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Clavio J. Jacinto
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CONTOS:
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Sarõnica.
Havia uma praça em forma de cubo de cristal e refletia para o
oriente um prisma de cores muito vivas. A cidade estava vazia,
por intuição percebi que não havia ninguém na ilha.
As ruas de Sarõnica eram de um material desconhecido e
muito vermelho. Sai da cidade e fui até o pontal do norte, onde
havia um farol, uma torre e uma lâmpada em formato de
coração que emitia uma luz azul flamejante e muito intensa.
Tão magnífica era aquela ilha, oferecia uma majestosa
tranqüilidade, voltei para a cidade, logo percebi, que uma
espécie de névoa chegava a cidade, também um vento suave,
porém muito forte. Lembrei-me que o barquinho de papel
estava na praia, corri até lá e percebi que as águas agitadas
desmancharam meu barco e o papel se despedaçou.
Como poderia retornar à praia de onde parti? Como poderia
voltar ao meu mundo real? Calculei a distância e julguei quase
impossível retornar nadando. Sentei-me na praia, a névoa
cobria a ilha, mas de tal modo as partículas brilhavam, que as
noites eram bem iluminadas. A razão das névoas serem
brilhantes era a praça em forma de cubo que emitia aquele
prisma.
Eu precisava encontrar uma folha de papel, construir um novo
barco para voltar pra casa, resolvi voltar para Sarõnica, ali
talvez encontrasse o papel.
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Eu precisava de uma folha de papel para fazer um barquinho e
retornar para casa, mas aqueles livros não eram do material
que procurava.
Autor: C. J. Jacinto
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Flores sem Primavera
É uma norma de a vida acreditar ser muito difícil viver uma vida isolada.
Pois bem, a história que vou narrar é totalmente desprovida de algo
ordinário, digo assim pois se trata de uma estória peculiar, porém
anormal. Ela se dá num campo de altitudes, típico desses planaltos cujo
cume parece unir em matrimônio noturno flores e estrelas. E não seria
inédita a narrativa, se não estivesse desprovida de atitudes solenes,
como supor que o orvalho são lágrimas de flores solitárias.
A árvore mais nova tremia ao ouvir tantas coisas, mas se sentia feliz.
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E as pedras? Sim as pedras apenas viviam a vida nas alturas, eram quase
eternas, todas as noites olhavam imóveis para as estrelas e viviam fixas
como as estrelas que gostavam de contemplar.
A tristeza da solidão é a mais difícil de superar, então ser uma flor sem
abelhas, sem borboletas e sem beija-flores é um modo de ser limitado
pela inquietação das ausências, o silêncio da solidão tem todas as friezas
da tristeza, é algo extremamente doloroso, mas também é fértil.
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coração aberto. Muitas vezes os homens andam com os olhos abertos,
mas o coração permanece fechado para a verdade.
Autor: C. J. Jacinto
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POEMAS:
(Noite de Luz)
Eu caminho na noite
Olhando pra cima
As estrelas brilham em silêncio
Ouço ao longe os ruídos do mar
Grilos cantam na relva
A selva dos insetos
Entre montanhas adormecidas
As flores descansam em paz
Como se a escuridão fosse
O jazigo das cores da primavera
Esfrego os olhos
O sono entra na alma
O luar relampeja no orvalho
Uma fúria suave como núpcias
A praia do meus sonhos
Porto cômico de minhas sensações
Então adormeço nesse universo
Como uma estrela sem rumo
Agonizando no travesseiro
Em minha cama me lembrando
Daqueles tempos de infância
Onde ouvia papai e mamãe dizerem
"Deus te abençoe"
Depois de clamar inocente
Pelas bênçãos noturnas
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(Peregrino Solitário)
Vejo um homem
Ele passeia só
Por um século de escuridão
A era das sombras
E ele segue firme
Pois tem uma lâmpada acesa
A luz concede-lhe visão
É o Evangelho em fogo
Dentro do seu coração
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Grilhões
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Fim de tarde
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A lavanda na relva
Eu imagino se falassem
As flores mudas desse jardim
Leito vertebral das relvas
Aconchego de orvalho maltrapilho
Eu imagino se pensassem
As flores em áurea longitude
No visceral contorno das estações
Abrigo de meus olhares fixos
E se sonhasse imaginando
Lírios imaculados em perfumes
Sorrindo pela minha presença vaga
Beijaria o momento, é dádiva de Deus
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A lavanda na relva
Eu imagino se falassem
As flores mudas desse jardim
Leito vertebral das relvas
Aconchego de orvalho maltrapilho
Eu imagino se pensassem
As flores em áurea longitude
No visceral contorno das estações
Abrigo de meus olhares fixos
E se sonhasse imaginando
Lírios imaculados em perfumes
Sorrindo pela minha presença vaga
Beijaria o momento, é dádiva de Deus
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Pranto de nuvens
Sou viajante sem fardos vazios, cheio está meu coração de saudades e de
amor, pois ainda que tudo passe, não passa jamais a vontade de amar
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(Vereda Vital)
Seguir a vida
Ainda que tenhamos obstáculos
Seguir em frente
Mesmo sozinhos
Há sempre um rio de ânimo
A espera de quem prossegue
As flores sempre nos aplaudem
Os pássaros cantam pra nós
Eles só existem aos sensíveis
Seguir a vida
Mesmo diante das dificuldades
A indiferença alheia
Não deve parar nossa marcha
As estrelas nos seguem a noite
O sol nos acompanha de dia
Nunca estamos sós
Deus é nosso assistente
Seguir em frente
Não se conformar jamais
Com os que desejam ficar
Coragem fé e determinação
Resiliência, nossas virtudes
Escolher seguir em frente
É prova de que somos diferentes
A diferença é que somos livres
Livres para amar
Livres para crer
Livres para viver
Livres para escolher
Livres para prosseguir
Livres alcançar
O fim por onde partimos
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(Visão do Coração)
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(Áurea Redenção)
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(Cosmos)
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(Conflito)
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(Poetas)
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(Redenção Amarga)
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(Doce Redenção)
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(Sementeira)
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(VERBO)
Contemplar:
Seguir o caminho da essência
Visão íntima do coração
Puro
Transparente
Um olhar além do comum
Mergulho
Totalidade
Espelho da nossa sabedoria
Sensibilidade
Prudência
Oceano dos mistérios
Maravilhoso
Arrebatador
O esplendor do simples
No espaço e no tempo
Enigma
Transcendência
Deus em Cristo
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Firmeza
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O Clamor
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Que sigam firmes os passos de Cristo
PENSAMENTOS:
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Há um silencio de origem devocional, um convite a solitude para
que a alma germine mais a fé, é através desse silencio que
contemplamos verdades com mias transparência e o coração
torna-se mais produtivo
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que ele estabelece uma visão distorcida a respeito da natureza do
pecado.
Sobre sensibilidade
Sobre Bonança:
“A bondade quando não cultivada em tempo de grandes bonança nunca
floresce em tempos de grandes adversidades”
Sobre tranqüilidade:
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Sobre relativismo do mundo:
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capacidade de permanecer no centro da criação e manter-se perfeito e
seguro nessa centralidade cósmica.”
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Sobre cegueira espiritual
Sobre liberdade:
O que vimos hoje em nosso mundo? Pessoas sob uma forte influência de
estagnação mental. Há uma grande quantidade de pessoas em nossa
sociedade que sofreram uma desassociação da realidade no seu todo,
fixando o raciocínio em um foco do problema agindo de forma
completamente parcial para satisfazer apenas interesses pessoais.
Se um homem piedoso deseja fazer algo que agrade a Deus, deve fazer
em secreto, longe dos olhares dos homens. Não há qualquer
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compatibilidade entre a prática da caridade cristã e os aplausos dos
homens.
Sobre estupidez:
Sobre Lutas:
Sobre avivamento:
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“O avivamento não é outra coisa senão as virtudes de Cristo florescendo
no coração redimido. Isso não significa muito barulho. As arvores
produzem muitos frutos no mais profundo silencio.”
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de certa forma, é bem difícil permanecermos concentrados, pois os laços
dos pensamentos, de certa forma, são frouxos de modo a libertarem
nosso coração que sai vagueando pelos quatro cantos da terra, e com ele
vai a nossa atenção de ouvir com eficiência. Acredite! Grande parte das
pessoas vivencia esse fenômeno interno. A maioria não tem as virtudes
necessárias, para ouvir de forma correta, então precisa exercer a
disciplina, e com muita dedicação conseguirá alcançar um nível mais
elevada de concentração e então ouvirá de forma correta. O cristão
padrão é antes de tudo um homem pronto para ouvir (Tiago 1:18) ele
ouve a voz do Senhor (Apocalipse 3:20) e em seguida precisa ceder seu
próprio coração para a entrada de todos os absolutos da verdade. As
Escrituras adverte que alguns que foram negligentes no ouvir (Hebreus
5:11) então que o nosso “audire” seja real, fecundo e produtivo”
Sobre o Tempo
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que desfrutamos da presença de Deus, é no presente que agimos,
tomamos escolhas. É no presente que experimentamos verdadeiro
desfrute do tempo. Perceba que as declarações de Cristo estão inseridas
nesse agora que se eterniza em continuidade “Tem a vida eterna” (João
5:24) é a garantia aos que crêem em Cristo. “Na verdade, na verdade vos
digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna” (João 6:54) note que
nesse substantivo deverbal, Jesus deixa claro que a ação de ter é uma
realidade agora, o possuir alguma coisa (A vida eterna) é uma realidade
inserida no momento de desfrute do tempo presente. Assim importa
que tenhamos o discernimento de que viver uma vida completa, não é
viver muito tempo no futuro, mas viver todo o agora, e o futuro é a
matéria prima que Deus usa para fazer o constante agora, em que
estamos inseridos para viver em plenitude profunda, exercendo nosso
oficio, a missão pela qual fomos criados, com nossos dons e
capacitações, alcançando sempre esse objetivo realizando nossas metas
no imediato que se sucede, lidando sempre com essa abordagem
existencial. Nesse exato momento, estamos nesse presente, pois é o que
temos para viver. E um dia dentro dessa realidade vale mais do que
muitos anos fora dela.”
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