TEORIA

Física 1 | Módulo 1

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TEORIA

Cinemática

1 - Introdução
A Mecânica é a parte da Física que estuda o movimento
dos corpos. A primeira coisa que se estuda em Mecânica é
a Cinemática. Com esse estudo, aprende-se a descrever os
movimentos.
Um biólogo, quando quer estudar uma nova espécie animal,
começa descrevendo-a, utilizando figuras e textos escritos.
Só depois de ter uma descrição satisfatória, ele vai estudá-la
mais profundamente, buscando suas relações com outras
espécies, seus hábitos, a maneira como se reproduz, etc. Da
mesma forma, um sociólogo, para estudar um grupo social, faz
inicialmente uma descrição desse grupo: a distribuição de seus
habitantes por idade, a sua renda per capita, etc. Somente
depois de ter essa descrição ele pode fazer qualquer outro
estudo. Isso também acontece na Mecânica. Para estudar
Automóvel em uma Longa Rodovia - Partícula
um movimento, é preciso inicialmente descrevê-lo de forma
conveniente. Para isso, utiliza-se um conjunto de métodos Alguns exemplos de corpos extensos são: automóvel em ma-
nobras dentro de uma garagem; bailarina executando movimen-
que agrupados recebem o nome de Cinemática.
tos coreográficos num palco; elefante dançando num picadeiro;
composição ferroviária atravessando uma ponte.
Cinemática é um conjunto de métodos que
tem por objetivo descrever os movimentos.

Observação: Na cinemática não preocupamos com as cau-

sas dos movimentos, essa abordagem será feita nas Leis de
Newton. (Dinâmica)

2 - Partícula ou Ponto Material e Corpo

Extenso
Para realizar a descrição do movimento é necessário observar
os corpos a serem estudados ou analisados nos fenômenos
físicos, os quais podem ser classificados em dois grupos:
Ponto material: corpo de dimensões desprezíveis dentro do
fenômeno; é também chamado de partícula.
Corpo extenso: corpo cujas dimensões não podem ser des-
prezadas no fenômeno.
Por exemplo, são pontos materiais: automóvel em longa
viagem numa rodovia; homem disputando uma maratona;
avião sobrevoando o oceano; camelo atravessando o de-
serto do Saara.
Automóvel em uma Vaga de Garagem – Corpo Extenso
Observe que a noção de movimento e de repouso é rela-
tiva, haja vista que o planeta está em constante movimento
e que somos afetados por inúmeras forças. Entretanto, são
adotados alguns parâmetros para o estudo do movimento.
Por exemplo: não há sentido em considerar a rotação de um
ponto material, pois suas dimensões são desconsideradas,
ou seja, seu tamanho é desprezado. O movimento de rotação
é importante para os corpos extensos.

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 Imagine um trem deslocando-se entre o Rio de Janeiro e
São Paulo. Por maior que ele seja, seu comprimento é muito
pequeno, se comparado com a distância entre as duas cidades.
Então, nesse caso, o trem pode ser considerado ponto material.
Imagine agora um trem de 500 m passando por uma ponte
de 800 m.
Como o comprimento da ponte não é muito maior que o
comprimento do trem, este não pode ser considerado um ponto
material durante o intervalo de tempo em que o trem leva para
atravessar a ponte. Por isso, podemos considerar um ponto
qualquer do trem para estudar o movimento que ele executa.
800 m 500 m
Representação do movimento retilíneo de um ponto material
no eixo das abscissas. No instante t0 ele passa pela posição x0,
no instante seguinte, t, ele passa peia posição x.
Iniciando a cronometragem desse movimento no instante
inicial t0 (t zero), a posição ocupada pelo móvel nesse instante
será a posição inicial, representada por x0 (x zero). Qualquer
outra posição em qualquer outro instante será chamada sim-
plesmente de posição x.
No intervalo de tempo ∆t = t – t0, o ponto material passa da
posição inicial x0 à posição x. Essa variação de posições do ponto
material nesse intervalo de tempo é denominada de deslocamen-
to. A medida do deslocamento (∆x) num determinado intervalo
de tempo é obtida pela diferença algébrica entre as posições
sucessivas do ponto material nesse intervalo:

∆x = x – x0

A unidade de deslocamento é a mesma unidade de posição

Trem – Corpo Extenso ou de comprimento: o metro (m) no SI.
O Ponto P é Escolhido para Representar o Movimento do Trem. Numa rodovia, as posições são os marcos quilométricos,
medidos a partir do “marco zero”, que é a origem da rodovia.

3 - Referencial
Referencial é um corpo ou um conjunto de corpos que, de
alguma maneira, usamos para estabelecer as posições de outros
corpos. A maneira pela qual essas posições são estabelecidas
denomina-se sistema de referência.
Examine as seguintes afirmações:
• Quando estamos dentro de um veículo, a paisagem
circundante é fundamental para estabelecermos os
conceitos de movimento e repouso. Na Situação o Veículo se Encontra a 32 Km da Origem da Rodovia.
• Quando observamos o movimento do Sol através da
esfera celeste, podemos concluir que a Terra se movi-
menta ao redor do Sol. 5 - Movimento e Repouso
• Uma pessoa que nasceu e cresceu num ambiente Quando um móvel altera a sua posição em relação a um
completamente fechado, sem janelas, não saindo dele referencial no decorrer do tempo, diz-se que está em movimen-
durante toda a sua existência, pode não ter condições to. Quando não, está em repouso. Portanto, movimento é o
de afirmar se esse ambiente está em repouso ou em
fenômeno no qual um móvel muda de posição, no decurso do
movimento.
tempo, em relação a um referencial. É um conceito relativo. E
Em todos os casos, percebemos que o movimento é observado
repouso é o fenômeno em que um móvel mantém determinada
a partir de um referencial: a paisagem é o referencial do carro
e o Sol é o referencial da Terra; se uma pessoa passar toda a posição, no decorrer do tempo, em relação a um referencial. É,
vida num ambiente absolutamente fechado, não terá referencial também, um conceito relativo.
para perceber o movimento ou o repouso do ambiente em que
se encontra.
Movimento e repouso são relativos. Não há movimen-
to nem repouso absolutos. Portanto, um móvel pode estar,
4 - Posição e Deslocamento simultaneamente, em movimento e em repouso, dependendo
Se um ponto material se movimenta em linha reta, a sua do referencial adotado.
posição em cada instante pode ser determinada com um único Mais uma conclusão importante: se um corpo A
eixo de coordenadas, isto é, a reta orientada à qual se fixou a
estiver em movimento em relação a um corpo B, então B
origem 0 (veja a figura abaixo).
estará em movimento em relação a A.
Vamos supor um ponto material movimentando-se numa
trajetória retilínea onde se fixou o eixo dos x como sistema de movimento
referência (veja a figura).

t0 t
A movimento B
O x0 x

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 Exemplificando:
A) os faróis de um automóvel em viagem numa rodovia estão
em movimento em relação à rodovia e em repouso em
relação ao automóvel.
B) uma pessoa que se aproxima de um edifício está em movi-
mento relativamente ao edifício, e este está em movimento
relativamente à pessoa.
C) um indivíduo viajando num avião, confortavelmente sen-
tado, observa que as nuvens ao seu redor, os prédios, os
rios e as árvores ao seu redor estão em movimento em
relação a ele e o avião. Portanto, ele está em movimento
relativamente aos elementos citados e em repouso em
relação ao avião.
6 - Trajetória
Trajetória é o conjunto de todas as posições que podem ser
ocupadas por um móvel durante o seu movimento.
Um corpo que se movimenta em relação a um determinado refe-
rencial ocupa sucessivamente, com o decorrer do tempo, diversas
posições, descrevendo uma linha que recebe o nome de trajetória.
Pegadas de Pessoas na Areia Registram uma Trajetória
Disponível em: http://blogdasgaditas.blogspot.com.
br/2011/06/pegadas-na-areia.html
Acesso em: 10 de dez. de 2013.
Fumaça Liberada por Aviões Registram uma Trajetória
Disponível em: http://www.baixaki.com.br/papel-de-
-parede/5212-avioes-da-esquadrilha-da-fumaca.htm
Acesso em: 5 de dez. de 2013.
Na fotografia anterior, ao observarmos as pegadas de pessoas
que se deslocam na terra, temos uma ideia da trajetória que ele
descreve em relação ao solo.
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Realcemos que a forma da trajetória descrita por um móvel
depende do referencial adotado.
O piloto de uma aeronave, que voa horizontalmente, e com
velocidade constante, num certo instante deixa cair um pacote
de alimentos sobre uma ilha. Despreze o efeito do ar. Qual a
forma da trajetória descrita pelo pacote
A) em relação à aeronave?
B) em relação à superfície terrestre?
A) Em relação à aeronave, o pacote cai verticalmente. Por-
tanto, em relação à aeronave a trajetória do pacote é um
segmento de reta vertical.
Trajetória Vista por Referencias Distintos.
B) Em relação à superfície terrestre, o pacote terá dois movimen-
tos simultâneos: um movimento horizontal, acompanhando a
aeronave, e um movimento vertical de queda. Superpondo
esses movimentos, concluímos que o pacote descreve, em
relação à superfície terrestre, uma trajetória curva. Essa
curva, conforme veremos posteriormente, é uma parábola.
7 - Sistema Internacional de
Unidades (SI)
No Brasil, o sistema de unidades adotado oficialmente é o
Sistema Internacional (SI). De acordo com o SI, há unidades
fundamentais, cada qual correspondendo a uma grandeza:
Unidades Fundamentais do SI
Nome Símbolo Grandeza
Metro m Comprimento
Quilograma kg Massa
Segundo s Tempo
Observação: Faltam outras unidades fundamentais, que serão
estudadas futuramente.
8 - Na Física a Letra Grega Delta (∆)
Significa VARIAÇÃO
Por exemplo: ∆x significa variação da posição; ∆t significa
variação do tempo; ∆v significa variação da velocidade.
A variação pode ser calculada como final – inicial, exemplo:
∆x = Xfinal – Xinicial
 Observação: Para facilitar não escreveremos inicial, vamos
Móvel Velocidade média
representar pelo símbolo 0, exemplo: xinicial = x0, tfinal = t0. Também
para facilitar não escreveremos final, vamos representar sem
nada, exemplo: xfinal = x, tfinal = t, v final = v 1 cm/s
logo:
∆x = x – x0
∆t = t – t0 5 km/h

∆v = v – v0

36 km/h
9 - Velocidade
Todos nós sabemos o que é velocidade. Sabemos que um
carro com velocidade de 140 km/h é mais rápido que um carro 360 km/h
com velocidade de 60 km/h. Sabemos também que a veloci-
dade de 60 km/h significa que, a cada hora, o carro percorre a
distância de 60 km.
900 km/h
Noções intuitivas como essas são importantes para o estudante
que está se iniciando nos estudos de física. No entanto, a Física
não pode se apoiar somente nelas. É preciso definir as grandezas
2500 km/h
precisamente. É o que faremos agora com relação à velocidade.

9.1 - Velocidade Média

Suponha um carro percorrendo um trecho de estrada entre
Dois amigos fazem uma viagem de carro até uma praia, distante
duas cidades. Sabemos que o carro não mantém sempre a
800 km da cidade de onde partem, em 10 h, incluindo meia hora
mesma velocidade durante todo o trajeto, isto é, sua velocidade
de parada para lanche e reabastecimento. A velocidade media do
varia com o tempo. carro nessa viagem foi de:
Na prática, para estudar o movimento do carro é interessante
conhecer e tratar o movimento de uma forma global e não de-
talhar esse estudo em cada ponto da estrada. 9.2 - Velocidade Relativa (vrel)
A velocidade média (vm) é uma informação sobre o movimento
Considere que entre dois automóveis, A e B, que percorrem
global. Para obtê-la, dividimos a distância total percorrida pelo
uma rodovia no mesmo sentido, conforme a figura a seguir,
tempo gasto na viagem.
existe uma aproximação e um posterior afastamento entre eles
após a ultrapassagem.
Vm = Dt
Tt vA = 100 km/h vB= 80 km/h

A B
Vejamos um exemplo:
Rodovia: referencial inicial
Numa viagem de São Paulo a São José dos Campos, um
carro percorreu uma distância de 100 km em 2 horas. Então: Em relação a B, o automóvel A move-se a 20 km/h, ou seja,
distância total percorrida 100 km
tomando-se B como referencial, A apresenta-se em sentido
Vm = Vm = Vm = 50 km/h
tempo gasto no percurso 2h positivo com a velocidade de 20 km/h.

É óbvio que durante o trajeto a velocidade do carro, em cada vAB= 20 km/h Referencial
instante, às vezes foi maior, e outras vezes menor do que 50 km/h.
Velocidades médias A B
Formigas andam com velocidades médias em torno de 1 cm/s a
1,5 cm/s. Uma pessoa caminha num ritmo 100 vezes mais rápido
do que as formigas; em média, a 5 km/h. Já os atletas, nos 100 m É como se B estivesse parado e A aproximando-se a 20 km/h.
rasos, correm a pouco mais de 36 km/h, ou 10 m/s. Se multiplicar- Mas, se o referencial considerado for A, então o automóvel B
mos essa velocidade por 10, teremos valores em torno de 360 km/h
move-se a –20 km/h, pois seu sentido relativamente a A é negativo.
atingidos por carros de corrida, como na Fórmula Indy.
Aumentando mais a velocidade, chegaremos a 850 km/h ≅ 900 km/h, Referencial vBA= –20 km/h
que é a velocidade média de cruzeiro de aviões, como as aeronaves
Boeing 737. B
A
Portanto, elas voam num ritmo equivalente a 70% da veloci-
dade do som no ar (340 m/s ou 1,2 . 103 km/h). Mas há aviões
supersônicos que chegam a voar a 2 . 103 km/h. São mais É como se A estivesse parado e B movendo-se para trás
rápidos do que o som! a –20 km/h.

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 A velocidade relativa é a diferença algébrica entre as velo-
cidades dos móveis relacionados, quando se movem sobre a
mesma trajetória ou sobre trajetórias paralelas.
Velocidade Relativa
A em relação a B B em relação a A
vAB= vA – vB e vBA= vB – vA
Logo: VAB = - VBA
9.3 - Velocidade Instantânea
Velocidade escalar instantânea é a grandeza v cujo valor ab-
soluto indica a rapidez de um corpo num determinado instante.
Cuidado: Dizer, por exemplo, que a velocidade de um corpo
num certo instante é de 10 km/h não significa que ele vai ne-
cessariamente percorrer 10 km em cada hora. Entretanto, se
essa velocidade for mantida nos instantes seguintes, aí sim
poderemos garantir que o corpo percorrerá 10 km em cada hora.
Velocidade Instantânea.
Disponível em: http://www.novocerato.com/wp-content/uploads/
Imagem-veloc%C3%ADmetro-Cerato-Rodrigo-Mendes.jpg
Acesso em: 5 de dez. de 2013.
velocidade instantânea.
Disponível em: http://obomdaboa.blogspot.com.br/2011/08/
fortaleza-projeto-proibe-os-radares.html
Acesso em: 5 de dez. de 2013
No instante em que a foto foi tirada, a velocidade instantânea
do automóvel era de 70 km/h. Isso significa que, se esse valor
fosse mantido, o veículo percorreria 70 km em 1 h.
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Como funciona um radar fixo?
Radares fixos
O infográfico que inaugura este artigo mostra o funcionamento
dos radares fixos, os chamados “pardais” que ficam acoplados aos
postes em vias muito movimentadas ou em que ocorrem muitos
acidentes. Por lei, é obrigatório que as vias fiscalizadas possuam
sinalização indicando a presença dos sensores de velocidade. Isso
evita que os motoristas sejam pegos de surpresa pelos aparelhos.
Ao passar por um ponto fiscalizado, você pode perceber que não
existem apenas as câmeras no poste. O sistema possui também
três faixas de sensores e um computador que calcula a velocida-
de e transmite os dados até as centrais da empresa responsável
(ele fica em uma caixa, logo abaixo das câmeras). Agora, vamos
entender a importância de cada peça desse complexo aparelho.
Sensores magnéticos
Eles podem ser vistos por qualquer pessoa, pois não é difícil
identificá-los. Perto dos “pardais”, sempre podem ser vistas
algumas marcações no chão. São os sensores magnéticos que
enviam os pulsos até os computadores de medição, em que
serão realizados os cálculos que indicam em quais velocidades
os motoristas passam pela via.
Os três sensores funcionam em conjunto, criando um
campo eletromagnético. Como os veículos são compostos
por elementos ferromagnéticos, os sensores são afetados
por eles. Dessa maneira, assim que o carro ou a motocicleta
passar pelo primeiro sensor, o campo magnético é anulado
e reativado quando o segundo sensor for acionado.
Radar Fotográfico Fixo
(Fonte da imagem: Departamento de Estradas e Rodagens do Rio de Janeiro)
Rapidamente são realizados cálculos entre a distância e o
tempo, para que seja definida a velocidade com que o veículo
cruzou os sensores. É aquele mesmo cálculo das aulas de física
(a distância dividida pelo tempo percorrido é igual à velocidade)
que define a quantos quilômetros por hora o motorista estava.
Se estiver acima da velocidade permitida, o cálculo é refei-
to entre o segundo e o terceiro sensor. Sendo confirmado o
excesso de velocidade, as câmeras (que estão em constante
funcionamento) armazenam a imagem do veículo e a enviam
para a central de infrações.
Disponível em: http://www.tecmundo.com.br/infografico/10350-
-como-funcionam-os-radares-de-transito-infografico-.htm
Acesso em: 5 de dez. de 2013.
9.4 - Como se mede a velocidade instantânea?
A definição matemática de velocidade instantânea não fornece
métodos práticos de medida. Em laboratórios didáticos de Física,
utilizando, por exemplo, fotografias múltiplas, é possível medir
pequenos intervalos de tempo e pequenos deslocamentos para
calcular a velocidade instantânea. No entanto, os instrumentos
6
 de medida de velocidade, como o velocímetro de um automó- Qual é o significado de um valor de velocidade como 72 km/h?
vel, se baseiam em outros processos. Em geral, eles medem A resposta é simples: um móvel com esta velocidade é
alguma outra grandeza, cujo valor depende da velocidade, e capaz de, em 1 h, deslocar-se 72 km.
apresentam o resultado numa escala de velocidades.
Então, quantos metros é capaz de se deslocar em 1 s?
Por exemplo, o velocímetro de carro utiliza o efeito magnético
de um imã girando, que aplica numa peça metálica uma força pro- Faz-se necessária, agora, a transformação de km/h em m/s.
porcional à velocidade de sua rotação. O velocímetro mede essa O método é o seguinte:
força e apresenta a resposta num mostrador de velocidades. km 1000 m 1m : 3,6

Os radares da polícia rodoviária utilizam outro efeito: a alteração

1 = = km/h m/s
h 3600 s 3,6 s x 3,6

da frequência de uma onda eletromagnética quando é refletida REGRA PRÁTICA

num corpo em movimento. O radar envia uma onda de uma certa
frequência, mede a frequência da onda refletida pelo carro, e um Portanto:
circuito eletrônico calcula a velocidade que é apresentada num visor. 72
72 km/h = m/s = 20 m/s
Os aviões utilizam um dispositivo chamado tubo de Pitot, que 3,6
mede a pressão do ar dentro de um fino tubo instalado na asa.
Como a pressão depende da velocidade do ar que atravessa o Isto é, um móvel a 72 km/h é capaz de se deslocar 20 m em 1 s.
tubo, esse dispositivo mede a velocidade do avião em relação ao ar. Exemplo: Um carro desloca-se em linha reta com velocidade
Para obter a unidade de velocidade, dividimos a unidade de constante de 108 km/h. Calcule o tempo gasto quando o carro
comprimento pela unidade de tempo. No SI, a unidade de com- desloca 300 m.
primento é o metro (m) e a de tempo é o segundo (s). Portanto,
Resolução:
a velocidade é medida em metro por segundo (m/s).
Como a trajetória é uma linha reta e a velocidade é constante,
temos um MRU, logo,
10 - Movimento Retilíneo Uniforme
Movimentos em trajetória retilínea são raros; com velocidade
d
v= ; transformando 108 km/h em m/s, temos 30 m/s
constante são mais raros ainda. O movimento retilíneo uniforme, co- t
nhecido de forma abreviada por MRU, é o movimento mais simples
30 = 300 ⇒ t = 10 s.
que pode existir: tem apenas duas variáveis – a posição e o tempo. t

10.1 - Movimento Retilíneo Uniforme (MRU)

Quando o corpo em trajetória retilínea se move com velocidade
constante, o seu movimento é retilíneo uniforme. É o movimento
mais simples que se pode estudar. Nele, não há diferença entre
velocidade média e instantânea, e a única grandeza que varia
com o tempo é a posição. Assim, estudar o movimento retilíneo
uniforme (MRU) do corpo se resume ao estudo da variação da
posição desse corpo com o tempo.
Observação: Movimento uniforme é aquele em que a veloci-
dade média é a mesma, qualquer que seja o intervalo de tempo
considerado, coincidindo, portanto, com a velocidade instantânea
em qualquer instante do movimento.
Movimento uniforme: vinst. = vm = constante
Um corpo em movimento uniforme pode descrever uma trajetória
retilínea ou uma trajetória curvilínea, realizando, respectivamente,
movimento retilíneo uniforme ou movimento curvilíneo uniforme.
Observação: No movimento uniforme, o corpo percorre dis-
tâncias iguais em intervalos de tempos iguais.
No MRU, a velocidade do corpo ou ponto material pode ser
calculada por:
∆x
V=
∆t
Observação: Provavelmente a maioria dos alunos estão
d permite obter a posição x (variável dependente) do ponto material
acostumados com a seguinte fórmula v =
t para cada instante t (variável independente). Os termos v, x0 e t0, são
Na verdade as “duas” fórmulas são equivalentes (para não
dizer iguais).
Como foi dito anteriormente a unidade de velocidade no
sistema internacional (SI) é o m/s. Mas no dia a dia m/s não é
a unidade mais utilizada, e sim o km/h. Então devemos saber
transformar m/s para km/h e vice-versa.
10.2 - Função da posição em relação ao
tempo
Para estabelecer a função da posição em relação ao tempo do
corpo em MRU é necessário, inicialmente, estabelecer o sistema
de referência adequado. Veja a figura abaixo.
t0 v t
0 x0 x
Referencial para o estudo do MRU: a origem 0; a posição ini-
cial x0 no instante t0; a velocidade v; a posição x no instante t.
Nesse sistema de referência estão fixados a origem O e a posição
inicial x0 medida no instante t0 a partir dessa origem. Estão represen-
tadas também a velocidade v e a posição x do corpo no instante t.
Sendo constante, o módulo da velocidade (v) do ponto material
é igual à sua velocidade média (vm) em qualquer intervalo de
tempo. Assim, da definição de velocidade média  x − x0 

 vm = t − t 
podemos escrever: V = Vm  0 
x − x0
v= ⇒ x – x0 = v(t – t0) ⇒ x = x0 + v(t – t0)
t − t0
Essa é a função da posição em relação ao tempo do MRU. Ela
constantes. Em geral, é possível admitir t0 = 0 – basta supor que o
início da cronometragem do movimento tenha sido feito com o cro-
nômetro zerado e, nesse caso, essa função se torna mais simples:
x = x0 + vt

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 Exercício resolvido A partícula “andou” em sentido decrescente das posições, logo
1) Um corpo percorre uma reta com velocidade constante, a velocidade é NEGATIVA. Esse movimento recebe o nome de
Estabelecido um eixo de coordenada sobre essa reta, movimento retrógrado.
como mostra a figura adiante, verifica-se que a posição
desse corpo no instante t0 = 0 é x0 = 200 m, e no instante 10.4 - Estudo Gráfico do MRU
t = 5,0 s, x = 500 m.
O estudo de um movimento pode ser feito tanto com o auxílio
t 0 =0 t= 5,0s x(m) das funções que o descrevem, como por meio dos gráficos cor-
respondentes. As funções permitem um tratamento matemático
0 100 200 300 400 500 600 700 800
mais simplificado enquanto os gráficos permitem a melhor visu-
Determine: alização da forma como variam as grandezas que descrevem
o movimento.
A) o tipo de movimento desse corpo.
Gráfico posição versus tempo (x x t)
B) a sua velocidade.
C) a função da posição em relação ao tempo. A função da posição de um MRU é linear do primeiro grau
em t (x = x0 + v0t), portanto o seu gráfico é uma reta. Observe
D) a posição no instante t = 20 s.
o gráfico abaixo:
E) o instante em que a posição é x = 2000 m.
Posição
Solução:
A) Como a trajetória é retilínea e a velocidade constante, o x
P (t,x)
movimento é retilíneo uniforme.
x − x0 500 − 200 300
B) v = ⇒v= ⇒v= ⇒ v = 60 m / s
t − t0 5, 0 − 0 5, 0
x0
C) Sendo t0 = 0, x0 = 200 m e v = 60 m/s, a função torna-se: P 0 (t 0 ,x 0 )
x = x0 + vt ⇒ x = 200 + 60 t (no SI)
D) Sendo t = 20 s, temos: x = 200 + 60 . 20 ⇒ x = 1400 m
E) Sendo x = 2000 m, temos: 2000 = 200 + 60 t ⇒ 1800 = 60 t Tempo
⇒ t = 30s t0

O gráfico da função da posição do ponto material em MRU é

10.3 - Sinal da Velocidade
Quando estudamos o movimento numa trajetória para a qual
se adotou uma orientação positiva, a velocidade também recebe
sinal positivo ou negativo em função do sentido do movimento.
uma reta inclinada.
Observação: não é possível saber a trajetória da partícula
somente com base no gráfico.
Observação: Em um gráfico x . t, se calcularmos a inclinação
da reta, obteremos a velocidade da partícula.

cateto oposto
tg α =
Velocidade Velocidade cateto adjacente
Positiva Negativa
x − x0
tg α = ⇒ tg α = v
t − t0

Conclusão: No gráfico x . t, a inclinação da reta é numerica-

+ –
Nesta apostila adotaremos o termo sentido crescente, para
representar velocidade positiva, e sentido decrescente para
representar velocidade negativa.
Exemplos:
mente igual à velocidade naquele ponto.
Quando o corpo se desloca no sentido crescente do eixo, a
sua velocidade é positiva. Representado pela inclinação α, está
compreendido no intervalo 0 < α < 90°. Quando o corpo se des-
loca no sentido decrescente, a inclinação α está compreendida
no intervalo 90° < α < 180°. Veja os gráficos abaixo.
x

x(m)

0 10 20 30 40
α
A partícula “andou” em sentido crescente das posições, logo
a velocidade é POSITIVA. Esse movimento recebe o nome de
movimento progressivo.
t
x(m)

0 10 20 30 40 O corpo tem velocidade positiva (0° < α < 90°).

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 x O deslocamento no intervalo de tempo ∆t, aqui representado
por ∆x, é igual à “área sob a curva” do gráfico velocidade x tempo
nesse mesmo intervalo de tempo.

V x t → área = deslocamento
α
Exercícios resolvidos
1) A seguir temos os gráficos posição x tempo de dois corpos
em MRU.

x (m) x (m)
t
30 100

20
50
O corpo tem velocidade negativa (90° < α < 180°). 10
Resumindo: t (s) t (s)
0 2,0 4,0 0 5,0 10
α é agudo → v +
α é obtuso → v - Móvel A Móvel B
Determine:
Gráfico velocidade versus tempo (v x t) A) a velocidade do corpo A;
Como no MRU a velocidade é constante, a função da velo- B) a velocidade do corpo B;
cidade em relação ao tempo é constante. Portanto, o gráfico C) a função da posição do movimento de cada móvel.
velocidade x tempo é uma reta paralela ao eixo do tempo.
Solução:
Essa reta estará acima do eixo se a velocidade for positiva
A) Tomando os pontos:
ou abaixo do eixo se for negativa, como nos gráficos a seguir:
t0 = 0 ⇒ x0 = 10 m e t0 = 2,0 s ⇒ x = 20 m, temos:
x Velocidade
x − x0 20 − 10
v= ⇒v= ⇒ v = 5m / s
t − t0 2, 0 − 0

v B) Tomando os pontos:
Tempo t0 = 5,0 s ⇒ x = 50 m, temos:
t

v
C) Corpo A: sendo x0 = 10 m e v = 5,0 m/s, a função da
posição é:
Velocidade positiva. Velocidade negativa.
x = 10 + 5,0 t
O gráfico velocidade x tempo permite a determinação do Corpo B: sendo x0 = 100 m e v = –10 m/s, a função da
módulo do deslocamento (∆x) do corpo a partir do cálculo da posição é:
“área sob a curva”. x = 100 – 10 t

Velocidade

∆x = A

Tempo

t t0

9
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 •

EXERCÍCIOS

Questões Propostas Cinemática - MRU

1. (UFMG) Um aluno, sentado na carteira da sala, observa

4. (SUPREMA) Um caminhão se move a uma velocidade
os colegas, também sentados nas respectivas carteiras, igual a 1,2 km/minuto. Marque a alternative que represen-
bem como um mosquito que voa perseguindo o professor
ta a conversão correta desta velocidade para a unidade
que fiscaliza a prova da turma. Das alternativas abaixo,
metros/segundos.
a única que retrata uma análise CORRETA do aluno é:
A) A velocidade de todos os meus colegas é nula para A) 20 B) 72
todo observador na superfície da Terra. C) 1200 D) 0,02
B) Eu estou em repouso emrelação aos meus colegas,
mas nós estamos em movimento em relação a todo
observador na superfície da Terra. 5. (UFMG) Uma particular se movimenta ao longo de uma
reta. Sua posição, em função do tempo, está representada
C) Como não há repouso absoluto, não há nenhum refe-
na tabela:
rencial em relação ao qual nós,estudantes, estejamos
em repouso. x (metros) 0,50 2,00 2,75 3,50
D) A velocidade do mosquito é a mesma, tanto em relação
t (segundos) 0,00 1,00 1,50 2,00
aos meus colegas, quanto em relação ao professor.
E) Mesmo para o professor, que não pára de andar pela
A velocidade média da particular no intervalo de tempo
sala, seriapossível achar um referencial em relação
de 0,0 a 2,0 é:
ao qual ele estivesse em repouso.
A) 0,57
2. (UFJF) Considere um carrinho movendo-se com velocidade
B) 1,50
constante sobre uma trajetória retilínea, plana e horizontal.
Num certo instante uma pessoa que está no carrinho arre- C) 1,75
messa uma bolinha verticalmente para acima. Desprezando D) 3,50
a resistência do ar, indique a alternativa correta.
E) 17,5
A) Uma pessoa que está no referencial no solo dirá que
a bola se moveu para trás e não poderá retornar ao
ponto de partida. 6. (UFMG) Júlia está andando de bicicleta, em um plano
B) Uma pessoa que está no referencial do carrinho dirá horizontal, com velocidade constante, quando deixa cair
que a bola se moveu para trás e não poderá retornar uma moeda. Tomás está parado na rua e vê a moeda cair.
ao carrinho. Considere desprezível a resistência do ar.
C) Uma pessoa que está no referencial do carrinho verá Assinale a alternativa em que MELHOR estão represen-
a bola realizar uma trajetória parabólica, caindo nova-
tadas as trajetórias da moeda, como observadas por
mente sobre o carrinho.
Júlia e por Tomás.
D) Uma pessoa que está no referencial no solo verá a bola
realizar uma trajetória parabólica, caindo novamente
sobre o carrinho. A) B)

3. (CEFET-MG) As figuras abaixo representam as posições

sucessivas, em intervalos de tempo iguais, e fixos, dos
objetos I, II, III e IV em movimento.

O objeto que descreveu

um movimento retilíneo
uniforme foi
C) D)
A) I

B) II

C) III

D) IV

10
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 7. (CEFET-MG) Um carro move-se ao longo de um trecho 11. (USS) O maior túnel submarine do planeta, com 123 km
retilíneo da avenida Amazonas, variando sua posição com de extensão, deverá ligar duas cidades no norte da china.
o tempo, de acordo com a tabela a seguir. Sua extensão total será pecorrida por um trem-bala a
Posição (m) Tempo (s) 220 km/h.
5253 0 Admita que o trem-bala tenha velocidade constante duran-
5238 1 te o percurso e que seja desprezível o tempo da partida
e da chegada.
5223 2
5208 3
Nessas condições, o tempo gasto no percurso

5193 4 corresponderá, em segundos, a cerca de:

5178 5 A) 1654 B) 1857
Nessa situação, é correto afirmar que o carro C) 2013 D) 2498
A) está parando.
B) tem velocidade constante
12. (UFMG) Uma escolar de samba, ao se movimentar numa
rua reta e muito extensa, mantém um comprimento
C) apresenta aceleração negativa. constante de 2 km. Se ela gasta 90 minutos para passar
completamente por uma arquibancada de 1 km de com-
D) possui movimento uniformemente retardado.
primento, sua velocidade média deve ser:
8. (MACKENZIE) Uma partícula descreve um movimento A) 2/3 km/h.
retilíneo uniforme, segundo um referencial inercial. B) 1 km/h.
A equação horária da posição, com dados no S.l.; é C) 4/3 km/h.
x = – 2 + 5 t. Nesse caso podemos afirmar que a veloci-
D) 2 km/h
dade escalar da partícula é:
E) 3 km/h
A) – 2 m/s e o movimento é retrógrado.
B) – 2 m/s e o movimento é progressivo. 13. (UEL) Um trem de 200 m de comprimento, com velocidade
C) 5 m/s e o movimento é progressivo. escalar constante de 60 km/h, gasta 36 s para atravessar
completamente uma ponte. A extensão da ponte, em
D) 5 m/s e o movimento é retrógrado.
metros, é de:
E) – 2,5 m/s e o movimento é retrógrado.
A) 200 B) 400
9. (FIPMOC) Uma pessoa, ao fazer uma corrida numa pista C) 500 D) 600
de Cooper tem seu movimento descrito pela função horária E) 800
x = 40 + 5t (SI).
Ela passa pelo marco 60 m da pista no instante. 14. A velocidade média de um automóvel que durante os
A) 4.0s. primeiros 150 km de viagem deslocou-se a 50 km/h e nos
700 km seguintes a 100 km/h, é:
B) 8.0s.
A) 55 km/h
C) 12.0s.
B) 60 km/h
D) 16.0s.
C) 65 km/h
10. (UFMG) Marcelo Negrão, numa partida de vôlei, deu uma D) 85 km/h
cortada na qual a bola partiu com uma velocidade escalar E) 70 km/h
de 126 km/h. Sua mão golpeou a bola a 3,0 m de altura,
sobre a rede, e ela tocou o chão do adversário a 4,0 m
da base da rede, como mostra a figura. Nessa situação
15. (UFMG) Um automóvel viaja a 20 km/h durante a primeira
hora e a 30 km/h nas duas horas seguintes.
pode-se considerar, com boa aproximação, que o movi-
mento da bola foi retilíneo e uniforme. Considerando-se Sua velocidade media durante a três primeiras horas,
essa aproximação, pode-se afirmar que o tempo decorrido, em km/h, é:
em segundos, entre o golpe do jogador e o toque da bola A) 20 B) 30
no chão é de: C) 31 D) 25
E) 27

A) 1/7s 16. (FCMMG) Sabe-se que o tempo médio de reação entre

sentir e agir é da ordem de dois décimos de segundo. Se
uma pessoa adulta está lendo, sentada numa cadeira e de
B) 2/63 s
repente recebe uma picada de abelha no pé, sua reação é
puxar a perna. Sabendo que, para executar essa reação,
C) 3/35 s o impulse nervosa vai do pé ao cérebro para depois à
perna, a velocidade média dos impulsos é mais próxima de:
D) 4/35 s
A) 240 km/h B) 120 km/h
C) 60 km/h D) 30 km/h

11
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 17. (UNIVAÇO) Durante uma viagem, um motorista percorre 21.
certa distância da seguinte maneira:
• um terço da viagem a uma velocidade constante de
30 km/h.
• um terço da viagem a uma velocidade constante de
60 km/h.
• um terço da viagem a uma velocidade constante de
40 km/h.
Quanto vale em km/h a velocidade desenvolvida por esse
motorista? A) 55 m B) 65 m C) 75 m D) 105 m E) 125 m
A) 40B) 43C) 46D) 49
22. (UERJ) Ao se deslocar do Rio de Janeiro a Porto Alegre,
um avião percorre essa distância com velocidade média v
18. Uma motocicleta com velocidade constante de 20 m/s no primeiro 1/9 do trajeto e 2v no trecho restante.
ultrapassa um trem de comprimento 100 m e velocidade
15 m/s. A duração da ultrapassagem é: A velocidade média do avião no percurso total foi igual a:
A) 5 s B) 15 s 9 98 985 98 55 855 5 5
A) v vv B) vvv v vvC) vvv v D) v
C) 20 s D) 25 s 5 55 553 5 34 534 34 4
E) 30 s

23. (FUVEST) Marta e Pedro combinaram de encontrar-se

19. (UFSCAR) Três amigos, Antônio, Bernardo e Carlos, saí- em certo ponto de uma autoestrada plana, para seguirem
ram de suas casas para se encontrarem numa lanchonete. viagem juntos. Marta, ao passer pelo marco zero da es-
Antônio realizou metade do percurso com velocidade trada, constatou que, mantendo uma velocidade média
média de 4 km/h e a outra metade com velocidade média de 80 km/h, chegaria na hora certa ao ponto de encontro
de 6 km/h. Bernardo percorreu o trajeto com velocidade combinado. No entanto, quando ela já estava no marco
média de 4 km/h durante metade do tempo que levou para
chegar à lanchonete e a outra metade do tempo fez com atrasado e, só então, estava passando pelo marco zero,
velocidade média de 6 km/h. Carlos fez todo o percurso pretendendo continuar sua viagem a uma velocidade
com velocidade média de 5 km/h. Sabendo que os três média de 100 km/h. Mantendo essas velocidades, seria
saíram no mesmo instante de suas casas e percorreram previsível que os dois se encontrassem próximos a um
extamente as mesmas distâncias, pode-se concluir que: marco da estrada com indicação de:
A) Bernardo chegou primeiro, Carlos em segundo e A) km 20
Antônio em terceiro. B) km 30
B) Carlos chegou primeiro, Antônio em segundo e Ber- C) km 40
nardo em terceiro.
D) km 50
C) Antônio chegou primeiro, Bernardo em segundo e
E) km 60
Carlos em terceiro.
D) Bernardo e Carlos chegaram juntos e Antônio chegou
em terceiro. 24. (UFMG) Uma pessoa passeia durante 30 minutos. Nesse
tempo ela anda, corre e também pára por alguns instantes.
E) Os três chegaram juntos à lanchonete.
pessoa em função do tempo de passeio (t).
20. (FCMMG) Uma lagarta de 5,0 cm de comprimento move-
52 cm, que se desloca em sentido contrário.
Com isso, ambos levam 3,0 s para passarem completa-
mente um pelo outro. Se a velocidade da lagarta é 2,0
cm/s, a velocidade da cobra deve ser:
A) 3,6 cm/s
B) 17,0 cm/s
C) 19,0 cm/s
D) 21,0 cm/s
-
- seio, a pessoa:

A) andou (1), correu (2), parou (3) e andou (4).

B) andou (1), parou (2), correu (3) e andou (4).
C) correu (1), andou (2), parou (3) e correu (4).
D) correu (1), parou (2), andou (3) e correu (4).

12
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 25. (UFMG) Uma pessoa parte de um ponto P, vai até um
ponto Q e volta ao ponto P, deslocando-se em linha reta
com movimento aproximadamente uniforme. O gráfico
posição x em função do tempo t que melhor representa
esse movimento é:
Nos intervalos de tempo Δt1 = 0 a 1h e Δt2 = 1 a 2h, essa par-
ticular descreve,respectivamente,movimento ___________e
__________
Os termos que completam, corretamente, as lacunas são:
A) uniforme e uniforme. B) acelerado e uniforme.
C) desalerado e uniforme. D) acelerado e uniforme.
E) desalerado e acelerado.

27. (UNESP) O gráfico na figura mostra a posição x de um objeto, em

movimento sobre uma trajetória retilínea, em função do tempo t.

A partir desse gráfico, é possível concluir que a velocidade

instantânea do objeto anulou-se somente
A) no instante 0 segundo.
B) nos instantes 9 e 14 segundos.
C) nos instantes 2 e 7 segundos.
D) nos instantes 5 e 11 segundos.
E) nos instantes 2,5,7 e 11 segundos.

28. (UFMG) Este gráfico mostra como varia a posição em função

do tempo para um carro que se desloca em linha reta.

No tempo t = 60 s, a velocidade do carro é:

A) 5,0 m/s B) 7,0 m/s C) 10 m/s D) 12 m/s

29. (FASEH) Um operário anota, para vários instantes de tempo, a

posição de uma caixa que se move sobre uma esteira rolante.
A posição dessa caixa em função do tempo está mostrada no
gráfico abaixo.

Analisando esse gráfico,é

CORRETO afirmar que
a velocidade da caixa no
26. (CEFET-MG) O gráfico da distância em função do tempo instante t = 2,0 s é:
representa o movimento de uma particular.

A) 2,0 m/s

B) 2,5 m/s

C) 3,0 m/s

D) 4,0 m/s

13
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 30.
veículos, A e B, deslocando-se sobre uma estrada retilínea, A) está em repouso, no instante 1 min.
em função do tempo.
B) possui velocidade escalar nula, entre os instantes
3 min e 8 min.
C) sofreu deslocamento de 4 km, entre os instantes
0 min e 3 min.
D) descreve movimento progressivo, entre os instantes
1 min e 10 min.
E) tem a sua posição inicial coincidente com a origem
da trajetória.

33. O gráfico abaixo representa a velocidade(v) de uma partícula

em função do tempo de uma partícula em um movimento
que se desloca sobre uma reta em função do tempo(t).
- retilíneo.
O deslocamento da partícula, no intervalo de 0 s a 8 s, foi de:
valo de 0 a t,
A) a velocidade do veículo A é maior que a do veículo B.
B) a aceleração do veículo A é maior que a do veículo B.
C) o veículo A está se deslocando à frente do veículo B.
D) os veículos A e B estão se deslocando um ao lado
do outro.
E) a distância percorrida pelo veículo A é maior que a
percorrida pelo veículo B.

31. (UERJ) A função que descreve a dependência temporal

da posição S de um ponto material é representada pelo

A) A velocidade instantânea da partícula no instante

t = 4,00 s é igual a +5,00 m/s.
B) A velocidade média da partícula entre os instantes
ta)= [A]
10,0
– 32
– 32 mse
m t = 11,0 s é igual a 25,0 m/s.
b) [B] – 16
– 16 m m
C) Entre os instantes t = 8,00 s e t = 10,0 s a velocidade
c) [C]
0 m0 m
média 16mda partícula é igual a +12,0 m/s.
d) [D]16m
D) Oe) [E]
32 32
m m do deslocamento da partícula entre os
módulo
instantes t = 0 s e t =11,00 s é igual a 25,0 m.

34. (FAME) Dois automóveis A e B deslocam-se em uma

RAMALHO JÚNIOR, Francisco et alii. Os fundamentos da física. cada um, em relação ao começo da estrada, em função
São Paulo: Moderna, 1993.

Sabendo que a equação geral do movimento é do tipo com o movimento desses carros e assinale a alternativa
S = A + B.t + C.t2, os valores numéricos das constantes INCORRETA:
A, B e C são, respectivamente:
A) 0, 12, 4 B) 0, 12, –4 C) 12, 4, 0 D) 12, –4, 0

32.
em função do tempo (t) para um automóvel em movimento
num trecho horizontal e retilíneo de uma rodovia.

A) No instante t = 0, A se encontra no quilômetro zero e

B no quilômetro 100.
B) A velocidade de A é 50 km/h e de B é 25 km/h.
C) De t = 0 a t = 4h, A e B percorreram 200 km.
D) A alcança B no instante t = 4h, ao passarem pelo
marco 200 km.

14
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 35. Opara
gráfico abaixo indica a posição (S) em função do tempo (t)
um automóvel em movi- mento num trecho horizontal e
Questões Cinemática - MRU (ENEM)
retilíneo de uma rodovia.

1. (ENEM-2013) Conta-se que um curioso incidente aconteceu du-

rante a Primeira Guerra Mundial. Quando voava a uma altitude
de dois mil metros, um piloto francê viu o que acreditava ser uma
mosca parada perto de sua face. Apanhando-a rapidamente,

PERELMAN, J. Aprenda física brincando. São Paulo: Hemus, 1970.

O piloto consegue apanhar o projétil, pois:

Da análise do gráfico, pode-se afirmar que o automóvel
A) está em repouso, no instante 1 min.
B) possui velocidade escalar nula, entre os instantes 3 min e 8 -min.
C) sofreu deslocamento de 4 km, entre os instantes 0 min e 3 min.
D) descreve movimento progressivo, entre os instantes 1 min e 10
min.
E) tem a sua posição inicial coincidente com a origem da trajetória.
36.
tempo de um objeto que se move em trajetória retilínea.
2.
A) Ele foi disparado em direção ao avião francês, freado pelo
ar e parou justamente na frente do piloto.
B) O avião se movia no mesmo sentido que o dele, com velo-
cidade visivelmente superior.
C) Ele foi disparado para cima com velocidade constante, no
instante em que o avião francês passou.
D) O avião se movia no sentido oposto ao dele, com velocidade
de mesmo valor.
E) O avião se movia no mesmo sentido que o dele, com velo-
cidade de mesmo valor.
(ENEM-2012) As cidades de Quito e Cingapura encontram- se
próximas á linha do Equador e em pontos diametralmente opos-
tos no globo terrestre. Considerando o raio da terra igual a 6.370

média 800 km/h, descontando as paradas de escala, chega a

Cingapura em aproximadamente.
A) 16 horas B) 20 horas C) 25 horas
D) 32 horas E) 36 horas

3. (ENEM/PPL-2013) Antes das lombadas eletrônicas, eram pinta-

das faixas nas ruas para controle da velocidade dos automóveis.
A velocidade era estimada com o uso de binóculos e cronômetros.
No intervalo de 0 a 4 h, o objeto se desloca, em relação O policial utilizava a relação entre a distância percorrida e o tempo
ao ponto inicial, gasto, para determinar a velocidade de um veículo. Cronometra-
va–se o tempo que um veículo levava para percorrer a distância
A) 0 km B) 1 km C) 2 km D) 4 km E) 8 km
eletrônica é um sistema muito preciso, porque a tecnologia elimina
37. erros do operador. A distância entre os sensores é de 2 metros,
e o tempo é medido por um circuito eletrônico.
O tempo mínimo, em segundos, que o motorista deve gastar
para passar pela lombada eletrônica, cujo limite é de 40 km/h,
sem receber uma multa, é de.
A) 0,05 B) 11,1 C) 0,18 D) 22,2 E) 0,50

4. (ENEM-2012) Uma empresa de transportes precisa efetuar a

entrega de uma encomenda o mais breve possível. Para tanto,
a equipe de logística analisa o trajeto desde a empresa até o

de distâncias diferentes e velocidades máximas permitidas

diferentes. No primeiro trecho, a velocidade máxima permitida
é de 80 km/h e a distância a ser percorrida é de 80 km. No
segundo trecho, cujo comprimento vale 60 km, a velocidade
máxima permitida é 120 km/h.
Supondo que as condições de trânsito sejam favoráveis para
que o veículo da empresa ande continuamente na velocidade
máxima permitida, qual será o tempo necessário, em horas,
para a realização da entrega?

A) 0,7 B) 1,4 C) 1,5 D) 2,0 E) 3,0

15
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 5.
por uma pessoa em certo período de tempo. A escala de tempo
a ser adotada para o eixo das abscissas depende da maneira
como essa pessoa se desloca.

Qual é a opção que apresenta a melhor associação entre meio

ou forma de locomoção e unidade de tempo, quando são per-
corridos 10 km?
A) carroça – semana B) carro – dia
C) caminhada – hora D) bicicleta – minuto
E) avião – Segundo

GABARITO

Questões Propostas Cinemática - MRU

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

E D C A B C B C A A C D B D E C A C D B A A D A A

26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37

A E C A C A B C C B D C

Questões Cinemática - MRU - ENEM

1 2 3 4 5

E C C C C

16
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