílica na região da fossa
cubital que é preferencialmente utilizada para coleta de sangue, infusão
de medicações rápidas, contraste exames de imagem.
A veia axilar também é uma opção para a inserção do PICC em
neonatos e pediatria, porém ela é adjacente a uma artéria e nervo.
A veia jugular externa é uma opção para inserção de PICC,
preferencialmente em situações de urgência e emergência, é um local
de flexão, quente, com proliferação bacteriana e difícil fixação.
Introdução
Nesta aula, você conhecerá sobre o sistema venoso no recém-nascido, as
principais vantagens e desvantagens do PICC em neonatos, principais
indicações e contraindicações na inserção do cateter PICC em neonatos. Para
isso, deverá refletir sobre:
VERBETE
Recapitulando
Nesta aula, você aprendeu que as principais veias para acesso venoso do
recém-nascido incluem as veias das regiões cefálica, membros superiores,
membros inferiores e região cervical.
Também conheceu mais sobre quais as escolhas preferenciais do acesso
venoso, conforme a seguir:
Redução de custos;
Confiabilidade de acesso;
Inserção menos traumática à beira do leito pelo enfermeiro;
Sem necessidade de procedimento cirúrgico;
Redução do estresse, desconforto e dor do neonato, evitando repetitivas
punções venosas, além da conservação do sistema venoso periférico;
Menor risco de ocorrer flebite química, extravasamento e infiltração de
líquidos; entre outros.
Mensuração do PICC
Cateter PICC
Fonte: Nurseirie, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons
O cateter central de inserção periférica (PICC) é longo, cuja localização da
ponta deve ser na veia cava superior ou inferior e devido ao elevado fluxo
sanguíneo dessas veias, os dispositivos centrais ganham destaque na prática
clínica, pois permitem a administração rápida de grandes volumes de fluidos,
possibilidade de monitorização de pressão venosa central, além de segurança
na infusão de fármacos e soluções vesicantes e de alta osmolaridade.¹ Para
realizar uma mensuração adequada e assertiva, ou seja medir o tamanho que
o cateter será cortado desde o ponto de inserção até atingir a veia cava
superior ou inferior, é necessário primeiro escolher o local de inserção que
pode estar no membro superior, membro inferior, região cefálica ou cervical.
Se o membro escolhido for o membro superior devemos definir o local de
inserção através do Zone Insertion Method (ZIM). Em 2011 Robert B. Dawson
publicou um estudo estabelecendo e justificando o melhor local anatômico de
punção do PICC no membro superior. Em seu estudo, ele relata que as veias
basílica e braquial são as mais calibrosas e menos tortuosas que a cefálica,
facilitando a progressão do cateter.² Esse método auxilia na identificação da
Zona Ideal (ZIM) para inserção da agulha no braço do paciente com orientação
do ultrassom. Estabelece uma divisão do braço em 3 zonas de segurança para
punção: amarela, verde e vermelha. A zona vermelha, deve ser evitada para
inserção devido ao maior risco de trombose e sangramentos; o terço médio
corresponde à zona verde, sendo o local indicado para a punção com menores
riscos de complicação; e a terceira, a zona amarela, abrange o final da zona
verde até a linha axilar, onde a concentração de pelos e maior umidade gera
potencial risco para a ocorrência de infecção e que também deve ser evitada.
Uma vez que a veia foi escolhida através da zona zim, devemos medir o
tamanho do cateter com a fita métrica. Nas demais regiões de inserção do
corpo, ou seja, membros inferiores, cervical e cefálica, avaliar a rede venosa,
escolher a veia que será puncionada e demarcar o local de inserção, pois será
o ponto zero da mensuração.
Mensuração de membros
superiores
Técnica de mensuração do comprimento do cateter na pediatria e
neonatologia
Começar a medir pelo local de Começar a medir pelo local de Começar a medir
punção escolhido, seguida pela punção escolhido até a região punção, seguindo
região cervical lateral, até a inguinal e, desta, até a região cervical lateral, at
clavícula direita e, daí, até o 3º umbilical, terminando a medida na direita e, daí, até
espaço intercostal direito. região do apêndice xifóide. intercostal direito.
INS 2021
A mensuração da circunferência braquial deve ser realizada diariamente
sempre comparado com o membro contralateral e registrar no prontuário do
paciente o que foi evidenciado. O membro onde está inserido o PICC deve ser
preservado. Medidas acima de 2 cm, com relação a medida do dia da inserção,
associado a outros sintomas, devem ser comunicadas à equipe médica para
possível realização de exames de imagem e acompanhamento.
Técnica de mensuração do
comprimento do cateter em pediatria
Mensuração da PICC em
região cervical
Mensuração da PICC em
membros inferiores
Mensuração da PICC em
região cefálica
Recapitulando
Nesta aula, você aprendeu a importância da mensuração do cateter de PICC.
Conheceu quais os procedimentos e ações que devem ser realizados para
realizar a mensuração em membros superiores.
Destacamos a importância dos seguintes temas:
Introdução
Nesta aula, você conhecerá sobre os materiais necessários para a punção da
PICC e preparo do sítio de inserção. Para isso, deverá refletir sobre:
campo estéril;
gaze;
seringa de 20 ml ou 10 ml;
seringa de 5 ml;
agulha 40x12 (aspirar) e 4,0x1,3 (subcutânea);
lidocaína 1% ou 2% sem vasoconstritor;
ampola de soro fisiológico 0,9% de 10 ml ou de 20 ml;
Kit de pinças com tesoura, kelly e pinça estereis;
capa do ultrassom com o guia;
antisséptico a base de clorexidina 0,5% ou 2%;
conector microclave;
curativo;
cateter escolhido previamente;
Degermação e Paramentação
A paramentação e a degermação do enfermeiro exigem a realização de
procedimentos específicos executados em passos padronizados e com
observação rigorosa dos princípios científicos com atenção para a
biossegurança.
O objetivo principal da paramentação é a proteção dos clientes/pacientes
contra contaminação do sítio de inserção por microorganismos liberados pelo
ambiente, pessoas, materiais e equipamentos do local, também na proteção
dos profissionais contra exposição ao sangue e outros fluidos.
Degermação
A degermação das mãos e antebraços é de vital importância para manter a
menor contaminação possível do campo cirúrgico, é recomendada pela OMS e
guidelines internacionais para a prevenção de infecção de corrente sanguínea.
Se justifica porque a pele, normalmente, é habitada por duas populações
bacterianas, a microflora endógena (transitória e residente) que é constituída
por microrganismos capazes de sobreviverem e se multiplicarem na superfície
cutânea, ductos sebáceos e folículos pilosos, sendo, portanto, de difícil
remoção. A microflora endógena também conhecida como flora de
contaminação é constituída por microrganismos diversos e de virulência
variada.
A microflora transitória não é encontrada permanentemente na superfície da
pele podendo ser adquirida pelo contato com objetos, superfícies e entre
contato com pessoas no toque de mãos entre outros, ela está mais superficial e
frouxamente aderida à pele e, portanto, de fácil remoção com água e sabão.
A microflora residente por estar mais profunda e aderida às camadas da pele
tende a ser mais permanente e por estar em estrato mais profundo de difícil
remoção. Isso justifica a "luva química" estabelecida na degermação química.
Assim, a degermação das mãos e antebraços do enfermeiro deve promover a
eliminação da flora transitória e redução da flora residente pelo efeito residual
da luva química. Sabe-se que, após a realização de tal procedimento estes
microrganismos multiplicam-se rapidamente sob luvas cirúrgicas e podem ser
agentes de infecção da ferida operatória caso as luvas sofram
microperfurações.
Procedimento de degermação:
Sequência da escovação:
Obs.: se a torneira for comum, de cabo, deverá ser fechada com o cotovelo
Escovar ponta dos dedos (50x) – dorso dos dedos (25X) – palma dos
dedos (25X) - interdigitais (25X) – dorso da mão (25X) – palma da mão
(25X) – região dorsal e ventral do antebraço (25X).
Iniciar o procedimento pela mão dominante, pois, inconscientemente a
1ª mão a ser submetida ao procedimento fica melhor degermada. Use
sempre bastante espuma para emulsificar a gordura e evitar desconforto
da pele com a escovação;
Passar a escova para a outra mão e proceder à escovação;
Ao final, desprezar a escova na pia e enxaguar cada uma das mãos,
unindo as extremidades dos dedos e colocando os antebraços na
vertical de maneira que a água escorra em direção aos cotovelos;
Enxugar as mãos em toalha ou compressa estéril com movimentos
compressivos, iniciando pelas mãos e seguindo pelo antebraço e
cotovelo, atentando para utilizar as diferentes dobras da
toalha/compressa para regiões distintas;
Pegar o avental com a ponta dos dedos pelo seu lado interno e, depois,
elevá-lo, trazendo-o para fora da mesa. A maneira correta de pegar o
capote vai depender do modo como ele é dobrado, o que varia de uma
região para outra. Qualquer que seja o modo, no entanto, é
imprescindível observar o princípio fundamental de só tocar a parte
interna do capote e nunca pela parte externa; abrir o capote com
movimentos delicados e firmes, tendo o cuidado de não tocar sua face
externa;
Segurar o capote afastado do corpo e introduzir, ao mesmo tempo, os
dois braços nas mangas, com um movimento para cima;
Dar as costas ao colaborador, que está auxiliando no procedimento,
para que as tiras da parte posterior e da cintura (lateral) sejam
amarradas por ele, afastando-as da cintura para facilitar a ação.
Preparo do cateter
Introdução
Nesta aula, você conhecerá sobre as técnicas de punção do PICC: direta,
Seldinger modificada e punção venosa auxiliada ou guiada por
Ultrassonografia.
Para isso, deverá refletir sobre:
Punção PICC
Para realização do procedimento, são necessários preferencialmente dois
profissionais de nível superior, sendo obrigatório um destes possuir curso de
qualificação, ou seja, ser habilitado. Quando o procedimento for realizado por
enfermeiros, o médico plantonista deverá ser comunicado em caso de
intercorrências.
Para a punção venosa para a inserção do PICC, poderá ser realizado através
de duas técnicas: direta e Seldinger modificada com a punção auxiliada ou
guiada por Ultrassonografia (USG).
Técnica direta
Técnica Seldinger
Garrotear o membro;
Insira uma agulha de baixo calibre no vaso;
Insira um fio-guia no vaso por dentro da agulha;
Remova a agulha, deixando o fio-guia no local;
Retire o garrote;
Realize um botão anestésico;
Insira o afastador, podendo realizar um pequeno corte com bisturi para
facilitar a progressão;
Remova o fio-guia do afastador;
Remova a bainha do afastador;
Realize a inserção do cateter;
Realize o tracionamento e o rompimento do dilatador;
Remova o fio-guia do cateter, se possuir;
Realize a estabilização do cateter;
Realize o curativo;
Faça o Raio-X para confirmação.
Ele também é utilizado para exames superficiais, como: mama, tireoide e vasos
sanguíneos.
Para visualização de um vaso no ultrassom, existem dois planos: o curto e o
eixo longo. No eixo curto, é possível a visualização do vaso em forma
transversal, em fatia. Já no eixo longo, a visualização do vaso é possível por
inteiro.
Na prática, o de mais fácil visualização e utilização, nós utilizaremos o eixo
curto. As vantagens do eixo curto são: mais seguro e fácil.
O eixo longo não é utilizado porque pode dar uma falsa imagem.
CURIOSIDADE
CURIOSIDADE
Quando for realizar a inserção do cateter pelos membros superiores,
solicitar ao paciente que fique em decúbito dorsal e orientar a manter a
cabeça lateralizada para o lado que será inserido o cateter, com objetivo
de evitar falso trajeto (subir para a veia jugular interna).
Recomenda-se que o primeiro curativo seja trocado 24 a 48 horas após a
inserção do cateter e depois a cada sete dias (de acordo com a recomendação
do fabricante), substituindo-se os intermediários conforme o protocolo da
instituição. A troca do curativo deve ser realizada por profissional treinado,
conforme o protocolo de cada serviço médico ou quando a integridade da
película transparente estiver prejudicada.
Curativo do cateter
Recomenda-se que o primeiro curativo seja trocado 24 a 48 horas após a
inserção do cateter e depois a cada sete dias (de acordo com a recomendação
do fabricante), substituindo-se os intermediários conforme o protocolo da
instituição. A troca do curativo deve ser realizada por profissional treinado,
conforme o protocolo de cada serviço médico ou quando a integridade da
película transparente estiver prejudicada.
O curativo do cateter compreende a troca da cobertura, antissepsia da pele e
uso de nova cobertura. Esse procedimento deve seguir alguns critérios que
são:
A localização da ponta final do cateter deve estar no terço inferior da veia cava supe
passagem ocorrer em região cefálica, jugular ou membros superiores.
A localização da ponta final do cateter deve estar no terço superior da veia cava inf
passagem ocorrer em membros inferiores.
A localização da ponta em outra topografia aumenta a taxa de complicações em: veia su
de formação de trombos; átrio ou ventrículo: risco de arritmias, derrame pericárdico e
cardíaco.
Recapitulando
Nesta aula você aprendeu sobre os procedimentos para realizar a punção de
PICC com segurança e de forma adequada para cada tipo, bem como
conheceu mais sobre cada técnica e cuidados.
Podemos destacar:
Introdução
Nesta aula, você conhecerá sobre os eventos adversos relacionados ao PICC.
Para isso, deverá refletir sobre:
Complicações potenciais
O cateter central de inserção periférica (PICC) quando comparado ao cateter
venoso central oferece menor risco de complicação durante o procedimento,
mas não é inócuo, consequentemente aumentam o tempo de hospitalização e
os custos do tratamento.
Segundo a Infusion Nurses Society as complicações podem ser divididas em
dois momentos: durante e após a inserção do PICC. As possíveis
complicações que podem ocorrer durante o procedimento são:
Punção Arterial
Lesão de Nervo
Pseudoaneurisma
Trombose
Embolia Gasosa
Arritmia
Punção arterial
Causa:
Sintomas:
A remoção imediata da agulha, fio guia ou cateter deve ser feita e compressão
local por pelo menos 3 min ou mais. A equipe assistencial deve manter o
membro elevado, se for o caso demarcar o local para acompanhamento do
hematoma em formação.
Lesão de Nervo
É importante reconhecer que as variações anatômicas nas veias, artérias e
nervos são comuns e podem ser complexas aumentando o risco de lesão
nervosa temporária ou permanente durante a inserção ou permanência do
dispositivo venoso. Segundo a Infusion Nurses Society devemos nos atentar
para alguns locais de punção venosa e arterial:
Sintomas:
Pseudoaneurisma
Ocorre por trauma penetrante, ou seja, perfuração inadvertida da parede
arterial, permitindo que haja extravasamento de sangue, formando um “saco
aneurismático” cuja parede pode ser constituída pelas camadas média e
adventícia do próprio vaso, ou apenas pelas estruturas adjacentes. Pode
ocorrer até 40 dias após o trauma vascular. O diagnóstico é feito pela
ultrassonografia.
Sinais e Sintomas:
Dor
Hematoma
Má perfusão
Aumento da circunferência braquial
Complicações:
Tromboembolia;
Ruptura;
Compressão neurovascular;
Infecção;
Anemia
Tratamento:
Trombose
Sinais e sintomas:
Dor local
Edema
Calor local
Rigidez na musculatura da região
Distensão venosa superficial
Aumento da circunferência braquial
Tratamento:
Iniciar anticoagulação plena por 48h a 72h antes da retirada do cateter, se a
equipe multiprofissional optar por manter o dispositivo além da anticoagulação
plena para tratar a trombose, devemos acompanhar os sintomas. Orientar
medidas não farmacológicas para diminuir os sintomas (elevar o membro).
Embolia Gasosa
Embolia gasosa em
vasos sanguíneos
Na embolia gasosa venosa os sinais e sintomas são inespecíficos, o que
dificulta o diagnóstico. Caso as complicações respiratórias manifestem-se
primariamente, deve-se realizar o diagnóstico diferencial de tromboembolismo,
pneumotórax, broncoespasmo agudo e edema agudo de pulmão. Entretanto,
no estudo de Kashuk e col., 42% dos casos de embolismo venoso
apresentaram manifestações do sistema nervoso central. Estas manifestações
foram decorrentes da hipóxia, hipotensão e embolismo paradoxal. O
diagnóstico de embolia venosa pode ser realizado pelo ecocardiograma
transesofágico, doppler precordial, cateterização da artéria pulmonar, medição
do end-tidal de dióxido de carbono e saturação do oxigênio.
Devemos nos atentar quando o paciente está com terapias contínuas (ECMO e
terapia renal) e precisa da inserção do PICC, pois a pressão negativa que
essas terapias geram na veia cava é alta causando a entrada de ar pelo PICC
se as vias não estiverem clampeadas.
Sinais e Sintomas:
Dispneia
Cianose
Hipotensão
Taquiarritmia
Tratamento:
Arritmia Cardíaca
Sinais e Sintomas:
Palpitação
Dor precordial
Hipotensão
Tratamento:
Sangramento
Infecção de Corrente Sanguínea
Flebite
Embolia por Cateter
Obstrução Parcial ou Total
Tração Acidental
Mal Posicionamento
Lesão de Pele
Sangramento
Estudos mostram que a punção venosa guiada por ultrassom quando
comparada a técnica de punção convencional traz menos complicações com
relação a sangramentos e hematomas. Segundo a Infusion Nurses Society
devemos checar as medicações que o paciente está fazendo uso
(anticoagulante) e providenciar medidas de contenção do sangramento.
A utilização de curativos específicos para essa situação são: curativos
compressivos, compressa gelada no local para promover o vasoespasmo e
curativo hemostático.
Infecção
As doenças infecciosas são geralmente provocadas por microrganismos que
invadem o corpo e se multiplicam. Podem aderir a dispositivos médicos
implantados no corpo (como cateteres, próteses articulares e valvas cardíacas
artificiais). Eles podem estar presentes nos dispositivos quando estes são
introduzidos no corpo, caso tenham sido contaminados de forma acidental,
para evitar isso a inserção dos cateteres centrais é feitos com a utilização da
barreira máxima (campo, avental e luva estéril) assegurando a técnica
asséptica durante a inserção. Ou, então, ser provenientes de outro lugar, que
podem se disseminar pela corrente sanguínea e se alojar em um dispositivo já
implantado. As medidas utilizadas para minimizar esse risco são: lavagem das
mãos e antissepsia do microclave, ou seja, devemos assegurar técnica
asséptica na manutenção dos dispositivos.
Uma vez invadido o corpo, eles têm de se multiplicar para causar uma
infecção. Depois de se multiplicarem, verifica-se uma de três situações:
continuam a multiplicar-se até ultrapassarem as defesas do corpo; um estado
de equilíbrio é atingido, dando origem a uma infecção crônica; o corpo, com ou
sem tratamento, destrói e elimina o invasor. Devemos considerar a troca do
dispositivo no cenário de uma situação real ou suspeita de infecção quando há
limitação vascular.
A invasão pela maioria dos microrganismos tem início quando eles aderem às
células da pessoa. A capacidade de ligação constitui um processo muito
específico, que envolve uma ligação entre o microrganismo e as células do
organismo, ligação semelhante à de uma chave e respectiva fechadura.
Conseguir aderir à superfície de uma célula possibilita que eles se estabeleçam
a uma base a partir da qual eles invadem os tecidos.
Sinais e Sintomas:
Calor local
Edema
Hiperemia
Saída de secreção purulenta
Febre
Alteração dos exames de sangue
Conduta:
Flebite
É definida como a inflamação de uma veia devido a uma irritação química e/ou
mecânica, caracterizada por uma área avermelhada e quente ao redor do local
de inserção, ou ao longo do trajeto da veia, e edema.
A flebite mecânica pode estar relacionada à irritação da parede da veia, que
pode vir de uma área externa de diâmetro muito grande de um cateter para a
vasculatura, ângulo de inserção do cateter e posição da ponta, movimento do
cateter, trauma de inserção ou material do cateter rígido. Escolha o menor
diâmetro externo de um cateter para a terapia, cateter seguro com tecnologia
de fixação, evitar áreas de flexão e estabilizar a articulação conforme
necessário.
A flebite infecciosa pode estar relacionada a inserção de dispositivos com má
técnica asséptica e curativos contaminados. A substituição de um cateter
inserido de forma emergente sob técnica assepsia subótima quando o paciente
está estabilizado é dentro de 48 horas.
Muitas vezes há uma falta de direção para intervenções com um achado clínico
específico. Avançar no estudo é recomendado para ferramentas de avaliação
válidas e confiáveis. Conduzir projetos de melhoria de qualidade com base em
revisões de relatórios de incidentes ou ocorrências ou registro de saúde
revisões de flebite causando dano ou lesão.
Sinais e Sintomas:
Dor/Sensibilidade
Eritema
Inchaço
Purulência ou Cordão venoso palpável
Tratamento:
Se houver flebite, determine a possível etiologia, como produtos químicos,
mecânicos, infecciosos ou pós-infusão, aplique compressa morna, elevar
membro, fornecer analgésicos conforme necessário e considere outros
medicamentos intervenções como agentes anti-inflamatórios.
Embolia por Cateter
Quando algum profissional da saúde, por desconhecer o tipo de material do
PICC, faz algum procedimento inadequado, danificando ou quebrando o
cateter. Antes de usar o dispositivo vascular para infusões ou coleta de sangue,
avalie a integridade do cateter quanto à presença de danos. Pode ocorrer
separação na junção lúmen-cubo ou outras conexões externas, com
consequente sangramento.
Sinais e Sintomas:
Dor
Taquicardia
Hipotensão
Tratamento:
O procedimento deve ser interrompido imediatamente, monitorar os sinais
vitais, avisar a equipe médica e solicitar centro cirúrgico ou RAVA.
Obstrução do Cateter
Oclusão do cateter
A patência do dispositivo deve ser avaliada rotineiramente, conforme definido
pela capacidade de lavar todos os lúmens do cateter sem resistência e a
capacidade de produzir um retorno de sangue. É preferível recuperar a
patência do cateter do que removê-lo.
A obstrução do PICC pode decorrer de oclusão trombótica ou não trombótica,
parcial ou total do lúmen do cateter, o que limita ou impede a administração de
soluções ou o refluxo de sangue pelo dispositivo. Compromete a segurança do
paciente por ocasionar atraso ou interrupção da terapia. O uso de PICC de
calibres mais largos pode relacionar‐se a maior risco de desenvolvimento de
oclusão e trombose venosa, enquanto o uso de cateteres de calibres mais finos
pode contribuir para a obstrução do PICC e outras disfunções mecânicas. As
causas de obstrução do cateter não trombóticas são variadas e podem
decorrer de presença de cristais de minerais, lipídicos e de fármacos, dobra ou
mau posicionamento do cateter por encontrar‐se contra a parede do vaso ou
comprimido pela clavícula ou primeira costela. Evitar misturas incompatíveis de
soluções IV e/ou medicamentos, verifique a incompatibilidade quando 2 ou
mais medicamentos são infundidos juntos, por exemplo, combinados no
mesmo recipiente, administrados como uma solução intermitente para uma
infusão de curto prazo ou uma injeção manual ou administrados
concomitantemente através do mesmo dispositivo. Consulte um farmacêutico
ou use uma referência de compatibilidade baseada em evidência quando não
houver certeza da compatibilidade, se nenhuma informação de compatibilidade
for encontrada, considerar a mistura como incompatível. Identificar
medicamentos/soluções de alto risco para precipitação. Estes podem incluir
drogas alcalinas tais como fenitoína, diazepam, ganciclovir, aciclovir,
ampicilina, imipenem e heparina, drogas ácidas como vancomicina e soluções
de NP, ceftriaxona e gluconato de cálcio e minerais precipitar em soluções de
NP com níveis aumentados de cálcio e fosfato.
Estudos apontam que a maior parte das obstruções de PICC é do tipo
trombótica e decorre da deposição de fibrina no interior (intraluminal) ou ao
redor da ponta do cateter (extraluminal) com possível evolução para
complicações secundárias graves, como infecção e trombose relacionadas ao
cateter. Realizar primeiro a desobstrução mecânica utilizando a técnica da
torneirinha, se não houver melhora da patência, realizar a desobstrução
química com: o ativador do plasminogênio tecidual ([tPA] alteplase) no lúmen
do cateter de acordo com as instruções de uso do fabricante ou o taurolock
(uroquinase) preenchendo apenas o priming do cateter. Interrompa todas as
infusões antes e durante o tempo de permanência do agente trombolítico, se
possível (especialmente se estiver tratando uma suspeita de cauda/bainha de
fibrina), otimizar a trombólise e facilitar máximo contato entre o trombolítico e
trombo/fibrina no intraluminal e superfície extraluminal do cateter. Estabelecer
barreiras de segurança enquanto o agente trombolítico estiver no dispositivo.
Após o tempo de permanência apropriado da liberação do cateter agente,
aspirar e descartar produtos de degradação antes de lavar o lúmen para avaliar
o cateter patente.
Causas:
Recapitulando
Nesta aula você aprendeu sobre as principais complicações que podem ocorrer
com a PICC, podemos destacar:
Introdução
Nesta aula, você conhecerá sobre os principais cuidados com PICC,
precauções de uso do cateter, Guideline CDC: flush e prevenção das infecções
de corrente sanguíneas. Para isso, deverá refletir sobre:
O cateter PICC pode ser utilizado por pessoas que fazem tratamento em
ambulatório, por isso, muitas vezes, as pessoas vão para casa com o cateter
no braço. Entretanto, são necessários alguns cuidados como:
CURIOSIDADE
Quando o cateter PICC é utilizado no hospital ou clínica para o
tratamento, são realizados cuidados pela equipe de enfermagem como
lavagem com soro fisiológico, verificação de retorno de sangue pelo
cateter, observação de sinais flogísticos que indiquem infecção, troca da
tampa na ponta do cateter e troca do curativo a cada 7 dias ou de acordo
com a recomendação da CCIH.
Guideline CDC
Flush
Dica
Instituir a SAE é uma forma de tornar a enfermagem mais científica, promovendo um cuida
organizado e com qualidade para o paciente.
Recapitulando
Nesta aula você aprendeu sobre os principais cuidados com PICC, quais as
precauções de uso do cateter de PICC e sobre a prevenção das infecções de
corrente sanguínea. Assim, podemos destacar:
O cateter PICC pode ser utilizado por pessoas que fazem tratamento em
ambulatório, por isso, muitas vezes, as pessoas vão para casa com o
cateter no braço.
Cuidados pela equipe de enfermagem como lavagem com soro
fisiológico, verificação de retorno de sangue pelo cateter, observação de
sinais que indiquem infecção, troca da tampa na ponta do cateter e troca
do curativo a cada 7 dias.
Utilizar apenas seringas de 10 ml ou 20 ml.
Realizar o método de SAS.
Flush: quando a salinização for realizada, deve ser feito em formato de
turbilhonamento antes e após cada medicação.
Através de Raio-X, confirme o posicionamento.
Monitore o local de posicionamento rotineiramente.
A solução anticoagulante HEPARINA não tem a função de manter um
cateter pérvio.
O que se é utilizado para manter um cateter pérvio, é somente a solução
salina.
As Infecções Primárias de Corrente Sanguínea (IPCS) estão entre as
mais comumente relacionadas à assistência à saúde e estima-se que
cerca de 60% das bacteremias nosocomiais sejam associadas a algum
dispositivo intravascular.
O Processo de Enfermagem é constituído por algumas fases que
envolvem a identificação de problemas de saúde do cliente, o
delineamento do diagnóstico de enfermagem, instituição de um plano de
cuidados, implementação das ações planejadas e a avaliação contínua.
Diagnósticos de enfermagem de NANDA relacionado ao uso do PICC.
A capacitação e a educação permanente dos profissionais, estratégias
que visam qualificar a assistência de enfermagem.
Introdução
Nesta aula, você conhecerá sobre a desobstrução do cateter e a sua retirada.
Para isso, deverá refletir sobre:
Desobstrução do cateter
CURIOSIDADE
As seringas devem ter travamento Luer Lok.
Desobstrução química
Antitrombóticos: Actilyse, Alteplase e Reteplase.
Taurolock: trombolítico, solução de selagem bactericida e fúngica,
impede a formação de biofilme.
Heparina não é utilizada para desobstrução de cateteres, mas como
profilaxia, quanto o uso para manutenção não apresenta evidência
científica.
A vitamina C e dipirona: sem comprovação científica como
anticoagulante.
Retirada do cateter
Higienize as mãos;
Posicione o paciente adequadamente, conforme o local de inserção;
Calçar as luvas;
Remova o curativo;
Realize a antissepsia do local de inserção com clorexidina alcoólica;
Remova o cateter cuidadosamente e de forma paralela à pele;
Caso o paciente referir dor forte durante as tentativas de retirada, deve-
se realizar uma radiografia para eliminar a presença de nós e dobras no
cateter;
Exerça leve pressão com gaze sobre o local de punção, depois de
retirado o cateter;
Aplique curativo oclusivo estéril;
Confira o comprimento do cateter, comparando com o registrado na data
da inserção;
Registre o procedimento nas anotações de enfermagem, ressaltando o
motivo da retirada do cateter.
CURIOSIDADE
Enviar ponta do cateter para cultura com uma amostra hemocultura
periférica somente quando houver suspeita de infecção de corrente
sanguínea relacionada ao cateter.
Passagem de PICC
Recapitulando
Nesta aula você aprendeu sobre como deve realizar a desobstrução de um
cateter de PICC e realizar a técnica de retirada do cateter de PICC. Assim,
podemos destacar: