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23.6 Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
1
Unidades 23 e 24 Introdução
23.1 Introdução
A(→
−
u +→
−
v ) = A→
−
u + A→
−
v e A(λ→
−
u ) = λA→
−
u (23.1)
2
Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3
Unidades 23 e 24
relativo ao autovalor λ se A→
−
v = λ→
−
v , ou seja, quando
a11 x + a12 y + a13 z = λx
a21 x + a22 y + a23 z = λy
a31 x + a32 y + a33 z = λz
(λ − a11 )x − a12 y − a13 z = 0
⇐⇒ −a21 x + (λ − a22 )y − a23 z = 0 (23.2)
−a31 x − a32 y + (λ − a33 )z = 0
Se →
−
u e →
−
v são autovetores relativos ao autovalor λ de uma matriz A, Proposição 1
então α u + β →
→
− −
v é também um autovetor relativo ao autovalor λ, para todos
α, β ∈ R .
3
Unidades 23 e 24 Autovalores e Autovetores de uma matriz 3 × 3
0 0 1
Solução. O polinômio característico
da matriz A é
λ − 1 −2 0
p(λ) = det −3 λ 0
0 0 λ−1
= (λ − 1)(λ(λ − 1) − 6)
= (λ − 1)(λ2 − λ − 6) .
Portanto, como o discriminante da equação do segundo grau λ2 − λ − 6 é
negativo (∆ = −23), a equação característica p(λ) = 0 só possui λ = 1 como
raiz real. Assim, λ = 1 é o único autovalor da matriz A.
Um vetor → −
u = (x, y, z) é um autovetor relativo ao autovalor λ = 1 se, e
só se, (x,
y, z) é uma solução do sistema
(λ − 1)x − 2y = 0
−2y = 0
−3x + λy = 0 ⇐⇒ −3x + y = 0 ⇐⇒ x = y = 0 .
(λ − 1)z = 0 0·z =0
Ou seja, →−
u = (0, 0, z) ; z ∈ R, são os autovalores de A relativos ao autovalor
λ = 1.
3 1 −1
(b) B = 2 2 −1 .
2 2 0
4
Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3
Unidades 23 e 24
λ − 3 −1 1
p(λ) = det −2 λ − 2 1
−2 −2 λ
= (λ − 3)(λ(λ − 2) + 2) + (−2λ + 2) + (4 + 2(λ − 2))
= (λ − 3)(λ2 − 2λ + 2) + 2
= λ3 − 5λ2 + 8λ − 4 .
Testando os divisores do termo independente −4, é fácil vericar que p(1) =
p(2) = 0 . E, dividindo o polinômio p(λ) pelo polinômio (λ−1)(λ−2), obtemos,
como quociente, o polinômio λ − 2, ou seja,
p(λ) = (λ − 1)(λ − 2)2 .
Portanto, λ1 = 1 e λ2 = 2 são os autovalores da matriz B.
Um vetor − u→
1 = (x, y, z) é um autovetor de B relativo ao autovalor λ1 = 1
se, e só se,
(λ 1 − 3)x − y + z = 0 −2x − y + z = 0
−2x + (λ1 − 2)y + z = 0 ⇐⇒ −2x − y + z = 0
−2x − 2y + λ z = 0 −2x − 2y + z = 0
1
(
−2x − y + z = 0
⇐⇒ ⇐⇒ y = 0 e z = 2x .
2x + 2y − z = 0
Ou seja, −u→
1 = (x, 0, 2x) ; x ∈ R, são os autovetores de B relativos ao autovalor
λ1 = 1 .
E um vetor −u→ = (x, y, z) é um autovetor de B relativo ao autovalor λ = 2
2 2
se, e só se,
(λ2 − 3)x − y + z = 0
−x − y + z = 0
−2x + (λ2 − 2)y + z = 0 ⇐⇒ −2x + z = 0
( −2x − 2y + λ2 z = 0 −2x − 2y + 2z = 0
−2x + z = 0
⇐⇒ ⇐⇒ z = 2y e x = y .
2x + 2y − 2z = 0
Então, −u→2 = (y, y, 2y) ; y ∈ R, são os autovetores de B relativos ao autovalor
λ2 = 2 .
Observe, neste exemplo, que se os vetores − u→ −→
1 e u2 não são nulos, então
−
u→ e − u→ não são ortogonais. Veremos, na Proposição 4, que isto não ocorre
1 2
quando a matriz é simétrica. Observe também que apesar de λ2 = 2 ser uma
raiz de multiplicidade dois da equação p(λ) = (λ − 1)(λ − 2)2 = 0, não existe
um par de autovetores não múltiplos relativos ao autovalor λ2 = 2 . Provaremos
5
Unidades 23 e 24 Autovalores e Autovetores de uma matriz 3 × 3
6
Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3
Unidades 23 e 24
Logo, h−
u→ −→
1 , u2 i = 0, pois, por hipótese, λ1 − λ2 6= 0 .
P no sistema OXY Z e − e→ −
→ −
→
1 = (1, 0, 0), e2 = (0, 1, 0), e3 = (0, 0, 1) os vetores
unitários na mesma direção e sentido dos eixos OX, OY e OZ , respectiva-
−−→
mente. Então, OP = x− e→ −
→ −
→ −
→ − → −
1 + y e2 + z e3 . Observe que, sendo e1 , e2 e e3
→
−−→ −−→ −−→
ortonormais, x−e→
1 = Proj−
⊥
e→
1
OP , y −
e→
2 = Proj−
⊥
e→
2
OP e z − e→
3 = Proj−
⊥
e→
3
OP .
Sejam O X Y Z um outro sistema de eixos Z
ortogonais e −
v→ −
→ − →
1 , v2 , v3 os vetores ortonor-
mais na mesma direção e sentido dos eixos z−
v→
3
O X , O Y e O Z , respectivamente. Como P
os vetores −
v→ −
→ − →
1 , v2 e v3 são LI, para todo
y−
v→
O 2
ponto P do espaço, existe um único terno x−
v→
1
Y
de números reais (x, y, z) tal que X
−−→ Figura 23.2: Ponto P no sistema OXY Z
OP = x −
v→ −
→ −
→
1 + y v2 + z v3 .
7
Unidades 23 e 24 Mudança de Coordenadas no Espaço
x−
v→ −
→ −
→ −
→ −
→ −
→
1 + y v2 + z v3 = (x − x0 )e1 + (y − y0 )e2 + (z − z0 )e3 . (23.3)
Z
Z
−→
v3
−
v→
2
O Y
− −
v→
e→
3 1
− O
e→
1
−
e→
2
X Y
Figura 23.3: Sistemas OXY Z e OXY Z
−
v→ −→ −→ −→
1 = a1 e1 + b1 e2 + c1 e3
−
v→ = a −e→ + b −e→ + c −e→ (23.4)
2 2 1 2 2 2 3
−
v→ −
→ −
→ −
→
3 = a3 e1 + b3 e2 + c3 e3
então ai = h− v→ −
→ −
→ − → −
→ − →
i , e1 i, bi = hvi , e2 i e ci = hvi , e3 i para todo i = 1, 2, 3 .
Assim, as equações de mudança das coordenadas x, y e z para as coordenadas
x, y e z são:
x = a1 (x − x0 ) + b1 (y − y0 ) + c1 (z − z0 )
y = a2 (x − x0 ) + b2 (y − y0 ) + c3 (z − z0 ) (23.5)
z = a3 (x − x0 ) + b3 (y − y0 ) + c3 (z − z0 ) .
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Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3
Unidades 23 e 24
−
e→ −→ −→ −→
1 = m1 v1 + n1 v2 + p1 v3
−
e→ = m −v→ + n −v→ + p −v→ (23.6)
2 2 1 2 2 2 3
−
e→ −
→ −
→ −
→
3 = m3 v1 + n3 v2 + p3 v3
m 1 = a1 , n 1 = a2 , p 1 = a3
m 2 = b1 , n 2 = b2 , p 2 = b 3 (23.7)
m3 = c1 , n3 = c2 , p3 = c3 .
9
Unidades 23 e 24 Mudança de Coordenadas no Espaço
a1 b 1 c 1
onde B = a2 b2 c2 é a matriz de passagem do sistema OXY Z para o
a3 b 3 c 3
a1 a2 a3
sistema O X Y Z , enquanto B> = b1 b2 b3 é a matriz de passagem
c1 c2 c3
do sistema O X Y Z para o sistema OXY Z .
Como os ternos {− e→ −
→ − → −
→ − → − →
1 , e2 , e3 } e {v1 , v2 , v3 } são ortonormais, segue, pelas
equações (23.4) e (23.8), que os vetores linha e os vetores coluna da matriz B
são vetores unitários mutuamente ortogonais. Ou seja, a matriz B é ortogonal:
BB > = B > B = I .
E, na linguagem vetorial, as equações (23.5) e (23.9) são escritas, respecti-
vamente, na forma
(x, y, z) = (x − x0 )−
w→ −→ −→
1 + (y − y0 )w2 + (z − z0 )w3 (23.10)
e
(x − x0 , y − y0 , z − z0 ) = x −
v→ −
→ −
→
1 + y v2 + z v3 , (23.11)
onde −w→ −→ −→
1 = (a1 , a2 , a3 ), w2 = (b1 , b2 , b3 ) e w3 = (c1 , c2 , c3 ) são os vetores
coluna e −v→ −
→ −
→
1 = (a1 , b1 , c1 ), v2 = (a2 , b2 , c2 ) e v3 = (a3 , b3 , c3 ) são os vetores
linha da matriz B .
No caso em que O = O, as equações de mudança de coordenadas (23.5) e
(23.9) são dadas, respectivamente, pelas equações (23.12) e (23.13) abaixo:
Z
x = a1 x + b 1 y + c 1 z
Z
y = a2 x + b 2 y + c 2 z (23.12)
−
e→
z = a3 x + b 3 y + c 3 z
3
−
v→
−→ 3
e X
v 1
−→
e2
→O
x = a1 x + a2 y + a3 z
e−1
−
v→
(23.13)
2
y = b1 x + b2 y + b3 z
X Y
z = c1 x + c2 y + c3 z
Y
Dizemos que o sistema OX Y Z é uma ro-
OXY Z
Figura 23.4: rotação do
E no caso em que −
v→ −
→ − → − → − → − →
1 = e1 , v2 = e2 e v3 = e3 , isto é, quando os eixos
O X, O Y e O Z têm a mesma direção e mesmo sentido dos eixos OX, OY e
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Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3
Unidades 23 e 24
2 2 1 2 1 2 Exemplo 2
−
→
Considere o terno ordenado v1 = , , −
→
, v2 = ,− ,− −→
e v3 =
1 2 2 3 3 3 3 3 3
− , , − de vetores ortonormais, o sistema O X Y Z tal que O = (1, −1, 2)
3 3 3
e os eixos O X, O Y e O Z têm a mesma direção e o mesmo sentido dos vetores
−
v→ −
→ − →
1 , v2 e v3 , respectivamente.
11
Unidades 23 e 24 Mudança de Coordenadas no Espaço
π : h(x −
v→ −
→ −
→
1 + y v2 + z v3 ) + (x0 , y0 , z0 ), (−1, 2, −2)i = 2
⇐⇒ π : xh−
v→ −
→ −
→
1 , (−1, 2, −2)i + yhv2 , (−1, 2, −2)i + zhv3 , (−1, 2, −2)i
⇐⇒ (x − 1)h−
w→ −→
1 , (−1, 2, −2)i + (y + 1)hw2 , (−1, 2, −2)i
+(z − 2)h−
w→
3 , (−1, 2, −2)i = 2
(x − 1) (y + 1)
⇐⇒ h(2, 2, −1), (−1, 2, −2)i + h(2, −1, 2), (−1, 2, −2)i
3 3
(z − 2)
+ h(1, −2, −2), (−1, 2, −2)i = 2
3
4 8 (z − 2)
⇐⇒ (x − 1) − (y + 1) − =2
3 3 3
4 8 2 10 16
⇐⇒ 4x − 8y − z = 2 + + − = 2 + =
3 3 3 3 3
é a equação do plano α no sistema OXY Z .
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Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3
Unidades 23 e 24
⇐⇒ ax + by + cz = 0 ,
(a, b, c)
Tomando −
v→
3 = √ 2 , vetor unitário normal ao plano π , −
v→
1 , um
a + b + c2
2
vetor unitário ortogonal qualquer ao vetor −
v→ −
→ −→ − →
3 , e v2 = v1 × v3 , temos que
−
v→ −
→ − →
1 , v2 e v3 é um terno ortonormal.
Consideremos o sistema de
eixos O X Y Z tal que os eixos Z
O X, O Y e O Z têm a mesma Y
direção e o mesmo sentido dos −
Z v→ −
v→
vetores −v→ −
→ − → 3
1 , v2 e v3 , respec-
2
P nos sistemas O X Y Z e e−
→
3 π
O X Y Z , respectivamente, segue,
−
e→ X
pela equação vetorial de mu- e−
→
1 O
2
dança de coordenadas, Y
(x, y, z) = x −v→ −→ −→
1 + y v2 + z v3 ,X
π OXY Z XY Z
que o ponto P pertence ao plano π se, e só se,
Figura 23.6: Plano nos sistemas e
13
Unidades 23 e 24 Formas Quadráticas em R 3
E/2 F/2 C
é a matriz da forma quadrática f .
Temos:
f (x, y, z) = hA(x, y, z), (x, y, z)i . (23.15)
De fato:
hA(x, y, z), (x, y, z)i = h(Ax + (D/2)y + (E/2)z, (D/2)x + By
+(F/2)z, (E/2)x + (F/2)y + Cz), (x, y, z)i
= (Ax + (D/2)y + (E/2)z)x + ((D/2)x + By
+(F/2)z)y + ((E/2)x + (F/2)y + Cz)z
= Ax2 + (D/2)xy + (E/2)xz + (D/2)xy + By 2
+(F/2)yz + (E/2)xz + (F/2)yz + Cz 2
= Ax2 + By 2 + Cz 2 + Dxy + Exz + F yz
= f (x, y, z) .
Sejam λ1 um autovalor da matriz A e − v→1 um autovetor unitário relativo
ao autovalor λ1 . Tomemos um vetor v2 unitário e ortogonal ao vetor −
−
→ v→
1 .
−
→ −
→ −
→ −
→ −→ −→
Fazendo v3 = v1 × v2 , obtemos que v1 , v2 e v3 são vetores unitários dois
a dois ortogonais.
Consideremos o sistema de eixos ortogonais OX 0 Y 0 Z 0 de modo que os eixos
OX 0 , OY 0 e OZ 0 tenham a mesma direção e o mesmo sentido dos vetores
−
v→ −
→ − →
1 , v2 e v3 , respectivamente.
Dado um ponto P , sejam (x, y, z) e (x0 , y 0 , z 0 ) as coordenadas desse ponto
nos sistemas OXY Z e OX 0 Y 0 Z 0 , respectivamente. Ou seja,
−−→
OP = x−
e→ −
→ −
→ 0−
→ 0−
→ 0−
→
1 + y e2 + z e3 = x v1 + y v2 + z v3 . (23.16)
14
Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3
Unidades 23 e 24
= hx0 A−
v→ + y 0 A−
1 v→ + z 0 A−
v→, x0 −
2v→ + y 0 −
v→ + z 0 −
3 v→i 1 2 3
= hλ1 x0 −
v→ 0 −→ 0 − → 0− → 0−→
1 + y Av2 + z Av3 , x v1 + y v2 + z v3 i
0−→
= λ1 x02 + x0 y 0 hA−v→ −
→ 02 −→ −→ 0 0 −
→ −
→
2 , v1 i + y hAv2 , v2 i + y z hAv2 , v3 i
= λ1 x + x y h−
02
v→ −
→
0 0 02 −→ −→ 0 0 −
→ −
→
2 , Av1 i + y hAv2 , v2 i + y z hAv2 , v3 i
+x0 z 0 h−
v→, A−
v→i + y 0 z 0 h−
3 v→, A−
1 v→i + z 02 hA−
v→, −
3 v→i 2 3 3
= λ1 x02 + B 0 y 02 + C 0 z 02 + 2F 0 y 0 z 0 ,
pois h−
v→ −
→ −→ − → −
→ − → −
→ −→
2 , Av1 i = λ1 hv2 , v1 i = 0 e hv3 , Av1 i = λ1 hv3 , v1 i = 0, onde
B 0 = hA−v→, −
2 v→i, C 0 = hA−
2 v→, −v→i e F = hA−
3 3 v→, − v→i = h−
v→, A−
v→i . Ou seja,
2 3 3 2
a forma quadrática f nas coordenadas x , y e z , 0 0 0
f (x0 , y 0 , z 0 ) = λ1 x02 + B 0 y 02 + 2F 0 y 0 z 0 + C 0 z 02 ,
possui apenas um termo misto (y 0 z 0 ).
Seja a forma quadrática
g(x0 , y 0 ) = B 0 y 02 + 2F 0 y 0 z 0 + C 0 z 02
no plano OY 0 Z 0 . Sabemos, pelo estudo realizado no Capítulo 8, que fazendo
uma rotação positiva dos eixos OY 0 e OZ 0 de ângulo θ ∈ (0, π/2), quando
2F 0
F 0 6= 0, tal que θ = π/4, se B 0 = C 0 , e tan 2θ = 0 , se B 0 6= C 0 , a forma
B − C0
quadrática g , nas variáveis y e z , assume a forma
g(y, z) = B y 2 + C z 2 ,
onde
y 0 = y cos θ − z sen θ e z 0 = y sen θ + z cos θ . (23.17)
Consideremos os vetores − u→ −
→ −→ −
→ −
→ −→
1 = v1 , u2 = cos θ v2 + sen θ v3 e u3 =
− sen θ −
v→ −
→ −→ −→ −→
2 +cos θ v3 . É fácil vericar que os vetores u1 , u2 e u3 são ortonor-
mais. Além disso, fazendo x = x0 , obtemos, por (23.16) e por (23.17), que
−−→
OP = x− e→ −
→ −
→
1 + y e2 + z e3
= x0 − v→ −
→ −
1 + (y cos θ − z sen θ)v2 + (y sen θ + z cos θ)v3
→
= x− u→ −
→ −
→ −
→ −
→
1 + y (cos θ v2 + sen θ v3 ) + z (− sen θ v2 + cos θ v3 )
= x− u→ −→ −→
1 + y u2 + z u3 .
Então, (x, y, z) são as coordenadas do ponto P no sistema de eixos OX Y Z
tal que os eixos OX, OY e OZ têm a mesma direção e o mesmo sentido dos
15
Unidades 23 e 24 Formas Quadráticas em R 3
vetores −
u→ −→ −→
1 , u2 e u3 .
Assim, no sistema OX Y Z , a forma quadrática (23.14),
f (x, y, z) = λ1 x2 + λ2 y 2 + λ3 z 2 ,
ca desprovida dos termos mistos x y, x z e y z , onde λ2 = B e λ3 = C .
Podemos agora provar o resultado a seguir, análogo ao Teorema 7 do Capí-
tulo 8, para matrizes simétricas reais do tipo 3 × 3 .
Teorema 5 Seja A uma matriz simétrica real do tipo 3 × 3 . Então, todas as raízes
λ1 , λ2 e λ3 do polinômio característico p da matriz A são reais e existe um terno
−
u→ −→ −→ −→ −→ −→ −→
1 , u2 e u3 de autovetores ortonormais tais que Au1 = λ1 u1 , Au2 = λ2 u2
e A− u→ −→
3 = λ3 u3 .
E/2 F/2 C
Usando os elementos da matriz A, podemos construir a seguinte forma
quadrática em três variáveis:
f (x, y, z) = Ax2 + By 2 + Cz 2 + Dxy + Exz + F yz .
Pelo provado acima, existem um terno λ1 , λ2 e λ3 de números reais e um
terno −
u→ −→ −→ −→ −→
1 , u2 e u3 de vetores ortonormais tais que se (x, y, z) = x u1 +y u2 +
z−u→
3 , então
f (x, y, z) = λ1 x2 + λ2 y 2 + λ3 z 2 .
Mas, por (23.15), por (23.1) e pela Observação 3, temos:
λ1 x2 + λ2 y 2 + λ3 z 2 = hA(x −u→ −→ −→ −→ −→ −→
1 + y u2 + z u3 ), x u1 + y u2 + z u3 i
= x2 hA− u→ −→ 2 −→ −→ 2 −→ −→
1 , u1 i + y hAu2 , u2 i + z hAu3 , u3 i
+2x yhA− 1u→, −
2 u→i + 2x zhA−1 u→, −
3 u→i + 2y zhA−
2 u→, −
3 u→i ,
para quaisquer x, y, z ∈ R .
Logo, hA− u→ −→ −→ −→ −→ −→ −→ −→
1 , u1 i = λ1 , hAu2 , u2 i = λ2 , hAu3 , u3 i = λ3 e hAu1 , u2 i =
hA−u→ −→ −→ −→ −→ −→ −→
1 , u3 i = hAu2 , u3 i = 0. Além disso, como os vetores u1 , u2 e u3 são
ortonormais, segue que A− u→ −→ −→ −→ −→
1 = λ1 u1 , Au2 = λ2 u2 e Au3 = λ3 u3 .
−→
Então, λ1 , λ2 e λ3 são autovalores de A e − u→ −→ −→
1 , u2 e u3 são autovetores
relativos aos autovalores λ1 , λ2 e λ3 , respectivamente.
Provaremos que λ1 , λ2 e λ3 são os únicos autovalores da matriz A .
16
Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3
Unidades 23 e 24
A(a −u→ −→ −→ −→ −→ −→
1 + b u2 + c u3 ) = λ(a u1 + b u2 + c u3 )
⇐⇒ aλ1 − u→ −→ −→ −→ −→
1 + bλ2 u2 + cλ3 u3 = λa u1 + λb u2 + λc u3
−→
⇐⇒ a(λ1 − λ)− u→ −→ −→
1 + b(λ2 − λ)u2 + c(λ3 − λ)u3 = 0
⇐⇒ a(λ − λ) = b(λ − λ) = c(λ − λ)−
1 2 3 u→ = 0 .
3
17
Unidades 23 e 24 Formas Quadráticas em R 3
(a) Seja → −
v um autovetor relativo ao autovalor λ1 . Então, existem números
reais a, b e c tais que →
−v = a−u→ −→ −→ →
−
1 + bu2 + cu3 . Logo, como A v = λ1 v ,
→
−
A(a −
u→ −→ −→ −→ −→ −→
1 + b u2 + c u3 ) = λ1 (a u1 + b u2 + c u3 )
⇐⇒ aλ1 − u→ −→ −→ −→ −→ −→
1 + bλ2 u2 + cλ3 u3 = λ1 a u1 + λ1 b u2 + λ1 c u3
⇐⇒ b(λ − λ )−
2 1u→ + c(λ − λ )−
2 3 u→ = 0
1 3
⇐⇒ b = c = 0 .
Ou seja, →−
v = a− u→ −→ −
→
1 é um múltiplo de u1 . Sendo v1 um autovetor não nulo
relativo ao autovalor λ1 , existe a0 6= 0 tal que −
v→ −→
1 = a0 u1 . Assim,
{→
−
v ∈ R3 ; A→ −
v = λ1 → −
v } = {a− u→ −
→
1 ; a ∈ R} = {av1 ; a ∈ R} .
e
{→−
v ∈ R3 ; A→ −
v = λ3 → −
v } = {c −v→3 ; c ∈ R} .
(b) Seja →
−
u um autovetor não nulo relativo ao autovalor λ1 . Como λ2 6= λ1 e
λ3 6= λ1 , temos, pelo provado acima, que →−
u é múltiplo de −
u→
1 e
→
− →
− →
− −→ →
−
{ v ∈ R ; A v = λ v } = {au1 ; a ∈ R} = {a u ; a ∈ R} .
3
Ou seja, →−
v = b− u→ −→ →
−
2 + c u3 e, portanto, pela Proposição 1, v é um autovetor
relativo ao autovalor µ = λ1 = λ2 . Provamos, assim, que
{→
−
v ∈ R3 ; A→−
v = µ→ −
v } = {→−
v ∈ R3 ; h→
−v ,→
−
u i = 0} .
(c) Seja →
−
v um vetor qualquer. Então, existem a, b, c ∈ R tais que →
−
v =
a−u→ −→ −→ →
−
1 + bu2 + cu3 . Logo, como λ1 = λ2 = λ3 = λ, temos que A v =
aA− u→ −→ −→ −→ −→ −→ −→ −→ −→ →
−
1 +bAu2 +cAu3 = aλu1 +bλu2 +cλu3 = λ(au1 +bu2 +cu3 ) = λ v .
Isto é, A→
−
v = λ→
−
v para todo vetor →
−
v ∈ R . Então,
3
se
a11 a12 a13
A = a21 a22 a23 ,
18
Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3
Unidades 23 e 24
temos que A− e→ −
→ −→
1 = (a11 , a21 , a31 ) = λe1 = (λ, 0, 0), Ae2 = (a21 , a22 , a23 ) =
λ−e→ −→ −
→
2 = (0, λ, 0) e Ae3 = (a31 , a32 , a33 ) = λe3 = (0, 0, λ). Assim, aii = λ e
aij = 0, se i 6= j , para todos i, j = 1, 2, 3, ou seja, A = λI .
1 −1 3
é a matriz de f , oseu polinômio característico
é
λ − 3 1 −1
p(λ) = det 1 λ−5 1
−1 1 λ−3
= (λ − 3)((λ − 5)(λ − 3) − 1) − ((λ − 3) + 1) − (1 + (λ − 5))
= (λ − 3)(λ2 − 8λ + 14) − (λ − 2) − (λ − 4)
= λ3 − 8λ2 + 14λ − 3λ2 + 24λ − 42 − 2λ + 6
= λ3 − 11λ2 + 36λ − 36 .
Testando os divisores do termo independente −36, é fácil vericar que λ1 =
2, λ2 = 3 e λ3 = 6 são as raízes da equação característica p(λ) = 0 . Ou seja,
λ1 = 2, λ2 = 3 e λ3 = 6 são os autovalores da matriz A .
Se −
u→ −→ −→
1 , u2 e u3 são autovetores ortonormais relativos aos autovalores λ1 , λ2
19
Unidades 23 e 24 Formas Quadráticas em R 3
e λ3 , respectivamente, e (x, y, z) = x −
u→ −→ −→
1 +y u2 +z u3 , segue, pela Proposição
6, que a forma quadrática nas coordenadas x, y e z é:
f (x, y, z) = 2x2 + 3y 2 + 6z 2 .
Assim, a superfície de nível m da forma quadrática f é um elipsoide se
m > 0, um ponto (a origem) se m = 0, e o conjunto vazio se m < 0 .
0 0 1
terístico é
λ −1 0
p(λ) = det −1 λ 0 = (λ − 1)(λ2 − 1) = (λ − 1)2 (λ + 1) .
0 0 λ−1
Então, λ1 = −1 e λ2 = 1 são os autovalores de A de multiplicidade 1 e 2,
respectivamente.
Seja −u→1 = (x, y, z) um autovetor relativo ao autovalor λ1 = −1 . Como
(x, y, z)é uma solução do sistema
λx − y = 0 −x − y = 0
−x + λy = 0 ⇐⇒ −x − y = 0 ⇐⇒ x = −y e z = 0 ,
(λ − 1)z = 0 −2z = 0
−→
obtemos que u1 = (x, −x, 0), x ∈ R, são os autovetores
√ √relativos
ao autovalor
2 2
λ = −1. Tomemos o autovetor unitário −
1 u→ =
1 ,− ,0 .
2 2
Pela Proposição 7, os autovetores relativos ao autovalor λ2=
√ λ3√= 1 são
2 2
os vetores ortogonais ao vetor −
u→ . Basta tomar, então, −
1 u→ =
2 , ,0 e
2 2
−
u→ −→ −→
3 = u1 × u2 = (0, 0, 1) .
20
Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3
Unidades 23 e 24
z , o eixo
√das quádricas
√ é a reta r que passa pela origem e é paralela ao vetor
− 2 2
u→ =
1 , − , 0 , ou seja, r = {(t, −t, 0) ; t ∈ R} .
2 2
Vamos determinar agora a seção plana f −1 (m) ∩ π da quádrica f −1 (m),
√
para todo m ∈ √
R, onde√π é o plano x
√− y =√ 2 .
2 2 2 2
Como x = x+ y e y =− x+ y , temos que
2 2 √2 2
π :x−y = 2
√ √ √ √
2 2 2 2 √
⇐⇒ π : x+ y+ x− y= 2 ,
2√ 2 2 2
2 2 √
⇐⇒ π : x = 2 ⇐⇒ π : x = 1 .
2
é o plano π nas coordenadas x, y e z . Logo, se m ∈ (−1, ∞), a seção plana
π ∩ f −1 (m) é o círculo (
y2 + z2 = m + 1
Cm : ,
x=1
√
de raio igual a m + 1 e centro (1, 0, 0), nas coordenadas
√ e z . Como
√x, y
2 2
x = 1 e y = z = 0, C = 1 · −
u→ + 0 · −
1 u→ + 0 · −
2 u→ =
3 , − , 0 é o centro
2 2
do círculo
√ Cm nas
√ coordenadas
x, y e z . Mas, se m = −1, π ∩ f −1 (m) é o
2 2
ponto , − , 0 e se m < −1, π ∩ f −1 (m) é o conjunto vazio.
2 2
E/2 F/2 C
ou da função quadrática (23.19), possui três autovalores λ1 , λ2 e λ3 , contados
com suas multiplicidades, e um terno de autovetores −
u→ −→ −→
1 , u2 e u3 ortonormais
tais que A− u→ −
→
i = λi ui , i = 1, 2, 3 .
21
Unidades 23 e 24 Equação Geral do Segundo Grau em R 3
⇐⇒ λ1 x2 + λ2 y 2 + λ3 z 2 + h→
−
v ,−
u→ →
− −→ →
− −→
1 ix + h v , u2 iy + h v , u3 iz + J = 0
⇐⇒ λ1 x2 + λ2 y 2 + λ3 z 2 + Gx + Hy + Iz + J = 0 ,
onde (x, y, z) = x − u→ −→ −→ →− →
− −→
1 + y u2 + z u3 , v = (G, H, I), G = h v , u1 i, H =
h→
−
v ,−
u→i e F = h→
2
−
v ,−
u→i .
3
Para nalizar nosso estudo, basta analisar os possíveis conjuntos represen-
tados por uma equação de segundo grau em três variáveis,
Ax2 + By 2 + Cz 2 + Gx + Hy + Iz + J = 0 , (23.20)
22
Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3
Unidades 23 e 24
G H I
Neste caso, tomando x0 = − , y0 = − e z0 = − , obtemos que a
2A 2B 2C
equação (23.21) assume a forma
Ax2 + By 2 + Cz 2 = R ,
2
G H2 I2
onde R = −J = + + −J.
4A 4B 4C
Ax2 + By 2 + Iz + J = 0 (23.22)
G2 H2
com J = J − − + Iz0 .
4A 4B
Então, se I = 0, obtemos que a equação (23.22) é dada por
Ax2 + By 2 = R ,
G2 H2
com R = −J = + − J − Iz0 , para todo z0 ∈ R .
4A 4B
G2 H2 J
Mas, quando I 6= 0, temos que se z0 = + − , então J = 0.
4AI 4BI I
Assim, fazendo S = −I , a equação (23.22) assume a forma
Ax2 + By 2 = Sz .
23
Unidades 23 e 24 Equação Geral do Segundo Grau em R 3
G
com J = Ax20 + Gx0 + Hy0 + J . Então, fazendo S = −H , x0 = − , y0 =
2A
G2 J
− e z0 um número real qualquer, a equação (23.24) ca na forma
4AH H
Ax2 = Sy .
Se H = 0 e I 6= 0, a equação (23.23) é dada por
G G2 J
com J = Ax20 +Gx0 +Iz0 +J . Assim, sendo S = −I , x0 = − , z0 = −
2A 4AI I
e y0 um número real qualquer, a equação (23.25) assume a forma
Ax2 = Sz .
(iii) H 6= 0 e I 6= 0
Se H 6= 0 e I 6= 0, a equação (23.23),
J
Ax2 + (2Ax0 + G)x = −Hy − I z + ,
I
ca na forma
Ax2 = −Hy − Iz , (23.26)
G J G2 Hy0
se x0 = − , z0 = − + − e y0 é um número real qualquer.
2A I 4AI I
Consideremos agora o sistema O X Y Z , de modo que O = (x0 , y0 , z0 ) e os
eixos O X, O Y e O Z tenham a mesma direção e o mesmo sentido dos vetores
−→ −→ −→ H I
ortonormais w1 = e1 = (1, 0, 0), w2 = 0, − √ 2 , −√ 2 e
H + I2 H + I2
− I H
w→3 = 0, √ 2 2
, −√ 2 2
, respectivamente.
H +I H +I
Se (x, y, z) e (x, y, z) são as coordenadas de um ponto nos sistemas O X Y Z
e O X Y Z , respectivamente, então
(x, y, z) = x −
w→ −→
1 + y w2 + z w3
−→
H I
⇐⇒ (x, y, z) = x(1, 0, 0) + y 0, − √ 2 , −√ 2
H + I2 H + I2
I H
+z 0, √ 2 2
, − √
2 2
H +I H +I
−Hy + Iz −Iy − Hz
⇐⇒ x = x, y= √ 2 e z= √ .
H + I2 H2 + I2
Logo, a equação (23.26), nas coordenadas x, y e z , assume a forma
24
Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3
Unidades 23 e 24
2 −Hy + Iz −Iy − Hz
A x = −H √ −I √
√ H2 + I2 H2 + I2
2
⇐⇒ A x = H 2 + I 2 y
2
⇐⇒ A x = S y ,
√
com S = H 2 + I 2 .
Observe que apenas quando a equação (23.18) representa um cilindro parabólico,
devemos fazer, em alguns casos, uma rotação dos eixos, após a translação, para
reduzí-la à forma canônica.
Conclusão: Dada uma equação geral do segundo grau em três variáveis
Ax2 + By 2 + Cz 2 + Dxy + Exz + F yz + Gx + Hy + Iz + J = 0,
existe um sistema de eixos O0 X 0 Y 0 Z 0 tal que a equação, nas coordenadas x0 ,
y 0 e z 0 desse sistema, se escreve numa das seguintes formas:
A0 x02 + B 0 y 02 + C 0 z 02 = R (Quadrica Cêntrica)
ou
A0 x02 + B 0 y 02 = Sz 0 (Quadrica não Cêntrica)
após uma reordenação dos eixos O0 X 0 , O0 Y 0 e O0 Z 0 , se necessário.
Os eixos O0 X 0 , O0 Y 0 e O0 Z 0 são chamados eixos principais da quádrica
representada pela equação (23.18).
Assim, pelo estudo feito no nal do Capítulo 22, o conjunto dos pontos
que satisfazem a uma equação do segundo grau com três variáveis é uma das
superfícies quádricas ou uma das quádricas degeneradas.
Reduza a equação do segundo grau a sua forma canônica, classique a quá- Exemplo 6
drica Q representada pela equação, determine seus eixos principais e identique,
geometricamente, a seção plana π ∩ Q, onde:
(a) Q : 4x2 + y 2 + 3z 2 − 8x + 2y + 6z + 7 = 0 e π : y = −1.
Solução. Completando os quadrados, obtemos:
25
Unidades 23 e 24 Equação Geral do Segundo Grau em R 3
Z
−1
1
Y
X
O
E −1
X Q
Y
(b) Q : x2 − y 2 − z 2 + 8x − 2y + 6z + 5 = 0 e π : z = 1.
Solução. Completando os quadrados obtemos:
26
Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3
Unidades 23 e 24
origem O = (−4, −1, 3). Como (x, y, z) = (x, y, z) + (−4, −1, 3), temos que
Q : x2 − y 2 − z 2 = 1
é a equação da quádrica nas coordenadas x, y e z . Logo, Q é um hiperboloide
de duas folhas de eixo
rx = {(−4, −1, 3) + t(1, 0, 0) ; t ∈ R}
paralelo ao eixo OX , com a = b = c = 1. Os outros eixos principais são as retas
ry = {(−4, −1, 3) + t(0, 1, 0) ; t ∈ R} e rz = {(−4, −1, 3) + t(0, 0, 1) ; t ∈ R},
paralelas aos eixos OX e OZ , respectivamente.
A seção plana Q ∩ π é a hipérbole equilátera
(x + 4)2 − (y + 1)2 = 5
H: ,
z=1
Z Z
Q
O
3
X
H
H 1
Y
−4
−1
O
X
Y
Figura 23.8: Hiperbolóide de duas folhas Q e seção H
27
Unidades 23 e 24 Equação Geral do Segundo Grau em R 3
28
Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3
Unidades 23 e 24
29
Unidades 23 e 24 Equação Geral do Segundo Grau em R 3
−
→ 5 3
paralelas ao vetor v2 = 0, √ , √ que passam pelos pontos A1 =
34 34
6 18 6 18
0, − , − e A2 = −2, − , − , respectivamente.
34 170 34 170
Q
Z
Z
Y
`2
`1
X
X Y
30
Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3
Unidades 23 e 24
√ √
(λ
1
− 2)x − y − 5z = 0
−x − y − 5z = 0 x=0
−x + (λ1 − 1)y = 0 ⇐⇒ −x = 0 ⇐⇒ e
√
√
√
− 5x + (λ1 − 1)z = 0 − 5x = 0 y = − 5z .
√
Logo, −
u→1 = (0, − 5z, z), z ∈ R, são os autovetores
√ relativos
ao autovalor
5 1
λ1 = 1. Tomemos o autovetor unitário −u→1 = 0, − √ , √ .
6 6
Por outro lado, −
u→ = (x, y, z) é um autovetor relativo ao autovalor λ = 4
2 2
se, e só se, (x, y, z) é solução do sistema
√ √ x
y=
(λ2 − 2)x − y − 5z = 0 2x − y − 5z = 0 3
−x + (λ2 − 1)y = 0 ⇐⇒ −x + 3y = 0 ⇐⇒ e √
√
√
z = 5 x.
− 5x + (λ2 − 1)z = 0 − 5x + 3z = 0
3
√
x 5
Então, −u→2 = x, , x , x ∈ R, são os autovetores relativos ao auto-
3 3
6
valor λ2 = 4. Tomando x = √ , obtemos o autovetor unitário −
u→
2 =
√ 60
6 2 2 5
√ ,√ ,√ .
60 60 60
Como os autovetores relativos ao autovalor λ3= −1 são ortogonais
√ aos
2 1 5
vetores −
u→ −→ −→ −→ −→
1 e u2 , segue que u3 = u1 × u2 = −√ , √ , √ é um
10 10 10
autovetor unitário relativo ao autovalor λ3 = −1.
Seja O X Y Z o sistema de eixos ortogonais tal que os eixos O X , O Y
e O Z têm a mesma direção e o mesmo sentido dos vetores − u→ −→ −→
1 , u2 e u3 ,
respectivamente.
Assim, se (x, y, z) são as coordenadas de um ponto no sistema O X Y Z , a
equação de mudança de coordenadas é:
√ √
5 1 6 2 2 5
(x, y, z) = x 0, − √ , √ +y √ ,√ ,√
6 6 60 60 60
√
2 1 5
+ z −√ , √ , √ . (23.32)
10 10 10
31
Unidades 23 e 24 Equação Geral do Segundo Grau em R 3
√ √ −→ √ √
pois h(3, 1, 5), −
u→
1 i = h(3, 1, 5), u3 i = 0 e h(3, 1, 5), −
u→
2 i = 15 . Com-
pletando os quadrados na equação (23.33), temos:
√
2 2 15
Q:x +4 y + y − z2 = 0
4
√ 2
15 15
2
⇐⇒ Q : x + 4 y + − z2 = . (23.34)
8 16
Então,
√ √ √
15 6 2 2 5 2 1 5
r1 = − √ ,√ ,√ + t −√ , √ , √ ;t∈R
8 60 60 60 10 10 10
√ √
3 1 5 2 1 5
= − ,− ,− + t −√ , √ , √ ;t∈R
8 8 8 10 10 10
é o eixo da quádrica
e √ √
3 1 5 6 2 2 5
r2 = − ,− ,− +t √ ,√ ,√ ;t∈R
8 8 8 60 60 60
e
32
Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3
Unidades 23 e 24
√ √
3 1 5 5 1
r3 = − ,− ,− + t 0, − √ , √ ;t∈R
8 8 8 6 6
são os outros eixos principais de Q.
Vamos determinar agora a seção plana Q ∩ π . Por (23.37), a equação do
plano π nas coordenadas x , y e z é
√
√ 10
π : h(x, y, z), (−2, 1, 5)i =
√ 4 √
√ −→
−→ 15 − → −→ 10
⇐⇒ π : hx u1 + y − u2 + z u3 , 10 u3 i =
8 4
√
√ 10 1
⇐⇒ π : 10 z = ⇐⇒ π : z = .
4 4
33
Unidades 23 e 24 Exercícios
X
Q
Z
π
Z
Y E Y
23.6 Exercícios
0 −4 1 0 0 1 0 0 2
√ √ √ √
−
→ 3 2 2 2 2 −
→ 2 2
2. Considere os vetores v1 = , , , v2 = 0, ,− e−
v→
3 =
5 5 5 2 2
√ √
8 3 2 3 2
− , , e o ponto O = (1, 3, −2).
10 10 10
(a) Mostre que −
v→ −
→ − →
1 , v2 e v3 é um terno ortonormal.
34
Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3
Unidades 23 e 24
0 0 λ3
a1 a2 a3
onde B = b1 b2 b3 .
c1 c2 c3
0 −1 2
35
Unidades 23 e 24 Exercícios
(a) Q1 : x2 + 4y 2 − z 2 + 2x − 8y − 2z + 4 = 0;
(b) Q2 : y 2 − 2z 2 − 2x + 6y + 4z − 1 = 0;
(c) Q3 : z 2 + 4x − y + 6z − 1 = 0;
(d) Q4 : x2 + 4y 2 + z 2 + 4xy + z = 0;
(e) Q5 : x2 + 4yz + x = 0;
√ √ √
(f) Q6 : x2 + 2y 2 + 2z 2 + 2xy + 2 5 xz − 2 30 y + 2 6 z + 2 = 0;
36