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FÍSICA
ENSINO MÉDIO
MATERIAL DO PROFESSOR
7

Estática

Equilíbrio 2

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1
Ponte estaiada em São Paulo. Para
projetá-la e sustentá-la é preciso
conhecimento de estática.
WILLIAM RODRIGUES DOS SANTOS/DREAMSTIME

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VOCÊ VAI APRENDER A
 diante de situações naturais ou em artefatos tecnológicos, distinguir situa-
ções de equilíbrio daquelas de não equilíbrio (estático ou dinâmico);
 estabelecer as condições necessárias para a manutenção do equilíbrio de
objetos;
 reconhecer o centro de gravidade de corpos de formas geométricas
convencionais;
 reconhecer a função e os tipos de alavancas.

Orientação ao professor 1.
Introduza o conceito intuitivo de
equilíbrio com exemplos do cotidiano
do aluno como pontes, prédios e até

1
mesmo, equilibristas em uma corda
bamba. Estimule os alunos a pensar
sobre as forças que atuam em um
corpo em equilíbrio.

EQUILÍBRIO

A
mecânica se divide em três partes: cinemática, estáti-
ca e dinâmica. Na estática estudamos o equilíbrio dos
corpos. Esse equilíbrio pode ser dividido ainda em duas
partes: dos corpos extensos e dos pontos materiais. O tema
principal desse estudo é o equilíbrio de várias forças que atu-
am no mesmo corpo. Um dos casos desse estudo é a análise de
um corpo em repouso, ou seja, sem movimento em relação ao
referencial adotado. Quando todas as forças que atuam em
um mesmo corpo se anulam, podemos dizer que esse corpo
está em equilíbrio. Por isso dizemos que um corpo em repouso
está em equilíbrio estático. Essa área da Física é extremamente
importante para os projetistas de uma estrutura que não pos-
sa movimentar-se, como uma ponte, um prédio, um estádio e
uma casa, entre outros.

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D ê-me uma
PARA COMEÇAR

alavanca e um

WARRENGOLDSWAIN/DREAMSTIME
ponto de apoio e
moverei o mundo
Arquimedes

Dependendo da
posição das crianças
e da massa delas, a
gangorra pende para
um lado ou outro.

Você já parou para pensar como uma ponte consegue ficar equilibrada, sem cair? Quando um
carro passa por ela, a força que ela precisa aguentar aumenta. Sua estrutura precisa ser pensada para
que ela consiga suportar todo seu peso mais pesos de pessoas e veículos sobre ela. Ela também não
pode se mexer, ou seja, precisa estar estática, ou em equilíbrio. A partir do capítulo anterior vimos
que quando um corpo está sujeito a várias forças, pode haver uma força resultante atuando nele.
Essa resultante pode ou não ser nula e, caso não seja nula, o corpo está sujeito a uma aceleração. No
caso das pontes, elas não podem sair por aí; precisam ficar estáticas. Logo, a força resultante atuando
Orientação ao professor 2. sobre elas deve ser nula. Essa é uma das características da estática: a força resultante atuando em
Essas questões servem para avaliar os um corpo é nula. Outro ponto interessante sobre essa parte da Física pode ser visto em um parqui-
conhecimentos prévios dos alunos acerca
do assunto que será estudado. Há três nho: se duas pessoas de mesma massa estiverem em uma gangorra e sentarem em seus extremos,
itens que devem ser observados com a gangorra ficará na horizontal. Agora, se uma das pessoas sentar perto do meio e a outra pessoa
atenção:
continuar na ponta, a gangorra não ficará mais na horizontal. Mesmo que a força peso das crianças
• se os alunos escreveram as ações e
reações; não se altere, a posição que elas ocupam com relação ao eixo em que a gangorra gira faz com que a
• se os alunos aplicaram setas para iden- gangorra rotacione e saia de seu equilíbrio. Vemos que não são só as forças que atuam em um corpo
tificar as forças; e
que podem fazê-lo sair de equilíbrio, mas também que a distância a determinado ponto que cada
• se eles diferenciaram as intensidades e
direções das forças com setas de tama- força é aplicada também pode fazê-lo rodar.
nhos e direções/sentidos diferentes.
Como esse assunto é muito intuitivo, o
professor poderá discutir com eles essa Vamos refletir?
abordagem espontânea para iniciar a Analise as imagens e pense nas forças aplicadas em cada situação.
aula. Caso eles não apresentem esponta-
neamente suas ideias nessa abordagem,
WILLIAM RODRIGUES DOS SANTOS/DREAMSTIME

estimule a dúvida: pergunte a eles como


poderiam escrever no caderno as forças
diferentes sem que elas sejam confun-
didas em intensidade e direção/sentido.
Surgirá certamente a dúvida sobre a
questão da resultante. Se os desenhos re-
presentam objetos parados, é necessário
que a resultante seja nula – se não for,
eles terão se esquecido de indicar alguma
força ou indicaram de maneira incorreta
a intensidade ou sentido de outras. Surge
então a possibilidade de iniciar a discus-
são do conteúdo deste capítulo.

Ponte estaiada em
São Paulo, capital.

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BOGGY/DREAMSTIME

FILIPE FRAZAO | DREAMSTIME


O Museu de Arte de São Paulo (Masp) é famoso por seu vão livre.

Em seu caderno, sem a preocupação de fazer anotações com


nomenclaturas científicas, reproduza desenhos similares às estrutu-
ras nas imagens e responda às seguintes questões.
• Onde são exercidas as forças em cada caso?
• As intensidades das forças são iguais ou diferentes?
• Essas forças se anulam ou existe uma resultante?

O edifício acima é um dos mais altos em Dubai.

ROTEIRO DE APRENDIZAGEM

1 Equilíbrio de um ponto material 3 Centro de gravidade

2 Momento de uma força


e alavanca 4 Equilíbrio de corpo extenso

EQUILÍBRIO DE UM PONTO MATERIAL


Um corpo pode apresentar movimento de somente translação, de somente rotação ou de translação e rotação. Para
o corpo considerado ponto não há sentido em falar em giro. Nesse caso, para um ponto material estar em equilíbrio, basta
que a resultante das forças que atuam sobre ele seja nula.

 
∑F = 0

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LEI DOS SENOS E COSSENOS
VICSPACEWALKER | DREAMSTIME

Uma forma útil para se estudar as condições de equi-


líbrio de um corpo é pela lei dos senos. Essa lei, utilizada
para triângulos que não necessariamente são retângulos,
estabelece uma relação entre os lados a, b e c dos triângu-
los e seus ângulos internos A, B e C, como pode ser visto
na figura a seguir.

c a

A C
b Lei dos senos.
a b c
= =
senA senB senC
A artista não Suponha que três forças atuem em um corpo confor-
cai porque se
mantém em me figura a seguir e que a resultante das forças atuando
equilíbrio em nesse corpo é nula.
relação a todas as
forças que atuam F3 F1
em seu corpo.
C B

( )
Para obter a resultante de um sistema de forças ∑ F , A
F3
A
F2

além dos métodos gráficos do paralelogramo e do polígo-


F1
no, ainda há o método analítico, que é uma aplicação da
P
lei dos cossenos e/ou decomposição das forças atuando no B
corpo em eixos cartesianos.
MYRCHELLA | DREAMSTIME

F2

Pode-se estender a lei dos senos para o contexto


da mecânica, no qual os lados do triângulo representam
vetores.
  
FA Fb FC
= =
senA senB senC
Agora, se duas forças, de módulos F1 e F2, que fazem
um ângulo θ entre si, atuarem em um corpo, o módulo da
força resultante FR é obtido de maneira análoga à lei dos
cossenos.

FR2 = F12 + F22 + 2 ⋅ F1 ⋅ F2 cos θ

Nas pontas dos EXERCÍCIOS RESOLVIDOS


pés, a bailarina
aplica grande
1. Quando a resultante de um sistema de forças aplicadas
pressão no piso. em um corpo é nula, esse corpo deverá estar em que
situação em relação à Terra? Escreva todas as possibili-
A bailarina está em equilíbrio estático com, dades para esse caso.
    Neste caso, o corpo em equilíbrio poderá estar para-
∑ Fx = 0 e ∑ Fy = 0 do ou em movimento retilíneo uniforme em relação
Para obter a resultante de duas ou mais forças, pode-se à Terra.
aplicar o método do polígono.

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2. Duas forças atuam em um corpo, têm módulos iguais a 16 N cada e fazem um ângulo entre si
de 120°. Qual é a força resultante nesse corpo?
Pela lei dos cossenos aplicada às forças, temos: CONEXÃO
CONEXÕES
FR2 = F12 + F22 + 2F1 F2 cos θ ⇒ FR 2 = 162 + 162 + 2 ⋅ 16 ⋅ 16 ⋅ cos (120°)
BIOLOGIA
 1
FR2 = 2 ⋅ 162 + 2 ⋅ 16 ⋅ 16 ⋅  −  = 2 ⋅ 162 − 162 = 162 Existe um órgão localiza-
 2
do em nossas orelhas res-
FR = 16 N ponsável pelo equilíbrio.
Nesse órgão há um fluido
que, conforme a cabeça
3. Faça em seu caderno o desenho esquemático de um semáforo se movimenta, muda de
suspenso por dois cabos de massas desprezíveis e inextensíveis, α β posição e dá informações
conforme figura ao lado. O peso desse semáforo é 80 N. Os cabos 1 2 que auxiliam no equilí-
brio. Quando giramos
estão presos no teto e formam os ângulos α e β com ele.
rapidamente, esse fluido
3
Considere a figura para responder às perguntas. se espalha e perdemos
a) Para o caso em que α = 30o e β = 30o, determine as tensões momentaneamente o
equilíbrio.
1 3
sofridas pelos cabos 1, 2 e 3, sendo sen30º = , sen60º = ,
2 2
3 1
cos 30° = e cos 60° = .
2 2
Tendo como base as informações contidas no enunciado, bem como = 30o e = 60o, pode
ser feito um esquema das forças que atuam no sistema.

α = 30O β = 60O

T2
T1
α = 30O β = 60O

P = 80 N

Nesse esquema não foi representada a tração T3, pois é imediato visualizar que essa tração
é exatamente o valor do peso do semáforo. Logo, T3 = 80 N.
Decompondo as trações nos fios, obtêm-se:

T1y + T2y Em que

T1 T2 T1x = T1 · cos (30o)


T1y = T1 · sen (30o)
T1y T2x T2x = T2 · cos (60o)
T2y = T2 · sen (60o)

P = T3 = 80 N

b) Calcule em qual situação as tensões nos cabos 1 e 2 podem ser iguais.


 
Para que ocorra equilíbrio estático do sistema, é necessário que ∑ F = 0 . Para isso, duas
condições devem ser satisfeitas:
 
1. O somatório das forças no eixo x deve ser igual a zero ( ∑ F = 0 ). Assim,
x

T1 ⋅ cos(30o ) = T2 ⋅ cos(60o )
3 1
T1 ⋅ = T2 ⋅
2 2
T2 = T1 ⋅ 3

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 
2. O somatório das forças no eixo y deve ser igual a zero ( ∑ F = 0 ). Assim, temos:
y

T1· sen 30° + T2· sen 60° = P = 80


1 3
T1 ⋅ + T1 3 ⋅ = 80 ⇒ 2T1 = 80
2 2
T1 = 40 N
T2 = 40 3 N
Se as tensões são iguais a T, aplicando a condição de equilíbrio na horizontal, temos:
 
∑ Fx = 0
T · cos α = T · cos β ⇒ α = β

MOMENTO DE UMA FORÇA E ALAVANCA


Imagine um espremedor de alho, como o ilustrado a se- MOMENTO DE UMA FORÇA
guir, em que uma força é aplicada a certa distância do pon-
Considerando a porta giratória da fotografia a seguir,
to de apoio, que corresponde ao ponto de fixação. A força
observa-se que, se uma pessoa aplica uma força o mais
aplicada ao cabo do espremedor produz um momento.
afastada possível do ponto fixo (eixo que a porta gira), mais
facilmente a porta se abre; quanto mais próximo do ponto
ANNA CHELNOKOVA | DREAMSTIME

fixo, maior a dificuldade em abri-la. Chama-se momento


de uma força ou torque a relação entre a força e a distân-
cia ao eixo que causa esse giro ou essa tendência de giro.

MICHAEL KLENETSKY/DREAMSTIME
O amassador de alho tem
braço de força maior que o
braço de carga, tornando
necessária pequena força
para amassar o alho.

A tendência de giro (momento) nesse equilíbrio é mui-


to grande; uma pequena distração e o corpo gira e cai.
Observe a figura.
PAVEL LOSEVSKY/DREAMSTIME

Com o braço Quanto mais perto do eixo central, é


esticado, o mais difícil mover a porta giratória.
equilibrista mantém
um momento de O mesmo acontece ao apertar ou soltar o parafuso da
força nulo e, assim,
roda do carro.
mantém o equilíbrio.

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Mais um exemplo de momento: observe a figura, que
FILROM/ISTOCK

é um quadrado, e determine o momento de cada força em


relação ao ponto P. Cada força tem intensidade 10 N e a
distância x equivale a 2 m.
P

x
F1

Quanto mais comprida a chave de roda e fizermos F2 F3


força em sua ponta, é mais fácil soltar o parafuso.

O ângulo formado pelo braço da força F3 e a direção
Assim, pode-se dizer: 
desta é nulo. Logo, o momento de F3 em relação ao ponto
Momento de uma força ou torque é a capacidade P é nulo, pois a linha de ação da força passa por este ponto.
de essa força provocar o giro ou a tendência de giro de um 
O momento da força F2 também é nulo, pelo mesmo
objeto em torno de um determinado eixo. motivo.
A expressão matemática com que se calcula o momen- 
 Para calcular o momento da força F1 observe a figura.
to de uma força F em relação a um eixo de rotação é dada
P
pelo produto do módulo F da força pela distância d (braço
da força) entre o seu ponto de aplicação e o eixo e pelo y
x
seno do ângulo α (que não tem unidade) formado entre a
F1
direção da força e a distância considerada. θ

M = ± F ⋅ d ⋅ senα

α F2 F3

Ponto A distância do ponto P e do ponto de aplicação da


fixo força é y. O ângulo entre a direção da força e do braço
x
d (representado por y) é dado por senθ =
 y
Sendo uma grandeza vetorial, o momento tem módu- Logo, o momento da força F1 é dado por.
lo, direção, sentido e unidade de medida. Vamos conven-  x 
cionar aqui que o sentido do momento é positivo (+), quan- MF1 = F1 ⋅ y ⋅ senθ = F1 ⋅ y ⋅ = F1 ⋅ x = 10 ⋅ 2
y
do o corpo gira ou tem a tendência de girar em sentido
MF1 = 20 N ⋅ m
horário, ou negativo (–), quando gira ou tem a tendência
de girar em sentido anti-horário. A unidade de medida é Sentido anti-horário, logo sinal negativo.
newton ∙ metro (N ∙ m). Assim, MF1 = –20 N ∙ m
PRILLFOTO | DREAMSTIME

MOMENTO DE UM SISTEMA
A gangorra DE FORÇAS COPLANARES
é um bom 
exemplo de Segundo
 o teorema de Varignon, sendo FR a resultante
momento de das Fn forças que atuam num corpo:
força. Quanto
mais a pessoa se O momento da força resultante em relação a um ponto 
afasta do ponto O é igual à soma do momento de cada uma das forças Fn
fixo, maior o
seu momento
em relação ao mesmo ponto O.
com relação a
esse ponto.

Orientação ao professor 3. Trata-se de uma convenção, que é diferente da utilizada no Ensino Superior porque há alguns
detalhes matemáticos que geralmente não são vistos no Ensino Médio (produto vetorial). No Ensino Médio, geralmente, os
livros assumem que vão adotar a convecção de positivo para o sentido horário e negativo para o anti-horário (ou vice-versa). 9
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 
Matematicamente: FR ⋅ d ⋅ senα = ∑ i=1 ± Fn dn senαn
n

CONECTIVIDADE
CONEXÕES Ou seja,
   
Uma construção bastante ( ) ( ) ( )
FR ⋅ d ⋅ senα = ± F1 ⋅ d1 ⋅ senα1 + ± F2 ⋅ d2 ⋅ senα 2 + ± Fn ⋅ dn ⋅ senαn para um sistema de n forças.
interessante feita há
milênios e que aplica
na prática conceitos de MOMENTO DE UM BINÁRIO
estática é Stonehenge, na Um binário constitui-se de duas forças de mesma intensidade, mesma direção, sentidos opostos
Inglaterra. Aliada a bas-
e aplicadas em pontos distintos do mesmo corpo, conforme a figura.
tante misticismo, diversas
teorias procuram explicar
IDA JAROSOVA/ISTOCK
como foi construída e
sua função.
Leia mais sobre os mís-
térios, a história e veja
fotos das festas em torno
do Stonehenge nos links
abaixo.
Como visitar o local.
Disponível em:
<http:// O guidão de uma motocicleta é
existeumlugarnomundo. um exemplo prático de binário.
com.br/inglaterra/
stonehenge-misterio-de-
5-mil-anos-e-uma-das- Considere o binário da figura atuando sobre um corpo.
maiores-atracoes-da-
-F
inglaterra/>. Acesso em:
maio 2016.
História e mistérios.
Disponível em: <http:// d
www.on.br/conteudo/
informe/Os_misterios_
de_Stonehenge.pdf>.
Acesso em: maio 2016. F
Fotos. Disponível em:
<http://noticias.uol.com. Adotando um ponto P qualquer como polo e convencionando o sentido horário como positivo,
br/album/2014/12/22/ calcule o momento resultante dos momentos de cada uma das forças.
solsticio-de-inverno-
Matematicamente:
e-celebrado-em- 
stonehenge-na-inglaterra. Mbin = F ∙ d
htm#fotoNav=1>. Esse resultado é válido para qualquer escolha do ponto P quando se trata de um binário de
Acesso em: maio 2016. forças. Se a resultante das forças sobre o corpo é nula, não há aceleração de translação, mas o corpo
pode entrar em movimento de rotação acelerado. É o caso do binário.
Conclusão: uma força aplicada sobre um corpo pode produzir diferentes efeitos: translação
(deslocamento), rotação (giro), deformação etc. No caso do binário, a resultante das forças é nula,
portanto não há translação, mas rotação.

ALAVANCA
Alavanca é uma máquina simples, que normalmente permite multiplicar a força aplicada, com a
finalidade de realizar uma tarefa com maior facilidade. Constitui-se de uma barra rígida apoiada num
ponto fixo, usada para levantar cargas de peso maior do que a força aplicada.

TIPOS DE ALAVANCA
É célebre a frase de Arquimedes “deem-me um ponto de apoio e moverei o mundo”. A dificul-
dade está em apoiar essa alavanca. Os quatro elementos de uma alavanca são: braço da alavanca
(comprimento), ponto de apoio, força aplicada (potência) e carga a erguer (resistência). Dependendo
da posição do ponto fixo (ponto de apoio) em relação à potência e à resistência, existem três tipos de
alavanca: interfixa, inter-resistente e interpotente.

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ALAVANCA INTERFIXA ALAVANCA INTERPOTENTE
Ponto fixo entre a potência e a resistência. Ponto de aplicação da potência entre o ponto de apli-
cação da resistência e o ponto fixo.
Força de resistência

NATHAN TILL | DREAMSTIME


Força de ação
SASHA BRITO

Força de ação Ponto de


apoio
Pegador de salada —
alavanca interpotente
Ponto de apoio

ALAVANCA INTER-RESISTENTE
Força de Resistência entre o ponto de aplicação da potência e
A perna pode resistência
constituir exemplo de o ponto fixo.
alavanca interfixa.
Força de resistência

DZMITRI MIKHALTSOV |
DREAMSTIME
Quebra-nozes —
alavanca
Ponto de apoio Força de ação inter-resistente.

CENTRO DE GRAVIDADE E EQUILÍBRIO DE CORPO EXTENSO


PAOLO CRISTIANO | DREAMSTIME

SHUO WANG | DREAMSTIME

Torre de Pisa, Itália. Torre Eiffel, França.


LUCKYDOOR | DREAMSTIME

BRIAN GRANT | DREAMSTIME

Pirâmide do Museu do Louvre, França. Monumento megalítico da Idade do Bronze de Stonehenge, Inglaterra.

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O que as imagens têm em comum? Todas
CONECTIVIDADE
CONEXÕES são construções mundialmente conhecidas que
se baseiam no mesmo princípio da Física: equilí-
BIOLOGIA
brio. A delicada estrutura da pirâmide do museu
A maioria dos recordistas
mundiais na prova de
do Louvre, a imponência da Torre Eiffel, a curio-
CG
100 m rasos de corrida sa torre inclinada de Pisa e as históricas pedras
são negros. Um estudo de Stonehenge permanecem em equilíbrio pelo
realizado por uma univer-
fato de a soma de todas as forças que atuam
sidade estadunidense re-
velou que negros tendem sobre as estruturas se anularem. As principais P
a ter pernas mais longas forças que atuam nas estruturas é a força peso
se comparados a outras e suas reações.
etnias com pessoas de
mesma altura. Assim,
apresentam um centro de
gravidade ligeiramente CENTRO DE GRAVIDADE CG
mais alto, o que pode
ajudá-los na corrida. Já
(CG) DO CORPO
pessoas brancas tendem A Terra exerce força de atração gravitacio-
a ter um tórax mais largo, nal sobre os corpos próximos dela, a força peso.
o que auxilia em esportes
A representação dessa força sobre um ponto P
aquáticos.
material se faz sobre o próprio ponto. Contudo,
as dimensões de um corpo extenso não podem
ser desprezadas, e a atração gravitacional da
Terra age sobre cada partícula do corpo, for-
mando um sistema de forças paralelas aplicadas
CG
em pontos diferentes. Assim, o centro de gra- P

vidade de um sólido, homogêneo ou não, é o


ponto onde se supõe aplicada a resultante das
forças de gravidade, que agem nas diversas par-
tes que o compõe. Esse ponto chama-se centro
de gravidade (CG).

CG
CG

Peso

Em um corpo homogêneo e de forma regu-


lar, o centro de gravidade está no centro geo-
RAWPIXELIMAGES | DREAMSTIME

métrico dele. Observe as figuras.

CG

P
Um carro como esse tem o CG muito próximo
do solo, o que aumenta sua estabilidade.

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de Newton (princípio da inércia), verifica-se que, para uma
CONEXÃO
CONEXÕES partícula estar em equilíbrio, a resultante das forças que
agem sobre ela deve ser nula.
EDUCAÇÃO FÍSICA Para um corpo rígido, porém, essa condição não é su-
Uma pessoa consegue facilmente levantar uma ficiente, porque não garante que esse corpo não altere o
das pernas ou tocar a canela ou o chão sem dobrar estado de rotação. É o caso de um binário, por exemplo, pois
as penas e não perder o equilíbrio, conforme mos- a resultante das forças que atuam sobre o corpo sujeito à
tram as Figuras A e B. O mesmo não acontece se ela aplicação de um binário é nula, embora ele execute rotação.
estiver apoiada em uma parede. No caso das Figuras Um corpo extenso, sujeito à ação de várias forças, en-
A e B, ao levantar a perna ou tocar sua canela, ela contra-se em equilíbrio estático quando não está sofrendo
intuitivamente pende o corpo. Isso faz com que a movimento de translação nem movimento de rotação rela-
linha vertical, que passa pelo seu centro de gravida- tivamente a um referencial.
de, também passe pelo pé e a pessoa consegue se
equilibrar. Quando enconsta na parede, como nas Fi- F2
guras C e D, não consegue pender o corpo e, assim,
a linha vertical que passa pelo centro de gravidade Fn
não passa pelo pé e a pessoa não consegue manter
F1
o equilíbrio. Tente fazer isso e verifique você mesmo.
MARIE DU BLEU

F3

CONDIÇÕES PARA ATINGIR O EQUILÍBRIO


DE UM CORPO RÍGIDO
• Para não haver translação, a resultante das forças ex-
ternas (soma vetorial) que atuam no corpo deve ser
nula (equilíbrio de translação).
    
(A) (B) F1 + F2 + F3 + ... + Fn = 0

• Para não haver rotação, a soma dos momentos des-


sas forças deve ser nula, independentemente do ponto
considerado (equilíbrio de rotação).
    
M1 + M2 + M3 + ... + Mn = 0

O caso específico da Torre de Pisa abordado nesta se-


ção é mais curioso. Como ela se inclinou assim? Será que a
torre vai desabar um dia? A inclinação se deve a uma falha
de sustentação no terreno da base, no alicerce da torre. Ao
(C) (D)
que tudo indica, ela está estabilizada e deverá permanecer
em pé ainda durante muito tempo. Enquanto uma linha
vertical, imaginária, baixada pelo centro de gravidade da
torre passar pela área ocupada por sua base, a torre per-
EQUILÍBRIO DOS manece estática.
No caso da Torre Eiffel e da pirâmide do Museu do Lou-
CORPOS EXTENSOS vre, observa-se que as bases têm proporções avantajadas.
O corpo está em equilíbrio quando seu estado de Quanto maior a base de um corpo em relação à sua altura,
movimento não se altera, ou seja, o corpo pode estar em maior a estabilidade do corpo, porque o centro de gravida-
repouso (equilíbrio estático) ou em movimento retilíneo de fica localizado mais próximo à base.
uniforme (equilíbrio dinâmico). No estudo da primeira lei

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Orientação ao professor 4. A experiência deve ser realiza-
da em casa, e cada aluno deve relatar os resultados obtidos.
Caso a placa de centro de gravidade (CG) seja suspen-
FAÇA VOCÊ MESMO sa pelo ponto S, quando em equilíbrio, as forças que atuam

Material na placa são a força F para suspender a placa, aplicada em

• Fita adesiva; S, e o peso P, aplicado no centro de gravidade CG. Para
• Caneta ou lápis; que a placa fique em equilíbrio, o ponto de suspensão S
• Régua dura de 30 cm; e o centro de gravidade CG devem ser suspensos na mes-
• Algumas moedas de mesmo valor. ma reta vertical. Se a placa for ligeiramente deslocada da
posição de equilíbrio, girada em torno de S e sendo aban-
Procedimento donada em seguida, tende a retornar à posição original.

Com a fita adesiva, prenda a caneta ou o lápis O peso P tem momento não nulo em relação ao ponto de
na mesa. Coloque a régua sobre a caneta exatamen- suspensão S, e tende a voltar para a posição de equilíbrio.
te na marca 10 cm. Na extremidade menor da régua, Diz-se que esse equilíbrio é estável e nesse caso o cen-
coloque algumas moedas. Coloque moedas também tro de gravidade CG está abaixo do ponto de suspensão S.
na outra extremidade da régua até que ela se equi-
libre e observe quantas moedas são necessárias em EQUILÍBRIO INSTÁVEL
cada extremidade para ocorrer esse equilíbrio. Repi- No caso de o centro de gravidade estar acima do cen-
ta a experiência com a caneta nas posições 25 cm, tro de suspensão na chapa, o equilíbrio é instável.
20 cm e 15 cm. Anote a quantidade de moedas que Ao se deslocar levemente a placa da posição de equi-
você precisou colocar em cada extremidade da régua líbrio, girando-a em torno de S e abandonando-a, ela se

em cada caso. afasta ainda mais dessa posição. Nesse caso, o peso P tem
momento não nulo em relação ao ponto de suspensão, o
que faz a placa afastar-se da posição de equilíbrio.
MARIE DU BLEU

CG

P CG
S
P

S F
F

TIPOS DE EQUILÍBRIO DO CORPO

HENRIQUE ARAUJO | DREAMSTIME


Estando o ponto de suspensão e o ponto que cor-
responde ao seu centro de gravidade na mesma vertical,
qualquer corpo suspenso fica em equilíbrio, que pode ser
estável, instável ou indiferente.

EQUILÍBRIO ESTÁVEL

F F

S
S

CG O surfista está em equilíbrio instável.


CG

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EQUILÍBRIO INDIFERENTE Nesse caso,
 para que o andaime fique em equilíbrio,
Quando o centro de gravidade coincide com o ponto temos ∑ M = 0
de suspensão, o equilíbrio é indiferente, porque afastando- Calculando o momento em relação ao ponto O:
se a placa da posição de equilíbrio e girando-a em torno de  
S, ela permanece em equilíbrio na nova posição.
∑M = 0 ⇒ 0⋅ T A + Pa ⋅ 2,5 + Pp ⋅ x − TB ⋅ 5 = 0
⇒ 0 + 1000 ⋅ 2,5 + 800 x = 5 ⋅ 1000
⇒ 800 x = 2500 ⇒ x = 3,125 m

Como o centro de massa da plataforma está a


F
2,5 m das cordas, a distância d máxima que ele pode es-
tar desse centro é d = 3,125 – 2,5 = 0,625 m = 62,5 cm.
CG = S Logo, ele não pode se afastar mais que 62,5 cm do centro
do andaime. Tal andaime é muito inseguro!

CONEXÃO
CONEXÕES

EXERCÍCIO RESOLVIDO HISTÓRIA


Um pintor está em um andaime de 5 m de compri-
Uma das célebres frases atribuídas a Arquime-
mento, suspenso por duas cordas, A e B. Cada uma dessas
des sugere o grande poder que uma alavanca pode
cordas suporta uma tração máxima de 1000 N.
ter. Seus estudos em mecânica também se esten-
5m
deram ao conceito de centro de massa e equilíbrio
A B
dos corpos. Há uma

PHOTOS.COM/THINKSTOCK/GETTYIMAGENS
lenda sobre um rei
que encomendou
uma coroa de ouro
maciço. Desconfia-
x do que a coroa não
Sabendo que a plataforma do andaime é homogênea fosse feita de ouro
e tem peso igual a 1000 N e que o pintor tem peso igual puro, esse rei incum-
a 800 N, qual deve ser a distância máxima x de uma das biu Arquimedes de
cordas para que ela não arrebente? achar uma maneira
Seja Pa o peso do andaime, aplicado no centro de mas- de descobrir se a
sa, e Pp o peso do pintor. Nessa situação, a corda B é a que coroa era mesmo de
tem maior perigo de arrebentar. Nesse caso, o andaime irá ouro puro. Um dia,
girar em torno do ponto O, mostrado na figura. enquanto estava em
uma banheira, ob-
Ilustração retratando o matemático
A 5m B servou que quando Arquimedes e alguns de seus
entrava nela, o nível instrumentos de trabalho.
de água aumentava.
Arquimedes deduziu que o volume de água
Tb
O deslocado era proporcional ao peso do corpo nela
mergulhado.
x
Logo, se a coroa fosse de ouro puro, deveria des-
Pa locar uma quantidade de água equivalente à quanti-
dade de ouro que teria sido usada na sua fabricação.
Pp

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REGISTRO DA APRENDIZAGEM

1. Revisando os conceitos de momento e binário, in-


dique verdadeiro ou falso. Instável
( V ) Momento de uma força é o efeito de giro ou
tendência de giro produzido por essa força so- Figura II
bre um corpo extenso, o qual é diretamente
proporcional à intensidade dessa força. Indiferente
( F ) Qualquer força aplicada ao corpo é capaz de Figura III
produzir um momento não nulo sobre ele.
( F ) Quanto menor o diâmetro do volante não hi-
dráulico de um automóvel, mais fácil para o
4. Explique o motivo pelo qual um garoto consegue
motorista manobrá-lo, exigindo-se menos for- ficar em equilíbrio conforme mostrado na figura a
ça para aplicar um momento (binário). seguir.
( V ) As maçanetas das portas ficam na extremida-
de oposta a seu eixo de rotação (dobradiças),

MARIE DU BLEU
porque assim é necessário menos força para
rotacioná-las.
( V ) Um sistema constituído por duas forças parale-
las, de mesma intensidade, com sentidos con- 4. O centro de gravida-
de do garoto está loca-
trários, caracteriza-se como binário, desde que
lizado próximo ao um-
as linhas de ação das forças não coincidam. bigo. Podemos imaginar
( F ) A única condição necessária para que um cor- que toda sua massa
po extenso rígido esteja em equilíbrio em re- está concentrada nesse
lação a um referencial é que a resultante das
forças nele aplicadas seja nula. ponto. A linha vertical (paralela à força peso) que passa pelo seu centro
de massa também passa pelo seu pé, o que garante seu equilíbrio.

2. Uma mãe pretende construir uma gangorra para 5. Dois blocos, A e B, estão sobre uma plataforma de
seus dois filhos: Lucas, que tem massa 40 kg, 10 kg e em equilíbrio. A plataforma mede 3 m e as
e Verônica, dois anos mais velha, já com 50 kg. distâncias dos blocos ao ponto onde ela se equili-
Para isso, a mãe dispõe de uma tábua que mede bra estão representadas a seguir. Como o sistema está em
  equilíbrio, temos:
3,6 m. Como ela deve dispor o ponto de apoio para ∑M = 0 ⇒ P d A A − Pplataformadplataforma − PBdB = 0 ⇒ 10 ⋅ g − 10g ⋅ (1,5 − 1) − mBg ⋅ 2 = 0
  
a gangorra ficar equilibrada com as duas crianças Centro de massa
2m
em seus extremos? 10 − 5 = 2mB ⇒ mB = 2,5 kg
1m B
Desconsidere o peso da tábua e use g = 10 m/s2. A
x: distância de Verônica ao ponto de apoio
3,6 – x: distância de Lucas
 
Aplica-se a condição de equilíbrio: ∑ M = 0
500 ∙ x – 400 ⋅ (3,6 – x) = 0
Logo, 900x = 1440 Sabendo que a massa do bloco A é de 10 kg, qual
Então, x = 1,6 m
O ponto de apoio deverá ser colocado a 1,60 m é a massa do bloco B?
da extremidade onde está Verônica e à distância de 2,00 m de
Lucas.
6. Um dos fatores considerados para a elaboração de
projetos estruturais é a ação do vento. Explique por
que o vento é um fator que deve ser previsto nos pro-
jetos de edifícios, principalmente os mais elevados.
3. Classifique o equilíbrio dos corpos das figuras a seguir. Apesar de não ser muito intenso, quando age em estruturas de gran-

Estável de porte, o vento pode provocar grande momento em relação à base

delas e, por isso, é necessário projetá-las considerando esse fator.


Figura I

16
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COMPREENSÃO c)
1. Uece-CE — Uma gangorra em um parquinho infantil é
ocupada por dois gêmeos idênticos e de mesma mas-
sa, Cosmo e Damião. Na brincadeira, enquanto um dos
irmãos sobe num dos assentos do brinquedo, o outro
desce no outro assento. O brinquedo pode ser descrito
como uma haste rígida, com um assento em cada ex-
tremidade, e livre para girar em um plano vertical em
torno do ponto central. Considere os torques na haste d)
da gangorra exercidos pelas forças peso de Cosmo (τc )
e de Damião (τd ) em relação ao ponto central. Na con-
figuração em que Cosmo está na posição mais alta, é
correto afirmar que
a) τc < τd .
b) τc = τd .
c) τc > τd .
d) τc = τd = 0 . 3. Uece-CE — Em um parque de diversões, uma roda gi-
gante gira com velocidade angular constante. De modo
simplificado, pode-se descrever o brinquedo como um
2. Uerj-RJ — A figura abaixo ilustra uma ferramenta uti-
disco vertical e as pessoas como massas puntiformes
lizada para apertar ou desapertar determinadas peças
presas na sua borda. A força peso exerce sobre uma pes-
metálicas.
soa um torque em relação ao ponto central do eixo da
roda gigante. Sobre esse torque, é correto afirmar que
a) é zero nos pontos mais baixo e mais alto da
trajetória.
b) é não nulo e assume um valor máximo no ponto
mais alto e um mínimo no ponto mais baixo da
trajetória.
c) é não nulo e assume um valor máximo no ponto
mais baixo e um mínimo no ponto mais alto da
Para apertar uma peça, aplicando-se a menor intensi- trajetória.
dade de força possível, essa ferramenta deve ser segu- d) é não nulo e tem valores iguais no ponto mais bai-
rada de acordo com o esquema indicado em xo e no mais alto da trajetória.
a)
4. UFRGS-RS — Nas figuras X e Y abaixo, está represen-
tado um limpador de janelas trabalhando em um an-
daime suspenso pelos cabos 1 e 2, em dois instantes
SASHA BRITO

de tempo.
1 2

b)
SASHA BRITO

(X)

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1 2 a) 150 N.
SASHA BRITO
b) 175 N.
c) 200 N.
d) 125 N.
e) 100 N.

6. PUC-RJ — Um bloco de gelo de massa 1,0 kg é sus-


tentado em repouso contra uma parede vertical, sem

(Y) atrito, por uma força de módulo F, que faz um ângulo
Durante o intervalo de tempo limitado pelas figuras, de 30o com a vertical, como mostrado na figura.
você observa que o trabalhador caminha sobre o an-

SASHA BRITO
daime indo do lado esquerdo, figura X, para o lado
direito, figura Y.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as la-
cunas da sentença abaixo, na ordem em que aparecem. Dados: g = 10m/s2
Após o trabalhador ter-se movido para a direita (figura sen 30o = 0,50
30o
Y), podemos afirmar corretamente que, em relação à cos 30o = 0,87

situação inicial (figura X), a soma das tensões nos ca- F
bos 1 e 2 , visto que .
a) permanece a mesma — as tensões nos cabos 1 e
2 permanecem as mesmas
b) permanece a mesma — a diminuição da tensão Qual é o valor da força normal exercida pela parede
no cabo 1 corresponde a igual aumento na tensão sobre o bloco de gelo, em newtons?
no cabo 2 a) 5,0
c) aumenta — aumenta a tensão no cabo 2 e perma- b) 5,8
nece a mesma tensão no cabo 1 c) 8,7
d) aumenta — aumenta a tensão no cabo 1 e perma- d) 10
nece a mesma tensão no cabo 2 e) 17
e) diminui — diminui a tensão no cabo 1 e permane-
ce a mesma tensão no cabo 2
7. Unicamp-SP — A figura a seguir mostra uma árvore
que sofreu uma poda drástica e perdeu a parte esquer-
DESENVOLVIMENTO da da sua copa. Após a poda, o centro de massa (CM)
5. Mack-SP da árvore passou a ser à direita do eixo do tronco. Uma

2,40 m forte rajada de vento exerce uma força horizontal F vento
2,00 m
sobre a árvore, atuando ao longo de uma linha que fica
a uma altura h da raiz.
F
O
A B


F vento
CM
SASHA BRITO

Uma cancela manual, constituída de uma barra ho-


mogênea AB de comprimento L = 2,40 m e massa
M = 10,0 kg, está articulada no ponto O, onde o atrito h

é desprezível. A força F tem direção vertical e sentido
descendente, como mostra a figura acima. O
Considerando a aceleração da gravidade g = 10,0 m/s2,
Sistema radicular
a intensidade da força mínima que se deve aplicar em A
para iniciar o movimento de subida da cancela é Para que a árvore permaneça em equilíbrio estático é
necessário que tanto a força quanto o torque resultante

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na árvore sejam nulos. O torque de uma força com re- 8. UPE-PE — A figura abaixo mostra uma barra homogê-
lação a um ponto O é dado pelo produto do módulo nea de peso 10 N e de comprimento 10 m, que está
da força pelo seu braço, que é a distância do ponto O apoiada sobre um suporte distante de 3,0 m da sua
à linha de ação da força. extremidade esquerda.
Assim, qual é o conjunto de forças agindo nas raí- 3,0 m D=?
zes dessa árvore que poderia garantir seu equilíbrio
M
estático?
a)
barra

Fvento solo
SASHA BRITO m suporte

mg Pendura-se um bloco de massa m = 2,0 kg na extremi-


F1
dade esquerda da barra e coloca-se um bloco de massa
F3 M = 4,0 kg sobre a barra do lado direito ao suporte. O
F2
valor de D, para que a barra esteja em equilíbrio, em
b) metros, vale
Dado: considere a aceleração da gravidade g = 10m/s2.
Fvento
a) 4,5.
b) 5,0.
c) 5,5.
d) 6,0.
mg e) 6,5.
F1
F2
9. UPE-PE — Uma barra de peso desprezível está sobre
um apoio situado no meio dela. Aplicam-se três forças
c)
sobre a barra, como indicado na figura.
Fvento

20 N
F

30o
10 N

mg
F1
Dado: considere cos 30º = 0,86 e sem 30º = 0,5.
F3

F2 Para que a barra esteja em equilíbrio, o valor de F, em
newtons, vale
d) a) 17,2.
b) 12,7.
Fvento
c) 10,0.
d) 20,0.
e) 18,0.

mg 10. Cefet-MG — A figura mostra um bloco D de massa


F2 0,50 kg preso a uma corda inextensível, que passa por
F3 uma roldana. A outra extremidade da corda está presa
F1 à barra CA, que pode girar em torno do eixo fixado à

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parede. Desprezando-se as forças de atrito e as mas- 12. PUC-RJ — Deseja-se construir um móbile simples, com
sas da corda, da barra e da roldana, torna-se possível fios de sustentação, hastes e pesinhos de chumbo. Os
movimentar o bloco B, de 2,0 kg ao longo da barra fios e as hastes têm peso desprezível. A configuração
horizontal. está demonstrada na figura abaixo.

x 30 cm

10 cm 10 cm
X

D
B A
C

O pesinho de chumbo quadrado tem massa 30 g, e os


20 cm pesinhos triangulares têm massa 10 g.
Para que a haste maior possa ficar horizontal, qual
deve ser a distância horizontal x, em centímetros?
A posição x, em cm, do bloco B para manter o sistema
a) 45
em equilíbrio estático é
b) 15
a) 20.
c) 20
b) 15.
d) 10
c) 10.
e) 30
d) 5,0.
e) 2,5.
13. UPE-PE — O sistema da figura a seguir é composto por
uma barra homogênea AB, onde está articulada em
APROFUNDAMENTO
A e pesa 100 N. O objeto P pesa 50 N para que esse
11. UPE-PE — Considere que ambos os sistemas mostra-
sistema permaneça estático. Analise os seguintes itens:
dos nas figuras (a) e (b) a seguir estejam em equilíbrio
e que as forças de tensão nos fios esquerdos possuam
intensidades iguais a Ta e Tb, respectivamente.
Figura (a) Figura (b)
Q

θ 30o
θ θ
B
Tb A
g P
g
θ

Ta I. O objeto Q pesa 200 N.


II. A componente horizontal da reação em A é
M M Rx = 170 N.
III. A componente horizontal de Q é Qx = 174 N.
Sabendo-se que M = 5,0 kg e que o ângulo é igual a IV. A componente vertical da reação em A é
60°, é CORRETO afirmar que Ry = 50 N.
a) Ta = (2)1/2 Tb. Dados: sen 30° = 0,5 e cos 30° = 0,87.
b) Ta = (3)1/2 Tb.
Estão CORRETAS
c) Ta = (5)1/2 Tb.
a) I, II, III e IV.
d) Ta = Tb/2.
b) I, II e III, apenas.
e) Ta = Tb.
c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) II e IV, apenas.

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14. Unicamp-SP
a) O ar atmosférico oferece uma resistência significa- Q

tiva ao movimento dos automóveis. Suponha que A B


um determinado automóvel movido a gasolina, 40 cm
trafegando em linha reta a uma velocidade cons-
tante de v = 72 km/h com relação ao ar, seja sub-
metido a uma força de atrito de Far = 380 N. Em
uma viagem de 1 hora, aproximadamente quan- A intensidade da força de reação do apoio sobre a bar-
tos litros de gasolina serão consumidos somente ra no ponto B é de
para “vencer” o atrito imposto pelo ar? a) 32 N.
b) 41 N.
Dados: calor de combustão da gasolina: 35 MJ/l.
c) 75 N.
Rendimento do motor a gasolina: 30%.
d) 82 N.
b) A má calibração dos pneus é outro fator que e) 130 N.
gera gasto extra de combustível. Isso porque o
rolamento é real, e a baixa pressão aumenta a su-
ESTUDO PARA O ENEM
perfície de contato entre o solo e o pneu. Como
16. Enem — O mecanismo que permite articular uma porta
consequência, o ponto efetivo da aplicação da
(de um móvel ou de acesso) é a dobradiça. Normal-
força normal de módulo N não está verticalmente
mente, são necessárias duas ou mais dobradiças para
abaixo do eixo de rotação da roda (ponto O) e sim
que a porta seja fixada no móvel ou no portal, perma-
ligeiramente deslocado para a frente a uma dis-
necendo em equilíbrio e podendo ser articulada com
tância d, como indica a figura abaixo.
facilidade.
v No plano, o diagrama vetorial das forças que as dobra-
diças exercem na porta está representado em

a) d)

P
R b) e)
N

Fat
d

As forças que atuam sobre a roda não tracionada são:


 
força F, que leva a roda para a frente, força peso P ,
 
força de atrito estático Fat e força normal N. Para uma c)

velocidade de translação V constante, o torque em re-
lação ao ponto O, resultante das forças de atrito es-
 
tático Fat e normal N, deve ser nulo. Sendo R = 30 cm,
d = 0,3 cm e N = 2 500 N, calcule o módulo da força

de atrito estático Fat .

Competência 5 — Entender métodos e procedimentos próprios


15. EsPCEx - Aman — Uma barra homogênea de peso igual das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos..
Habilidade 17 — Relacionar informações apresentadas em dife-
a 50 N está em repouso na horizontal. Ela está apoiada rentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências
em seus extremos nos pontos A e B, que estão distan- físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, ta-
belas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
ciados de 2 m. Uma esfera Q de peso 80 N é colocada
sobre a barra, a uma distância de 40 cm do ponto A,
conforme representado no desenho a seguir.

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17. Enem — Um portão está fixo em um muro por duas Competência 5 — Entender métodos e procedimentos próprios
dobradiças A e B, conforme mostra a figura, sendo P das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Habilidade 17 — Relacionar informações apresentadas em dife-
o peso do portão. rentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências
físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, ta-
belas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
SASHA BRITO

B 19. Enem – Retirar a roda de um carro é uma tarefa facilita-


da por algumas características da ferramenta utilizada,
habitualmente denominada chave de roda. As figuras
representam alguns modelos de chaves de roda:
Caso um garoto se dependure no portão pela extremi-
dade livre, e supondo que as reações máximas suportadas

ILUSTRAÇÕES: ALESSANDRO SANTOS


20
pelas dobradiças sejam iguais,

cm
a) é mais provável que a dobradiça A arrebente pri-
meiro que a B.
b) é mais provável que a dobradiça B arrebente pri- Modelo 1
meiro que a A.
c) seguramente as dobradiças A e B arrebentarão
simultaneamente. 30
cm
d) nenhuma delas sofrerá qualquer esforço.
e) o portão quebraria ao meio, ou nada sofreria.
Modelo 2
Competência 5 — Entender métodos e procedimentos próprios
das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Habilidade 18 — Relacionar propriedades físicas, químicas ou
biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos
às finalidades a que se destinam.
cm
25

18. Enem — Em um experimento, um professor levou para


a sala de aula um saco de arroz, um pedaço de madei-
Modelo 3
ra triangular e uma barra de ferro cilíndrica e homo-
gênea. Ele propôs que fizessem a medição da massa Em condições usuais, qual desses modelos permite a
da barra utilizando esses objetos. Para isso, os alunos retirada da roda com mais facilidade?
fizeram marcações na barra, dividindo-a em oito partes a) 1, em função de o momento da força ser menor.
iguais, e em seguida apoiaram-na sobre a base trian- b) 1, em função da ação de um binário de forças.
gular, com o saco de arroz pendurado em uma de suas c) 2, em função de o braço da força aplicada ser
extremidades, até atingir a situação de equilíbrio. maior.
d) 3, em função de o braço da força aplicada poder
variar.
e) 3, em função de o momento da força produzida
ser maior.
Arroz
5,00 kg
Competência 5 — Entender métodos e procedimentos próprios
MARIE DU BLEU

das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos..


Habilidade 18 — Relacionar propriedades físicas, químicas ou
biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos
às finalidades a que se destinam.

Nessa situação, qual foi a massa da barra obtida pelos


alunos?
a) 3,00 kg
b) 3,75 kg
c) 5,00 kg
d) 6,00 kg
e) 15,00 kg

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QUADRO DE RESPOSTAS
Equilíbrio
1. B 5. C 9. A 13. C 16. D
2. D 6. B 10. B 14. a) 2,6 L 17. A
3. A 7. C 11. B b) 25 N 18. E
4. B 8. D 12. C 15. B 19. B

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMAUDI, U. Imagens da Física. São Paulo: Scipione,1995.
CARRON, W.; GUIMARÃES, O. As faces da Física. São Paulo: Moderna, 2002.
FOGIEL, M. The high school physics tutor. New Jersey: Research and Education Association, 2014.
HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos de Física 1. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2013.
LEÃO, M. Princípios da Biofísica. Rio de Janeiro: Guanabara, 1982.
NEWTON, I. Principia: o movimento dos corpos. Tradução de: RICCI, T. et al. São Paulo: Edusp, 2002.
NICOLAU, Gilberto et. al. Física, ciência e tecnologia. São Paulo: Moderna, 2012.
TALAVERA, A. C. et al. Física: Ensino Médio. São Paulo: Nova Geração, 2005.

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Revisão de texto Nelson Camargo
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Bibliografia
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ISBN 978-85-430-1369-5 (professor)

1. Física (Ensino Médio) I. Souza, Ari Herculano de.


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