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opiFica¢ao po ComPORTamenTo [eoria « e pretica Raymond G, Miltenberger y SD arene APo10 ONLINE Introdugao a modificagao do comportamento > Como 0 comportamento humana € defnide® > Quais sdo os coraceyisticas que definem a modiicagao do cna > Gyo so 0 zs hitérics do modicao do compat N rmonial dles fez um contrato todos os dias. Como Karen costumava puxar o eabelo inces tivesse vergonha da “clareira”, que m lum tratamento em que Karen dey a Modificagao do comportamento: leoria e prética 0 comportamento envolve as agdes de uma pessoa (o que faz ou diz; é deserito com verbos de agio, ¢ nio é uma caracteristicaestitica da pessoa. Se voc€ disser que uma pessoa costuma estar com raiva, no terd identificado 0 com- portamento dela; vocé simplesmente a rotulou. Se distinguir 0 que a pessoa diz ou faz quando esté com raiva, entio terd identificado seu comportamento. Por exemplo, “Jennifer gritou.com a mie, correu para o andar de cima e bateu porta do quarto”. Essa é uma deseri¢ao do comportamento que pode ser rotulado como raiva. ™ Comportamentos tém dimensBes que podem ser medidas. Vocé pode medir a frequéncia de um comportamento; ou seja, pode contar 0 niimero de vezes que um comportamento ocorre (por exemplo, Shane roeu as unhas 12 vezes durante a aula). E possivel medir a duragdo de um comportamento ou o tempo decorrido desde quando uma instancia de comportamento comera até terminar (por exemplo, Rita corteu por 25 minutos). Pode medira intensidade de um comportamento ou a forga fisica envolvida no comportamento (por exemplo, 0 assento de Garth sofreu pressiio de 100 quilos). Pode medir a velocidade do comportamento, ou a laténeia de algum evento desde o inicio de um com- portamento. Frequéncia, duracio, intensidade e laténcia so dimensdes de um comportamento. Uma dimensdo & um aspecto mensurével do comportamento. = Comportamentos podem ser observados, descritos e registrados por outros ou pela pessoa envolvida no comporta- ‘mento, Uma vez que um comportamento é uma ago, sua ocorréncia pode ser observada. As pessoas podem ver ‘comportamento (ou detecté-to por meio de um dos sentidos) quando ocorre. Por ser observavel, a pessoa que vé 0 comportamento pode descrevé-lo e registrar sua ocorréncia. (Veja o Capitulo 2 para conhecer uma descri¢ao dos métodos para registrar um comportamento), ® Comportamentos tém impacto no meio ambiente, incluindo o ambiente fisico ou social (outras pessoas e nds mesmos). ‘Como um comportamento é uma ago que envolve movimento no espago ¢ no tempo (Johnston e Pennypacker, 1981), 4 ocorréncia de um comportamento tem algum efeito no ambiente em que acorre. As vezes o efeito no ambiente é bvio. Vooé liga o interruptor e a luz acende (um efeito no ambiente fisico). Voce levanta a mao na sala de aula e ‘eu professor 0 atende (um efeito sobre outras pessoas). Vocé diz o niimero de telefone de um site, €& mais provavel que consiga se lembrar ¢ discar 0 nlimero correto (um efeito em si mesmo). As vezes o efeito de um comportamento no ambiente ndo ¢ evidente. Outras, o efeito afeta somente a olve no comportamento, No entanto, todo comportamento humano opera de conscientes de seu impacto, 0 comportamento € legitimado; isto ¢, sua ocorr cipios comportamentais bsicos descrevem Estes principios descrevem como nosso (vejaos Capitulos de 4a 8), Fstes prineipios comp {os de modificagio de comportamento. Depois ‘tem, voc pode alterar 0s eventos no ambiente Introdueé0 & modificagéio do comportamento. 3 «que mostra o comportament disrupivo de uma crianga com autismo em sala de aula, Quando a criangarecebe muita tengo do professor, © comportamento disruptivo raramente ocorre. Quando a criana recebe pouca atengo do pro- fessor, o comportamento disruptivo ocorre com maior frequéncia. Concluimos que o comportamento disruptivo esti fancionalmente relacionado a0 nivel de atengio dada pelo professor: ‘Comportamentos podem ser evidentes ou ocultos. Na maioria das vezes, os procedimentos de modificagdo de compor- tamento sio utilizados para entender ¢ alterar comportamentos evidentes. Um comportamento evidente é uma ago que pode ser observada registrada por uma pessoa diferente daquela que se envolve no comportamento, No entanto, alguns comportamentos sio ocultos, Comportamentos veuttos, também chamados de eventos privados (Skinner, 1974), nilo sio observiveis por outros, Por exemplo, pensar é um comportamento oculto; nilo pode ser observado registtado por outra pessoa. O pensamento s6 pode ser observado pela pessoa que se envolve nele, O campo da modi- ficagio do comportamento se concentra principalmente em comportamentos evidentes ou observéveis, assim como este lio. No entanto, os Capftulos 8, 24 e 25 discutem comportamentos ocultos¢ procedimentos de modificasio de ‘comportamento aplicados a eles. Caracteristicas do comportamento CComportamento & 0 que as pessoas fazem e dlzem, ‘Comportamentos tém dimensdes que podem ser medidas, ‘Compartamentos podem ser chservados, desis e registrados. (Comportamentos tem impacto no ambiente. (0 comportamento 6 legitimado, CComportamentos podem ser evdentes ou ecu, Exemplos de comportamet ‘Agora vamos ilustrar as caracteristicas que definem © ‘comportamentos comuns ¢ comportamentos proble podem ser uilizados, ‘Martha vai até 0 computador e digita wn 4 Modificago do comportamento: eoria © prética chico, esempre que isso acontece, a professora para o que esti fazendo, pega Samantha ea tranquiliza. Ela dic a Samantha para se acalmar, assegura que esti tudo bem, abraca Samantha e deixa que ela sente em seu colo. Identifique cada uma das cinco caracteristicas do comportamento de Samantha. ‘Aatitude de Samantha em bater a cabega é um comportamento, F uma agi que ela repete virias vezes por dia A professora pode observar e registrar 0 nimero dessas ocorténcias todos os dias. Esse comportameento produz ‘um efeito no meio social: a professora da atengio a ela cada vez quie o comportamento ocorre. Por fim, 0 comportamento legitimado; continua a gcorrer porque existe uma relagao funcional entre o comportamento de bater a cabega € o resultado de obter a atengio da professora. = Definicgao da modificagao do comportamento ‘A modificacdo do comportamento é uma ciéncia aplicada ¢ uma pritica profissional direcionada & anilise ¢ & modificago do comportamento humano, = Analisar significa identificar a relacao funcional entre eventos ambientais e um comportamento particular a fim de ‘entender as razées do comportamento ou determinar por que uma pessoa se comportou de determinada maneira % Modificar significa desenvolver ¢ implementar procedimentos para ajudar as pessoas a mudar seu comportamento. Envolve alterar eventos ambientais de forma a influenciar 0 comportamento. Os procedimentos de modificagao do ‘comportamento sio desenvolvidos por profissfonais (por exemplo, por analistas de comportamento licenciados) ¢ utilizados para modificar comportamentos socialmente significativos coth 0 objetivo de melhorar algum aspecto da vida de uma pessoa. Seguem algumas caracteristicas que definem a modifcaso do comportamento (Gambrill, 1977; Kazdin, 1994), oe eatin - ar Introduedo & modificagao do comportomento identificados como as causas do comportamento, Por exemplo, uma pessoa pode dizer que certacrianga com autismo se envolve em comportamentos problemiticos (como gritar, bater em si mesmo, recusar-se a seguir instrugées) porque € autista, Em outras palavras, a pessoa esti sugerindo que o autismo faz que a crianga se envolva no comportamento. No entanto, o autismo é simplesmente um rétulo que descreve 0 padrilo de comportamentos em que a crianga se envolve, O rétulo ndlo pode ser a causa do comportamento, porque 0 rétulo ni existe como uma entidade fisica ou evento, As causas do comportamento devem ser encontradas no ambiente (incluindo a biologia da crianga) Modificagao do comportamento e andlise do comportamento aplicada ‘A modticao do compertamento (conform dscra neste) ea anise do competamento apicada so dos termosutizados para dentcar camps paticamenteidéntcns. Embora pesqusas sore aapoag dos princpos comportement para gc as pessoas ‘@ modlicarem sou comportamento tentam sdo publics desde o nal da dada de 1950, temo andlise do comportamento ap cada intrduido em 1968 na primeira eto do Jour of pple Bata Ana) com apubicaro do artigo de Baer, Wale Rey Como voc’ define um comportamentoako em um programa de modificagéo de comportomento? > Qucis métodos diferentes voce pode utlizar para registrar um comportamentoalvo? > Como 0 regisio continuo difere do registio de inlevalos e do refisto por amostias de tempo? > O que 6 0 reatvidade do registo de comportamenio e como vocé pode minimizélo? > O que é concordéncia inlerobservador e por que 6 importanle? 'maspecto fundamental da io do co Observacdo e registro do comportamento 15 ca uit proximo da pessoa qe exibe ocomportameno para que el poss ser vito (ow auido). Aém dso, o obs ese er uma defnio precisa do comprtaento-avo para que su ocaéncia psa ser dstingid de occas vador os comportamentos. Para registrar 0 comportamento-alvo, 0 observador deve registrar sua ocorréncia quan \do for de ot, wrios metodos de ezistr so descrtos mais adiante nest capitulo, Quando 0 psicologo de uma escola obser Obs nea socialmente isolada no parquinho ¢ registra cada interagéo Social com outra crianga esté sendo utilizada uma us to dieta, Quando opscslgo entrevista pofesora do alun eperguna quanas ves a rian geralment intra aeputras criangas no parquinko, esta sendo utlizada uma avaliago indireta ta é.a preferida, A avaliagao dieta geralmente é mais precisa do que a avaliagao indireta. Isso porque 4 aagdo diteta, o obscrvadorétreinado especificamente para observar 0 comportamento-alvo e registrar sua ocorréncia mt ediatamente. Na aval ae imediatpessoas que fornecem informagdes podem nio ter sido treinadas para observar o comportamento-alvo ¢ talvez omportamento, Cot 9 indireta, as informages sobre o comportamento-alvo dependem da meméria das pessé disso, 3 nham pereebido todas as ocorréncias desse mo resultado, a avaliagio indireta pode ter como bas. oat emnagdesincompleias sobre o comportamento-alvo, Portant, a malaria das pesquiss ¢aplicagdes na modifcagio do ‘omportamento depende da avaliaga jatrar 0 comportamento-alvo em um pr 1 direta. O restante deste capitulo discute métodos de avaliagdo direta para observar ¢ ma de modificagio de comportamento, especificamente as etapas necessirias fe desenvolver um plano de registro de comportamento. Estas etapas incluem o seguinte 1. Definigao do comportamento-alvo; 2. Determinagio da logistica de registro; 3, Escolha do método de registro; 4, Escolha do instrumento de registro. = Definicéo do comportamento-alvo [Aprimeira etapa:no desenvolvimento de um plano de registro de eomportamento édefinir o comportamento-alvo que se quer retistrar. Para definir 0 comportamento-alvo de uma pessoa em particular, € preciso identificar exatamente o que a pessoa diz ou faz que constitu’ o excesso ou déficit comportamental que € alvo da mudanga. Uma definicio comportamental inclui ‘erbos de agdo que deserevem comportamentos especificos que uma pessoa exibe. Uma definicio comportamental éobjetiva, ‘endo ambigua. Como um exemplo de definigo de comportamento-alvo, ocomportamento antidesportivo de um determinedo |joeador de beisebol pode ser dfinido como gritar obscenidades, jogaro basto ou capacete no chio e chutara terra enquanto ‘caminha de volta para o banco depois de cometer urn erro. ‘Observe que o excmplo ndo se refere a nenhum estado interno, como estar irritado, chateado ou triste, pois esses estados interios nao podem ser observados e registrados por outra pessoa. A definigdio comportamental nio faz inferéncias sobre as intengGes de uma pessoa. As intengdes nao podem ser observadas eas inferéncias sobre intenyes geralmente sio incorretas = FIGURA 2-1 16 — Modificaséio de comportamento: tori e prétia Por fim, 0 rétulo (“um mau desportista”) nao € utilizado para definir 0 comportamento, porque os r6tulos nio identifica as agdes da pessoa, Rétulos nao so comportamento. Rétulos em comportamentos s80 ambiguos; podem significar coisas diferentes pe ‘pessoas diferentes. Por exemiplo, para uma pessoa, um comportamento antidesportivo pode significa brigar com um memb de outra equipe, enquanto outra pessoa pode considerar que significa xingar, jogar o bastio no chiioe chutar a terra. Compt tamentos especificas podem ser observados e registrados; rdtulos para 0 comportamento nio podem. Além do que, rétul podem ser utilizados incorretamente como explicagdes de wm comportamento. Por exemplo, se uma pessoa ¢ observa repetindo silabas ou palavras enquanto fala, podemos rotuli-la como tendo gagueira, Em seguida, dizer que a pessoa P< bas ou palavras porque é gaga é um uso incorreto do rétulo como causa do comportamento. A repetivao de palavras Silabas nao & causada pela pagueira; é um comportamento chamado gngucira. O principal valor dos rtulos € que podem + nitilizados como uma abreviago conveniente quando se referem a um comportamento-alvo. No entanto, 0 comportamer ‘sempre deve ser definido antes de poder ser observado registrado. "Dois observadores concordardo? Uma caracteristica de boa definigio comportamental é que, depois de verifies var o mesmo comportamento e concordar que este esté ocorrendo. Quando duas pesse veervamn independentemente o mesmo comportamento e ambas registram sua ocorréncia, iso ¢ chamado de concordine nterobservador (CIO) ov confiabilidade interobservador (Bailey, 1977; Bailey e Burch, 2002). A C1O, que é felatada em pesquisas de modificagao de comportamento, €discutida com mais detalhes mais adiante neste capitulo, “A Tabela 2-1 enumera as definigdes comportamentais de comportamentos-alvo comuns € os rotulos associados @ es: ccomportamentos. Os comportamentos deseritos podem ser observados e esp ‘em comum acordo por dois obserx ores independentes, Os rétulos, de outro 26 Modifcagdo do comportamento: teoria e prética registrar o comportamento depois de sua ocorréncia menor a probabilidade de registrar incorretamente, Uma pessoa que espera algum tempo para registrar uma observagio pode simplesmente esquecer de registré-la. : Outro aspecto de um procedimento de registro de comportamento é que deve ser pritico. A pessoa responsivel por regis- {rar o comportamento-alvo deve conseguir realizé-1o sem muita dificuldade e sem a interrupeo das atividades em andamento Se um procedimento de registro for pratico, é mais provavel que seja concluido com sucesso. Se 0 procedimento for demorado ‘ou complicado, entio, nio serd pritico. Além disso, esse procedimento no deve chamar atengio para quem esta fazendo a obsetvagio e 0 registro. Se isso acontecer,talvez o observador ndo consiga fazer o registro corretamente. Reatividade Vezes, 0 processo de registro de um comportamento faz que 0 comportamento mude, ser implementado. O que € denominado reatividade (Foster, Bell-Dolan e Burge, 1988; Hartmann ¢ Wood, 1990; Tryon, 1998). A reatividade pode ocorrer quando um observador est registrando © comportamento de alguém ou quando alguém se envolve em automonitoramento. A reatividade pode ser indesejavel, especialmente para fins de pesquisa, porque o com= portamento registrado durante o petiodo de observagio ndo representa o nivel do comportamento que ocorre na auséncia do observador ou na auséncia do automonitoramento. Por exemplo, quando uma erianga com comportamento inadequado vé que alguém esté registrando seu comportamento em sala de aula, ela pode agir de modo diferente enquanto o observador estiver presente, Normalmente, essa mudanga é apenas temporaria eo comportamento volta ao seu nivel original quando a crian¢ se acostuma com a presenga do observador E possivel reduzir a reatividade, Uma maneira “observadas se acostumem com 0 ob: que esto sendo observadas. Is participantes, Um d ‘como o auxiliar de un ‘mesmo antes de qualquer tratamento Observorsoe regio do comporomenio 27 divide 17 por 20, 0 que equivale a 0,85, 5%. ACI nto, VOU’ 1. le a.0,85, ou 85%. A CIO ~ oes maneira que para registro de intervalo, ‘ara registro por amostra de tempo & eer watem duasvariages de céleulos da CIO jo ocorréncias. No primeiro caso, apenas os wi contados como concordincis, Intevalos em que ambos os observadoresndo marearam ge ‘corréncia do comportamento no sto utilizados no cfleulo, No segundo caso (no ocorréncias), apenas os itervalos em {que ambos os observadores con- cordaram que © Comportamento no ocorreu sio contados como concordincia, Intevalos em que ambos os odsennthovs marcaram urna ovorréncia do comportamento néo so utilizados no céleulo, Os céleuos de ocoténcia CIO fomecen ava medida mais conservadora de eoncordéncia interobservadores pat com. niio ocorréncia do comportamento por acaso. Os célculos servadora da concordéncia interobservadores para comportamentos com elev com a ocorréncia do comportamento por acaso, A Figura 2-8 mostra o céleulo da CIO apenas sobre ocorténcias ea Figura 2-9 0 calculo da CIO apenas sobre néo ocorréncias. A fim de calcular a CIO para registro de frequéncia dentro de um intervalo, basta calcular uma porcentagem de concor- dancia entre observadores para cada intervalo (a menor frequéncia dividida pela maior frequéncia), somar todos 0s intervalos e dividir pelo nimeto de intervalos no periodo de observagio. A Figura 2 calculada da 3s percentuais de -10 mostra 0 célculo da CIO para dois observadores independentes utilizando o registro de frequéncia dentro de um intervalo, 100% + 100% + 67% 1005 759+ 38% + 100% + 100% +679 «100% = 82% {42% dvd por 10 (omer do intervals] = 42% FIGURA 2-10 Clevo da concordénciaintrobservadores por reise de requénca denito de um inleroo. Une poreentogon da cconcordéncio & colevlada pare coda inlevlo, as porcentagens so somodas @ a sema & divdida pelo nimero de infers Eien orn ece Feces see SI RESUMO DO CAPITULO 1. Um comportamento-alvo € defini identificando-se exa- tamente 0 que a pessoa diz ou faz que constitu o excesso comportamental ou déficit comportamental direcionado para a mudanca, A definigdo comportamental deve inclu verbos de aco que deserevem o comportamento que a pes soa exibe. (Os diferentes métodos que ‘correndo ou nio dentro de cada intervalo. Com 0 resis- to de intervalo, os intervals slo periodos consecutivos «com 0 registro por amosta de tempo, os intrvalos sio Observagao e registro do comportamento 29 Identfique © defina quatro dimensBes de um comporta- 15. Por que ¢ importante registrar um comportamento imedia- mento que podem ser registradas por um método de regis tamente apos sua ocorréncia? ‘ro continuo. 16. O que éreatividade? Descreva dois meios de reduzira rea- Fomeca tum exemplo de registro de frequéncia, registro de tividade durante a observagto direta uracio, registro de intensidade e registro de laténcia. © que € concordincia interobservadores, © por que é {0 que é registro em tempo real? Dé um exemplo avaliada? 0 que € registro de produto? Dé um exemplo, 18. Descteva como se calcula a concordincia interobserva- (0 queé registro de intervalo? Dé um exemplo. dotes para o registro de frequéncia, registro de duragao, (0 que é registro de frequéncia dentro de um intervalo? Dé registro de interval. uum exemplo. 19, Descreva como se calcula a concordincia interobservadores (© que € registro por amostra de tempo? Dé um exemplo. para o registro de frequéncia dentro de intervalos. Dé exemplos de trés diferentes instrumentos de registro, fis ES Quando as pessoas querem modifcar 0 proprio compor- 2. ‘Imagine que voc@ tena um amigo, chamado James, que tamento, podem projetare implementar um programa de esti estudando para ser professor de ensino fundamental. automonitoramento para si mesmas. Hi cinco etapas em ‘ames esti fazendo estigio, neste semestre, em uma sala de ‘um programa de automonitoramento: ‘aula da segunda série em uma escola piblica. Ele mencio- ‘Automonitoramento, Definit ¢ registrar 0 comporta~ nou que um de seus alunos tem dificuldade em permanecer rmento-alvo que se quer modificar. o lugar, prestando atengo a aula © participando das ati- Representacio gréjiea. Desenvolver um grifico € viidades. A aluna, Sara, sai do lugar ¢ conversa com outras representarnele 0 nivel dirio do comportamento-alvo. atengdo em James, no participa das finicdo de metas. Estabelecer uma meta para a : 30 Modificagdo de comportamento: teria e pritica € desenvolver um plano de registro de comportamento. ‘Como ela geralmente fica mexendo nos cabelos durante as aulas, decide registrar esse comportamento imediatamente apés cada aula. Ela manteré um cartio de anotagées na bolsae, assim que sair da sala de aula, anotard o mimero de vezes que mexeu nos cabelos. a. O que hi de errado com esse plano de registro de comportamento? '. Que mudangas vooé faria para methori-lo? . Ralph vai implementar um projeto de automonitoramento para ajudé-lo a diminuir 0 nimeto de cigarros que fuma por dia. Ele definiré o comportamento de fumar um cigarto| sempre que pegar um deles, acendé-to ¢ fumi-lo até qual quer parte, Ble registrara o nimero de cigarros que fama diariamente contando os cigarros que restaram no mago no final do dia ¢ subtraindo esse niimero do total de cigarros que estavam no mago no inicio do dia. a O que hi de errado com esse plano de comportamento?” © que voce faria para methori-lo? A seguir, estio exemplos de definigées de comportamen- tos-alvo em programas de automonitoramento de estudan- tes. O que ha de errado com cada uma dessus definigbes comportamentais? a. Perder a paciéncia seré definido como ficar com raiva do meu marido e gritar com ele, entrar no quarto e bater 1 porta, ou falar “cale a boca” quando ele disser algo que me frusta . Comer demais seri definido sempre que eu comer ‘mais do que o suficiente em uma refeig20 ou quando ‘eu comer tanto a ponto de me sentir inchado ou meu into ficar muito apertado. Estudar seri definido sempre que eu estiver com meus 10s abertos & minha frente na biblioteca ou na minha ‘mesa, a'TV estiver desligada e niio houver outras ‘rages no ambiente em que eu estiver. I r Representacao do comportamento em graficos e medigao de mudancas 32 Medicago do compertamento: teoria e prética Fase inci osposta compat ‘Acompantarnanto Frequlncia do comportaante de morder a boca eee 6 151020 Dias Semanas IGURA 3-1 &: neska a equéncia do comportamento de moder 6 boca durante a fses nicole de rotameno (respi compeival © no per mparhomerto. = Componentes de um grafico No tpico, sriteg, de modificagto do comportamento, 0 fempoa comporanéta ‘so as duas varidveis representadas. Cada 9) ¢ 0 nivel do com- Representactio do comporlamanto om gréficos e medictio de mudongas 33 FIGURA 3-3 Ribs por 0 00 y.e0 eb0 x tum dos nimeros. Na Figura 3-4, os nimeros no eixo y indicam a que horas o comportamento de estudar ocorreu ¢ os niimeros no eixo x indicam os dias em que o estudo foi medido. Pontos representando dados. Trata-se dos pontos referentes a dados, que devem ser representados corretamente para indicat o nivel do comportamento que ocorreu em cada periodo especifico, As informagdes sobre o nivel do compor- tamento cos perodos lo extadas da fol de dads ov de outa instumento de registro de comportamento, Cada 34 Modificasdo do comportamento: teoriae pratica 5 1 4 { a2 \ i 0 4 hashes i @ 0 su 4 wm ois FIGURA 3-6 - tinho represeniando uma fase em um grtfico, Heras etude Como foi discutido no Capitulo 2, 0% mento em uma folha de dados ou outro instrumento, pode ser transferido para um grafico. Por exemplo,a nas de registro de comportamento, e a Figura 3-8b é um ‘Observe que os dias de I-14 na folha de dados comrespondem comportamento representada na fotha de dados para cada dia observar o grifico, voce pode determinar imediatamente que: mento do que durante a fase inicial, I preciso examinar Abaixo da tabela de resumo 4 Figura 3-96). Villicando Certifiguese de q Representagto do comportamento em gréficos e medi¢éo de mudancas Froqubncia Pe De [en a [3 | [eerie [| [a | 5 35 2 5 g 5 5 2 36 Representacdo do comportamento em gréficos e medig&o de mudoncas 37 Fase nical cena compartamental (Scone L Oo 2 4 6 8 W 2 4 6 em Dias FIGURA 3-10 Gico completo uilzando dades da abel de resume de dodos na Figua 396, Considere outro exemplo, Um pesquisadoresté estudando a sindrome de Tourette, um distirbio neurol6gico que faz que ceri mtiseulos do corpo se contraiam ou expandam involuntariamente (chamados de tiques motores). O pesquisador uiliza Gimsstema de registro com intervalos ¢ registra se um tique motor ocorre durante cada intervalo de 10 segundos conseoutivos tin periodos de observago de 30 minutos, No final de cada periodo de observagio, o pesquisador calcula a porcentazem, ‘fe intervalos em que um tique ocorreu, O pesquisador rotula 0 eixo y do grifico como “Porcentagem de intervalos com tiques”€ numera 0 cixo x de 0% a 100%, Sempre que um sistema de registro de intervalos¢ utiliza, o eixo » ¢ rotulade ce “Porcentagem de intervalos de (Comportamento)".O rtulo do eixo x indicits periodos em que o comportamento fo: rezistrado (por exemplo, “SessGes” ou “Dias”), O exo x é eno ‘periodo em que um comportamento-alvo é observado e registrado. cin Outros aspectos de um com 38 Medicago do comportement: teria e pratica Neste caso, dirfamos que 0 pesquisador demonstrou controle experimental quanto a0. comportamento-alvo. E improvave que uma varvel estranha causasse a mudanga de comportamento se mudasse apenas quando o tratamento fosse implemen tado. Esta segio analisa desenhos de pesquisa utilizados na modificagao de comportamento (para obter mais informagée sobre desenhos de pesquisa de moditficagio de comportamento, veja Bailey, 1977; Barlow e Hersen, 1984; Gast, 2009; Hayes Barlow e Nelson-Gray, 1999; Kazdin, 2010; Poling ¢ Grossett, 1986). Desenho A-B tipo de desenho mais simples utilizado na modificagdo de comportamento tem apenas duas fas mento, e€ denominado desenbo A-B, com uma fase inicial A eo tratamento B. Os desenhos A-B esto ilustrados nas Figyr® 3-1, 3-7, 3-8b e 3-10, Por meio de um desenho A-B, podemos comparar a fase inicial e de tratamento para determina® mportamento se modificou de modo esperado depois do tratamento. Contudo, o deseno A-B ndo demonstra uma relat “unctonal porque otratamento ndo éreplicado (implementado uma segunda ver) Porianto, o deseaho A-B nilo é um ddesenh dd pesquisa verdadeio; isso nfo exclu a possiilidade de que uma variével estranha tena sido responsével pela mudané a comportamento. Por exemplo, embora o comportamento de morder a boca tenba diminuido quando o tratamento de respost Competitiva fo! implementado na Figura 3-1, 6 possivel que outro evento (varidvel estranha) tenha ocorrido ao mesmo et {que tratamento foi implementalo. Nesse caso, a diminuiglo do habito mencionado pode er resultado do outro evento d ddmna combinagdo de tratamento e do outro evento. Por exemplo, a pessoa pode ter visto um programa de TV sobre 0 control de hibitos nervosos ¢ ter aprendido, assim, a controlar o costume de morder a boca. "0 denenhio ALB nao é wm verdadeiro desenho de pesquisa. Como 0 desenho A-B nfo inclui uma replicagdo e, portant nfo demonatva uma relagao funcional, raramente& utlizado por pesquisadores de modificapio de comportamento, © ma frequentemente empregado em situagdes aplicadas, nfo investigaivas, nas quais as pessoas esto mais interessadas et demonstrar que a mudanga de comportamento ocorreu do que: fimento causou a mudanga de compor nd e mostrar que seu comportament Representagao do comportamenio em gréficos © medigdo de mudancos 39 gncia das demandas no comportamento agressivo de Bob alternando fases nas quai os proessoresfaziam demandas anes com fas68 nas quas os prfessores nfo faziam exigéncias, Na Figura 3-11, voc® pode ver que 0 comportamento aur vez. Na fase iicial (“Com demands"), 0 comportamento agressive ocorreu com frequéncia. Quando a fase de sapento Sem demandas”) foi implementada pela primeira vez, 0 comportamento diminuiu, Quando ocorreu a segunda walt;com demandas”, 0 comportamento retornou ao nivel durante a primeira fase “Com demandas”. Por fim, quando a fase fis demandas” fol implementada uma segunda vez, 0 comportamento diminuiu novamente. 0 fato de o comportamento Sejudado tes VeZeS, € apenas quando a fase mudou,é uma evidéncia de que a mudana nas demands (em vez de alguma se fave estranha) causou 2 mudanga de comportamento. Quando a varivel independente foi manipulada (as demandas ‘pram atvadas edesativadas), 0 comportamento mudou de acordo,£ altamente improvavel que uma vardvel estranha tenb rr atvadac dsativada exatamente ao mesmo tempo que as demandas, portato ¢altamente improvavel que qualquer outra serve, exceto a varivelindependente (mudanga nas demandas),tenha causado a mudanga de comportamento Variagdes do desenko reverso A-B-A-B podem ser utilizadas quando mais de um tratamento & avaliado, Suponha, por exemplo, ue Voe® implementou um trlamento(B) eno funcionou; nto, implementou um segundo tratamento (C) ¢ fun

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