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Nossa história começa em no fim de uma tarde comum, sem absolutamente nada de

especial, em um pequeno vilarejo situado na costa ocidental do continente conhecido como


Ragnarok.

Ao lado desse vilarejo, havia uma montanha com uma bela vista da praia, onde um garoto
observar o sol se pôr por entre as nuvens de chuva que se moviam lentamente em sua
direção, carregadas por um vento com cheiro de maresia.

Ultimamente ele vinha repetindo esse ritual com bastante frequência, subindo a montanha
após completar suas obrigações diárias, sentado ali e observando o horizonte até a noite
cair, se sentia estranho, o que era de se esperar considerando que estava em uma idade
complicada.

Ele era velho demais para ser considerado criança e jovem demais para ser considerado
adulto, naquela região, pessoas nessa idade são chamados carinhosamente de pirralho,
especificamente em seu caso, pirralho encrenqueiro.

Não era incomum receber comunicado dos professores pedindo para comparecer na
escola, que ficava a alguns kilometros de distancia, no vilarejo vizinho. Ele não era o único,
com seu irmão de consideração, amigo desde nascença, tocavam o terror nos corações
fracos daqueles que tinham o infelicidade de compartilhar as manhãs de sol naquela prisão
chamado de escola.

Mudando a monotonia rotineira daquele lugar, vinha seguindo pela praia uma criatura
peculiar, de aparência bizarra correndo com o pôr do sol no horizonte, visivelmente em
pânico fugindo de um pequeno cachorro de rua em direção ao vilarejo. Era possível
distinguir entre os sons das ondas seus gritos histéricos e xingamentos.

O cachorro parecia apenas querer brincar.

Decidido em saber mais sobre o incomum forasteiro que acabava de chegar em seus
domínios, o pirralho começou a descer a montanha.

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