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KLÉSIA PAES LEAL

ENGENHARIA DIAGNÓSTICA
INSPEÇÃO PREDIAL

Santo André

2022
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KLÉSIA PAES LEAL

ENGENHARIA DIAGNÓSTICA
INSPEÇÃO PREDIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade


Anhanguera de São Paulo como requisito parcial para a
obtenção do título de graduado em Engenharia Civil

Orientador: Anibelli Joseppe Tirapelli

Santo André

2022
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KLÉSIA PAES LEAL

ENGENHARIA DIAGNÓSTICA
INSPEÇÃO PREDIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Universidade Anhanguera de São Paulo como
requisito parcial para a obtenção do título de
graduado em Engenharia Civil
Orientador: Anibelli Joseppe Tirapelli

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Santo André, 06 de junho de 2022


4

Dedico este trabalho à minha família,


aos meus professores em especial
Anibelli e Celso, à tutora Isabela
Scchieri e a minha Coordenadora
Rosa Bosquê que me ajudaram muito
neste desafio, me graduar e me
tornar Engenheira, meu muito
obrigado.
5

AGRADECIMENTOS

Meus agradecimentos a todo o Corpo Docente e Discente que


contribuíram para a minha formação.
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LEAL, Klesia Paes. Engenharia Diagnóstica: Inspeção Predial. 2022. Número


total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia
Civil) – Universidade Anhanguera de São Paulo, Santo André, 2022.

RESUMO

No Brasil, a inspeção predial começou a ser estudada a partir de trabalhos


representados pelo Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia em
1999. Este assunto é recente e muito importante, já que é um avanço técnico e
científico na área da Engenharia e Arquitetura. Com isso, a Engenharia
Diagnóstica seria uma investigação técnica que segue progressivamente para
avanços intelectuais e tornou-se uma das atividades mais crescentes no
mercado para engenheiros diagnósticos devido ao crescimento do mercado de
edifícios verticais nas grandes cidades. Devido a necessidade do
aperfeiçoamento da qualidade dos edifícios verticais durante a construção houve
um processo que favoreceu a Engenharia Diagnóstica com os conceitos e
classificações técnicas e diagnósticas dentre elas a inspeção predial que requer
o diagnóstico do seu sistema para que se faça os reparos e manutenções
necessárias. Na Engenharia Civil a Engenharia Diagnóstica visa as adequações
às técnicas de necessidade de mercado.

Palavras-chave: Engenharia Diagnóstica. Inspeção Predial. Perícias de


Engenharia.
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LEAL, Klesia Paes. Engenharia Diagnóstica: Inspeção Predial. 2022. Número


total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia
Civil) – Universidade Anhanguera de São Paulo, Santo André, 2022.

ABSTRACT
In Brazil, building inspection began to be studied from works represented by the
Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia in 1999. This subject
is recent and very important, since it is a technical and scientific advance in the
Engineering and Architecture area. With this, Diagnostic Engineering would be a
technical investigation that progressively moves towards intellectual advances
and has become one of the most growing activities in the market for diagnostic
engineers due to the growth of the vertical buildings market in large cities. Due to
the need to improve the quality of vertical buildings during construction, there was
a process that favored Diagnostic Engineering with the technical and diagnostic
concepts and classifications, among them the building inspection that requires
the diagnosis of your system to make the necessary repairs and maintenance. In
Civil Engineering, Diagnostic Engineering aims to adapt to the techniques
required by the market.

Keywords: Diagnostic Engineering. Building Inspection. Engineering Expertise.


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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 09
2. INSPEÇÃO PREDIAL NA ENGENHARIA DIAGNÓSTICA...................... 11
3. DESEMPENHO PREDIAL E QUALIDADE .............................................. 15
4. MANUTENÇÃO PREDIAL ........................................................................ 18
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 21
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 22
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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho de conclusão de curso tem por objetivo apresentar


como se dá a crescente implantação da Inspeção Predial e a atenção ao
Desempenho das Edificações que é uma das principais características do setor
imobiliário. A inspeção predial deverá ser realizada conforme a ABNT NBR
15.575/2013 – Avaliação Prática do Desempenho da Edificação com um
profissional qualificado, no caso, o engenheiro, o arquiteto, ou empresa que
presta serviços na área de conservação que estejam cadastrados nos órgãos
responsáveis como CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) e CREA
(Conselho Regional de Engenharia e Agronomia).

Em 2005, aconteceu o primeiro Seminário de Inspeção Predial em São


Paulo, onde começava-se a perceber que haveria diversas finalidades e
utilidades referentes às ferramentas diagnósticas que eram representadas pelas
inspeções, consultorias e vistorias. No Brasil, houve uma necessidade de
desenvolvimento da Engenharia que dá um diagnóstico mais claro e que ficou
em grande evidencia nos trabalhos preventivos de inspeções e vistorias, onde
houve crescimento em demandas do Judiciário na busca da qualidade na
Construção Civil, ou seja, em seu mercado em franca expansão.

Através de metodologias, a Engenharia Diagnóstica visa uma investigação


científica das patologias das edificações dando-se um laudo onde é apresentado
essas patologias. Então, a escolha deste tema se deu devido à necessidade de
um maior desenvolvimento das inspeções prediais através da Engenharia
Diagnóstico demonstrado através dos trabalhos de prevenção nas vistorias.

A inspeção predial mostra as condições construtivas, de manutenção,


análise de risco estabelece orientações e prioridades, pois apresenta diversas
ferramentas onde se agrega a consultoria técnica, onde é comprovado através
das leis de inspeções prediais vigentes em 2018.

Com a implantação da norma NBR 15.575/2013 de Avaliação Técnica do


desempenho em Edificação que é uma conquista técnica e jurídica muito ampla
para o direito do consumidor ao adquirir um imóvel com nível de qualidade já
estabelecido.
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Com a crescente implantação da Inspeção Predial nas edificações, assim


como, a atenção técnica com o Desempenho das Edificações são os principais
focos do mercado imobiliário.

Com o aprimoramento das Normas da ABNT (Associação Brasileira de


Normas Técnicas) e normas técnicas de manutenção, algumas demandas se
apresentaram na área de diagnósticos, como o planejamento e programa de
manutenção, proteção contra incêndio favorecendo as inspeções prediais e a
Engenharia Diagnóstica. Então, como as inspeções prediais podem contribuir
para a Engenharia Diagnóstica atual?

Apresentar as diversas formas da Engenharia Diagnóstica, principalmente,


através de inspeções prediais, planejamento de manutenção, sustentabilidade,
diagnósticos da degradação natural, auditoria e perícia. Conceituar as
investigações técnicas. Determinar as investigações técnicas corretas para que
se tenha uma contribuição para o desenvolvimento das normas técnicas atuais.

Registrar os conteúdos técnicos visando às aplicações práticas aos serviços


de inspeções prediais, auditorias e vistorias. Produzir prova técnica para que se
tenha um aprimoramento da qualidade total gerando oportunidades no mercado
de trabalho da construção civil.

O tipo de pesquisa a ser realizado neste trabalho, será uma Revisão da


Literatura no qual será realizada uma consulta a livros, dissertações e por artigos
científicos selecionados através de busca nos seguintes:

Base 1 – Engenharia Legal 5


Base 2 - Perícias e Avaliações de Engenharia
Base 3 – Diretrizes Técnicas de Engenharia Diagnóstica em Edificações
Base 4 – Engenharia Diagnóstica
Base 5 – Inspeção Predial Total

O período dos artigos pesquisados serão os trabalhos publicados nos


últimos 8 anos.
Os descritores são: Engenharia Diagnóstica, Inspeção Predial e
Manutenção Preventiva.
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2. INSPEÇÃO PREDIAL NA ENGENHARIA DIAGNÓSTICA

A Engenharia Diagnóstica foi de extrema necessidade para os trabalhos


preventivos de vistorias. O conceito foi fundamental, pois visou o objetivo final
da norma, incentivou e balizou o desenvolvimento técnico e avaliou a eficiência
técnica e econômica, podemos então, permitir uma mensuração mais clara para
que se dê o entendimento correto para a introdução da norma.

Não foi apresentada uma metodologia de avaliação de desempenho na


norma, portanto, se diz que, o desempenho final da edificação foi o resultado da
soma de medidas técnicas de qualidade do desenvolvimento do
empreendimento em suas várias etapas construtivas e principalmente, na fase
de uso, onde se conheceu as diversas avaliações das medidas técnicas para
fazer uma avaliação geral e esta avaliação foi necessária para o direito do
consumidor para responder aos questionamentos futuros na justiça.

Essas etapas construtivas foram representadas pelo PPEEU


(Planejamento, projeto, Execução, Entrega e Uso) usadas na Engenharia
Diagnóstica onde analisou-se e avaliou-se os aspectos que influenciaram na
durabilidade e desempenho de cada uma delas. Através da Engenharia
Diagnóstica foram oferecidas estas ferramentas para tais avaliações onde se dá
a qualidade predial. A Engenharia Diagnóstica no mercado da construção civil
no primeiro mundo é tradicional, pois lá, os diretores, proprietários das empresas
deste meio, pensaram em prevenir, evitar ou minimizar indenizações devido
problemas construtivos.

No Brasil, renomadas entidades estudaram estes diagnósticos na Divisão


de Patologias das Construções do Instituto de Engenharia. Lembrando que foi
uma doença técnica da edificação, a patologia. Essa doença veio de problemas
durante a construção que se deram devido aos erros de projetos, problemas de
planejamento e execução de manutenções, materiais com pouca qualidade.

Pode-se substituir o temo inspeção predial pelo de auditoria de manutenção


e uso, conforme a norma da ABNT e para uma melhor compreensão de como
funciona a Engenharia Diagnóstica segue os seguintes conceitos (VISTORIA,
INSPEÇÃO, AUDITORIA, PERÍCIA E CONSULTORIA):
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- VISTORIA: constatação técnica de uma condição ou fato mediante uma


verificação do local.

- INSPEÇÃO: análise técnica da condição ou fato.

- AUDITORIA: atestamento técnico de conformidade ou não de uma condição ou


fato.

- PERÍCIA: determinação da origem causa e mecanismo de ação de uma


condição ou fato.

- CONSULTORIA: prescrição técnica a respeito de uma condição ou fato.

A prática da inspeção predial está muito clara, principalmente para o


planejamento e programação de manutenção, pois foi necessária a separação
das análises das investigações técnicas com as de manutenção. No caso em
que existam edifícios em garantias, a construtora reparou os problemas
construtivos com sua assistência técnica, porém, a manutenção foi de total
responsabilidade do condomínio.

A inspeção predial tem duas vertentes, sendo elas, a inspeção intrínseca


(da construção predial) e a inspeção extrínseca (da manutenção predial). A
inspeção intrínseca avalia-se todo o sistema construtivo visando à qualidade e
desempenho e logo que se finaliza a obra, ela foi executada.

A inspeção extrínseca ou rotineira se faz após a obra até o final da vida útil
da edificação, visa à preservação da vida útil e se preserva o bem ainda em
garantia. Através dessas suas inspeções surgem os diagnósticos técnicos da
qualidade para que assim, possamos desempenhar bons cuidados para uma
vida útil prolongada.

A avaliação do desempenho da edificação recomendados pela NBR


15575/13 da ABNT necessita de um sistema e alguns procedimentos, para
assim, serem avaliadas. Nas diversas etapas construtivas foi fundamental
compreender os reais problemas e buscar as diversas formas de correção. Foi
importante conceituar o termo inspeção, como uma ferramenta de avaliação
técnica ao invés do conceito de auditoria. A inspeção predial não estava no perfil
das auditorias porque visou à avaliação técnica geral, então fica muito claro que,
com atendimento ou não da norma não se encaixa nas conformidades. O
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conceito de inspeção foi adotado como uma avaliação técnica onde não são
necessárias análises, e então, a Engenharia Diagnóstica classifica as
ferramentas de investigação e facilita todos os demais procedimentos.

A indústria da construção civil não foi de alta precisão (tal qual a


automobilística ou aeronáutica, por exemplo) é quase uma certeza, que as
avaliações técnicas do desempenho em edificações apresentem resultados com
desvios e não conformidades técnicas. E isso precisou ser tratado com elevado
bom senso, razoabilidade e proporcionalidade, pois, s.m.j., foi perfeitamente
compreensível e aceitável determinada margem de desvios no desempenho,
devido à abrangente variação dos fatores extrínsecos (solo, clima, formas de
utilização, manutenção, ataques de insetos e animais peçonhentos, etc.) e
intrínsecos (projetos, materiais, mão de obra, etc.), além da degradação natural,
que incidem numa edificação ao longo do tempo.

Nesse sentido, destaca-se que a norma não considerou as perdas de


desempenho por essa degradação natural ao longo do tempo. Portanto, somente
com um bom acompanhamento técnico de todas as fases de construção de um
empreendimento edilício é que se poderá avaliar os fatores que influenciam o
desempenho, tais como o planejamento, o projeto, a execução, a entrega e a
manutenção. Ocorre que a norma, embora seja de observância obrigatória
segundo o Código de Defesa do Consumidor (art. 39, inciso VIII) e o Código Civil
(art. 615), não possui um critério técnico-científico objetivo para realizar a
avaliação do desempenho da edificação concluída, limitando-se às análises de
projetos e ensaios de protótipos.

No tocante à avaliação de desempenho, atente-se que o item 6.1.2 da


norma, assevera que “na avaliação do desempenho é realizada uma
investigação sistemática baseada em métodos consistentes, capazes de
produzir uma interpretação objetiva sobre o comportamento esperado do
sistema nas condições de uso definidas”.

Procura-se suprir a lacuna da norma, como melhor forma de avaliar o


desempenho, sugere-se a aplicação da Diretriz Técnica de Avaliação
do Desempenho, através do método dos cinco passos, elaborada pelo Instituto
de Engenharia, que é uma excelente técnica para que o desempenho possa ser
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avaliado em todas as fases construtivas e de uso da edificação, conforme


ilustração a seguir: Considera-se que os edifícios cujos alvarás de aprovação,
“habite-se”, foram expedidos após 19 de julho de 2013 (data do início da vigência
da Norma 15.575/13 da ABNT) devem atender à norma, fica evidente que, em
breve, a considerar as diversas lacunas da norma, haverá muita discussão
técnica e jurídica.

Não basta que os intervenientes do mercado imobiliário conheçam


profundamente o teor na nova norma. A considerar diversos pontos controversos
é recomendável que as associações de classe promovam seminários para os
competentes estudos e aprendizados necessários, sugerindo-se, ainda, a
criação de um foro de discussões permanentes pelo Instituto de Engenharia,
pois, a norma possui omissões e equívocos, além de necessitar aprimoramentos
relevantes, como na sustentabilidade, por exemplo.
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3. DESEMPENHO PREDIAL E QUALIDADE

A qualidade dos produtos evoluiu devido uma sanção da Lei federal n.


807, de 11 de setembro de 1990 conhecida como Código de defesa do
Consumidor. Há o artigo 4, item IId, desse código que estabelece a “garantia dos
produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança,
durabilidade e desempenho” foi importante o atendimento da questão qualidade
para o cumprimento dessa lei.

Despertou-se uma conscientização perante as incorporadoras e


construtoras no entrave da busca pela qualidade predial já que os consumidores
estão buscando seus direitos. Com isso, o contrato de empreitada ou
administração tem-se uma obrigação, pois o objetivo aqui é o término da obra,
já que o construtor responde pela obra, tem-se uma responsabilidade perante a
lei. Caso o defeito possa surgir após o prazo de garanta da obra, pode-se ainda
responsabilizar o construtor dependendo do espaço de tempo.

Sabe-se, ainda, que a obtenção de Qualidade Total implica na


necessidade do aprimoramento contínuo dos projetos, processos, produtos e
pessoas, que se inicia na identificação de um problema e sua causa primária,
consoante a filosofia japonesa Kaizen. Partindo da trilogia Juran (planejamento,
controle e aprimoramento) e do ciclo W. Deming (pesquisa, projeto, produção e
vendas) quanto às etapas básicas para o aprimoramento contínuo, os japoneses
criaram o ciclo PDCA (Plan-Planejamento, Do-Execução, Check-verificação e
Act-ação corretiva) para tal dinâmica de trabalho, resultando no sucesso
mundialmente conhecido.

Princípios da Qualidade Total são:

1) Propósitos permanentes para a melhoria do produto ou serviço, visando à


competitividade e criação de empregos;
2) Implantação de nova filosofia para a conscientização geral de
responsabilidades e liderança no processo de transformação;
3) Substituição de procedimentos paliativos por atividades que visem à
qualidade desde o primeiro estágio produtivo;
4) Substituição de práticas baseadas exclusivamente em preços por políticas
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de redução de custos;
5) Melhoramentos de práticas produtivas visando o aprimoramento da
qualidade, produtividade e redução de custos;
6) Implantação permanente de treinamentos no local de trabalho;
7) Instituição do espírito de liderança junto às chefias;
8) Eliminação do medo visando atitude proativa dos trabalhadores;
9) Eliminação de barreiras entre departamentos visando o objetivo comum da
qualidade;
10) Substituição de metas “nível zero” à mão de obra por níveis plausíveis de
produtividade;
11) Criação de programas de educação e auto aprimoramento aos
trabalhadores;
12) Inclusão de todos no processo de transformação visando à qualidade.

Com a implantação de um programa de Qualidade Total implica-se no


conhecimento e aplicação desses conceitos, procedimentos e princípios, e
requer o atendimento de exigências específicas do produto em questão. Quanto
à qualidade da edificação no Brasil, o Programa Brasileiro da Qualidade e
Produtividade no Habitat (PBQP-H) é referência de orientação ao produto
imobiliário que, juntamente com a norma de desempenho da ABNT, recomenda-
se:

EXIGÊNCIAS DOS USUÁRIOS

1) SEGURANÇA
estrutural
contra incêndio
no uso e operação

2) HABITABILIDADE
estanqueidade
conforto térmico
conforto acústico
conforto lumínico
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conforto tátil e antropodinâmico


saúde, higiene e qualidade do ar
funcionalidade e acessibilidade

3) SUSTENTABILIDADE
durabilidade e manutenibilidade
adequação ambiental

EXIGÊNCIAS DA SOCIEDADE E AMBIENTAIS

1) RESPEITO AO MEIO AMBIENTE


coleta e disposição de resíduos (esgoto e lixo)
adequado direcionamento de águas pluviais e fluviais
respeito à flora e fauna nativos

2) HARMONIA COM O ENTORNO


compatibilidade do projeto com as condições locais, de forma a valorizar o
contexto urbano

3) HARMONIA INTERNA
adequado dimensionamento de vias de circulação e áreas verdes
tratamento de fachadas e muros
paisagismo de praças e jardins
espaço para lazer
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4. MANUTENÇÃO PREDIAL

A NBR 5674 (ABNT, 2012) trata-se da manutenção predial que é uma


atividade que tem por objetivo manter a vida útil de uma edificação, onde na
prática observa-se que, muitas edificações ainda não trabalham na
conformidade dessa norma. Há outros termos ao desenvolvimento do sistema
de manutenção das edificações que são de muita utilidade. Ela é a norma técnica
da ABNT que estabelece os procedimentos de orientação para organizar um
sistema de manutenção de edificações, considerando que a gestão inclui:

• preservação das características originais do prédio;


• prevenção da perda de desempenho gerada pelo desgaste dos sistemas,
elementos ou componentes.

O documento aponta ainda outras NBR s fundamentais para


compreensão e execução da NBR 5674, como a NBR 14037 que trata do manual
de uso, operações e manutenção da edificação (que deve ser entregue ao
proprietário do imóvel pelo construtor/incorporador). Desde a sua primeira
versão em 1977, a norma já foi revisada algumas vezes para se adequar às
inovações na área. Sua última atualização foi feita em 2012.

Entre suas orientações, a NBR 5674 aponta como organizar um sistema


de manutenção predial e indica os requisitos fundamentais para o planejamento
anual das atividades, controle do processo de manutenção e de
documentação. É nela, por exemplo, que estão as recomendações e orientações
sobre a elaboração do plano de manutenção predial. Em seu texto, ele é definido
como “uma previsão detalhada dos métodos de trabalho, ferramentas e
equipamentos necessários, condições especiais de acesso, cronograma de
realização e duração dos serviços de manutenção”.

A própria NBR 5674 ressalta que a manutenção predial é um serviço


técnico facilmente programável que, além de trazer segurança, investe na
preservação do valor patrimonial.
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O planejamento e construção de um prédio são feitos para que ele atenda


seus usuários por muitos anos. Nesse período de vida útil, ele precisa oferecer
condições seguras e de qualidade considerando que tempo, fatores ambientais
e uso podem degradar as condições iniciais do empreendimento. Para isso, é
importante que a manutenção predial não seja negligenciada.

Ela é um conjunto de atividades de avaliação, manutenção e correção nos


sistemas, equipamentos e áreas comuns de um prédio. Seu objetivo é manter a
vida útil prevista para a edificação. A manutenção predial deve ser feita inclusive
em estruturas novas, recém-inauguradas. As ações checam se os serviços estão
funcionando conforme o previsto e de forma segura, atuando em eventuais
problemas.

A manutenção predial evita, por exemplo, que problemas sejam


identificados tardiamente. Isso porque ela prevê a elaboração de um plano de
manutenção que institui uma série de rotinas à administração do prédio,
apontando quando cada componente da infraestrutura precisa ser revisado. O
planejamento é elaborado com o auxílio de uma inspeção e acompanhado pelo
síndico junto de técnicos especializados.

Podemos classificar a manutenção predial em três tipos:

Manutenção predial preventiva - ações realizadas periodicamente, de


acordo com o tempo previsto no plano de manutenção predial. Exemplos:
manutenção de elevadores, limpezas de caixa d’água, pinturas em fachadas,
checagens nas redes elétricas, trocas de componentes que passaram da
validade etc. A manutenção preventiva é fundamental para preservar – e até
prolongar – a vida útil da edificação. Ela antecipa-se ao surgimento de problemas
e minimiza o impacto estrutural e financeiro de possíveis falhas que poderiam
dar sinais somente quando o problema estivesse muito grande. Além disso, a
prevenção contribui para a valorização do edifício e a diminuição de risco de
acidentes, interrupção de serviços e atividades corretivas emergenciais.

Manutenção predial corretiva - ações emergenciais e fora do


planejamento causadas por desgastes não identificados previamente ou falhas
em equipamentos e estruturas. Esse tipo de manutenção é uma reação ao
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aparecimento a um problema como infiltrações, rachaduras, vazamentos, pane


em sistemas de gás, elevadores, climatização etc.

Manutenção predial preditiva – tanto quanto a preventiva, a


manutenção predial preditiva é programada. Porém, a diferença é que o fator a
ser considerado é o desempenho do equipamento e não o tempo entre uma
avaliação e outra. A partir da avaliação do desempenho é que são determinados
eventuais ajustes ou correções.

A manutenção predial não envolve só contratar alguém para consertar


problemas grandes, ou fazer pequenas reformas, quando necessário. Ela
começa muito antes disso, e envolve todo o cuidado com a infraestrutura do
prédio, bem como de seus equipamentos. Ela ainda não é encarada pela maioria
dos administradores de edificações como prioridade, pelo menos quando se trata
da opção preventiva.
21

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo sobre a Engenharia


Diagnóstica no campo da Inspeção Predial. Esta pesquisa se propôs apresentar
questões sobre a inspeção predial para que se obtenha uma manutenção predial
não falha com dados para que se posa fundamentar o melhor processo para
eliminar falhas.

Sendo assim, a inspeção predial está cada vez mais sendo utilizada, já que,
temos uma infinidade de edificações verticais em todas as cidades. Lembrando
que, trata-se da vida útil de um imóvel que pode ser tanto residencial quanto
comercial.

Com a utilização da Inspeção Predial tivemos uma melhora no sentido de se


evitar qualquer tipo de acidente que ocasione questões fatais, pois através dos
dados apresentados neste relatório ou laudo de inspeção podemos adequar o
melhor procedimento para determinadas situações.

Nosso país não tem o costume de trabalhar por exemplo, com a questão da
manutenção preventiva, cabe a nós profissionais da área, orientar e designar
profissional para que se obtenha um relatório ou laudo da edificação e possa lhe
mostrar as diferenças na questão financeira entre se adotar a manutenção
preventiva da manutenção corretiva.
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REFERÊNCIAS

FIKER, José. Perícias e Avaliações de Engenharia: Fundamentos Práticos. 2º


ed. São Paulo: LEUD, 2011. 149 p.

GOMIDE, Tito Lívio Ferreira. Engenharia Legal 5: Engenharia Diagnóstica em


Edificações. Inspeção Predial e Desempenho. Manutenção e Avaliação
Imobiliária. São Paulo: LEUD, 2016.168 p.

GOMIDE, Tito Lívio Ferreira. Diretrizes Técnicas de Engenharia Diagnóstica


em Edificações: Vistorias, Inspeções, Auditorias, Perícias e Consultorias. São
Paulo: LEUD, 2016.192 p.

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