Você está na página 1de 17

Plantas Raras do Brasil

Plantas Raras do Brasil


Conservação Internacional (CI-Brasil)

Presidente
Roberto Brandão Cavalcanti

Vice-Presidente de Operações
Carlos Alberto Bouchardet

Diretores
Guilherme Fraga Dutra
Isabela Santos
Luiz Paulo Pinto
Patrícia Baião
Paulo Gustavo Prado
Ricardo Bomfim Machado

Universidade Estadual de Feira de Santana

Reitor
José Carlos Barreto de Santana

Diretor do Departamento de Ciências Biológicas


Carlos Costa Bichara Filho

Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Botânica


Luciano Paganucci de Queiroz
Conservação Internacional

Universidade Estadual de Feira de Santana

Plantas Raras do Brasil

Organizadores

Ana Maria Giulietti


Alessandro Rapini
Maria José Gomes de Andrade
Luciano Paganucci de Queiroz
José Maria Cardoso da Silva

Belo Horizonte, MG – 2009


Coordenação Editorial
Isabela de Lima Santos

Projeto Gráfico
Lúcia Nemer

Designer Assistente
Fábio de Assis

Fotografias da Capa
M.Trovó
A. Rapini
A. Chautems

Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Nina C. Mendonça CRB6/1288

P713 Plantas raras do Brasil / organizadores, Ana Maria Giulietti ... [et al.]. –
Belo Horizonte, MG : Conservação Internacional, 2009.
496 p. : il., fots. color., mapas; 26 cm.
Co-editora: Universidade Estadual de Feira de Santana.

Inclui referências.

ISBN: 978-85-98830-12-4.

1. Plantas raras – Brasil. 2. Diversidade biológica – Conservação. I. Conservação


­Internacional. II. Giulietti, Ana Maria.

CDU : 582
Orchidaceae ORCHIDACEAE
299

Cássio van den Berg, Fábio de Barros, Rodrigo B. Singer, Cecília O. Azevedo, Guy R. Chiron, Eric C.
Smidt, Wellington Forster, Leonardo P. Felix, Geórgia R. G. Figueirêdo & Silvana H. N. Monteiro

Plantas herbáceas, rizomatosas, geralmente epífitas ou rupícolas, raramente terres­tres.


Caule comumente engrossado em um pseudobulbo, ou alongado e cilíndrico. Folhas comumente espessadas. Inflorescên-
cia racemosa ou paniculada. Flores zigomorfas, com sépalas petalóides e uma das pétalas modificada e mais vistosa (labe-
lo); gineceu e androceu fundidos em uma coluna (ou ginostêmio); androceu geralmente com apenas 1 estame fértil, biteca
e com pólen agrupado em polínias; ovário tricarpelar, unilocular, com número elevadíssimo de óvulos. Fruto geralmente
cápsula, com sementes pulverulentas.

Orchidaceae possui distribuição cosmopolita, porém predominantemente tropical, com cerca de 800 gêneros e 25.000
espécies (Dresssler, 1993). No Brasil, ocorrem cerca de 2.650 espécies (cerca de 1.800 endêmicas, 72 delas raras) e 205
gêneros (cerca de 35 endêmicos; Giulietti et al., 2005). A riqueza de espécies de Orchidaceae no Brasil se concentra so-
bretudo na Mata Atlântica (>50%), e secundariamente nos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço.

Acianthera adiri (Brade) Pridgeon & Adamantinia miltonioides Van den Berg &
M.W.Chase C.N.Gonç.

Distribuição: PARANÁ: Curitiba (25º25’S, 49º15’W). Distribuição: BAHIA: Mucugê, Serra do Sincorá
Comentários: Epífita reptante, com cerca de 6 cm de al- (12º59’S, 41º25’W)
tura. Rizoma de 1 a 1,2 cm de comprimento, entre rami- Comentários: Epífita. Pseudobulbos ovóides a cilíndri-
caules; bainhas do rizoma e do ramicaule híspidas. Folhas cos, arroxeados, unifoliados (raramente bifoliados). In-
lanceoladas, de 2,5 a 3 cm de comprimento. Racemo suce- florescências longas, terminais aos pseudobulbos. Flores
dâneo, mais curto que a folha. Flores de 5 a 6 mm de com- róseas, produzidas sucessivamente. É a única espécie de
primento; sépalas laterais unidas entre si; labelo trilobado, um gênero recentemente descrito. Conhecida apenas
com os lobos laterais estreitamente oblongo-lineares, ci- pelo material-tipo, coletado na Chapada Diamantina, a
liados, e o central ovado, lacerado-ciliado. (Brade, 1946) cerca de 1.300 m s.n.m. (van den Berg & Gonçalves,
2004; van den Berg & Azevedo, 2005)

Acianthera murexoidea (Pabst) Pridgeon & Anathallis githaginea (Pabst & Garay) Pridgeon
M.W.Chase
& M.W.Chase
Distribuição: SANTA CATARINA: Palhoça (27º38’S,
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Rio de Janeiro, Serra
48º40’W); São José (27º38’S, 48º39’W).
da Carioca (22º56’S, 43º14’W).
Comentários: Epífita reptante, de 6 a 8 cm de altura. Comentários: Epífita cespitosa, de 5 a 7 cm de altura.
Rizoma de 2,5 a 3 cm compr, entre ramicaules; bainhas Bainhas do ramicaule hispídulas. Folhas lanceoladas, de 4
do ramicaule hispídulas. Folhas oblongas, de 3 a 4 cm a 6 cm de comprimento, longamente atenuadas na base.
de comprimento, atenuadas na base. Racemo geralmente Inflorescências, em Racemos sucedâneos, 2 ou 3 por fo-
mais curto que a folha. Flores com cerca de 5,5 mm de lha, densamente multifloros, mais curtos que as folhas.
comprimento; sépalas laterais unidas entre si até cerca da Flores com cerca de 3 mm de comprimento; sépalas late-
metade; labelo ungüiculado, trilobado, com os lobos la- rais livres entre si; labelo da corola com âmbito oblongo,
terais estreito-triangulares e o central sagitado, setáceo- subtrilobado, bipaelolada na base, região central ciliolada
piloso na margem e adaxialmente. Conhecida apenas por e a distal papilosa. Conhecida apenas pelo material-tipo,
duas coletas. (Pabst, 1956) coletado na Mata Atlântica. (Pabst, 1956)
300 Orchidaceae

Anathallis guarujaensis (Hoehne) F.Barros Anathallis pubipetala (Hoehne) Pridgeon &


M.W.Chase
Distribuição: SÃO PAULO: Santos, Ilha de Santo Ama-
ro (23º57’S, 46º14’W). Distribuição: RIO DE JANEIRO: Petrópolis (22º30’S,
Comentários: Epífita cespitosa, com cerca de 3 cm de 43º11’W).
altura. Folhas crassas, obovadas, longamente atenuadas Comentários: Epífita cespitosa, com até 15 cm de al-
na base. Inflorescência uniflora, mais curta que a folha. tura. Ramicaule com cerca de 1 cm de comprimento.
Flores com cerca de 6 mm de comprimento, amarelo- Folhas estreitamente oblongo-obovadas, atenuadas na
esvededadas; sépalas laterais livres; labelo da corola tri- base, de 7 a 9 cm de comprimento. Inflorescência em
lobado, com âmbito oblongo e região basal pubescente. racemo, do mesmo comprimento ou pouco mais alta que
Coletada na Mata Atlântica, em local atualmente urbani- as folhas. Flores creme-amareladas; sépalas laterais livres;
zado; não conta com coletas recentes. (Hoehne, 1938) pétalas pubérulas, quase tão longas quanto as sépalas, o
labelo simples, elíptico. Ocorre em floresta ombrófila.
(Hoehne, 1930)
Anathallis jordanensis (Hoehne) F.Barros
Distribuição: SÃO PAULO: Campos do Jordão Anathallis spannageliana (Hoehne) Pridgeon &
(22º44’S, 45º35’W). M.W.Chase
Comentários: Epífita cespitosa, com até 5 cm de altura.
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Petrópolis (22º30’S,
Folhas linear-subespatuladas, longamente atenuadas na
43º11’W).
base. Racemo com floração seqüencial, mais curto que
Comentários: Epífita cespitosa, de 5 a 6 cm de altura.
as folhas. Flores com cerca de 4 mm de comprimento; Folhas oblongo-lanceoladas, de 3,5 a 4 cm de compri-
sépalas laterais livres; pétalas ciliolada, o labelo curta- mento, atenuadas na base. Flores fasciculadas na axila das
mente ungüiculado, subpandurado, mais largo na metade folhas, com cerca de 5 mm de comprimento, amarela-
proximal, ciliado. Ocorre em florestas. (Hoehne, 1929) das; sépalas laterais livres entre si; pétalas pubescentes,
ciliadas, o labelo inteiro, oblongo-elíptico. Lembra uma
Anathallis kautskyi (Pabst) Pridgeon & pequena Octomeria devido às flores amareladas e fascicu-
ladas. Ocorre em floresta ombrófila. (Hoehne, 1930)
M.W.Chase

Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Domingos Martins


(20º22’S, 40º40’W).
Baptistonia damacenoi Chiron & V.P.Castro
Comentários: Epífita cespitosa, com até 6 cm de altura. Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Domingos Martins
Inflorescência fractiflexa. Flores vinosas; sépalas laterais (20º21’S, 40º39’W).
livres; pétalas hispídulas, cilioladas, o labelo com base Comentários: Epífita com até 30 cm de altura. Pseu-
curtamente ungüiculada e bipaleolada e lâmina elíptica, dobulbos fusiformes, alongados, uni- ou bifoliados. In-
móvel. (Pabst, 1973a) florescência muito longa, paniculada. Flores com cerca
de 1,5 cm de diâmetro, amarelas com manchas castanhas
Anathallis paranapiacabensis (Hoehne) F.Barros nas tépalas. (Chiron & Castro Neto, 2004a,b)

Distribuição: SÃO PAULO: Paranapiacaba, Serra de


Paranapiacaba (23º47’S, 46º19’W).
Baptistonia kautskyi (Pabst) V.P.Castro & Chiron
Comentários: Epífita cespitosa, de 3 a 4 cm de altura. Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Domingos Martins
Folhas elíptico-obovadas, longamente atenuadas na base. (20º18’S, 40º38’W)
Racemo com floração seqüencial. Flores com cerca de 4 Comentários: Epífita com até 15 cm de altura. Pseudo-
mm de comprimento; sépalas laterais livres; pétalas ci- bulbos fusiformes, alongados, unifoliados. Inflorescência
lioladas, claviforme-espessadas no ápice, o labelo subtri- pendente, longa, paniculada. Flores com cerca de 1 cm
lobado, ciliado, claviforme-espessado no ápice. Ocorre de diâmetro, numerosas, amarelo-claras com listras la-
na Mata Atlântica. (Hoehne, 1938) ranja. (Chiron & Castro Neto, 2004a, 2005)
Orchidaceae 301

Baptistonia leinigii (Pabst) V.P.Castro & Chiron rescência longa, paniculada. Flores com cerca de 2 cm
de diâmetro, castanhas, com base amarela e coluna alva.
Distribuição: PARANÁ: Ortigueira, Serra do Mulato (Chiron & Castro Neto, 2004a, 2006)
(23º59’S, 51º06’W)
Comentários: Epífita com até 30 cm de altura. Pseudo-
bulbos fusiformes, alongados, bifoliados. Inflorescência Barbosella macaheensis (Cogn.) Luer
longa. Flores com cerca de 3 cm de diâmetro, numero-
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Nova Friburgo, Alto
sas, amarelas ou amarelo-esverdeadas com manchas cas-
Macaé (22º23’S, 41º47’W).
tanhas. (Chiron & Castro Neto, 2004a, 2006)
Comentários: Epífita reptante, pequena. Rizoma de 2
a 4 mm entre ramicaules. Folhas elíptico-obovadas, de
Baptistonia pabstii (Campacci & C.Espejo) 1,5 a 2,5 cm de comprimento e de 3 a 4 mm de largura.
V.P.Castro & Chiron Flores membranáceas, com cerca de 6,5 mm de com-
primento, solitárias em um pedúnculo de 2,5 a 3,5 cm
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Casimiro de Abreu,
de comprimento; labelo inteiro, obovado-panduriforme.
Serra dos Orgãos (22º25’S, 42º14’W).
Conhecida apenas pelo material-tipo, coletado por Gla-
Comentários: Epífita com até 25 cm de altura. Pseudo-
ziou, no final do séc. 19. (Cogniaux, 1907; Luer, 2000a)
bulbos fusiformes, alongados, bifoliados. Inflorescência
longa, paniculada. Flores com cerca de 1,5 cm de diâme-
tro, numerosas, castanhas com manchas amarelas. (Chi- Barbosella spiritu-sanctensis (Pabst) F.Barros &
ron & Castro Neto, 2004a, 2006) Toscano

Baptistonia pulchella (Regel) Chiron & Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Domingos Martins,
Pedra Azul (20º19’S, 40º37’W).
V.P.Castro
Comentários: Epífita reptante de pequeno porte. Ri-
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Nova Friburgo, Serra zoma de 1 a 4 mm de comprimento entre ramicaules.
dos Órgãos (22º20’S, 42º20’W). Folhas prostradas, elípticas a suborbiculares, de 3 a 4
Comentários: Epífita com até 10 cm de altura. Pseudo- mm de comprimento e de 2 a 4 mm de largura. Flores
bulbos fusiformes, alongados, unifoliados. Inflorescência membranáceas, com cerca de 6,5 mm de comprimento,
pendente, curta. Flores com cerca de 1,5 cm de diâme- solitárias sobre um pedúnculo de 1,5 a 1,8 cm de com-
tro, alvas com manchas púrpura. (Chiron & Castro Neto, primento; labelo trilobado, com âmbito ovado. Ocorre
2004a, 2006)
em florestas. (Pabst, 1975; Luer, 2000a)

Baptistonia uhlii Chiron & V.P.Castro Brasiliorchis kautskyi (Pabst) R.B.Singer, S.


Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Domingos Martins, Koehler & Carnevali
Pedra do Tamanco (20º21’S, 40º39’W).
Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Domingos Martins
Comentários: Epífita com até 10 cm de altura. Pseu-
dobulbos ovóides, alongados, unifoliados. Inflorescência (20º21’S, 40º39’W).
pendente, curta. Flores com cerca de 1 cm de diâmetro, Comentários: Epífita. Pseudobulbos cônicos, bifolia-
amarelas com estrias vermelhas. (Chiron & Castro Neto, dos; folhas aciculares. Flores amarelo-creme com man-
2004a, 2006) chas arroxeadas, solitárias, lateralmente aos pseudobul-
bos. (Singer et al, 2007)

Baptistonia velteniana V.P.Castro & Chiron


B rasiliorchis schunkeana (Campacci & Kautskyi)
Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Domingos Martins R.B.Singer, S.Koehler & Carnevali
(20º21’S, 40º39’W).
Comentários: Epífita com até 25 cm de altura. Pseudo- Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Santa Leopoldina
bulbos fusiformes, alongados, uni- ou bifoliados. Inflo- (20º03’S, 40º32’W).
302 Orchidaceae

Comentários: Epífita. Pseudobulbos cônicos, bifolia-


dos. Flores vináceas, com labelo um pouco mais brilhan-
C attleya marcaliana (Campacci & Chiron) Van
den Berg
te, solitárias, lateralmente aos pseudobulbos. Conhecida
apenas por uma população, mas tem se tornado relativa- Distribuição: BAHIA: Buerarema (14º59’S, 39º17’W).
mente comum em cultivo. (Singer et al., 2007) Comentários: Epífita. Pseudobulbos longos e finos,
com uma única folha plana, lanceolada. Inflorescência
Cattleya acuensis (Fowlie) Van den Berg com 1 ou 2 flores nascidas de uma espata. Flores com
pétalas e sépalas estreitas e laranja, o labelo muito estrei-
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Petrópolis, Pico do to e mais claro, amarelo ou laranja. Conhecida apenas
Açu (22º28’S, 43º08’W). pelo material-tipo, coletado no Sul da Bahia. (Campacci
Comentários: Epífita pequena. Pseudobulbos ovóide- & Chiron, 2002; van den Berg & Chase, 2005)
cilíndricos, com uma folha crassa. Flores vermelho-vivas.
Ocorre sobre pequenos arbustos, próximo ao topo do
Pico do Açu. (Fowlie, 1975)
C attleya pendula (R.C.Mota, P.L.Viana &
K.G.Lacerda) Van den Berg

Cattleya alaorii (Brieger & Bicalho)Van den Berg Distribuição: MINAS GERAIS: Conceição do Mato
Dentro, Parque Estadual de Cachoeira do Campo
Distribuição: BAHIA: Arataca (15º15’S, 39º24’W); (19º04’S, 43º34’W).
Buerarema (14º57’S, 39º18’W); Santa Luzia (15º26’S, Comentários: Rupícola pequena. Pseudobulbos ovói-
39º20’W). des, com uma única folha crassa. Inflorescência 1- ou
Comentários: Epífita de pequeno porte. Pseudobulbos 2-flora, com escapo pendente. Flores com sépalas e pé-
pequenos, cilíndricos, com uma única folha. Flores rosa- talas róseas, o labelo destacadamente mais claro. Ocorre
claras a salmão, com labelo muito carnoso (diferente do em paredões rochosos extremamente úmidos, nas proxi-
restante do gênero), sem espata, geralmente solitárias, midades da Cachoeira do Tabuleiro. (Mota et al., 2004;
raramente 2. Ocorre em florestas nebulares, entre 700 e van den Berg & Chase, 2005)
900 m s.n.m., no complexo de Serras da Arataca. (Brie-
ger & Bicalho, 1976; van den Berg & Chase, 2000)
Cattleya pfisteri (Pabst & Senghas)Van den Berg
Cattleya brevipedunculata (Fowlie) Van den Berg Distribuição: BAHIA: Barra da Estiva, Morro do Ouro
(13º42’S, 41º18’W); Palmeiras, Cachoeira da Fumaça
Distribuição: MINAS GERAIS: Santana do Riacho, Ser- (12º36’S, 41º27’W).
ra do Cipó (19º17’S, 43º34’W). Comentários: Ocorre em campos gerais e campos ru-
Comentários: Epífita pequena, exclusivamente sobre pestres com afloramento rochoso, entre 1.100 e 1.300
velózias. Pseudobulbos pequenos, ovóide-esféricos, com m s.n.m., na Chapada Diamantina. Encontrada com
uma pequena folha crassa. Flores vermelho-escuras, 1 ou flores em outubro e novembro. (van den Berg & Chase,
2 por inflorescência. (Fowlie, 1972, 1987) 2000; van den Berg & Azevedo, 2005)

Cattleya dormaniana (Rchb.f.) Rchb.f. C attleya praestans (Linden & Rchb.f.) Van den
Berg
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Nova Friburgo
(22º25’S, 42º21’W); Silva Jardim (22º39’S, 42º22’W). Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Santa Leopoldina
Comentários: Epífita de 25 a 30 cm de altura. Pseudo- (20º06’S, 40º31’W).
bulbos cilíndricos, bifoliolados. Flores nascendo no ápice Comentários: Epífita pequena. Pseudobulbos cilíndri-
dos pseudobulbos, dentro de uma espata estreita; pétalas cos, com uma única folha. Inflorescência sem espata, 1-
verde-oliva a marrom-oliva, o labelo magenta. Crescem ou 2-flora. Flores com sépalas e pétalas rosa-claras, o la-
em um único forófito, nos paredões rochosos da Serra belo mais escuro. Ocorre em florestas úmidas. (Bicalho,
dos Órgãos. (Fowlie, 1977; van den Berg, inéd.) 1976; van den Berg & Chase, 2000)
Orchidaceae 303

Cattleya sincorana (Schltr.) Van den Berg tamente caudadas, pubescentes internamente, e pétalas
oblongas, pubérulas, com um lóbulo voltado para baixo
Distribuição: BAHIA: Palmeiras (12º27’S, 41º28’W); Mu- próximo ao ápice. (Pabst, 1973a; Luer, 2000b)
cugê (12º59’S, 41º25’W); Ibicoara, (13º24’S, 41º17’W).
Comentários: Epífita sobre velózia ou rupícola, verdes
ou tingidas de púrpura. Pseudobulbos subovóides a esfé-
Dryadella gomes-ferreirae (Pabst) Luer
ricos, com uma única folha. Inflorescência terminal, sem Distribuição: PERNAMBUCO: localidade não indicada.
espata, 1- ou 2-flora. Flores róseas, com o labelo mais Comentários: Epífita cespitosa, de 3,5 a 4 cm de altu-
escuro. Ocorre nos campos rupestres da porção sul da ra, uma das menores do gênero. Inflorescência uniflora,
Serra do Sincorá, incluindo o Parque Nacional da Cha- sobre pedúnculo de 1 a 2 mm de comprimento. Flores
pada Diamantina, a cerca de 1.100 m s.n.m. Encontrada avermelhadas; sépalas curto-caudadas; labelo longamen-
com flores em novembro. (van den Berg & Chase. 2000; te ungüiculado. Conhecida apenas pelo material-tipo.
van den Berg & Azevedo, 2005) (Pabst, 1975; Luer, 2000b)

Codonorchis canisioi Mansf. Dryadella susanae (Pabst) Luer


Distribuição: RIO GRANDE DO SUL: Sapucaia do Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Conceição do Caste-
Sul, Morro Sapucaia (29º49’S, 51º09’W). lo (20º22’S, 41º15’W).
Comentários: Planta terrestre, com poucas raízes fila- Comentários: Epífita cespitosa, minúscula, de 3,5 a 7
mentosas e um reduzido número de túberas carnosas e mm de altura. Folhas espessas, carnosas, reclinadas sobre
globosas. Caule delgado, portando um verticilo de folhas o substrato. Flores com sépalas curtamente acuminadas e
reduzidas no terço inferior. Flor solitária e relativamante espessadas no ápice, solitárias sobre um pedúnculo de cer-
grande, em inflorescência terminal; labelo glanduloso-pa- ca de 1 mm de comprimento. (Pabst, 1976a; Luer, 2000b)
piloso. Conhecida apenas pelo material-tipo. A única outra
espécie do gênero, C. lessonii (Brogn.) Lindl., é nativa da Pa-
tagônia argentino-chilena. (Mansfeld, 1936; Rambo, 1994) Epidendrum pernambucense Cogn.
Distribuição: PERNAMBUCO: localidade não indicada.
Dryadella crenulata (Pabst) Luer Comentários: Folhas dísticas. Inflorescência curta em re-
lação às folhas. Flores pequenas, de labelo profundamente
Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Domingos Martins
trilobado. Conhecida apenas pelo material-tipo. (Cogniaux,
(20º22’S, 40º40’W).
1906; Pabst & Dungs, 1975; Felix & Carvalho, 2002)
Comentários: Epífita cespitosa, de 4 a 9,5 cm de altura.
Folhas estreitamente elíptico-obovadas, de 4 a 9 cm de
comprimento e 6 a 8 mm de largura, longamente ate- Grobya cipoensis F.Barros & Lourenço
nuadas na base. Flores caracteristicamente com sépalas
longo-caudadas no ápice e labelo crenulado, isoladas Distribuição: MINAS GERAIS: Santana do Riacho, Ser-
em um pedúnculo de 2 a 3 cm de comprimento. (Pabst, ra do Cipó (19º17’S, 43º34’W)
1976a; Luer, 2000b) Comentários: Epífita sobre Vellozia gigantea N.L.Menezes
& Mello-Silva. Pseudobulbos ovóide-esféricos, com 3 ou
4 folhas apicais. Inflorescência basal, com 2 a 5 flores. Pé-
Dryadella espirito-santensis (Pabst) Luer talas amarelas pintalgadas de marrom, o labelo amarelo,
Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Domingos Martins, mais claro, trilobado. (Barros & Lourenço, 2004)
Pedra Azul (20º20’S, 40º37’W)
Comentários: Epífita cespitosa, de 8 a 12,5 cm de al- Habenaria itacolumia Garay
tura. Folhas linear-lanceoladas, de 7 a 11 cm de com-
primento e 6 a 8 mm de largura, longamente atenuadas Distribuição: MINAS GERAIS: Ouro Preto, Pico do
na base. Inflorescência uniflora. Flores com sépalas cur- Itacolomi (20º25’S, 43º31’W).
304 Orchidaceae

Comentários: Erva terrestre, com cerca de 30 cm de al-


tura. Folhas linear-lanceoladas, terminando em um esca-
Miltonia kayasimae Pabst
po com 3 a 6 flores. Flores com cerca de 1 cm de compr., Distribuição: SÃO PAULO: Salesópolis (23º35’S,
verdes, sem esporão; com pétalas inteiras, o labelo trilo- 45º49’W).
bado apenas na extremidade. Ocorre em campo limpo. Comentários: Epífita. Pseudobulbos alongados, bifolia-
(Batista et al., 2004; Garay, 1951; Hoehne, 1936) dos. Flores amarelas tingidas de marrom, o labelo alvo,
com 2 calos róseos na base, em uma inflorescência longa.
Habenaria meeana Toscano Conhecida apenas pelo material-tipo e ocasionalmente
por plantas em cultivo. (Pabst, 1976b)
Distribuição: BAHIA: Lençóis, Serra da Chapadinha
(12º27’S, 41º25’W); Mucugê, Serra do Sincorá (12º58’S,
41º28’W); Rio de Contas, Pico das Almas (13º32’S,
Myoxanthus seidelii (Pabst) Luer
41º55’W). Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Marechal Floriano
Comentários: Erva terrestre, delicada, de 15 a 30 cm (20º25’S, 40º40’W).
de altura, verde. Folhas lineares a lanceoladas, terminan- Comentários: Epífita cespitosa, chegando a 45 cm de
do em inflorescência laxa, geralmente pauciflora. Flores altura. Ramicaule coberto por bainhas híspidas. Flores
pequenas; sépalas reflexas; pétalas bipartidas, o labelo fasciculadas, na axila da folha, com cerca de 2 cm de di-
tripartido. Ocorre nos campos rupestres da Chapada âmetro, 1 ou 2 abertas por vez; sépalas pubescentes in-
Diamantina. (Toscano de Brito, 1995) ternamente; pétalas revolutas nas margens, espessadas no
ápice, o labelo espesso, revoluto nas margens, espessado
no ápice, verrucoso. (Pabst, 1975; Luer, 2000c)
Habenaria pseudohamata Toscano
Distribuição: BAHIA: Abaíra, Campo de Ouro Fino Notylia sylvestris Smith & Harris
(13º20’S, 41º47’W); Rio de Contas (13º29’S, 41º51’W).
Comentários: Erva bastante robusta. Folhas espirala- Distribuição: CEARÁ: Guaramiranga (04º16’S, 38º57’W).
das. Flores verdes; labelo tripartido, em inflorescência Comentários: Epífita. Flores verde-amareladas. Ocorre
multiflora. Ocorre em brejo e sobre solo arenoso entre em brejo de altitude. (Pabst & Dungs, 1977)
rochas, com vegetação arbórea, na porção sudoeste da
Chapada Diamantina, entre 1.400 e 1.700 m s.n.m. En-
contrada com flores em fevereiro e março. (Toscano de Octomeria itatiaiae Brade & Pabst
Brito, 1995; Toscano de Brito & Queiroz, 2003) Distribuição: RIO DE JANEIRO: Itatiaia (22º30’S,
44º34’W).
Leptotes vellozicola Van den Berg, E.C.Smidt & Comentários: Epífita cespitosa, com cerca de 4 cm de
Marçal altura quando florida. Folhas oblongo-elípticas, de 1 a 1,3
cm de comprimento. Inflorescência uniflora, mais alta
Distribuição: BAHIA: Ibicoara, Serra do Sincorá que as folhas. Flores relativamente grandes, com cerca
(13º18’S, 41º16’W). de 2 cm de diâmetro; sépalas e pétalas longamente acu-
Comentários: Epífita diminuta sobre velózia. Caule minadas, o labelo obscuramente trilobado, com lobos la-
inaparente. Folhas roliças, com cerca de 2 cm de com- terais serreados e o central serrilhado. Conhecida apenas
primento. Flores alvas, com um pequeno calo amarelo pelo material-tipo, coletado em floresta de transição para
e uma mácula rosa no labelo. (van den Berg et al., 2006) campo de altitude. (Brade & Pabst, 1966; Forster, inéd.)

Masdevallia gomes-ferreirae Pabst Octomeria minuta Cogn.


Distribuição: PERNAMBUCO: localidade não indicada. Distribuição: RIO DE JANEIRO: Rio de Janeiro
Comentários: Conhecida apenas pelo material-tipo, co- (22º54’S, 43º14’W).
letado na Zona da Mata. (Pabst & Dungs, 1975; Felix & Comentários: Epífita cespitosa, com cerca de 2,5 cm de
Carvalho, 2002) altura. Folhas ovado-elípticas, de 1,5 a 2 cm de compri-
Orchidaceae 305

mento. Fascículo, 1- ou 2-flora. Flores com cerca de 6 Comentários: Rupícola grande. Pseudobulbos ovóides.
mm de diâmetro; sépalas e pétalas com ápice acuminado, Inflorescências terminais multifloras. Flores verde-ama-
as sépalas laterais coalescentes entre si até próximo ao reladas, sobre um tubo em forma de um cartucho for-
ápice, o labelo trilobado, com lobos laterais semicircu- mado pelo pecíolo, no ápice do pseudobulbo. (Ruschi,
lares e o central elíptico-oblongo ligeiramente ondula- 1946; Barros, 1994)
do. Conhecida apenas pelo material-tipo, ilustrado por
Barbosa-Rodrigues sob o binômio Octomeria pusilla Barb.
Rodr. (Sprunger, 1996; não Octomeria pusilla Lindl.).
Pseudolaelia maquijensis M.Frey
Ocorre provavelmente em floresta ombrófila. (Barbosa- Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Baixo Guandu
Rodrigues, 1882; Sprunger, 1996; Forster, inéd.) (19º29’S, 40º38’W); Colatina (19º32’S, 40º37’W).
Comentários: Rupícola relativamente pequena. Pseu-
Octomeria multiflora Barb.Rodr. dobulbos ovóides, com várias folhas terminais. Inflo-
rescências longas, multifloras. Flores verde-amareladas,
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Rio de Janeiro, Serra amarelo mais intenso no labelo. Ocorre sobre rocha ex-
de Santana (22º30’S, 42º35’W). posta, em uma área de cerca de 1 ha. (Frey, 2005b)
Comentários: Epífita cespitosa, com cerca de 19 cm de
altura. Folhas linear-lanceoladas, com cerca de 8,5 cm de
comprimento. Fascículo com 6 ou mais flores simultâneas.
Pseudolaelia pavopolitana M.Frey
Flores com cerca de 6 mm de diâmetro; sépalas e pétalas Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Vila Pavão (18º39’S,
com ápice acuminado, o labelo trilobado, com lobos late- 40º33’W)
rais semicirculares e o central com âmbito ovado, trunca- Comentários: Rupícola. Pseudobulbos ovóides, com vá-
do e apiculado no ápice, tenuemente crenado. Conhecida rias folhas terminais. Inflorescências longas, multifloras,
apenas pelo material-tipo, ilustrado por Barbosa-Rodri- com floração sucessiva. Flores verde-amareladas, com o
gues (1882; reproduzida em Sprunger, 1996). Ocorre labelo avermelhado na margem. Ocorre em penhascos
provavelmente em floresta ombrófila. (Forster, inéd.) de rocha exposta, em apenas dois locais, a menos de 5 km
de distância e restrita a uma área diminuta em cada um
Phymatidium geiselii Ruschi deles. (Frey, 2005a)

Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Ibitirama, Pico do


Caparaó (20º26’S, 41º48’W).
Sarcoglottis riocontensis E.C.Smidt & Toscano
Comentários: Epífita de galhos finos, flabeliforme, com Distribuição: BAHIA: Rio de Contas (12º34’S, 41º48’W).
cerca de 3,5 cm de altura. Flores de 7 a 8 mm de diâmetro, Comentários: Erva terrestre. Folhas basais rosuladas,
alvas com pé-de-coluna verde. (Toscano de Brito, inéd.) variegadas. Flores castanhas. (Smidt & Toscano de Brito,
2004; Smidt, inéd.)
Phymatidium limae Porto & Brade
Specklinia amaralii (Pabst) Luer
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Santa Maria Madale-
na (21º57’S, 42º00’W) Distribuição: SÃO PAULO: Botucatu (22º52’S,
Comentários: Epífita de galhos finos, flabeliforme, de 48º26’W).
1,5 a 3,5 cm de altura. Flores em inflorescências logo Comentários: Epífita cespitosa, com cerca de 13 cm de al-
acima das folhas, de 8 a 9 mm de diâmetro, branco-neve tura. Flores com labelo ciliado, em inflorescências subumbe-
diáfano. (Toscano de Brito, inéd.) ladas. Conhecida apenas pelo material-tipo. (Pabst, 1976b)

Pseudolaelia canaanensis (Ruschi) F.Barros Specklinia bacillaris (Pabst) Luer


Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Santa Teresa, Vale do Distribuição: PARANÁ: São José dos Pinhais, Vassouras
Canaã (19º55’S, 40º36’W). (25º31’S, 49º13’W).
306 Orchidaceae

Comentários: Epífita cespitosa, de 3,5 a 5,5 cm de altu- Comentários: Epífita reptante. Rizoma relativamen-
ra. Bainhas do ramicaule lepantiformes. Folhas oblongas, te longo, com cerca de 1 cm entre pseudobulbos; ra-
de 1,5 a 2 cm de comprimento. Inflorescência fractifle- micaule curto, de 4 a 5 mm de comprimento. Folhas
xa, mais longa que a folha. Flores com cerca de 5,5 cm linear-lanceoladas, de 1 a 1,5 cm de comprimento. In-
de comprimento; sépalas laterais coalescentes até cerca florescência fractiflexa. Flores com cerca de 5 mm de
de ¾ do comprimento; labelo linear, estreito, com base comprimento; labelo caracteristicamente subtrilobado,
ungüiculada. Conhecida apenas pelo material-tipo, cole-
oblongo, levemente convexo. Conhecida apenas pelo
tado em floresta Atlântica. (Pabst, 1956)
material-tipo, coletado na Mata Atlântica. (Pabst, 1975;
Pabst & Dungs, 1975)
Specklinia castellensis (Brade) Luer
Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Castelo (20º36’S, Specklinia heliconiscapa (Hoehne) Luer
41º12’W).
Comentários: Epífita cespitosa, de 4 a 6 cm de altura. Distribuição: SÃO PAULO: Campo Grande (23º58’S,
Bainhas do ramicaule infundibuladas, curtas. Folhas obo- 46º21’W).
vadas, de 2,5 a 3 cm de comprimento, longo-atenuadas Comentários: Epífita cespitosa, de 7 a 14 cm de altura.
na base. Inflorescência uniflora, mais curta que a folha. Bainhas híspidas. Folhas oblongo-lineares. Inflorescência
Flores de 1 a 1,3 cm de comprimento; sépalas laterais sucedânea, fractiflexa, muitas vezes aos pares ou trios na
coalescentes quase até o ápice; labelo de âmbito espatu- axila das folhas; brácteas hispídulas. Flores amareladas
lado, com duas carenas longitudinais, granulo-papiloso com riscos avermelhados, de 4 a 5 mm de comprimen-
na porção apical. Conhecida apenas pelo material-tipo, to; labelo com lobos laterais filiforme-falcados e lobo
coletado na Mata Atlântica. (Pabst, 1956) central denticulado na margem. Conhecida apenas pelo
material-tipo, coletado em 1916. (Hoehne, 1929)
Specklinia fluminensis (Pabst) Luer
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Nova Friburgo, Ma-
Specklinia leucosepala (Loefgr.) Luer
caé de Cima (22º16’S, 42º32’W). Distribuição: SÃO PAULO: Guaratinguetá (22o49’S,
Comentários: Epífita cespitosa, com cerca de 5 cm de 45o13’W).
altura. Folhas lineares. Inflorescência uniflora. Flores Comentários: Epífita cespitosa, com cerca de 4,5 cm de
com cerca de 3,5 mm de comprimento; sépalas laterais
altura. Folhas obovadas a elípticas. Inflorescência uniflo-
coalescentes; labelo obscuramente trilobado, reflexo,
ra, mais longa que a folha. Flores alvas, com cerca de 1
com lobos laterais pequenos e o central sub-retangular.
Ocorre em floresta ombrófila. (Pabst, 1973a) cm de comprimento; sépalas laterais coalescentes, com
mento basal desenvolvido; labelo inteiro, com âmbito
oblongo, um pouco alargado transversalmente na região
Specklinia garayi (Pabst) Luer central. Conhecida apenas pelo material-tipo, coletado
em floresta. (Löfgren, 1917)
Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Morro Forno Gran-
de (20º31’S, 41º06’W).
Comentários: Epífita cespitosa, de 4 a 6 cm de altura. Specklinia miniatolineolata (Hoehne) F.Barros
Folhas lineares, conduplicadas. Inflorescência fractiflexa.
Flores com cerca de 7 mm de comprimento, amarelas; Distribuição: SÃO PAULO: São Paulo, Parque do Esta-
sépalas laterais coalescentes; labelo oblongo a sub-retan- do (23º39’S, 46º37’W).
gular, largamente ungüiculado na base. Ocorre em flo- Comentários: Epífita cespitosa, com cerca de 2 cm de
resta ombrófila. (Pabst, 1973b) altura. Folhas estreitamente elíptico-obovadas, de 6 a 10
mm de comprimento, longamente atenuadas na base. Ra-
Specklinia gomes-ferreirae (Pabst) Luer cemo mais longo que as folhas, 1- a 3-floro. Flores ama-
relas com linhas vermelhas; sépalas laterais coalescentes;
Distribuição: PERNAMBUCO: Ipojuca (08º24’S, labelo subtrilobado, ligeiramente recurvado. Ocorre em
35º04’W). floresta pluvial atlântica. (Hoehne, 1938)
Orchidaceae 307

Specklinia ruschii (Hoehne) Luer Comentários: Epífita cespitosa, de 6 a 8 cm de altura.


Folhas elípticas a obovadas, com cerca de 3 cm de com-
Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Santa Teresa primento, longamente atenuadas na base. Racemo 2- a
(19º55’S, 40º36’W). 4-floro, mais longo que as folhas. Flores com cerca de
Comentários: Epífita cespitosa, de 5 a 8 cm de altura 7 mm de comprimento; pétalas com mais da metade do
(sem inflorescência). Ramicaule coberto por bainhas le- comprimento das sépalas, o labelo subpandurado quando
pantiformes. Folhas elíptico-lanceoladas, de 2 a 3,5 cm distendido, com a porção distal tenuemente serrulado-
de comprimento. Inflorescência fractiflexa, com 1 a 3 crenada. (Brade, 1943)
flores simultâneas, mais longa que a folha. Flores com
cerca de 1,7 cm de comprimento, carnosas; sépalas la-
terais coalescentes; labelo espatulado, subtruncado no Vanilla denticulata Pabst
ápice. Ocorre em floresta ombrófila. (Hoehne, 1939)
Distribuição: PERNAMBUCO: localidade não indicada.
Specklinia spathuliglossa (Hoehne) Luer Comentários: Conhecida apenas pelo material-tipo.
(Pabst & Dungs, 1975; Felix & Carvalho, 2002)
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Petrópolis (22º30’S,
43º11’W).
Comentários: Epífita cespitosa, de 7 a 8 cm de altura.
Veyretia sincorensis (Schltr.) Szlach.
Bainhas do ramicaule lepantiformes. Folhas estreito-obo- Distribuição: BAHIA: Abaíra, Serra do Barbado
vadas, de 3,5 a 5 cm de comprimento, longo-atenuadas
(13º18’S, 41º54’W); Lençóis, Serra da Chapadinha
na base. Racemo sucedâneo, mais curto que as folhas,
1- a 4-floro; brácteas infundibuliformes. Flores amarelo- (12º27’S, 41º25’W).
esverdeadas com máculas vermelhas, com cerca de 8 mm Comentários: Ervas terrestres. Folhas basais rosuladas,
de comprimento; sépalas laterais coalescentes entre si; lineares, pilosas. Flores alvas com nervuras verdes. Endê-
pétalas espatuladas truncadas no ápice, o labelo ovado, mica da Chapada Diamantina. (van den Berg & Azevedo,
longamente ungüiculado, recurvado. (Hoehne, 1938) 2005; Toscano de Brito & Smidt, 2005; Smidt, inéd.)

Specklinia susanensis (Hoehne) Luer Zygostates leptosepala Toscano & L.Kollman


Distribuição: SÃO PAULO: Suzano (23º32’S, 46º20’W). Distribuição: ESPÍRITO SANTO: SantaTeresa (19º55’S,
Comentários: Epífita cespitosa, de 7 a 12 cm de altura. 40º36’W).
Folhas linear-lanceoladas. Inflorescência fractiflexa. Flo- Comentários: Epífita sobre galhos finos, flabeliforme,
res com cerca de 8 mm de comprimento; pétalas espa- com cerca de 2 cm de altura. Pseudobulbos pequenos, na
tuladas, cilioladas, o labelo caracteristicamente suborbi- base das folhas. Inflorescências com cerca de 3 cm com-
cular, ungüiculado e pubescente. Conhecida apenas pelo
primento, 2 a 5-floras. Flores com cerca de 7 mm de
material-tipo. (Hoehne, 1938)
diâmetro, alvas com um calo verde no labelo. (Toscano
de Brito, inéd.)
Thelyschista ghillanyi (Pabst) Garay
Distribuição: BAHIA:Abaíra, Barra (13º18’S, 41º46’W); Zygostates cornigera (Cogn.) Toscano
Lençóis, Mucugêzinho (12º28’S, 41º26’W); Mucugê, Ser-
ra do Sincorá (13º01’S, 41º21’W). Distribuição: BAHIA: São José da Vitória (14º59’S,
Comentários: Ervas terrestres. Folhas basais rosuladas. 39º17’W).
Flores alvas. Endêmica da Chapada Diamantina. (Garay, Comentários: Epífita sobre galhos finos, flabeliforme,
1982; van den Berg & Azevedo, 2005; Smidt, inéd.) com cerca de 5 cm de altura. Pseudobulbos na base das
folhas. Inflorescências com até 20 cm de comprimento e
Trichosalpinx mathildae (Brade) Toscano & Luer 14 a 18 flores. Flores amareladas. Descrita apenas como
proveniente da Bahia (sem indicação da localidade),
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Nova Friburgo, Serra foi recentemente localizada na mata higrófila do sul da
dos Órgãos (22º16’S, 42º32’W). Bahia. (Toscano de Brito, inéd.)
308 Orchidaceae

Referências: Forster, W. Inéd. Estudo taxonômico das espécies com fo-


lhas planas a conduplicadas do gênero Octomeria R.Br.
Barbosa-Rodrigues, J. 1882. Genera et species orchidearum no- (Orchidaceae). Tese de doutorado, Universidade de São
varum. Rio de Janeiro,Typographia Nacional, vol. 2, 147p. Paulo, São Paulo, 2007.
Barros, F. 1994. Novas combinações, novas ocorrências e Fowlie, J.A. 1972. A contribution to a further clarification
notas sobre espécies pouco conhecidas, para as orquídeas of the genus Sophronitis, including the elevation to full
specific status of two previously described varieties. Or-
do Brasil. Acta Bot. Bras. 8: 11-17.
chid Dig. 36: 181-194.
Barros, F. & Lourenço, R.A. 2004. Synopsis of the Brazilian
Fowlie, J.A. 1975. With Ghyllany in Brazil, part 9. A new
orchid genus Grobya, with the description of two new
Sophronitis from Pico de Açu, Sophronitis acuensis. Orchid
species. Bot. J. Linnean Soc. 145: 119-127.
Dig. 39: 146-151.
Batista, J.A.N., Bianchetii, L.B., Nogueira, R.E., Pellizaro, Fowlie, J.A. 1977. The Brazilian bifoliate Cattleyas and their
K.F. & Ferreira, F.E. 2004. The genus Habenaria (Orchi- color varieties. Pomona, Azul Quinta Press, 132p.
daceae) in the Itacolomi State Park, Minas Gerais, Brazil.
Sitientibus, sér. Ci. Biol. 4: 25-36 Fowlie, J.A. 1987. A contribution to a monographic revision
of the genus Sophronitis Lindl. Orchid Dig. 51: 15-34.
Bicalho, H.D. 1976. Comentários e uma novidade para a
seção Hadrolaelia (Orchidaceae). Bradea 2: 107-110. Frey, M. 2005a. Pseudolaelia pavopolitana M.Frey (Orchida-
ceae), une nouvelle espèce de l’Espírito Santo, Brésil.
Brade, A.C. 1943. Orchidaceae novae brasilienses 6. Arq. Richardiana 5: 202-209.
Serviço Flor. 2: 1-12, tab. 1-9.
Frey, M. 2005b. Pseudolaelia maquijensis M.Frey, une nou-
Brade. A.C. 1946. Espécies novas da flora do Brasil. Rodri- velle espèce d’Orchidaceae de l’Espírito Santo, Brésil.
guésia 10: 41-46, tab. 1-7. Richardiana 5: 39-45.
Brade, A.C. & Pabst, G.F.J. 1966. Novitates herbarii hortus Garay, L.A. 1951. Notatio Orchidologica 1. Arch. Jard.
fluminensis – 3. Orquídea (Niterói) 28: 4-5. Bot. Rio de Janeiro 11: 51-60, tab. 1-2.
Brieger, F.G. & Bicalho, H.D. 1976. Uma Cattleya (Orchida- Garay, L. A. 1982. A generic revision of the Spiranthinae.
ceae) nova da Bahia. Bradea 2: 61-62. Bot. Mus. Leaf. Harvard Univ. 28: 277-425.
Campacci, M.A. & Chiron, G.R. 2002. Une nouvelle espèce Giulietti, A.M., Harley, R.M., Queiroz, L.P., Wanderley,
de Dungsia (Orchidaceae) du Brésil. Richardiana 2: 74-79. M.G. & van den Berg, C. 2005. Biodiversity and con-
servation of plants in Brazil. Conserv. Biol. 19: 632-639.
Chiron, G.R. & Castro Neto,V.P. 2004a. Contribution à la con-
naissance des orchidées du Brésil. 3 – Rétablissement du Hoehne, F.C. 1929. Contribuições para o conhecimento da flo-
genre Baptistonia Barbosa Rodrigues. Richardiana 4: 109-120. ra orchidológica brasílica. Arq. Inst. Biol. 2: 5-52, tab. 1-10.
Chiron, G.R. & Castro Neto,V.P. 2004b. Contribution à la con- Hoehne, F.C. 1930. Contribuições para o conhecimento da
naissance des orchidées du Brésil. 1 – Une nouvelle espèce flora orchidológica brasílica 2. Arq. Inst. Biol. 3: 287-
de Baptistonia de Espírito Santo. Richardiana 4: 121-132. 320, tab. 37-39.
Chiron, G.R. & Castro Neto, V.P. 2005. Révision du genre Hoehne, F.C. 1936. Itaculumia Hoehne. Bol. Mus. Nac. Rio
Baptistonia – 2. Richardiana 5(4): 169-193. de Janeiro 12: 79-80.
Hoehne, F.C. 1938. Cincoenta e uma novas espécies da flora
Chiron, G.R. & Castro Neto, V.P. 2006. Révision du genre
do Brasil e outras descrições e ilustrações. Arq. Bot. Est.
Baptistonia – 4. Richardiana 6: 1-30.
São Paulo, n.s. 1(1): 3-38, tab. 1-45.
Cogniaux, A. 1906. Orchidaceae. In C.F. Martius (ed.) Flo- Hoehne, F.C. 1939. Dezoito novas espécies para a flora do
ra brasiliensis. Monachii, Typographia Regia, vol. 3, pars Brasil e outras regiões da América Meridional e Central.
6, p. 381-604. Arq. Bot. Est. São Paulo, n.s. 1(2): 39-49, tab. 46-61.
Cogniaux, A. 1907. Notes sur les Orchidées du Brésil et des Löfgren, A. 1917. Novos subsídios para a flora orchidácea do
régions voisines. Bull. Soc. Bot. Roy. Belgique 43: 266-356. Brasil. Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 2: 49-62, tab. 18-26.
Dressler, R. L. 1993. Phylogeny and classification of the or- Luer, C.A. 2000a. Icones Pleurothallidinarum 20. Systema-
chid family. Dioscorides Press, Portland, Oregon, 314p. tics of Barbosella. Monogr. Syst. Bot. Missouri Bot. Gard.
Felix, L.P. & Carvalho, R. 2002. Diversidade de orquídeas 79: 7-35.
no Estado de Pernambuco. In M. Tabarelli & J.M.C. Sil- Luer, C.A. 2000b. Icones Pleurothallidinarum 28. Systema-
va (eds) Diagnóstico da biodiversidade de Pernambuco. tics of Dryadella (Orchidaceae). Monogr. Syst. Bot. Mis-
Recife, Editora Massangana, p. 207-217. souri Bot. Gard. 103: 1-56.
Orchidaceae 309

Luer, C.A. 2000c. Icones Pleurothallidinarum 15. Adden- Sprunger, S. (ed.) 1996. João Barbosa Rodrigues - Icono-
da to Draculla, Masdevallia, Myoxanthus and Scaphosepalum. graphie des orchidées du Brésil. The illustrations. Basle,
Monogr. Syst. Bot. Missouri Bot. Gard. 64: 123-136. Friedrich Reinhardt, vol. 1, 540p.
Mansfeld, R. 1936. Codonorchis canisioi Mansf. Repert. Spec. Toscano de Brito, A.L.V. 1995. Orchidaceae. In B.L. Stan-
Nov. Regnum. Veg 39: 153. nard (ed.) Flora of the Pico das Almas: Chapada Dia-
Mota, R.C., Viana, P.L. & Lacerda, K.G. 2004. Hoffmann- mantina, Bahia, Brazil. Kew, Royal Botanic Gardens, p.
seggella pendula, une nouvelle espèce d’Orchidaceae du 725-767.
Brésil. Richardiana 4: 1-8. Toscano de Brito, A.L.V. Inéd. Systematic studies in the
Pabst, G.F.J. 1956. Additamenta ad orchideologiam brasilien- Subtribe Ornithocephalinae (Orchidaceae).Tese de dou-
sem – 2. Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 14: 7-27, tab. 1-7. torado, Universidade de Reading, Reading, 1994.
Pabst, G.F.J. 1973a. Additamenta ad Orchideologiam Brasi- Toscano de Brito, A.L.V. & Smidt, E.C. 2005. Checklist das
liensem – 14. Bradea 1: 327-344. orquídeas da Chapada Diamantina. In A.L.V. Toscano de
Brito & P.J.Cribb (eds) Orquídeas da Chapada Diamanti-
Pabst, G.F.J. 1973b. Additamenta ad orchideologiam brasi-
na. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, p. 278-285.
liensem – 15. Bradea 1: 361-370.
Toscano de Brito, A.L.V. & Queiroz, L.P. 2003. Orchidace-
Pabst, G.F.J. 1975. Additamenta ad Orchideologiam Brasi-
ae. In D.C. Zappi, E. Lucas, B.L. Stannard, E.N. Lugha-
liensem – 20. Bradea 2: 49-56.
dha, J.R. Pirani, L.P. Queiroz, S. Atkins, D.J.N. Hind,
Pabst, G.F.J. 1976a. Additamenta ad Orchideologiam Brasi- A.M. Giulietti, R.M. Harley & A.M. Carvalho, Lista
liensem – 21. Bradea 2: 65-70. das plantas vasculares de Catolés, Chapada Diamantina,
Pabst, G.F.J. 1976b. Additamenta ad orquideologiam brasi- Bahia, Brasil. Bol. Bot. Univ. São Paulo 21: 396-397.
liensem – 22. Bradea 2: 79-90. Van den Berg, C. Inéd. Estudo da variabilidade intra e inte-
Pabst, G.F.J. & Dungs, F. 1975. Orchidaceae Brasiliensis respecífica em populações de espécies brasileiras de Cat-
Band 1. Hildeshein, Brüke-Verlag Kurt Schmersow, 408p. tleya (Orchidaceae - Laeliinae). Dissertação de mestrado,
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1996.
Pabst, G.F.J. & Dungs, F. 1977. Orchidaceae Brasiliensis
Band 2. Hildeshein, Brüke-Verlag Kurt Schmersow, 418p. Van den Berg, C. & Azevedo, C.O. 2005. Orquídeas. In F.A.
Rambo, P.S.J. 1994. A fisionomia do Rio Grande do Sul, 3º Juncá, L. Funch & W. Rocha (orgs) Biodiversidade e con-
ed. São Leopoldo, Ed. Unisinos, 486p. servação da Chapada Diamantina. Brasília, Ministério do
Meio Ambiente, p. 195-208.
Ruschi, A. 1946. Orquidáceas novas do estado do Espírito
Santo. Publ. Arq. Público Est. Espírito Santo (1946): 1-5. Van den Berg, C. & Chase, M.W. 2000. Nomenclatural no-
tes on Laeliinae – 1. Lindleyana 15: 115-119.
Singer, R.B, Koehler, S. & Carnevali, G. 2007. Brasiliorchis: a
new genus for the Maxillaria picta alliance (Orchidaceae: Van den Berg, C. & Chase, M.W. 2005. Nomenclatural no-
Maxillariinae). Novon 17: 91-99. tes on Laeliinae – 4. New combinations in Laelia and So-
phronitis. Kew Bull. 59: 565-567.
Smidt, E.C. Inéd. A subtribo Spiranthinae Lindl. (Orchi-
daceae – Orchidoideae) na Chapada Diamantina, Bahia, Van den Berg, C. & Gonçalves, C.N. 2004. Adamantinia, a
Brasil. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual new showy genus of Laeliinae from Eastern Brazil. Or-
de Feira de Santana, Feira de Santana, 2003. chid Dig. 68: 230-232.
Smidt, E.C. & Toscano de Brito, A.L.V. 2004. A new species Van den Berg, C., Smidt, E.C. & Marçal, S. 2006. Leptotes
of Sarcoglottis (Orchidaceae: Spiranthinae), from the Cha- vellozicola: a new species of Orchidaceae from Bahia, Bra-
pada Diamantina, Bahia, Brazil. Kew Bul. 59: 569-571. zil. Neodiversity 1: 1-5.

Você também pode gostar