Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CASAMENTOS
DA FAMÍLIA REAL
PORTUGUESA
Êxitos e fracassos
Volume 4
3 Rev.: 07-06-18 Hora: 12:55
1-
COR:CMYK B1 Trab.: BOOKCAS4-0003-84
O casamento de D. Isabel de Portugal com
o imperador Carlos V. Aspetos diplomáticos,
financeiros e afetuosos
Vítor Pinto
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
199
CASAMENTOS DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
200
COR:CMYK B1 Trab.: BOOKCAS4-0201-12 8 - 201 Rev.: 08-06-18 Hora: 14:43
202
O CASAMENTO DE D. ISABEL DE PORTUGAL
203
CASAMENTOS DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
tões Suíços19.
A diplomacia joanina, ainda numa fase de transição e
transformação, é posta à prova no diferendo que assolou o
204
O CASAMENTO DE D. ISABEL DE PORTUGAL
205
CASAMENTOS DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
206
O CASAMENTO DE D. ISABEL DE PORTUGAL
tendo o nosso país, para obter essa posse, de pagar 350 000
ducados em moeda corrente de ouro ou de prata, segundo a
cotação do país vizinho. Perante as dificuldades do tesouro
imperial, obrigado a manter uma custosa guerra em várias
207
CASAMENTOS DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
Negociações matrimoniais
Paralelamente a este grave diferendo, D. João III pare-
cia estar a jogar em dois tabuleiros de xadrez com o mesmo
jogador. Se, num desses tabuleiros, lutava pela posse (legíti-
ma) das ilhas Molucas, no outro, negociava o casamento de
sua irmã, D. Isabel, com Carlos V. O seu adversário neste
jogo, para além das inúmeras quezílias com o rei francês, ne-
8 - 208 Rev.: 10-07-18 Hora: 09:29
208
O CASAMENTO DE D. ISABEL DE PORTUGAL
209
CASAMENTOS DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
210
O CASAMENTO DE D. ISABEL DE PORTUGAL
211
CASAMENTOS DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
212
O CASAMENTO DE D. ISABEL DE PORTUGAL
213
CASAMENTOS DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
214
O CASAMENTO DE D. ISABEL DE PORTUGAL
215
CASAMENTOS DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
216
O CASAMENTO DE D. ISABEL DE PORTUGAL
217
CASAMENTOS DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
218
O CASAMENTO DE D. ISABEL DE PORTUGAL
219
CASAMENTOS DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
220
O CASAMENTO DE D. ISABEL DE PORTUGAL
221
CASAMENTOS DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
222
O CASAMENTO DE D. ISABEL DE PORTUGAL
223
CASAMENTOS DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
224
O CASAMENTO DE D. ISABEL DE PORTUGAL
225
CASAMENTOS DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
Considerações finais
Estamos de acordo com Alvar Ezquerra quando afirma,
de forma perentória, que Carlos V casou com D. Isabel de
Portugal por dinheiro e por acreditar que a mesma seria uma
8 - 226 Rev.: 10-07-18 Hora: 10:09
226
O CASAMENTO DE D. ISABEL DE PORTUGAL
227
CASAMENTOS DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
228
O CASAMENTO DE D. ISABEL DE PORTUGAL
229
CASAMENTOS DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
230
Notas
1
D. António Caetano de Sousa, Provas da história genealógica da Casa Real
portuguesa, tomo II, parte i, Coimbra, Atlântida, 1947, p. 436.
2
D. Fray Prudencio de Sandoval, História del emperador Carlos V, rey de
España, vol. 1, Madrid, Literário-Tipográfico de P. Madoz y L. Sagasti,
1846.
3
Sobre esta matéria, cf. Paula Rodrigues, «A teia de Avis. Estratégias ma-
trimoniais para a legitimação de uma dinastia. As primeiras gerações
(1387-1430)», in Casamentos da Família Real Portuguesa. Diplomacia e
cerimonial, coordenação de Ana Maria S. A. Rodrigues, Manuela Santos
Silva e Ana Leal de Faria, vol. i, Lisboa, Círculo de Leitores, 2017,
pp. 133-183.
4
Sobre o casamento destes, cf. Diana Pelaz Flores, «O triunfo do amor
político no casamento de D. Isabel de Portugal com João II de Castela»,
8 - 231 Rev.: 10-07-18 Hora: 10:12
231
CASAMENTOS DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
8
Sobre o casamento destes, cf. Ricardo Requeijo Milheiro, «D. Afonso V
com D. Isabel e infante D. Fernando com D. Beatriz: Dois casamentos,
a mesma face de uma estratégia matrimonial», in Casamentos da Família
Real Portuguesa. Êxitos e fracassos, vol. iii, pp. 67-89.
9
Para uma melhor compreensão das relações diplomáticas em tempo de
D. João III, cf. Pedro Cardim, «A diplomacia portuguesa no tempo de
D. João III. Entre o império e a reputação», in D. João III e o império.
Actas do Congresso Internacional comemorativo do seu nascimento, coorde-
nação de Roberto Carneiro e Artur Teodoro de Matos, Lisboa, CEP-
CEP/Centro de História de Além-Mar, 2004, pp. 627-660.
10
Idem, p. 629.
11
Ibidem, p. 630.
12
Ibidem, pp. 628-629.
13
Ibidem, p. 629.
14
João Paulo Oliveira e Costa, «A diáspora missionária», in História religio-
sa de Portugal, direção de Carlos Moreira de Azevedo, vol. ii, Lisboa,
Círculo de Leitores, 2000, pp. 255-313.
15
Sobre estes dois diplomatas, cf. Joaquim Veríssimo Serrão, Embaixada
em França de Brás de Alvide (1548-1554), Lisboa, Fundação Calouste
Gulbenkian, 1969, e Maria do Rosário Themudo Barata, Rui Fernandes
de Almada. Diplomata Português do Século XVI, Lisboa, Instituto de Alta
Cultura, Centro de Estudos Históricos anexo à FLUL, 1971.
16
Frei Luís de Sousa, Anais de D. João III, Prefácio e notas do Prof. M. Ro-
drigues Lapa, t. ii, Lisboa, Livraria Sá da Costa, 1938, p. 289.
8 - 232 Rev.: 10-07-18 Hora: 10:13
17
Pedro Cardim, op. cit., p. 633.
18
Idem, p. 636.
19
Ibidem.
20
Porque abandonou o serviço do rei D. Manuel I «por um agravo que te-
ve dele por lhe não mandar acrescentar um tostão à moradia que tinha»;
Francisco de Andrada, Crónica de D. João III, P. I, introdução e revisão
de Manuel Lopes de Almeida, Porto, Lello & Irmãos, 1976, cap. 10,
pp. 8-10.
COR:CMYK B1 Trab.: BOOKCAS4-0232-10
21
Luís de Albuquerque, Navegadores Viajantes e Aventureiros Portugueses —
Séc. XV e XVI, edição comemorativa do V Centenário dos Descobrimentos
Portugueses, vol. 2, Lisboa, Círculo de Leitores, 1987, p. 37.
22
Luís de Albuquerque, op. cit., p. 40.
232
O CASAMENTO DE D. ISABEL DE PORTUGAL
23
Ana Isabel Buescu, D. João III, Lisboa, Temas e Debates, 2008, p. 155.
24
Joaquim Veríssimo Serrão, História de Portugal. O Século de Ouro
(1495-1580), vol. 3, Lisboa, Verbo, 1978, p. 36.
25
Idem.
26
Idem, pp. 38-39.
27
«já que por el Rei D. Manuel seu pai casar com a Rainha D. Leonor por
conselho de poucos herdara ele [D. João III] tantas necessidades, quantas
agora via no seu reino, a ele também convinha remediá-las casando com
a mesma Rainha pelo parecer e conselho de muitos», Francisco de An-
drada, op. cit., cap. 19, pp. 17-18.
28
Para uma melhor análise deste casamento, cf. Ana Isabel Buescu, op. cit.
pp. 164-191; da mesma autora, Na corte dos Reis de Portugal: saberes, ri-
tos e memórias: estudos sobre o século XVI, Lisboa, Edições Colibri, 2011,
pp. 115-137; Annemarie Jordan, Catarina de Áustria. A rainha coleciona-
dora, Lisboa, Temas e Debates, 2017, pp. 47-53.
29
Alfredo Alvar Ezquerra, La Emperatriz — Isabel y Carlos: Amor y Gobier-
no en la Corte Española del Renacimiento (1503-1539), Madrid, La Esfera
de los Libros, 2012, p. 29.
30
Mónica Gómez-Salvago Sánchez, Fastos de una boda real en la Sevilla del
quinientos (Estudios y Documentos), Sevilha, Editorial Universidad de Se-
villa, 1998, p. 22; Juan Antonio Vilar Sánchez, 1526 Boda y luna de miel
del emperador Carlos V. La visita imperial a Andalucía y al Reino de Gra-
nada, Granada, Editorial Universidad de Granada, 2016, pp. 33-34.
31
Juan de Mata Carriazo, La boda del Emperador. Notas para una historia
del amor en el Alcázar de Sevilla, Sevilha, Publicaciones del Patronato de
8 - 233 Rev.: 10-07-18 Hora: 10:14
233
CASAMENTOS DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
37
Manuel Fernández Álvarez, op. cit., p. 326.
38
Alfredo Alvar Ezquerra, op. cit., p. 42; Alonso de Santa Cruz, Crónica del
Emperador Carlos V, tomo II, Madrid, Real Academia de la Historia,
1920, cap. xxxvi, p. 225.
39
Alonso de Santa Cruz, op. cit., cap. xxxvi, pp. 225-226.
40
«Así que Carlos [...] manda a Londres una delegación para que negocie
con Enrique VIII. El emperador va a entrar en guerra con Francia y ne-
cesita dinero, mucho dinero. Lo sacará de la dote que recibiría si se casa-
se con la hija del rey inglés. Si esto no está de acuerdo, no habrá boda.
No hubo boda.», Alfredo Alvar Ezquerra, op. cit., p. 42.
41
Anselmo Braamcamp Freire, Ida da Imperatriz D. Isabel para Castela,
Coimbra, Imprensa da Universidade, 1920.
42
Juan de Mata Carriazo, op. cit., pp. 58-59.
43
Idem.
44
Francisco de Andrada, op. cit., cap. 93, p. 112.
45
Anselmo Braamcamp Freire, op. cit., p. 12.
46
Francisco de Andrada, op. cit., cap. 93, pp. 112-113.
47
«una muy rica litera». Juan Antonio Vilar Sánchez, op. cit., p. 48.
48
Podemos consultar algumas dessas cartas em Anselmo Braamcamp Frei-
re, op. cit., pp. 33-104.
49
Idem, p. 16.
50
Alfredo Alvar Ezquerra, op. cit., p. 54.
51
«Señor Yo entrego a vuestra excelencia a la Emperatriz mi señora, en
nombre del Rey de Portugal, mi señor y mi hermano, como esposa que
8 - 234 Rev.: 10-07-18 Hora: 10:15
234
O CASAMENTO DE D. ISABEL DE PORTUGAL
60
Idem, p. 87.
61
Manuel Fernández Álvarez, op. cit., p. 334.
62
Juan de Mata Carriazo, op. cit., pp. 92-93.
63
Anselmo Braamcamp Freire, op. cit., pp. 64-65.
64
Idem, p. 27.
65
Alfredo Alvar Ezquerra, op. cit., p. 89.
66
«habían hecho lo que se puede hacer y habéis deshecho lo que era singu-
lar en el mundo.», Juan Antonio Vilar Sánchez, op. cit., p. 65.
67
Idem, p. 77.
68
Ibidem, p. 101.
69
Manuel Fernández Álvarez, op. cit., p. 343.
70
Alfredo Alvar Ezquerra, op. cit., pp. 119-128.
71
Manuel Fernández Álvarez, op. cit., p. 590.
72
Manuel Fernández Álvarez, Corpus Documental de Carlos V, 5 tomos,
Barcelona, Espasa Libros, 2003.
73
Manuel Fernández Álvarez, Carlos V, El César y el Hombre, p. 592.
74
Noémio Ramos, Gil Vicente, Tragédia de Liberata: do templo de apolo à
divisa de Coimbra, Lisboa, Ramos, 2012, Estrofe 630.
75
Alfredo Alvar Ezquerra, op. cit., p. 136.
76
Juan Antonio Vilar Sánchez, op. cit., p. 105.
77
Alfredo Alvar Ezquerra, op. cit., p. 332-333.
78
Idem, p. 347.
79
Manuel Fernández Álvarez, Carlos V. El césar y el hombre, p. 595.
80
Idem, pp. 841-847.
8 - 235 Rev.: 08-06-18 Hora: 14:39
81
«Así acabo en Yuste el que tanto había luchado en Europa por defenderla
contra sus enemigos de dentro y de fuera. Así murió Carlos V, el último
Emperador de Occidente, el único Emperador del Viejo y Novo Mun-
do.», Ibidem, p. 848.
COR:CMYK B1 Trab.: BOOKCAS4-0235-9
235