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Capítulo

2
Enem
C5: H17
C6: H20

Introdução à Cinemática Anotações

Biblioteca
do professor

RICK NEVES/GETTY IMAGES


Este capítulo apresenta conceitos físicos de
repouso e de movimento. Na foto, vemos
paraquedistas em formação. Na sua opinião,
os paraquedistas estão em repouso ou em
movimento? Por quê?

24 Física – Nicolau t Torres t Penteado


Objetivos do capítulo
Mostrar que os conceitos de repouso, movimento e Definir velocidade escalar média e instantânea.
trajetória dependem do referencial adotado. Definir aceleração escalar média e instantânea.
Definir espaço de um móvel, função horária e variação Apresentar os conceitos de movimento progressivo,
de espaço. retrógrado, acelerado e retardado.

1 Conceitos iniciais rado um ponto material. Ao ultrapassar um ônibus, em


uma estrada, um carro seria um ponto material ou um
Diariamente, utilizamos termos que indicam movimen- corpo extenso? Nesse caso, o carro seria um corpo extenso.
to: andar, correr, voar, subir, cair. Mas, atenção, a noção Agora, vamos iniciar o estudo da Cinemática, a parte
de movimento não deve ser tomada como algo absoluto. da Mecânica que descreve os movimentos dos corpos sem
Observe a figura 1. Uma pessoa está viajando, sentada, considerar suas causas. Veremos os conceitos de referen-
num ônibus que se aproxima de um ponto de parada. A cial, trajetória, espaço, velocidade e aceleração.
pessoa está em movimento ou em repouso? Em relação ao
ponto, ela está em movimento, mas está em repouso em
relação ao ônibus. E o ponto de parada está em repouso?
2 Trajetória
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Em relação à Terra, ele está em repouso, mas, em relação


ao Sol, o ponto descreve o mesmo movimento realizado
pela Terra. Um ponto material que se movimenta em relação a
determinado referencial ocupa diversas posições no de-
correr do tempo. A linha que liga essas posições recebe o
nome de trajetória. É importante observar que a forma da
trajetória depende do referencial adotado. Por exemplo,
um menino se desloca horizontalmente, lança uma bola
verticalmente para cima e a apanha de volta depois de
SELMA CAPARROZ

certo tempo. A bola descreve uma trajetória vertical em


relação ao menino e uma trajetória parabólica em relação
ao solo (fig. 2).

LUIZ RUBIO
Figura 1. O passageiro está em repouso em relação ao ônibus,
mas está em movimento em relação ao ponto de parada.

Em vista disso, note que os conceitos de movimento e


de repouso de um corpo são relativos, isto é, dependem Figura 2. A forma da trajetória depende do referencial adotado.
de outro corpo tomado como referencial. Portanto:

Os conceitos de movimento e de repouso de um corpo Exercícios resolvidos


dependem do referencial adotado.
1. A foto abaixo mostra um carro transportado por um guin-
O corpo observado, que pode estar em movimento ou cho que está se deslocando em uma estrada. Analisar as
proposições a seguir e indicar as corretas.
em repouso, recebe o nome de móvel.
ROBERT ASHTON/MASSIVE PIXELS/
ALAMY/LATINSTOCK

Ao analisar o movimento de um corpo, podemos, mui-


tas vezes, desprezar suas dimensões. Nesse caso, o corpo é
denominado ponto material. Quando consideramos suas
dimensões, ele é denominado corpo extenso. Um carro
é um ponto material ou um corpo extenso? Depende do
fenômeno em estudo. Ao efetuar uma manobra para es-
tacionar numa vaga, o carro é um corpo extenso. Numa
viagem, ao longo de uma rodovia, ele pode ser conside-

Capítulo 2 t Introdução à Cinemática 25


I. O guincho está em repouso em relação ao carro.
II. O carro está em movimento em relação ao guincho. 3 Posição de um móvel ao longo de
III. Uma árvore está em repouso em relação apenas ao sua trajetória: o espaço s
carro.
A trajetória descrita por um móvel em relação a deter-
Solução minado referencial pode ser retilínea ou curvilínea.
O carro e o guincho estão em repouso, um em relação ao
outro. Deslocando-se na estrada, eles estão em movimen-

MANFREDXY/SHUTTERSTOCK

NUBEPHOTO/
SHUTTERSTOCK
to em relação a uma árvore. Portanto, a árvore está em
movimento em relação ao carro e ao guincho. Desse modo,
apenas a proposição I está correta.

2. Um ônibus está se deslocando em linha reta, com veloci-


dade constante, quando uma lâmpada se desprende do
teto. Qual é a forma da trajetória descrita pela lâmpada:
a) em relação a um passageiro do ônibus?
b) em relação a uma pessoa parada na calçada observando o
ônibus passar?

Solução
a) Em relação a um passageiro do ônibus, a lâmpada cai
verticalmente, descrevendo um segmento de reta.
b) Em relação a uma pessoa parada na calçada, a lâmpada Gotas de água que caem da

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


cai verticalmente ao mesmo tempo que avança horizon- Cada cabine da roda-gigante em movimen- torneira descrevem traje-
talmente seguindo o movimento do ônibus. Nessas condi- to descreve uma trajetória curvilínea em tórias retilíneas em relação
ções, ela descreve uma curva que é um arco de parábola. relação ao solo. ao solo.
1. Os aviões de caça estão em repouso em relação ao avião-tanque, para que possam ser
reabastecidos. Em relação à Terra, eles estão em movimento, assim como o avião-tanque. Para determinar a posição P de um móvel, em cada
instante t, ao longo de sua trajetória, é preciso adotar
Exercícios propostos um ponto O como origem e orientar a trajetória, consi-
derando um dos sentidos possíveis como positivo (fig. 3).
1. Um avião-tanque abastece aviões de caça em pleno voo. A posição P é definida pela distância, medida ao longo
No intervalo de tempo em que é feita a transferência de
da trajetória, de P até a origem O. Tal distância vem
combustível, os aviões de caça estão em movimento ou em
repouso em relação ao avião-tanque? E em relação à Terra? precedida de um sinal, 1 (positivo) ou 2 (negativo),
conforme esteja de um% lado ou de outro da origem.
A medida algébrica OP da trajetória que permite de-
STEVE LIGHTSTONE/GETTY IMAGES

terminar a posição P, em determinado instante t, re-


cebe o nome de espaço do móvel e é indicada por s.
O ponto O é denominado origem dos espaços.

s ⫹
P (t)

O
2. Um helicóptero sobe verticalmente. Considere um ponto P
indicado na hélice principal. Determine a trajetória descrita Figura 3. s: espaço do móvel no
pelo ponto P: instante t

Na figura 4, temos um exemplo das posições ocupadas


CHOLAKOV/SHUTTERSTOCK

P por um móvel ao longo de sua trajetória e em diversos


instantes. A tabela ao lado da figura traz os respectivos
valores de t e s.

t⫽3s ⫹
ILUSTRAÇÕES: LUIZ RUBIO

t (s) s (m)
3 s (m)
t⫽2s 0 22
2
t⫽1s 1 1 0
t⫽0 0 2 1
⫺2 ⫺1 3 3
a) em relação a um observador situado dentro do helicóptero;
b) em relação a um observador situado no solo. Figura 4.
2. a) Em relação a um observador situado dentro do helicóptero, o ponto P descreve 2. b) Em relação a um observador situado no solo, P
um movimento circular. Desse modo, a trajetória descrita por P, em relação a esse
realiza um movimento helicoidal. Assim, em relação a esse
observador, é uma circunferência.
observador, a trajetória de P é uma hélice cilíndrica.
26 Física – Nicolau t Torres t Penteado P P
Na figura 5, destacamos as posições de um automóvel que se desloca por uma rodovia.
Nesse caso, os espaços são os marcos quilométricos da estrada.

t0 ⫽ 0 t1 ⫽ 1 h t2 ⫽ 1,5 h t3 ⫽ 2 h t4 ⫽ 2,5 h t5 ⫽ 3 h

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 s (km)

Figura 5.

A tabela a seguir apresenta os respectivos valores de t e s.

t (h) 0 1 1,5 2 2,5 3

s (km) 10 20 50 80 110 130

O instante t 5 0 é chamado de origem dos tempos e o espaço do móvel no instan-


te t 5 0 é o espaço inicial s0. Você sabe quais são os espaços iniciais nos exemplos das
figuras 4 e 5? No exemplo da figura 4, s0 5 22 m, e no da figura 5, s0 5 10 km.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Função horária A variação de espaço é também denominada deslo-


camento escalar.
A partir dos exemplos apresentados, notamos que,
No exemplo da figura 5, sejam s1 5 20 km o espaço
para cada valor de t, corresponde determinado valor
do automóvel no instante t1 5 1 h e s2 5 50 km seu
de s. É possível estabelecer uma relação matemática
espaço no instante t2 5 1,5 h, no intervalo de tempo
entre os valores de s e de t. Essa relação matemática é
Dt 5 t2 2 t1 5 1,5 h 2 1 h 5 0,5 h, o automóvel sofreu
a função horária do espaço.
uma variação de espaço Ds 5 s2 2 s1 5 50 km 2 20 km 5
Exemplo: 5 30 km.
s 5 3 1 2t A variação de espaço Ds pode ser positiva, negativa
A cada valor de t, em segundo, corresponde um valor ou nula, conforme o espaço s2 seja maior, menor ou igual
de s, em metro: a s1 (fig. 7).

t1 t2
t (s) 0 1 2

s (m) 3 5 7 0 10 20 30 40 50 60 s (m)
Ds 5 50 m 2 10 m 5 140 m

t2 t1
4 Variação de espaço
0 10 20 30 40 50 60 s (m)
Sejam s1 e s2 os espaços de um móvel nos instantes Ds 5 10 m 2 50 m 5 240 m
t1 e t2, respectivamente, sendo t2 posterior a t1 (fig. 6), a
variação de espaço Ds no intervalo de tempo Dt 5 t2 2 t1 t1
é dada por: t2

0 10 20 30 40 50 60 s (m)
Ds 5 s2 2 s1
Ds 5 10 m 2 10 m 5 0

t2
Figura 7.
⌬s ⫹
t1
s1 Observação
ILUSTRAÇÕES: LUIZ RUBIO

s2 Quando um móvel se desloca sempre no mesmo sentido


O e no sentido de orientação da trajetória, a variação de
Figura 6. D s 5 s2 2 s1: variação de espaço coincide com a distância que o móvel percorre
espaço ou deslocamento escalar ao longo da trajetória.

Capítulo 2 t Introdução à Cinemática 27


Exercícios resolvidos

3. Um ciclista descreve uma trajetória retilínea deslocando-se sempre no mesmo sentido. A figura
indica as posições do ciclista no decorrer do tempo.

t⫽0 t⫽2s t⫽8s t ⫽ 10 s t ⫽ 12 s

LUIZ RUBIO
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 s (m)

Determinar:
a) o espaço inicial do ciclista;
b) a variação de espaço entre os instantes t 5 2 s e t 5 8 s;
c) a distância percorrida entre os instantes t 5 0 e t 5 12 s.

Solução
a) O espaço inicial s0 é o espaço do móvel no instante t 5 0. Assim: s0 5 10 m

b) De Ds 5 s2 2 s1, temos: Ds 5 s2 2 s1 5 40 m 2 20 m ⇒ Ds 5 20 m
c) Como o ciclista se desloca sempre no mesmo sentido e no sentido de orientação da trajetória,
a variação de espaço coincide com a distância d que o móvel percorre ao longo da trajetória:

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


d 5 Ds 5 s2 2 s1 5 100 m 2 10 m ] Ds 5 90 m

No exemplo da figura 5, no intervalo de tempo


Exercícios propostos Dt 5 t2 2 t1 5 1,5 h 2 1 h 5 0,5 h, o automóvel sofreu uma
variação de espaço Ds 5 s2 2 s1 5 50 km 2 20 km 5 30 km.
3. O espaço de um móvel varia com o tempo, segundo a ta-
bela abaixo. A velocidade escalar média nesse intervalo de tempo é
igual a:
t (s) 0 10 20 30 40 50
Ds 30 km
s (m) 2 4 6 8 6 4 vm5 5 ⇒ vm 5 60 km/h
Dt 0,5 h
Determine:
3. a) O espaço inicial é o espaço do
a) o espaço inicial do móvel; móvel no instante t 5 0: s0 5 2 m
b) a variação de espaço entre os instantes 0 e 20 s, 10 s e 40 s
e 30 s e 50 s. 3. b) entre 0 e 20 s: Ds 5 6 m 2 2 m 5 4 m
Velocidade escalar instantânea v
entre 10 s e 40 s: Ds 5 6 m 2 4 m 5 2 m
entre 30 s e 50 s: Ds 5 4 m 2 8 m 5 24 m A velocidade de um jogador durante uma partida de
futebol, a velocidade com que caminhamos na calçada
ou a velocidade de um automóvel em uma rodovia
5 Velocidade escalar nem sempre são constantes. No caso do automóvel,
por exemplo, a velocidade pode aumentar, diminuir
Para ter ideia da rapidez com que um movimento se e até mesmo permanecer constante em determinados
realiza, definimos uma grandeza denominada velocidade intervalos de tempo. Em cada instante, no entanto, o
escalar. Quando calculada num determinado intervalo automóvel desenvolve uma velocidade escalar que é
de tempo, temos a velocidade escalar média. Já a velo- indicada pelo velocímetro.
cidade escalar num certo instante é a velocidade escalar
Pode-se entender a velocidade escalar num certo
instantânea.
instante como uma velocidade escalar média para um
intervalo de tempo Dt 5 t2 2 t1 muito pequeno, isto é, t2
e t1 muito próximos.
Velocidade escalar média vm
A relação matemática entre valores de v e de t cons-
A velocidade escalar média vm num intervalo de tempo titui a função horária da velocidade. Essa função permite
Dt é a relação entre a variação de espaço, Ds 5 s2 2 s1, e o calcular a velocidade v de um móvel em cada instante t.
correspondente intervalo de tempo, Dt 5 t2 2 t1:
Por exemplo, uma bola de tênis é lançada vertical-
mente para baixo do alto de um prédio e demora 2 s
Ds
vm5 para chegar ao solo. Seja a função horária da velocidade
Dt
da bola v 5 10 1 10t, com t dado em segundo (s) e v em

28 Física – Nicolau t Torres t Penteado


metro por segundo (m/s), no Portanto, para converter uma velocidade dada em
instante t 5 0 (instante em que km/h em m/s, divide-se o valor dessa velocidade por 3,6.

K
OC
/SHUTTERST
um cronômetro é disparado), Reciprocamente, para converter uma velocidade dada em
a velocidade escalar da bola é m/s em km/h, multiplica-se o valor dessa velocidade por 3,6.
10 m/s, e, no instante t 5 2 s, a

NER
Suplemento
bola atinge o solo com velocidade Trocando ideias

AN
PL
escalar igual a 30 m/s.
Com a expansão das ferrovias para o oeste dos Estados
Unidos, no século XIX, a comunicação e a circulação de
produtos tornaram-se mais fáceis em todo o país, com trens
Unidades de velocidade que se deslocavam a aproximadamente 50 km/h, então
A unidade de velocidade, média ou instantânea, é considerada alta velocidade. Hoje em dia, com a evolução
expressa em unidade de comprimento por unidade de dos meios de transporte, podemos cruzar o mundo em
tempo, por exemplo, km/h. No Sistema Internacional de algumas horas, em aviões comerciais com velocidades
Unidades (SI), a unidade de velocidade é o metro por médias de aproximadamente 800 km/h. Essa é uma das
segundo (m/s). razões para a expressão “aldeia global”.
Discuta com seus colegas de grupo as vantagens e desvan-
Sendo 1 km 5 1.000 m e 1 h 5 3.600 s, a relação entre tagens desse “encurtamento” de distâncias. Quais são os
km/h e m/s é dada por: aspectos positivos desse processo para a sociedade como
um todo? E os aspectos negativos? Quais as consequências
km 1.000 m ⇒ km 1m do encurtamento de distâncias para a economia, o comér-
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

1 5
3.600 s
1 5
3,6 s
ou 1 m/s 5 3,6 km/h cio e a tecnologia?
h h

Exercícios resolvidos
4. Um atleta percorre a distância de 100 m em 10 s. Calcular 6. Uma moto faz o per-

ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL


RIO GRAND
DE
DO NORTE
NORTE
a velocidade escalar média do atleta durante a corrida. curso de Recife a
A resposta deve ser dada em km/h. Gravatá (85 km) com
velocidade média PARAÍBA
Solução de 42,5 km/h e de
A partir da definição de velocidade escalar média, temos: Gravatá a Caruaru
Ds 100 m (50 km) com velo-
vm 5 5 ⇒ vm 5 10 m/s cidade média de
Dt 10 s Gravatá Recife
50 km/h. Qual é a Caruaru
Para transformar a velocidade em m/s para km/h, multi-
velocidade média
plicamos por 3,6:
da moto no percurso
PERNAM
MBU
BUC
CO
km todo, isto é, de Recife
vm 5 10 ? 3,6 ⇒ vm 5 36 km/h
h a Caruaru?
5. Um estudante, que iniciava o Ensino Médio, viajou de OCEANO
carro com seu pai e notou que os postes estavam regular- ALAGOAS N
ATLÂNTICO
mente distribuídos ao longo de um trecho da estrada. Seu
pai pediu que avaliasse a distância entre dois postes con-
0 70 km
secutivos. Para isso, o rapaz mediu o intervalo de tempo SERGIP
PE

correspondente à passagem de dois postes consecutivos


por um determinado ponto de sua janela, obtendo 10 s.
O estudante notou que, nesse intervalo de tempo, o velocí- Solução
metro do carro indicava 90 km/h. Qual foi a distância, em De Recife a Gravatá:
metro, que o estudante encontrou? Ds1 85
vRG 5 ⇒ 42,5 5 [ Dt1 5 2 h
Dt1 Dt1
Solução
Vamos, inicialmente, transformar a velocidade dada em De Gravatá a Caruaru:
km/h para m/s e, a seguir, aplicar a definição de velocida- Ds2 50
de escalar média. Observemos que, no intervalo de tempo vGC 5 ⇒ 50 5 [ Dt2 5 1 h
Dt2 Dt2
citado, o velocímetro indicava velocidade constante. Logo,
ela coincide com a velocidade média. De Recife a Caruaru:
km 90 m Ds Ds1 1 Ds2 85 1 50 135
90 5 5 25 m/s vm 5 5 5 5
h 3,6 s Dt Dt1 1 Dt2 211 3
Ds Ds
vm 5 ⇒ 25 5 [ Ds 5 250 m [ vm 5 45 km/h
Dt 10

Capítulo 2 t Introdução à Cinemática 29


Exercícios propostos

4. Viajando de Fortaleza a Sobral percorre-se 234 km. Um ônibus faz o percurso entre as duas cida-
des com velocidade escalar média de 58,5 km/h. Quanto tempo, em hora, demora a viagem? 4 h

ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL


OCEANO
ATLÂNTICO
CEARÁ
Sobral
Fortaleza

0 20 km

5. Na rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo, o limite de velocidade é de 90 km/h para ônibus e
caminhões. Um ônibus está viajando à velocidade limite. Num trecho reto e completamente
livre, o motorista resolve colocar no sistema de som do ônibus um CD, gastando para isso 2 s.
Qual é a distância que o ônibus percorre, em metro, nesse intervalo de tempo? 50 m

6. O espaço s de um móvel varia com o tempo t de acordo com a seguinte função horária:
t 5 0, s 5 10 m
s 5 10 1 5t 2 t2, para s em metro e t em segundo. Determine: para
para t 5 2 s, s 5 16 m
a) o espaço do móvel nos instantes 0; 2 s e 6 s; para t 5 6 s, s 5 4 m
b) a velocidade escalar média nos intervalos de tempo de 0 a 2 s e de 0 a 6 s.
de 0 a 2 s: vm 5 3 m/s de 0 a 6 s: vm 5 21 m/s

Suplemento
Aplicação tecnológica

Semáforos sincronizados

RICARDO SIWIEC
É muito provável que você já tenha trafegado por uma
rua ou avenida na qual os semáforos foram ajustados para
criar a chamada “onda verde”, quando os veículos trafegam
a certa velocidade média vm.
Para fazer esse ajuste, o engenheiro de tráfego precisa
conhecer apenas a distância entre dois semáforos consecu-
tivos, Ds. De posse desses dados, o engenheiro pode calcular
o intervalo de tempo Dt 5 D s
v entre o instante em que a luz
m

verde do primeiro semáforo se acende e o instante em que a


luz verde do seguinte deverá se acender. A velocidade média
usada no cálculo é a velocidade média com que qualquer veí-
culo que trafegue pela via deverá se deslocar para encontrar
sempre semáforos abertos.
Para esse sistema de tráfego, não importa como o(a)
motorista vai trafegar entre dois semáforos, se rapidamente
no início do trecho e depois mais lentamente, ou se ele(a) vai Essa avenida tem semáforos sincronizados. Um motorista dirigindo
manter uma velocidade constante no trecho todo, contanto a uma velocidade escalar média apropriada vai encontrar apenas
que trafegue com dada velocidade média vm. semáforos abertos.

30 Física – Nicolau t Torres t Penteado


6 Aceleração escalar No primeiro caso (fig. 8A), dizemos que o movimento
é progressivo; no segundo caso (fig. 8B), que o movimento é
Para ter ideia da rapidez com que a velocidade escalar retrógrado.
varia no decorrer do tempo, definimos uma grandeza Note que:
denominada aceleração escalar. Quando calculada num
determinado intervalo de tempo, temos a aceleração es- No movimento progressivo, o espaço do móvel cresce
calar média. Já a aceleração escalar num certo instante é com o decorrer do tempo e a velocidade escalar é positiva.
a aceleração escalar instantânea.

No movimento retrógrado, o espaço decresce com o de-


Aceleração escalar média am correr do tempo e a velocidade escalar é negativa.

A aceleração escalar média am num intervalo de tem-


po Dt é a relação entre a variação de velocidade escalar
Dv 5 v2 2 v1 e o correspondente intervalo de tempo
Dt 5 t2 2 t1: 8 Movimento acelerado
Dv e movimento retardado
am 5
Dt
Um carro está sendo acelerado e sua velocidade varia
conforme mostra a figura 9. Note que, na situação A, a
trajetória foi orientada no sentido do movimento e na si-
Aceleração escalar instantânea a
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

tuação B, em sentido contrário. Em ambos os casos, o valor


Pode-se entender a aceleração escalar num certo absoluto da velocidade escalar aumenta com o decorrer do
instante como uma aceleração escalar média para um tempo e o movimento é chamado acelerado.
intervalo de tempo Dt 5 t2 2 t1 muito pequeno, isto é, t2
e t1 muito próximos. A
130 km/h 160 km/h

Unidades de aceleração
A unidade de aceleração, média ou instantânea, é +
expressa em unidade de velocidade dividida por unidade
B
km/h km km/h
de tempo, como 5 2 ; s . No SI, a unidade de 230 km/h 260 km/h
h h
m/s m
aceleração é o metro por segundo por segundo: s 5 2
s
+
Figura 9. (A) Movimento progressivo e acelerado;
7 Movimento progressivo e (B) movimento retrógrado e acelerado.

movimento retrógrado Na figura 10, um carro está sendo freado. Orientan-


do a trajetória no sentido do movimento (situação A) ou
Uma pessoa caminha em uma rua (fig. 8). Na situação
em sentido contrário (situação B), o valor absoluto da
A, a pessoa se desloca no sentido em que a trajetória foi
velocidade escalar diminui com o decorrer do tempo e o
orientada; na situação B, ela se desloca em sentido con-
movimento é chamado retardado.
trário a essa trajetória.
A A

160 km/h 130 km/h

0 10 20 30 40 50 s (m) +
B B
260 km/h 230 km/h
ILUSTRAÇÕES: LUIZ RUBIO

0 10 20 30 40 50 s (m) +
Figura 8. (A) Movimento progressivo; Figura 10. (A) Movimento progressivo e
(B) movimento retrógrado. retardado; (B) movimento retrógrado e retardado.

Capítulo 2 t Introdução à Cinemática 31


Podemos então definir: 8. Três ciclistas deslocam-se numa pista dupla e suas veloci-
dades variam com o tempo conforme mostram as tabelas
abaixo.
Movimento acelerado: o valor absoluto da velocidade
escalar aumenta com o decorrer do tempo. Ciclista 1 Ciclista 2
t (s) v (m/s) t (s) v (m/s)
0 0 0 10
Movimento retardado: o valor absoluto da velocidade
escalar diminui com o decorrer do tempo. 2 4 2 8
4 6 4 6
No movimento acelerado, a velocidade escalar v e a 6 8 6 4
aceleração escalar a têm o mesmo sinal, isto é, v . 0 e 8 10 8 2
a . 0 ou v , 0 e a , 0.
No movimento retardado, a velocidade escalar v e a Ciclista 3
aceleração escalar a têm sinais contrários, isto é, v . 0 e
t (s) v (m/s)
a , 0 ou v , 0 e a . 0.
0 22
2 24
4 26
Exercícios resolvidos
6 28

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


7. O manual de instruções de um automóvel informa que 8 210
o veículo, partindo do repouso, atinge a velocidade de
96 km/h em 8,5 s.
Classificar o movimento de cada ciclista em progressivo
Qual é a aceleração escalar média do automóvel nesse ou retrógrado, acelerado ou retardado.
intervalo de tempo?
Solução
A resposta deve ser dada em m/s2. As velocidades dos ciclistas 1 e 2 são positivas. Logo, seus mo-
vimentos são progressivos. As velocidades do ciclista 3 são
Solução negativas. Seu movimento é retrógrado. Os valores absolutos
Para transformar 96 km/h em m/s, dividimos 96 por 3,6 e das velocidades dos ciclistas 1 e 3 aumentam com o decorrer
obtemos aproximadamente 26,7 m/s. do tempo. Assim, os movimentos desses ciclistas são acele-
rados. Os valores absolutos das velocidades do ciclista 2 dimi-
Dv
Como am 5 e Dt 5 8,5 s, temos: nuem com o decorrer do tempo. Seu movimento é retardado.
Dt
Desse modo, o movimento do ciclista 1 é progressivo ace-
26,7 m/s lerado, o do ciclista 2 é progressivo retardado e o do ciclista
am 5
8,5 s
⇒ am . 3,14 m/s2
3 é retrógrado acelerado.

Exercícios propostos

7. Uma revista especializada compara o desempenho de dois carros, um de passeio e outro de Fór-
mula 1, ao serem acelerados de zero a 100 km/h. Os correspondentes intervalos de tempo são,
respectivamente, 13,9 s e 3,2 s. Quantas vezes a aceleração escalar do carro de Fórmula 1 é maior
que a do carro de passeio? . 4,3 vezes

8. Os esquemas abaixo indicam as posições de uma bolinha de tênis que descreve uma trajetória
retilínea. A trajetória foi orientada no sentido do movimento em a e em sentido oposto em b.
Classifique o movimento da bolinha em cada situação, dizendo se é progressivo ou retrógrado e
se é acelerado ou retardado.
8. O movimento é acele-
a) t⫽0 t⫽1s t⫽2s t⫽3s rado nas duas situações;
no item a, o movimento
é progressivo e, no

LUIZ RUBIO

item b, o movimento é
retrógrado.
b) t⫽0 t⫽1s t⫽2s t⫽3s

9. A aceleração escalar de um móvel, num certo intervalo de tempo, é negativa. Sabendo que o
movimento é retardado, qual é o sinal da velocidade escalar nesse intervalo de tempo?
A velocidade escalar é positiva.

32 Física – Nicolau t Torres t Penteado


Exercícios de revisão

Ficha-resumo 1 a) Júlia Tomás

Os conceitos de movimento e de repouso de um corpo


são relativos, isto é, dependem de outro corpo tomado
como referencial.
Ponto material é um corpo cujas dimensões são despre-
zíveis, no estudo de determinado fenômeno. Quando
b) Júlia Tomás
se consideram suas dimensões, o corpo é denominado
extenso.

ILUSTRAÇÕES: LUIZ RUBIO


A forma da trajetória descrita por um ponto material
depende do referencial adotado.

1. (IJSO) Dois amigos, Carlos e Francisco, estão em seus carros x c) Júlia Tomás
parados num semáforo, um ao lado do outro. Quando o
farol fica verde, Francisco parte e Carlos, não percebendo
a abertura do sinal, pisa no freio, pois tem a impressão de
que seu carro está indo para trás. A respeito dessa situa-
ção, podemos afirmar que:
I. A sensação que Carlos teve decorreu do fato de ter
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

tomado o carro de Francisco como referencial.


d) Júlia Tomás
II. Em relação ao carro de Francisco, o carro de Carlos
se deslocou para trás, colidindo com outro carro que
estava atrás do seu, parado em relação ao semáforo.
III. Em relação ao semáforo o carro de Carlos não se movi-
mentou.
Analisando as afirmações concluímos que:
a) Somente a afirmação I é correta. Ficha-resumo 2
b) Somente as afirmações I e II são corretas.
Ds
x c) Somente as afirmações I e III são corretas. Velocidade escalar média vm: vm 5
d) Somente as afirmações II e III são corretas. Dt
e) Todas as afirmações são corretas. Velocidade escalar instantânea v: pode ser entendida
como uma velocidade escalar média para um intervalo
2. (Acafe-SC) Para responder a esta questão, use o seguinte de tempo Dt 5 t2 2 t1 muito pequeno, isto é, t2 e t1
código: muito próximos.
a) I, II e III estão corretas. Unidades de medida de velocidade: m/s; km/h
x b) I e III estão corretas.
Relação entre m/s e km/h: 1 m/s 5 3,6 km/h
c) I e II estão corretas.
d) somente I está correta.
4. (Cefet-AL) Há mais de 30 anos, astronautas das missões
e) somente III está correta.
Apollo colocaram espelhos na Lua – uma série de peque-
Dizemos que os conceitos de movimento e repouso são nos refletores que podem interceptar feixes de laser da
relativos, pois dependem do sistema de referência estabe- Terra e enviá-los de volta.
lecido. Com base nisso, podemos afirmar que: Numa determinada experiência, uma série de pulsos de
I. Um corpo parado em relação a um referencial pode laser foi disparada por um telescópio terrestre, cruzou o
estar em movimento em relação a outro referencial. espaço e atingiu os espelhos. Devido ao seu formato, os
II. Um livro colocado sobre uma mesa está em repouso espelhos devolveram os pulsos diretamente para o local
absoluto, pois, para qualquer referencial adotado, sua de onde vieram, permitindo medir a distância para a Lua
posição não varia com o tempo. com ótima precisão. Constatou-se que o tempo de ida e
volta foi de 2,56 s.
III. Em relação a um edifício, o elevador estacionado no
terceiro andar está em repouso, porém, em relação ao Sabendo-se que a velocidade de propagação dos pulsos
Sol, o mesmo elevador encontra-se em movimento. laser é de 3 ? 108 m/s, a distância Terra-Lua, de acordo com
a experiência citada, é de:
3. (UFMG) Júlia está andando de bicicleta, com velocidade
a) 9,42 ? 105 km
constante, quando deixa cair uma moeda. Tomás está
b) 7,68 ? 105 km
parado na rua e vê a moeda cair. Considere desprezível
a resistência do ar. Assinale a alternativa em que melhor c) 5,36 ? 105 km
x d) 3,84 ? 10 km
5
estão representadas as trajetórias da moeda, como obser-
vadas por Júlia e por Tomás. e) 1,17 ? 105 km

Capítulo 2 t Introdução à Cinemática 33


Exercícios de revisão

5. (Unesp) Os dois primeiros colocados de uma prova de Ficha-resumo 3


100 m rasos de um campeonato de atletismo foram, res-
pectivamente, os corredores A e B. O gráfico representa Dv
Aceleração escalar média am: am 5
as velocidades escalares desses dois corredores em fun- Dt
ção do tempo, desde o instante da largada (t 5 0) até os Aceleração escalar instantânea: pode ser entendida
instantes em que eles cruzaram a linha de chegada.
como uma aceleração escalar média para um intervalo
v (m/s) de tempo Dt 5 t2 2 t1 muito pequeno, isto é, t2 e t1
A
14 muito próximos.

12
Unidades de medida de aceleração: km/h2; km/h/s; m/s2

10 B
8. (Cesgranrio-RJ) Um fabricante de automóveis anuncia que
8 determinado modelo, partindo do repouso, atinge a veloci-
6 dade escalar de 80 km/h em 8 s. Isso supõe uma aceleração
escalar média próxima de:
4 a) 0,1 m/s2 c) 10 m/s2 e) 64 m/s2
2 2
2 x b) 3 m/s d) 23 m/s

9. Um menino abandona uma bolinha de borracha do segundo


0 2 4 6 8 10 12 14 t (s) andar de um prédio. Admitindo que a bolinha caia sob ação
exclusiva da gravidade, com aceleração de 10 m/s2, qual é a
Analisando as informações do gráfico, é correto afirmar

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


variação de velocidade da bolinha após 1 s de queda? Dê a
que, no instante em que o corredor A cruzou a linha de resposta em km/h. 36 km/h
chegada, faltava ainda, para o corredor B completar a pro-
va, uma distância, em metro, igual a:
Ficha-resumo 4
a) 5 b) 25 c) 15 x d) 20 e) 10
No movimento progressivo, o móvel caminha a favor da
6. (Unemat-MT) Um ônibus escolar deve partir de uma de- orientação positiva da trajetória. O espaço s do móvel
terminada cidade conduzindo estudantes para uma uni-
cresce com o decorrer do tempo e a velocidade escalar
versidade localizada em outra cidade, no período noturno.
Considere que o ônibus deverá chegar à universidade às é positiva (v . 0).
19 h, e a distância entre essas cidades é de 120 km, com No movimento retrógrado, o móvel caminha contra a
previsão de parada de 10 minutos num determinado local orientação positiva da trajetória. O espaço s decresce
situado a 70 km antes da cidade de destino. Se o ônibus
com o decorrer do tempo e a velocidade escalar é ne-
desenvolver uma velocidade escalar média de 100 km/h,
qual deve ser o horário de partida desse ônibus? gativa (v , 0).
a) 18 h c) 18 h 10 min e) 17 h 38 min No movimento acelerado, o valor absoluto da velocidade
x b) 17 h 48 min d) 17 h 58 min escalar aumenta com o decorrer do tempo.
7. (Fuvest-SP) Um passageiro, viajando de metrô, fez o re- No movimento retardado, o valor absoluto da veloci-
gistro de tempo entre duas estações e obteve os valores dade escalar diminui com o decorrer do tempo.
indicados na tabela. No movimento acelerado, a velocidade escalar v e a
aceleração escalar a têm o mesmo sinal; no movimento
Chegada Partida
retardado, os sinais são contrários.
Vila Maria 0:00 min 1:00 min
Felicidade 5:00 min 6:00 min
10. (UCG-GO) Se o movimento de uma partícula é retrógrado
e retardado, então a aceleração escalar da partícula é:
Supondo que a velocidade média entre duas estações a) nula. x d) positiva.
consecutivas seja sempre a mesma e que o trem pare o
b) constante. e) negativa.
mesmo tempo em qualquer estação da linha, de 15 km de
extensão, é possível estimar que um trem, desde a partida c) variável.
da estação Bosque até a chegada à estação Terminal, leva
11. Ao resolver um exercício de Cinemática, um aluno calcula
aproximadamente:
a aceleração escalar de um móvel e obtém, corretamente,
São José Terminal o valor a 5 25 m/s2. Ele conclui que o movimento é retar-
m dado. A conclusão do aluno está correta? Justifique.
2k
Central Felicidade 11. A conclusão do aluno está errada. Para afirmar se o movimento é acelerado ou
Arcoverde
Bosque retardado, deve-se conhecer o sinal da velocidade e da aceleração. Se a aceleração é
ILUSTRAÇÕES: LUIZ RUBIO

Vila Maria negativa e v < 0, então, o movimento é acelerado; se v > 0, o movimento é retardado.

a) 20 min x d) 35 min Mais questões em Vereda Digital Aprova Enem, em


b) 25 min e) 40 min
Vereda Digital Suplemento de revisão, em AprovaMax
(no site) e no livro digital.
c) 30 min

34 Física – Nicolau t Torres t Penteado

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