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Cultura Documentos
10
6 5,7 5,7
5
4,1 4,3
4 3,5 3,4 3,5
2,5 2,6 2,4
2
0,6
0,0
Kenya
Ethiopia
Sudan
Egypt
Zambia
Dominican Republic
Trinidad and Tobago
Jamaica
Barbados
Turks and Caicos Islands
Saint Lucia
Dominica
Guatemala
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Costa Rica
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United States of America
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Slovenia
Poland
Germany
Monaco
Switzerland
Czech Republic
Vanuatu
Marshall Islands
Australia
Tonga
Mariana Islands
Uso de maconha no Brasil
• Substância mais usada
• Prevalência 12 meses: 2.5%
• Colômbia (3%), USA (12.6%), Spain (10%), France (8.5%)
• Correlatos: homens jovens, solteiros, desempregados, menor privação
social, morando nos grandes centros
• Aumento do uso (população geral):
– Uso na vida 7% 9% (2001 - 2005)
– Uso 12 meses 2% 2.5% (2006 - 2012)
• Diminuição do uso (Estudantes):
– último mês (universitários): 15% 11.5% (período de 13 anos)
– 12 meses ensino médio: 4.6% 3.7% (2004-2010)
Silveira et al., 2015 dados preliminares, Laranjeira et al., 2015; Horta., 2012, Andrade et al., 2010; Carlini et
al., 2007; Samhsa 2013; Emcdda., 2015
Cenário atual
• Baixo uso na população geral, mas...
• Atual política: proibição universal do uso ao invés de
intervenções focadas em riscos e danos específicos para a
saúde pública
• Últimos 5 anos: prisões por tráfico 1/3 porte de
maconha 70% < 100g
• Abordagem política do uso da maconha ≠ política do álcool (Ex.
bebida e direção), mais orientadas em evidências e dados de saúde
pública (Hall et al., 2007, Room et al., 2005)
• Ferramentas de intervenção (prevenção, tratamento ou
medidas legais) devem ser seletivas, focar em
comportamentos relevantes, embasadas em evidências (Babor
2003)
História natural do uso da maconha
• Início uso: meio ou final da adolescência, + comum
~20 anos
– intermitente e tempo-limitado
– ~ 10% dos usuários usuários diários
– 20% a 30% usuários semanais
• Declínio: 25 aos 30 anos
• Riscos de dependência
• 10% dos usuários na vida (NCS study 1990s)
• 15% daqueles que iniciam na adolescência
• 35-50% de usuários diários
Tipos de usuários – LCA
Canadian Addiction Survey (N=13.909; n=1.303 3m)
(Fisher et al., 2010)
Classe 4 (22%) <15 anos uso diários clínica e social > PY outras drogas,
de maior problemas de
quantidade saúde, maconha
e direção, abuso/
dependência
As principais evidências
incluem:
• Prejuízos associados ao uso crônico (Uso diário e quase diário)
• Prejuízos cognitivos (atencional, memória, funcionamento executivo e
tomada de decisões) se <15anos
• Dependência
• Acidentes fatais e não fatais por veículos automotores quando indivíduo
dirige sob a influência dos efeitos da maconha
• Prejuízos respiratórios (ex. bronquite crônica)
• Maconha e psicose
• Outros (menos evidências): Uso de outras drogas ilegais, Prejuízo
educacional, Prejuízo de saúde mental (Ansiedade, depressão e TAB,
Suicídio)
Apesar da relevância em saúde pública são muito menores
que os impactos causados por álcool e tabaco
arseneault 2007, hall and solowij 1998, hall and pacula 2003, iversen 200, 2005,
kalant 2004, perkonigg 1999, Fontes 2008, Fontes 2011
Dependência
• Estudo epidemiológicos
• NCS 1 e 2: 4% na vida
• NSMWHB Austrália 1997, 2007: ~2% 12 meses
• SP MEGACITY: 0.5% 12 meses
• da procura por tratamento Austrália, UE, USA e Holanda
• 2a. causa mais comum após álcool
• Sintomas de abstinência ppal motivação, seguido prejuízos de
memória e cognitivos, prejuízos no trabalho, no relacionamento
com parceiro ou familiares
• Estudos clínicos promissores com CBD para dependência da
maconha
• Poucos estudos sobre remissão e tratamento
Maconha e Acidentes
1. Brasil vs Noruega para uso do álcool e drogas por motoristas
•Bebida e direção uso estimulantes mais comum entre
motoristas brasileiros
•Uso de maconha > motoristas Noruega (0.8% vs. 0.5%)
2. Acidentes por caminhões 2ª. Causa + prevalente em acidentes
totais e custos relacionados no Brasil
9.5% referiram uso drogas: 62% anfetaminas, 24% cocaína e
12% maconha
3. Motoristas vítimas de acidentes de tráfego admitidos em 2
hospitais de emergência no Brasil
• ~80% motociclistas
•Maconha foi a droga ilegal mais encontrada (15%)
•Diagnóstico de dependência de maconha e acidentes prévios
estiveram > associação com recorrência de admissões
Dados contraditórios
Poucos dados
•A maconha: via fumada mais comum, pode
haver interação e confusão com o tabaco em
muitos países
•Gerações mais velhas: maconha sem tabaco
mais comum
•Câncer: difícil controlar os efeitos do tabaco
Cannabis, Depressão e Suicídio
• Relação com depressão: RR=2 ~estudo brasileiro com
2207 adolescentes de escolas públicas
• Correlação com maior risco de suicídio em alguns
estudos: limitado poder estatístico
• Incerteza se estes estudos:
• Controlados para fatores confundidores
• Separaram causa e efeito
• Depressão requer atenção em dependência de
maconha
Santos-Silva et al., 2014
Maconha e outros
transtornos mentais
• Maiores prevalências de uso de maconha:
• TAB e ansiedade
• Causa e efeito fatores não claros:
– Estudos transversais, mais frequentes em
populações clínicas
– Poucos estudos longitudinais: controle limitado
para fatores confundidores
– Auto medicação é uma hipótese ainda plausível
Impacto no embrião e no feto
1. Uso regular maconha durante a gravidez: pouco
relatado
• Amostra: 1.000 adolescentes 3o. Trimestre gravidez
• 4% maconha em amostras de urina
• Fatores de risco: < 14 anos, comorbidades (TAB,
PTSD, transtornos somatoformes)
2. 561 recém nascidos de termo 24-72 h de vida -
mães adolescentes
4.6% dos recém nascidos expostos com piora do
desempenho neurocomportamental
Chen et al., 2005; Hall and Paula., 2003., Henquet et al., 2005., Patton et al., 2002., Perkonigg et
al., 2008
Políticas Públicas voltadas
ao uso da maconha
• Dessa forma...
• Políticas guiadas por evidências científicas capazes de:
– Ex. evitar experimentação precoce e uso de grandes
quantidades, orientar mulheres grávidas, condutores e
portadores de transtornos mentais graves sobre riscos
– Debate aberto e qualificado com representantes de
diversos setores e interesses a sociedade
• Experiências exitosas
Brasil na contramão das
evidências
camilams@usp.br
Discussão das polítcias
Seja
• Uso da maconha não traz riscos e então precisa ser legalizada
ou
• Uso da maconha é prejudicial então precisa ser proibida
• Evidencias extraídas desses dois pontos de vista:
• Os defensores do status quo focados em danos para usuários
• Reformistas focam nos prejuízos da criminalização
• O impacto da legalização na saúde pública, especialmente por conta
da percepção de riscos e mudanças nas normas sociais são pouco
conhecidos
• Há posições e evidências contrárias: aumento do uso se mudança da
percepção, efeito de substituição
• Políticas guiadas por evidências científicas capazes de:
– Ex. Protejer os jovens, evitar experimentação precoce e uso
de grandes quantidades, orientar mulheres grávidas sobre