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DISSERTAÇÃO
CURITIBA
2018
PIERRE LUÍS ALVES
CURITIBA
2018
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
A474a Alves, Pierre Luís
2018 Avaliação pós-ocupação de uma edificação de uma instituição
pública de ensino superior baseada na satisfação dos
usuários e nas recomendações das normas e legislações
/ Pierre Luís Alves.-- 2018.
BANCA EXAMINADORA:
Agradeço primeiramente a Deus por ter dado condições para concretização deste
trabalho e principalmente por ter dado forças em não desistir nos obstáculos da vida.
Agradeço a minha esposa Eliete e meus filhos Francisco e Miguel pela compreensão na
minha ausência nesse período, eles sem dúvida são minha fortaleza e fonte de inspiração. Aos
meus pais Renato e Maria que souberam transmitir sobre caráter, princípios e valores.
Aos colegas do IFPR Nara e Tiago que fizeram as suas contribuíram neste trabalho.
Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da UTFPR pelas
contribuições neste trabalho.
O meu orientador, Professor Dr. Rodrigo Eduardo Catai, pelo apoio, ajuda, dedicação e
competência na orientação deste trabalho.
Aos professores Eden e Paulo Yamamoto que me recomendaram ao PPGEC.
Agradeço ao Professor Zanatta que mesmo com uma missão enorme foi compreensivo
nesta reta final.
Ao professor Frederico que foi conselheiro nos momentos difíceis.
Agradeço a banca examinadora, pelo tempo e atenção em relação a esta dissertação.
E por fim, agradeço a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para o
desenvolvimento desta dissertação.
“Se você quer ser bem sucedido, precisa ter
dedicação total, buscar seu último limite e dar o
melhor de si.”
(Ayrton Senna da Silva)
RESUMO
ALVES, Pierre Luís. Avaliação Pós-Ocupação de uma Edificação de uma Instituição Pública
de Ensino Superior Baseada na Satisfação dos Usuários e nas Recomendações das Normas e
Legislações. 2018. 111 páginas. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de
Pós-Graduação em Engenharia Civil. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba,
2018.
No mundo globalizado e competitivo a busca pela excelência em processos se torna cada vez
mais uma obrigação por parte das empresas, como diferencial mercadológico, visto que existem
normas de desempenho que contribuem para produtos diferenciados, além de uma boa
avaliação da satisfação dos clientes. Desta forma, esta dissertação tem por objetivo a realização
de uma Avaliação Pós-Ocupação de uma edificação de uma instituição pública de ensino
superior baseada na satisfação dos usuários e nas recomendações das normas e legislações. Para
tanto foram utilizados dois métodos: análise comportamental, por meio de questionários, onde
o usuário expressa a sua opinião com relação à edificação que está sendo avaliada e avaliação
técnica, onde são avaliados os aspectos físicos arquitetônicos e de conforto. Na aplicação da
análise comportamental foi possível detectar a insatisfação dos usuários em alguns pontos como
conservação de louças e metais dos banheiros. Nos itens relacionados ao conforto ambiental,
os itens sensação térmica e ruído foram mal avaliados pelos usuários. Em instalações elétricas
o item quantidade de tomada foi o que apontou maior atenção. A aplicação da avaliação técnica
por meio de normas e legislações corroborou com a opinião dos usuários, além de apresentados
outros problemas. Os resultados finais foram apresentados de forma resumida em uma matriz
de descobertas e recomendações. Assim, pode-se concluir que é possível identificar uma certa
insatisfação dos usuários que podem ser decorrentes de falhas de projetos e especificações, mas
que poderiam ser reduzidas com avaliações periódicas, acompanhando as atualizações das
legislações e normas técnicas, contribuindo assim para projetos futuros e atendendo o propósito
para a qual a Avaliação Pós-Ocupação foi criada.
In the globalized and competitive world, the search for excellence in processes is becoming an
obligation on the part of companies, as a market differential, since there are performance
standards that contribute to differentiated products, as well as a good evaluation of customer
satisfaction. In this way, this dissertation aims at the realization of a Post-Occupancy
Assessment of a building of a public institution of higher education based on the satisfaction of
the users and in the recommendations of the norms and laws. For this, two methods were used:
behavioral analysis, through questionnaires, where the user expresses his opinion regarding the
building being evaluated and technical evaluation, where the physical and architectural aspects
of comfort are evaluated. In the application of the behavioral analysis it was possible to detect
the users' dissatisfaction in some points like conservation of chinaware and bathroom metals.
In the items related to environmental comfort, the thermal sensation and noise items were
poorly evaluated by the users. In electrical installations the item quantity of outlet was the one
that pointed out the most attention. The application of the technical evaluation through norms
and laws corroborated with the opinion of the users, besides presenting other problems. The
final results were summarized in an array of findings and recommendations. Thus, it can be
concluded that it is possible to identify a certain dissatisfaction among users that may be due to
project failures and specifications, but could be reduced with periodic evaluations,
accompanying updates of legislation and technical standards, thus contributing to future
projects and serving the purpose for which the Post-Occupancy Assessment was created.
1 INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVOS
construída no ano de 2010, o que difere de qualquer empreendimento do setor privado em razão
de legislação específica na contração e execução. A delimitação da pesquisa se justifica por que
a “Administração Pública é o grande construtor de obras que determinarão o desenvolvimento
do Brasil” (NOGUEIRA, 2008).
1.4 JUSTIFICATIVAS
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Meira e Oliveira (1998) definem avalição pós-ocupação (APO) como uma ferramenta
eficaz de avaliação sistemática do ambiente construído, incluindo o usuário nesse processo.
A APO pode ser definida como um conjunto de métodos e técnica de avalição de
desempenho aplicado no decorrer do uso de qualquer ambiente construído, visando aferir e
estabelecer diagnósticos que levem em consideração o nível de satisfação dos usuários finais,
de forma a subsidiar não somente as intervenções como melhorias nos programas de
manutenção, além de realimentar diretrizes para projetos semelhantes conforme a Figura 1
(ABIKO; ORNSTEIN 2002).
AVALIAÇÃO
PÓS-OCUPAÇÃO
CONSTRUÇÃO/
PROGRAMAÇÃO PROJETO
USO
A APO tem por objetivo diagnosticar problemas na obra para que os mesmos sejam
corrigidos, construir banco de dados para alimentar outros projetos de mesma tipologia e
desenvolver conhecimento acadêmico (ORNSTEIN; ROMÉRO, 1992), trazendo a informação
para melhoria do espaço construído, fazendo recomendações e diretrizes, incorporando
aspectos positivos em projetos semelhantes ao avaliado (LAY; REIS, 1993), além de apurar o
índice satisfação e percepção dos usuários, avaliações técnicas e observações dos
empreendimentos.
Segundo Ornstein e Roméro (1992), ocorreram no Brasil a repetição de vários
empreendimentos pouco satisfatório para os usuários, principalmente as edificações públicas.
22
Prazos Vantagens
Identificação e solução dos problemas nos equipamentos;
Melhoria na utilização dos espaços e consequentemente melhoria no desempenho do
edifício;
2.1.1 Walkthrough
Trata-se de um instrumento método que permite que os usuários possam declarar, por
meio de um conjunto de sentenças escritas ou desenho que exprimem as necessidades,
sentimento e desejos relativos ao edifício ou ambiente analisado. É um instrumento que busca
a espontaneidade das respostas, geralmente, produz resultados ricos e representativos das
necessidades e expectativas dos usuários (RHEINGANTZ, 2009). De acordo com Sanoff
(2001), o Poema dos Desejos é uma abordagem que sugere que os respondentes fantasiam sobre
a possibilidade de ter o ambiente dos sonhos, sempre a partir da frase “Eu gostaria que
(ambiente) fosse...”.
2.1.5 Questionário
Definida por Rheingantz (2009), como o instrumento de análise que permite identificar
e comunicar graficamente as descobertas da APO, especialmente aquelas decorrentes de falhas
de projeto ou de execução, bem como à incompreensão e ao desconhecimento de tipo de
usuários, a matriz de descoberta é um instrumento de análise que permite identificar e
comunicar graficamente os achados da pesquisa, especialmente as relacionadas à
funcionalidade do dia-a-dia. A utilização da matriz de descobertas para apresentação dos
resultados facilita a leitura e o entendimento dos resultados por clientes e usuários leigos.
representem eventual risco de vida aos usuários ou risco de degradação acelerada de elementos
construtivos.
Criado por Missernard em 1948, na França, este índice considera em sua equação os
efeitos da umidade e do movimento do ar em indivíduos com ou sem vestuário, conforme
Equação 1 (CARVALHO, 2006).
Em que,
= temperatura resultante (ºC);
= temperatura do ar (bulbo seco) (ºC);
= umidade relativa do ar (%).
29
A classificação foi realizada por comparação das faixas de sensação térmica conforme
Quadro 2, desenvolvido por Funari (2006).
13 – 16 Frio Tremer
2.2.1.2 Ventilação
Segundo Hirashima e Assis (2017), o conforto acústico depende do nível sonoro, mas
também de variáveis subjetivas que estão relacionadas aos aspectos psicológicos e fisiológicos.
Conforto acústico está relacionado ao fato de ouvir sem interferência que causem
estresses, ou distorções das atividades desempenhadas (OCHOA, 2010).
Para Eniz e Garavelli (2006), os ruídos estão presentes no cotidiano no ambiente de
trabalho e escolas, podendo trazer prejuízos as relações sociais, à comunicação, ao rendimento
escolar e saúde.
Ochoa (2010), destaca que o ruído pode ser perturbador ou prejudicial, dependendo do
tempo de exposição e distância da fonte.
No mesmo entendimento, Ribeiro e Câmara (2006) ressaltam que o tempo de exposição
do ruído pode ocasionar efeitos à saúde como estresse, irritabilidade, hipertensão arterial e estar
associada a outras situações de riscos. Neste sentido no Brasil existe a Norma Regulamentadora
(NR 9) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na qual classifica os agentes de risco
ocupacionais em grupos: em relação a natureza, danos que pode causar a saúde do trabalhador,
intensidade e tempo de exposição.
Segundo Losso (2003), a perda da audição pode ocorrer em função de longa exposição
a alto níveis de ruídos, ou ainda, pelo envelhecimento dos indivíduos que podem perder
progressivamente a capacidade auditiva ao longo da vida.
Os edifícios brasileiros não oferecem conforto acústico aos seus usuários, uma vez que
estudos sobre avaliação pós-ocupação, comumente retratam a insatisfação dos usuários quanto
a perturbações sonoras. As edificações escolares também estão inseridas nesse contexto, onde
a preocupação com os aspectos acústicos é praticamente nula (OCHOA, 2010).
No Brasil, a NBR 10152 atribui os intervalos adequados de ruído para ambientes de
acordo com a finalidade características do recinto conforme Quadro 3.
31
HOSPITAIS
Serviços 45 – 55
ESCOLAS
Circulação 45 – 55
HOTÉIS
Apartamentos 35 – 45
RESIDÊNCIAS
Dormitórios 35 – 45
Salas de estar 40 – 50
AUDITÓRIOS
RESTAURANTES 40 – 50
ESCRITÓRIOS
Salas de reunião 30 – 40
Salas de computadores 45 – 65
Salas de mecanografia 50 – 60
Por meio de estudos analíticos, o tempo de reverberação foi relacionado com o volume
e características de absorção do ambiente, Sabine (1896) estabeleceu condições acústicas
satisfatórias e desenvolveu uma equação matemática para o cálculo do tempo de reverberação,
conforme Equação 2.
Em que,
= tempo de reverberação (s);
= volume do recinto (m³);
= superfície dos materiais (m²);
= coeficiente de absorção materiais;
Segundo a NBR 12.179, a fórmula de Sabine deve ser empregada quando o coeficiente
de absorção médio for menor ou igual a 0,30 (ABNT, 1992a).
Para ambientes com superfícies altamente absorventes Eyring (1930) apresentou a
fórmula alterada para corrigir a fórmula de Sabine, conforme Equação 3 (SILVA, 2005).
,
= (Eq. 3)
!," #$%( &)
Em que,
= tempo de reverberação (s);
= volume do recinto (m³);
= área total das superfícies interiores do recinto (m²);
'= coeficiente médio de absorção;
Segundo a NBR 12.179, a fórmula de Eyring deve ser utilizada quando o coeficiente
médio de absorção for maior que 0,3 (ABNT, 1992a).
34
Placas de gesso (parede ou teto) 0,25 0,15 0,08 0,06 0,04 0,04
Forro em fibra lenhos, espessura 0,25 0,30 0,30 0,40 0,55 0,60
20mm
Janela simples fechada 0,04 0,04 0,03 0,02 0,02 0,02
Quadro negro de madeira, espessura 0,28 0,20 0,10 0,10 0,08 0,08
3 mm
Cortina PVC 0,06 0,06 0,17 0,17 0,03 0,03
Amarelo 70
Verde limão 60
Amarelo ouro 60
Rosa 60
Laranja 50
Azul claro 50
Cinza neutro 30
Vermelho 20
Azul turquesa 15
Violeta 05
Preto 03
No Brasil a norma que tratava sobre iluminância era a NBR 5413 - Iluminância de
interiores, que tinha por objetivo, estabelecer os valores de iluminância média mínimos em
36
Bibliotecas
Peso
Usar a iluminância inferior do grupo, quando o valor for igual a -2 ou -3; a iluminância
superior, quando a soma +2 ou +3; e a iluminância média nos demais casos.
A partir de 2013 a NBR 5413 foi substituída pela NBR 8995 que passou a estabelecer a
iluminância média por ambiente, tarefa ou atividade, conforme Quadro 9.
37
Bibliotecas
Estantes 200 19 80
Bibliotecárias 500 19 80
Construções educacionais
Onde:
5 = número de luminárias por fila
6= número de filas
A mesma norma estabelece que R, Q, T e P, sejam as médias das leituras, r1, r2, r3,
r4, r5, r6, r7 e r8, q1, q2, q3 e q4, t1, t2, t3 e t4, p1 e p2, respectivamente e as leituras ocorrerão
conforme Figura 3.
38
A NPT 003, define saída de emergência, rota de fuga, rota de saída ou saída:
Salas com capacidade acima de 200 pessoas e nas rotas de saída de locais de reunião
com capacidade acima de 200 pessoas, as portas de comunicação com os acessos, escadas e
descargas devem ser dotadas de ferragem do tipo antipânico (PARANÁ, 2016). A barra
antipânico é um dispositivo de destravamento da folha de uma porta, na posição de fechamento,
acionado mediante pressão exercida no sentido de abertura, em uma barra horizontal fixada na
face da folha (PARANÁ, 2014a).
Para Brentano (2011), a iluminação de emergência tem a função de substituir a
iluminação artificial dos ambientes, em caso de falha no sistema elétrico ou em caso de
incêndio, devendo permanecer em funcionamento, mantendo um mínimo de iluminância
permitindo a evacuação da edificação com rapidez e segurança.
O preço de referência das obras e dos serviços de engenharia será o custo de diretos
acrescido do percentual do BDI, sendo composto por taxas correspondentes ao lucro, aos
encargos financeiros, às despesas de administração central, aos tributos, seguros, riscos e
imprevistos (ALTOUNIAN, 2009).
No caso de obras públicas é necessário aplicar sobre o custo direto total o BDI aplicando
a fórmula apresentada no acórdão nº 325/2007- TCU e as taxas do acórdão 2409/2011 – TCU.
Obtém-se, assim, uma ordem de grandeza do orçamento referente a cada
empreendimento, para se estimar a dotação orçamentária necessária. Nessa etapa, ainda não é
possível a definição precisa dos custos envolvidos na realização da obra, mas é preciso obter
uma noção adequada dos valores envolvidos, que é fundamental para priorizar as propostas
(TCU, 2013)
2.6 ANTEPROJETO
Segundo art. 6º, inciso IX da Lei 8.666/93, projeto básico é definido como:
3 METODOLOGIA
A natureza da pesquisa desta Dissertação pode ser classifica como aplicada, pois
segundo Silva e Menezes (2001), objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigidos
à solução de problemas específicos.
Segundo a forma de abordagem do problema, enquadra-se como quantitativa, ao
traduzir em números as opniões e as informações obtidas através dos questionários, e
qualitativa, ao viabilizar a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados às
informações obtidas através das entrevistas propostas.
Do ponto de vista de seus objetivos, a pesquisa foi classificada como exploratória e
descritiva, pois busca maior familiaridade com o problema de forma a torná-los mais explícitos
ou construir hipóteses (GIL, 2002), e ao buscar descrever as características da população em
estudo, bem como as relações entre suas variáveis e intervenientes (SILVA e MENEZES,
2001).
De acordo com Lakatus e Marconi (2010), o objetivo da pesquisa exploratória é
desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou
fenômeno, modificar e clarificar conceitos. Ainda, estudos exploratório-descritivos combinados
são estudos exploratórios que têm por objetivo descrever completamente determinado
fenômeno, registrando a maneira que ocorre e obtendo interpretações e avaliações na aplicação
de determinados fatores. Os autores destacam que nos estudos exploratório-descritivos podem
ser encontradas descrições de natureza qualitativas e quantitativa e ainda, informações
detalhadas obtidas por intermédio da observação do participante.
O método de procedimento técnico desta dissertação é classificado com estudo de caso.
Segundo Prodanov e Freitas (2013), estudo de caso é um tipo de pesquisa qualitativa e/ou
quantitativa, entendido como uma categoria de investigação que tem como objeto o estudo de
uma unidade de forma aprofundada, podendo tratar-se de um sujeito, de um grupo de pessoas,
de uma comunidade. São necessários alguns requisitos básicos para sua realização, entre os
quais, severidade, objetivação, originalidade e coerência.
No mesmo sentido, Yin (2005), apresenta que a principal tendência do tipo de estudo
de caso é a que ela tenta esclarecer uma decisão ou conjunto de decisões: o motivo pela qual
foram tomadas, como foram implementadas e quais os resultados.
44
Esta pesquisa foi realizada em uma edificação pública brasileira de ensino superior com
área construída de cerca de 5000 m².
Por se tratar de um órgão público, a contratação dessa obra foi por meio de licitação,
seguindo todas as exigências da Lei 8.666/93, na modalidade concorrência pública, uma vez
que o valor estimado pela Administração pública ultrapassou o limite de R$ 1.500.000,00,
sendo que o critério de julgamento foi o de menor preço, com regime de execução foi
empreitada por preço global.
A pesquisa foi realizada com entrevistas de campo juntos a alunos, abordando aspectos
como funcionalidade, acabamento e reclamações, sendo subdividida em duas fases:
a) Fase exploratória - a partir da validação da adaptação proposta ao indicador da
satisfação dos usuários, identificou-se um conjunto de atributos valorizados
pelos usuários pesquisados e que possui um considerável grau de insatisfação,
possibilitando visualizar os pontos fracos.
b) Fase quantitativa - a análise dos pontos fracos, identificada pelos usuários e pelo
pesquisador na fase de diagnóstico, contribuiu para a elaboração do instrumento
de coleta de dados da avaliação; nesse levantamento de campo foram utilizados
questionários detalhados e observações, através de visitas in-loco.
Como instrumento de coleta de dados foi elaborado um questionário com perguntas com
respostas escalonadas de múltipla escolha, nas quais as opções são destinadas a captar a
intensidade das respostas dos entrevistados (PRODANOV; FREITAS, 2013), composto por 34
perguntas, conforme APÊNDICE A.
Segundo Vieira (2009), a mensuração é um processo de atribuir números de forma
sistemática a objetos e pessoas, com a finalidade de indicar as diferenças que existem entre eles
com relação a variável que está sendo medida, por outro lado as escalas são instrumentos de
medição validados.
O instrumento de coleta de dados desta pesquisa utilizou o método de avaliação do nível
de satisfação da escala de Likert de 1 a 7, sendo: (1) muito insatisfeito; (2) insatisfeito; (3)
46
levemente insatisfeito; (4) nem insatisfeito nem satisfeito; (5) levemente satisfeito; (6)
satisfeito; (7) muito satisfeito e não sei opinar.
A fidedignidade dos atributos utilizados nesta pesquisa foi testada por meio do cálculo
do coeficiente Alfa Cronbach que mede a confiabilidade interna do teste, ou seja, é o grau de
consistência de uma variável ou conjunto de variáveis que se pretende medir (HAIR, 2005).
Segundo Litwin (1995), o teste de confiabilidade é imperativo e mede o desempenho de
um instrumento em uma população evitando o agrupamento de questões relevantes.
Assim este teste foi utilizado para informar a medida de confiabilidade ou consistência
do questionário, conforme Equação 5, criado para esta pesquisa.
7 9:; ∑> ;
=?@ 9=
= [ ] (Eq.5)
7 9:;
3.8 ARQUITETURA
Para verificação do tamanho das salas de aula e biblioteca foi utilizado, legislações que
pudessem auxiliar e a Resolução 318/2002 da Secretária de Estado da Saúde do Estado Paraná
traz índices de referência de metro quadrado por aluno.
No caso das salas de aula era aplicação direta do índice, para a biblioteca o cálculo foi
inverso, ou seja, com a área total da biblioteca se chegou ao número máximo de alunos que
poderiam ser atendidos por turno.
Para avaliar a quantidade de banheiros e sanitários, foi utilizada a referência da
Resolução 318/2002 que estabelece um conjunto completo de sanitário e lavatório para cada 40
alunos.
No caso de privacidade e dimensões dos sanitários foi utilizada a NBR 9050 no que diz
respeito a área livre que estabelece um diâmetro de 0,60 m entre o vaso sanitário e o raio de
curvatura da porta.
Para os metais foram comparadas referencias que tratavam sobre o tema de ações
humanas nas instalações.
3.9 ACESSIBILIDADE
Onde:
E é o tamanho da malha em metros;
J é a maior superfície de referência em metros.
A medição da iluminância nas salas de aula foi realizada no período noturno, utilizando
um luxímetro digital, modelo LD-300 da marca Instrutherm conforme Figura 5.
50
A primeira análise foi realizada utilizando NBR 5413, uma vez que a construção ocorreu
antes da revogação da norma. Primeiramente foi necessário realizar o somatório dos fatos
conforme Quadro 7, com objetivo de determinar a faixa de iluminância a ser utilizada, a norma
estabelece que para salas de aula os fatores tem o valor de -1 para idade, pois a maioria dos
usuários tem idade inferior a 40 anos, velocidade e precisão 0, pois é classificado como
importante e o valor 0 para refletância do fundo, por que é classificada de 30 a 70%, fazendo
a somatória dos três fatores o valor final fica em +1, portanto a norma recomenda a utilização
de iluminância média.
Portanto, a faixa média no Quadro 8, tem-se a iluminância média de 300 (lux) para salas
de aula e 500 (lux) para bibliotecas.
Ressalta-se que a NBR 8995 é a norma em vigor e atribui a iluminância média de 500
(lux) para salas de aula e manteve o mesmo valor da norma anterior bibliotecas, conforme
Quadro 9.
51
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Neste capítulo são apresentados os resultados obtidos por meio da coletada de dados do
questionário voltado aos usuários do bloco analisado.
O instrumento de coleta de dados foi um questionário físico para uma amostra de 202
indivíduos, sendo que as repostas dos questionários foram tabuladas e depois calculou-se o
coeficiente alfa de Cronbach (índice de precisão) com objetivo de estimar a confiabilidade do
instrumento de pesquisa. O Quadro 10 demonstra os valores do índice de precisão calculados
para cada dimensão, evidenciando um nível de confiabilidade aceitável do questionário
utilizando.
Em relação à faixa etária dos pesquisados, 14,9% possuíam até 20 anos, 63,4% entre 21
a 25 anos, 15,3% entre 26 a 30 anos, 3,5% entre 31 a 35 anos, 0,5% entre 36 a 40 anos e 1,0%
entre 41 a 45 anos e 1,5% acima de 46 anos, pode se constatar que a maior parte dos alunos
estão na faixa dos 21 aos 25 anos, o que representa 128 respondentes. No que diz respeito ao
período matriculado no curso de engenharia, o maior número de alunos estão nos 5º e 8º
53
períodos, com uma faixa de 20,3% e 18,3% respectivamente, o que representa 41 e 37 alunos
respectivamente. Percebe-se que nenhum aluno do 1º e 2º períodos participou da pesquisa,
conforme proposta que seriam apenas alunos a partir do 3º período.
4.2 ARQUITETURA
Embora na avaliação dos usuários as dimensões de salas de aula e biblioteca terem tido
uma avaliação positiva, existem algumas considerações.
Segundo a Resolução SESA 318/2002, que estabelece exigências mínimas para
instituições de ensino fundamental, médio e superior no Estado do Paraná e no caso específico
de salas de aula, é recomendado o espaço de 1,20 m² por aluno, incluindo a área de circulação
e do professor, e como as salas em questão tem capacidade para 44 alunos, a área mínima
deveria ser 52,80 m². Portanto, nesse item as salas estão atendendo as recomendações, pois a
área projetada é de 70,43 m².
Para a biblioteca a Resolução 318/2002 recomenda uma área de 1,80 m² por aluno, por
turno, com área mínima de 75,00 m². Considerando que a biblioteca em questão tem uma área
de 422,51 m², ou seja, a biblioteca deve atender 235 alunos por turno.
A resolução não trata sobre a privacidade, apenas do tamanho mínimo do box, que deve
conter dimensões mínimas de 0,80 x 1,10 m. Já a NBR 9050 acrescenta que os boxes comuns
deverão ter portas com vão livre mínimo de 0,80 m e conter uma área livre com no mínimo 0,60
de diâmetro, conforme Figura 7.
57
A norma recomenda que as portas abram para fora conforme Figura 9, com intuito de
facilitar o socorro à pessoa, se necessário. Desta alterando o sentido de abertura da porta para
fora, o requisito de área livre estaria atendido.
58
Segundo Leal (2008), os materiais como torneiras, registros devido ao fato de possuir
peças metálicas com fácil desmonte, podem sofrer ação de rápida deterioração, o que poderia
ser solucionado com componentes que só podem ser retirados com ferramentas especiais, que
são sistemas que ficando totalmente embutido dificultando a deterioração por ação humana das
peças.
No mesmo sentido, Lima (2015) o uso de materiais embutidos na estrutura reduz
drasticamente a possibilidade de danos e são recomendadas especificamente para usos ao
público.
A Figura 11 ilustra a situação encontrada com relação aos acabamentos das válvulas de
descarga.
60
Quanto aos acessórios como toalheiros, dispenser de papel higiênico e sabonete líquido,
estes têm um uso intenso e são fabricados em PVC, por essa razão a grande maioria encontra-
se quebrado, conforme a Figura 12.
ser pesada é extremamente comum encontrar sanitários sem o dispenser e o local que havia sido
fixado estar cheio de adesivo.
4.6 ACESSIBILIDADE
Com relação aos acessos ao bloco analisado, a NBR 9050 recomenda que as áreas de
qualquer espaço ou edificação de uso público devem ser servidas de uma ou mais rotas
acessíveis e define como rota acessível um trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que
conecta os ambiente externo e internos de espaços e edificações, e que pode ser utilizada de
forma autônoma e segura por todas as pessoas. A rota acessível externa incorpora
estacionamentos, calçadas, faixas de travessias de pedestres (elevado ou não), rampas, escada,
passarelas e outros elementos de circulação. A rota acessível interna incorpora corredores,
pisos, rampas, escada, elevadores e outros elementos da circulação.
O código de obras do município do bloco analisado, estabelece que as vagas de
estacionamento para pessoas com deficiência devem possuir dimensões mínimas 3,50 x 5,00
m, demarcadas próxima da entrada da edificação e com pavimentação acessível. Por meio da
Figura 13 pode perceber que existe uma sinalização visual vertical indicando o local, mas o
piso é de saibro compactado, necessitando de uma atenção maior.
63
Percebe-se que o sanitário acessível atende à norma no que diz respeito a barra de apoio,
mas necessita de adequação da válvula de descarga, a Figura 16, ilustra um modelo de válvula
PcD comercializada.
Para os lavatórios a norma estabelece que devem ser equipados com torneiras acionadas
por alavancas, com esforço máximo de 23 N, e instaladas entre 0,78 e 0,80 m. No entanto, os
sanitários acessíveis do bloco analisado possuem dispositivo comum conforme Figura 17.
Nesta questão são apresentados os resultados referentes à sensação térmica nas salas de
aula e biblioteca no período de inverno e verão.
Gráfico 7 - Sensação térmica no período de inverno e verão nas salas de aula e biblioteca
Fonte: O autor (2018).
resultado foi o seguinte: 21,3% dos participantes estão levemente insatisfeitos, 11,9%
insatisfeitos e 11,9% muito insatisfeitos, o que representa uma tendência negativa total de
45,0%. Ressalta-se que 8,9% declararam que não sabiam opinar e 21,8% manifestaram
neutralidade para essa questão na biblioteca.
Para avaliar a opinião dos usuários quanto à sensação térmica no inverno e no verão nas
salas de aula e biblioteca, foi calculado o índice de temperatura resultante, conforme Equação
1.
A classificação da sensação térmica foi conforme Quadro 2, desenvolvido por Funari
(2006).
Os dados utilizados para calcular a temperatura resultante no período de inverno e verão
foram extraídos dos dados históricos do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e
organizados nos APÊNDICES B e C e a classificação da sensação térmica dos usuários foi
realizada conforme Quadro 5 desenvolvido por Funari (2006)
O Gráfico 8 ilustra os resultados das temperaturas resultantes máxima, média e mínima
do período de inverno do ano de 2017, representada pelas linhas azul, laranja e cinza,
respectivamente.
Considerando que os dados do INMET apresentam como temperatura máxima o horário
das 18h, período como maior contingente de usuários, optou-se em utilizar a temperatura
resultante máxima para análise.
Analisando a linha máxima pode-se observar que a sensação térmica até o dia 23 de
agosto foi ligeiramente fria com algumas oscilações para fria próximo dos dias 5, 19 de julho e
confortável nos dias 9 e 13 de agosto. Após o dia 23 de agosto a sensação térmica oscilou em
confortável e ligeiramente quente, exceto nos dois primeiros dias do mês de setembro em que
a sensação térmica ficou em frio moderado.
68
15,0
10,0
5,0
0,0
21/6 28/6 5/7 12/7 19/7 26/7 2/8 9/8 16/8 23/8 30/8 6/9 13/9 20/9
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
Neste item são apresentados os resultados da opinião dos usuários sobre a ventilação
nas salas de aula e biblioteca.
O Gráfico 10 apresenta uma avaliação positiva para ventilação natural nas salas de aula,
na qual, 22,3% dos participantes estão levemente satisfeitos, 18,3% satisfeitos e 5,4% muito
satisfeitos, o que representa um total de 46,0%. Para a biblioteca houve uma tendência negativa
para a ventilação natural, pois 20,3% dos participantes estão levemente insatisfeitos, 13,4%
insatisfeitos e 7,4% muito insatisfeitos, o que representa um total de 41,0%. Ressalta-se que
9,9% declaram não saber opinar e 22,3% manifestaram neutralidade para essa questão na
biblioteca. No caso da ventilação mecânica houve uma tendência negativa, uma vez que 20,3%
dos participantes estão levemente insatisfeitos, 21,8% insatisfeitos e 17,8% muito insatisfeitos,
o que representa um total de 59,9%.
O código de obras do município do bloco analisado, estabelece que a área mínima das
aberturas para o lado externo deve possuir a relação 1/10 da área do piso do ambiente a ser
analisado e profundidade de 3 vezes o pé-direito.
70
Ambiente Área do piso (m²) Área de iluminação (m²) Área de ventilação (m²) Profundidade (m)
Ambiente Área do piso (m²) Área de iluminação (m²) Área de ventilação (m²) Profundidade (m)
4.9 ILUMINÂNCIA
Neste item são apresentados os resultados da opinião dos usuários sobre a iluminância
nas salas de aula e biblioteca.
O Gráfico 11, no quesito iluminação em geral, teve avaliação positiva pelos pesquisados
no que diz respeito a iluminância das salas 15,8% dos participantes estão muito satisfeitos,
71
37,6% satisfeitos e 16,8% levemente satisfeitos. Para a biblioteca 13,9% dos participantes estão
muito satisfeitos, 35,6% satisfeitos e 23,3% levemente satisfeitos.
4.9.1 Medições
Sala de aula
Largura (m) 7,15 Comprimento (m) 9,85
Largura da malha (m) 0,794 Comp. da malha (m) 0,985
Pé direito (m) 3,25 Número de pontos 90
Altura do posto de trabalho (m) 0,75 Altura da luminária (m) 2,90
Ponto E (lux) Ponto E (lux) Ponto E (lux) Ponto E (lux)
E-1 294 E-24 315 E-47 324 E-70 371
E-2 258 E-25 312 E-48 338 E-71 340
E-3 293 E-26 310 E-49 370 E-72 345
E-4 303 E-27 309 E-50 345 E-73 385
E-5 310 E-28 324 E-51 304 E-74 371
E-6 315 E-29 343 E-52 338 E-75 362
E-7 321 E-30 302 E-53 378 E-76 339
E-8 325 E-31 315 E-54 367 E-77 329
E-9 350 E-32 348 E-55 325 E-78 348
E-10 330 E-33 377 E-56 323 E-79 398
E-11 320 E-34 355 E-57 315 E-80 377
E-12 333 E-35 330 E-58 330 E-81 285
E-13 365 E-36 338 E-59 361 E-82 369
E-14 350 E-37 325 E-60 351 E-83 326
E-15 353 E-38 338 E-61 330 E-84 365
E-16 368 E-39 365 E-62 353 E-85 324
E-17 352 E-40 325 E-63 389 E-86 310
E-18 366 E-41 344 E-64 390 E-87 398
E-19 393 E-42 361 E-65 362 E-88 293
E-20 361 E-43 393 E-66 360 E-89 359
E-21 313 E-44 380 E-67 350 E-90 320
E-22 335 E-45 349 E-68 353
E-23 339 E-46 321 E-69 393
Quadro 13 - Levantamento de dados e leitura das iluminâncias
Fonte: O autor (2018).
72
O Quadro 14 apresenta o resumo das leituras “R” e as distâncias de cada ponto até a
parede para cada ponto, sendo a iluminância média R é 345,75 (lux).
O Quadro 15 apresenta o resumo das leituras “q” e as distâncias de cada ponto até a
parede para cada ponto, sendo a iluminância média “Q” é 361,00 (lux).
O Quadro 16 apresenta o resumo das leituras “t” e as distâncias de cada ponto até a
parede para cada ponto, sendo a iluminância média “T” é 363,25 (lux).
O Quadro 17 apresenta o resumo das leituras “p” e as distâncias de cada ponto até a
parede para cada ponto, sendo a iluminância média “P” é 369,00 (lux).
4.10 RUÍDO
Neste item são apresentados os resultados sobre as questões relacionadas a ruídos nas
salas de aula e biblioteca.
As salas do bloco analisado são moduladas e projetas com capacidade para 44 alunos
de acordo com a Figura 23 e tem as características geométricas conforme Quadro 18.
A ANSI S12.60/2010 definiu que o tempo de reverberação para salas de aula deve ser
entre 0,4 e 0,6 segundos.
Segundo Bistafa (2005), além das características geométricas do ambiente, os materiais
de revestimento também influenciam diretamente no tempo de reverberação. Portanto, foi
necessário o levantamento de todos os dados construtivos, como o tipo de piso, elementos de
vedação interno e externo, teto, cortinas, portas, janelas, lousa, carteira e cadeira. Os dados
foram organizados em função da área de superfície de influência e coeficientes de absorção de
cada material para cada frequência, conforme Quadro 19.
78
Teto Laje alveolar pintada 70,42 0,29 0,39 0,43 0,52 0,60 0,70
Porta Madeira compensada 4,50 0,20 0,15 0,10 0,10 0,09 0,11
Janela Vidro simples 13,16 0,04 0,04 0,03 0,02 0,02 0,02
O Quadro 20 apresentou coeficiente médio menor que 0,3 para todas as frequências.
Portanto, segundo a NBR 12.179, a Equação 2 pode ser utilizada para calcular o tempo de
reverberação.
79
Tempo de reverberação
1
0,9 0,908
0,842 0,833
0,8
0,733
0,7
Tr (s)
0,673
0,6
0,567
0,5
0,4
0,3
125 250 500 1000 2000 4000
Frequência (Hz)
Conforme exposto por Silva (2005), o aumento de volume está diretamente ligado ao
tempo de reverberação; para fins demonstrativos, foi simulado um ambiente com características
geométricas conforme Quadro 21 e sendo mantidas as propriedades.
0,8 0,8106
0,751 0,744
0,7
0,654
Tr (s)
0,6 0,601
0,5 0,506
0,4
0,3
125 250 500 1000 2000 4000
Frequência (Hz)
0,6
0,565
0,55
0,45
0,419
0,4
0,35 0,352
0,3 0,307
125 250 500 1000 2000 4000
Frequência (Hz)
No gráfico 16, no que diz respeito a quantidade de tomadas, existe uma tendência
negativa para esse item, onde mais de 81% dos pesquisados demonstraram alguma insatisfação,
uma vez que 36,1% dos participantes estão muito insatisfeitos, 27,7% insatisfeitos e 17,3%
levemente insatisfeitos. Ressalta-se que estas salas foram projetadas para uma capacidade de
44 alunos conforme Figura 25 que representa o layout das salas do bloco analisado.
Verificando in-loco foi constatado que existem apenas 6 tomadas de uso geral por sala
de aula, conforme Figura 25.
Ressalta-se que das 6 tomadas encontradas em cada sala, 5 são baixas e uma alta para o
Projetor e das 5 tomadas disponíveis, duas ficam embaixo da lousa para uso do professor,
portanto são apenas 3 tomadas disponíveis para uma sala projetada para 44 alunos.
A NBR 5410 estabelece critérios para quantificação mínima de tomadas por ambiente e
equipamentos conforme Quadro 23.
Ambiente Critério
Cômodos ou dependência com área ≤6 m² Pelo menos uma.
Utilizando tomadas apenas em paredes, pode-se adotar como critério uma tomada a cada
dois alunos, ou seja, nas salas do bloco analisado, seriam 9 tomadas para os alunos, uma para o
professor e outra para o projetor, adotando a mesma fração 3,5m para cozinhas, nas salas, com
um perímetro de 34m, seriam 10 tomadas o número mínimo, como o projetor ficará suspenso
o número total fica em 11 tomadas, conforme modelo Figura 26.
Portanto, o critério para salas de aula seria uma tomada a cada fração 3,5m,
acrescentando uma para o projetor.
Para facilitar a visualização dos resultados da pesquisa encontradas após a APO, foi
elaborada uma matriz de descoberta para cada ambiente, com objetivo de apresentar
visualmente os resultados gerais da pesquisa, contemplando os aspectos relativos à percepção
dos usuários e dados técnicos, sendo a matriz de descoberta um produto síntese que reuniu as
impressões resumidas em uma de gráfica. A Figura 29 representa os resultados das salas de
aula.
Por meio da elaboração das matrizes de descoberta foi possível perceber o grau de
exigência dos usuários e assim condensando os resultados da avaliação e mapeando cada
ambiente. A avaliação dos ambientes foi complementada pela utilização da técnica funcional.
As duas avaliações permitiram a elaboração do quadro de recomendações com as
adaptações e improvisações necessárias para cada ambiente e situação de forma sintética.
O Quadro 24 apresenta as recomendações simplificadas de curto prazo para salas de
aula e banheiros.
91
Verificar a possibilidade de
• Arquitetura Área. ampliar o espaço da biblioteca até
o miniauditório.
5 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
______. Níveis de ruído para conforto acústico: NBR 10152. Rio de Janeiro, 1987.
______. Instalações elétricas de baixa tensão: NBR 5410. Rio de Janeiro, 2004.
BAETA, A. P. Orçamento e controle de preços de obras públicas. São Paulo; Pini, 2012.
______. Lei nº 12.708, de 17 de agosto de 2012. Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração
e execução da Lei Orçamentária de 2013 e dá outras providências. Brasília, 17 ago. 2012.
DOU, 19 ago. 2012.
______. Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades
federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras
providências. Brasília, 29 ago. 2012. DOU, 30 ago. 2012.
______. Instalações hidráulicas de combate a incêndios nas edificações. 4. ed. Porto Alegre,
2011.
GIL, A. C. Como elaborar projeto de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2002.
GONÇALVES, A.; RIBEIRO, A. C.; RODRIGUES, B.; CORTEZ, P.; NUNES, L.;
FELICIANO, M. A avaliação da influência dos espaços verdes no conforto térmico urbano.
In: Conferência Nacional do ambiente, 9., 2007, Acta... Portugal: Universidade de Aveiro,
2007. p. 1357 - 1362.
GÜNTHER, H. Como elaborar um questionário. In: Método de pesquisa nos estudos pessoa
ambiente. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2008.
______. Arquitetura escolar: o projeto do ambiente de ensino. São Paulo: Oficina de Textos,
2011.
KUTTRUFF, H. Room Acoustics. 2 ed. London: Applied Science Publishers LTD, 1979.
LEAL, Claudiana M. S.; BATISTA, Ana Paula S.; FUZARI, Dayelly G. Diagnóstico de
manutenção preventiva das instalações prediais de água fria do CEFET-PB, unidade João
Pessoa. Principia. n. 16, set 2008.
LITWIN, M. S. How to measure survey reability and validity. London: Sage Publications,
1995.
NICOL, F. Adaptive thermal comfort standards in the hot-humid tropics. Energy and
Buildings, v.36, 2004.
______. Avaliação pós-ocupação (APO) do ambiente construído. São Paulo; Studio Nobel:
Editora da Universidade de São Paulo, 1992.
______. Comando do corpo de bombeiros. NPT 014 – Carga de Incêndio nas edificações e
área de risco. Curitiba, 2014b.
______. Comando do corpo de bombeiros. NPT 011 – Saídas de emergência. Curitiba, 2016
WOMACK, J.P.; JONES, D.T. A mentalidade enxuta nas empresas: elimine os desperdícios
e crie riquezas. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
YIN, R. K. Estudo de caso. Planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman. 2005.
TERMO DE CONSENTIMENTO
1. Dados demográficos
SATISFAÇÃO
3. Acessibilidade
3.1. Avalie os acessos para PcD, quanto a guia
rebaixa e sinalização em geral ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐
3.2. Avalie a quantidade de sanitários para PcD
☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐
3.3. Avalie os metais como torneiras, válvulas de
descarga e barras de apoio para PcD nos ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐
banheiros
4. Conforto térmico
4.1. Avalie a sensação térmica nas salas de aula no
período de verão ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐
4.2. Avalie a sensação térmica na biblioteca do no
período de verão ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐
4.3. Avalie a sensação térmica nas salas de aula do
no período de inverno ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐
4.4. Avalie a sensação térmica na biblioteca do no
período de inverno ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐
5. Ventilação
5.1. Avalie a ventilação natural nas salas de aula do
☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐
5.2. Avalie a ventilação natural na biblioteca
☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐
5.3. Avalie a ventilação mecânica nas salas de aula
☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐
104
6. Iluminação
6.1. Avalie a iluminação nas salas de aula
☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐
6.2. Avalie a iluminação na Biblioteca
☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐
7. Ruído
7.1. Avalie a intensidade de ruídos provenientes da
☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐
parte externa
7.2. Avalie o isolamento acústico entre as salas de
☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐
aula
7.3. Avalie a acústica da biblioteca ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐
8. Instalações Elétricas
8.1. Avalie a quantidade e distribuição de tomadas
☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐
nas salas de aula
8.2. Avalie os comandos das luminárias (teclas dos
interruptores estão comandando as linhas de
luminárias paralelas a lousa) das salas de aula ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐ ☐
Observações:
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