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FÍSICA
ENSINO MÉDIO
MATERIAL DO PROFESSOR
4

Dinâmica II

Movimentos curvilíneos 2
Força resultante centrípeta 22

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1 ISTOCK/GETTY IMAGES

Os oito planetas do sistema solar e o planeta


anão, Plutão, em suas trajetórias curvilíneas em
torno do Sol. Distâncias e imagem fora de escala.

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VOCÊ VAI APRENDER A
 reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscila-
tórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos;
 relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e repre-
sentação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo,
gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica;
 caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos
ou corpos celestes.

1 MOVIMENTOS
CURVILÍNEOS

A
o observar a natureza, os seres humanos perceberam
que muitos fenômenos se repetem, ou seja, são cíclicos.
Assim ocorre com as marés, fases da Lua, estações do
ano...
Ciclos são muito úteis para expressar ideia de tempo. Por
exemplo: ao girar em torno de seu eixo imaginário, a Terra nos
faz perceber o Sol nascendo e se pondo, e, depois disso, nas-
cendo e se pondo novamente... e novamente... repetindo esse
processo com uma duração bem próxima uma da outra. Assim,
é conveniente criar uma unidade de tempo que expressa, apro-
ximadamente, o quão demorado é o intervalo entre um nascer
do Sol e o seguinte. Essa unidade é chamada dia.
Outro exemplo de ciclo é o ano, tempo que a Terra leva
para completar uma volta em torno do Sol. Para entender por
que esse fenômeno é cíclico, é necessário conhecer um pouco
do movimento da Terra em relação ao Sol, que é um movimento
curvilíneo.

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T enho a
PARA COMEÇAR

Se você parar para pensar, quase todos os tubo de raios catódicos e o forno de micro-on-
impressão de
movimentos que ocorrem na natureza e no seu dia das. De maneira resumida, para gerar a imagem
ter sido uma a dia seguem trajetórias curvas: os veículos, as ae- nessas TVs, elétrons são acelerados e forçados,
criança brincando ronaves, pessoas e animais caminhando, pássaros por campos magnéticos, a seguir trajetórias
voando em suas trajetórias imprevisíveis. Em escala curvas, de modo a varrer todo o monitor e, no
à beira-mar, atômica, os elétrons, de acordo com o modelo interior dos componentes eletrônicos do forno
divertindo-me em atômico de Rutherford-Bohr, orbitam os núcleos de micro-ondas, os elétrons seguem em traje-
atômicos em suas trajetórias curvilíneas. Em escala tórias curvas, por também serem desviados por
descobrir uma astronômica, o universo é o palco sem plateia da campos magnéticos, e assim produzem ondas
pedrinha mais lisa dança cósmica dos corpos celestes em suas órbitas eletromagnéticas que, por sua vez, aquecem os
elípticas, parabólicas e hiperbólicas, regidas pelas alimentos. Tomemos como exemplo uma tecno-
ou uma concha inúmeras forças de atração gravitacional. logia não muito avançada, como a de uma bi-
mais bonita que as Você já se perguntou sobre o movimento cicleta com marchas. Você já deve ter pedalado
de translação, ou mesmo rotação, dos planetas? em uma dessas ou, ao menos, visto uma. Já se
outras, enquanto o
Consegue imaginar como esses fenômenos, perguntou por que uma determinada combina-
imenso oceano da aparentemente tão distantes da nossa realida- ção de catracas e coroas faz que o esforço ao
de, poderiam estar relacionados com eventos pedalar seja maior ou menor? Esses eventos,
verdade continua
mais próximos a você, tais como o girar da roda e muitos outros que poderíamos citar, encon-
misterioso diante de um carro ou de uma bicicleta? Ou o movi- tram explicação no estudo dos movimentos
mento de brinquedos que giram em parques de curvilíneos.
de meus olhos.
diversão, ponteiros de um relógio analógico ou
Isaac Newton mesmo um HD sendo lido em seu computador? Vamos refletir?
Todas as situações descritas acima se relacionam Tente imaginar: como seria viver em um
com áreas de vital importância na física, entre mundo onde retas fossem as únicas trajetórias
CONECTIVIDADE
CONEXÕES
elas, está a que nos interessa neste capítulo, os possíveis? Imagine a dificuldade para encontrar
TECNOLOGIA movimentos curvilíneos. outra pessoa, ou para ir de um lugar a outro.
Para conhecer mais sobre Embora os movimentos curvilíneos ocorram Pense, por um momento, nos planetas em tor-
o funcionamento do for- muito antes da humanidade ou da origem da no do Sol não podendo mais seguir suas órbitas
no de micro-ondas, leia o
texto disponível em:
ciência, somente com a compreensão de tais elípticas e nenhum outro tipo de trajetória cur-
<https://www.youtube. fenômenos foi possível nossa evolução tecno- vilínea. Será que seria possível o Sistema Solar
com/watch?v=Gc5xbE lógica. Exemplos clássicos são a antiga TV de encontrar outra configuração estável?
Q1QTY>. Acesso em:
dez. 2015.

MARCIN BIAŁEK
Orientação ao professor 1.
O objetivo é mostrar aos alunos como os
movimentos curvilíneos estão presentes
em tudo, desde situações mais simples,
como seu próprio caminhar quando do-
bram uma esquina, até as mais complexas,
como no contexto tecnológico, nas escalas
atômicas e astronômicas. É interessante
mostrar-lhes que, nesses movimentos, a
direção e o sentido desse vetor se alteram
constantemente. Comente com eles sobre
os diversos tipos de órbitas dos astros, em
especial as elípticas, as mais comuns e
que, para efeito de cálculos no Ensino Mé-
dio e por ser uma boa aproximação, são
consideradas órbitas circulares, um caso
particular das órbitas elípticas.

Elétrons em trajetórias curvilíneas devido à aplicação de campos magnéticos.


A coloração é resultado da colisão dos elétrons com as moléculas do gás.

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ENSINO MÉDIO

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ROTEIRO DE APRENDIZAGEM

Grandezas periódicas Grandezas angulares e equa-


1 • Período 2 ções do movimento circular
• Frequência uniforme (MCU)
• Deslocamento angular
• Velocidade angular
Transmissões • Velocidade tangencial

3 • Transmissão concêntrica • Aceleração no movimento


circular
• Transmissão periférica

GRANDEZAS PERIÓDICAS
Durante o funcionamento da roda-gigante, cada ca- iguais. Esse tempo é uma grandeza física chamada perío-
deira executa uma trajetória circular, ou seja, cada lugar do, no Sistema Internacional de Unidades (SI) é representa-
passa repetidas vezes pela mesma posição em intervalos de da pela letra T e sua unidade é o segundo (s).
tempo iguais. Trata-se de um movimento periódico. Embora a unidade no SI seja o segundo, podemos in-
dicar o período de eventos cíclicos com outras unidades de
ISTOCK/GETTY IMAGES

tempo, se for conveniente. Por exemplo:


Postagens diárias de vídeo em uma rede social:
T = 1 dia.
Transmissão de um novo episódio de uma série semanal:
T = 1 semana.
Publicação de uma revista mensal:
T = 1 mês.
Se considerarmos um evento periódico e quisermos
descobrir o período, é necessário saber o tempo que le-
vou para que uma quantidade conhecida de eventos tenha
ocorrido. Por exemplo: suponha uma fábrica que constrói
carros. Nessa fábrica, um novo carro estará pronto sem-
pre após o mesmo intervalo de tempo. Sabe-se que após
24 horas de trabalho, foram produzidos 24 novos carros.
A cadeira da
roda-gigante Logo, o evento da produção de carros é cíclico, e seu pe-
executa ríodo é de 1 hora.
movimento
periódico. Assim, podemos dizer:

Período é o intervalo de tempo em que um evento


periódico se repete.
PERÍODO Dt
T=
É fácil encontrar na biblioteca, por exemplo, a seção n°- de eventos
de periódicos. Jornais ou revistas encontrados nessa seção
podem ser publicados diariamente, semanalmente ou T: período SI = unidade (s)
mensalmente e, por isso, são exemplos de periódicos; sua Dt: intervalo de tempo que demora para ocorrer n
publicação ocorre em intervalos de tempo iguais. Podemos eventos SI = unidade(s)
entender que o evento da publicação, por ocorrer de “n°- de eventos”: quantidade de eventos que ocorreram
maneira sistemática e em intervalos de tempo iguais, é um durante Dt segundos, grandeza que não tem dimensão, ou
evento periódico. Em um evento periódico, os intervalos de seja, expressa apenas um valor (neste caso, quantidade)
tempo decorridos entre as ocorrências do mesmo tipo são sem apresentar unidade de medida.
Orientação ao professor 2. Busque usar exemplos para explicar aos alunos o conceito de evento periódico e período, usando elementos do
cotidiano deles. Alguns exemplos possíveis são: ônibus que saem de hora em hora; campeonatos, como a Copa do Mundo de futebol, que ocorre 5
a cada quatro anos; um salário mensal etc. Se possível, aumente a dificuldade dos exemplos, usando situações nas quais o período não está
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evidente, para que os alunos usem naturalmente a equação do período, preferencialmente de maneira intuitiva. ENSINO MÉDIO

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FREQUÊNCIA decide contar e anotar em seu diário quantas ondas che-
gam até ele durante 1 minuto. Supondo que o intervalo de
Vamos retomar o exemplo da fábrica de carros. Con-
tempo entre uma onda e outra é constante e que o valor
sidere que tenha se estabelecido uma medida para a pro-
anotado no diário é igual a seis ondas. Podemos, então,
dutividade, que relaciona o número de veículos produzido
afirmar que
em um certo tempo. Para facilitar a comunicação, foi com-
a) o período T do evento “chegada da onda” é igual
binado que o intervalo de tempo a ser considerado seria
a 10 s.
de um dia. Em outras palavras, surgiu uma nova medida
b) a frequência f do evento “chegada da onda” é
que informa quantos carros são produzidos após passar o
igual a 10 Hz.
tempo igual a um dia. O que queremos é a quantidade de
c) o período T do evento “chegada da onda” é igual
ocorrências (no caso carros produzidos) durante um inter-
a 0,1 Hz.
valo de tempo estabelecido (que poderia ser segundos ou
d) a frequência f do evento “chegada da onda” é
minutos, por exemplo, mas para este caso são dias). Lem-
0,1 s.
brando que a fábrica tem produção constante, e sabendo
e) para esse caso, não podemos considerar ondas
que em 24h ela produziu 24 carros, podemos afirmar que
como eventos cíclicos.
a produtividade é de 24 carros por dia.
Analisando a alternativa c, percebemos que a unidade
Esse conceito de ocorrências por unidade tempo é
de período está incorreta, pois está em Hz, que é uni-
uma grandeza física chamada frequência. No Sistema
dade de frequência.
Internacional de Unidades (SI) pode ser representada pela
Analisando a alternativa d, percebemos que a unidade
letra f.
de frequência está incorreta, pois está em segundos,
que é unidade de período.
n°- eventos
f= Como as ondas chegam sempre em intervalos de tem-
Dt
po iguais, podemos considerá-las, para a situação do
f: frequência SI = unidade (Hz). enunciado, um evento cíclico; portanto, a alternativa e
Sobre os eventos cíclicos, estudaremos especialmente não pode estar correta.
os que estão relacionados a movimentos curvilíneos. Imagi- O período de um evento cíclico é igual ao intervalo de
ne um movimento circular, por exemplo, um carro de corri- tempo entre um evento e o seguinte. Assim, para cal-
da, com módulo de sua velocidade igual a uma constante, cular o período T do evento em questão basta aplicar
deslocando-se em uma pista circular. Suponha a ocorrência ∆t 1 min uto 60s 10s
T= = = =
chamada volta (um percurso completo na pista). Se afirmar- n°- eventos 6 ondas 6 ondas onda
mos que o período (tempo que leva para o carro completar Ou seja, o período é igual a 10 s; isso significa que a
1 volta) é alto, o que poderemos dizer sobre a frequência cada 10 s ocorre uma onda. Portanto, a resposta cor-
(quantidade de voltas que ocorrem durante 1 unidade de reta é a.
tempo)? A frequência será o número de ocorrências por segun-
Podemos perceber que essas grandezas são inversa- do (já que queremos obter essa medida em Hz):
mente proporcionais, ou seja, quanto maior for uma, me-
n°- eventos 6 ondas
nor será a outra. É possível relacionar essas grandezas por f= =
∆t 60s
meio da igualdade:
Assim, obtemos

1 0,1 ondas = 0,1 Hz


f= f=
T 1s
Concluímos que a frequência é 0,1 Hz; logo, a alterna-
f: frequência SI = unidade (Hz). tiva b está incorreta.
T: período SI = unidade (s). Resposta correta: a.

EXERCÍCIO RESOLVIDO
Durante as férias escolares, os pais de Pedro decidem
levá-lo para descansar na praia. Pedro gosta de sentar-se
na areia e observar as ondas sempre chegando, uma após
a outra, indefinidamente. Durante sua observação, Pedro

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GRANDEZAS ANGULARES E EQUAÇÕES DO
MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME (MCU)
Você tem ideia da velocidade em que a Terra gira em torno do Sol?
E em torno de seu eixo imaginário?

ALESSANDRO SILVA
Sol

Movimento
de translação
da Terra. Sol
e distâncias
fora de escala.

A velocidade em que a Terra gira ao redor do Sol, seguindo uma órbita elíptica (embora possa ser aproximada para uma
órbita circular), no movimento denominado translação, no período de aproximadamente 365 dias, é cerca de 107 000 km/h.
A velocidade de deslocamento de um ponto da superfície da Terra quando ela gira em torno de seu eixo imaginário, no mo-
vimento de rotação, é aproximadamente 1 700 km/h nas proximidades do Equador, diminuindo quanto mais se aproxima
dos polos. Além disso, a Terra realiza, junto com todo o Sistema Solar, um movimento de giro próximo de 1 000 000 km/h
com relação ao centro da galáxia, segundo estudos do astrônomo Augusto Damineli, professor do Instituto Astronômico e
Geofísico da USP. Além dos citados acima, a Terra apresenta outros movimentos, entre os quais podemos citar como exem-
plo a precessão do eixo de rotação, que é o movimento oscilatório parecido com o do eixo de um peão quando começa a
perder velocidade de rotação.

CONECTIVIDADE
CONEXÕES

Os movimentos de rotação e translação da Terra, assim como seu ângulo de inclinação, estão profundamente
relacionados com o clima e as estações do ano.
Para conhecer mais sobre movimentos da Terra e clima, leia o texto disponível em: <https://www.fe.unicamp.br/
formar1/revista/N000/pdf/Conv-com-Prof-MovTerra-Negrao-Junho08.pdf>. Acesso em: nov. 2015.
Nesse capítulo estudaremos somente o movimento circular uniforme. A leitura complementar, a seguir, oferece
uma introdução sobre o movimento circular uniformemente variado (MCUV).
Disponível em: <http://coral.ufsm.br/gef/Rotacoes/rotacoes02.pdf>. Acesso em: nov. 2015.

CONEXÃO
CONEXÕES

HISTÓRIA
A obra Princípios matemáticos da filosofia natural, de Isaac Newton, também conhecida como Principia, é
considerada uma das maiores da física. É um conjunto de três volumes que teve sua primeira edição publicada em
1687. Nessa obra, Newton apresenta, entre outras ideias, as três leis que levam seu nome, a teoria da gravitação
universal e o desenvolvimento do cálculo. Esse trabalho representou importante contribuição para o estudo dos mo-
vimentos curvilíneos e para muitas outras áreas científicas.

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DESLOCAMENTO ANGULAR relacionarmos radianos e graus, basta lembrar
CONECTIVIDADE
CONEXÕES que 2π rad = 360°.
A betoneira mostrada na fotografia a seguir
A razão de medir deslocamento angular
Para saber mais sobre a gira em movimento circular, variando o ângulo
preferencialmente em radianos se deve à pos-
razão de o deslocamento a cada instante.
angular ser preferen- sibilidade de associá-lo ao espaço percorrido Dx.

ISTOCK/GETTY IMAGES
cialmente medido em Assim, o deslocamento angular pode ser
radianos, leia o texto dis-
escrito como
ponível em: <http://ecal-
culo.if.usp.br/funcoes/
trigonometricas/ Dx
Dθ =
circunferencia/links/ R
radianos_principal.htm>.
Acesso em: nov. 2015.
Dθ: deslocamento angular SI = unidade
(rad).
Dx: deslocamento escalar SI = unidade (m).
R: raio da trajetória SI = unidade (m).

VELOCIDADE ANGULAR
Ainda considerando o esquema anterior,
imagine uma partícula em movimento circular
passando pela posição A e, após o intervalo de
tempo Dt, pelo ponto B. A razão entre o ângulo
varrido pela partícula (Dθ) e o tempo gasto para
descrevê-lo (Dt) é a velocidade angular, repre-
sentada pela letra grega ômega minúsculo, ω.
A betoneira executa movimento circular. Assim,

Considere uma partícula em movimento



circular localizada no ponto A que, após certo ω=
Dt
tempo, passa pelo ponto B, como representado
neste esquema. ω: velocidade angular SI = unidade (rad/s).
Essa velocidade angular nos fornece o ân-
gulo descrito pela partícula na unidade de tem-
po, enquanto está girando.
R Considerando uma volta completa,
A
Dθ Dθ  =  2π rad, sabendo que o tempo necessá-
Dx rio para dar essa volta é justamente o período,
Velocidade Dt = T, e conhecendo a relação entre período e
B tangencial frequência, obtemos
Velocidade tangencial
∆θ 2π
Uma partícula em movimento circular. ω= = = 2πf
∆t T
No deslocamento de A até B, essa partícula
percorre a trajetória circular de medida Dx, que Assim, concluímos:
equivale ao comprimento de AB  , e descreve o • A velocidade angular não depende do raio
ângulo Dθ, deslocamento angular, correspon- da trajetória.
dente ao ângulo central varrido pelo segmento • Quanto maior a frequência do movimento
que liga a partícula ao centro da trajetória no circular, maior sua velocidade angular.
movimento circular, num intervalo de tempo • A velocidade angular também é conhecida
determinado. Como se trata de ângulo, as uni- como frequência angular.
dades de deslocamento angular são graus ou Observação: lembra-se da equação ho-
radianos. No SI, usa-se a unidade radiano. Para rária para o movimento retilíneo uniforme

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(S  =  S0  +  vt)? No caso do movimento circular uniforme, ACELERAÇÃO CENTRÍPETA
existe uma relação similar. Sabendo que Dθ = θ – θ0,
É perpendicular ao vetor velocidade tangencial e mede
Dt = t – t0 e considerando o tempo inicial nulo, obtemos
a alteração da direção do vetor velocidade na unidade de
θ − θ0
ω= . Assim, a equação horária para o MCU pode ser tempo; caso seja nula, o movimento é retilíneo. Essa ace-
t
escrita como leração se deve à mudança da direção do vetor velocidade
tangencial, não à variação do seu módulo. No MCU, pode
θ = θ0 + ωt ser expressada por

Perceba que elas são muito parecidas, com a diferença v2


ac =
que as posições e velocidades, no caso do MCU, são gran- R
dezas angulares, não lineares.
ac: aceleração centrípeta SI = unidade (m/s2).

VELOCIDADE TANGENCIAL
A velocidade tangencial, ou linear, é a relação entre o
ACELERAÇÃO TANGENCIAL
espaço percorrido (Dx) e o tempo gasto (Dt). Embora ela É paralela ao vetor velocidade tangencial e mede as
possa ser expressada em km/h ou cm/min, no SI sua uni- alterações da intensidade do vetor velocidade na unidade
∆x de tempo. Existe no movimento variado e é nula no movi-
dade é m/s. Assim v = . Para uma volta completa, Dx é
∆t mento uniforme.
igual ao comprimento da circunferência, Dx = 2πR, e Dt é o
Então, sempre que há mudança na direção do vetor ve-
tempo necessário para dar uma volta completa, o período,
locidade podemos afirmar que existe aceleração centrípeta.
2πR
portanto Dt = T. Concluímos então que v = . Sabendo No caso de MCU, ac ≠ 0 e at = 0. No caso de MCUV (mo-
1 T
que T = , podemos escrever vimento circular uniformemente variado), ac ≠ 0 e at ≠ 0.
f

ISTOCK/GETTY IMAGES
v = 2πRf

v: velocidade tangencial SI = unidade (m/s).


Sabemos que ω = 2πf e que v = 2πRf. Assim, pode-
mos relacionar essas duas grandezas, substituindo 2πf na
segunda equação, obtendo

v = ωR

Observação: é interessante notar que no MCU a


velocidade tangencial varia, não em módulo (este se
mantém constante), mas em direção e sentido. Assim, é
correto afirmar que há aceleração. Essa aceleração recebe No chapéu mexicano, os participantes estão
o nome especial aceleração centrípeta, e será estudada em movimento com aceleração centrípeta.
adiante.
ALESSANDRO SILVA

ACELERAÇÃO NO
MOVIMENTO CIRCULAR
A aceleração mede a variação sofrida pela velocidade
em uma unidade de tempo. Então, se houver mudança de
→ →
velocidade em modulo, direção ou sentido, existe acelera- ac1 Vt1
ção. No movimento circular, a aceleração tem duas compo- →
ac 2
nentes: a aceleração centrípeta (ac), e a aceleração tangen- Um carro em dois instantes
diferentes ao efetuar
cial (at ), que são definidas detalhadamente a seguir. uma curva e a aceleração
centrípeta em cada instante.


Vt 2

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→ → → b) 565,2 rad/s.
v v v
c) 435,5 rad/s.
Movimento retilíneo com d) 356,8 rad/s.
velocidade constante
e) 238,4 rad/s.

v1

v2

v3
Resolução:
Sabendo que a frequência é 90 Hz, podemos encon-
Movimento retilíneo com
trar a velocidade angular pela relação
velocidade variável
ω = 2πf = 2 · 3,14 · 90 = 565,2 rad/s


Resposta correta b).
v1 v3

ac2


2. Um garoto gira uma pedra amarrada a um barbante.
ac3

Com o auxilio de um amigo, ele consegue medir o
ac1 →
v2 tempo que a pedra leva para completar 1 volta, que é
Movimento curvilíneo com 0,5 s. Sabendo que o barbante utilizado é inextensível
velocidade variável (direção) e que seu comprimento é 40 cm, determine a veloci-
→ dade tangencial e a aceleração centrípeta dessa pedra.
v1
Use π = 3,14.
Resolução:

v4 Conhecendo o período do movimento, podemos de-

ac1
terminar sua frequência,
1 1
→ → f= = = 2 Hz
ac 4 ac2 T 0,5
→ Com a frequência, e sabendo que o raio da trajetória é
ac3
igual ao comprimento do barbante, é possível calcular

v2 a velocidade tangencial,

v3 v = 2πRf = 2 · 3,14 · 0,4 · 2 = 5,024 m/s
Movimento circular com Observação: é possível seguir um caminho diferente no
velocidade variável (direção) cálculo. Com a frequência, podemos calcular a veloci-
Alguns exemplos de diferentes movimentos dade angular,
e seus vetores velocidade e aceleração ω = 2πf = 2 · 3,14 · 2 = 12,56 rad/s
centrípeta em diversos instantes.
Sabendo a velocidade angular, encontramos a veloci-
dade tangencial através da relação
v = ωR = 12,56 · 0,4 = 5,024 m/s
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS A aceleração centrípeta é obtida pela expressão
1. O disco de um HD de um computador tem uma fre- v 2 (5, 024 )2
quência de 90 Hz. Assim, podemos afirmar que sua ac = = ≅ 63,10 m /s2
R 0, 4
velocidade angular é (use π = 3,14) Resposta correta: velocidade tangencial é 5,024 m/s e
a) 180 rad/s. aceleração centrípeta é 63,10 m/s2.

TRANSMISSÕES
Uma das aplicações mais importantes dos movimen- contribuiu muito para o desenvolvimento tecnológico. A in-
tos circulares é a transmissão de movimentos, em que a dústria em geral utiliza muitas polias e engrenagens para
rotação de um corpo é transmitida para outro por meio de desenvolver seus produtos. Nos carros, por exemplo, há
um sistema de acoplamento. Para facilitar o estudo, nos inúmeras correias dentadas, polias e engrenagens que os
exemplos apresentados consideraremos a aplicação de po- fazem funcionar, trocar de marcha etc.
lias, mas poderiam ser usados outros tipos de acoplamento. Estudaremos dois tipos de transmissão de movimen-
Assim como muitos outros conhecimentos que perten- tos circulares: a transmissão concêntrica e a transmissão
cem à área da física, a transmissão de movimentos circulares periférica.

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TRANSMISSÃO CONCÊNTRICA disco. Tente visualizar agora o trajeto de cada ponto sepa-
radamente. Observe estas figuras
Observe as engrenagens, acopladas a um mesmo eixo,
P2
usadas para colocar um carro em marcha a ré:

REPRINTED COURTEZY OF
HOWSTUFFWORKS.COM
1

P1 Disco em rotação
com duas partículas
diferentes em
destaque, P1 e P2.

P2

2
As trajetórias
P1
separadas de
3 duas partículas
diferentes em
movimento circular
no mesmo disco.
Engrenagens de uma caixa de câmbio.

Após efetuar uma volta completa, podemos perceber


que os pontos do mesmo disco apresentaram diferentes
Definição de eixo segundo Aulete: deslocamentos. Embora tenham a mesma velocidade an-
eixo (ei.xo) gular, percorrem trajetórias de raios diferentes; aquele que
1. Reta imaginária ou haste real que pas- percorre a trajetória de maior raio (sendo o raio a distância
sa pelo centro de um corpo e em torno do do ponto considerado ao centro do círculo) terá percorri-
qual esse corpo executa movimentos rotató- do um maior deslocamento espacial. Ou seja, a velocidade
rios: eixo de rotação da Terra: eixo de uma linear do ponto mais distante do centro é maior do que a
engrenagem. do ponto mais próximo do centro. Assim:
2. Linha imaginária que divide um corpo em
partes simétricas ou equilibradas: o eixo do vp1 ≠ vp2
corpo humano.
Disponível em: <http://www.aulete.com.br/
Em que vp1 é a velocidade linear de P1 e vp2 é a veloci-
eixo#ixzz3sE7A3YG4> Acesso em: nov. 2015. dade linear de P2.
Imagine que a engrenagem 1 está em rotação. Sa-
bendo que estão acopladas, como você acha que estará
TRANSMISSÃO PERIFÉRICA
a engrenagem 2? Parada, ou em rotação? Se em rotação,
Diferentemente da transmissão concêntrica, na trans-
estará girando mais lentamente, mais rapidamente ou na
missão periférica há eixos diferentes. Ainda comparando-a
mesma velocidade que a engrenagem 1? E a engrenagem
com a transmissão concêntrica, outra notável diferença é
3? A resposta é que, por estarem acopladas a um mesmo
que a velocidade angular pode ser diferente nas rotações
eixo, qualquer ponto de qualquer engrenagem vai girar
que ocorrem em diferentes eixos. Estudaremos dois tipos
com a mesma velocidade angular.
de transmissão periférica de movimentos circulares: por
contato ou por corrente.
ω 1 = ω2 = ω3
Na transmissão por contato, os sentidos das rotações
das polias engrenadas são invertidos. Veja:
Consequentemente, as frequências também serão iguais:
Polia 2

f1 = f2 = f3
Polia 1

Agora imagine um disco muito grande. Considere um R1


ponto P1 próximo ao centro, e outro P2 na borda desse Duas polias
dentadas
R2 acopladas
por contato.

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Observe na figura que a orientação do movimento da angular da Polia 1 será o dobro daquela da Polia 2;
Polia 1 é anti-horária, enquanto que da Polia 2 é horária. assim, os produtos da velocidade angular pelo raio de
Sobre a transmissão por corrente, é interessante notar cada polia serão iguais.
que, embora tenhamos usado esse termo, o elemento de
transmissão não precisa necessariamente ser uma corrente. ω1 · R1 = ω2 · R2
O conceito é haver um meio material para conectar o mo-
vimento de diferentes polias. Imagine duas polias girando, Como ω = 2 · π · f, e 2 · π é uma constante, podemos
ligadas por uma correia dentada: reescrever a igualdade como:
Polia 2
Correia
f1 · R1 = f2 · R2
Polia 1
f1: frequência da Polia 1 SI = unidade (Hz);
R2 f2: frequência da Polia 2 SI = unidade (Hz);
R1
R1: raio da Polia 1 SI = unidade (m);
Duas polias
acopladas R2: raio da Polia 2 SI = unidade (m);
por correia. • A engrenagem acoplada ao eixo dos pedais de uma
bicicleta é chamada coroa, enquanto a acoplada ao
Um dado importante sobre a transmissão por correia é
eixo da roda traseira da bicicleta é chamada catraca;
que os sentidos das rotações das polias ligadas são iguais.

FOTOS: GISELE MEZAROBBA/DOM BOSCO IMAGENS


Observe na figura que a orientação do movimento da Polia
1 e da Polia 2 tem sentido horário.
Algumas características da transmissão periférica (aque-
la que ocorre em diferentes eixos) de movimento circular:
• A velocidade angular de cada polia é inversamente
proporcional ao seu raio.
Nos exemplos ilustrados, em ambos os casos, a Polia 1
tem velocidade angular maior que a da Polia 2. Você
pode entender isso melhor se imaginar que, após a
Polia 1 completar uma volta, a Polia 2 ainda não terá
percorrido uma volta completa, ou seja, quando a Polia Bicicleta com sete catracas.
2 girar uma volta completa, a Polia 1 já terá dado mais
de uma volta.
• A velocidade linear será igual para as polias, também
em ambos os casos.

v1 = v2

v1: velocidade linear da Polia 1 SI = unidade (m/s);


v2: velocidade linear da Polia 2 SI = unidade (m/s);
Bicicleta com
Curiosidades: três coroas.
Isso ocorre porque a velocidade linear é proporcional à
velocidade angular e ao raio, e o produto dessas duas • A frequência ideal para que um ciclista tenha o menor
grandezas se mantém constante em diferentes polias esforço ao pedalar é 90 rpm;
que estejam ligadas por correia. Exemplificando: ima- • Para alcançar maior velocidade linear da bicicleta com
gine uma Polia 1 de raio 5 cm e outra, Polia 2, de raio menor velocidade angular da coroa, deve-se usar a co-
igual a 10 cm, ligadas por uma correia, ambas em ro- roa maior com a menor catraca, embora essa combi-
tação. A velocidade angular da Polia 1 será maior que nação exija maior esforço do ciclista. Diz-se que fica
a da Polia 2, já que seu raio é menor. Mas quanto a “mais pesado para pedalar”.
velocidade angular da Polia 1 será maior? Já que o raio • Para alcançar maior velocidade angular da coroa com
da Polia 1 é a metade do raio da Polia 2, a velocidade menor velocidade linear da bicicleta, deve-se usar a

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coroa menor com a maior catraca, embora essa com- bicicleta as engrenagens estão ligadas por transmissão
binação exija menor esforço do ciclista. Diz-se que fica periférica. Assim, podemos usar a seguinte relação:
“mais leve para pedalar”. 1) ω1 · R1 = ω2 · R2
• As diferentes combinações coroa-catraca tem propó- Do enunciado obtemos:
sitos diferentes; a primeira é mais apropriada no caso 2) ω1 = 2 · ω2
de o ciclista percorrer terreno plano, e a segunda, de Substituindo a equação 2 na equação 1, e fazendo
ele percorrer um aclive, pois a marcha “pesada” da R2 = 10 cm, obteremos:
bicicleta reduz o esforço do ciclista para obter maior 2 · ω2 · R1 = ω2 · 10,
velocidade (ele dá menos pedaladas para obter maior 10
R1 = = 5 cm
deslocamento linear), e a marcha “leve” reduz seu es- 2
forço ao pedalar durante uma subida (embora a veloci- Resposta correta: 5 cm
dade linear seja reduzida).
3. Carlos, um aluno de física que tem grande curiosidade
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS sobre os movimentos circulares, possui uma vitrola. Um
dia ele decide fazer um pequeno experimento: colocou
1. Considere duas engrenagens, 1 e 2, acopladas a um
um disco de vinil em sua vitrola e, sobre ele e de ma-
mesmo eixo. Sabendo que a velocidade angular da en-
neira coaxial, um CD de música. Carlos percebeu que o
grenagem 1 é 50 rad/s, qual é a velocidade tangencial
raio do disco de vinil (R1) é três vezes maior que o raio
de um ponto, na engrenagem 2, distante 10 cm do
do CD (R2). Com isso, ele quer encontrar uma relação
centro dessa mesma engrenagem?
entre as velocidades lineares do disco (v1) e do CD (v2)
Resolução:
quando a vitrola estiver ligada. Podemos afirmar que a
Sabendo que as engrenagens estão acopladas a um
expressão encontrada por Carlos foi
mesmo eixo (transmissão concêntrica), obtemos
a) v1 = v2.
ω1 = ω2
b) v1 = 3 · v2.
Conhecendo a relação entre velocidade angular e tan- 1
gencial, v = ωR, podemos escrever c) v1 = · v2.
3
v 1
ω1 = 2 d) v1 = · v2.
R2 2
Substituindo os valores fornecidos pelo problema, en- e) v1 = 2 · v2.
contramos v2 = ω1R2 = 50 · 0,1 = 5 m/s Resolução
Resposta correta: 5 m/s Como afirma o enunciado, o disco de vinil e o CD com-
partilham o mesmo eixo de rotação. Com isso, pode-
mos afirmar que suas velocidades angulares são iguais,
2. Fernando é um mecânico que gosta muito de bicicle-
ω1 = ω2 (I)
tas e possui uma vasta coleção de coroas e catracas,
Carlos também determinou uma relação entre os raios
todas devidamente guardadas com as informações
do disco de vinil e do CD,
sobre o raio de cada uma. Em suas horas vagas, Fer-
R1 = 3 ∙ R2.
nando gosta de fazer modificações em sua bicicleta,
Como sabemos, v = ω ∙ R. Entretanto, como queremos
a fim de deixar coroas e catracas que formem boas
encontrar uma relação entre as velocidades lineares
combinações para usar enquanto pedala; em uma de
dos discos, vamos isolar ω nessa equação. Assim, te-
suas experiências, porém, acabou perdendo o registro v
mos que ω = . Substituindo ω na equação (I) e uti-
do raio de uma das catracas. Para descobrir o raio R
lizando os valores de velocidade linear e raio de cada
desta, fez um teste: montou sua bicicleta com a catra-
disco, obtemos
ca de raio x (valor desconhecido) e com uma coroa de v1 v 2
= .
raio igual a 10 cm. Quando começou a pedalar, Fer- R1 R2
nando percebeu que a velocidade angular com a qual Usando a relação entre os raios, temos
a catraca girava era o dobro da velocidade angular da v1 v
= 2.
coroa. Assim, Fernando poderá concluir que o raio da 3⋅ R2 R2
catraca tem que medida? Dessa forma, concluímos que v1 = 3 ∙ v2. Portanto, b é
Primeiro, vamos chamar a velocidade angular da ca- a alternativa correta.
traca de ω1 e seu raio de R1 e a velocidade angular da
coroa é ω2 e seu raio de R2 = 10 cm. Sabemos que na

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REGISTRO DA APRENDIZAGEM

1. Um disco gira à frequência 180 rpm. Converta 4. Na rotação da Terra, a velocidade tangencial de
essa frequência para hertz e obtenha o período em um ponto em sua superfície diminui conforme esse
segundos. ponto se aproxima dos polos. Por que isso ocorre?
180 Conforme o ponto se aproxima do polo, o círculo correspondente à
f= = 3 Hz
60 trajetória do movimento desse ponto terá raio cada vez menor. As-
1 1
T = = = 0,33 s sim, conforme o raio da trajetória fica cada vez menor, a velocidade
f 3
tangencial desse ponto também diminuirá.

2. Um farol marítimo projeta um facho de luz contí-


nuo, enquanto gira em torno do eixo à razão de
10 rotações por minuto. Um navio, com o costado 5. Uma bicicleta de 21 marchas tem três coroas e sete
perpendicular ao facho, está parado a 6 km do fa- catracas. Supondo que a corrente acople a coroa
rol. Com que velocidade um raio luminoso varre o maior (raio 10 cm) à catraca menor (raio 2,5 cm), e
costado do navio? (Use π = 3). que o ciclista dê 60 pedaladas por minuto, calcule a
n°- voltas 10 1 velocidade com que a bicicleta se desloca, sabendo
f= = = Hz
∆t 60 6 que a roda traseira tem 30 cm de raio. Adote π = 3.
1 Transmissão periférica coroa-catraca:
v = 2 ⋅ π ⋅ R ⋅ f = 2 ⋅ 3 ⋅ 6000 ⋅
6 vA = vB
v = 6000 m/s 2πRAfA = 2πRBfB
Transmissão concêntrica coroa-pedal
10 · 60 = 2,5fB
fB = 240 rpm = 4 Hz
Transmissão concêntrica catraca-roda traseira
fB = fC = 4 Hz
v = 2πRf = 2 · 3 · 0,3 · 4 = 7,2 m/s ≈ 26 km/h

3. O ponteiro dos minutos de um relógio analógico


mede 50 cm.
a) Qual a velocidade angular do ponteiro?
2⋅ π 2π π rad
ω= = =
T 3600 1800 s

b) Calcule a velocidade linear da extremidade do


ponteiro.
2πR 2π ⋅ 0,5 π
v= = = m/ s
T 3600 3600

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6. Em um circuito oval da Fórmula Indy, um piloto 8. João, um físico, está se divertindo com seus amigos
completa 10 voltas a cada 30 min. Calcule a fre- em um parque. Ao brincar no chapéu mexicano,
quência e o período desse movimento. acha curioso que, em um dado momento, o mo-
10 voltas 1 volta 1 vimento descrito pelo seu corpo é um MCU. Ao
f= = = Hz
30 min 3 min 180 perceber isso, decide calcular a sua aceleração cen-
1 trípeta. Sabemos que João completa 1 volta a cada
T = = 180 s
f
4 segundos e que o raio do brinquedo é 5 metros.
Assim, qual será a aceleração centrípeta que age
sobre João? (Adote π = 3).
Do enunciado obtemos R = 5 m e ω = 2 · π · f. Para calcular f,
basta lembrarmos que a frequência é o número de ocorrências por
unidade de tempo, assim:
1
f= = 0,25s −1 = 0,25 Hz
4 s
Logo:
ω = 2 · 3 · 0,25 = 1,5 rad/s
Vamos lembrar de duas relações:
v2
1) ac =
R
2) v = ω · R
Substituindo a equação 2 em 1, obtemos:
ω 2 ⋅ R2
ac = = ω2 ⋅ R
R
ac = 1,52 · 5
ac = 11,25 m/s2

7. Uma mosca pousou sobre um disco de vinil que


está girando em uma vitrola. Sabendo que essa
mosca pousou a 15 cm do centro do disco e que,
durante o tempo que permaneceu pousada, sua
trajetória descreveu um arco de 45°, calcule seu
deslocamento escalar em cm. Use π = 3,14.
π 9. Na transmissão concêntrica, diferentes engrena-
∆θ = 45° = rad
4 gens podem estar acopladas ao mesmo eixo. Assim,
π velocidade angular / frequência
Deslocamento escalar: ∆x = R ⋅ ∆θ = 15 ⋅ = 11,77 cm a
4
das engrenagens serão iguais, e a
velocidade tangencial (ou linear)
dos pontos
nas bordas de cada engrenagem serão diferentes.

10. Considere duas engrenagens, de raios e Ra e Rb,


acopladas por uma correia dentada. Sabendo que
Ra = 3Rb, calcule a razão entre fa e fb.
Transmissão periférica
faRa = fbRb
3faRb = fbRb
3fa = fb
fa 1
=
fb 3

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COMPREENSÃO a) a velocidade angular da polia 1 é numericamente
1. Uern-RN (adaptada) — Uma roda-d’água de raio 0,5 m igual à velocidade angular de polia 2.
efetua 4 voltas a cada 20 segundos. A velocidade li- b) a frequência da polia 1 é numericamente igual à
near dessa roda é frequência da polia 2.
(Considere: π = 3). c) o módulo da velocidade na borda da polia 1 é nu-
a) 0,6 m/s. mericamente igual ao módulo da velocidade na
b) 0,8 m/s. borda da polia 2.
c) 1,0 m/s. d) o período da polia 1 é numericamente igual ao
d) 1,2 m/s. período da polia 2.
e) 1,5 m/s. e) a velocidade da correia é diferente da velocidade
da polia 1.
2. UEM-RN (adaptada) — Sobre o movimento circular uni-
forme, assinale o que for correto. 5. UFPB-PB — Na modalidade de arremesso de martelo,
01) Período é o intervalo de tempo que um móvel gas- o atleta gira o corpo juntamente com o martelo antes
ta para efetuar uma volta completa. de arremessá-lo. Em um treino, um atleta girou 4 vezes
02) A frequência de rotação é dada pelo número em 3 segundos para efetuar um arremesso. Sabendo
de voltas que um móvel efetua por unidade de que o comprimento do braço do atleta é de 80 cm,
tempo. desprezando o tamanho do martelo e admitindo que
04) A distância que um móvel em movimento circu- esse martelo descreve um movimento circular antes de
lar uniforme percorre ao efetuar uma volta com- ser arremessado, é correto afirmar que a velocidade
pleta é diretamente proporcional ao raio de sua com que o martelo é arremessado é de:
trajetória. a) 2,8 m/s.
08) O módulo da aceleração centrípeta é diretamente b) 3,0 m/s.
proporcional ao raio de sua trajetória. c) 5,0 m/s.
d) 6,4 m/s
e) 7,0 m/s.
3. Uerj-RJ — Uma pequena pedra amarrada a uma das
extremidades de um fio inextensível de 1 m de com-
primento, preso a um galho de árvore pela outra ex- 6. UFRGS-RS — Levando-se em conta unicamente o mo-
tremidade, oscila sob ação do vento entre dois pontos vimento de rotação da Terra em torno de seu eixo
equidistantes e próximos à vertical. Durante 10 s, ob- imaginário, qual é aproximadamente a velocidade tan-
servou-se que a pedra foi de um extremo ao outro, gencial de um ponto na superfície da Terra, localizado
retornando ao ponto de partida, 20 vezes. Calcule a sobre o equador terrestre?
frequência de oscilação desse pêndulo. (Considere π = 3,14; raio da Terra RT = 6.000 km).
a) 440 km/h.
b) 800 km/h.
4. G1-CFTSC — Na figura abaixo, temos duas polias de
c) 880 km/h.
raios R1 e R2, que giram no sentido horário, acopladas
d) 1600 km/h.
a uma correia que não desliza sobre as polias.
e) 3200 km/h.

7. UFRJ-RJ — No dia 10 de setembro de 2008, foi inau-


gurado o mais potente acelerador de partículas já
construído. O acelerador tem um anel, considerado
nesta questão como circular, de 27 km de comprimen-
Polia 1
Polia 2
to, no qual prótons são postos a girar em movimento
uniforme. Supondo que um dos prótons se mova em
Com base no enunciado acima e na ilustração, é cor-
uma circunferência de 27 km de comprimento, com
reto afirmar que:

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velocidade de módulo v = 240 000 km/s, calcule o nú- 11. UFRGS-RS — A figura apresenta esquematicamente o
mero de voltas que esse próton dá no anel em 1 hora. sistema de transmissão de uma bicicleta convencional

ALESSANDRO SILVA
8. Unesp-SP — Admita que em um trator semelhante ao ωR
da foto a relação entre o raio dos pneus de trás (rT) e o P
A
raio dos pneus da frente (rF) é rT = 1,5 rF. B
ωB

ISTOCK/GETTY IMAGES
ωA

Na bicicleta, a coroa A conecta-se à catraca B através


da correia P. Por sua vez, B é ligada à roda traseira R,
girando com ela quando o ciclista está pedalando.
Nesta situação, supondo que a bicicleta se move sem
deslizar, as magnitudes das velocidades angulares, ωA,
ωB e ωC, são tais que
a) ωA < ωB = ωR.
b) ωA = ωB < ωR.
Chamando de vT e vF os módulos das velocidades de
c) ωA = ωB = ωR.
pontos desses pneus em contato com o solo e de fT e
d) ωA < ωB < ωR.
fF as suas respectivas frequências de rotação, pode-se
e) ωA > ωB = ωR.
afirmar que, quando esse trator se movimentar, sem
derrapar, são válidas as relações:
a) vT = vF e fT = fF. 12. Uespi-PI — A engrenagem da figura a seguir é parte do
b) vT = vF e 1,5 fT = fF. motor de um automóvel. Os discos 1 e 2, de diâmetros
c) vT = vF e fT = 1,5 fF. 40 cm e 60 cm, respectivamente, são conectados por
d) vT = 1,5 vF e fT = fF. uma correia inextensível e giram em movimento circu-
e) 1,5 vT = vF e fT = fF. lar uniforme. Se a correia não desliza sobre os discos,
ω
a razão 1 entre as velocidades angulares dos discos
ω2
vale
9. PUC-RJ — O ponteiro dos minutos de um relógio tem
1  cm. Supondo que o movimento deste ponteiro é
Correia
contínuo e que π = 3, a velocidade de translação na
extremidade deste ponteiro é
a) 0,1 cm/min.
b) 0,2 cm/min.
c) 0,3 cm/min.
d) 0,4 cm/min.
e) 0,5 cm/min. Disco 1 Disco 2

1
DESENVOLVIMENTO a) .
3
10. PUC-RJ — Um satélite geoestacionário encontra-se 2
sempre oscilando sobre o mesmo ponto em relação à b) .
3
Terra. Sabendo que o raio da órbita deste satélite é de c) 1.
36 x 103 km e considerando π = 3, podemos dizer que 3
d) .
sua velocidade é: 2
a) 0,5 km/s. e) 3.
b) 1,5 km/s.
c) 2,5 km/s. 13. UFSM-RS — A figura representa dois atletas numa
d) 3,5 km/s. corrida, percorrendo uma curva circular, cada um em
e) 4,5 km/s. uma raia. Eles desenvolvem velocidades lineares com
módulos iguais e constantes, num referencial fixo no

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solo. Atendendo à informação dada, assinale a respos- a) 2. d) 5.
ta correta. b) 0,5. e) 3.
c) 1,5.

15. EEM-SP — A roda de uma máquina, de raio 20 cm, gira


com velocidade constante, executando 3 600 rotações
por minuto. Calcule, em unidades do SI:
B a) seu período;
b) sua velocidade angular;
A c) a velocidade linear de um ponto da periferia da
roda.

16. UEPG-PR — A figura a seguir ilustra três polias A, B


e C executando um movimento circular uniforme. A
polia B está fixada à polia C e estas ligadas à polia
a) Em módulo, a aceleração centrípeta de A é maior A por meio de uma correia que faz o sistema girar sem
do que a aceleração centrípeta de B. deslizar. Sobre o assunto, assinale o que for correto.
b) Em módulo, as velocidades angulares de A e B são
iguais.
C
c) A poderia acompanhar B se a velocidade angular
de A fosse maior do que a de B, em módulo.
d) Se as massas dos corredores são iguais, a força 2 B A 1
centrípeta sobre B é maior do que a força centrí-
peta sobre A, em módulo.
e) Se A e B estivessem correndo na mesma raia, as 3
forças centrípetas teriam módulos iguais, indepen-
dentemente das massas. 01) A velocidade escalar do ponto 1 é maior do que a
do ponto 2.
02) A velocidade angular da polia B é igual a da polia C.
14. Acafe-SC — As bicicletas do fim do século XIX alcan-
04) A velocidade escalar do ponto 3 é maior que a
çavam uma velocidade escalar média de 20 km/h. Sua
velocidade escalar do ponto 1.
grande roda dianteira, de 60 polegadas ou aproxima-
08) A velocidade angular da polia C é maior do que a
damente 150 cm, fazia dela a máquina de propul-
velocidade angular da polia A.
são humana mais rápida até então fabricada. Como
os pedais são fixos ao eixo da roda, quanto maior o
diâmetro da roda, maior é a distância percorrida em 17. PUC-RS — O acoplamento de engrenagens por correia
cada giro, portanto, maior a velocidade alcançada C, como o que é encontrado nas bicicletas, pode ser
em cada pedalada. esquematicamente representado por
A
C
B

RB
RA
ALESSANDRO SILVA

Considerando-se que a correia em movimento não


deslize em relação às rodas A e B enquanto elas giram,
é correto afirmar que
a) a velocidade angular das duas rodas é a mesma.
Considerando que o diâmetro da roda maior é 150 cm
b) o módulo da aceleração centrípeta dos pontos pe-
e o da roda menor 30 cm, assinale a alternativa correta
riféricos de ambas as rodas tem o mesmo valor.
que apresenta a razão entre as velocidades angulares
c) a frequência do movimento de cada polia é inver-
da roda menor em relação à roda maior.
samente proporcional ao seu raio.

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d) as duas rodas executam o mesmo número de vol- a) 0,25 rpm. d) 25 rpm.
tas no mesmo intervalo de tempo. b) 2,5 rpm. e) 50 rpm.
e) o módulo da velocidade dos pontos periféricos c) 5,0 rpm.
das rodas é diferente do módulo da velocidade da
correia. 20. UFPB-PB — Em uma bicicleta, a transmissão do movi-
mento das pedaladas se faz através de uma corrente,
18. Unicamp-SP (adaptada) — Anemômetros são instru- acoplando um disco dentado dianteiro (coroa) a um
mentos usados para medir a velocidade do vento. A disco dentado traseiro (catraca), sem que haja desliza-
sua construção mais conhecida é a proposta por Ro- mento entre a corrente e os discos. A catraca, por sua
binson em 1846, que consiste em um rotor com quatro vez, é acoplada à roda traseira de modo que as veloci-
conchas hemisféricas presas por hastes, conforme fi- dades angulares da catraca e da roda sejam as mesmas
gura abaixo. Em um anemômetro de Robinson ideal, a (ver a seguir figura representativa de uma bicicleta).
velocidade do vento é dada pela velocidade linear das
conchas. Um anemômetro em que a distância entre Roda

as conchas e o centro de rotação é r = 25 cm, em um


dia cuja velocidade do vento é v = 18 km/h, teria uma

ALESSANDRO SILVA
0,5 m
frequência de rotação de 4R R
ISTOCK/GETTY IMAGES

0,5 m

Coroa Corrente Catraca


Adaptado de: <http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/
equilibriorodas-532002.shtml>. Acesso em: 12 ago. 2011.

Em uma corrida de bicicleta, o ciclista desloca-se com


velocidade escalar constante, mantendo um ritmo es-
tável de pedaladas, capaz de imprimir no disco diantei-
ro uma velocidade angular de 4 rad/s, para uma confi-
guração em que o raio da coroa é 4R, o raio da catraca
é R e o raio da roda é 0,5 m. Com base no exposto,
conclui-se que a velocidade escalar do ciclista é
a) 3 rpm. d) 1000 rpm. a) 2 m/s.
b) 200 rpm. e) 1200 rpm. b) 4 m/s.
c) 720 rpm. c) 8 m/s.
d) 12 m/s.
APROFUNDAMENTO e) 16 m/s.
19. UFPR-PR — Um ciclista movimenta-se com sua bicicleta
em linha reta a uma velocidade constante de 18 km/h.
21. Uema-MA — Um ciclista saiu de uma cidade “A” às
O pneu, devidamente montado na roda, possui diâme-
06h20min e chegou a uma cidade “B” às 10h50min.
tro igual a 70 cm. Junto ao pedal e preso ao seu eixo
Ao verificar o velocímetro, na chegada, o ciclista cons-
há outra roda dentada de diâmetro 20 cm. As duas
tatou que estava com defeito, informando apenas o
rodas dentadas estão unidas por uma corrente, como
horário e o número de revoluções n = 56 000. Con-
mostra a figura. Não há deslizamento entre a corrente
siderando que sua bicicleta tem pneus de aro 26 (diâ-
e as rodas dentadas. Supondo que o ciclista imprima
metro 26”) e que não houve deslizamento, a distância
aos pedais um movimento circular uniforme, assinale a
percorrida e a velocidade média, nesse percurso, são:
alternativa correta para o número de voltas por minu-
Adote π = 3,14 e 1 pol = 2,54 cm
to que ele impõe aos pedais durante esse movimento.
a) 457 km e 102 km/h.
Nesta questão, considere π = 3.
b) 1 160 km e 10,2 m/h.
c) 4 570 m e 10,2 km/h.
d) 45,7 m e 102 m/h.
ALESSANDRO SILVA

e) 116,0 km e 25,8 km/h.

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22. UEPG-PR — Um disco de raio R executa um movimento move-se com velocidade uniforme de 12 km/h usando
circular uniforme. Considere dois pontos a e b, o primei- a catraca de 6,0 cm. Com o objetivo de aumentar a sua
ro (ponto a) localizado na borda do disco e o segundo velocidade, o ciclista muda para a catraca de 4,5  cm
(ponto b) localizado a uma distância R/3 do centro do mantendo a mesma velocidade angular dos pedais.
disco. Sobre esse evento assinale o que for correto. Determine a velocidade final da bicicleta, em km/h.
01) As frequências dos pontos a e b são iguais.
02) Os períodos dos pontos a e b são iguais.
04) A velocidade escalar do ponto a é igual ao triplo
da velocidade escalar do ponto b.

ALESSANDRO SILVA
08) Em uma rotação completa a distância percorrida
pelo ponto a é igual ao triplo da distância percor-
rida pelo ponto b.
16) A aceleração centrípeta do ponto a é igual ao tri- Catracas Coroa
plo da aceleração centrípeta do ponto b.

26. Uerj-RJ — Segundo o modelo simplificado de Bohr, o


23. Uespi-PI — Numa corrida de automóveis, realizada num elétron do átomo de hidrogênio executa um movimen-
circuito circular de raio 2 km, o líder e o segundo colo- to circular uniforme, de raio igual a 5,0 · 10–11 m, em
cado movem-se, respectivamente, com velocidades an- torno do próton, com período igual a 2,0 · 10–15 s.
gulares constantes e iguais a 60 rad/h e 80 rad/h. Num Com o mesmo valor da velocidade orbital no átomo, a
certo instante, a distância entre eles, medida ao longo distância, em quilômetros, que esse elétron percorreria
da pista, é de 100 m. Após quanto tempo o segundo no espaço livre, em linha reta, durante 10 minutos, se-
colocado vai empatar com o líder? (Para efeito de cálcu- ria da ordem de:
lo, considere os automóveis como partículas). a) 102. d) 105.
a) 2s. d) 8s. b) 103. e) 106.
b) 4s. e) 9s. c) 10 . 4
c) 6s.

27. Unesp-SP — Um pequeno motor a pilha é utilizado


24. UFG-GO — A figura abaixo ilustra duas catracas fixas, para movimentar um carrinho de brinquedo. Um sis-
cujos dentes têm o mesmo passo, da roda traseira de tema de engrenagens transforma a velocidade de ro-
uma bicicleta de marchas que se desloca com velocida- tação desse motor na velocidade de rotação adequada
de constante, pela ação do ciclista às rodas do carrinho. Esse sistema é formado por qua-
P tro engrenagens, A, B, C e D, sendo que A está presa
ao eixo do motor, B e C estão presas a um segundo
Q
ALESSANDRO SILVA

eixo e D a um terceiro eixo, no qual também estão


presas duas das quatro rodas do carrinho.
B D

A C
ALESSANDRO SILVA

Os dentes P e Q estão sempre alinhados e localizados a


fM fR
distâncias RP e RQ (RP > RQ) em relação ao eixo da roda.
As grandezas ω, v, α, e a, representam, respectivamen-
Motor
te, a velocidade angular, a velocidade tangencial, a
aceleração angular e a aceleração centrípeta. As duas Nessas condições, quando o motor girar com fre-
grandezas físicas que variam linearmente com o raio e quência fM, as duas rodas do carrinho girarão com
a razão de cada uma delas entre as posições Q e P são: frequência fR. Sabendo-se que as engrenagens A e
a) v, ω e 0.7. d) v, a e 0.7. C possuem 8 dentes, que as engrenagens B e D pos-
b) a, v e 1.4. e) ω, α e 1.4. suem 24 dentes, que não há escorregamento entre
c) α, v, 1.4. elas e que fM = 13,5 Hz, é correto afirmar que fR, em
Hz, é igual a
a) 1,5. d) 1,0.
25. UFPE-PE — Uma bicicleta possui duas catracas, uma
b) 3,0. e) 2,5.
de raio 6,0 cm, e outra de raio 4,5 cm. Um ciclista
c) 2,0.
20
FÍSICA 4
ENSINO MÉDIO

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28. Unesp-SP — A figura representa, de forma simplifica- uma aceleração lateral confortável para os passagei-
da, parte de um sistema de engrenagens que tem a ros e segura para o trem seja de 0,1 g, em que g é a
função de fazer girar duas hélices, H1 e H2. Um eixo aceleração da gravidade (considerada igual a 10 m/s2),
ligado a um motor gira com velocidade angular cons- e que a velocidade do trem se mantenha constante
tante e nele estão presas duas engrenagens, A e B. Esse em todo o percurso, seria correto prever que as curvas
eixo pode se movimentar horizontalmente, assumindo existentes no trajeto deveriam ter raio de curvatura mí-
a posição 1 ou 2. Na posição 1, a engrenagem B aco- nimo de, aproximadamente,
pla-se à engrenagem C e, na posição 2, a engrenagem a) 80 m. d) 1600 m.
A acopla-se à engrenagem D. Com as engrenagens B b) 430 m. e) 6400 m.
e C acopladas, a hélice H1 gira com velocidade angular c) 800 m.
constante ω1 e, com as engrenagens A e D acopladas,
Competência de área 1 — Compreender as ciências naturais e
a hélice H2 gira com velocidade angular constante ω2. as tecnologias a elas associadas como construções humanas, per-
Posição 1 cebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvi-
mento econômico e social da humanidade.
B
A Habilidade 2 — Associar a solução de problemas de comunica-
Eixo ligado ao motor ção, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvol-
vimento científico e tecnológico.

30. Enem — Para serrar ossos e carnes congeladas, um


açougueiro utiliza uma serra de fita que tem três po-
H2 lias e um motor. O equipamento pode ser montado de
H1
D
C duas formas diferentes, P e Q. Por questão de segu-
ALESSANDRO SILVA

rança, é necessário que a serra apresente menor velo-


Posição 2
B
cidade linear
A
Eixo ligado ao motor Serra Serra
de fita Polia 3 de fita Polia 3

Motor Polia 2 Motor Polia 2


Polia Polia
1 1
Correia
Correia

H2 Montagem P Montagem Q
H1 D
C Por qual montagem o açougueiro deve optar e qual a
(http://carros.hsw.uol.com.br. Adaptado.) justificativa desta opção?
Considere rA, rB, rC e rD os raios das engrenagens A, B, a) Q, pois as polias 1 e 3 giram com velocidades li-
C e D, respectivamente. Sabendo que rB = 2rA e que neares iguais em pontos periféricos e a que tiver
ω maior raio terá menor frequência.
rC = rD, é correto afirmar que a relação 1 é igual a
ω2 b) Q, pois as polias 1 e 3 giram com frequências
a) 1,0. d) 2,0.
b) 0,2. e) 2,2. iguais e a que tiver maior raio terá menor veloci-
c) 0,5. dade linear em um ponto periférico.
c) P, pois as polias 2 e 3 giram com frequências dife-
ESTUDO PARA O ENEM rentes e a que tiver maior raio terá menor veloci-
29. Enem — O Brasil pode se transformar no primeiro país dade linear em um ponto periférico.
das Américas a entrar no seleto grupo das nações que d) P, pois as polias 1 e 2 giram com diferentes veloci-
dispõem de trens-bala. O Ministério dos Transportes dades lineares em pontos periféricos e a que tiver
prevê o lançamento do edital de licitação internacional menor raio terá maior frequência.
para a construção da ferrovia de alta velocidade Rio- e) Q, pois as polias 2 e 3 giram com diferentes veloci-
São Paulo. A viagem ligará os 403 quilômetros entre a dades lineares em pontos periféricos e a que tiver
Central do Brasil, no Rio, e a Estação da Luz, no centro maior raio terá menor frequência.
da capital paulista, em uma hora e 25 minutos. Devido
Competência de área 2 — Identificar a presença e aplicar as tec-
à alta velocidade, um dos problemas a ser enfrentado nologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
na escolha do trajeto que será percorrido pelo trem é Habilidade 7 — Selecionar testes de controle, parâmetros ou crité-
rios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a de-
o dimensionamento das curvas. Considerando-se que fesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a qualidade de vida.

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FÍSICA 4
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1 ISTOCK/GETTY IMAGES

Satélite orbitando o planeta Terra.


A força de atração gravitacional
atua como força centrípeta.

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VOCÊ VAI APRENDER A
 reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscila-
tórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos;
 relacionar informações apresentadas em diferentes linguagens e representação
usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica;
 caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos
ou corpos celestes.

2 FORÇA RESULTANTE
CENTRÍPETA

A
televisão transmite, por meio de satélites de comuni-
cação especialmente posicionados, imagem e som em
tempo real para qualquer ponto da superfície da Ter-
ra. Eles mantêm-se em órbita em razão da força de atração
gravitacional exercida pelo planeta. Veremos neste capítulo
que a força gravitacional, nesse caso, atua como a força a que
chamaremos força centrípeta. Se ela não existisse, os saté-
lites se deslocariam em linha reta e sairiam da órbita. Como
mostraremos, sempre que existir movimento curvilíneo haverá
força centrípeta e conforme a situação, diferentes forças po-
dem atuar como força centrípeta.

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S e eu vi mais
PARA COMEÇAR

Considere a frase “o carro está aceleran- estudamos, como atrito e normal), derivam das
longe, foi por
do”. O senso comum pode interpretar que o forças eletromagnéticas.
estar sobre ombros módulo do vetor velocidade de um dado carro A força centrípeta, em última análise, sem-
de gigantes. está aumentando. Um estudante de física desa- pre será alguma dessas quatro forças fundamen-
visado pode interpretar que há variação no mó- tais (tendo em vista que apenas elas existem na
Isaac Newton dulo do vetor velocidade, que pode ser positiva natureza). A força centrípeta ocorrerá quando
ou negativa (frenagem). A interpretação corre- alguma força, ao agir sobre um corpo, fizer que
ta, no entanto, é considerar que há alteração no ele tenha a direção do seu vetor velocidade al-
vetor velocidade. terada. Outra qualidade da força centrípeta é
Para saber o que significa alteração no ve- que ela sempre aponta para o centro da curva
tor velocidade, devemos lembrar que a veloci- durante o movimento.
dade, como qualquer vetor, possui três atributos Alguns exemplos em que atua a força
necessários para sua definição: módulo, direção centrípeta:
e sentido. Dizer, portanto, que há alteração na • Um satélite em órbita em torno da Ter-
velocidade, pode significar que há alteração no ra. A força gravitacional atua como força
módulo (caso mais comum de imaginar), na di- centrípeta;
reção e no sentido dessa grandeza vetorial. • Uma pedra girando amarrada na ponta de
A aceleração que mede a alteração na dire- um barbante. Se o movimento circular da
ção do vetor velocidade recebe o nome especial pedra for executado em um plano horizon-
aceleração centrípeta. Como sabemos, é im- tal, a força de tração no barbante atuará
possível haver aceleração sem força (lembrando como força centrípeta, e se for executado
a segunda lei de Newton: FR = ma); assim, a em um plano vertical, a resultante das for-
CONECTIVIDADE
CONEXÕES
força que origina a aceleração centrípeta tam- ças de tração no barbante e do peso atuará
Para saber mais sobre as
bém recebe o nome especial força resultante como força resultante centrípeta;
quatro forças fundamen- centrípeta. • Um carro que efetua uma curva em uma
tais da natureza, leia É interessante notar que na natureza pista sem inclinação lateral. A força de atri-
o texto disponível em:
existem apenas estes quatro tipos de forças to atua como força centrípeta.
<http://www.if.ufrgs.
br/tex/fis01043/20032/ fundamentais: forte (ocorre no interior do nú-
Humberto/index.html>. cleo atômico), fraca (ocorre nos processos de Vamos refletir?
Acesso em: dez. 2015. decaimento radioativo), gravitacional (ocorre Observe movimentos no dia a dia em que
na interação entre corpos com massa) e eletro- um corpo muda de direção. Reflita sobre o

magnética (ocorre nos fenômenos elétricos e modo como esse corpo fica sujeito à força cen-
Inicie o capítulo realizando um
experimento com os alunos. Pe- magnéticos). Isso significa que todas as forças trípeta e como ela se origina. Converse com os
ça-lhes que tentem fazer um loop são, na realidade, decorrentes dessas quatro colegas e o professor sobre situações em que di-
com um balde cheio de água, sem
deixá-la cair. Enfatize a necessida-
forças fundamentais. Por exemplo, forças en- ferentes forças que você conhece podem atuar
de de embalar o movimento para tre os átomos (que dão origem às forças que já como força centrípeta.
que a água continue no balde.
Questione por que isso ocorre.
Pergunte-lhes também qual é a
diferença entre a força aplicada ROTEIRO DE APRENDIZAGEM
no balde quando ele estava no
ponto mais baixo da trajetória e
a aplicada no ponto mais alto da
trajetória. Força resultante centrípeta e aplicações
1 • Corpo em uma curva plana e horizontal
• Movimento sobre uma elevação ou depressão
• Looping
• Rotação na vertical
• Curva com inclinação lateral desprezando-se o atrito

24
FÍSICA 4
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É importante evidenciar para os alunos que a força centrípeta não se trata de uma “força
nova” que ainda não foi estudada. Eles devem entender que qualquer tipo de força pode atuar como força centrípeta,
dependendo de cada problema específico. Talvez seja uma boa oportunidade para falar com os alunos um pouco mais
FORÇA RESULTANTE CENTRÍPETA E APLICAÇÕES

BETO CANDIA
No capítulo anterior vimos que, se há mo- CONEXÃO
CONEXÕES
vimento curvilíneo, existe necessariamente uma
aceleração centrípeta. No caso particular do HISTÓRIA/
movimento circular uniforme, a única acelera- TECNOLOGIA
ção que existe é a centrípeta, uma vez que o O primeiro satélite artifi-
módulo da velocidade tangencial do móvel não cial construído por seres
humanos foi o Sputnik 1,
se altera. Se relembrarmos a segunda lei de
lançado pela antiga
Newton, FR = ma, em que FR é a força resultante União Soviética em 4 de
que atua no corpo em questão, é a massa desse outubro de 1957, para
orbitar o planeta Terra.
corpo e é sua aceleração, podemos concluir que
Desde então, não para-
mos mais de enviá-los
Se há aceleração, existe uma força resul- para orbitar a Terra e a
tante causando-a. Lua, e também passamos
a lançar sondas espaciais
Carros de corrida em uma curva. A força para explorar as regiões
Assim, como já sabemos que existe acelera- de atrito atua como força centrípeta. mais desconhecidas do
ção centrípeta no movimento circular, podemos Sistema Solar e além
dele. Das centenas de

BETO CANDIA
deduzir que existe alguma força resultante cau-
satélites orbitando nosso
sando essa aceleração. Como se trata de acele- planeta, muitos deles
ração centrípeta, pois aponta para o centro da executam uma trajetória
trajetória, chamaremos força centrípeta a essa a que chamamos órbita
geoestacionária. Essa
força que atua no corpo, a qual também apon-
órbita é particularmente
ta para o centro da trajetória. Assim, podemos interessante ao conside-
definir: rar o caso de satélites de
telecomunicações e de
televisão, pois ela se rea-
Força centrípeta é a força resultante que liza exatamente sobre o
causa alteração na direção do vetor veloci- equador da Terra, a uma
dade. Essa alteração pode ser medida pela altitude aproximada de
Um aeromodelo preso a um cabo. A força de
tração no cabo atua como força centrípeta.
36 mil quilômetros. Um
aceleração centrípeta em um corpo em tra- satélite em órbita geoes-
jetória curvilínea. tacionária permanece
sempre sobre a mesma
ISTOCK/GETTY IMAGES

Com a segunda lei de Newton, e no caso posição em relação à


superfície da Terra; assim,
específico da aceleração e força centrípetas, o tempo todo é capaz
podemos escrever de transmitir dados para
FC = m · aC uma mesma região do
planeta. O que faz essas
Sabemos também, ainda conforme o capí- centenas de satélites per-
tulo anterior, que podemos expressar o módulo manecerem em suas or-
v2 bitas é a força centrípeta
da aceleração centrípeta por aC = . Portanto que, nesse caso, é a força
R
de atração gravitacional
da Terra.
v2
FC = m ⋅
R

FC: força centrípeta SI = unidade (N).


m: massa SI = unidade (kg).
v: velocidade do corpo SI = unidade (m/s).
Na órbita da Lua ao redor da Terra, a força
R: raio da trajetória SI = unidade (m). centrípeta é a força de atração gravitacional
Note que a força centrípeta não é uma exercida pela Terra (imagem fora de escala).
“nova força”; é simplesmente a resultante
das forças que causam aceleração centrípeta. Há várias situações em que a força centrípe-
Qualquer força pode atuar como força centrípe- ta está presente. Em seguida estudaremos algu-
ta; isso só vai depender do problema estudado. mas delas e suas particularidades.
sobre as quatro forças fundamentais da natureza, dando atenção especial para as duas mais conhecidas por eles: a gra-
vitacional e a eletromagnética. Pode ser interessante comentar com os alunos também sobre a natureza eletromagnética 25
das forças de contato, como normal e atrito, que eles eventualmente pensam tratar-se de forças totalmente diferentes. FÍSICA 4
ENSINO MÉDIO

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CORPO EM UMA CURVA e, sabendo que a força centrípeta aponta para o centro da
curva, concluímos
PLANA E HORIZONTAL
Como uma moto ou um automóvel efetuam uma curva No ponto mais alto da trajetória
sem deslizar? O que evita esse deslizamento é a força de P > N e FC = P – N
atrito; nesse caso, é a única que age na direção do centro da
curva, sendo por isso a própria força resultante centrípeta. N
BETO CANDIA

fatE

Movimento sobre uma elevação. A força


centrípeta é a diferença entre o peso e a normal.
Carro efetuando uma curva. A força centrípeta é igual à
força de atrito estático (não havendo escorregamento).
Na depressão vemos que a direção do vetor velocidade
tem sentido anti-horário. Assim,
Existe um limite de velocidade para não ocorrer derra-
pagem. Esse limite ocorre exatamente quando
No ponto mais baixo da trajetória
FC = fatE,
N > P e FC = N – P
em que fatE é a força de atrito estático. Lembre que a
força de atrito estático aumenta gradativamente até atingir
N
seu valor máximo, dado por E · N, em que E é o coeficien-
te de atrito estático e N é a força normal. Assim, o valor má-
ximo da velocidade para que não haja derrapagem, ou seja,
v
para que o veículo permaneça no regime de atrito estático
e não passe para o dinâmico, onde há escorregamento, é
2
vmax P
m⋅ = µE ⋅ N
R
Movimento sobre uma depressão. A força
Como a pista é plana e horizontal, consideramos N = P centrípeta é a diferença entre a normal e o peso.
ou N = mg, e obtemos
2
vmax
m⋅ = µE ⋅ m ⋅ g
R LOOPING
Note que a velocidade máxima Imagine um ciclista efetuando um looping de raio R.
não depende da massa do veículo: vmax = µE ⋅ R ⋅ g Qual é a velocidade mínima em que o conjunto bicicle-
ta-ciclista deve mover-se para efetuar o looping sem cair
Observe que essa velocidade máxima ocorre quando a quando estiver no ponto mais alto da trajetória? Vejamos
força de atrito estático também é máxima, ou seja, o carro as forças que atuam sobre o conjunto nesse ponto.
está na iminência de derrapar. Em dias de chuva, a aderência
BETO CANDIA

é menor, diminuindo o E e consequentemente vmax. Por isso,


em pista molhada é necessário que o condutor do veículo efe-
tue curvas em uma velocidade menor do que em pista seca.

MOVIMENTO SOBRE UMA


ELEVAÇÃO OU DEPRESSÃO Conjunto bicicleta-ciclista no
ponto mais alto durante a
Considerando um corpo que rola, sem derrapar, sobre execução de um looping. Nesse
ponto, as forças normal e peso
uma elevação, podemos ver que, conforme ele se move, a apontam para o centro da curva.
direção do seu vetor velocidade se move no sentido horário

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FÍSICA 4
ENSINO MÉDIO

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A força normal é uma força de contato, ou
seja, é a força que a superfície aplica sobre o T
conjunto. Uma vez que não há contato e con-
P
sequentemente não há força normal no ponto
mais alto da trajetória; atua somente a força T
peso, efeito da atração que o planeta exerce.
Assim, podemos dizer que, na iminência da
P
queda, quando os pneus da bicicleta deixam de
estar em contato com a superfície, N = 0. Nes- T
se instante, a força centrípeta será somente o
peso. Expressando por equações, obtemos Posições das forças de
tração e peso em diferentes
FC = P = m · g P pontos da trajetória circular.

Assim, a velocidade mínima para efetuar o


No ponto mais alto: FC = P + T
looping é a velocidade na iminência de o con-
No ponto mais baixo: FC = T – P
junto bicicleta-ciclista perder o contato com a
Nas laterais: FC = T
superfície.
2
vmin
m⋅ = m⋅g
R CURVA COM INCLINAÇÃO
Vemos que a velocidade mínima não LATERAL DESPREZANDO-SE
depende da massa do corpo que efetua o
looping
O ATRITO
Imagine um carro de massa m que percorre
vmin = R ⋅ g com velocidade v a curva de raio R e inclinação θ.
y

BETO CANDIA
N N
θ
ROTAÇÃO NA VERTICAL acp

Quando um corpo gira na vertical, preso a x F cp


F cp
um fio inextensível e sujeito à ação da gravida-
θ
de, observa-se que a força de tração no fio e a P

força centrípeta alteram-se constantemente, ou P


seja, a resultante centrípeta é dada pela soma Posições das forças normal e peso em diferentes
pontos da trajetória curvilínea com inclinação lateral.
vetorial das forças de tração no fio e o peso do
corpo preso a ele.
Supondo que esse carro efetue a curva sem
subir ou descer ao longo da inclinação da pista,
BETO CANDIA

v1
as componentes das forças no eixo y anulam-se.
Essa curva pode ser efetuada sem o uso do atri-
F to, ou seja, sem a necessidade de girar o volante
F
do carro. Assim, a força resultante centrípeta é
CONECTIVIDADE
CONEXÕES
a componente x da força normal que pode ser
v2 escrita em função do ângulo de inclinação como Para saber mais sobre
como efetuar curvas
2
m⋅ v ideais em automobilismo,
Fc v2 leia o texto disponível
tg θ = = R =
P m⋅g R⋅g em: <https://rizzofisico.
wordpress.com/tag/forca-
Assim, obtemos centripeta>. Acesso em:
dez. 2015. Esse texto
também fornece uma
No movimento circular, a velocidade é tangente v = R ⋅ g ⋅ tg θ explicação sobre curvas
à trajetória, e a componente centrípeta da forca com inclinação lateral
resultante é orientada para o centro da curva.
considerando-se o atrito.

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ENSINO MÉDIO

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS R=
52
= 2,5 m.
1. Henrique, um estudante de física, a fim de entender 10
Cuidado! Atenção ao que foi pedido no enunciado.
melhor o movimento circular uniforme (MCU), está
É necessário calcular o diâmetro do looping. Sabendo
pesquisando na internet diagramas de forças em si-
que o diâmetro é o dobro o raio, temos que d = 5 m.
tuações em que este tipo de movimento ocorre. En-
Portanto, a alternativa correta é a e).
tre outros exemplos, ele vê carros em pistas circulares,
crianças brincando que giram objetos amarrados a fios
e um esqueitista realizando um looping em uma pista. 3. Clara está viajando de carro por uma determinada ro-
Analisando as forças envolvidas nessas diferentes si- dovia e se depara com uma curva. Quando a pista está
tuações de movimento circular, Henrique percebe uma seca, o coeficiente de atrito estático entre o pneu e o
regra sobre a direção e sentido da força centrípeta. O asfalto é 0,5 e a velocidade máxima para fazer essa
que podemos afirmar sobre a direção e sentido da for- curva em segurança, sem que haja escorregamento, é
ça centrípeta no MCU? 54 km/h. Entretanto, em dias de chuva, quando a pista
Resolução: está molhada, o coeficiente de atrito estático se reduz
Considerando o movimento circular uniforme (MCU), pela metade. Considerando que a pista não apresen-
podemos afirmar que a força centrípeta tem sempre a ta inclinação em relação à reta horizontal e que está
direção do raio da circunferência (de modo a ser per- chovendo, a velocidade máxima para que Clara faça a
pendicular à direção da velocidade do corpo que está curva sem derrapar é, aproximadamente,
em MCU), e com sentido para o centro da circunferên- a) 54 km/h. d) 11 km/h.
cia. É interessante esclarecer que a força centrípeta é b) 27 km/h. e) 48 km/h.
o nome dado à força que altera a direção de um vetor c) 38 km/h.
velocidade, ou seja, ocorre em todo movimento que
não é retilíneo. Adote: g = 10 m/s2.

Resolução:
2. Bob gosta muito de praticar esportes radicais. Ele gosta A expressão que relaciona a velocidade máxima, o coe-
especialmente de esportes nos quais ele pode realizar ficiente de atrito estático e o raio da curva sem incli-
manobras, como skate, patinação ou ciclismo. Em seu nação é
próximo desafio pessoal, Bob quer realizar um looping 1) vmax = µE ⋅ R ⋅ g .
de skate. Para isso, ele pretende descer de uma rampa, Desejamos encontrar a velocidade máxima para fazer
com uma determinada altura e inclinação, de tal manei- a curva em segurança em dias de chuva e, embora o
ra que ele consiga atingir a velocidade mínima necessá- coeficiente de atrito estático dessa situação seja conhe-
ria para realizar essa façanha. O amigo que montou esse cido, não sabemos qual é o raio da curva. Entretanto,
looping para Bob o advertiu que para realizar essa ma- quando a pista está seca, a velocidade máxima, assim
nobra com segurança ele deveria estar a uma velocida- como o coeficiente de atrito estático, são conhecidos.
de de, no mínimo, 18 km/h. Assim, utilizando g = 10m/ Assim, é possível calcular o raio da curva. Dessa forma,
s2, é possível concluir que o diâmetro desse looping é temos que
a) 2,5 m. d) 6 m. vmax ( seca)2
R= .
b) 3 m. e) 5 m. g ⋅ µE
c) 4 m. Convertendo a velocidade para m/s, obtemos
Resolução: 54
= 15 m /s. Portanto, substituindo os valores,
A relação entre a velocidade mínima para realizar um 3, 6
looping e o raio do mesmo é 152
R= = 45 m.
vmin = R ⋅ g . 10 ⋅ 0,5
Lembrando que em dias de chuva o coeficiente de atri-
Como queremos saber o diâmetro iremos isolar o raio.
to estático se reduz pela metade e sabendo que o raio
Assim, temos que
da curva independe de qualquer situação climática, en-
v2
R= . contramos, utilizando a equação 1),
g
vmax ( chuva) = 0, 25 ⋅ 45 ⋅ 10 ≅ 10, 6m /s.
18
A velocidade, em m/s, é igual a = 5 m /s. Finalmen- Em km/h, temos 10,6 ∙ 3,6 38,2 km/h. Essa á a velo-
3, 6
te, calculando o raio, cidade máxima com a qual Clara pode fazer a curva na
pista molhada. Logo, c) é a alternativa correta.
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REGISTRO DA APRENDIZAGEM

1. Suponha um planeta X com uma lua Y. Desconsi- velocidade mínima para que um carrinho consiga
dere efeitos de outros corpos sobre este planeta completar o looping?
e sua lua e também desconsidere a carga elétrica Resolução:
desses corpos. Equação da velocidade mínima em looping:
vmin = R ⋅ g
PHOTODISC/GETTY IMAGES

Em que, conforme o enunciado:


R = 1,6 m
g = 10 m/s2
Assim:
vmin = 1,6 ⋅ 10
vmin = 16
vmin = 4 m/s
Resposta: 4 m/s

3. Numa sala de aula, o professor de física disse a


seus alunos que um carro comum tem três acele-
radores (dispositivos capazes de variar a velocidade
do veículo). Explique o que ele quis dizer com essa
afirmação.
O professor refere-se ao:
• acelerador, que aumenta o módulo da velocidade;
• freio, que diminui o módulo da velocidade;
Sabe-se que a órbita da lua Y é perfeitamente cir- • volante, que altera a direção da velocidade.
cular e tem o planeta X no centro da circunferência
correspondente a essa trajetória.
4. Imagine um corpo girando, preso a um fio, em mo-
Assinale V (verdadeiro) ou F (falso), após analisar as
vimento circular uniforme, como nesta ilustração
afirmações que seguem sobre a situação descrita:
(desconsidere a gravidade e a resistência do ar):
( ) a força centrípeta que age sobre a lua é nula. (F) a força centrípeta que age so-
( ) a força gravitacional é a força centrípeta. bre a lua é nula.
v1
Se há variação na direção do vetor
( ) a força centrípeta que age sobre Y aponta velocidade, o que ocorre no

BETO CANDIA
para X. caso por ser um movimento circular, há força centrípeta de intensidade não nula.
( ) a força gravitacional que age sobre Y aponta (V) a força gravitacio- F
nal é a força centrípeta. F
para X. Pelo enunciado, podemos concluir que a única força que age sobre a lua Y é
A sequência é:a força gravitacional. Como a lua está em movimento circular, há força cen-
trípeta. Se há força centrípeta e a única força que há é a força gravitacional, v2
a) V, F, V, V podemos concluir que a força gravitacional é a força centrípeta.
b) F, F, V, V (V) a força centrípeta que age sobre Y aponta para X.
c) F, V, V, V A força centrípeta sempre aponta para o centro da circunferência, onde, no
caso, está o planeta X, conforme o enunciado.
d) F, V, F, F (V) a força gravitacional que age sobre Y aponta para X.
e) V, F, F, F Como a força gravitacional é a força centrípeta, podemos afirmar que ela
aponta para o centro da circunferência; no caso, onde está o planeta X,
conforme o enunciado. Resposta correta: C
2. Fernando adora carrinhos de controle de remoto. Se o fio for cortado quando o corpo estiver no pon-
Um de seus passatempos é montar pistas para de- to mais baixo da trajetória, ele partirá com direção
pois brincar nelas com seus carrinhos. A próxima e sentido de sua velocidade indicados por
construção envolverá uma pista com um looping a) Após a interação com o fio ser encerrada, a força re-
de raio 1,6 m. Fernando preza pela integridade dos b) sultante que age sobre o corpo (desconsiderando-se
carrinhos e pretende calcular a velocidade mínima a gravidade e a resistência do ar) será nula. Assim,
c) por inércia, o corpo se deslocará em movimento re-
necessária para avaliar se será possível completar d) tilíneo uniforme para a esquerda, que é a direção e
a manobra sem que eles caiam. Sabendo-se que e) nulos, pois a velocidade do corpo será igual
a aceleração gravitacional no local onde Fernando a zero. sentido de sua velocidade no instante em que a força
mora e construirá a pista é 10 m/s2, qual será a resultante passou a ser zero.
Resposta correta: A .

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5. Um estudante afirmou que atuam duas forças dis- Sabendo que a normal N = 8 000 N no ponto mais
tintas em um satélite em órbita: de atração da Terra alto da elevação, qual é a velocidade do carro, em
sobre o satélite e força centrípeta, que o mantém km/h, nesse mesmo ponto? (Considere a acelera-
em órbita. Analise essa afirmação. ção gravitacional local g = 10 m/s2).
A força centrípeta é a própria força de atração que a Terra exerce
sobre o satélite. Logo, num satélite em órbita, atua apenas uma Fc = P – N
força. Fc = 10 000 – 8 000 = 2 000 N
v2
Fc = m ⋅
R
6. Um carro de corrida de massa 800 kg efetua uma v2
2 000 = 1000 ⋅
curva de raio 400 m em pista plana e horizontal à 50
velocidade 108 km/h. Determine a força de atrito 2 000 ⋅ 50
v2 =
1000
que a superfície aplica sobre os pneus do carro.
v = 100 = 10 m/s = 36 km/h
m ⋅ v2
Fat = Fcp =
R
2
 108  9. Suponha um carro passando por uma depressão,
800 ⋅ 
 3,6  como ilustrado a seguir, em que o carro é represen-
Fcp =
400
tado por um círculo amarelo:
Fcp = 1 800 N

N
7. Jussara realiza uma viagem de carro e teme con-
duzir o veículo em velocidade grande demais para
efetuar em segurança a curva que está à frente. Ela v
quer evitar que essa velocidade cause a derrapa-
gem do veículo ao efetuar a curva. Considerando
o coeficiente de atrito estático est = 0,144, o raio P
da curva R = 10 m e a aceleração gravitacional local
Considerando apenas o instante e as forças indica-
g = 10 m/s2, qual é o limite de velocidade em que
das na ilustração, é correto afirmar que
o veículo de Jussara deve estar para não ocorrer
a) a força normal N é menor que o peso P.
derrapagem?
b) a força centrípeta é igual a N – P.
c) a força centrípeta é igual a P – N.
vmáx = R ⋅ g ⋅ µ est
d) a força normal N é igual ao peso P.
vmáx = 10 ⋅ 10 ⋅ 0,144 = 144 = 12 m/s = 43,2 km/h e) a força centrípeta é nula.

8. Um carro de massa 1 000 kg, durante uma via- Sabemos que, na depressão, a força peso deve ser menor que a for-
ça normal, ou seja, N > P. Assim, alternativas a e d estão incorretas.
gem, precisa passar por uma elevação de altura Podemos perceber que há variação na direção e sentido do vetor
R = 50 m, como ilustrado a seguir, em que o carro velocidade durante a passagem pela depressão, ou seja, há acele-
é representado por um círculo amarelo: ração centrípeta não nula, o que implica força centrípeta também
não nula. Assim, alternativa e incorreta.
Sabendo que a força centrípeta existe para o caso analisado e
N que sempre aponta para o centro da circunferência descrita pelo
movimento do móvel, podemos concluir, pelo diagrama de forças,
que a força centrípeta será a força resultante, que é igual a N – P.
v Alternativa correta: b

P
R = 50 m

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10. Em um dado trecho do filme a que Caroline assiste, Quando Caroline terminar seu cálculo, descobrirá
a personagem realiza uma viagem de carro e con- que velocidade necessária para o carro efetuar a
duz o veículo por uma curva com inclinação lateral. curva sem atrito entre os pneus e a pista?
NX
DONALD JOHNSTON/CORBIS/LATINSTOCK

Ny Ny

30°
60°
30° NX
60°

Caroline, que é física, a fim de exercitar seus conhe-


cimentos, começa a pensar no que aconteceria se,
em um passe de mágica, não houvesse mais atrito
(entre os pneus e a pista) e a personagem tentasse
30°
efetuar a curva mesmo assim. Caroline sabe que,
sem atrito, o volante não ajudaria em nada a con- R
dutora; ainda assim seria possível, porém, efetuar a
curva devido à inclinação lateral da pista; basta que Pelo diagrama podemos deduzir que Nx é a força centrípeta (Fc) e
que Ny é igual ao P. Assim:
o veículo esteja em uma velocidade adequada. Para
descobrir o valor dessa velocidade, estimou que a
inclinação θ da curva é de 30°, o raio R da curva é m ⋅ v2
Fc
de 10 3m e a aceleração gravitacional local é de tg θ = = R
P m⋅g
10 m/s2. O próximo passo foi pensar no diagrama
v2
de forças que agem sobre o automóvel. tg θ =
R⋅g
Ny N
3
v = R ⋅ g ⋅ tg θ = 10 3 ⋅ 10 ⋅ = 10 m / s = 36 km / h
3

NX

30°
R

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COMPREENSÃO 2. — Um carro passa por uma elevação na pis-
1. — Considere o looping mostrado ta com velocidade de módulo constante e igual a
na figura, constituído por um trilho inclinado seguido 10 km/h. A elevação corresponde a um arco de uma
de um trecho circular. Quando uma pequena esfera é circunferência de raio R = 5 m, centrada no ponto O
abandonada no trecho inclinado do trilho, a partir de (ver figura). Considerando o carro como uma partícula
determinada altura, percorrerá toda a trajetória curva material, qual a sua aceleração centrípeta, em km/h2,
do trilho, sempre em contato com ele. sobre a elevação?

R R

a) 2
Sendo v a velocidade instantânea e a a aceleração cen-
b) 4
trípeta da esfera, o esquema que melhor representa
c) 200
estes dois vetores no ponto mais alto da trajetória no
d) 400
trecho circular é:
e) 20 000
a) V

3. — Imponderabilidade é a sensação de ausên-


a cia de peso. Essa sensação também ocorre quando
a aceleração do corpo é a aceleração da gravidade,
a como numa queda livre, e não necessariamente pela
b) ausência de gravidade, como se poderia imaginar. A
imponderabilidade é sentida pelos astronautas quando
em órbita numa estação espacial ou até mesmo por
V você, quando o carro em que você está passa muito
rápido sobre uma lombada. A imponderabilidade pode
V ser sentida também pelos tripulantes de um avião que
c)
faça manobras especialmente planejadas para tal. A fi-
gura a seguir mostra a trajetória de um avião durante
uma manobra planejada para produzir a sensação de
a imponderabilidade na qual se pretende que, num de-
terminado ponto da trajetória, a força resultante seja
centrípeta e proporcionada pelo peso. Qual deve ser a
d)
V velocidade do avião, em módulo, para que no ponto P
indicado na trajetória os passageiros fiquem em queda
livre e, portanto, sintam-se imponderáveis?
P
a

R
e) a

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a) v = 2gR 7. — A figura representa a seção vertical de
um trecho de rodovia. Os raios de curvatura dos pon-
b) v = gR
tos A e B são iguais, e o trecho que contém o ponto
c) v = gR
C é horizontal. Um automóvel percorre a rodovia com
d) v = g velocidade escalar constante. Sendo NA, NB e NC a rea-
e) v = g /R ção normal da rodovia sobre o carro nos pontos A, B e
C, respectivamente, podemos dizer que:
4. — Considerando-se um pequeno bloco, A C
preso na extremidade de um fio ideal, que descreve
um movimento circular uniforme sobre uma superfície B
horizontal, sem atrito, pode-se afirmar:
01. A força resultante que atua sobre o bloco é zero. a) NB > NA > NC.
02. O período do movimento independe do compri- b) NB > NC > NA.
mento do fio. c) NC > NB > NA.
03. A tração no fio produz variação na direção da ve- d) NA > NB > NC.
locidade do bloco. e) NA = NC = NB.
04. O bloco afastará radialmente, sob a ação exclusiva
da força centrífuga, se o fio sofrer rompimento.
8. — Considere um braseiro (balde com furos e
05. O módulo da aceleração centrípeta do bloco é di-
carvão em seu interior) em movimento circular de raio
retamente proporcional à sua velocidade angular.
80 cm para ativar as brasas.
Observação: A resposta é dada pela soma dos números corres-
pondentes às sentenças corretas.

5. — Sobre uma partícula em movimento ao lon-


go de uma circunferência, é correto afirmar que:
a) a sua aceleração tem direção radial e sentido para
dentro, isto é, apontando da posição partícula
para o centro da circunferência. Mantendo esse movimento circular, determine a me-
b) a sua aceleração tem direção radial e sentido para nor velocidade que a lata deve possuir no ponto mais
fora, isto é, apontando do centro da circunferên- alto de sua trajetória para que o carvão não caia da
cia para a posição da partícula. lata:
c) a sua aceleração é nula. a) 2.
d) a sua velocidade tem direção tangente à trajetória b) 2.
circular. c) 2 ∙ 2.
e) a sua velocidade pode possuir uma componente d) 4.
na direção radial. e) 4 ∙ 2.

6. — Num trecho retilíneo de uma pista de 9. — Com relação ao exercício anterior, no mo-
automobilismo há uma lombada cujo raio de curvatura mento em que o braseiro atinge o ponto mais baixo
é de 50 m. Um carro passa pelo ponto mais alto da de sua trajetória, considerando que ele descreve um
elevação com velocidade v, de forma que a interação movimento no sentido anti-horário e que a trajetória
mg é percorrida com velocidade constante, dos vetores
entre o veículo e o solo (peso aparente) é neste
5
ponto. Adote g = 10 m/s .2 indicados, aquele que mais se aproxima da direção e
Nestas condições, em m/s, o valor de v é sentido da força resultante sobre a lata é:
a) 10
b) 20
c) 30 a)
d) 40
e) 50 b)
c)

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d) Quando a partícula passa pela posição correspondente
ao instante t = 4,0 s, o vetor que melhor representa a
e) orientação de sua aceleração vetorial é:
a) A
b) B
c) C
DESENVOLVIMENTO d) D
10. — Curvas com ligeiras inclina- e) E
ções em circuitos automobilísticos são indicadas para
aumentar a segurança do carro a altas velocidades. 12. — Uma partícula realiza um movimento circular
Considere um carro como sendo um ponto material uniformemente variado de raio R = 50 m com acele-
percorrendo uma pista circular, de centro C, inclinada ração escalar a = 2 m/s². Sabendo-se que, no instante
de um ângulo α e com raio R, constantes, como mos- t = 0, sua velocidade escalar é nula, o ângulo entre o
tra a figura, que apresenta a frente do carro em um vetor aceleração resultante e o vetor aceleração centrí-
dos trechos da pista. peta no instante t = 5 s vale
a) 30°
BETO CANDIA

b) 45°
c) 60°
d) 90°
e) 180°

13. — No movimento circular uniforme, podemos


afirmar que:
a) a direção do vetor velocidade tem sentido voltado
Se a velocidade do carro tem módulo constante, é cor-
para o centro da circunferência em questão.
reto afirmar que o carro
b) não existe aceleração e a velocidade tangencial é
a) não possui aceleração vetorial.
constante.
b) possui aceleração com módulo variável, direção
c) não existe aceleração e a velocidade tangencial
radial e no sentido para o ponto C.
não é constante.
c) possui aceleração com módulo variável e tangente
d) existe aceleração e esta tem módulo constante.
à trajetória circular.
e) existe aceleração e esta é centrífuga.
d) possui aceleração com módulo constante, direção
radial e no sentido para o ponto C.
e) possui aceleração com módulo constante e tan- 14. — Com relação à velocidade e à aceleração de
gente à trajetória circular. um corpo, é correto afirmar que:
a) A aceleração é nula sempre que o módulo da ve-
locidade é constante.
11. — Uma partícula mo-
b) Um corpo pode estar acelerado mesmo que o mó-
ve-se ao longo de uma circunferência, e os pontos in-
dulo de sua velocidade seja constante.
dicados mostram sua posição nos primeiros 5,0 s de
c) A aceleração centrípeta é nula no movimento
movimento.
circunferencial.
t = 3,0s
d) Sempre existe uma aceleração tangencial no movi-
t = 2,0s mento circunferencial.
D E e) A velocidade é diretamente proporcional à acele-
t = 1,0s
O C ração em qualquer movimento acelerado.
t=0 t = 4,0s

B
A 15. — Devido a um congestionamento aéreo,
t = 5,0s o avião em que Flávia viajava permaneceu voando em
uma trajetória horizontal e circular, com velocidade de
módulo constante.

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18. — Um corpo de massa 500 g gira num pla-

BETO CANDIA
no horizontal em torno de um ponto fixo, preso à ex-
tremidade de um fio de 1 m de comprimento e massa
desprezível. (considere π2 = 10)

Considerando-se essas informações, é CORRETO afir-


mar que, em certo ponto da trajetória, a resultante das
forças que atuam no avião é
a) horizontal.
Se o corpo efetua 60 voltas completas a cada meio
b) vertical, para baixo.
minuto, então a força de tração exercida pelo fio, em
c) vertical, para cima.
newtons, é
d) nula.
a) 10.
b) 80.
16. — Para um avião executar uma curva nivelada c) 30.
(sem subir ou descer) e equilibrada, o piloto deve in- d) 160.
cliná-lo com respeito à horizontal (à maneira de um e) 50.
ciclista em uma curva), de um ângulo α. Se α = 60°, a
velocidade da aeronave é 100 m/s e a aceleração local
19. Uma partícula de massa m descreve uma trajetória cir-
da gravidade é 9,5 m/s2, qual é aproximadamente o
cular com movimento uniforme, no sentido horário,
raio de curvatura?
como mostra a figura.
BETO CANDIA

a) 600 m.
b) 750 m.
c) 200 m.
d) 350 m. Qual dos seguintes conjuntos de vetores representa a

e) 1 000 m. força resultante R atuando na partícula, a velocidade
→ →
v e a aceleração a da partícula, no ponto P indicado
na figura?
17. — Uma mosca em movimento uniforme descre-
ve a trajetória curva indicada abaixo: a) → → →
R v a

b) → →
ISTOCK/GETTY IMAGES

R v
→ →
a=0

c) →

v R

→ →
→ a=0
R
d)

Quanto à intensidade da força resultante na mosca, v →
a
podemos afirmar:
a) é nula, pois o movimento é uniforme. →
R
b) é constante, pois o módulo de sua velocidade é e)
constante. →

v a
c) está diminuindo.
d) está aumentando.
e) n.d.a.
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20. — Um caminhão transporta em sua carroce- 4 6
ria uma carga de 2,0 toneladas. Determine, em new- igual a m /s, formando um cone circular imagi-
15
tons, a intensidade da força normal exercida pela carga nário, conforme a figura abaixo
sobre o piso da carroceria, quando o veículo, a 30 m/s,
passa pelo ponto mais baixo de uma depressão com
300 m de raio. (g = 10 m/s2).
α

N R

O fio permanece esticado durante todo o movimento,


fazendo um mesmo ângulo α com a vertical, cuja tan-
gente é 8/15. A componente horizontal da tração no
P fio vale 16 N e é a força centrípeta responsável pelo
giro da esfera. O volume do cone imaginário, em cm3,
é
21. — Um motoqueiro deseja realizar uma ma- a) 280π.
nobra radical num “globo da morte” (gaiola esférica) b) 320π.
de 4,9 m de raio. Para que o motoqueiro efetue um c) 600π.
looping (uma curva completa no plano vertical) sem d) 960π.
cair, o módulo da velocidade mínima no ponto mais e) 1 800π.
alto da curva deve ser de

Adote: g = 10 m/s2. 24. — A figura representa a seção vertical de um tre-


cho de rodovia. Os raios de curvatura dos pontos A e
a) 0,49 m/s. B são iguais e valem 100 m e o trecho que contém o
b) 3,5 m/s. ponto C é horizontal.
c) 7 m/s.
d) 49 m/s.
e) 70 m/s.
A C

22. — Uma esfera de massa 2,0 kg oscila num pla-


no vertical, suspensa por um fio leve e inextensível de B

1,0 m de comprimento. Ao passar pela parte mais bai-


xa da trajetória, sua velocidade escalar é de 2,0 m/s. Um automóvel de massa 2 . 103 kg percorre a rodovia
Sendo g = 10 m/s2, a intensidade da força de tração com velocidade escalar constante de 36 km/h. Sendo
no fio quando a esfera passa pela posição inferior é, NA, NB e NC a reação normal da rodovia sobre o carro
em newtons nos pontos A, B e C, respectivamente, determine suas
a) 20. intensidades.
b) 28.
c) 8,0. 25. — A figura abaixo representa um trecho de
d) 12. uma montanha-russa na qual os carrinhos foram
e) 2,0. projetados para que cada ocupante não experimente
uma força normal contra seu assento com intensidade
APROFUNDAMENTO maior do que 3,5 vezes seu próprio peso. Consideran-
23. — Uma esfera de massa igual a 3 kg está do-se que os carrinhos tenham velocidade de 5 m/s no
amarrada a um fio inextensível e de massa desprezível. início da descida e que os atritos sejam desprezíveis, o
A esfera gira com velocidade constante em módulo menor raio de curvatura R que o trilho deve ter no seu
ponto mais baixo vale em m.

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27. — Uma criança pendura-se na extremida-
de livre de uma corda que tem a outra extremidade
presa ao teto de uma sala de ginástica. Ela, então, im-
pulsiona-se e faz uma trajetória circular cujo diâmetro
é 0,8 m. Se a velocidade tangencial da criança, cuja
massa é 40 kg, for 2,0 m/s, qual será o ângulo que
BETO CANDIA

a corda faz com uma linha vertical perpendicular ao


solo? Considere a criança como uma partícula, a massa
da corda desprezível e a aceleração gravitacional igual
10 m/s2.
Teto
a) 25.
b) 5.
c) 3,5.
l
d) 40. θ

e) 10.

R
26. — Considere que, na montanha-russa de um
parque de diversões, os carrinhos do brinquedo, de Criança
massa total m, passem pelo ponto mais alto do loop,
de tal forma que a intensidade da reação normal
nesse instante seja nula. Adotando r como o raio do a) 30°.
loop e g a aceleração da gravidade local, podemos b) 35°.
afirmar que a velocidade e a aceleração centrípeta c) 45°.
sobre os carrinhos na situação considerada valem, d) 20°.
respectivamente, e) 60°.
CRÉDITO

28. — Considere um modelo clássico de um áto-


mo de hidrogênio, onde um elétron, de massa m e
carga –q, descreve um movimento circular uniforme,
de raio R, com velocidade de módulo v, em torno do
núcleo. A análise das informações, com base nos co-
nhecimentos da Física, permite concluir:
01. A intensidade da corrente elétrica estabelecida na
órbita é igual a qv/R.
02. O núcleo de hidrogênio apresenta, em seu entor-
no, um campo elétrico e um campo magnético.
03. O trabalho realizado pela força de atração que o
núcleo exerce sobre o elétron é motor.
a) mrg e mr. 04. A resultante centrípeta é a força de atração ele-
b) rg e mg. trostática que o elétron exerce sobre o núcleo.
r mr 05. O raio da órbita é igual a kq2/mv2, sendo k a cons-
c) e .
g g tante eletrostática do meio.
d) rg e nula.
Observação: A resposta é dada pela soma dos números corres-
e) rg e g. pondentes às sentenças corretas.

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29. Uesc-BA 30. Unioeste-PR — Na Fórmula Indy utilizam-se circuitos
ovais com pistas super elevadas, isto é: inclinadas por
ISTOCK/GETTY IMAGES
um certo ângulo θ com relação à horizontal. Esta geo-
Fn
metria garante que para uma curva com determinado
raio de curvatura Rc exista uma velocidade máxima de
segurança vmax com a qual um veículo não desgarra do
asfalto, mesmo que seus pneus percam o atrito com a
pista. Admitindo que em certo ponto da pista onde os
θ C veículos podem atingir vmax = 360 km/h a inclinação
Fat seja θ = 30°, qual será a melhor aproximação para o
raio de curvatura Rc associado a esta região?

Adote: g = 10 m/s2.
θ
a) RC = 577 m.
P
b) RC = 1 154 m.
A figura representa as forças que atuam sobre um pi- c) RC = 1 414 m.
loto que inclina sua motocicleta em uma curva para d) RC = 1 732 m.
percorrê-la com maior velocidade. Sabendo-se que a e) RC = 2 000 m.
massa do conjunto moto-piloto é igual a m, a inclina-
ção do eixo do corpo do piloto em relação à pista é θ,
31. Juiz de Fora-MG — Faltava apenas uma curva para ter-
o módulo da aceleração da gravidade local é g e que o
minar o Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1. Na
raio da curva circular é igual a R, contida em um plano
primeira posição estava Schumacher, a 200 km/h; logo
horizontal, em movimento circular uniforme, é correto
atrás, estava Montoya, a 178 km/h; aproximando-se de
afirmar que a energia cinética do conjunto moto-piloto
Montoya, vinha Rubens Barrichello, a 190 km/h, atrás
é dada pela expressão
de Barrichello, aparecia Half Schumacher, a 182 km/h.
mgR
01. . Todos esses quatro pilotos entraram com as velocida-
2tgθ
des citadas nessa última curva, que era horizontal, ti-
mRtgθ
02. . nha raio de curvatura de 625 m e coeficiente de atrito
2g
estático igual a 0,40. Podemos concluir que
mR2 a) É impossível prever quem pode ter vencido a corri-
03. .
2gtgθ da ou quem pode ter derrapado.
mgRtgθ b) De acordo com as velocidades citadas, a coloca-
04. .
2 ção mais provável deve ter sido: 1º- Schumacher,
2º- Barrichello, 3º- Half e 4º- Montoya.
c) Montoya venceu o Grande Prêmio, porque todos
os demais derraparam.
d) Barrichello venceu a corrida, porque Montoya e
Schumacker derraparam e não havia como Half
alcançá-lo.

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QUADRO DE RESPOSTAS
Movimentos curvilíneos
1. A 9. A c) 24π m/s 23. E
2. 15 (01+02+04+08) 10. C 16. 14 (02+04+08) 24. D
3. f = 2 Hz 11. A 17. C 25. 16 km/h
4. C 12. D 18. B 26. E
5. D 13. A 19. E 27. A
6. D 14. D 20. C 28. D
7. 32 000 000 voltas. 15. a) 1/60 s 21. E 29. E
8. B b) 120π rad/s 22. 31 (01+02+04+08+16) 30. A

Força resultante centrípeta


1. A 10. D 19. C Ponto C — horizontal
2. E 11. B 20. N = 2,6 · 104 N N = P NC = 20 · 103 N.
3. B 12. B 21. C 25. A
4. 03 13. D 22. B 26. E
5. D 14. B 23. B 27. C
6. B 15. A 24. Ponto A — lombada 28. 05
7. B 16. A NA = 18 · 103 N. 29. A
8. C 17. D Ponto B — depressão 30. D
9. A 18. B NB = 22 · 103 N. 31. C

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMAUDI, U. Imagens da física. Sao Paulo: Scipione,1995.
CARRON, W.; GUIMARAES, O. As faces da física. Sao Paulo: Moderna, 2002.
FOGIEL, M. The high school physics tutor. New Jersey: Research and Education Association, 2014.
HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos de física 1. Rio de Janeiro: Livros Tecnicos e Cientificos, 2013.
LEAO, M. Princípios da biofísica. Rio de Janeiro: Guanabara, 1982.
NEWTON, I. Princípia: o movimento dos corpos. Traducao de: RICCI, T. et al. Sao Paulo: Edusp, 2002.
NICOLAU, Gilberto et. al. Física, ciência e tecnologia. Sao Paulo: Moderna, 2012.
TALAVERA, A. C. et al. Física: ensino medio. Sao Paulo: Nova Geracao, 2005.

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