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Public Disclosure Authorized

Moçambique Outrora e Agora:


Um Atlas de Estatísticas Socioeconómicas
1997–2007
Public Disclosure Authorized
Public Disclosure Authorized
losure Authorized

BANCO MUNDIAL INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA


ii
Moçambique Outrora e Agora:
Um Atlas de Estatísticas Socioeconómicas
1997–2007
Chad Djibouti
Nigeria
Sudan Adis Abeba
Ethiopia

Central African Republic


Cameroon
Bangui
Malabo Yaounde
Equatorial Guinea Somalia

Equatorial Guinea Uganda Muqdisho


Kisangani
Mbandaka
Kampala Kenya
Gabon Congo Nairobi
Port Gentil
Rwanda
Bujumbura
RDC
Burundi Mombasa
Pointe Noire Kinshasa
Brazzaville Kigoma
Matadi Kananga
Tanzania, United Republic of Dar es Salaam
Kahemba

Luanda

Mtwara

Lumumbashi
Benguela Huambo
Angola
Malawi

Zambia Lusaka Lilongwe C.Ilha Moçambique

Livingstone Harare
Antananarivo
Zimbabwe Beira
Madagascar
Bulawayo

Namibia Botswana
Toliara
Windhoek
Gaborone
Pretoria Maputo
Mbabne
Johannesburg Swaziland

Kimberley
Maseru
South Africa Durban
Lesotho

East London
Cape Town Port Elizabeth 0 250 500 1,000

Quilómetros

iv
Moçambique Outrora e Agora

sumário
vi Prefácio 39 acesso a serviços
Electricidade, água corrente, telefones e internet
viI Agradecimentos
Distância até às principais áreas urbanas
1 Introdução
45 Educação
3 O povo de Moçambique Taxas brutas de matrícula no ensino primário
População Taxas brutas de matrícula no ensino secundário
Língua Distância às escolas primárias e secundárias
Religião Educação da força de trabalho

15 riqueza 57 terra e agricultura


Pobreza e desigualdade Terra
Propriedade de activos Clima
Animais

21 vidas saudáveis
Taxa de mortalidade infantil 68 definições de indicadores
Taxa de mortalidade materna 70 Índice de imagens e mapas
Malnutrição
Distância até às instalações de saúde
72 Referências
Fertilidade
Acesso à água de rios e lagos
Falta de acesso a instalações sanitárias
Diarreia e malária
Prefácio
O Instituto Nacional de Estatística de Moçambique é responsável por recolher, anali- No seu todo, os mapas deste Atlas apresentam uma visão aprofundada das caracterís-
sar, publicar e disseminar informações estatísticas sobre uma vasta gama de tópicos. ticas e condições de vida da população de Moçambique e da forma como elas variam
A missão do Instituto Nacional de Estatística é fornecer e promover informações es- dentro do país, permitindo assim direccionar adequadamente as políticas e progra-
tatísticas exactas, adequadas, pontuais e de alta qualidade, destinadas a serem utili- mas de redução da pobreza. Esperamos que este Atlas possa representar uma fonte de
zadas pelo sector público e privado na formulação de políticas, tomada de decisões, informação importante para todos aqueles que têm por missão promover o desenvol-
pesquisa e sensibilização geral do público, com vista ao progresso da situação socio- vimento económico e social em Moçambique.
económica de todos os moçambicanos.
Os mapas foram elaborados principalmente a partir dos resultados do Censo da Po-
Um aspecto focal da actividade do INE é a recolha de dados sobre as condições de pulação de 2007 e do Inquérito ao Orçamento Familiar, IOF 2009.
vida da população de Moçambique. Este Atlas foi elaborado como parte dos esforços
Esta publicação foi financiada pelo Fundo Fiduciário para o Desenvolvimento Am-
destinados a aumentar a compreensão das condições de vida dos moçambicanos e a
biental e Socialmente Sustentável (TF ESSD) do Banco Mundial, que muito agradece-
servir como base para elaborar as estratégias de desenvolvimento do país.
mos. Queremos também manifestar o nosso grato reconhecimento pelo apoio presta-
do na preparação conjunta deste Atlas.

João Dias Loureiro


Presidente do INE

vi
agradecimentos
Este atlas foi preparado conjuntamente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nómica na África austral, Sr. John Panzer, pelos úteis comentários e orientação dis-
de Moçambique e pelo Banco Mundial. pensados.
O INE forneceu os dados dos Censos da População de 1997 e 2007, que servem de O atlas foi produzido por uma equipa chefiada pelo Sr. Antonio Nucifora (Banco
base para este Atlas, e contribuiu também com elementos detalhados e observações Mundial, Economista Sénior) que incluía o Sr. Thomas Pave Sohnesen (Banco Mun-
que asseguraram a exactidão estatística e melhoraram a sua qualidade global. dial, Economista Sénior e principal autor do Atlas), Sr. Vasco Molini (Banco Mundial,
Economista Sénior em Pobreza, Sr. António Adriano (Director Adjunto para Censos
Um agradecimento especial ao Dr. João Dias Loureiro, Presidente do INE, pelo seu
e Inquéritos do INE), Sr. Cassiano Chipembe (Director de Estatísticas sobre Demo-
papel orientador e inspirador e ao Director de País do Banco Mundial em Moçam-
grafia e Condições de Vida do INE), Sr. Paulo Covele (Especialista GIS) e Andrea Nie-
bique, Sr. Laurence Clarke, por ter encorajado e apoiado este projecto. Estendemos
ves (designer gráfico). O financiamento para a produção foi concedido pelo Fundo Fi-
também os nossos agradecimentos ao Vice-presidente do INE, Dr. Manuel Gaspar
duciário para o Desenvolvimento Ambiental e Socialmente Sustentável (TF ESSD),
e ao Gestor Sectorial do Banco Mundial para a Redução da Pobreza e a Gestão Eco-
do Banco Mundial.

vii
viii
Moçambique Outrora e Agora:
Um Atlas de Estatísticas Socioeconómicas
É bem sabido que Moçambique se caracteriza por grandes variações dos indicadores socioeconó-
micos, nas várias províncias. De acordo com as estatísticas disponíveis, essas diferenças têm vindo
a reduzir-se em anos recentes. Por exemplo, sabemos que houve um grande progresso nas taxas de
matrícula no ensino primário e secundário na última década; mas quais as áreas onde se registou
o maior progresso, e aquelas onde o atraso é maior? As taxas de mortalidade infantil baixaram na
última década, mas onde é que se verificou o maior declínio, e onde é que ainda são elevadas? Este
Atlas fornece mapas e ilustrações que elucidam estes aspectos e muitos mais, ao apresentarem um
leque de estatísticas económicas e sociais a nível de Postos Administrativos. Relativamente à maior
parte dos indicadores, o Atlas inclui mapas que mostram a situação em 1997 e 2007. Acresce que
alguns dos mapas ilustram especificamente a alteração ao longo da década. Globalmente, o Atlas
apresenta um retrato fascinante das recentes mudanças socioeconómicas em Moçambique.
Antonio Nucifora
e Thomas Pave Sohnesen
2
O POVO DE MOÇAMBIQUE
População
Língua
Religião

A crescente população de Moçambique fala uma diversidade de línguas e pertence a uma


variedade de confissões religiosas.
População

A população de Moçambique ainda está a crescer, tendo atingido 20,5 milhões em 2007.

A província de Nampula, a norte, 1.2 – População total (em milhares), 2007 1.3 – População rural por km2, 2007
a zona central do país (províncias
da Zambézia, Sofala, Manica e
Tete) e a parte sudeste da faixa
costeira (províncias de Inhamba-
ne, Gaza e Maputo) são as mais
povoadas (fig 1.1 e 1.2) e com as
densidades mais altas de popula-
ção rural (fig 1.3). A densidade de
população refere-se ao número
de pessoas que vivem num de-
terminado Posto Administrativo,
dividido pela área desse Posto
Administrativo, medido em qui-
lómetros quadrados.

1.1 – População total por província


(em milhares) 1997 e 2007
 
    

1LDVVD Menos de 25 Menos de 10


&DER'HOJDGR
25–50 10–20
1DPSXOD
=DPEp]LD
51–75 21–30

7HWH 76–100 31–40


0DQLFD
Mais de 100 Mais de 40
6RIDOD
0 75 150 300 0 75 150 300
,QKDPEDQH
*D]D Quilómetros Quilómetros
3URYtQFLDGH0DSXWR
&LGDGHGH0DSXWR

4
Moçambique Outrora e Agora
Secção 1 - O POVO DE MOÇAMBIQUE

1.4 – Alteração na população (em percentagem) entre 1997 e 2007 1.5 – Alteração na população (em milhares) entre 1997 e 2007 O crescimento da população de
1997 para 2007, como uma per-
centagem, foi mais rápido no sul
e nas áreas costeiras (fig 1.4).
Contudo, em termos de números
absolutos, o aumento foi maior
nas áreas mais populosas do país
(fig 1.5). Em geral, o crescimento
da população foi mais acelerado
nas áreas rurais (fig 1.6).

1.6 – População Urbana e Rural (em


milhares), 1997 e 2007
8UEDQD 8UEDQD
5XUDO 5XUDO
Menos de–20
   
–20–0 Menos de–50

1–20 –50–10

21–40 –9–0

41–60 1–10

61–80 11–20

81–100 21–30

Mais de 100 Mais de 30

0 75 150 300 0 75 150 300

Quilómetros Quilómetros

5
População (CONT.)
Moçambique tem uma população muito jovem, em particular no centro-norte do país. A maior parte das áreas do sul
caracteriza-se por uma percentagem maior de população feminina.

A população de Moçambique ain- 1.8 – Percentagem de população com 15 anos ou menos, 2007 1.9 – Percentagem de população com 50 anos ou mais, 2007
da está em expansão (fig 1.7) e a po-
pulação com menos de 15 anos é
superior a 50% na maior parte do
centro e do norte do país (fig 1.8).
Apenas no sul e no extremo nor-
te existem distritos em que mais de
15% da população tem 50 anos ou
mais (fig 1.9).

1.7 – Pirâmide de população por


género, 1997 e 2007
3RSXODomRPDVFXOLQD
3RSXODomRPDVFXOLQD
3RSXODomRIHPLQLQD
3RSXODomRIHPLQLQD

ï
ï
ï Menos de 30 Menos de 5

ï 30–40 5–10


ï 41–45 11–15
ï
46–50 16–20
ï
Mais de 50 Mais de 20
ï
ï 0 75 150 300 0 75 150 300
ï
     Quilómetros Quilómetros
3RSXODomR

6
Moçambique Outrora e Agora
Secção 1 - O POVO DE MOÇAMBIQUE

1.10 – Número de homens por 100 mulheres, 1997 1.11 – Número de homens por 100 mulheres 2007 O rácio entre homens e mulheres no
país não é regular, com as provín-
cias de Inhambane, Gaza e também
as áreas meridionais das províncias
de Manica e Sofala a terem mais mu-
lheres do que homens (fig 1.11). Não
é uma tendência recente, registan-
do-se um padrão idêntico em 1997
(fig 1.10). O padrão parece estar re-
lacionado com a idade, pois só exis-
tem mais mulheres do que homens
a partir dos 17 anos de idade (e isto
aplica-se a todas as províncias men-
cionadas acima) (fig 1.12).

1.12 – Rácio homens / mulheres por


idade, 2007
,QKDPEDQH *D]D 2XWUDVSURYtQFLDV




Menos de 70 Menos de 70

71–80 70–80

81–90 81–90 
91–100 91–100

Mais de 100 Mais de 100

ï
ï
ï
ï
ï
ï
ï
ï
ï
ï
ï
ï
ï
0 75 150 300 0 75 150 300
*UXSRHWiULR
Quilómetros Quilómetros

7
Língua
Há uma variedade de línguas faladas por todo o Moçambique. O Português é a única língua que é falada na
maior parte do país e por quase toda a gente nos principais centros urbanos. Contudo, é a primeira língua para
apenas uma percentagem relativamente pequena de moçambicanos.

A capacidade de falar Português va- 1.13 – Percentagem de população (com 10 anos de idade ou mais) que
ria entre menos de 20 por cento da sabe falar Português, 2007
população em algumas áreas rurais
e mais de 60 por cento nos princi-
pais centros urbanos. A capacida-
de de falar Português também está
grandemente associada com a ida-
de e género. A maioria dos homens
com menos de 55 anos fala Portu-
guês (mais de 60 por cento); já nas
mulheres essa capacidade depen-
de em grande medida da idade. Por
exemplo, 63 por cento das mulheres
com idade entre os 11 e 15 anos fa-
lam Português, comparativamente
a 36 por cento com idade entre 31
e 35 anos e 17 por cento com ida-
de compreendida entre 51 e 55 anos 1.14 – Percentagem da população
(fig 1.14). que sabe falar Português por grupo
etário e género, 2007
6H[RPDVFXOLQR 6H[RIHPLQLQR


Menos de 20 

20–40

41–60 

61–80

Mais de 80

0 75 150 300

Quilómetros

ï

ï

ï

ï

ï

ï

ï

ï

ï

ï

ï
*UXSRHWiULR

8
Moçambique Outrora e Agora
Secção 1 - O POVO DE MOÇAMBIQUE

1.15a 1.15b Há pelo menos 4 por cento da po-


pulação moçambicana que fala nove
línguas e a prevalência geográfica de
cada uma destas nove línguas está
representada nos mapas. Cada mapa
indica a percentagem de população
que fala essa língua como língua
principal (figuras 1.15a a 1.15i). Os
mapas revelam que as línguas co-
muns estão, de uma forma geral, ge-
ograficamente concentradas, com a
grande maioria, em cada área, a fa-
lar a mesma língua. Deverá ter-se
presente que o Censo 2007 registou
1.15c muitas variações da mesma língua
mãe e, para criar os mapas, algu-
mas destas variações foram combi-
nadas da seguinte forma: Xitsonga
inclui as variações seguintes: Xibila,
Xidzonga, Xin’walungu, Xihlengue e
Xitlanganu. Sena inclui as variações
seguintes: Bangwe, Gombe, Sena
Care, Phondzo e Tonga. Emakhuwa

Menos de 1

1–30

31–60

61–90 1.15a–i – Língua falada (em percentagem), 2007


Mais de 90 1.15a – Cindau e variantes
0 75 150 300 1.15b – Cinyanja e variantes
Quilómetros
1.15c – Echuwabo e variantes

9
Língua (CONT.)

inclui as variações seguintes: Echi- 1.15d 1.15e


rima, Emarevoni, Emetto, Enhara,
Esaaka e Esangagi. Echuwabo inclui
as variações seguintes: Ekarungu e
Merenja. Cinyanja inclui Cicewa,
Cingoni e Cinsenga. Xitswa inclui
as variações seguintes: Xidzivi, Xi-
lhengwe, Xikhambani e Ximhandla.
Cindau inclui as variações seguintes:
Cidanda, Cimachanga e Ciqwaka.

1.15f

Menos de 1

1.15a–i – Língua falada (em percentagem), 2007 1–30

1.15d – Elomwe 31–60

1.15e – Emakhuwa e variantes 61–90


1.15f – Português Mais de 90
1.15g – Sena e variantes 0 75 150 300
1.15h – Xitsonga e variantes Quilómetros
1.15i – Xitswa e variantes

10
Moçambique Outrora e Agora
Secção 1 - O POVO DE MOÇAMBIQUE

1.15g 1.15h O Português parece ser uma excep-


ção a este padrão genérico de idio-
mas geograficamente concentrados.
O Português é falado como língua
principal, no país, por uma percen-
tagem significativa da população,
muito embora raramente seja a lín-
gua principal para uma maioria da
população (fig 1.15f). A figura 1.15f
mostra a percentagem da popula-
ção que fala Português como língua
1.15i principal, enquanto a figura 1.14
mostra a percentagem de população
que sabe falar Português.

Menos de 1

1–30

31–60

61–90

Mais de 90

0 75 150 300

Quilómetros

11
Religião
Encontram-se muitas confissões religiosas em Moçambique, com padrões geográficos distintos em termos de popularidade.

Moçambique tem uma excepcio- 1.16a


nal abundância de credos religio-
sos, sem que uma religião domine
no país. Se bem que todas as princi-
pais religiões estejam presentes em
todas as partes do país, existem pa-
drões geográficos marcantes que ca-
racterizam a predominância de cre-
dos religiosos (fig 1.16a até 1.16f).

1.16b

Menos de 20

20–40
1.16a–f – Percentagem de população pertencente a uma confissão 41–60
religiosa, 2007
61–80
1.16a – Muçulmanos
Mais de 80
1.16b – Católicos
0 75 150 300
1.16c – Sião Zione
Quilómetros
1.16d – Evangélica e Pentecostal
1.16e – Anglicana
1.16f – Não pratica qualquer religião

12
Moçambique Outrora e Agora
Secção 1 - O POVO DE MOÇAMBIQUE

1.16c 1.16e

1.16d 1.16f

Menos de 20

20–40

41–60

61–80

Mais de 80
0 75 150 300

Quilómetros

13
14
RIQUEZA
Pobreza e desigualdade
propriedade de activos

Os indicadores de riqueza e bem-estar, como a propriedade de activos e o consumo


per capita, indicam um padrão complexo de riqueza em todo o Moçambique.
Pobreza e desigualdade
Os indicadores de pobreza e de desigualdade revelam um padrão inesperado.

A riqueza pode ser medida de mui- mentares e de outra ordem, que é re- 2.1 – Índice de Pobreza por província, 2008/2009
tas maneiras. Nesta secção, avalia- ferido como o limiar da pobreza. Foi
mos o nível de vida das famílias me- então calculado o índice de incidên-
dindo o seu nível de consumo per cia de pobreza, por província, como
capita (que é o indicador interna- o número de pessoas com um con-
cional aceite para medir a pobre- sumo inferior ao limiar de pobreza
za monetária) e analisando tam- relativamente à população total des-
bém a propriedade de activos físicos sa província (fig 2.1). Segundo a Ter-
dos agregados familiares. A infor- ceira Avaliação Nacional da Pobre-
mação sobre consumo é extraída do za, as províncias do norte de Niassa,
Inquérito ao Orçamento Familiar Tete e Cabo Delgado eram as pro-
2008/2009, IOF 2008/2009, enquan- víncias menos pobres de Moçambi-
to os dados sobre propriedade de ac- que em 2008/09, enquanto as pro-
tivos provêm do Censo da Popula- víncias de Zambézia e Maputo eram
ção de 2007. A Terceira Avaliação as mais pobres (fig 2.1). Este padrão
Nacional da Pobreza (GdM, 2010) de pobreza vai contra a opinião ge-
mediu o nível de pobreza dos agre- neralizada em Moçambique de que
gados familiares moçambicanos uti- as províncias do sul são relativamen-
lizando dados do IOF 2008/09, atra- te mais ricas e pode reflectir um pro-
vés da medição do consumo total blema com os dados do inquérito ou
per capita do agregado familiar. Foi com a metodologia utilizada para
calculado o nível de despesas neces- calcular o limiar da pobreza. Está em
sárias para permitir às famílias um curso uma análise adicional para ve- Menos de 35

nível básico de consumo de bens ali- rificar estes resultados preliminares. 35–45

46–55

56–65

Mais de 65

0 75 150 300

Quilómetros

16
Moçambique Outrora e Agora
Secção 2 - RIQUEZA

2.2 – Valor quadrático do diferencial da pobreza por província, 2008/2009 2.3 – Desigualdades, por província, 2008/2009 Mediu-se o nível de desigualdade do
consumo em cada província (grau
de variação do consumo per capi-
ta entre os agregados familiares de
cada província) calculando o coe-
ficiente de Gini (GdM, 2010). Um
valor mais elevado do coeficien-
te de Gini indica que a desigualda-
de é maior. A análise da desigualda-
de por província revela um padrão
misto, com províncias do norte, cen-
tro e sul a terem níveis elevados de
desigualdade, mas também provín-
cias com nível relativamente baixo
de desigualdade no norte e no cen-
tro (fig 2.3).

Menos de 5 Menos de 35

5–8 35–37

8–11 37–39

11–14 39–41

Mais de 14 Mais de 41

0 75 150 300 0 75 150 300

Quilómetros Quilómetros

17
Propriedade de activos
A propriedade de activos caros é exclusiva de alguns e a maior parte deles vive em zonas
urbanas e no sul, enquanto a propriedade de activos menos caros é comum por todo o país.

2.4 – Percentagem de agregados familiares que possuem um 2.5 – Percentagem de agregados familiares que possuem uma Os bens mais acessíveis e frequente-
rádio, 2007 bicicleta, 2007 mente detidos são rádios e bicicle-
tas. A posse de rádios é comum nas
zonas urbanas mas também está ge-
neralizada nas zonas rurais (fig 2.4).
De referir que existe uma variação
considerável entre províncias e até
mesmo entre postos administrati-
vos vizinhos; em muitos casos, há
uma diferença superior a 20 pontos
percentuais, em termos de posse de
rádios, entre postos administrativos
contíguos (fig 2.4). A propriedade de
bicicletas também está generalizada
no país, mas é muito mais baixa no
sul e na cidade de Maputo, onde a
posse de carros é mais comum e o
uso de transportes públicos está ge-
neralizado (fig 2.5).

Menos de 30 Menos de 10

30–40 10–20

41–50 21–40

51–60 41–60

Mais de 60 Mais de 60

0 75 150 300 0 75 150 300

Quilómetros Quilómetros

18
Moçambique Outrora e Agora
Secção 2 - RIQUEZA

2.7a 2.7b A propriedade de bens caros, tais


como carros, motorizadas, TV e
computadores está limitada a um
número muito pequeno de agrega-
dos familiares (fig 2.7). Carros, TV e
computadores são praticamente ex-
clusivos de áreas urbanas da zona sul
do país, enquanto os motociclos se
podem encontrar em algumas áreas
do país (fig 2.7a–d).

A percentagem de agregados familia-


res que possuem alguns destes bens
é muito maior nas zonas urbanas,
comparativamente às áreas rurais, à
excepção das bicicletas que são mais
2.7c 2.7d
2.7a–d – Percentagem de agregados comuns nas zonas rurais (fig 2.6).
familiares que possuem activos
específicos, 2007 2.6 – Propriedade de activos por
2.7a – Carro urbanos/rurais, 1997/2007
2.7b – Computador
2.7c – Televisão Rádio Bicicleta TV
Carro Motorizada Computador
2.7d – Motorizada
Menos de 1

1–2

2–5

5–20

Mais de 20

0 75 150 300

Quilómetros

Urbanos Nacional Rurais

19
20
VIDAS SAUDÁVEIS
taxa de mortalidade infantil
taxa de mortalidade materna
malnutrição
distância até às instalações de saúde
fertilidade
acesso à água de rios e lagos
falta de acesso a instalações sanitárias
diarreia e malária
Uma vida saudável depende de muitos aspectos e registou-se um grande progresso na maior
parte deles, entre 1997 e 2007.
taxa de mortalidade infantil
A mortalidade infantil permanece muito elevada, mas baixou substancialmente em todo o país durante a década de
1997 a 2007, especialmente em locais que tinham níveis muito altos em 1997.

A Taxa de Mortalidade Infantil 3.1 – IMI por 1000 nados-vivos, 1997 3.2 – IMI por 1000 nados-vivos, 2007
(TMI) define-se como o número
de recém-nascidos que morrem an-
tes de completarem um ano de ida-
de, dividido pelo número de nados-
-vivos durante o ano, multiplicado
por 1000. Os dados para Moçambi-
que são do Censo 2007, enquanto a
comparação internacional com ou-
tros países de África utiliza a base de
dados online da Organização Mun-
dial de Saúde (disponível em: www.
who.int). Houve uma redução subs-
tancial na mortalidade infantil de
1997 para 2007 (figs 3.1 e 3.2).

As maiores reduções ao longo da


década registaram-se em Postos Ad-
ministrativos que tinham as taxas
mais altas em 1997 (fig 3.4). Como
resultado, há agora menos variação
da taxa de mortalidade infantil en-
tre os Postos Administrativos, con- Menos de 50

forme indica a distribuição mais es- 50–100

treita (mais concentrada) da taxa 101–150

de mortalidade infantil por Postos 151–200

Administrativos (fig 3.5). Mas ape- Mais de 200

sar do progresso, a taxa de morta- 0 75 150 300

lidade infantil de Moçambique não Quilómetros

está entre as mais baixas dos países


africanos (fig 3.3)

22
Moçambique Outrora e Agora
Secção 3 - VIDAS SAUDÁVEIS

3.3 – TMI por 1000 nados-vivos em África – 2007 3.4 – TMI em 1997 e alteração entre
1997 e 2007

$OWHUDomRHPPRUWDOLGDGHLQIDQWLOHQWUHH


ï

ï
     
0RUWDOLGDGHLQIDQWLOHP

3.5 – Distribuição da TMI, 1997 e


2007
0RUWDOLGDGHLQIDQWLO
0RUWDOLGDGHLQIDQWLO
Menos de 30 
30–60
61–90

91–120 
Mais de 120

Não há dados

0 475 950 1.900 

Quilómetros


     
7D[DGHPRUWDOLGDGHLQIDQWLO

23
taxa de mortalidade materna (CONT.)
As taxas de mortalidade materna variam consideravelmente entre distritos.

A Taxa de Mortalidade Materna 3.6– TMM por distrito, 2007 3.7 – TMM em África, 2007
(TMM) define-se como o óbito
de uma mulher com idade com-
preendida entre os 15 e 50 anos,
durante o período de gravidez,
enquanto dá à luz, ou no prazo
de 60 dias após o fim da gravi-
dez, por 100 000 nados-vivos. Os
dados referentes a Moçambique
são extraídos do Censo da Po-
pulação 2007 enquanto a com-
paração internacional com ou-
tros países de África provém da
Organização Mundial de Saúde.
As taxas de mortalidade mater-
na são mais altas no norte, com-
parativamente ao centro e sul do
país (fig 3.6). As taxas de mor-
talidade materna também pa-
recem variar consideravelmen-
te entre distritos. Em parte isto
Menos de 500
pode dever-se ao facto de o nú-
500–1000
mero de nascimentos e mor- Menos de 500

1001–1500
tes associadas a nascimentos em 500–1000

1501–2000
cada distrito ser baixo, o que tor- 1001–1500

na os dados susceptíveis a pe- 1501–2000 Mais de 2000

quenas variações. Mais de 2000 Não há dados

0 75 150 300 0 475 950 1.900

Quilómetros Quilómetros

24
Malnutrição Moçambique Outrora e Agora
Secção 3 - VIDAS SAUDÁVEIS

A percentagem de crianças com insuficiência de peso e raquitismo


está a baixar gradualmente, mas continua extremamente elevada.

3.8 – Tendência da malnutrição 3.9 – Percentagem de crianças com insuficiência de peso, em África, 2007 As avaliações antropométricas de
entre 1997 e 2008/2009 crianças são amplamente utilizadas
para analisar a prevalência de mal-
nutrição infantil. Os parâmetros an-
tropométricos são altura/idade (ra-
quitismo), peso/altura (debilitação)
e peso/idade (insuficiência de peso).
% crianças

As diferentes medidas captam dife-


rentes elementos de malnutrição, em
que o raquitismo reflecte um episódio
ou episódios passados sustentados
Raquitismo Insuficiência de peso
de subnutrição; a debilitação reflec-
te uma perda de peso associada com
um recente período de fome ou do-
ença; e a insuficiência de peso reflec-
te uma condição corrente resultante
de ingestão de alimentos inadequada,
episódios passados de subnutrição ou
fracas condições de saúde.

Os indicadores de malnutrição das


Menos de 6
crianças moçambicanas foram cal-
5–16
culados recorrendo a dados dos In-
17–26
quéritos ao Orçamento Familiar de
27–36
1996/97 e 2008/09 (IOF 1997 e IAF
Mais de 36
2009). Os valores do raquitismo e da
Não há dados
insuficiência de peso mostram uma
0 475 950 1.900 tendência decrescente de 1997 a 2009
Quilómetros (fig 3.8). Comparativamente a outros
países africanos, Moçambique tem
uma percentagem média de crianças
com peso insuficiente (fig 3.9).

25
Malnutrição (CONT.)

Os indicadores de malnutrição (isto 3.10 – Percentagem de crianças com raquitismo, 2007 3.11 – Número de crianças raquíticas por km2 2007
é, raquitismo, debilitação e insufi-
ciência de peso) não são geralmen-
te registados durante um censo e, na
verdade, a informação não foi reco-
lhida como parte do Censo Popula-
cional 2007 (que chegou a todos os
agregados familiares em Moçam-
bique). Os dados existentes dos In-
quéritos ao Orçamento Familiar só
dizem respeito a uma amostragem
relativamente pequena de famílias
moçambicanas. Com vista a estimar
quantas crianças sofrem de raquitis-
mo ou de desnutrição em cada Pos-
to Administrativo, utilizámos uma
metodologia conhecida por ‘Esti-
mação em Pequenas Áreas’. Esta
metodologia combina a informação
sobre malnutrição existente no in-
quérito IOF 2009 com as informa- Menos de 30 Menos de 1
ções sobre os agregados familiares e 30–40 2–5
crianças existentes quer no inquéri- 41–50 6–10
to IOF, quer no Censo de População 51–60 11–15
2007, para estimar quantas crianças Mais de 60 Mais de 15
sofrem de desnutrição em cada Pos- 0 75 150 300 0 75 150 300

Quilómetros Quilómetros

26
Moçambique Outrora e Agora
Secção 3 - VIDAS SAUDÁVEIS

3.12 – Percentagem de crianças com insuficiência de peso, 2007 3.13 – Número de crianças com insuficiência de peso, por km2, 2007 to Administrativo (uma descrição
completa da metodologia e dos re-
sultados está disponível em Sohne-
sen, 2011). Estas estimativas foram
utilizadas para produzir mapas de
indicadores de raquitismo e de in-
suficiência de peso por posto admi-
nistrativo (Figs 3.10 a 3.13).

Há percentagens muito mais elevadas


de crianças com raquitismo e/ou peso
insuficiente nas províncias do norte e
centro de Moçambique do que no sul.
Em termos de números absolutos de
crianças raquíticas por km2 (o que
pode ser importante se os formula-
dores de políticas quiserem determi-
nar geograficamente as áreas de inter-
venção) a maior densidade de crianças
desnutridas encontra-se nas áreas
Menos de 10 mais populosas do norte, centro e sul,
11–15 Menos de 1 incluindo ao longo da faixa costeira do
16–20 2–5 sudoeste, densamente populada, e nos
21–25 6–10 centros urbanos (figs 3.9, 3.10). Verifi-
26–30 11–15 ca-se o mesmo padrão em relação às
Mais de 30 Mais de 15 crianças com insuficiência de peso.
0 75 150 300 0 75 150 300

Quilómetros Quilómetros

27
Distância até às instalações de saúde
A maioria das pessoas vive relativamente próxima de uma instalação de saúde

Integrado no Censo da Popu- 3.14 – Localização de instalações de saúde em Moçambique, 2007 3.15 – Distância até à instalação de saúde mais próxima, 2007
lação de 2007, o Instituto Na-
cional de Estatística (INE) re-
colheu dados espaciais sobre
a localização geográfica de to-
das as instalações de saúde (fig
3.14). Isto permitiu calcular e
fazer um mapa das distâncias
médias a que as aldeias se en-
contram das instalações de saú-
de em todo o país, sendo que a
distância até às instalações de
saúde é medida pela distância
em linha recta entre o centro da
aldeia e a mais próxima instala-
ção de saúde de qualquer tipo
(posto de saúde, centro de saú-
de ou hospital). A maior parte
do país está razoavelmente pró-
xima de uma instalação de saú-
de, mas existem também áre-
as onde os agregados familiares
estão a mais de 35km de distân- Menos de 5

cia da instalação de saúde mais 6–15

próxima. (fig 3.15) 16–25

26–35
+ Saúde 2007
Mais de 35

0 75 150 300 0 75 150 300

Quilómetros Quilómetros

28
Acesso a água segura Moçambique Outrora e Agora
Secção 3 - VIDAS SAUDÁVEIS

Apesar da falta de progresso global no acesso a água potável e segura,


algumas das piores áreas registaram melhorias ao longo da última década.

3.16 – Percentagem de agregados familiares com fonte de água melhorada Um aspecto importante para se po-
der ter uma vida saudável é o aces-
so a água potável e segura. Consi-
deram-se fontes de água melhorada
as seguintes fontes de água: liga-
ções domésticas, fontanários públi-
cos, furos de água, poços protegi-
dos, nascentes protegidas e recolha
de água da chuva. O mapa 3.16 mos-
tra a percentagem de famílias que
utilizam uma fonte de água melho-
rada. O mapa evidencia que existem
grandes variações na percentagem
de agregados familiares com fonte
Menos de 5
de água melhorada, desde um valor
5–15
de menos de cinco por cento até al-
16–25
gumas áreas com mais de 85% a uti-
26–35
lizar fontes de água melhorada. É
36–45
importante registar que, ao contrá-
46–55
rio de muitos outros aspectos sociais
56–65
ilustrados neste Atlas, a variação é
66–75
em grande medida entre distritos,
mais do que entre norte-sul ou es-
76–85
te-oeste.
Mais de 85

0 75 150 300

Quilómetros

29
Acesso a água segura (CONT.)

A Figura 3.18 mostra a localiza- 3.18 – Rios, lagos e poços de água em Moçambique, 2007 3.19 - Percentagem de agregados familiares que utilizam água de
ção de poços de água, rios e lagos rios ou lagos, 1997
em Moçambique. Os rios e lagos
não são considerados uma fonte de
água potável e segura. Em 1997 e em
2007, cerca de 17 por cento dos agre-
gados familiares iam buscar a água
que bebiam aos rios e lagos. Há uma
grande diferença na percentagem de
agregados familiares que utilizam os
rios e lagos, entre as zonas urbanas
e rurais (fig 3.17). Os Postos Admi-
nistrativos com a percentagem mais
alta de agregados familiares que uti-
lizavam os rios e lagos como fonte

3.17 – Percentagem de agregados


familiares que utilizam água de rios
ou lagos, urbana/nacional/rural,
2007

Menos de 20

21–40
Water 41–60
Rivers 61–80
Lake Mais de 80

0 75 150 300 0 75 150 300

Quilómetros Quilómetros

Urbano Nacional Rural

30
Moçambique Outrora e Agora
Secção 3 - VIDAS SAUDÁVEIS

3.21 – Percentagem de agregados familiares que usam água de rios 3.22 – Alteração no uso de rios ou lagos entre 1997 e 2007 de água para beber, em 2007, estão
ou lagos, 2007 sobretudo situados na parte ociden-
tal do país (3.19, 3.21).

Se bem que, em média, não se te-


nha registado progresso na redução
da percentagem das famílias que vão
buscar a água que bebem aos rios e
lagos, algumas áreas, em particular
na zona ocidental do país, fizeram
um progresso substancial (fig 3.22).
Os Postos Administrativos com a
percentagem mais alta de agrega-
dos familiares que em 1997 utiliza-
vam os rios e lagos como uma fonte
de água foram, de facto, os que mais
progressos registaram (fig 3.20).

3.20– Percentagem de agregados


familiares que utilizam água de rios
ou lagos em 1997 e alteração entre
1997 e 2007
Menos de 20 Menos de–15 

20–40 –15––5
41–60 –5–5

$OWHUDomRHQWUHH
61–80 5–15 

Mais de 80 Mais de 15

0 75 150 300 0 75 150 300


ï
Quilómetros Quilómetros

ï
     
3HUFHQWDJHPGRVTXHXWLOL]DPiJXDGHULRV
RXODJRVHP

31
falta de acesso a instalações sanitárias
Houve um progresso generalizado no acesso a instalações sanitárias
em todo o país durante a década passada, especialmente no norte.

A percentagem de agregados fami- 3.24 – Percentagem de agregados familiares que não tem acesso 3.25 – Percentagem de agregados familiares que não tem acesso a
liares que não tem acesso a instala- a uma casa de banho, 1997 uma casa de banho, 2007
ções sanitárias teve uma queda de 10
pontos percentuais, de 63 por cento
em 1997 para 53 por cento em 2007
(figs 3.23, 3.24, 3.25). Há, contu-
do, um enorme fosso entre zonas
urbanas e rurais, com mais de 65
por cento dos agregados familiares
em zonas rurais a não terem ainda
acesso a uma instalação sanitária,
em 2007.

3.23 – Percentagem de agregados


familiares que não tem acesso a uma
casa de banho, a nível urbano/nacio-
nal/rural, 2007







Menos de 20

20–40

41–60

61–80

Mais de 80

 0 75 150 300
8UEDQR 1DFLRQDO 5XUDO
Quilómetros

32
Moçambique Outrora e Agora
Secção 3 - VIDAS SAUDÁVEIS

3.26 – Alteração na percentagem de agregados familiares que não tem acesso Em geral, observou-se um progres-
a uma casa de banho, entre 1997 e 2007 so maior no norte do que no resto
do país (fig 3.26) mas, ao contrário
de outros aspectos, tais como fertili-
dade e mortalidade infantil, não en-
contramos uma relação entre o pro-
gresso registado e o nível em 1997
(fig 3.27).

3.27 – Percentagem de agregados fa-


miliares que não tinha acesso a uma
casa de banho em 1997 e alteração
entre 1997 e 2007


$OWHUDomRQRDFHVVRDFDVDGHEDQKR


HQWUHH
Menos de–20

–20––10
ï
–10–0

0–10

Mais de 50

0 75 150 300 ï


     
3HUFHQWDJHPVHPDFHVVRDFDVDGHEDQKR
Quilómetros
HPFDVDHP

33
Diarreia e malária

Actualmente, há mais pessoas a serem tratadas de diarreia e malária do que no passado.

O número de casos tratados de ma- 3.28 – Número de casos de diarreia por 1000 habitantes, 2007 3.29 – Número de casos de malária por 1000 habitantes,
lária e diarreia é contabilizado nas 1998
instalações de saúde de todo o país,
conforme declarado pelo Gabinete
de Epidemiologia do Ministério da
Saúde.

As figuras 3.28 a 3.31 mostram o nú-


mero de casos de diarreia e malá-
ria, como uma proporção da popu-
lação, reportados nas instalações de
saúde em 1997–1998 e em 2007. Re-
velam um aumento substancial do
número de casos tratados na maio-
ria do país. É importante salien-
tar, contudo, que o aumento obser-
vado no número de casos tratados
em instalações de saúde, não indica
necessariamente que haja mais
pessoas a sofrer destas doenças;

Menos de 10 Menos de 10

10–20 10–20

21–30 21–30

31–40 31–40

Mais de 40 Mais de 40

0 75 150 300 0 75 150 300

Quilómetros Quilómetros

34
Moçambique Outrora e Agora
Secção 3 - VIDAS SAUDÁVEIS

3.30 – Número de casos de malária por 1000 habitantes, 1998 3.31 – Número de casos de malária por 1000 habitantes, 2007
na realidade, é mais provável que
reflicta um aumento do número de
pessoas que procuram tratamento,
uma vez que o acesso às instalações
de saúde tem melhorado com o tem-
po. O Relatório sobre os Objectivos
de Desenvolvimento do Milénio,
do Ministério da Planificação e De-
senvolvimento (GdM, 2010), indica
uma forte tendência descendente, ao
longo do tempo, na percentagem de
crianças com menos de cinco anos
que sofrem de malária (fig 3.31).

Menos de 50 Menos de 50

50–100 50–100

101–150 101–150

151–200 151–200

201–250 201–250

Mais de 250 Mais de 250

0 75 150 300 0 75 150 300

Quilómetros Quilómetros

35
Fertilidade
As taxas de fertilidade são agora mais homogéneas em todo o país que há uma década atrás.

3.32 – Taxa de fertilidade geral, 1997 3.33 – Taxa de fertilidade geral, 2007 A taxa geral de fertilidade define-
-se como o número anual de nados-
-vivos por 1 000 mulheres em idade
fértil (entre os 15 e 49 anos de ida-
de). A taxa média geral de fertilida-
de, a nível nacional, decresceu mui-
to pouco ao longo da década, de 174
em 1997, para 168 em 2007. Esta pe-
quena redução mascara um proces-
so de igualização, com descidas em
áreas que em 1997 tinham taxas de
fertilidade elevadas e aumento da
fertilidade em áreas que tinham ta-
xas muito baixas (figs 3.32, 3.33). As
taxas de fertilidade são, em média,
mais elevadas no centro e no nor-
te, em comparação com o sul, mas
é de realçar que a taxa de fertilidade
no conjunto do país é mais homo-
génea em 2007 do que era em 1997
(figs 3.32, 3.33).

Menos de 100

100–150

151–200

201–300

Mais de 300

0 75 150 300

Quilómetros

36
Moçambique Outrora e Agora
Secção 3 - VIDAS SAUDÁVEIS

37
38
ACESSO A SERVIÇOS
electricidade, água corrente, telefones e internet
distância até às principais áreas urbanas

O acesso a serviços como a electricidade, telefone fixo e água corrente são praticamente um
privilégio urbano, enquanto o uso de telefones celulares já se espalhou ao sul rural.
Electricidade, Água Corrente, Telefones e Internet
O acesso a serviços básicos, como água corrente, telefones fixos, internet e electricidade para iluminação, é privilégio só de
alguns agregados familiares, especialmente em áreas urbanas.

O acesso a serviços como água cor- 4.2a 4.2b


rente, telefones fixos, internet e elec-
tricidade para iluminação é geral-
mente um luxo raro. Há cerca de
32 por cento de agregados familia-
res urbanos que utilizam estes servi-
ços de electricidade e de água cana-
lizada, face a apenas 1 por cento de
agregados familiares rurais. Em 2007 4.2a–d – Percentagem de agregados familiares que
cerca de 45 por cento de agregados utilizam um serviço, 2007
familiares urbanos possuíam tele- 4.2a – Utilizam a electricidade como principal
móvel, mas nas famílias rurais eram fonte de iluminação
menos de 10 por cento. Electricida- 4.2b – Utilizam principalmente água canalizada
de e água canalizada eram utilizadas (instalada dentro ou fora de casa)
por cerca de um terço dos agregados 4.2c – Possuem telefone fixo
familiares urbanos e quase não exis- 4.2d – Utilizaram a internet nos últimos 12 meses
tiam nas áreas rurais. (fig 4.1). 4.2c 4.2d

4.1 – Percentagem de agregados


familiares que utilizam serviços
públicos, em áreas urbanas e rurais,
2007
7HOHPyYHO (OHFWULFLGDGH ÉJXDFRUUHQWH
Menos de 2
,QWHUQHW 7HOHIRQHIL[R
 2–4

5–6
 7–8

9–10

11–12

Mais de 12

0 37.5 75 150

 Quilómetros


8UEDQRV 1DFLRQDO 5XUDLV

40
Moçambique Outrora e Agora
Secção 4 - ACESSO A SERVIÇOS

4.3 – Percentagem de agregados familiares com pelo menos um 4.4 – Cobertura de torres mcel em todo o Moçambique, 2007 A posse de telefones celulares é bas-
telefone celular tante mais comum em áreas urbanas
(48 por cento dos agregados fami-
liares têm pelo menos um telemó-
vel), mas está a expandir-se às zo-
nas rurais, designadamente no sul
(fig 4.3). A figura 4.3 também reve-
la que a posse de telemóveis não é
explicada pelo acesso a serviços ce-
lulares, uma vez que existem mui-
tas áreas com torres mcel (e, con-
sequentemente, cobertura de rede)
no norte (fig 4.4), mas que têm uma
densidade muito baixa de telefones
celulares. (Nota: Não nos foi forne-
cida a localização das torres de tele-
fones celulares pela Vodacom, que é
o outro grande prestador de serviços
celulares em Moçambique).

Menos de 2

2–4

5–6

7–8

9–10

11–12

Mais de 12

0 75 150 300 0 75 150 300

Quilómetros Quilómetros

41
Distância até às principais áreas urbanas

Vastas áreas do país continuam isoladas dos mercados principais

O acesso aos principais centros ur- 4.5 – Mapa de Estradas 4.6 – Tempo de viagem até centros urbanos (em minutos)
banos depende, em parte, das in-
fra-estruturas rodoviárias, que são
muitas vezes um factor chave de
acesso a mercados principais com
maior oferta de produtos e com pre-
ços favoráveis.

O tempo estimado de deslocação


até à cidade mais próxima, para
pelo menos 50 000 pessoas, foi cal-
culado com base nas estradas exis-
tentes e pressupostos sobre a ve-
locidade média da deslocação por
tipo de estrada, levando também
em conta as condições do terreno
e de elevação (ver Dorosh e Schmi- Primárias

dt, 2008, para detalhes completos). Secundárias

O modelo calcula o tempo de via- Terciárias

gem mais rápido de cada uma das Vias locais


Menos de 200
aldeias até ao mercado mais pró- Não classificadas
201–400
ximo dentro de Moçambique. Este Outras
401–600
mapa baseia-se no mapa do Censo Comboio

de 2007 (fig 4.6). Capitais


Mais de 600

0 75 150 300 0 75 150 300

Quilómetros Quilómetros

42
Moçambique Outrora e Agora
Secção 4 - ACESSO A SERVIÇOS

43
44
EDUCAÇÃO
Taxas brutas de matrícula no ensino primário
Taxas brutas de matrícula no ensino secundário
Distância às escolas primárias e secundárias
Educação da força de trabalho

Houve um progresso substancial nas matrículas no ensino primário e secundário ao longo


da década compreendida entre 1997 e 2007, tanto de rapazes como de raparigas, e nas áreas
urbanas e rurais.
taxas brutas de matrícula no primário

As matrículas brutas no primário subiram consideravelmente durante a última década

A taxa Bruta de Matrícula no Pri- 5.1 – Taxas de MBP, 2007 5.2 – Alteração MBP between 1997 and 2007
mário (MBP) fornece uma medida
da percentagem de crianças em ida-
de do ensino primário que estão re-
almente matriculadas na escola. Cal-
cula-se como o número de alunos
que frequentam o ensino primário
(anos 1 a 7 e incluindo o ensino téc-
nico elementar ETE), divido pelo nú-
mero de crianças com idade entre os
6 e 12 anos. A Taxa Bruta de Matrí-
cula no Primário aumentou conside-
ravelmente na última década, de uma
média de 66 por cento em 1997 para
99 por cento em 2007. Este valor re-
flecte aumentos substanciais das ma-
trículas no ensino primário, quer nas
áreas urbanas quer rurais e tanto de
rapazes como de raparigas. Em ter-
mos geográficos, registou-se progres-
so nas taxas de matrícula no primário
em quase todos os Postos Adminis-
trativos, especialmente na parte cen- Menos de 25 Menos de 15
tral do país (figs 5.1, 5.2). De facto, 25–50 15–30
uma análise simples mostra que os 51–75 31–45
postos administrativos com as taxas 76–100 46–60
de matrícula mais baixas em 1997 re- Mais de 100 Mais de 60
gistaram as melhorias mais acentu- 0 75 150 300 0 75 150 300
adas entre 1997 e 2007. Convém ter
Quilómetros Quilómetros
presente que o progresso relativa-
mente reduzido verificado nos Postos
Administrativos do sul e na Cidade
de Maputo e noutros centros urbanos
46
Moçambique Outrora e Agora
Secção 5 - EDUCAÇÃO

5.4 – Taxa de MBP masculina, 2007 5.5 – Taxa de MBP feminina, 2007 não reflecte necessariamente falta de
progresso e pode também indicar que as
taxas de matrícula dessas áreas estão a
aproximar-se da matrícula universal.

É também de assinalar que muitos Pos-


tos Administrativos ainda têm taxas
baixas de matrícula no primário. Cerca
de 20 por cento dos Postos Administra-
tivos têm taxas brutas de matrículas no
primário, inferiores a 75. Muitas destas
áreas com baixas taxas de matrículas
estão concentradas nas províncias do
norte, tais como Niassa, Cabo Delgado,
Nampula e Tete. Acresce que as taxas de
inscrição femininas continuam inferio-
res às dos rapazes, particularmente nas
zonas rurais (figs 5.3, 5,4).

5.5 – Taxa de MBP em 1997 e altera-


ção entre 1997 e 2007

$OWHUDomRQDWD[DGHPDWUtFXODVHQWUHH

Menos de 25 Menos de 25

25–50 25–50

51–75 51–75

76–100 76–100 

Mais de 100 Mais de 100

0 75 150 300 0 75 150 300



Quilómetros Quilómetros

ï
   
7D[DGHPDWUtFXODVHP

47
taxas brutas de matrícula no primário (CONT.)

O acesso às escolas primárias é bom na maior parte do país

A distância até às escolas primárias 5.6 – Distância até à escola primária mais próxima, 2007
é medida em linha recta, ou seja, é
a distância geográfica entre qualquer
local e a escola primária mais próxi-
ma, independentemente da existên-
cia de uma estrada ou outro meio de
transporte. Uma medida mais certa
seria a distância real viajada, em fun-
ção dos caminhos e estradas existen-
tes; contudo, o mapa ainda dá uma
boa indicação do grau de cobertu-
ra de escolas primárias no país. O
mapa mostra que, em grande parte
do país, existe uma escola primária
a uma distância de seis quilómetros.
Contudo, também há algumas áreas
com distâncias muito maiores até à
escola primária mais próxima.

Menos de 2

3–4

5–6

7–8

Mais de 8

0 75 150 300

Quilómetros

48
Moçambique Outrora e Agora
Secção 5 - EDUCAÇÃO

5.7 – MBP em África, 2007 Com os níveis de inscrição no ensi-


no primário a aproximarem-se da
matrícula universal, Moçambique
está bem posicionado face a mui-
tos outros países africanos (fig 5.7).

Menos de 70

70–90

91–110

111–130

Mais de 130

Não há dados

0 475 950 1.900

Quilómetros

49
taxas brutas de matrícula no ensino secundário
As matrículas brutas no secundário aumentaram cerca de quatro vezes durante
a última década, estando o progresso concentrado nas áreas urbanas.

A taxa bruta de Matrículas no Se- 5.8 – Taxas de MBS, 2007 5.9 – Alteração na MBS entre 1997 e 2007
cundário (MBS) fornece uma me-
dida da percentagem de crianças em
idade do ensino secundário que es-
tão efectivamente inscritas na es-
cola secundária. Define-se como
o número de alunos que frequen-
tam o ensino secundário (8º ao 12º
ano, incluindo escolas técnicas ETB
e ETM), dividido pelo número de
crianças com idades entre os 13 e 16
anos. A taxa de matrículas brutas no
secundário quadruplicou, passando
de uma média de 10 por cento em
1997 para 42 por cento em 2007. O
progresso entre os vários postos ad-
ministrativos foi relativamente ho-
mogéneo, com quase todos a re-
gistarem progresso (figs 5.8, 5.9).
Contudo, o aumento das matrícu-
Menos de 10
las concentrou-se nas áreas urbanas
10–20 Menos de 5
e verificou-se sobretudo nas zonas
21–25 5–15
que já tinham mais matrículas em
16–25
1997 (fig 5.12). 26–45

46–65 26–35

66–85 36–45

86–100 46–55

Mais de 100 Mais de 55

0 75 150 300 0 75 150 300

Quilómetros Quilómetros

50
Moçambique Outrora e Agora
Secção 5 - EDUCAÇÃO

5.10 – Taxa de MBS, masculina, 2007 5.11 – Taxa de MBS, feminina, 2007 Continua a haver uma lacuna de
género no ensino secundário. Em
2007, estavam matriculados aproxi-
madamente 47 por cento de rapazes,
em comparação com 37 por cen-
to de raparigas. Ao contrário de ou-
tros aspectos sociais, não existe uma
diferença clara entre norte e sul nas
taxas de matrícula no secundário,
entre ambos os géneros. Existem,
porém, disparidades entre postos
administrativos e, em todas as pro-
víncias, registam-se diferenças acen-
tuadas entre Postos Administrativos
(figs 5.10, 5.11).

5.12 – Taxa de MBS em 1997 e


alteração entre 1997 e 2007


$OWHUDomRQDVPDWUtFXODVHQWUHH
Menos de 10 Menos de 10

10–20 10–20 

21–25 21–25

26–45 26–45 

46–65 46–65

66–85 66–85

86–100 86–100

Mais de 100 Mais de 100

0 75 150 300 0 75 150 300 


   
Quilómetros Quilómetros 7D[DGHPDWUtFXODVHP

51
taxas brutas de matrícula no secundário (CONT.)

O acesso às escolas secundárias continua a ser limitado

A distância até às escolas secun- 5.13 – Distância até à escola secundária mais próxima, 2007
dárias é medida em linha recta, ou
seja, a distância geográfica entre um
local e a escola secundária mais pró-
xima, independentemente de exis-
tir uma estrada ou qualquer outro
meio de transporte. Uma medida
mais certa seria a distância real per-
corrida em função dos caminhos e
estradas existentes; mesmo assim, o
mapa ainda dá uma boa indicação
do grau de cobertura de escolas se-
cundárias no país. O mapa indica
que, na maior parte do país, não há
uma escola secundária num raio de
40 quilómetros.

Menos de 10

10–20

21–30

31–40

Mais de 40

0 75 150 300

Quilómetros

52
Moçambique Outrora e Agora
Secção 5 - EDUCAÇÃO

5.14 – Taxas de MBS em África, 2007 As taxas de matrículas no ensino se-


cundário são, em média, mais baixas
em Moçambique do que na maior
parte dos outros países africanos (fig
5.14).

Menos de 10

10–30

31–50

51–70

Mais de 70

Não há dados

0 475 950 1.900

Quilómetros

53
Educação da força de trabalho

A mão-de-obra instruída é escassa

Uma força de trabalho instruí- 5.15 – Taxa de literacia masculina adulta, 2007 5.16 – Taxa de literacia feminina adulta , 2007
da é um elemento chave para o
desenvolvimento e crescimen-
to. Infelizmente, na maior parte
das zonas rurais, apenas meta-
de dos homens sabem ler e es-
crever (i.e. são alfabetizados) e
só um pequeno número de mu-
lheres (fig 5.15, 5.16).

Menos de 25 Menos de 25

25–40 25–40

41–60 41–60

61–80 61–80

Mais de 80 Mais de 80

0 75 150 300 0 75 150 300

Quilómetros Quilómetros

54
Moçambique Outrora e Agora
Secção 5 - EDUCAÇÃO

5.17 – Percentagem da força de trabalho com o ensino primário 5.18 – Percentagem da força de trabalho com o ensino secundário A população em idade activa (15 a
completo, ou acima, 2007 completo, ou acima, 2007 65 anos) com alguma educação for-
mal (ensino primário ou acima) está
principalmente concentrada nas
áreas urbanas. Quase não se encon-
tram indivíduos em idade activa,
com o ensino secundário (ou aci-
ma) fora das áreas urbanas (fig 5.17,
5.18, 5.19)

5.19 – Percentagem da força de tra-


balho (entre os 15 e 65 anos) com o
ensino primário completo, ou acima,
e secundário, ou acima, por género e
urbana/rural, 2007

3ULPiULR 6HFXQGiULR




Menos de 25 Menos de 25

25–40 25–40

41–60 41–60 

61–80 61–80

Mais de 80 Mais de 80

0 75 150 300 0 75 150 300



8UEDQD 5XUDO 8UEDQD 5XUDO
Quilómetros Quilómetros 6H[RPDVFXOLQR 6H[RIHPLQLQR

55
56
TERRA E AGRICULTURA
terra
clima
animais

A terra e a agricultura têm uma enorme importância para a maior parte da população de
Moçambique. Esta secção indica a distribuição da terra no país e a variação de chuva e
temperatura em 2007 e ao longo da última década. Mostra também onde é mais comum a
posse de animais e o modo como este dado tem alterado ao longo do tempo.
Terra e Clima
A topografia de Moçambique varia mais de este para oeste, enquanto
os padrões de chuva mudam sobretudo do norte para o sul.

A elevação aumenta geral- 6.1 – Topografia de Moçambique 6.2 – Adequação das terras
mente à medida que nos des-
locamos de este para oeste na
região norte do país (fig 6.1).
As capacidades da terra e a
sua adequação a serem utili-
zadas variam principalmen-
te de norte para sul, estando a
terra adequada a uma utiliza-
ção agrícola intensiva concen-
trada no norte (fig 6.2).

Terra adequada para uso agrícola intensivo


Massas de água
–112 – 100
Apropriada para todos os usos
101 – 200
Apropriada para todos os usos, mas requer alguma conservação
201 – 300
Apropriada para todos os usos, mas requer conservação intensiva
301 – 400
Terra não adequada para uso agrícola mas apropriada para
401 – 500
pastorícia, reflorestação ou vegetação natural
501 – 600 Apropriada para diversos usos
601 – 1,000 Apropriada para pastorícia, reflorestação ou vida selvagem
1,010 – 2,420
Apropriada para reflorestação ou vida selvagem, inadequada
para erva
0 75 150 300
0 75 150 300
Quilómetros
Quilómetros

58
Moçambique Outrora e Agora
Secção 6 - TERRA E AGRICULTURA

O padrão norte-sul obser-


6.3a – 1997 6.3b – 1998 6.3c – 1999 6.3d – 2000 6.3e – 2001 6.3f – 2002 vado na adequação agríco-
la é também observado na
pluviosidade, com o norte
a registar muito mais chu-
va do que o sul. As figuras
6.3a–l mostram a variação
pluvial por ano e localiza-
ção. Em particular, as cheias
de 2000 e as secas de 2002 e
2005 são fáceis de observar.

Os mapas de pluviosidade
e temperaturas foram ela-
borados utilizando dados
diários do satélite meteo-
rológico da NASA duran-
6.3g – 2003 6.3h - 2004 6.3i – 2005 6.3j – 2006 6.3k – 2007 6.3l – 2008 te o período compreendi-
do entre 1997 e 2008.

6.3a–l – Pluviosidade por


ano, 1997–2008
400mL

500mL

600mL

700mL

800mL

900mL

1000mL

1300mL

1600mL

1900mL
0 75 150 300

Quilómetros

59
Terra e Clima (CONT.)

Os 12 mapas nas figuras 6.4a – Janeiro 6.4b – Fevereiro 6.4c – Março 6.4d – Abril 6.4e – Maio 6.4f – Junho
6.4a–l ilustram de for-
ma bem visível a plu-
viosidade sazonal em
Moçambique verifica-
da em 2007. A estação
das chuvas começou
em Novembro no sul e
no centro, dominando
todo o país em Dezem-
bro e diminuindo a par-
tir do sul em direcção
ao norte em Janeiro, Fe-
vereiro e Março.

6.4a–l – Pluviosidade
por mês, 2007 6.4g – Julho 6.4h – Agosto 6.4i – Setembro 6.4j – Outubro 6.4k – Novembro 6.4l – Dezembro
5mL

10mL

20mL

40mL

60mL

80mL

100mL

200mL

400mL

700mL
0 75 150 300

Quilómetros

60
Moçambique Outrora e Agora
Secção 6 - TERRA E AGRICULTURA

6.5a – Janeiro 6.5b – Fevereiro 6.5c – Março 6.5d – Abril 6.5e – Maio 6.5f – Junho As figuras 6.5a–l apresen-
tam a variação das tempe-
raturas médias diárias em
graus centígrados durante
o mesmo ano. Em compa-
ração com a chuva, as tem-
peraturas não variam tão
drasticamente ao longo do
ano ou do país. As planí-
cies mais elevadas do Oci-
dente registam algumas
oscilações de temperatu-
ra nos meses de inverno
de Junho e Julho, que che-
gam até 10 graus centígra-
dos mais baixas do que nos
6.5g – Julho 6.5h – Agosto 6.5i – Setembro 6.5j – Outubro 6.5k – Novembro 6.5l – Dezembro meses de verão.

6.5a–l – Temperatura
média, por mês, 2007

<18°C

19°C

20°C

21°C

22°C

23°C

24°C

25°C

26°C

27°C

28°C
0 75 150 300

61
Quilómetros
Propriedade de animais

A posse de animais varia com a localização sendo geralmente muito reduzida, à excepção de aves de capoeira

Há padrões geográficos relaciona- 6.6 – Percentagem de agregados familiares que possuem ovinos 6.7 – Percentagem de agregados familiares que possuem gado
dos com a posse de animais. Os
proprietários de ovinos situam-se
geralmente no sul (fig 6.6), os pro-
prietários de gado encontram-se
principalmente no sul e no oeste (fig
6.7), a posse de porcos é mais co-
mum na parte sul de Inhambane e
na zona central do país (fig 6.8), en-
quanto a criação de aves é comum a
todo o país, excepto na província de
Maputo (fig 6.9).

Menos de 1 Menos de 1

1–5 1–5

6–10 6–10

11–15 11–15

16–20 16–20

21–25 21–25

26–30 26–30

Mais de 30 Mais de 30

0 75 150 300 0 75 150 300

Quilómetros Quilómetros

62
Moçambique Outrora e Agora
Secção 6 - TERRA E AGRICULTURA

6.8 – Percentagem de agregados familiares que possuem porcos 6.9 – Percentagem de agregados familiares que possuem aves de capoeira

Menos de 1 Menos de 1

1–5 1–5

6–10 6–10

11–15 11–15

16–20 16–20

21–25 21–25

26–30 26–30

Mais de 30 Mais de 30

0 75 150 300 0 75 150 300

Quilómetros Quilómetros

63
Propriedade de animais (CONT.)

A posse da maior parte dos animais é 6.11 – Percentagem de agregados 6.13 – Alteração percentual entre os que
privilégio de um número reduzido de familiares que possuíam ovinos entre possuíam gado entre 1997 e 2007
agregados familiares; em 2007, ape- 1997 e 2007
nas 4 por cento das famílias possuí-
Urbanos Rurais
am gado, 2 por cento ovelhas e 10 por
cento porcos (figs 6.10, 6.11, 6.12).
Em contrapartida, a posse de aves
domésticas é relativamente comum,
sendo mais de 50 por cento dos agre-
gados familiares proprietários de al-
gumas aves. Comparativamente a
1997, algumas famílias abandona-
ram a criação de ovinos (–10 pontos
percentuais entre 1997 e 2007), ten-
do no entanto havido pouca altera-
ção na percentagem de famílias que
em 2007 possuíam porcos (–2 pontos
percentuais) e gado (+1 ponto per-
centual) (figs 6.13, 6.14, 6.15).
6.10 – Percentagem de agregados 6.12 – Percentagem de agregados
familiares que possuíam gado entre familiares que possuíam porcos entre
1997 e 2007 1997 e 2007
Urbanos Rurais Urbanos Rurais Menos de–6

–6––2

–2–2

2–6

6–10

Mais de 10

0 75 150 300

Quilómetros

64
Moçambique Outrora e Agora
Secção 6 - TERRA E AGRICULTURA

6.14 – Alteração percentual entre os que 6.15 – Alteração percentual entre os que
possuíam ovinos entre 1997 e 2007 possuíam porcos em 1997 e 2007

Menos de –6

Menos de–25 –6––2

–25––15 –2–2

–15––5 2–6

–5–5 6–10

Mais de 5 Mais de 10

0 75 150 300 0 75 150 300

Quilómetros Quilómetros

65
Cód Postos Adm. Distrito Província Cód Postos Adm. Distrito Província
1 CIDADE DE LICHINGA CIDADE DE LICHINGA NIASSA 73 IMBUO MUEDA CABO DELGADO
2 CUAMBA CUAMBA NIASSA 74 NEGOMANO MUEDA CABO DELGADO
3 ETARARA CUAMBA NIASSA 75 N’GAPA MUEDA CABO DELGADO
4 LURIO CUAMBA NIASSA 76 MUIDUMBE MUIDUMBE CABO DELGADO

Localização dos Postos 5


6
7
8
METANGULA
COBUE
MANIAMBA
CHIMBONILA
LAGO
LAGO
LAGO
LICHINGA
NIASSA
NIASSA
NIASSA
NIASSA
77
78
79
80
CHITUNDA
MITEDA
NAMUNO
HUCULA
MUIDUMBE
MUIDUMBE
NAMUNO
NAMUNO
CABO DELGADO
CABO DELGADO
CABO DELGADO
CABO DELGADO

Administrativos
9 LIONE LICHINGA NIASSA 81 MACHOCA NAMUNO CABO DELGADO
10 MEPONDA LICHINGA NIASSA 82 MELOCO NAMUNO CABO DELGADO
11 MALANGA MAJUNE NIASSA 83 N’CUMPE NAMUNO CABO DELGADO
12 MUAQUIA MAJUNE NIASSA 84 PAPAI NAMUNO CABO DELGADO
13 NAIRRUBI MAJUNE NIASSA 85 NANGADE NANGADE CABO DELGADO
República Unida da Tanzânia 89
87
14 MANDIMBA MANDIMBA NIASSA 86 M’TAMBA NANGADE CABO DELGADO
85 88
8663
15 MITANDE MANDIMBA NIASSA 87 PALMA PALMA CABO DELGADO
74
75
71 73
64
65
16 MARRUPA MARRUPA NIASSA 88 OLUMBI PALMA CABO DELGADO
38
6 22
25
72
78
76
77 58 17 MARANGIRA MARRUPA NIASSA 89 PUNDANHAR PALMA CABO DELGADO
56
37 21
26
55 57 18 NUNGO MARRUPA NIASSA 90 QUIONGA PALMA CABO DELGADO
69
93 53 19 MAUA MAUA NIASSA 91 METUGE PEMBA CABO DELGADO
Zâmbia 7
35
30 17
61 62
94 95 54 20 MAIACA MAUA NIASSA 92 MIEZE PEMBA CABO DELGADO
5
68 40
36
29 11 7042
91
9239 21 MAVAGO MAVAGO NIASSA 93 QUISSANGA QUISSANGA CABO DELGADO
16 46 66 41
10 1
8 12 44 43 67 47
60
59
22 M’SAWIZE MAVAGO NIASSA 94 BILIBIZA QUISSANGA CABO DELGADO
18 49 48 50
Malawi 9
13
79 82 52 126
23 INSACA MECANHELAS NIASSA 95 MAHATE QUISSANGA CABO DELGADO
32 34 45 83 51
31 19
81
80 106 125 24 CHIUTA MECANHELAS NIASSA 96 URBANO CENTRAL CIDADE DE NAMPULA NAMPULA
84 127
15
27
20 33
122
108 107
Nampula 25 MECULA MECULA NIASSA 97 MUATALA CIDADE DE NAMPULA NAMPULA
227 14 160 124 121
228 28
158
159
111
157 154
129 114 26 MATONDOVELA MECULA NIASSA 98 MUHALA CIDADE DE NAMPULA NAMPULA
218 2 4 114 112 120
149
238
231 219 24
115 123 150 148 144 143 156
403
27 METARICA METARICA NIASSA 99 NAMIKOPO CIDADE DE NAMPULA NAMPULA
232 247 165 147 405
251
250 236 226
3
113 167
163 16199 116 142 145 400 28 NACUMUA METARICA NIASSA 100 NAPIPIME CIDADE DE NAMPULA NAMPULA
248 23 180 152 164 119 110
237
239 230 179 173
166 162
131 146
402 29 MUEMBE MUEMBE NIASSA 101 NATIKIRE CIDADE DE NAMPULA NAMPULA
249 229 151 117 404
220 242 197 211
181
178 153
134
132 128
401 30 CHICONONO MUEMBE NIASSA 102 CIDADE DE ANGOCHE ANGOCHE NAMPULA
234 233 222 184 133 139 139
235 210
172 135 136
137 104
129 31 MASSANGULO NGAUMA NIASSA 103 AUBE ANGOCHE NAMPULA
225
217 240 241 190
221 196 195
182
177
139 105 102 32 ITEPELA NGAUMA NIASSA 104 NAMAPONDA ANGOCHE NAMPULA
187 183 141 103
224
264 245
198 188
189
216 138 140
33 NIPEPE NIPEPE NIASSA 105 BOILA_NAMITORIA ANGOCHE NAMPULA
200
223 266
286 284
205 201 215 34 MUIPITE NIPEPE NIASSA 106 NAMAPA ERATI NAMPULA
193
265 299 243 206 199 214 35 UNANGO SANGA NIASSA 107 ALUA ERATI NAMPULA
285 298 244 204 192
263
316
300 207
208
194
191 36 LUSSIMBESSE SANGA NIASSA 108 NAMIROA ERATI NAMPULA
297 246
255
271 269 296
212 209 37 MACALOGE SANGA NIASSA 109 C. ILHA DE MOÇAMBIQUE C. ILHA DE MOÇAMBIQUE NAMPULA
315 203 169213
254
295 202
185
38 MATCHEDJE SANGA NIASSA 110 LUMBO C. ILHA DE MOÇAMBIQUE NAMPULA
253
270
317 302 319
175 176
186 39 CIDADE DE PEMBA CIDADE DE PEMBA CABO DELGADO 111 LALAUA LALAUA NAMPULA
275 310
311
301 318 40 ANCUABE ANCUABE CABO DELGADO 112 METI LALAUA NAMPULA
174
273 276 261
258
309
320 41 METORO ANCUABE CABO DELGADO 113 MALEMA MALEMA NAMPULA
272274 252 321
257
322 42 MESA ANCUABE CABO DELGADO 114 CHIHULO MALEMA NAMPULA
Zimbabué 262
282 260 259 324307 Beira 43 BALAMA BALAMA CABO DELGADO 115 MUTUALI MALEMA NAMPULA
283 280 323 308
306291 428 429 429 44 IMPIRI BALAMA CABO DELGADO 116 MECONTA MECONTA NAMPULA
292 289290
281
45 KUEKUE BALAMA CABO DELGADO 117 CORRANE MECONTA NAMPULA
304 293
425 46 MAVALA BALAMA CABO DELGADO 118 NAMIALO MECONTA NAMPULA
279 303 294 423
277
305 47 CHIURE CHIURE CABO DELGADO 119 7 DE ABRIL MECONTA NAMPULA
313314 424
278
267 422
48 CHIURE VELHO CHIURE CABO DELGADO 120 MECUBURI MECUBURI NAMPULA
312 373
421 49 KATAPUA CHIURE CABO DELGADO 121 MILHANA MECUBURI NAMPULA
328
268 329 50 MAZEZE CHIURE CABO DELGADO 122 MUITE MECUBURI NAMPULA
340
390 389 334
335 51 NAMOGELIA CHIURE CABO DELGADO 123 NAMINA MECUBURI NAMPULA
338
52 OCUA CHIURE CABO DELGADO 124 MEMBA MEMBA NAMPULA
349
366 339
350
53 IBO IBO CABO DELGADO 125 CHIPENE MEMBA NAMPULA
369
327
54 QUIRIMBA IBO CABO DELGADO 126 LURIO MEMBA NAMPULA
367 342
55 MACOMIA MACOMIA CABO DELGADO 127 MAZUA MEMBA NAMPULA
368
380 341
56 CHAI MACOMIA CABO DELGADO 128 NAMIGE MOGINCUAL NAMPULA
326
370 57 MUCOJO MACOMIA CABO DELGADO 129 QUINGA MOGINCUAL NAMPULA
345
392 381 344
348 331 343
58 QUITERAJO MACOMIA CABO DELGADO 130 CHUNGA MOGINCUAL NAMPULA
379
391 393 378 363 347 330 325 59 MECUFI MECUFI CABO DELGADO 131 QUIXAXE MOGINCUAL NAMPULA
346 336
377 361 386 337
0 75 150 300 60 MURREBUE MECUFI CABO DELGADO 132 LIUPO MOGINCUAL NAMPULA
373 376 333 332
África do Sul 403 405
404 372
362364 384352 351 Km 61 MELUCO MELUCO CABO DELGADO 133 NAMETIL MOGOVOLAS NAMPULA
406 356
365387
385 Maputo Matola 62 MUAGUIDE MELUCO CABO DELGADO 134 CALIPO MOGOVOLAS NAMPULA
402 355394 395388 361
423 412359 396
353
382 63 MOCIMBOA DA PRAIA MOCIMBOA DA PRAIA CABO DELGADO 135 IULUTI MOGOVOLAS NAMPULA
407 408358
422 420410414 420 64 DIACA MOCIMBOA DA PRAIA CABO DELGADO 136 MUATUA MOGOVOLAS NAMPULA
418
421413
407408 65 MBAU MOCIMBOA DA PRAIA CABO DELGADO 137 NANHUPO RIO MOGOVOLAS NAMPULA
424401399
400 432
363419 406 410 410
66 MONTEPUEZ MONTEPUEZ CABO DELGADO 138 MOMA MOMA NAMPULA
416418
425 427 67 MAPUPULO MONTEPUEZ CABO DELGADO 139 CHALAUA MOMA NAMPULA
415
Suazilândia 417
364 409 68 MIRATE MONTEPUEZ CABO DELGADO 140 LARDE MOMA NAMPULA
419
69 NAIROTO MONTEPUEZ CABO DELGADO 141 MUCUALI MOMA NAMPULA
70 NAMANHUMBIR MONTEPUEZ CABO DELGADO 142 MONAPO MONAPO NAMPULA
71 MUEDA MUEDA CABO DELGADO 143 ITOCULO MONAPO NAMPULA
72 CHAPA MUEDA CABO DELGADO 144 NETIA MONAPO NAMPULA

66
Cód Postos Adm. Distrito Província Cód Postos Adm. Distrito Província Cód Postos Adm. Distrito Província Cód Postos Adm. Distrito Província
145 MOSSURIL MOSSURIL NAMPULA 217 CIDADE DE TETE CIDADE DE TETE TETE 289 URBANO Nº3 CIDADE DA BEIRA SOFALA 361 ALTO CHANGANE CHIBUTO GAZA
146 LUNGA MOSSURIL NAMPULA 218 ULONGUE ANGONIA TETE 290 URBANO Nº4 CIDADE DA BEIRA SOFALA 362 CHAIMITE CHIBUTO GAZA
147 MATIBANE MOSSURIL NAMPULA 219 DOMUE ANGONIA TETE 291 URBANO Nº5 CIDADE DA BEIRA SOFALA 363 CHANGANINE CHIBUTO GAZA
148 MUECATE MUECATE NAMPULA 220 SONGO CAHORA BASSA TETE 292 BUZI BUZI SOFALA 364 GODIDE CHIBUTO GAZA
149 IMALA MUECATE NAMPULA 221 CHINTHOLO CAHORA BASSA TETE 293 ESTAQUINHA BUZI SOFALA 365 MALEHICE CHIBUTO GAZA
150 MUCULOENE MUECATE NAMPULA 222 CHITIMA CAHORA BASSA TETE 294 NOVA-SOFALA BUZI SOFALA 366 VILA EDUARDO MONDLANE CHICUALACUALA GAZA
151 MURRUPULA MURRUPULA NAMPULA 223 LUENHA CHANGARA TETE 295 CAIA CAIA SOFALA 367 MAPAI CHICUALACUALA GAZA
152 CHINGA MURRUPULA NAMPULA 224 CHIPEMBERE (CHIOCO) CHANGARA TETE 296 MURRAÇA CAIA SOFALA 368 PAFURI CHICUALACUALA GAZA
153 NIHESSIUE MURRUPULA NAMPULA 225 KACHEMBE (MARARA) CHANGARA TETE 297 SENA CAIA SOFALA 369 CHIGUBO CHIGUBO GAZA
154 MAIAIA NACALA-PORTO NAMPULA 226 CHIFUNDE CHIFUNDE TETE 298 CHEMBA CHEMBA SOFALA 370 DINDIZA CHIGUBO GAZA
155 MUANONA NACALA-PORTO NAMPULA 227 MUALADZE CHIFUNDE TETE 299 CHIRAMBA CHEMBA SOFALA 371 CIDADE DE CHOKWE CHOKWE GAZA
156 NACALA-A-VELHA NACALA-A-VELHA NAMPULA 228 NSADZU CHIFUNDE TETE 300 MULIMA CHEMBA SOFALA 372 LIONDE CHOKWE GAZA
157 COVO NACALA-A-VELHA NAMPULA 229 KAZULA CHIUTA TETE 301 INHAMINGA CHERINGOMA SOFALA 373 MACARRETANE CHOKWE GAZA
158 NACAROA NACAROA NAMPULA 230 MANJE CHIUTA TETE 302 INHAMITANGA CHERINGOMA SOFALA 374 XILEMBENE CHOKWE GAZA
159 INTETE NACAROA NAMPULA 231 FURANCUNGO MACANGA TETE 303 CHIBABAVA CHIBABAVA SOFALA 375 CANIÇADO GUIJA GAZA
160 SAUA-SAUA NACAROA NAMPULA 232 CHIDZOLOMONDO MACANGA TETE 304 GOONDA CHIBABAVA SOFALA 376 CHIVONGOENE GUIJA GAZA
161 RAPALE RAPALE-NAMPULA NAMPULA 233 MPHENDE MAGOE TETE 305 MUXUNGUE CHIBABAVA SOFALA 377 MUBANGOENE GUIJA GAZA
162 ANCHILO RAPALE-NAMPULA NAMPULA 234 CHINTHOPO MAGOE TETE 306 CIDADE DE DONDO DONDO SOFALA 378 NALAZI GUIJA GAZA
163 MUTIVASSE RAPALE-NAMPULA NAMPULA 235 MUKUMBURA MAGOE TETE 307 MAFAMBISSE DONDO SOFALA 379 MABALANE MABALANE GAZA
164 NAMAITA RAPALE-NAMPULA NAMPULA 236 CHIPUTU MARAVIA TETE 308 SAVANE DONDO SOFALA 380 COMBOMUNE MABALANE GAZA
165 RIBAUE RIBAUE NAMPULA 237 FINGOE MARAVIA TETE 309 GORONGOSA GORONGOSA SOFALA 381 NTLAVENE MABALANE GAZA
166 CUNLE RIBAUE NAMPULA 238 MALOWERA MARAVIA TETE 310 NHAMADZE GORONGOSA SOFALA 382 MANDLAKAZE MANDLAKAZE GAZA
167 IAPALA RIBAUE NAMPULA 239 CHIPERA MARAVIA TETE 311 VANDUZI GORONGOSA SOFALA 383 XHALALA MANDLAKAZE GAZA
168 Urbano Nº1 QUELIMANE ZAMBEZIA 240 MOATIZE MOATIZE TETE 312 MACHANGA MACHANGA SOFALA 384 CHIBONZANE MANDLAKAZE GAZA
169 Urbano Nº2 QUELIMANE ZAMBEZIA 241 KAMBULATSISI MOATIZE TETE 313 DIVINHE MACHANGA SOFALA 385 CHIDENGUELE MANDLAKAZE GAZA
170 Urbano Nº3 QUELIMANE ZAMBEZIA 242 ZOBUE MOATIZE TETE 314 CHILOANE MACHANGA SOFALA 386 MACUACUA MANDLAKAZE GAZA
171 Urbano Nº4 QUELIMANE ZAMBEZIA 243 NHAMAYABUE MUTARARA TETE 315 MARINGUE MARINGUE SOFALA 387 MAZUCANE MANDLAKAZE GAZA
172 ALTO MOLOCUE ALTO MOLOCUE ZAMBEZIA 244 CHARRE MUTARARA TETE 316 CANXIXE MARINGUE SOFALA 388 NGUZENE MANDLAKAZE GAZA
173 NAUELA ALTO MOLOCUE ZAMBEZIA 245 DOA MUTARARA TETE 317 SUBWE MARINGUE SOFALA 389 MASSANGENA MASSANGENA GAZA
174 CHINDE CHINDE ZAMBEZIA 246 INHANGOMA MUTARARA TETE 318 MARROMEU MARROMEU SOFALA 390 MAVUE MASSANGENA GAZA
175 LUABO CHINDE ZAMBEZIA 247 NTENGO-WA-MBALAME TSANGANO TETE 319 CHUPANGA MARROMEU SOFALA 391 MASSINGIR MASSINGIR GAZA
176 MICAUNE CHINDE ZAMBEZIA 248 TSANGANO TSANGANO TETE 320 MALINGAPASSE MARROMEU SOFALA 392 MAVODZE MASSINGIR GAZA
177 GILE GILE ZAMBEZIA 249 ZUMBU ZUMBU TETE 321 MUANZA MUANZA SOFALA 393 ZULO MASSINGIR GAZA
178 ALTO LIGONHA GILE ZAMBEZIA 250 MUZE ZUMBU TETE 322 GALINHA MUANZA SOFALA 394 CHICUMBANE XAI-XAI GAZA
179 CIDADE DE GURUE GURUE ZAMBEZIA 251 ZAMBUE ZUMBU TETE 323 NHAMATANDA NHAMATANDA SOFALA 395 CHONGOENE XAI-XAI GAZA
180 LIOMA GURUE ZAMBEZIA 252 CIDADE DE CHIMOIO CIDADE DE CHIMOIO MANICA 324 TICA NHAMATANDA SOFALA 396 ZONGOENE XAI-XAI GAZA
181 MEPUAGIUA GURUE ZAMBEZIA 253 CATANDICA BARUE MANICA 325 CIDADE DE INHAMBANE CIDADE DE INHAMBANE INHAMBANE 397 MATOLA CIDADE DA MATOLA MAPUTO
182 ILE ILE ZAMBEZIA 254 CHOA BARUE MANICA 326 FUNHALOURO FUNHALOURO INHAMBANE 398 MACHAVA CIDADE DA MATOLA MAPUTO
183 MULEVALA (NAMIGONHA) ILE ZAMBEZIA 255 NHAMPASSA BARUE MANICA 327 TOME FUNHALOURO INHAMBANE 399 INFULENE CIDADE DA MATOLA MAPUTO
184 SOCONE ILE ZAMBEZIA 256 GONDOLA GONDOLA MANICA 328 NOVA MAMBONE GOVURO INHAMBANE 400 BOANE BOANE MAPUTO
185 INHASSUNGE (MUCUPIA) INHASSUNGE ZAMBEZIA 257 AMATONGAS GONDOLA MANICA 329 SAVE GOVURO INHAMBANE 401 MATOLA RIO BOANE MAPUTO
186 GONHANE INHASSUNGE ZAMBEZIA 258 CAFUMPE GONDOLA MANICA 330 HOMOINE HOMOINE INHAMBANE 402 MAGUDE MAGUDE MAPUTO
187 LUGELA LUGELA ZAMBEZIA 259 INCHOPE GONDOLA MANICA 331 PEMBE HOMOINE INHAMBANE 403 MAPULANGUENE MAGUDE MAPUTO
188 TACUANE LUGELA ZAMBEZIA 260 MACATE GONDOLA MANICA 332 INHARRIME INHARRIME INHAMBANE 404 MOTAZE MAGUDE MAPUTO
189 MUNHAMADE LUGELA ZAMBEZIA 261 MATSINHO GONDOLA MANICA 333 MOCUMBI INHARRIME INHAMBANE 405 MAHELE MAGUDE MAPUTO
190 MUABANAMA LUGELA ZAMBEZIA 262 ZEMBE GONDOLA MANICA 334 INHASSORO INHASSORO INHAMBANE 406 PANJANE MAGUDE MAPUTO
191 MAGANJA DA COSTA MAGANJA DA COSTA ZAMBEZIA 263 GURO GURO MANICA 335 BAZARUTO INHASSORO INHAMBANE 407 MANHIÇA MANHIÇA MAPUTO
192 BAJONE MAGANJA DA COSTA ZAMBEZIA 264 MANDIE GURO MANICA 336 JANGAMO JANGAMO INHAMBANE 408 CALANGA MANHIÇA MAPUTO
193 MOCUBELA MAGANJA DA COSTA ZAMBEZIA 265 MUNGARI GURO MANICA 337 CUMBANA JANGAMO INHAMBANE 409 ILHA JOSINA MACHEL MANHIÇA MAPUTO
194 NANTE MAGANJA DA COSTA ZAMBEZIA 266 NHAMASSONGE GURO MANICA 338 MABOTE MABOTE INHAMBANE 410 MALUANA MANHIÇA MAPUTO
195 MILANGE MILANGE ZAMBEZIA 267 CHITOBE (MACHAZE) MACHAZE MANICA 339 ZIMANE MABOTE INHAMBANE 411 XINAVANE MANHIÇA MAPUTO
196 MAJAUA MILANGE ZAMBEZIA 268 SAVE MACHAZE MANICA 340 ZINAVE MABOTE INHAMBANE 412 PALMEIRA (3 DE FEVEREIRO) MANHIÇA MAPUTO
197 MOLUMBO MILANGE ZAMBEZIA 269 MACOSSA MACOSSA MANICA 341 MASSINGA MASSINGA INHAMBANE 413 MARRACUENE MARRACUENE MAPUTO
198 MONGUE MILANGE ZAMBEZIA 270 NGUAWALA MACOSSA MANICA 342 CHICOMO MASSINGA INHAMBANE 414 MACHUBO MARRACUENE MAPUTO
199 CIDADE DE MOCUBA MOCUBA ZAMBEZIA 271 NHAMAGUA MACOSSA MANICA 343 CIDADE DE MAXIXE CIDADE DE MAXIXE INHAMBANE 415 BELA VISTA MATUTUINE MAPUTO
200 MUGEBA MOCUBA ZAMBEZIA 272 CIDADE DE MANICA MANICA MANICA 344 MORRUMBENE MORRUMBENE INHAMBANE 416 MUGAZINE (CATEMBE) MATUTUINE MAPUTO
201 NAMANJAVIRA MOCUBA ZAMBEZIA 273 MACHIPANDA MANICA MANICA 345 MUCODUENE MORRUMBENE INHAMBANE 417 CATUANE MATUTUINE MAPUTO
202 MOPEIA MOPEIA ZAMBEZIA 274 MESSICA MANICA MANICA 346 PANDA PANDA INHAMBANE 418 NDELANE (MACHAMGULO) MATUTUINE MAPUTO
203 CAMPO MOPEIA ZAMBEZIA 275 MAVONDE MANICA MANICA 347 MAWAYELA PANDA INHAMBANE 419 ZITUNDO MATUTUINE MAPUTO
204 MORRUMBALA MORRUMBALA ZAMBEZIA 276 VANDUZI MANICA MANICA 348 URRENE PANDA INHAMBANE 420 MOAMBA MOAMBA MAPUTO
205 CHIRE MORRUMBALA ZAMBEZIA 277 ESPUNGABERA MOSSURIZE MANICA 349 VILANKULO VILANKULO INHAMBANE 421 PESSENE MOAMBA MAPUTO
206 DERRE MORRUMBALA ZAMBEZIA 278 CHIURAIRUE MOSSURIZE MANICA 350 MAPINHANE VILANKULO INHAMBANE 422 RESSANO GARCIA MOAMBA MAPUTO
207 MEGAZA MORRUMBALA ZAMBEZIA 279 DACATA MOSSURIZE MANICA 351 QUISSICO ZAVALA INHAMBANE 423 SABIE MOAMBA MAPUTO
208 NAMACURRA NAMACURRA ZAMBEZIA 280 SUSSUNDENGA SUSSUNDENGA MANICA 352 ZANDAMELA ZAVALA INHAMBANE 424 NAMAACHA NAMAACHA MAPUTO
209 MACUZE NAMACURRA ZAMBEZIA 281 DOMBE SUSSUNDENGA MANICA 353 CIDADE DE XAI-XAI CIDADE DE XAI-XAI GAZA 425 CHANGALANE NAMAACHA MAPUTO
210 NAMARROI NAMARROI ZAMBEZIA 282 MUOHA SUSSUNDENGA MANICA 354 MACIA BILENE GAZA 426 DISTRITO URBANO Nº1 DISTRITO URBANO Nº1 CIDADE DE MAPUTO
211 REGONE NAMARROI ZAMBEZIA 283 ROTANDA SUSSUNDENGA MANICA 355 CHISSANO BILENE GAZA 427 DISTRITO URBANO Nº2 DISTRITO URBANO Nº2 CIDADE DE MAPUTO
212 NICOADALA NICOADALA ZAMBEZIA 284 NHACOLO TAMBARA MANICA 356 MAZIVILA BILENE GAZA 428 DISTRITO URBANO Nº3 DISTRITO URBANO Nº3 CIDADE DE MAPUTO
213 MAQUIVAL NICOADALA ZAMBEZIA 285 BUZUA TAMBARA MANICA 357 MESSANO BILENE GAZA 429 DISTRITO URBANO Nº4 DISTRITO URBANO Nº4 CIDADE DE MAPUTO
214 PEBANE PEBANE ZAMBEZIA 286 NHACAFULA TAMBARA MANICA 358 PRAIA DE BILENE BILENE GAZA 430 DISTRITO URBANO Nº5 DISTRITO URBANO Nº5 CIDADE DE MAPUTO
215 MUALAMA (MULELA) PEBANE ZAMBEZIA 287 URBANO Nº1 CIDADE DA BEIRA SOFALA 359 MAKLUANE BILENE GAZA 431 DISTRITO URBANO Nº6 DISTRITO URBANO Nº6 CIDADE DE MAPUTO
216 NABURI PEBANE ZAMBEZIA 288 URBANO Nº2 CIDADE DA BEIRA SOFALA 360 CIDADE DE CHIBUTO CHIBUTO GAZA 432 DISTRITO URBANO Nº7 DISTRITO URBANO Nº7 CIDADE DE MAPUTO

67
definições de indicadores

O POVO DE MOÇAMBIQUE VIDAS SAUDÁVEIS


Densidade populacional é definida como o número de pessoas que vivem num posto Taxa de Mortalidade Infantil é o número de recém-nascidos que morrem com menos de um ano
administrativo dividido pela área, medida em km2, do posto Administrativo. de idade, divido pelo número de nados-vivos durante o ano e multiplicado por 1 000.

Percentagem que fala Português é definida para idades de 10 anos e acima. Taxa de Mortalidade Materna define-se como a morte de uma mulher entre os 15 e 50 anos
enquanto grávida, quando dá à luz ou dentro de 60 dias após o fim da gravidez, divido por 100
Língua principal. O Censo 2007 registou muitas variações de uma mesma língua mãe, e para 000 nados-vivos. Ter presente que a definição internacional padrão normalmente só inclui os
criar mapas, algumas destas variações foram combinadas da seguinte forma: Xitsonga inclui primeiros 42 dias após o nascimento e não os 2 meses utilizados no censo de Moçambique.
as seguintes variações: Xibila, Xidzonga, Xin’walungu, Xihlengue e Xitlanganu. Sena inclui as
variações seguintes: Bangwe, Gombe, Sena Care, Phondzo e Tonga. Emakhuwa inclui as variações Taxa de fertilidade geral define-se como o número anual de nados-vivos por 1 000 mulheres em
seguintes: Echirima, Emarevoni, Emetto, Enhara, Esaaka e Esangagi. Echuwabo inclui as variações idade fecunda (entre os 15 e 49 anos de idade).
seguintes: Ekarungu e Merenja. Cinyanja inclui Cicewa, Cingoni e Cinsenga. Xitswa inclui as
Raquitismo. Uma criança é considerada raquítica se tiver um z-score Altura/idade
variações seguintes: Xidzivi, Xilhengwe, Xikhambani e Ximhandla. Cindau inclui as variações
correspondente a 2 desvios-padrão abaixo da população de referência.
seguintes: Cidanda, Cimachanga e Ciqwaka.
Insuficiência de Peso. Considera-se que uma criança tem peso insuficiente se tiver um z-score
Peso/idade correspondente que esteja 2 desvios-padrão abaixo da população de referência.
RIQUEZA Distância até às instalações de saúde é medida como a distância em linha recta entre o centro da
aldeia e a mais próxima instalação de saúde de qualquer tipo (posto de saúde, centro de saúde ou
Índice de pobreza significa o número de pessoas consideradas pobres dividido pela população
hospital)
total.
Valor quadrático do diferencial da pobreza (Squared poverty gap) mede a profundidade da Acesso a água de rios e lagos é a percentagem de agregados familiares que utiliza
pobreza. Um valor alto indica que muitas pessoas são pobres. Para mais informações consultar o rios ou lagos como a sua fonte de água potável.
MEPD 2010.
Acesso a água segura. As seguintes fontes de água são consideradas como fontes melhoradas
Desigualdade mede-se pelo coeficiente de Gini. de água: ligações domésticas, fontanários públicos, furos de água, poços protegidos, nascentes
protegidas e recolha de água da chuva.
Falta de acesso a instalações sanitárias é a percentagem de agregados familiares que não tem
acesso a uma casa de banho.

68
ACESSO A SERVIÇOS Distância até às escolas é medida como uma linha recta entre o centro da aldeia e a

Tempo de viagem estimado até à cidade mais próxima com mais de 50 000 habitantes. Trata-se
escola primária ou secundária mais próximas.
de uma estimativa do tempo de viagem baseada na localização e estradas existentes, entre outros Percentagem de literacia é a percentagem de adultos entre 15 e 65 anos que sabem ler e escrever.
aspectos. Favor consultar Dorosh and Schmidt para detalhes completos sobre a metodologia. O
mapa do Atlas utiliza a mesma metodologia mas foi actualizado com recurso aos mais recentes Percentagem de mão-de-obra adulta com ensino primário ou acima é a percentagem de adultos
dados sobre a rede rodoviária. com idade entre os 15 e 65 anos que têm o ensino primário ou acima.

Percentagem de agregados familiares com telefones celulares. Considera-se que um agregado Percentagem de mão-de-obra adulta com ensino secundário ou acima é a percentagem de
familiar dispõe de comunicação telefónica celular quando pelo menos uma pessoa desse agregado adultos com idade entre os 15 e 65 anos que têm o ensino secundário ou acima.
tem um telefone móvel.
Percentagem de agregados familiares que utiliza electricidade. Considera-se que um agregado
familiar utiliza electricidade se esta for a sua principal fonte de iluminação.
TERRA E AGRICULTURA
Os mapas da pluviosidade e temperaturas na secção 5 foram elaborados utilizando os dados
Percentagem de agregados familiares com água canalizada. Considera-se que um agregado
diários do satélite meteorológico da NASA, durante o período compreendido entre 1997 e 2007.
familiar tem acesso a água canalizada se esta for a sua principal fonte de água, no interior ou no
exterior da casa.

EDUCAÇÃO
Taxa bruta de matrículas no Primário define-se como o número de alunos que frequentam
o ensino primário (1º ao 7º ano), incluindo o ensino técnico elementar (ETE), dividido pelo
número de crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos.
Taxa bruta de matrículas no Secundário define-se como o número de alunos que frequentam o
ensino secundário (8º ao 12º ano), incluindo escolas técnicas (ETB e ETM) e magistério primário,
dividido pelo número de crianças com idades compreendidas entre os 13 e 16 anos.

69
Índice de imagens e mapas
Secção 1 – O Povo de Moçambique 2.7 a-d – Percentagem de agregados familiares que possuem activos específicos, 2007
1.1 – Total de população por província (em milhares), 1997 e 2007 2.7a – Carro
1.2 – Total de população (em milhares), 2007 2.7b – Computador
1.3 – População rural por km2, 2007 2.7c – Televisão
1.4 – Alteração da população (percentagem) entre 1997 e 2007 2.7d – Motorizada
1.5 – Alteração da população (em milhares) entre 1997 e 2007
1.6 – População urbana e rural (em milhares), 1997 e 2007 Secção 3 – Vidas Saudáveis
1.7 – Pirâmide demográfica, por género. 1997 e 2007 ?????? O by gender 3.1 - TMI por 1000 nados-vivos, 1997
1.8 – Percentagem de população com 15 anos ou menos, 2007 3.2 – TMI por 1000 nados-vivos , 2007
1.9 – Percentagem de população com 50 anos ou mais, 2007 3.3 – TMI por 1000 nados-vivos em África – 2007
1.10 – Número de homens por 100 mulheres, 1997 3.4 – TMI em 1997 e alteração entre 1997 e 2007 (Translator’s . Note: 2007 is cut in the compare doc I received)
1.11 – Número de homens por 100 mulheres, 2007 3.5 – Distribuição da TMI, 1997 e 2007
1.12 – Rácio homens/mulheres por idade, 2007 3.6 – TMM por distrito, 2007
1.13 – Percentagem da população que fala Português, por grupo etário e género, 2007 3.7 – TMM em África, 2007
1.14 – Percentagem da população (10 anos ou mais) que fala Português, 2007 3.8 – Tendência da malnutrição entre 1997 e 2008/2009
1.15 a-i – Língua falada (em percentagem), 2007 3.9 – Percentagem de crianças com insuficiência de peso em África , 2007
1.15a – Cindau e variantes 3.10 – Percentagem de crianças raquíticas, 2007
1.15b – Cinyanja e variantes 3.11 – Número de crianças raquíticas por km2, 2007
1.15c – Echuwabo e variantes 3.12 – Percentagem de crianças com insuficiência de peso, 2007
1.15d – Elomwe 3.13 – Percentagem de crianças com insuficiência de peso por km2, 2007
1.15e – Emakhuwa e variantes 3.14 – Localização das instalações de saúde em Moçambique, 2007
1.15f – Português 3.15 – Distância até à instalação de saúde mais próxima. 2007
1.15g – Sena e variantes 3.16 – Percentagem de agregados familiares com fonte de água melhorada
1.15h – Xitsonga e variantes 3.17 – Percentagem de agregados familiares que utilizam rios como fonte de água, a nível urbano/nacional/rural, 2007
1.15i – Xitswa e variantes 3.18 – Rios, lagos e poços de água em Moçambique, 2007
1.16 a-f – Percentagem da população que pertence a uma confissão religiosa, 2007 3.19 – Percentagem de agregados familiares que utilizam água de rios ou lagos, 1997
1.16a – Muçulmanos 3.20 – Percentagem de agregados familiares que utilizam rios e lagos como fonte de água em 1997 e alteração entre
1.16b – Católicos 1997 e 2007
1.16c – Sião/Zione 3.21 – Percentagem de agregados familiares que utilizam água de rios ou lagos, 2007
1.16d – Evangélica e Pentecostal 3.22 – Alteração no uso de água de rios e lagos, entre 1997 e 2007
1.16e – Anglicana 3.23 – Percentagem de agregados familiares sem acesso a casa de banho, a nível urbano/nacional/rural, 2007
1.16f – Não pratica qualquer religião 3.24 – Percentagem de agregados familiares sem acesso a casa de banho, 1997
3.25 – Percentagem de agregados familiares sem acesso a casa de banho, 2007
Secção 2 – Riqueza 3.26 – Alteração nos agregados familiares sem acesso a casa de banho, entre 1997 e 2007
2.1 – Índice de Pobreza por província, 2008/2009 3.27 – Percentagem de agregados familiares sem acesso a casa de banho em 1997 e alteração entre 1997 e 2007
2.2 – Valor quadrático do diferencial da pobreza por província, 2008/2009 3.28 – Número de casos de diarreia por 1000 habitantes, 1997
2.3 – Desigualdades, por província, 2008/2008 3.29 – Número de casos de diarreia por 1000 habitantes, 2007
2.4 – Percentagem de agregados familiares que possuem um rádio, 2007 3.30 – Número de casos de malária por 1000 habitantes, 1998
2.5 – Percentagem de agregados familiares que possuem uma bicicleta, 2007 3.31 – Número de casos de malária por 1000 habitantes, 2007
2.6 – Propriedade de activos por urbanos/rurais, 1997/2007 3.32 – Taxa geral de fertilidade, 1997
3.33 – Taxa geral de fertilidade, 2007

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Secção 4 – Acesso a Serviços 6.3f – 2002
4.1 – Percentagem de agregados familiares que utilizam serviços públicos, em áreas urbanas e rurais, 2007 6.3g – 2003
4.2 a-d – Percentagem de agregados familiares que utilizam um serviço, 2007 6.3h – 2004
4.2a – Utilizam a electricidade como principal fonte de iluminação 6.3i – 2005
4.2b – Utilizam principalmente água canalizada (instalada dentro ou fora de casa) 6.3j – 2006
4.2c – Possuem telefone fixo 6.3k – 2007
4.2d – Utilizaram a internet nos últimos 12 meses 6.3l – 2008
4.3 – Percentagem de agregados familiares com pelo menos um telefone celular 6.4 a-l – Pluviosidade, por mês, 2007
4.4 – Cobertura de torres mcel em todo o Moçambique, 2007 6.4a – Janeiro
4.5 – Rede rodoviária 6.4b – Fevereiro
4.6 – Distância a percorrer até centros urbanos (em minutos) 6.4c – Março
6.4d – Abril
Secção 5 – Educação 6.4e – Maio
5.1 – Taxas de MBP, 2007 6.4f – Junho
5.2 – Alteração nas taxas de MBP entre 1997 e 2007 6.4g – Julho
5.3 – Taxa masculina de MBP, 2007 6.4h – Agosto
5.4 – Taxa feminina de MBP, 2007 6.4i – Setembro
5.5 – Taxas de MBP em 1997 e alteração entre 1997 e 2007 6.4j – Outubro
5.6 – Distância até à escola primária mais próxima, 2007 6.4k – Novembro
5.7 – Ensino primário em África, 2007 6.4l – Dezembro
5.8 – Taxas de MBS , 2007 6.5 a-l – Temperaturas médias mensais, 2007
5.9 – Alterações nas taxas de MBS 1997 e 2007 6.5a – Janeiro
5.10 – Taxa masculina de MBS, 2007 6.5b –Fevereiro
5.11 – Taxa feminina de MBS, 2007 6.5c – Março
5.12 – Taxas de MBS em 1997 e alteração entre 1997 e 2007 6.5d – Abril
5.13 – Distância até à escola secundária mais próxima, 2007 6.5e – Maio
5.14 – Taxas de MBS em África, 2007 6.5f – Junho
5.15 – Taxa de literacia masculina adulta, 2007 6.5g – Julho
5.16 – Taxa de literacia feminina adulta, 2007 6.5h – Agosto
5.17 – Percentagem da força de trabalho com o ensino primário completo, ou acima, 2007 6.5i – Setembro
5.18 – Percentagem da força de trabalho com o ensino secundário completo, ou acima, 2007 6.5j – Outubro
5.19 – P
 ercentagem da força de trabalho (entre os 15 e 65 anos) com o ensino primário completo, ou acima, e 6.5k – Novembro
secundário, ou acima, por género e urbana/rural, 2007 6.5l – Dezembro
6.6 – Percentagem de agregados familiares que possuem ovinos
Secção 6 - Terra e Agricultura 6.7 – Percentagem de agregados familiares que possuem gado
6.1 – Topografia de Moçambique 6.8 – Percentagem de agregados familiares que possuem porcos
6.2 – Adequação das terras 6.9 – Percentagem de agregados familiares que possuem aves de capoeira
6.3 a-l – Pluviosidade, por ano, 1997–2008 6.10 – Percentagem de agregados familiares que possuem gado entre 1997 e 2007
6.3a – 1997 6.11 – Percentagem de agregados familiares que possuem ovinos entre 1997 e 2007
6.3b – 1998 6.12 – Percentagem de agregados familiares que possuem porcos entre 1997 e 2007
6.3c – 1999 6.13 – Alteração percentual na taxa de possuidores de gado entre 1997 e 2007
6.3d – 2000 6.14 – Alteração percentual na taxa de possuidores de ovinos entre 1997 e 2007
6.3e – 2001 6.15 – Alteração percentual na taxa de possuidores de porcos entre 1997 e 2007
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Referências

Terceira Avaliação Nacional da Pobreza, Ministério da Planificação e Desenvolvi-


mento (GdM, 2010)
Relatório sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, Ministério da Planifi-
cação e Desenvolvimento (GdM, 2010)
Sohnesen, Thomas Pave (2011), Children’s Health on a Map: Infant Mortality and
Malnutrition at Local Levels in Mozambique. Manuscrito não publicado. Banco
Mundial, Washington DC
Dorosh, Paul, Schmidt, Emily. 2008. Mozambique Corridors: Implications of Invest-
ments in Feeder Roads. Manuscrito não publicado. Banco Mundial, Washington DC

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BANCO MUNDIAL
1818 H Street, N.W.
Washington, DC 20433

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