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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO –

UEMASUL
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS SOCIAIS E LETRAS – CCHSL
CURSO DE HISTÓRIA LICENCIATURA

ANTONIO MARCOS DE SOUSA SILVA

PERCALÇOS NA TRAJETÓRIA POLÍTICA DA PRINCESA ISABEL NO IMPÉRIO


BRASILEIRO

Imperatriz - Ma
2023
ANTONIO MARCOS DE SOUSA SILVA

PERCALÇOS NA TRAJETÓRIA POLÍTICA DA PRINCESA ISABEL NO IMPÉRIO


BRASILEIRO

Projeto de Monografia apresentado ao Centro de Ciências


Humanas Sociais e Letras - CCHSL, Curso de Licenciatura em
História da Universidade Estadual da Região Tocantina do
Maranhão - UEMASUL, como pré-requisito para elaboração da
Monografia.

Orientador: RAIMUNDO SANTOS

Imperatriz - Ma
2023
SUMÁRIO

1. PROBLEMATIZAÇÃO...........................................................................4

2. JUSTIFICATIVA.................................................................................4/5

3. OBJETIVOS..........................................................................................6

3.1 OBJETIVO GERAL...............................................................................6

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................6

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................6/10

5. METODOLOGIA.............................................................................10/11

6. CRONOGRAMA..................................................................................11

7. REFERÊNCIAS...................................................................................12
PROBLEMATIZAÇÃO

Venho através deste trazer à temática império brasileiro que dentre os mais
diversos assuntos contidos dentro da época específica falaremos sobre a princesa
Isabel, princesa do império brasileiro. Com a morte dos seus dois irmãos que estavam à
frente dela na linha de sucessão, ela chegou à condição de herdeira presuntiva da
coroa, Isabel a partir de então passou a ser preparada para assumir o trono com um
esquema rígido de estudos preparando-se para tal. O que este trabalho pretende
mostrar é simplesmente os aspectos políticos dos períodos em que a princesa imperial
esteve como regente no lugar de seu pai Dom Pedro II que por três vezes ausentou-se
do país.

Quais seriam os aspectos políticos que a princesa imperial Isabel evidenciou


durante os períodos em que foi regente do império brasileiro, quais aspectos seriam
esses, a preocupação da regente seria a economia, as questões sociais e humanitária,
a preservação da monarquia e o combate aos republicanos, a convivência pacífica entre
os católicos os maçons. seriam apenas possibilidades a serem vislumbradas na
diversidade do império o qual caminhava em direção ao progresso e industrialização.

portanto quais seriam os percalços que a princesa Isabel enfrentou durante a


iminência de sua subida ao trono. Uma das críticas mais contundente era o seu
casamento com um estrangeiro francês, assim pois esse trabalho busca evidenciar os
mais diferentes enfrentamentos políticos que a princesa Isabel enfrentou começando
pelo primeiro contato que tivera no senado até o último dia que esteve no brasil com sua
partida as três da manhã com toda a sua família incluindo o imperador D. pedro II
rumo à europa, ficando uma expectativa abstrata de um terceiro reinado.

JUSTIFICATIVA

Esse projeto tem importância singular, pois analisa os passos da primeira mulher
brasileira a se assentar no trono do império brasileiro que foi ocupado somente por
homens, portando uma mulher singular única que assumiu por três vezes o trono como
regente e teve coragem para tomar decisões contrárias ao sistema político da época,
mas necessárias dentro de um sistema fechado e de favorecimentos, sem dúvidas a
posição que Isabel Cristina assumiu foi única e merece destaque por ser a primeira
mulher com possibilidades reais de dirigir o império do Brasil.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Mostrar que a princesa Isabel, mesmo em um ambiente desfavorável para uma


mulher, durante as três vezes que esteve como regente soube lidar com a oposição ao
seu papel na política desempenhando com maestria e carisma toda a sua habilidade
política para a condução do estado brasileiro inclusive no engajamento no movimento
abolicionista.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Descrever o processo que levou a princesa Isabel a ser a herdeira presunçosa do


trono em um ambiente em que as mulheres não eram recepcionadas na política.

Analisar os períodos em que a princesa Isabel foi regente em seus atos mais
importantes para a nação brasileira, como leis e projetos.

Identificar os conflitos oriundos das decisões tomadas pela princesa e seus


resultados.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Com a chegada da família real portuguesa ao Brasil iniciou um período novo para
a colônia em que as estruturas governamentais portuguesas foram trazidas para o
Brasil, depois de alguns anos a família real não desejava voltar a Portugal, mas com a
revolução do porto que exigia a volta do monarca D. João, o qual não via o brasil com a
mesma ótica do parlamento portugues, deixou seu filho Pedro como regente da nação
brasileira. Esse mesmo Pedro a quem foi imposto pelo parlamento portugues para
retornar a Portugal e o mesmo se recusou a ir, mas permanecer no país que
consequentemente proclamou a independência brasileira dele saiu D. Pedro II monarca
nascido em solo brasileiro o qual subiu a o trono com quatorze anos de idade, dele
saíram quatro filhos, dentre eles D. isabel a qual foi proclamada herdeira presuntiva do
trono, apos a morte de seus dois irmaos de sexo masculino restando apenas Isabel e
sua irmã Leopodina, sobre isso diz( ECHEVERRIA, p, 4, 16)

Às seis horas da manhã havia soado o alarme para que se


dirigissem ao Palácio de São Cristóvão os personagens mais importantes
daquele ano de 1846, na capital do Império do Brasil. Estava para nascer
a segunda descendente da família imperial – 18 meses antes, em 23 de
fevereiro de 1845, havia chegado o primogênito, Afonso Pedro, herdeiro
presuntivo da Coroa do monárquico e gigantesco país ao sul do
Equador…E, como parecia estar escrito, Isabel, aos 4 anos, tornou-se
herdeira presuntiva da Coroa brasileira com a morte de seus dois irmãos
homens. Em 15 de julho de 1850, através do decreto 674, foi declarado de
Grande Gala o 29 de julho,11 dia do aniversário de Isabel, um simbolismo
com que eram agraciadas as pessoas “diferenciadas” naqueles tempos. O
reconhecimento oficial como sucessora de seu pai aconteceu em 10 de
agosto do mesmo ano, quando a Assembleia Geral, reunida no Paço do
Senado, às 11 horas da manhã, proclamou-a Herdeira do Trono na forma
dos Artigos 116 e 117 da Constituição do Império.

Depois da morte dos filhos homens, D.pedro passou ainda alguns anos
esperando outro filho que pudesse sucedê-lo no trono, porém constatado que não
haveria mais possibilidade de um outro filho definitivamente foi declarada D.Isabel
herdeira consorte do império brasileiro. O que restava fazer era educar a princesa
de acordo com a posição que ela ocuparia para tanto escolheu um corpo docente
para efetuar a tarefa e dentre tais era necessário alguém para colocar como Aia
da princesa e que fosse a altura do cargo, com isso deu-se a preparação da
consorte Isabel. ( ECHEVERRIA, p, 4, 16)

Desde cedo, o Imperador preocupou-se com a educação a ser dada às


suas filhas Isabel e Leopoldina, sendo ele mesmo o mais severo professor
das princesas. No entanto, já que o tempo e as obrigações não lhe
permitiam desempenhar plenamente este papel, logo tratou de pedir ajuda
à sua irmã Francisca, Princesa de Joinville, para que procurasse na
Europa uma preceptora que pudesse dirigir a educação das meninas. A
escolhida foi uma brasileira, D. Luísa Margarida Portugal de Barros, então
Viscondessa de Barral, mulher considerada extremamente inteligente e
culta. Em setembro de 1856, após várias negociações, a já Condessa de
Barral assumia a função de Aia das Princesas. Teria como atribuições
supervisionar os estudos, coordenar os professores, e controlar todas as
atividades diárias das princesas.

O palco já estava montado para a capacitação da futura herdeira, com todas as


atitudes tomadas agora o próximo passo seria o casamento da princesa imperial do
Brasil esse seria mais um passo político que D. Pedro II tomaria para consolidar o futuro
do império através da linhagem, pois ao completar dezoitos anos se daria o casamento
da sucessora ao trono, no entanto é importante ressaltar que o imperador mantinha a
princesa afastada das responsabilidades da política, pois assim como foi com ele que se
preparou e ficou a parte enquanto o cenário ideal ficava preparado para assumir o poder
logo após as regências. sobre o assunto diz: (CAMPOS, p, 180 )

A Princesa, em sua adolescência, não saía de casa, não frequentava bailes


nem festas, não ia ao teatro nem às óperas, enfim, não participava da vida
social da corte. Às vezes saía à missa ou às festas religiosas. Não tinha
contato com o que acontecia nas ruas nem com a população. Somente aos
18 anos, depois do seu casamento em 15 de outubro de 1864, com Gastão
de Órleans, o Conde D’Eu, é que se revela um novo ciclo de sua educação,
uma etapa não formal, pois seu convívio com uma pessoa, que vem de
outra realidade, de um outro mundo, educado num país onde não havia
escravidão, a Princesa Isabel começa a ter percepção do diferente. Outra
situação também contribui para essa educação. Gastão tentou preencher as
lacunas do aprendizado da esposa. Isabel tratou de se aplicar no programa
de auto aprimoramento cultural exigido pelas instruções de Gastão

Após o casamento D. Isabel foi submetida a uma nova perspectiva, conhecendo o


marido somente poucos dias antes do casamento depois de uma longa negociação nos
bastidores, foi definido que o conde D´Eu francês se casaria com D.Isabel. Na américa
latina havia também um pretendente, mas o imperador não tinha como plano para as
suas filhas. Diz-se que Solano Lopes desejava casar com uma das princesas com
intenção de criar um império na américa espanhola, como estava acontecendo no
méxico com Maximiliano, e por isso como retaliação invadiu o Mato Grosso logo no ano
seguinte que Isabel casou. O conde D´Eu tinha uma deficiência auditiva a qual foi
relatado anteriormente a princesa pelo imperador, com o passar do tempo abriu-se uma
questão a princesa estava se casando com um francês de ideal liberal e que de fato
mais cedo ou mais tarde o imperador cessaria o governo e então quem governaria de
fato o país os mais críticos diziam que o francês conduziria a mão da D,Isabel nas
decisões políticas (Nunes, 38, 39) ( ECHEVERRIA, p, 55)

No total a princesa fez cinco viagens a europa sem dúvidas essas viagens fizeram
muita diferença em seu modo de ver o mundo em relação ao Brasil. na primeira viagem
que a D.Isabel fez D. Pedro deu as instruções para que ela fosse em locais que pudesse
passar o maior número de informação possível sobre tecnologias que pudesse servir de
referência para o rumo que ela queria para o Brasil e assim a princesa fez, agora já na
sua quinta viagem ela tinha na bagagem muita experiência, maturidade para adequar os
parâmetros para um governo industrializado, na primeira viagem ela foi como de lua de
mel nessa última teria mais a ver com uma viagem como estadista próxima a assumir o
trono, das cincos viagens trouxe bastante entusiasmo pois nessa época explodiu na
europa uma nova percepção la as mulheres cada vez mais ocupavam postos de
trabalho, tinham cada vez menos filhos estava tendo acesso a educação o retrato da
mulher europeia era delineado de forma inovadora e isso não passou despercebido pela
princesa a mulher do século XIX passava por transformações tanto na esfera dos
pobres nos subúrbio como nas cidades grandes da europa essa nova perspectiva do
trabalho e das letras rompendo o privado e tendo acesso ao público ( HOBSBAWM, p,
348), mas aquela viagem não demorou muito, pois o imperador estava infermo e
desejava a voltar urgentemente da princesa ( MESQUITA)

A princesa Isabel foi por quase quarenta anos a herdeira do trono brsileiro, e durante
esse tempo ela foi regente por três anos e meio e nesse período deu-se para fazer um
panorama de seu governo. E foi nesse período que se fez a junção gênero e poder,
gênero que se define como a dinâmica (historicamente desigual e exploradora) entre
homens e mulheres, poder autoridade política com o controle dos meios materiais e
crença cultural. Isabel deteve o poder, e dentro das estruturas do poder o gênero não
conseguia trabalhar isoladamente, o gênero envolve-se entre a raça e a classe.
(BARMAN, NUNES )

Em 1871 a princesa assume o trono pela primeira vez, em 1876 pela segunda vez e
a perspectiva dessa vez na era das boas, da primeira vez o cenário político era mais
favorável ,não quer dizer que era bom, onde Isabel assinou a lei do ventre livre pela
qual libertava toda criança nascida de mãe escrava o projeto foi elaborado ficando a
cargo de a regente sancionou, na segundo o clima estava mais tenso a princesa com o
filho resenascido com problemas de saude a qual dedicou muito da sua atenção o país
com uma crise econômica o monarca não deixou nada para nortear as decisões da
regente, o gabinete em exercício tinha o membro mais jovem com 35 anos e o mais
velho com 75 não aceitaria ordens de uma mulher inclusive mais jovem que eles, uma
explicação do gabinete de Cotegipe que dizia que era interessante não fazer reformas
ou tentar resolver questões, pois poderia alterar os espíritos a melhor coisa a fazer era
esperar a não ser uma ação de inexperiência política da regência .(BARMAN,
MESQUITA, JUNIOR). Assim finaliso esse debate sabendo que poderia se prolongar
ainda mais no entanto apresentei um pouco de cada possivel capitulo do TCC.

METODOLOGIA

Esse trabalho que pretende discorrer sobre a história da princesa Isabel terá como
método de pesquisa o hipotético-dedutivo como procedimento, com sua revisão
bibliográfica partido de biografias, livros, e artigos concernente ao tema que trará uma
abordagem qualitativa das informações e os seus resultados relatados de forma
descritivas

CRONOGRAMA

ATIVIDADES Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul

Análise doc.
Levanta. X X
Bib.

Redação da X X
Monografia

Revisão do X
Texto

Elaboração X
Pós/tex

Defesa

REFERÊNCIAS
BARMAN, Rodrick J.: PRINCESA ISABEL DO BRASIL: GÊNERO E PODER NO
SÉCULO XIX
ECHEVERRIA, Regina: HISTÓRIA DA PRINCESA ISABEL AMOR, LIBERDADE E
EXÍLIO.
JUNIOR, Roberto Daibert: A PRINCESA ISABEL NO CENÁRIO IMPERIAL: A LEI
AUREA E O ABOLICIONISMO CATOLICO.
LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina De Andrade: METODOLOGIA CIENTÍFICA,
1992 segunda edição.
MESQUITA, Maria Luiza de Carvalho:ISABEL E A ESCRITA DE SI: UMA PRINCESA
ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO.
NUNES, Dimalice: A IMPERATRIZ QUE NÃO FOI: REVISTA GRANDES MULHERES
QUE NÃO FOI.

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