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FÍSICA
ENSINO MÉDIO
MATERIAL DO PROFESSOR
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Dinâmica II
Movimentos curvilíneos 2
Força resultante centrípeta 22
1 MOVIMENTOS
CURVILÍNEOS
A
o observar a natureza, os seres humanos perceberam
que muitos fenômenos se repetem, ou seja, são cíclicos.
Assim ocorre com as marés, fases da Lua, estações do
ano...
Ciclos são muito úteis para expressar ideia de tempo. Por
exemplo: ao girar em torno de seu eixo imaginário, a Terra nos
faz perceber o Sol nascendo e se pondo, e, depois disso, nas-
cendo e se pondo novamente... e novamente... repetindo esse
processo com uma duração bem próxima uma da outra. Assim,
é conveniente criar uma unidade de tempo que expressa, apro-
ximadamente, o quão demorado é o intervalo entre um nascer
do Sol e o seguinte. Essa unidade é chamada dia.
Outro exemplo de ciclo é o ano, tempo que a Terra leva
para completar uma volta em torno do Sol. Para entender por
que esse fenômeno é cíclico, é necessário conhecer um pouco
do movimento da Terra em relação ao Sol, que é um movimento
curvilíneo.
Se você parar para pensar, quase todos os tubo de raios catódicos e o forno de micro-on-
impressão de
movimentos que ocorrem na natureza e no seu dia das. De maneira resumida, para gerar a imagem
ter sido uma a dia seguem trajetórias curvas: os veículos, as ae- nessas TVs, elétrons são acelerados e forçados,
criança brincando ronaves, pessoas e animais caminhando, pássaros por campos magnéticos, a seguir trajetórias
voando em suas trajetórias imprevisíveis. Em escala curvas, de modo a varrer todo o monitor e, no
à beira-mar, atômica, os elétrons, de acordo com o modelo interior dos componentes eletrônicos do forno
divertindo-me em atômico de Rutherford-Bohr, orbitam os núcleos de micro-ondas, os elétrons seguem em traje-
atômicos em suas trajetórias curvilíneas. Em escala tórias curvas, por também serem desviados por
descobrir uma astronômica, o universo é o palco sem plateia da campos magnéticos, e assim produzem ondas
pedrinha mais lisa dança cósmica dos corpos celestes em suas órbitas eletromagnéticas que, por sua vez, aquecem os
elípticas, parabólicas e hiperbólicas, regidas pelas alimentos. Tomemos como exemplo uma tecno-
ou uma concha inúmeras forças de atração gravitacional. logia não muito avançada, como a de uma bi-
mais bonita que as Você já se perguntou sobre o movimento cicleta com marchas. Você já deve ter pedalado
de translação, ou mesmo rotação, dos planetas? em uma dessas ou, ao menos, visto uma. Já se
outras, enquanto o
Consegue imaginar como esses fenômenos, perguntou por que uma determinada combina-
imenso oceano da aparentemente tão distantes da nossa realida- ção de catracas e coroas faz que o esforço ao
de, poderiam estar relacionados com eventos pedalar seja maior ou menor? Esses eventos,
verdade continua
mais próximos a você, tais como o girar da roda e muitos outros que poderíamos citar, encon-
misterioso diante de um carro ou de uma bicicleta? Ou o movi- tram explicação no estudo dos movimentos
mento de brinquedos que giram em parques de curvilíneos.
de meus olhos.
diversão, ponteiros de um relógio analógico ou
Isaac Newton mesmo um HD sendo lido em seu computador? Vamos refletir?
Todas as situações descritas acima se relacionam Tente imaginar: como seria viver em um
com áreas de vital importância na física, entre mundo onde retas fossem as únicas trajetórias
CONECTIVIDADE
CONEXÕES
elas, está a que nos interessa neste capítulo, os possíveis? Imagine a dificuldade para encontrar
TECNOLOGIA movimentos curvilíneos. outra pessoa, ou para ir de um lugar a outro.
Para conhecer mais sobre Embora os movimentos curvilíneos ocorram Pense, por um momento, nos planetas em tor-
o funcionamento do for- muito antes da humanidade ou da origem da no do Sol não podendo mais seguir suas órbitas
no de micro-ondas, leia o
texto disponível em:
ciência, somente com a compreensão de tais elípticas e nenhum outro tipo de trajetória cur-
<https://www.youtube. fenômenos foi possível nossa evolução tecno- vilínea. Será que seria possível o Sistema Solar
com/watch?v=Gc5xbE lógica. Exemplos clássicos são a antiga TV de encontrar outra configuração estável?
Q1QTY>. Acesso em:
dez. 2015.
MARCIN BIAŁEK
Orientação ao professor 1.
O objetivo é mostrar aos alunos como os
movimentos curvilíneos estão presentes
em tudo, desde situações mais simples,
como seu próprio caminhar quando do-
bram uma esquina, até as mais complexas,
como no contexto tecnológico, nas escalas
atômicas e astronômicas. É interessante
mostrar-lhes que, nesses movimentos, a
direção e o sentido desse vetor se alteram
constantemente. Comente com eles sobre
os diversos tipos de órbitas dos astros, em
especial as elípticas, as mais comuns e
que, para efeito de cálculos no Ensino Mé-
dio e por ser uma boa aproximação, são
consideradas órbitas circulares, um caso
particular das órbitas elípticas.
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GRANDEZAS PERIÓDICAS
Durante o funcionamento da roda-gigante, cada ca- iguais. Esse tempo é uma grandeza física chamada perío-
deira executa uma trajetória circular, ou seja, cada lugar do, no Sistema Internacional de Unidades (SI) é representa-
passa repetidas vezes pela mesma posição em intervalos de da pela letra T e sua unidade é o segundo (s).
tempo iguais. Trata-se de um movimento periódico. Embora a unidade no SI seja o segundo, podemos in-
dicar o período de eventos cíclicos com outras unidades de
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EXERCÍCIO RESOLVIDO
Durante as férias escolares, os pais de Pedro decidem
levá-lo para descansar na praia. Pedro gosta de sentar-se
na areia e observar as ondas sempre chegando, uma após
a outra, indefinidamente. Durante sua observação, Pedro
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ALESSANDRO SILVA
Sol
Movimento
de translação
da Terra. Sol
e distâncias
fora de escala.
A velocidade em que a Terra gira ao redor do Sol, seguindo uma órbita elíptica (embora possa ser aproximada para uma
órbita circular), no movimento denominado translação, no período de aproximadamente 365 dias, é cerca de 107 000 km/h.
A velocidade de deslocamento de um ponto da superfície da Terra quando ela gira em torno de seu eixo imaginário, no mo-
vimento de rotação, é aproximadamente 1 700 km/h nas proximidades do Equador, diminuindo quanto mais se aproxima
dos polos. Além disso, a Terra realiza, junto com todo o Sistema Solar, um movimento de giro próximo de 1 000 000 km/h
com relação ao centro da galáxia, segundo estudos do astrônomo Augusto Damineli, professor do Instituto Astronômico e
Geofísico da USP. Além dos citados acima, a Terra apresenta outros movimentos, entre os quais podemos citar como exem-
plo a precessão do eixo de rotação, que é o movimento oscilatório parecido com o do eixo de um peão quando começa a
perder velocidade de rotação.
CONECTIVIDADE
CONEXÕES
Os movimentos de rotação e translação da Terra, assim como seu ângulo de inclinação, estão profundamente
relacionados com o clima e as estações do ano.
Para conhecer mais sobre movimentos da Terra e clima, leia o texto disponível em: <https://www.fe.unicamp.br/
formar1/revista/N000/pdf/Conv-com-Prof-MovTerra-Negrao-Junho08.pdf>. Acesso em: nov. 2015.
Nesse capítulo estudaremos somente o movimento circular uniforme. A leitura complementar, a seguir, oferece
uma introdução sobre o movimento circular uniformemente variado (MCUV).
Disponível em: <http://coral.ufsm.br/gef/Rotacoes/rotacoes02.pdf>. Acesso em: nov. 2015.
CONEXÃO
CONEXÕES
HISTÓRIA
A obra Princípios matemáticos da filosofia natural, de Isaac Newton, também conhecida como Principia, é
considerada uma das maiores da física. É um conjunto de três volumes que teve sua primeira edição publicada em
1687. Nessa obra, Newton apresenta, entre outras ideias, as três leis que levam seu nome, a teoria da gravitação
universal e o desenvolvimento do cálculo. Esse trabalho representou importante contribuição para o estudo dos mo-
vimentos curvilíneos e para muitas outras áreas científicas.
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cialmente medido em Assim, o deslocamento angular pode ser
radianos, leia o texto dis-
escrito como
ponível em: <http://ecal-
culo.if.usp.br/funcoes/
trigonometricas/ Dx
Dθ =
circunferencia/links/ R
radianos_principal.htm>.
Acesso em: nov. 2015.
Dθ: deslocamento angular SI = unidade
(rad).
Dx: deslocamento escalar SI = unidade (m).
R: raio da trajetória SI = unidade (m).
VELOCIDADE ANGULAR
Ainda considerando o esquema anterior,
imagine uma partícula em movimento circular
passando pela posição A e, após o intervalo de
tempo Dt, pelo ponto B. A razão entre o ângulo
varrido pela partícula (Dθ) e o tempo gasto para
descrevê-lo (Dt) é a velocidade angular, repre-
sentada pela letra grega ômega minúsculo, ω.
A betoneira executa movimento circular. Assim,
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VELOCIDADE TANGENCIAL
A velocidade tangencial, ou linear, é a relação entre o
ACELERAÇÃO TANGENCIAL
espaço percorrido (Dx) e o tempo gasto (Dt). Embora ela É paralela ao vetor velocidade tangencial e mede as
possa ser expressada em km/h ou cm/min, no SI sua uni- alterações da intensidade do vetor velocidade na unidade
∆x de tempo. Existe no movimento variado e é nula no movi-
dade é m/s. Assim v = . Para uma volta completa, Dx é
∆t mento uniforme.
igual ao comprimento da circunferência, Dx = 2πR, e Dt é o
Então, sempre que há mudança na direção do vetor ve-
tempo necessário para dar uma volta completa, o período,
locidade podemos afirmar que existe aceleração centrípeta.
2πR
portanto Dt = T. Concluímos então que v = . Sabendo No caso de MCU, ac ≠ 0 e at = 0. No caso de MCUV (mo-
1 T
que T = , podemos escrever vimento circular uniformemente variado), ac ≠ 0 e at ≠ 0.
f
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v = 2πRf
v = ωR
ACELERAÇÃO NO
MOVIMENTO CIRCULAR
A aceleração mede a variação sofrida pela velocidade
em uma unidade de tempo. Então, se houver mudança de
→ →
velocidade em modulo, direção ou sentido, existe acelera- ac1 Vt1
ção. No movimento circular, a aceleração tem duas compo- →
ac 2
nentes: a aceleração centrípeta (ac), e a aceleração tangen- Um carro em dois instantes
diferentes ao efetuar
cial (at ), que são definidas detalhadamente a seguir. uma curva e a aceleração
centrípeta em cada instante.
→
Vt 2
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→
2. Um garoto gira uma pedra amarrada a um barbante.
ac3
→
Com o auxilio de um amigo, ele consegue medir o
ac1 →
v2 tempo que a pedra leva para completar 1 volta, que é
Movimento curvilíneo com 0,5 s. Sabendo que o barbante utilizado é inextensível
velocidade variável (direção) e que seu comprimento é 40 cm, determine a veloci-
→ dade tangencial e a aceleração centrípeta dessa pedra.
v1
Use π = 3,14.
Resolução:
→
v4 Conhecendo o período do movimento, podemos de-
→
ac1
terminar sua frequência,
1 1
→ → f= = = 2 Hz
ac 4 ac2 T 0,5
→ Com a frequência, e sabendo que o raio da trajetória é
ac3
igual ao comprimento do barbante, é possível calcular
→
v2 a velocidade tangencial,
→
v3 v = 2πRf = 2 · 3,14 · 0,4 · 2 = 5,024 m/s
Movimento circular com Observação: é possível seguir um caminho diferente no
velocidade variável (direção) cálculo. Com a frequência, podemos calcular a veloci-
Alguns exemplos de diferentes movimentos dade angular,
e seus vetores velocidade e aceleração ω = 2πf = 2 · 3,14 · 2 = 12,56 rad/s
centrípeta em diversos instantes.
Sabendo a velocidade angular, encontramos a veloci-
dade tangencial através da relação
v = ωR = 12,56 · 0,4 = 5,024 m/s
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS A aceleração centrípeta é obtida pela expressão
1. O disco de um HD de um computador tem uma fre- v 2 (5, 024 )2
quência de 90 Hz. Assim, podemos afirmar que sua ac = = ≅ 63,10 m /s2
R 0, 4
velocidade angular é (use π = 3,14) Resposta correta: velocidade tangencial é 5,024 m/s e
a) 180 rad/s. aceleração centrípeta é 63,10 m/s2.
TRANSMISSÕES
Uma das aplicações mais importantes dos movimen- contribuiu muito para o desenvolvimento tecnológico. A in-
tos circulares é a transmissão de movimentos, em que a dústria em geral utiliza muitas polias e engrenagens para
rotação de um corpo é transmitida para outro por meio de desenvolver seus produtos. Nos carros, por exemplo, há
um sistema de acoplamento. Para facilitar o estudo, nos inúmeras correias dentadas, polias e engrenagens que os
exemplos apresentados consideraremos a aplicação de po- fazem funcionar, trocar de marcha etc.
lias, mas poderiam ser usados outros tipos de acoplamento. Estudaremos dois tipos de transmissão de movimen-
Assim como muitos outros conhecimentos que perten- tos circulares: a transmissão concêntrica e a transmissão
cem à área da física, a transmissão de movimentos circulares periférica.
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REPRINTED COURTEZY OF
HOWSTUFFWORKS.COM
1
P1 Disco em rotação
com duas partículas
diferentes em
destaque, P1 e P2.
P2
2
As trajetórias
P1
separadas de
3 duas partículas
diferentes em
movimento circular
no mesmo disco.
Engrenagens de uma caixa de câmbio.
f1 = f2 = f3
Polia 1
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v1 = v2
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1. Um disco gira à frequência 180 rpm. Converta 4. Na rotação da Terra, a velocidade tangencial de
essa frequência para hertz e obtenha o período em um ponto em sua superfície diminui conforme esse
segundos. ponto se aproxima dos polos. Por que isso ocorre?
180 Conforme o ponto se aproxima do polo, o círculo correspondente à
f= = 3 Hz
60 trajetória do movimento desse ponto terá raio cada vez menor. As-
1 1
T = = = 0,33 s sim, conforme o raio da trajetória fica cada vez menor, a velocidade
f 3
tangencial desse ponto também diminuirá.
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ALESSANDRO SILVA
8. Unesp-SP — Admita que em um trator semelhante ao ωR
da foto a relação entre o raio dos pneus de trás (rT) e o P
A
raio dos pneus da frente (rF) é rT = 1,5 rF. B
ωB
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ωA
1
DESENVOLVIMENTO a) .
3
10. PUC-RJ — Um satélite geoestacionário encontra-se 2
sempre oscilando sobre o mesmo ponto em relação à b) .
3
Terra. Sabendo que o raio da órbita deste satélite é de c) 1.
36 x 103 km e considerando π = 3, podemos dizer que 3
d) .
sua velocidade é: 2
a) 0,5 km/s. e) 3.
b) 1,5 km/s.
c) 2,5 km/s. 13. UFSM-RS — A figura representa dois atletas numa
d) 3,5 km/s. corrida, percorrendo uma curva circular, cada um em
e) 4,5 km/s. uma raia. Eles desenvolvem velocidades lineares com
módulos iguais e constantes, num referencial fixo no
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RB
RA
ALESSANDRO SILVA
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ENSINO MÉDIO
ALESSANDRO SILVA
0,5 m
frequência de rotação de 4R R
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0,5 m
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ALESSANDRO SILVA
08) Em uma rotação completa a distância percorrida
pelo ponto a é igual ao triplo da distância percor-
rida pelo ponto b.
16) A aceleração centrípeta do ponto a é igual ao tri- Catracas Coroa
plo da aceleração centrípeta do ponto b.
A C
ALESSANDRO SILVA
H2 Montagem P Montagem Q
H1 D
C Por qual montagem o açougueiro deve optar e qual a
(http://carros.hsw.uol.com.br. Adaptado.) justificativa desta opção?
Considere rA, rB, rC e rD os raios das engrenagens A, B, a) Q, pois as polias 1 e 3 giram com velocidades li-
C e D, respectivamente. Sabendo que rB = 2rA e que neares iguais em pontos periféricos e a que tiver
ω maior raio terá menor frequência.
rC = rD, é correto afirmar que a relação 1 é igual a
ω2 b) Q, pois as polias 1 e 3 giram com frequências
a) 1,0. d) 2,0.
b) 0,2. e) 2,2. iguais e a que tiver maior raio terá menor veloci-
c) 0,5. dade linear em um ponto periférico.
c) P, pois as polias 2 e 3 giram com frequências dife-
ESTUDO PARA O ENEM rentes e a que tiver maior raio terá menor veloci-
29. Enem — O Brasil pode se transformar no primeiro país dade linear em um ponto periférico.
das Américas a entrar no seleto grupo das nações que d) P, pois as polias 1 e 2 giram com diferentes veloci-
dispõem de trens-bala. O Ministério dos Transportes dades lineares em pontos periféricos e a que tiver
prevê o lançamento do edital de licitação internacional menor raio terá maior frequência.
para a construção da ferrovia de alta velocidade Rio- e) Q, pois as polias 2 e 3 giram com diferentes veloci-
São Paulo. A viagem ligará os 403 quilômetros entre a dades lineares em pontos periféricos e a que tiver
Central do Brasil, no Rio, e a Estação da Luz, no centro maior raio terá menor frequência.
da capital paulista, em uma hora e 25 minutos. Devido
Competência de área 2 — Identificar a presença e aplicar as tec-
à alta velocidade, um dos problemas a ser enfrentado nologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
na escolha do trajeto que será percorrido pelo trem é Habilidade 7 — Selecionar testes de controle, parâmetros ou crité-
rios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a de-
o dimensionamento das curvas. Considerando-se que fesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a qualidade de vida.
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FÍSICA 4
ENSINO MÉDIO
2 FORÇA RESULTANTE
CENTRÍPETA
A
televisão transmite, por meio de satélites de comuni-
cação especialmente posicionados, imagem e som em
tempo real para qualquer ponto da superfície da Ter-
ra. Eles mantêm-se em órbita em razão da força de atração
gravitacional exercida pelo planeta. Veremos neste capítulo
que a força gravitacional, nesse caso, atua como a força a que
chamaremos força centrípeta. Se ela não existisse, os saté-
lites se deslocariam em linha reta e sairiam da órbita. Como
mostraremos, sempre que existir movimento curvilíneo haverá
força centrípeta e conforme a situação, diferentes forças po-
dem atuar como força centrípeta.
Considere a frase “o carro está aceleran- estudamos, como atrito e normal), derivam das
longe, foi por
do”. O senso comum pode interpretar que o forças eletromagnéticas.
estar sobre ombros módulo do vetor velocidade de um dado carro A força centrípeta, em última análise, sem-
de gigantes. está aumentando. Um estudante de física desa- pre será alguma dessas quatro forças fundamen-
visado pode interpretar que há variação no mó- tais (tendo em vista que apenas elas existem na
Isaac Newton dulo do vetor velocidade, que pode ser positiva natureza). A força centrípeta ocorrerá quando
ou negativa (frenagem). A interpretação corre- alguma força, ao agir sobre um corpo, fizer que
ta, no entanto, é considerar que há alteração no ele tenha a direção do seu vetor velocidade al-
vetor velocidade. terada. Outra qualidade da força centrípeta é
Para saber o que significa alteração no ve- que ela sempre aponta para o centro da curva
tor velocidade, devemos lembrar que a veloci- durante o movimento.
dade, como qualquer vetor, possui três atributos Alguns exemplos em que atua a força
necessários para sua definição: módulo, direção centrípeta:
e sentido. Dizer, portanto, que há alteração na • Um satélite em órbita em torno da Ter-
velocidade, pode significar que há alteração no ra. A força gravitacional atua como força
módulo (caso mais comum de imaginar), na di- centrípeta;
reção e no sentido dessa grandeza vetorial. • Uma pedra girando amarrada na ponta de
A aceleração que mede a alteração na dire- um barbante. Se o movimento circular da
ção do vetor velocidade recebe o nome especial pedra for executado em um plano horizon-
aceleração centrípeta. Como sabemos, é im- tal, a força de tração no barbante atuará
possível haver aceleração sem força (lembrando como força centrípeta, e se for executado
a segunda lei de Newton: FR = ma); assim, a em um plano vertical, a resultante das for-
CONECTIVIDADE
CONEXÕES
força que origina a aceleração centrípeta tam- ças de tração no barbante e do peso atuará
Para saber mais sobre as
bém recebe o nome especial força resultante como força resultante centrípeta;
quatro forças fundamen- centrípeta. • Um carro que efetua uma curva em uma
tais da natureza, leia É interessante notar que na natureza pista sem inclinação lateral. A força de atri-
o texto disponível em:
existem apenas estes quatro tipos de forças to atua como força centrípeta.
<http://www.if.ufrgs.
br/tex/fis01043/20032/ fundamentais: forte (ocorre no interior do nú-
Humberto/index.html>. cleo atômico), fraca (ocorre nos processos de Vamos refletir?
Acesso em: dez. 2015. decaimento radioativo), gravitacional (ocorre Observe movimentos no dia a dia em que
na interação entre corpos com massa) e eletro- um corpo muda de direção. Reflita sobre o
magnética (ocorre nos fenômenos elétricos e modo como esse corpo fica sujeito à força cen-
Inicie o capítulo realizando um
experimento com os alunos. Pe- magnéticos). Isso significa que todas as forças trípeta e como ela se origina. Converse com os
ça-lhes que tentem fazer um loop são, na realidade, decorrentes dessas quatro colegas e o professor sobre situações em que di-
com um balde cheio de água, sem
deixá-la cair. Enfatize a necessida-
forças fundamentais. Por exemplo, forças en- ferentes forças que você conhece podem atuar
de de embalar o movimento para tre os átomos (que dão origem às forças que já como força centrípeta.
que a água continue no balde.
Questione por que isso ocorre.
Pergunte-lhes também qual é a
diferença entre a força aplicada ROTEIRO DE APRENDIZAGEM
no balde quando ele estava no
ponto mais baixo da trajetória e
a aplicada no ponto mais alto da
trajetória. Força resultante centrípeta e aplicações
1 • Corpo em uma curva plana e horizontal
• Movimento sobre uma elevação ou depressão
• Looping
• Rotação na vertical
• Curva com inclinação lateral desprezando-se o atrito
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FÍSICA 4
ENSINO MÉDIO
BETO CANDIA
No capítulo anterior vimos que, se há mo- CONEXÃO
CONEXÕES
vimento curvilíneo, existe necessariamente uma
aceleração centrípeta. No caso particular do HISTÓRIA/
movimento circular uniforme, a única acelera- TECNOLOGIA
ção que existe é a centrípeta, uma vez que o O primeiro satélite artifi-
módulo da velocidade tangencial do móvel não cial construído por seres
humanos foi o Sputnik 1,
se altera. Se relembrarmos a segunda lei de
lançado pela antiga
Newton, FR = ma, em que FR é a força resultante União Soviética em 4 de
que atua no corpo em questão, é a massa desse outubro de 1957, para
orbitar o planeta Terra.
corpo e é sua aceleração, podemos concluir que
Desde então, não para-
mos mais de enviá-los
Se há aceleração, existe uma força resul- para orbitar a Terra e a
tante causando-a. Lua, e também passamos
a lançar sondas espaciais
Carros de corrida em uma curva. A força para explorar as regiões
Assim, como já sabemos que existe acelera- de atrito atua como força centrípeta. mais desconhecidas do
ção centrípeta no movimento circular, podemos Sistema Solar e além
dele. Das centenas de
BETO CANDIA
deduzir que existe alguma força resultante cau-
satélites orbitando nosso
sando essa aceleração. Como se trata de acele- planeta, muitos deles
ração centrípeta, pois aponta para o centro da executam uma trajetória
trajetória, chamaremos força centrípeta a essa a que chamamos órbita
geoestacionária. Essa
força que atua no corpo, a qual também apon-
órbita é particularmente
ta para o centro da trajetória. Assim, podemos interessante ao conside-
definir: rar o caso de satélites de
telecomunicações e de
televisão, pois ela se rea-
Força centrípeta é a força resultante que liza exatamente sobre o
causa alteração na direção do vetor veloci- equador da Terra, a uma
dade. Essa alteração pode ser medida pela altitude aproximada de
Um aeromodelo preso a um cabo. A força de
tração no cabo atua como força centrípeta.
36 mil quilômetros. Um
aceleração centrípeta em um corpo em tra- satélite em órbita geoes-
jetória curvilínea. tacionária permanece
sempre sobre a mesma
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fatE
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ENSINO MÉDIO
BETO CANDIA
N N
θ
ROTAÇÃO NA VERTICAL acp
v1
as componentes das forças no eixo y anulam-se.
Essa curva pode ser efetuada sem o uso do atri-
F to, ou seja, sem a necessidade de girar o volante
F
do carro. Assim, a força resultante centrípeta é
CONECTIVIDADE
CONEXÕES
a componente x da força normal que pode ser
v2 escrita em função do ângulo de inclinação como Para saber mais sobre
como efetuar curvas
2
m⋅ v ideais em automobilismo,
Fc v2 leia o texto disponível
tg θ = = R =
P m⋅g R⋅g em: <https://rizzofisico.
wordpress.com/tag/forca-
Assim, obtemos centripeta>. Acesso em:
dez. 2015. Esse texto
também fornece uma
No movimento circular, a velocidade é tangente v = R ⋅ g ⋅ tg θ explicação sobre curvas
à trajetória, e a componente centrípeta da forca com inclinação lateral
resultante é orientada para o centro da curva.
considerando-se o atrito.
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FÍSICA 4
ENSINO MÉDIO
Resolução:
2. Bob gosta muito de praticar esportes radicais. Ele gosta A expressão que relaciona a velocidade máxima, o coe-
especialmente de esportes nos quais ele pode realizar ficiente de atrito estático e o raio da curva sem incli-
manobras, como skate, patinação ou ciclismo. Em seu nação é
próximo desafio pessoal, Bob quer realizar um looping 1) vmax = µE ⋅ R ⋅ g .
de skate. Para isso, ele pretende descer de uma rampa, Desejamos encontrar a velocidade máxima para fazer
com uma determinada altura e inclinação, de tal manei- a curva em segurança em dias de chuva e, embora o
ra que ele consiga atingir a velocidade mínima necessá- coeficiente de atrito estático dessa situação seja conhe-
ria para realizar essa façanha. O amigo que montou esse cido, não sabemos qual é o raio da curva. Entretanto,
looping para Bob o advertiu que para realizar essa ma- quando a pista está seca, a velocidade máxima, assim
nobra com segurança ele deveria estar a uma velocida- como o coeficiente de atrito estático, são conhecidos.
de de, no mínimo, 18 km/h. Assim, utilizando g = 10m/ Assim, é possível calcular o raio da curva. Dessa forma,
s2, é possível concluir que o diâmetro desse looping é temos que
a) 2,5 m. d) 6 m. vmax ( seca)2
R= .
b) 3 m. e) 5 m. g ⋅ µE
c) 4 m. Convertendo a velocidade para m/s, obtemos
Resolução: 54
= 15 m /s. Portanto, substituindo os valores,
A relação entre a velocidade mínima para realizar um 3, 6
looping e o raio do mesmo é 152
R= = 45 m.
vmin = R ⋅ g . 10 ⋅ 0,5
Lembrando que em dias de chuva o coeficiente de atri-
Como queremos saber o diâmetro iremos isolar o raio.
to estático se reduz pela metade e sabendo que o raio
Assim, temos que
da curva independe de qualquer situação climática, en-
v2
R= . contramos, utilizando a equação 1),
g
vmax ( chuva) = 0, 25 ⋅ 45 ⋅ 10 ≅ 10, 6m /s.
18
A velocidade, em m/s, é igual a = 5 m /s. Finalmen- Em km/h, temos 10,6 ∙ 3,6 38,2 km/h. Essa á a velo-
3, 6
te, calculando o raio, cidade máxima com a qual Clara pode fazer a curva na
pista molhada. Logo, c) é a alternativa correta.
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FÍSICA 4
ENSINO MÉDIO
1. Suponha um planeta X com uma lua Y. Desconsi- velocidade mínima para que um carrinho consiga
dere efeitos de outros corpos sobre este planeta completar o looping?
e sua lua e também desconsidere a carga elétrica Resolução:
desses corpos. Equação da velocidade mínima em looping:
vmin = R ⋅ g
PHOTODISC/GETTY IMAGES
BETO CANDIA
para X. caso por ser um movimento circular, há força centrípeta de intensidade não nula.
( ) a força gravitacional que age sobre Y aponta (V) a força gravitacio- F
nal é a força centrípeta. F
para X. Pelo enunciado, podemos concluir que a única força que age sobre a lua Y é
A sequência é:a força gravitacional. Como a lua está em movimento circular, há força cen-
trípeta. Se há força centrípeta e a única força que há é a força gravitacional, v2
a) V, F, V, V podemos concluir que a força gravitacional é a força centrípeta.
b) F, F, V, V (V) a força centrípeta que age sobre Y aponta para X.
c) F, V, V, V A força centrípeta sempre aponta para o centro da circunferência, onde, no
caso, está o planeta X, conforme o enunciado.
d) F, V, F, F (V) a força gravitacional que age sobre Y aponta para X.
e) V, F, F, F Como a força gravitacional é a força centrípeta, podemos afirmar que ela
aponta para o centro da circunferência; no caso, onde está o planeta X,
conforme o enunciado. Resposta correta: C
2. Fernando adora carrinhos de controle de remoto. Se o fio for cortado quando o corpo estiver no pon-
Um de seus passatempos é montar pistas para de- to mais baixo da trajetória, ele partirá com direção
pois brincar nelas com seus carrinhos. A próxima e sentido de sua velocidade indicados por
construção envolverá uma pista com um looping a) Após a interação com o fio ser encerrada, a força re-
de raio 1,6 m. Fernando preza pela integridade dos b) sultante que age sobre o corpo (desconsiderando-se
carrinhos e pretende calcular a velocidade mínima a gravidade e a resistência do ar) será nula. Assim,
c) por inércia, o corpo se deslocará em movimento re-
necessária para avaliar se será possível completar d) tilíneo uniforme para a esquerda, que é a direção e
a manobra sem que eles caiam. Sabendo-se que e) nulos, pois a velocidade do corpo será igual
a aceleração gravitacional no local onde Fernando a zero. sentido de sua velocidade no instante em que a força
mora e construirá a pista é 10 m/s2, qual será a resultante passou a ser zero.
Resposta correta: A .
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FÍSICA 4
ENSINO MÉDIO
N
7. Jussara realiza uma viagem de carro e teme con-
duzir o veículo em velocidade grande demais para
efetuar em segurança a curva que está à frente. Ela v
quer evitar que essa velocidade cause a derrapa-
gem do veículo ao efetuar a curva. Considerando
o coeficiente de atrito estático est = 0,144, o raio P
da curva R = 10 m e a aceleração gravitacional local
Considerando apenas o instante e as forças indica-
g = 10 m/s2, qual é o limite de velocidade em que
das na ilustração, é correto afirmar que
o veículo de Jussara deve estar para não ocorrer
a) a força normal N é menor que o peso P.
derrapagem?
b) a força centrípeta é igual a N – P.
c) a força centrípeta é igual a P – N.
vmáx = R ⋅ g ⋅ µ est
d) a força normal N é igual ao peso P.
vmáx = 10 ⋅ 10 ⋅ 0,144 = 144 = 12 m/s = 43,2 km/h e) a força centrípeta é nula.
8. Um carro de massa 1 000 kg, durante uma via- Sabemos que, na depressão, a força peso deve ser menor que a for-
ça normal, ou seja, N > P. Assim, alternativas a e d estão incorretas.
gem, precisa passar por uma elevação de altura Podemos perceber que há variação na direção e sentido do vetor
R = 50 m, como ilustrado a seguir, em que o carro velocidade durante a passagem pela depressão, ou seja, há acele-
é representado por um círculo amarelo: ração centrípeta não nula, o que implica força centrípeta também
não nula. Assim, alternativa e incorreta.
Sabendo que a força centrípeta existe para o caso analisado e
N que sempre aponta para o centro da circunferência descrita pelo
movimento do móvel, podemos concluir, pelo diagrama de forças,
que a força centrípeta será a força resultante, que é igual a N – P.
v Alternativa correta: b
P
R = 50 m
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ENSINO MÉDIO
Ny Ny
30°
60°
30° NX
60°
NX
30°
R
31
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ENSINO MÉDIO
R R
a) 2
Sendo v a velocidade instantânea e a a aceleração cen-
b) 4
trípeta da esfera, o esquema que melhor representa
c) 200
estes dois vetores no ponto mais alto da trajetória no
d) 400
trecho circular é:
e) 20 000
a) V
R
e) a
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FÍSICA 4
ENSINO MÉDIO
6. — Num trecho retilíneo de uma pista de 9. — Com relação ao exercício anterior, no mo-
automobilismo há uma lombada cujo raio de curvatura mento em que o braseiro atinge o ponto mais baixo
é de 50 m. Um carro passa pelo ponto mais alto da de sua trajetória, considerando que ele descreve um
elevação com velocidade v, de forma que a interação movimento no sentido anti-horário e que a trajetória
mg é percorrida com velocidade constante, dos vetores
entre o veículo e o solo (peso aparente) é neste
5
ponto. Adote g = 10 m/s .2 indicados, aquele que mais se aproxima da direção e
Nestas condições, em m/s, o valor de v é sentido da força resultante sobre a lata é:
a) 10
b) 20
c) 30 a)
d) 40
e) 50 b)
c)
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FÍSICA 4
ENSINO MÉDIO
b) 45°
c) 60°
d) 90°
e) 180°
B
A 15. — Devido a um congestionamento aéreo,
t = 5,0s o avião em que Flávia viajava permaneceu voando em
uma trajetória horizontal e circular, com velocidade de
módulo constante.
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FÍSICA 4
ENSINO MÉDIO
BETO CANDIA
no horizontal em torno de um ponto fixo, preso à ex-
tremidade de um fio de 1 m de comprimento e massa
desprezível. (considere π2 = 10)
a) 600 m.
b) 750 m.
c) 200 m.
d) 350 m. Qual dos seguintes conjuntos de vetores representa a
→
e) 1 000 m. força resultante R atuando na partícula, a velocidade
→ →
v e a aceleração a da partícula, no ponto P indicado
na figura?
17. — Uma mosca em movimento uniforme descre-
ve a trajetória curva indicada abaixo: a) → → →
R v a
b) → →
ISTOCK/GETTY IMAGES
R v
→ →
a=0
c) →
→
v R
→ →
→ a=0
R
d)
→
Quanto à intensidade da força resultante na mosca, v →
a
podemos afirmar:
a) é nula, pois o movimento é uniforme. →
R
b) é constante, pois o módulo de sua velocidade é e)
constante. →
→
v a
c) está diminuindo.
d) está aumentando.
e) n.d.a.
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ENSINO MÉDIO
N R
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e) 10.
R
26. — Considere que, na montanha-russa de um
parque de diversões, os carrinhos do brinquedo, de Criança
massa total m, passem pelo ponto mais alto do loop,
de tal forma que a intensidade da reação normal
nesse instante seja nula. Adotando r como o raio do a) 30°.
loop e g a aceleração da gravidade local, podemos b) 35°.
afirmar que a velocidade e a aceleração centrípeta c) 45°.
sobre os carrinhos na situação considerada valem, d) 20°.
respectivamente, e) 60°.
CRÉDITO
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ENSINO MÉDIO
Adote: g = 10 m/s2.
θ
a) RC = 577 m.
P
b) RC = 1 154 m.
A figura representa as forças que atuam sobre um pi- c) RC = 1 414 m.
loto que inclina sua motocicleta em uma curva para d) RC = 1 732 m.
percorrê-la com maior velocidade. Sabendo-se que a e) RC = 2 000 m.
massa do conjunto moto-piloto é igual a m, a inclina-
ção do eixo do corpo do piloto em relação à pista é θ,
31. Juiz de Fora-MG — Faltava apenas uma curva para ter-
o módulo da aceleração da gravidade local é g e que o
minar o Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1. Na
raio da curva circular é igual a R, contida em um plano
primeira posição estava Schumacher, a 200 km/h; logo
horizontal, em movimento circular uniforme, é correto
atrás, estava Montoya, a 178 km/h; aproximando-se de
afirmar que a energia cinética do conjunto moto-piloto
Montoya, vinha Rubens Barrichello, a 190 km/h, atrás
é dada pela expressão
de Barrichello, aparecia Half Schumacher, a 182 km/h.
mgR
01. . Todos esses quatro pilotos entraram com as velocida-
2tgθ
des citadas nessa última curva, que era horizontal, ti-
mRtgθ
02. . nha raio de curvatura de 625 m e coeficiente de atrito
2g
estático igual a 0,40. Podemos concluir que
mR2 a) É impossível prever quem pode ter vencido a corri-
03. .
2gtgθ da ou quem pode ter derrapado.
mgRtgθ b) De acordo com as velocidades citadas, a coloca-
04. .
2 ção mais provável deve ter sido: 1º- Schumacher,
2º- Barrichello, 3º- Half e 4º- Montoya.
c) Montoya venceu o Grande Prêmio, porque todos
os demais derraparam.
d) Barrichello venceu a corrida, porque Montoya e
Schumacker derraparam e não havia como Half
alcançá-lo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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TALAVERA, A. C. et al. Física: ensino medio. Sao Paulo: Nova Geracao, 2005.
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ENSINO MÉDIO
15-07543 CDD-530.07