Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Presidente
Roberto Brandão Cavalcanti
Vice-Presidente de Operações
Carlos Alberto Bouchardet
Diretores
Guilherme Fraga Dutra
Isabela Santos
Luiz Paulo Pinto
Patrícia Baião
Paulo Gustavo Prado
Ricardo Bomfim Machado
Reitor
José Carlos Barreto de Santana
Organizadores
Projeto Gráfico
Lúcia Nemer
Designer Assistente
Fábio de Assis
Fotografias da Capa
M.Trovó
A. Rapini
A. Chautems
P713 Plantas raras do Brasil / organizadores, Ana Maria Giulietti ... [et al.]. –
Belo Horizonte, MG : Conservação Internacional, 2009.
496 p. : il., fots. color., mapas; 26 cm.
Co-editora: Universidade Estadual de Feira de Santana.
Inclui referências.
ISBN: 978-85-98830-12-4.
CDU : 582
Orchidaceae ORCHIDACEAE
299
Cássio van den Berg, Fábio de Barros, Rodrigo B. Singer, Cecília O. Azevedo, Guy R. Chiron, Eric C.
Smidt, Wellington Forster, Leonardo P. Felix, Geórgia R. G. Figueirêdo & Silvana H. N. Monteiro
Orchidaceae possui distribuição cosmopolita, porém predominantemente tropical, com cerca de 800 gêneros e 25.000
espécies (Dresssler, 1993). No Brasil, ocorrem cerca de 2.650 espécies (cerca de 1.800 endêmicas, 72 delas raras) e 205
gêneros (cerca de 35 endêmicos; Giulietti et al., 2005). A riqueza de espécies de Orchidaceae no Brasil se concentra so-
bretudo na Mata Atlântica (>50%), e secundariamente nos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço.
Acianthera adiri (Brade) Pridgeon & Adamantinia miltonioides Van den Berg &
M.W.Chase C.N.Gonç.
Distribuição: PARANÁ: Curitiba (25º25’S, 49º15’W). Distribuição: BAHIA: Mucugê, Serra do Sincorá
Comentários: Epífita reptante, com cerca de 6 cm de al- (12º59’S, 41º25’W)
tura. Rizoma de 1 a 1,2 cm de comprimento, entre rami- Comentários: Epífita. Pseudobulbos ovóides a cilíndri-
caules; bainhas do rizoma e do ramicaule híspidas. Folhas cos, arroxeados, unifoliados (raramente bifoliados). In-
lanceoladas, de 2,5 a 3 cm de comprimento. Racemo suce- florescências longas, terminais aos pseudobulbos. Flores
dâneo, mais curto que a folha. Flores de 5 a 6 mm de com- róseas, produzidas sucessivamente. É a única espécie de
primento; sépalas laterais unidas entre si; labelo trilobado, um gênero recentemente descrito. Conhecida apenas
com os lobos laterais estreitamente oblongo-lineares, ci- pelo material-tipo, coletado na Chapada Diamantina, a
liados, e o central ovado, lacerado-ciliado. (Brade, 1946) cerca de 1.300 m s.n.m. (van den Berg & Gonçalves,
2004; van den Berg & Azevedo, 2005)
Acianthera murexoidea (Pabst) Pridgeon & Anathallis githaginea (Pabst & Garay) Pridgeon
M.W.Chase
& M.W.Chase
Distribuição: SANTA CATARINA: Palhoça (27º38’S,
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Rio de Janeiro, Serra
48º40’W); São José (27º38’S, 48º39’W).
da Carioca (22º56’S, 43º14’W).
Comentários: Epífita reptante, de 6 a 8 cm de altura. Comentários: Epífita cespitosa, de 5 a 7 cm de altura.
Rizoma de 2,5 a 3 cm compr, entre ramicaules; bainhas Bainhas do ramicaule hispídulas. Folhas lanceoladas, de 4
do ramicaule hispídulas. Folhas oblongas, de 3 a 4 cm a 6 cm de comprimento, longamente atenuadas na base.
de comprimento, atenuadas na base. Racemo geralmente Inflorescências, em Racemos sucedâneos, 2 ou 3 por fo-
mais curto que a folha. Flores com cerca de 5,5 mm de lha, densamente multifloros, mais curtos que as folhas.
comprimento; sépalas laterais unidas entre si até cerca da Flores com cerca de 3 mm de comprimento; sépalas late-
metade; labelo ungüiculado, trilobado, com os lobos la- rais livres entre si; labelo da corola com âmbito oblongo,
terais estreito-triangulares e o central sagitado, setáceo- subtrilobado, bipaelolada na base, região central ciliolada
piloso na margem e adaxialmente. Conhecida apenas por e a distal papilosa. Conhecida apenas pelo material-tipo,
duas coletas. (Pabst, 1956) coletado na Mata Atlântica. (Pabst, 1956)
300 Orchidaceae
Baptistonia leinigii (Pabst) V.P.Castro & Chiron rescência longa, paniculada. Flores com cerca de 2 cm
de diâmetro, castanhas, com base amarela e coluna alva.
Distribuição: PARANÁ: Ortigueira, Serra do Mulato (Chiron & Castro Neto, 2004a, 2006)
(23º59’S, 51º06’W)
Comentários: Epífita com até 30 cm de altura. Pseudo-
bulbos fusiformes, alongados, bifoliados. Inflorescência Barbosella macaheensis (Cogn.) Luer
longa. Flores com cerca de 3 cm de diâmetro, numero-
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Nova Friburgo, Alto
sas, amarelas ou amarelo-esverdeadas com manchas cas-
Macaé (22º23’S, 41º47’W).
tanhas. (Chiron & Castro Neto, 2004a, 2006)
Comentários: Epífita reptante, pequena. Rizoma de 2
a 4 mm entre ramicaules. Folhas elíptico-obovadas, de
Baptistonia pabstii (Campacci & C.Espejo) 1,5 a 2,5 cm de comprimento e de 3 a 4 mm de largura.
V.P.Castro & Chiron Flores membranáceas, com cerca de 6,5 mm de com-
primento, solitárias em um pedúnculo de 2,5 a 3,5 cm
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Casimiro de Abreu,
de comprimento; labelo inteiro, obovado-panduriforme.
Serra dos Orgãos (22º25’S, 42º14’W).
Conhecida apenas pelo material-tipo, coletado por Gla-
Comentários: Epífita com até 25 cm de altura. Pseudo-
ziou, no final do séc. 19. (Cogniaux, 1907; Luer, 2000a)
bulbos fusiformes, alongados, bifoliados. Inflorescência
longa, paniculada. Flores com cerca de 1,5 cm de diâme-
tro, numerosas, castanhas com manchas amarelas. (Chi- Barbosella spiritu-sanctensis (Pabst) F.Barros &
ron & Castro Neto, 2004a, 2006) Toscano
Baptistonia pulchella (Regel) Chiron & Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Domingos Martins,
Pedra Azul (20º19’S, 40º37’W).
V.P.Castro
Comentários: Epífita reptante de pequeno porte. Ri-
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Nova Friburgo, Serra zoma de 1 a 4 mm de comprimento entre ramicaules.
dos Órgãos (22º20’S, 42º20’W). Folhas prostradas, elípticas a suborbiculares, de 3 a 4
Comentários: Epífita com até 10 cm de altura. Pseudo- mm de comprimento e de 2 a 4 mm de largura. Flores
bulbos fusiformes, alongados, unifoliados. Inflorescência membranáceas, com cerca de 6,5 mm de comprimento,
pendente, curta. Flores com cerca de 1,5 cm de diâme- solitárias sobre um pedúnculo de 1,5 a 1,8 cm de com-
tro, alvas com manchas púrpura. (Chiron & Castro Neto, primento; labelo trilobado, com âmbito ovado. Ocorre
2004a, 2006)
em florestas. (Pabst, 1975; Luer, 2000a)
Cattleya alaorii (Brieger & Bicalho)Van den Berg Distribuição: MINAS GERAIS: Conceição do Mato
Dentro, Parque Estadual de Cachoeira do Campo
Distribuição: BAHIA: Arataca (15º15’S, 39º24’W); (19º04’S, 43º34’W).
Buerarema (14º57’S, 39º18’W); Santa Luzia (15º26’S, Comentários: Rupícola pequena. Pseudobulbos ovói-
39º20’W). des, com uma única folha crassa. Inflorescência 1- ou
Comentários: Epífita de pequeno porte. Pseudobulbos 2-flora, com escapo pendente. Flores com sépalas e pé-
pequenos, cilíndricos, com uma única folha. Flores rosa- talas róseas, o labelo destacadamente mais claro. Ocorre
claras a salmão, com labelo muito carnoso (diferente do em paredões rochosos extremamente úmidos, nas proxi-
restante do gênero), sem espata, geralmente solitárias, midades da Cachoeira do Tabuleiro. (Mota et al., 2004;
raramente 2. Ocorre em florestas nebulares, entre 700 e van den Berg & Chase, 2005)
900 m s.n.m., no complexo de Serras da Arataca. (Brie-
ger & Bicalho, 1976; van den Berg & Chase, 2000)
Cattleya pfisteri (Pabst & Senghas)Van den Berg
Cattleya brevipedunculata (Fowlie) Van den Berg Distribuição: BAHIA: Barra da Estiva, Morro do Ouro
(13º42’S, 41º18’W); Palmeiras, Cachoeira da Fumaça
Distribuição: MINAS GERAIS: Santana do Riacho, Ser- (12º36’S, 41º27’W).
ra do Cipó (19º17’S, 43º34’W). Comentários: Ocorre em campos gerais e campos ru-
Comentários: Epífita pequena, exclusivamente sobre pestres com afloramento rochoso, entre 1.100 e 1.300
velózias. Pseudobulbos pequenos, ovóide-esféricos, com m s.n.m., na Chapada Diamantina. Encontrada com
uma pequena folha crassa. Flores vermelho-escuras, 1 ou flores em outubro e novembro. (van den Berg & Chase,
2 por inflorescência. (Fowlie, 1972, 1987) 2000; van den Berg & Azevedo, 2005)
Cattleya dormaniana (Rchb.f.) Rchb.f. C attleya praestans (Linden & Rchb.f.) Van den
Berg
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Nova Friburgo
(22º25’S, 42º21’W); Silva Jardim (22º39’S, 42º22’W). Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Santa Leopoldina
Comentários: Epífita de 25 a 30 cm de altura. Pseudo- (20º06’S, 40º31’W).
bulbos cilíndricos, bifoliolados. Flores nascendo no ápice Comentários: Epífita pequena. Pseudobulbos cilíndri-
dos pseudobulbos, dentro de uma espata estreita; pétalas cos, com uma única folha. Inflorescência sem espata, 1-
verde-oliva a marrom-oliva, o labelo magenta. Crescem ou 2-flora. Flores com sépalas e pétalas rosa-claras, o la-
em um único forófito, nos paredões rochosos da Serra belo mais escuro. Ocorre em florestas úmidas. (Bicalho,
dos Órgãos. (Fowlie, 1977; van den Berg, inéd.) 1976; van den Berg & Chase, 2000)
Orchidaceae 303
Cattleya sincorana (Schltr.) Van den Berg tamente caudadas, pubescentes internamente, e pétalas
oblongas, pubérulas, com um lóbulo voltado para baixo
Distribuição: BAHIA: Palmeiras (12º27’S, 41º28’W); Mu- próximo ao ápice. (Pabst, 1973a; Luer, 2000b)
cugê (12º59’S, 41º25’W); Ibicoara, (13º24’S, 41º17’W).
Comentários: Epífita sobre velózia ou rupícola, verdes
ou tingidas de púrpura. Pseudobulbos subovóides a esfé-
Dryadella gomes-ferreirae (Pabst) Luer
ricos, com uma única folha. Inflorescência terminal, sem Distribuição: PERNAMBUCO: localidade não indicada.
espata, 1- ou 2-flora. Flores róseas, com o labelo mais Comentários: Epífita cespitosa, de 3,5 a 4 cm de altu-
escuro. Ocorre nos campos rupestres da porção sul da ra, uma das menores do gênero. Inflorescência uniflora,
Serra do Sincorá, incluindo o Parque Nacional da Cha- sobre pedúnculo de 1 a 2 mm de comprimento. Flores
pada Diamantina, a cerca de 1.100 m s.n.m. Encontrada avermelhadas; sépalas curto-caudadas; labelo longamen-
com flores em novembro. (van den Berg & Chase. 2000; te ungüiculado. Conhecida apenas pelo material-tipo.
van den Berg & Azevedo, 2005) (Pabst, 1975; Luer, 2000b)
mento. Fascículo, 1- ou 2-flora. Flores com cerca de 6 Comentários: Rupícola grande. Pseudobulbos ovóides.
mm de diâmetro; sépalas e pétalas com ápice acuminado, Inflorescências terminais multifloras. Flores verde-ama-
as sépalas laterais coalescentes entre si até próximo ao reladas, sobre um tubo em forma de um cartucho for-
ápice, o labelo trilobado, com lobos laterais semicircu- mado pelo pecíolo, no ápice do pseudobulbo. (Ruschi,
lares e o central elíptico-oblongo ligeiramente ondula- 1946; Barros, 1994)
do. Conhecida apenas pelo material-tipo, ilustrado por
Barbosa-Rodrigues sob o binômio Octomeria pusilla Barb.
Rodr. (Sprunger, 1996; não Octomeria pusilla Lindl.).
Pseudolaelia maquijensis M.Frey
Ocorre provavelmente em floresta ombrófila. (Barbosa- Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Baixo Guandu
Rodrigues, 1882; Sprunger, 1996; Forster, inéd.) (19º29’S, 40º38’W); Colatina (19º32’S, 40º37’W).
Comentários: Rupícola relativamente pequena. Pseu-
Octomeria multiflora Barb.Rodr. dobulbos ovóides, com várias folhas terminais. Inflo-
rescências longas, multifloras. Flores verde-amareladas,
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Rio de Janeiro, Serra amarelo mais intenso no labelo. Ocorre sobre rocha ex-
de Santana (22º30’S, 42º35’W). posta, em uma área de cerca de 1 ha. (Frey, 2005b)
Comentários: Epífita cespitosa, com cerca de 19 cm de
altura. Folhas linear-lanceoladas, com cerca de 8,5 cm de
comprimento. Fascículo com 6 ou mais flores simultâneas.
Pseudolaelia pavopolitana M.Frey
Flores com cerca de 6 mm de diâmetro; sépalas e pétalas Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Vila Pavão (18º39’S,
com ápice acuminado, o labelo trilobado, com lobos late- 40º33’W)
rais semicirculares e o central com âmbito ovado, trunca- Comentários: Rupícola. Pseudobulbos ovóides, com vá-
do e apiculado no ápice, tenuemente crenado. Conhecida rias folhas terminais. Inflorescências longas, multifloras,
apenas pelo material-tipo, ilustrado por Barbosa-Rodri- com floração sucessiva. Flores verde-amareladas, com o
gues (1882; reproduzida em Sprunger, 1996). Ocorre labelo avermelhado na margem. Ocorre em penhascos
provavelmente em floresta ombrófila. (Forster, inéd.) de rocha exposta, em apenas dois locais, a menos de 5 km
de distância e restrita a uma área diminuta em cada um
Phymatidium geiselii Ruschi deles. (Frey, 2005a)
Comentários: Epífita cespitosa, de 3,5 a 5,5 cm de altu- Comentários: Epífita reptante. Rizoma relativamen-
ra. Bainhas do ramicaule lepantiformes. Folhas oblongas, te longo, com cerca de 1 cm entre pseudobulbos; ra-
de 1,5 a 2 cm de comprimento. Inflorescência fractifle- micaule curto, de 4 a 5 mm de comprimento. Folhas
xa, mais longa que a folha. Flores com cerca de 5,5 cm linear-lanceoladas, de 1 a 1,5 cm de comprimento. In-
de comprimento; sépalas laterais coalescentes até cerca florescência fractiflexa. Flores com cerca de 5 mm de
de ¾ do comprimento; labelo linear, estreito, com base comprimento; labelo caracteristicamente subtrilobado,
ungüiculada. Conhecida apenas pelo material-tipo, cole-
oblongo, levemente convexo. Conhecida apenas pelo
tado em floresta Atlântica. (Pabst, 1956)
material-tipo, coletado na Mata Atlântica. (Pabst, 1975;
Pabst & Dungs, 1975)
Specklinia castellensis (Brade) Luer
Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Castelo (20º36’S, Specklinia heliconiscapa (Hoehne) Luer
41º12’W).
Comentários: Epífita cespitosa, de 4 a 6 cm de altura. Distribuição: SÃO PAULO: Campo Grande (23º58’S,
Bainhas do ramicaule infundibuladas, curtas. Folhas obo- 46º21’W).
vadas, de 2,5 a 3 cm de comprimento, longo-atenuadas Comentários: Epífita cespitosa, de 7 a 14 cm de altura.
na base. Inflorescência uniflora, mais curta que a folha. Bainhas híspidas. Folhas oblongo-lineares. Inflorescência
Flores de 1 a 1,3 cm de comprimento; sépalas laterais sucedânea, fractiflexa, muitas vezes aos pares ou trios na
coalescentes quase até o ápice; labelo de âmbito espatu- axila das folhas; brácteas hispídulas. Flores amareladas
lado, com duas carenas longitudinais, granulo-papiloso com riscos avermelhados, de 4 a 5 mm de comprimen-
na porção apical. Conhecida apenas pelo material-tipo, to; labelo com lobos laterais filiforme-falcados e lobo
coletado na Mata Atlântica. (Pabst, 1956) central denticulado na margem. Conhecida apenas pelo
material-tipo, coletado em 1916. (Hoehne, 1929)
Specklinia fluminensis (Pabst) Luer
Distribuição: RIO DE JANEIRO: Nova Friburgo, Ma-
Specklinia leucosepala (Loefgr.) Luer
caé de Cima (22º16’S, 42º32’W). Distribuição: SÃO PAULO: Guaratinguetá (22o49’S,
Comentários: Epífita cespitosa, com cerca de 5 cm de 45o13’W).
altura. Folhas lineares. Inflorescência uniflora. Flores Comentários: Epífita cespitosa, com cerca de 4,5 cm de
com cerca de 3,5 mm de comprimento; sépalas laterais
altura. Folhas obovadas a elípticas. Inflorescência uniflo-
coalescentes; labelo obscuramente trilobado, reflexo,
ra, mais longa que a folha. Flores alvas, com cerca de 1
com lobos laterais pequenos e o central sub-retangular.
Ocorre em floresta ombrófila. (Pabst, 1973a) cm de comprimento; sépalas laterais coalescentes, com
mento basal desenvolvido; labelo inteiro, com âmbito
oblongo, um pouco alargado transversalmente na região
Specklinia garayi (Pabst) Luer central. Conhecida apenas pelo material-tipo, coletado
em floresta. (Löfgren, 1917)
Distribuição: ESPÍRITO SANTO: Morro Forno Gran-
de (20º31’S, 41º06’W).
Comentários: Epífita cespitosa, de 4 a 6 cm de altura. Specklinia miniatolineolata (Hoehne) F.Barros
Folhas lineares, conduplicadas. Inflorescência fractiflexa.
Flores com cerca de 7 mm de comprimento, amarelas; Distribuição: SÃO PAULO: São Paulo, Parque do Esta-
sépalas laterais coalescentes; labelo oblongo a sub-retan- do (23º39’S, 46º37’W).
gular, largamente ungüiculado na base. Ocorre em flo- Comentários: Epífita cespitosa, com cerca de 2 cm de
resta ombrófila. (Pabst, 1973b) altura. Folhas estreitamente elíptico-obovadas, de 6 a 10
mm de comprimento, longamente atenuadas na base. Ra-
Specklinia gomes-ferreirae (Pabst) Luer cemo mais longo que as folhas, 1- a 3-floro. Flores ama-
relas com linhas vermelhas; sépalas laterais coalescentes;
Distribuição: PERNAMBUCO: Ipojuca (08º24’S, labelo subtrilobado, ligeiramente recurvado. Ocorre em
35º04’W). floresta pluvial atlântica. (Hoehne, 1938)
Orchidaceae 307
Luer, C.A. 2000c. Icones Pleurothallidinarum 15. Adden- Sprunger, S. (ed.) 1996. João Barbosa Rodrigues - Icono-
da to Draculla, Masdevallia, Myoxanthus and Scaphosepalum. graphie des orchidées du Brésil. The illustrations. Basle,
Monogr. Syst. Bot. Missouri Bot. Gard. 64: 123-136. Friedrich Reinhardt, vol. 1, 540p.
Mansfeld, R. 1936. Codonorchis canisioi Mansf. Repert. Spec. Toscano de Brito, A.L.V. 1995. Orchidaceae. In B.L. Stan-
Nov. Regnum. Veg 39: 153. nard (ed.) Flora of the Pico das Almas: Chapada Dia-
Mota, R.C., Viana, P.L. & Lacerda, K.G. 2004. Hoffmann- mantina, Bahia, Brazil. Kew, Royal Botanic Gardens, p.
seggella pendula, une nouvelle espèce d’Orchidaceae du 725-767.
Brésil. Richardiana 4: 1-8. Toscano de Brito, A.L.V. Inéd. Systematic studies in the
Pabst, G.F.J. 1956. Additamenta ad orchideologiam brasilien- Subtribe Ornithocephalinae (Orchidaceae).Tese de dou-
sem – 2. Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 14: 7-27, tab. 1-7. torado, Universidade de Reading, Reading, 1994.
Pabst, G.F.J. 1973a. Additamenta ad Orchideologiam Brasi- Toscano de Brito, A.L.V. & Smidt, E.C. 2005. Checklist das
liensem – 14. Bradea 1: 327-344. orquídeas da Chapada Diamantina. In A.L.V. Toscano de
Brito & P.J.Cribb (eds) Orquídeas da Chapada Diamanti-
Pabst, G.F.J. 1973b. Additamenta ad orchideologiam brasi-
na. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, p. 278-285.
liensem – 15. Bradea 1: 361-370.
Toscano de Brito, A.L.V. & Queiroz, L.P. 2003. Orchidace-
Pabst, G.F.J. 1975. Additamenta ad Orchideologiam Brasi-
ae. In D.C. Zappi, E. Lucas, B.L. Stannard, E.N. Lugha-
liensem – 20. Bradea 2: 49-56.
dha, J.R. Pirani, L.P. Queiroz, S. Atkins, D.J.N. Hind,
Pabst, G.F.J. 1976a. Additamenta ad Orchideologiam Brasi- A.M. Giulietti, R.M. Harley & A.M. Carvalho, Lista
liensem – 21. Bradea 2: 65-70. das plantas vasculares de Catolés, Chapada Diamantina,
Pabst, G.F.J. 1976b. Additamenta ad orquideologiam brasi- Bahia, Brasil. Bol. Bot. Univ. São Paulo 21: 396-397.
liensem – 22. Bradea 2: 79-90. Van den Berg, C. Inéd. Estudo da variabilidade intra e inte-
Pabst, G.F.J. & Dungs, F. 1975. Orchidaceae Brasiliensis respecífica em populações de espécies brasileiras de Cat-
Band 1. Hildeshein, Brüke-Verlag Kurt Schmersow, 408p. tleya (Orchidaceae - Laeliinae). Dissertação de mestrado,
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1996.
Pabst, G.F.J. & Dungs, F. 1977. Orchidaceae Brasiliensis
Band 2. Hildeshein, Brüke-Verlag Kurt Schmersow, 418p. Van den Berg, C. & Azevedo, C.O. 2005. Orquídeas. In F.A.
Rambo, P.S.J. 1994. A fisionomia do Rio Grande do Sul, 3º Juncá, L. Funch & W. Rocha (orgs) Biodiversidade e con-
ed. São Leopoldo, Ed. Unisinos, 486p. servação da Chapada Diamantina. Brasília, Ministério do
Meio Ambiente, p. 195-208.
Ruschi, A. 1946. Orquidáceas novas do estado do Espírito
Santo. Publ. Arq. Público Est. Espírito Santo (1946): 1-5. Van den Berg, C. & Chase, M.W. 2000. Nomenclatural no-
tes on Laeliinae – 1. Lindleyana 15: 115-119.
Singer, R.B, Koehler, S. & Carnevali, G. 2007. Brasiliorchis: a
new genus for the Maxillaria picta alliance (Orchidaceae: Van den Berg, C. & Chase, M.W. 2005. Nomenclatural no-
Maxillariinae). Novon 17: 91-99. tes on Laeliinae – 4. New combinations in Laelia and So-
phronitis. Kew Bull. 59: 565-567.
Smidt, E.C. Inéd. A subtribo Spiranthinae Lindl. (Orchi-
daceae – Orchidoideae) na Chapada Diamantina, Bahia, Van den Berg, C. & Gonçalves, C.N. 2004. Adamantinia, a
Brasil. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual new showy genus of Laeliinae from Eastern Brazil. Or-
de Feira de Santana, Feira de Santana, 2003. chid Dig. 68: 230-232.
Smidt, E.C. & Toscano de Brito, A.L.V. 2004. A new species Van den Berg, C., Smidt, E.C. & Marçal, S. 2006. Leptotes
of Sarcoglottis (Orchidaceae: Spiranthinae), from the Cha- vellozicola: a new species of Orchidaceae from Bahia, Bra-
pada Diamantina, Bahia, Brazil. Kew Bul. 59: 569-571. zil. Neodiversity 1: 1-5.