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Orientadora
Professora Aleksandra Sliwowska
Rio de Janeiro
2012
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RESUMO
Este trabalho visa analisar a qualidade de Vida no Trabalho (QVT) como fator
diferencial nos resultados organizacionais.
METODOLOGIA
Dessa forma, o delineamento não deve ser engessado, seguindo uma única
metodologia preestabelecida, e sim, representar o plano da pesquisa, observando as
limitações e necessidades impostas pelo estudo a ser realizado.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 10
CAPÍTULO 1
O CONTEXTO DE MUDANÇA ORGANIZACIONAL E DE INCERTEZA 18
1.1 Qualidade de vida no trabalho 20
1.2 Breve contextualização histórica do surgiemento da QVT 20
1.3 Conceito de QVT 22
1.4 Das teorias sobre a QVT 25
CAPÍTULO 2
O PAPEL DO GESTOR 31
CAPITULO 3
SAÚDE NO TRABALHO E SUA PROMOÇÃO ATRAVÉS DA QVT 41
3.1 O trabalho e o ambiente empresarial 43
CONCLUSÃO 48
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 53
10
INTRODUÇÃO
Todavia, devido à crise energética e a alta inflação vividas no início dos anos
1970, os rumos da QVT sofreram uma desaceleração.
O interesse foi renovado apenas ao final da década de 1970 e início dos anos
1980, pois, devido ao destaque do Japão na economia mundial, passou-se a
questionar o modelo particular de empreendimento existente naquele país.
A QVT passou a ser vista como uma cura, uma solução contra a competição
estrangeira, devido a problemas de qualidade, baixas taxas de produtividade,
problemas de queixas e outros problemas organizacionais.
Hoje as empresas exigem que seus empregados lhes confiem toda sua
inteligência e compromisso com o seu trabalho, mas as empresas não se
comprometem com seus colaboradores. Os colaboradores, devem apresentar um
conjunto de capacidades cada vez maior, horas extras dedicadas ao empregador e
ao trabalho, que os distanciam cada vez mais, física e mentalmente, do aconchego
do seu lar.
da empresa, que lhe negam o acesso às informações, que o tratam apenas como
uma peça a mais no processo de produção.
É necessário que saibamos que, cada vez que ele entra na empresa, está
entrando um “ser” integrado e indivisível, com direito a todos os sonhos de
autoestima e autorrealização.
conquistar a percepção de ser uma empresa boa para trabalhar por possuir
qualidade no atendimento e nos produtos e serviços oferecidos.
Este trabalho se justifica porque hoje a sociedade vive num ritmo bastante
acelerado diante das exigências que lhe são impostas, devido à conjuntura social,
política, econômica e cultural.
A escolha do tema foi feita pela identificação com o assunto, pois demonstra
com clareza e objetividade um colaborador que esteja fisicamente saudável, ou seja,
possui saúde, moradia, alimentação adequada, educação de qualidade para si e
seus dependentes, bem emocionalmente, livre do estresse, que tenha um bom
relacionamento com as pessoas e autoestima elevada, tende a ser um colaborador
mais produtivo, entusiasmado, motivado, com menos ausências no trabalho e estará
disposto a contribuir para o crescimento da eficácia e eficiência, aumento da
rentabilidade da empresa.
CAPÍTULO I
Nas empresas modernas, segundo Cesar (2004, p.8), talvez se possa dizer
que a única certeza quanto ao seu destino é de que estará sujeito a mudanças
constantes.
Existem vários estudiosos que procuram dar uma definição lógica para a
qualidade.
Para Rodrigues (1999 citado por SCHMIDT, 2004), a QVT tem sido uma
preocupação do homem desde o início de sua existência, às vezes apresentada com
outros títulos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer satisfação e bem-estar ao
trabalhador. Porém, somente após a sistematização dos métodos de produção, nos
séculos XVIII e XIX, é que as preocupações com as condições de trabalho e a
influência destas na produção e moral do trabalhador passaram a ser estudadas de
forma científica.
Para Fernandes (2000 citado por PEREIRA, 2001), tudo leva a crer que o
advento dos Programas de Qualidade Total tenha igualmente despertado o interesse
por QVT no Brasil, exatamente em função da globalização do mercado em termos
de uma maior abertura para a importação de produtos estrangeiros. (PEREIRA,
2001)
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A QVT, que está sendo largamente difundida nos últimos anos em todo o
mundo ainda incorpora uma imprecisão conceitual e nem sempre tem sido usada de
forma correta. A dificuldade de conceituação talvez esteja ligada ao fato de se tratar
de uma expressão abrangente e dotada de grande subjetividade. (SCHMIDT, 2004)
Para Lacaz (citado por SCHMIDT, 2004 ), o termo QVT passa por noções de
motivação, satisfação, saúde e segurança no trabalho e envolve recentes
discussões sobre novas formas de organização do trabalho e novas tecnologias.
Uma vez que são vários os fatores que podem vir a interferir nos níveis de
qualidade de vida no trabalho dos indivíduos e que a importância atribuída a cada
um desses difere de uma para outra pessoa ou grupo, faz-se necessário, antes de
mais nada, quando da decisão pela implantação de um plano objetivando a
maximização da QVT, realizar um levantamento visando a avaliar quais os níveis
atuais de satisfação do grupo alvo em relação aos fatores que, potencialmente,
possam intervir em sua QVT, identificando os pontos críticos. (PEREIRA, 2001)
Para Fernandes (citado por PEREIRA, 2001), pode-se deduzir, pela revisão
da literatura, que os elementos-chave de QVT apoiam-se especialmente em quatro
pontos:
Uma vez que são vários os fatores que podem vir a interferir nos níveis de
qualidade de vida no trabalho dos indivíduos e que a importância atribuída a cada
um desses difere de uma para outra pessoa ou grupo, faz-se necessário, antes de
qualquer coisa, quando da decisão pela implantação de um plano objetivando a
maximização da QVT, realizar um levantamento visando avaliar quais os níveis
atuais de satisfação do grupo alvo em relação aos fatores que, potencialmente,
possam intervir em sua QVT, identificando os pontos críticos. (PEREIRA, 2001)
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De acordo com esta teoria, o ser humano tem aversão ao trabalho e o evita
sempre que possível; precisa ser coagido, controlado, dirigido, ameaçado de
punição para que se esforce para alcançar os objetivos da instituição e de modo
geral prefere ser dirigido, evitando responsabilidades, tem pouca ambição e quer
garantia acima de tudo (RODRIGUES, 2002).
CAPÍTULO 2
O Papel do Gestor
Quando a chefia, gerência e/ou alta direção de uma empresa não se importa
muito com isto, que não leva em conta os elementos essenciais e a dignidade do ser
humano, esta criando uma base frágil e mesmo perigosa de relacionamento com
seus subordinados. Uma concepção correta sobre o ser humano dará lugar a
valores importantes que fornecerão à atividade empresarial ações completas, com
um ponto de vista técnico, econômico, social e, sobretudo, humano, que dê
verdadeiro sentido a atividade de gerenciar.
É importante que a chefia, gerência e/ou a alta direção tenha uma atuação
consistente com base humano-empresarial em que se sustenta o processo.
desempenho da equipe que ele lidera. Para tanto, é primordial que ele respeite cada
um dos seus funcionários e realize uma gestão participativa, onde deve possibilitar e
desenvolver um clima de cooperação, incentivar a participação em todos. Quando
ocorrerem problemas, eles devem ser discutidos com a equipe de colaboradores.
A pior pressão sofrida por alguém que possui um cargo de chefia é uma
constante ameaça de perder o emprego. Quem exerce cargo de gestão é ameaçado
por condições econômicas e/ou políticas adversas. Ele tem que estar consciente que
em épocas de crises, é o investimento o primeiro a ser cortado pelo o empresário.
Se nesta hora, o chefe, gerente ou coordenador estiver investindo muito, ele poderá
passar por uma enorme frustração, além de poder perder seu emprego.
Normalmente, a pessoa que ocupa cargo de chefia é uma pessoa que está
aparentemente muito satisfeita com ela mesma e raramente questiona suas atitudes,
não consegue "se colocar no lugar do outro" (empatia) e procura disfarçar certa
insegurança, tornando difícil a vida dos que são capazes de trabalhar melhor do que
ele.
Pode-se dizer que o chefe não trabalha para a empresa, mas sim para os
seus subordinados, pois depende diretamente deles para alcançar as metas
estabelecidas pela empresa. São na realidade os subordinados que trabalham para
a empresa, pois são eles que fazem os resultados aconteceram.
Cabe a chefia imediata dar a seus funcionários o norte a ser seguido para
realizar as atividades que a empresa necessita e disponibilizar o que necessitarem
para atingi-las.
Quando uma equipe fica subordinada a uma chefia que traz em sua
personalidade os itens acima mencionados, o medo de não conseguir, de ser
desqualificado e muitas vezes humilhado faz com que o funcionário passe a se
sentir acuado e as conseqüências disso é a queda na qualidade de vida do trabalho,
evidenciada no seu próprio corpo através de doenças, na sua vida familiar, onde a
pessoa não consegue se relacionar direito e o dialogo não acontece mais, e no
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social também, pois o desanimo é tão grande que se prefere ficar só em casa a ir a
uma festa ou a uma reunião com os amigos (HELLER, 2002).
E isto, sem ser preciso lançar mão de artifícios radicais, contando com o bom
senso e a inevitável reorganização social. Isto se chama preocupação com a
qualidade de vida no trabalho. Por falar nisto, outra reflexão importante, é sobre a
qualidade de vida no trabalho. Que profissionais as organizações terão sob o seu
teto? Pessoas cada vez mais estressadas pela desenfreada corrida por horas a mais
no trabalho? Que gastos, privados e governamentais, suportarão a demanda por
tratamentos, cada vez maiores, para as doenças que têm consumido a saúde do ser
humano? Quem suportará o crescimento dos filhos, observando a instalação
gradativa de doenças até então de adultos, por conta do frenesi das horas e dos
péssimos hábitos facilmente adquiridos?
vida deve começar com a "melhoria da qualidade de vida no trabalho". Mas, afinal, o
que nós, profissionais, estudantes, empresários, podemos fazer para resolver esses
problemas? É uma questão complicada. A maioria do mundo empresarial não quer
reconhecer, mas estudos indicam que se continuarmos nesse ritmo teremos em um
futuro próximo um planeta com pessoas totalmente desestruturadas, o que
conseqüentemente levaria a sociedade a um grande desequilíbrio em todos os seus
setores. O que não seria bom para ninguém, principalmente para as organizações
empresariais.
Dizer às pessoas que se espera que elas façam o melhor significa que estas
são consideradas capazes de alcançar altos padrões sobre os quais concordam
(MORETTI, 2005).
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Muitos deles pedem coisas impossíveis enquanto outros não pedem nada,
muitos deixam de fornecer os recursos necessários para execução das tarefas.
Alguns não são coerentes em suas expectativas e as mudam com freqüência e
muitos têm uma constância excessiva em suas expectativas tornando-se inflexíveis
não sendo capazes de enfrentar alterações nas condições de trabalho e outros
ainda não são sensíveis a necessidades de seus empregados. A falta de capacidade
ou de habilidade do empregado forma uma barreira enquanto que a empresa ergue
barreiras quando não proporcionam treinamento, oportunidades de carreira ou
recompensas apropriadas (WEISS, 1991).
Dessa forma, quando existe uma gerência participativa por parte da chefia
imediata, onde o dialogo impera, o trabalho em equipe acontece e todos são ouvidos
e o empregado percebe que existe um ambiente saudável e gostoso de trabalho, a
produtividade aumenta e os erros são minimizados.
CAPITULO III
Estas estão, via de regra, ao alcance de quem possa pagar por elas.
Percebe-se que a preocupação com o nível de treinamento e o grau de competência
dos empregados não basta, há uma maior preocupação com o ser humano atrás do
profissional. As grandes e modernas corporações preocupam-se com o engajamento
emocional do indivíduo, sua satisfação interior, a percepção que venha a ter de fazer
parte de algo que sente como seu e pelo qual se sinta igualmente responsável.
Mikovich e
Gómez-Mejia et al Chiavenato
Aquino (1979) Boudreau
(1998) (1999)
(2000)
Procura Recrutamento Suprimento Agregação
Desenvolvimento Desenvolvimento Desenvolvimento Aplicação
Manutenção Remuneração Compensação Recompensa
Pesquisa Relação com Controle Desenvolvimento
empregados Monitoração
Fonte: Robbins, 2002
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CONCLUSÃO
A palavra trabalho origina-se do latim tripaliare, que significa torturar, que por
sua vez vem de tripalium, instrumento de tortura. Antigamente quando um escravo
não queria fazer o que lhe era exigido, o senhor o mandava tripaliare.
Bennis (2001) coloca que o mundo só tem dez anos quando se leva em
consideração que todas as bases foram derrubadas. Estamos na era da informação.
Robbins (2002) afirma que existem forças que impulsionam essas mudanças,
classificando-as em: natureza do trabalho (diversidade cultural, aumento de
profissionais); tecnologia (computadores mais rápidos e mais baratos, programas de
reengenharia); choques econômicos (impacto no mercado financeiro, queda no
preço do petróleo); competição (concorrência globalizada, fusões); tendências
sociais (atitude em relação aos fumantes; popularidade dos carros utilitários); e
política internacional (abertura de mercado, reunificação da Alemanha).
A visão de curto prazo precisa ser substituída pela visão de longo prazo e a
cooperação e o trabalho em equipe em torno da missão e dos objetivos institucionais
se apresentam como uma importante estratégia nesse processo.
E isso pode ser feito por uma mudança na concepção da cultura da empresa
e na sua redimensionalização, com a criação de uma nova cultura e clima
organizacional, trazendo como foco a humanização e a motivação nos processos de
gestão de pessoas.
Conclui-se então que para o ser humano o trabalho é uma atividade vital, ou
seja, sem ele não é possível sobreviver, já que para se alimentar, se vestir e outras
necessidades o trabalho é provedor de remuneração e é através dela que se pode
satisfazê-las.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CESAR, Ana Maria Roux Valentini Coelho. Falar da dor, esvaziar o peito, ancorar o
coração : uma metodologia para gestão de pessoas em situações de mudanças
organizacionais. 2004. 244 p . Tese (Doutorado) – Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo
LINCH,R.P Como cultivar campeões. In: Liderança para o século XXI. Ed.Frances
Hesselbein, Marshall Goldsmith, Iain Somerville, Trad.Cynthia Azevedo. São Paulo:
Futura, 2000
OLIVEIRA S.L de. Tratado de metodologia científica. Pioneira: São Paulo; 2002