Você está na página 1de 70

GUIA DE ESTUDOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENÁRIO

GUIA DE ESTUDOS PARA O V GOIÁS MODEL UNITED NATIONS

Comitê: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)


Tópico Único: Internacionalização da Amazônia: os impactos geopolíticos da maior
floresta tropical do mundo

Autores:
Ana Luísa Cavalcanti Dutra
Camila Pereira de Almeida
Danilo Abreu Luz Fernandes
Gabriela Rodrigues Barros
Giovanna Luz de Farias
Letícia Pereira de Avelar
Lívia Paes Leme e Lima
Yasmin Vieira de Urzedo

Prefácio:
Nagila Kariny Oliveira Gouveia

Organização:
Jhulya Alves dos Anjos

Revisão:
Profª. Dra. Isabelle Chehab
Isabella Olinto Gomes Ceciliano

Editor gráfico:
Jhulya Alves dos Anjos

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

SUMÁRIO

1. CARTA DE BOAS VINDAS................................................................................................ 3


2. PREFÁCIO............................................................................................................................4
3. SOBRE O PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE
(PNUMA)................................................................................................................................... 5
4. A AMAZÔNIA COMO A MAIOR FLORESTA TROPICAL DO MUNDO................. 8
5. A QUESTÃO AMBIENTAL NA FLORESTA AMAZÔNICA...................................... 10
6. O CONTEXTO INTERNACIONAL................................................................................ 18
7. A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA COMO AMEAÇA À SOBERANIA
DOS PAÍSES............................................................................................................................23
8. POSIÇÕES DE PAÍSES..................................................................................................... 30
8.1 Emirados Árabes Unidos.............................................................................................. 30
8.2 Estado Plurinacional da Bolívia.................................................................................... 30
8.3 Estados Unidos da América.......................................................................................... 31
8.4 Estados Unidos Mexicanos........................................................................................... 31
8.5 Federação Russa............................................................................................................32
8.6 Guiana Francesa............................................................................................................ 33
8.7 Japão..............................................................................................................................33
8.8 Reino da Bélgica........................................................................................................... 34
8.9 Reino da Tailândia.........................................................................................................35
8.10 Reino dos Países Baixos............................................................................................. 35
8.11 Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.......................................................36
8.12 República Bolivariana da Venezuela...........................................................................36
8.13 República Cooperativa da Guiana...............................................................................37
8.14 República da África do Sul......................................................................................... 37
8.15 República da Colômbia............................................................................................... 38
8.16 República da Coreia.................................................................................................... 39
8.17 República da Finlândia................................................................................................39
8.18 República da Índia...................................................................................................... 40
8.19 República da Indonésia............................................................................................... 40
8.20 República da Namíbia................................................................................................. 41
8.21 República da Polônia.................................................................................................. 41
8.22 República da Turquia.................................................................................................. 42
8.23 República das Honduras..............................................................................................42
8.24 República Democrática Federal do Nepal.................................................................. 43
8.25 República do Cazaquistão........................................................................................... 43
8.26 República do Equador................................................................................................. 44
8.27 República do Gana...................................................................................................... 44
8.28 República do Peru....................................................................................................... 45
8.29 República do Quênia................................................................................................... 46
8.30 República do Senegal..................................................................................................46

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

8.31 República do Sudão do Sul......................................................................................... 47


8.32 República do Suriname............................................................................................... 47
8.33 República Federal da Alemanha................................................................................. 48
8.34 República Federal da Somália.....................................................................................48
8.35 República Federal Democrática da Etiópia.................................................................49
8.36 República Federativa do Brasil................................................................................... 49
8.37 República Francesa..................................................................................................... 50
8.38 República Islâmica do Paquistão................................................................................ 50
8.39 República Italiana....................................................................................................... 51
8.40 República Popular da China........................................................................................51
9. Referências...........................................................................................................................52

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

1. CARTA DE BOAS VINDAS


Senhoras(os) delegadas(os),

É com satisfação que vos apresentamos o guia de estudos para o V Goiás Model
United Nations (GOMUN). Este é o resultado do trabalho desenvolvido por membros do
Centro de Pesquisa e Simulação Olga Benário (CPSOB), o qual se compromete a perseguir
com excelência a produção de pesquisa científica e acadêmica e, também, o fortalecimento da
cultura de simulação no estado de Goiás por meio da democratização do conhecimento.
Visando fomentar o debate acerca da internacionalização da Amazônia, seus impactos
geopolíticos e problemáticas que se erguem nesse âmbito, idealizamos a presente discussão.
Acreditamos no valor social e na força transformadora que reside na experiência de simulação
dos Modelos das Nações Unidas. Assim, temos a esperança de que, ao encarar este tema,
vocês, delegadas e delegados, possam aprimorar seu pensamento crítico, questionar-se sobre a
realidade atual, e esforçar-se pelo progresso e por um mundo mais livre, justo e pacífico.
Para tanto, é esperado das senhoras e senhores delegadas(os), comprometimento com
esta comissão, seriedade durante os debates e responsabilidade para com o trato de tal
temática. Ainda, incentivamos o diálogo, o respeito e a tolerância entre todos os participantes
e organizadores, além de repudiar quaisquer tipos de preconceitos e discriminações, pautados
em cor, religião, gênero, orientação sexual e etnia. Por fim, torcemos que possam tirar bom
proveito desta simulação, e que, assim como nós da Olga, se inspirem e se apaixonem pela
modelândia1 e seus valores por um futuro melhor.
Boa simulação!

Isabelle Silva Soares


Secretária-Geral do CPSOB

Isabella Olinto Gomes Ceciliano


Secretária de Assuntos Acadêmicos

1
Termo informal utilizado entre os estudantes simpatizantes de simulações diplomáticas para
designar o “mundo’’ dos Modelos das Nações Unidas.

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

2. PREFÁCIO
O mundo Amazônia

Nagila Kariny Oliveira Gouveia2

A Amazônia é um mundo rico em multiplicidade biológica e cultural, é um mundo de


lendas, é um mundo de vida e cor. A maior floresta tropical do planeta em diversas espécies
catalogadas e não catalogadas, imensidão! Os diversos espaços vividos e percebidos, da
fronteira do ser, a fronteira do que ainda pode ser, a fronteira do querer, e a fronteira do não
querer, da luta e do viver. A imensidão da Amazônia guarda segredos e belezas incertas. O
mundo Amazônia, o mundo da criança, o mundo do pescador e o mundo olhando pra ela. Para
uns, ela é inimiga, para outros, amiga, e, para muitos, ainda desconhecida.

Mas o mundo Amazônia não é só isso: ele também é marcado pela luta e resistência
contra aqueles que rasgam o “inferno verde”. Uma das ideias propagadas durante a ditadura
militar em anúncio sobre a Transamazônica da Andrade Gutierrez na revista Manchete dizia:
“Para unir os brasileiros nós rasgamos o inferno verde. Transformá-la em mina de ouro para
enriquecer” ou também “A Amazônia é uma mina de ouro. Transfira boa parte desse ouro
para o seu bolso”.

Em novembro de 1972, na revista Isto É Amazônia, a Sudam publicou várias


expressões que apresentavam a região como um “pote de ouro”: “Há um tesouro à sua espera.
Aproveite. Fature. Enriqueça junto com o Brasil”. Chega de lendas, vamos faturar! É assim o
mundo do Curupira, guardião da floresta, com seus cabelos de fogo e seus pés virados para
trás, que protege os animais e as árvores sagradas, e punia aqueles que a desrespeitam. E
como esquecer da lenda da Cobra Grande, a serpente gigante que vive nas águas do Rio
Amazonas. Ela era vista como uma protetora da floresta, e a sua presença era um sinal de
equilíbrio e de festa. E o mundo das lendas começa a ser ameaçado.

As riquezas e mistérios, que se manifestam através de seus mitos e lendas,


encontram-se ameaçadas. De acordo com Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a
área desmatada na Amazônia Legal brasileira em 2021 foi de 11.088 km², um aumento de
17% em relação ao ano anterior. Esse desmatamento tem um impacto significativo no clima

2
Doutoranda em Geografia na linha de pesquisa Dinâmica Socioespacial pela UFG/IESA - GO. Faz parte do
Grupo de Pesquisas em Geografia Agrária e Conservação da Biodiversidade GECA, do grupo de pesquisa
Elaboração e Ensino de Material Didático em Geografia e Cartografia Escolar (EnsiGeCe) e do Núcleo de
Estudos e Pesquisa em Educação e Cidade (NUPEC).

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

global. Além disso, a Amazônia é um importante regulador climático, influenciando padrões


climáticos em todo o mundo. A Amazônia também é uma fonte importante de oxigênio,
produzindo cerca de 20% do oxigênio do planeta. Como seria o mundo sem a Amazônia?

Um tesouro a ser explorado, um pote de ouro à espera, um chamado para faturar e


enriquecer, sem medo da quimera. E vamos de encontro ao garimpo, o garimpo ilegal, que
destrói o mundo Yanomami, contamina a água que a Cobra Grande protegia e a floresta que
Curupira corria, o ouro em um mundo ameaçado, destruído, desrespeitado, violentado pela
exploração desenfreada, e a poluição dos rios e do ar, desnutria a vida do mundo das crianças
Yanomami.

Encontramos também a resistência, daqueles que lutam para simplesmente viver,


daqueles que lutam para proteger o seu mundo, o mundo quilombola, o mundo do seringueiro,
o mundo do pescador, o mundo indígena, e outros vários mundos que a Amazônia é, e
garantir que ele continue a existir. E as vozes que se levantam contra essa exploração, são as
mesmas que lutam para (re)existir.

3. SOBRE O PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE


(PNUMA)

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) é considerado a


maior autoridade mundial encarregada das questões ambientais que envolvem o globo.
Também pode ser chamado de Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA) - do
inglês, United Nations Environment Programme (UNEP). Foi estabelecido, em 1972, pela
Assembleia Geral da ONU, mediante a Resolução 2.997 (XXVII), após as preocupações em
relação ao meio ambiente terem sido analisadas e consideradas prementes, nesse mesmo ano,
pela Conferência de Estocolmo, conhecida como a Primeira Conferência de Meio Ambiente
(U. N. ENVIRONMENT, [s. d]).
Segundo o site oficial da UN Environment Programme, desde sua institucionalização,
“a missão do PNUMA é proporcionar liderança e encorajar parcerias na proteção do meio
ambiente, inspirando, informando e permitindo que países e pessoas melhorem sua qualidade
de vida sem comprometer as gerações futuras”. Suas funções, dessa forma, incluem efetivar
debates e analisar soluções adequadas em torno de pautas que entrelaçam meio ambiente,
desenvolvimento econômico e bem-estar social, dando continuidade e aprofundamento ao
diálogo, iniciado na década de 1970, entre os países classificados como desenvolvidos e em

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

desenvolvimento. Uma vez que determina a agenda ambiental global, estando especialmente
encarregado da agenda 2030, deve, inclusive, auxiliar as nações na proteção e na restauração
de ecossistemas marinhos e terrestres, fornecendo as ferramentas e tecnologias necessárias
para tal. Ademais, seu papel comumente envolve a promoção de campanhas de
conscientização e de sensibilização quanto à urgência de ações afirmativas e eficientes em
prol da natureza, sendo particularmente encarregado do Dia Mundial do Meio Ambiente. Um
exemplo da relevância de suas atribuições se apresenta no fato de que:
Os Relatórios GEO (Global Environment Outlook) são preparados utilizando uma
metodologia desenvolvida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(Pnuma), e elaborados, desde 1997, como resposta aos requerimentos da Agenda 21.
Eles têm permitido desenvolver processos participativos de consulta, com múltiplos
atores, para construir novas e compreensivas abordagens do estado do meio
ambiente mundial, regional, sub-regional, nacional ou setorial. (SERRANO, R et al.,
2006, p. 36).

Quanto ao seu financiamento, seus 193 Estados-membros, os mesmos integrantes das


Nações Unidas, têm uma responsabilidade compartilhada sobre o apoio monetário ao
programa. Apesar disso, atualmente, 95% das contribuições recebidas são voluntárias. Por
conta disso, em 2020, de forma a ampliar a participação financeira das nações, aquelas que
estiveram presentes na Cúpula Rio+20 assumiram o compromisso de “garantir recursos
financeiros seguros, estáveis, adequados e ampliados para o PNUMA”, mais especificamente
para o Fundo para o Meio Ambiente (ZANDONAI, [s.d.]). Tal fundo global, desde que foi
fundado em 1973, pela Assembleia Geral da ONU, é o principal fornecedor de capitais do
PNUMA para cumprir e supervisionar seus projetos, manter suas pesquisas e identificar
questões a serem apreciadas por ele (U. N. ENVIRONMENT, [s. d]).
No que tange ao seu funcionamento, sua sede, seus Órgãos e seu Secretariado estão
situados em Nairóbi, no Quênia, possuindo divisões e escritórios regionais, de articulação e de
país. Não obstante, o trabalho realizado pela UN Environment Programme é classificado em
sete grandes áreas temáticas: mudança climática, desastres e conflitos, gestão de
ecossistemas, governança ambiental, químicos e resíduos, eficiência de recursos e estudos
sobre o meio ambiente. Isto posto, o ofício do programa é devidamente efetivado por
intermédio da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA), o foro de mais
alto nível no meio internacional para tomada de decisões sobre o meio ambiente.
A partir da UNEA, o PNUMA, além de atuar com os Principais Grupos e Partes
Interessadas e com os representantes do lobby da sociedade civil e da comunidade
empresarial, engloba órgãos de pesquisa e, em destaque, acordos ambientais
multilaterais importantes. Em relação ao último, o responsável pelo cumprimento de

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

promessas da Agenda 2030, da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento


Sustentável (Rio+20) e do respectivo documento final, “O Futuro que Queremos”, é a
Estratégia a Médio Prazo (EMP) do PNUA, administrado pela Diretora Executiva e a Equipe
Sênior de Gestores. Ademais, a atual Diretora Executiva, Inger Andersen, responsável por
dirigir o PNUMA, também é Secretária-Geral Adjunta das Nações Unidas e está no cargo
desde fevereiro de 2019, quando foi nomeada pelo Secretário-Geral da ONU, António
Guterres (U. N. ENVIRONMENT, [s. d]).
Dentre os sistemas usados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente para estabelecer parcerias, cabe destacar o PNUMA/MAP. Essa ordenação funciona
de modo que o MAP (Plano de Ação do Mediterrâneo), instituído pela Convenção de
Barcelona, compartilha sua base sólida de cooperação. Assim, o MAP não se restringe a
apenas articular outras entidades da ONU ao PNUMA, como também o liga com Acordos
Ambientais Multilaterais (MEAs), organizações intergovernamentais (IGOs) ativas no campo
da proteção ambiental local ou global e Organizações Não Governamentais (ONGs)
mediterrâneas. Vale destacar que é o Comitê de Representantes Permanentes (CRP) que
assessora politicamente o PNUMA e prepara os encontros da UNEA, sendo o responsável por
revisar regularmente a implementação de suas decisões. Estabelecido como órgão subsidiário
do Conselho de Governança em maio de 1985, o comitê é composto pelos membros de
Representação Permanente do PNUMA (UNEP, [s.d.]).
Por fim, é imprescindível reiterar a primordialidade do PNUMA como meio para a
resolução de combates armados eclodidos por questões ambientais. A título de exemplo,
conforme o site oficial da UN Environment Programme, ao menos 40% de todos os conflitos
internos nas últimas décadas têm o potencial de estarem ligados à exploração de recursos
naturais. Logo, a execução coesa da missão do PNUMA no Sistema das Nações Unidas não
apenas atuaria, por exemplo, na diminuição das crescentes temperaturas globais, nas quais os
debates mais recorrentes concentram-se, como também poderia ser a chave para a solução de
determinados conflitos bélicos (U. N. ENVIRONMENT, [s. d]).

4. A AMAZÔNIA COMO A MAIOR FLORESTA TROPICAL DO MUNDO


A floresta amazônica, ou bioma amazônico, é a maior floresta tropical do mundo,
possuindo uma extensão de mais de 4 milhões de km² e estando localizada em 9 países:
Brasil, Peru, Bolívia, Venezuela, Colômbia, Suriname, Equador e as duas Guianas. Sendo que
60% deste bioma está localizado na região norte do Brasil (MINISTÉRIO DO MEIO
AMBIENTE, 2022). As fronteiras da Amazônia foram demarcadas no início do século XX,
CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

no período correspondente ao auge do ciclo da borracha. E, em 1978, foi assinado o Tratado


de Cooperação Amazônica, por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e
Venezuela, com o objetivo de afastar tentativas de controle internacional na região e de
resguardar a capacidade de decisão dos países signatários (ROSAS, 2006).
A Amazônia Legal, ou Amazônia Brasileira, é uma delimitação feita pelo governo
brasileiro com o objetivo de levar desenvolvimento à região, a qual foi instituída durante o
Governo Vargas pela Lei nº 1806/ 6 de janeiro de 1953. Este termo diz respeito a uma região
de planejamento, tratando-se de uma estratégia de gestão do governo brasileiro, que
estabeleceu legalmente esta delimitação da Amazônia que abrange os Estados da Região
Norte e o Maranhão (PORTAL AMAZÔNIA, 2021). Além disso, outra delimitação do bioma
refere-se à Amazônia Internacional, que compreende todo o território da floresta e abrange
um total de 9 nações. De acordo com o professor Isaque Souza, é importante perceber que o
termo “internacional” refere-se a sua localização “entre nações”, não possuindo qualquer
relação com subjugação ou dominação de uma nação sobre a outra (PORTAL AMAZÔNIA,
2021).
É crucial sublinhar que a floresta amazônica possui uma grande importância para o
mundo. Visto que, além de abrigar uma grande diversidade biológica, também influencia
significativamente os climas regionais e globais e confisca cerca de 70 bilhões de toneladas de
carbono (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2022). Ademais, a região é habitada por
cerca de 22 milhões de pessoas, tanto em áreas urbanas quanto em comunidades locais,
incluindo povos indígenas e quilombolas, que possuem dependência econômica e cultural
sobre os recursos naturais da floresta (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2022).
Dentre os recursos encontrados na floresta, destacam-se a maior reserva de madeira
tropical no planeta e enormes estoques de outros produtos como borracha, castanha, peixes,
minérios, entre outros. A região também abriga uma grande riqueza cultural, incluindo o
tradicional conhecimento sobre os usos e as diferentes formas de explorar tais recursos
naturais sem esgotá-los e sem destruir o seu hábitat natural. (MINISTÉRIO DO MEIO
AMBIENTE, 2022)
No que se refere aos recursos minerais, o seu extrativismo assumiu maior importância
no decorrer dos anos, principalmente as pedras preciosas. Ressaltam-se, entre outros: o ouro,
nos estados do Amazonas, Pará, Roraima e Amapá, que também possui minas conhecidas no
Peru; ferro no Pará, Amapá e Amazonas; sal-gema no Amazonas e no Pará; manganês no
Amapá, Pará e Amazonas; bauxita no Pará. Além disso, outros recursos minerais encontrados

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

na região amazônica são: calcário, cassiterita, linhita, gesso, cobre, estanho, chumbo, caulim,
diamante, níquel e alumínio (NOBRE, 2014).
A Amazônia também apresenta recursos energéticos, como a sua enorme bacia
hidrográfica, que é considerada a maior do mundo e possui um grande potencial hidrelétrico.
Ademais, uma potencial fonte de energia alternativa para a região é a queima de biomassa,
que possui custo reduzido de operação e manutenção, produzindo energia a partir de rejeitos
típicos de resíduos agroindustriais da região, como a casca de cacau, miolos de açaí e
cupuaçu, piquiá, babaçu, bacuri e tucumã, que são recursos abundantemente disponíveis na
Amazônia (NOBRE, 2014).
A Bacia Amazônica abrange 7 milhões de km², dos quais 5 milhões de km² são
cobertos por floresta tropical, incluindo as bacias hidrográficas dos rios Tocantins-Araguaia e
Amazonas-Solimões, além das bacias do Oiapoque, Araguari, e demais rios que integram a
região hidrográfica, mas não são tributários do Amazonas (ÁGUAS DO BRASIL, 2019). A
bacia é importante por representar uma grande reserva de água, e serve como um regulador do
clima e do ciclo de água, gerando até 50% da sua própria precipitação, além de regular um
complexo sistema de águas subterrâneas e gera até 70% da precipitação em partes da Bacia do
Prata. Por semelhante modo, regula a umidade do ar no subcontinente e transmite esta
umidade através das correntes oceânicas (CAF, 2019).
A Amazônia não é uma floresta homogênea, mas um bioma complexo, constituído de
vários ecossistemas distintos que interagem entre si, e abriga uma grande diversidade de seres
vivos que habitam os mais diversos ambientes (NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL, 2022).
De acordo com o pesquisador e botânico Pedro Viana, é possível separar a Amazônia em seis
ecossistemas principais, que são: florestas de terra firme, de igapó, de várzea, savanas,
refúgios de montanhas e manguezais. Dentre estes ecossistemas, as florestas de terra firme são
a maior parte do bioma, onde são encontradas as árvores gigantescas que normalmente estão
relacionadas com a Amazônia no imaginário popular. Sendo que, as alturas das árvores deste
ecossistema possuem entre 30 e 60 metros, se desenvolvendo próximas entre si, o que
dificulta a inserção de luz e impede a presença de plantas menores por dificultar a realização
de fotossíntese por elas (NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL, 2022).
A fauna e flora da Amazônia são extremamente diversas, e é amplamente aceito que
não foram totalmente documentadas, visto que não existe uma contagem total para a região e
novas espécies são frequentemente inventariadas (ISPN, 2022). De acordo com a EMBRAPA,
existem cerca de 30 milhões de espécies de animais, sem contar com as espécies que ainda
não foram catalogadas, não existindo, assim, uma definição exata das quantidades de animais,
CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

devido ao bioma estender-se por vários países (ISPN, 2022). Ainda, de acordo com o
Ministério do Meio Ambiente (2022), a área da floresta no Brasil abriga 73% das espécies de
mamíferos, e 80% das aves, de um total de mais de 120 mil espécies de animais existentes no
Brasil.
Quanto à flora amazônica , segundo o Ministério do Meio Ambiente (2022), existem
cerca de 2.500 espécies de árvores de grande porte, e mais de 30 mil espécies de plantas.
Além de que, mais de 2 mil espécies de plantas são identificadas como de utilidade em
alimentação e em medicina, bem como na produção de óleos, graxas, ceras, entre outros. A
vitória-régia é a flor símbolo da Amazônia, sendo considerada uma das maiores plantas
aquáticas do mundo, existindo relatos de usos medicinais desta planta, assim como de usos
culinários. Outra planta famosa e originária da Amazônia é a que possui o fruto do guaraná,
dotada de propriedades estimulantes e usada em pó, como xarope, em medicamentos e na
produção de refrigerantes (ISPN, 2022).
Somada a todos os recursos que podem ser encontrados na Amazônia, a riqueza de sua
fauna e flora, uma grande importância da floresta refere-se ao seu já citado estoque de
carbono, que se constitui como um grande motivo para a conservação do bioma amazônico.
Visto que, como o carbono é estocado nos tecidos vegetais e no solo, a supressão da floresta
por meio de desmatamento e queimadas libera o carbono estocado na atmosfera, o que
interfere no efeito estufa, causando impactos nas condições climáticas de todo o planeta. Por
isso, a preservação da floresta é extremamente importante para evitar alterações ambientais
em cadeia no mundo (NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL, 2022).

5. A QUESTÃO AMBIENTAL NA FLORESTA AMAZÔNICA


A Amazônia é um bioma de suma importância para a manutenção climática e
preservação da biodiversidade. Contendo cerca de 60% de sua extensão no território
brasileiro, a maior floresta tropical do mundo sofre grande ameaça. Isso se deve, dentre outros
fatores, ao rápido avanço do desmatamento proveniente da exploração de terras para o cultivo
de monoculturas como a soja, além da criação de gado na região. Outras atividades, como o
garimpo e a exploração ilegal de madeira, também contribuem para a destruição desse
ecossistema tão diverso e importante (GREENPEACE, [s.d.]).
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que faz estudos sobre a
Amazônia por meio de imagens de satélite, até 2020, 17% do bioma já tinha sido desmatado.
Ou seja, a situação se mostra bastante alarmante, evidenciando-se a necessidade e importância
da preservação na região. Por outro lado, é notório que é preciso explorar e investigar os

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

vários crimes ambientais praticados na região, sendo essencial a atividade de ONG’s e órgãos
especializados (GREENPEACE, [s.d.]).
Cabe aqui, todavia, uma análise acerca dos crimes ambientais praticados em território
amazônico. Os quase 7 milhões de quilômetros quadrados, distribuídos por 9 países, guardam
mais de 40.000 espécies de plantas, 400 espécies de mamíferos, 1.300 espécies de pássaros e
3.000 espécies de peixes (GREENPEACE, [s.d.]). Além disso, a região também possui ⅕ de
toda a água doce do mundo. A grande extensão territorial do bioma, que possibilita toda essa
riqueza natural, por outra banda, também se apresenta como a maior dificuldade para sua
preservação, uma vez que a cobertura completa de suas fronteiras pela segurança ambiental se
dá como tarefa virtualmente impossível de ser executada.
Os crimes praticados no bioma são bastantes diversos e fogem do imaginário simplista
da especulação comum. Para ilustrar, observa-se que as ilegalidades mais comuns como a
extração ilegal de madeira, mineração ilegal, agricultura e pecuária possuem vínculo com
outros delitos, como fraudes, crimes financeiros e o tráfico (VALOR, [s.d.]).
Como já citado dentro do texto, a Amazônia possui papel decisivo na integridade do
sistema terrestre, principalmente pela sua ampla biodiversidade. Nesse contexto, em que
alguns autores consideram até mesmo a hipótese de uma 6° extinção em massa de espécies, a
preservação da região é de suma importância. Essa irreversível perda de biodiversidade que a
Amazônia vem apresentando nas últimas décadas possui consequências bastante negativas,
como a piora das condições de vida dos povos da floresta, alteração da cadeia alimentar,
contribuição para as mudanças climáticas e danos irreversíveis ao patrimônio natural dos
países que abrangem o território amazônico (MAB, 2021).
Para melhor síntese do assunto relativo a esses crimes ambientais, é válido expor
algumas das principais infrações cometidas dentro da Floresta Amazônica:
a) Desmatamento ilegal: aqui vale fazer o adendo de que o desmatamento em si
não é crime. Caso o desmatamento de uma área ocorra segundo os moldes e
parâmetros legais, este não constitui ato criminoso. No entanto, o contexto
atual da prática na Amazônia mostra que 99% dos casos de desmatamento
acontecem de forma ilegal, sem a autorização e acompanhamento dos órgãos
competentes e de referência (MAB, 2021). Esse tipo de amostragem é
ilustrativa no sentido de sublinhar a difícil fiscalização do território. Ainda, é
mister observar quais são os resultados dessa contravenção legal para o meio
ambiente. Talvez a mais importante decorrência seja o desencadeamento de
crises climáticas, uma vez que as árvores amazônicas são importantíssimas
CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

para a manutenção do clima por atuarem em processos como a transpiração,


onde a umidade é liberada pelas folhas das espécies presentes na floresta. Essa
umidade apresenta importância gigantesca na dinâmica pluvial de regiões que
circundam o bioma (GREENPEACE, [s.d.]).

b) Mineração ilegal: a mineração ilegal, ou garimpo ilegal, constitui mais uma


ameaça ao bioma. Essa prática é extremamente prejudicial, pois o mercúrio
utilizado na extração dos minerais desejados (ouro por exemplo) contamina a
água, o solo e o ar da região. Além disso, a mineração ilegal também é
responsável pelo desmatamento, visto que uma quantidade de árvores
considerável é derrubada pelos garimpeiros para a realização da mineração
(ILHA, 2021).

c) Queimadas ilegais: outro exemplo de crime ambiental praticado na região é a


queimada. Nos últimos anos foram várias as imagens que circularam o mundo
mostrando a vegetação da Amazônia em chamas. Pois bem, é fato que alguns
incêndios acontecem de modo natural na floresta e isso não pode ser ignorado.
Todavia, o número de focos de incêndio vem aumentando e uma justificativa
para tal consiste no aumento do desmatamento. Quando um território é
desmatado para pastagem, por exemplo, ele precisa ser limpo, pois a simples
queda da vegetação acaba por fornecer nutrientes para o solo que terminaram
por fazê-lo fértil novamente. A limpeza desse solo é feita com o uso das
queimadas, que os criminosos utilizam justamente para ter maior controle do
assoalho. Acontece que, muitas vezes, o manejo dessa queimada é feito de
modo incorreto, e isso causa incêndios maiores que o planejado, muito difíceis
de serem controlados (VEJA, [s.d.]).

d) Caça ilegal: a atividade é proibida na Amazônia desde os anos 1960. É


extremamente danosa para a região amazônica, pois apresenta sérios riscos
para a biodiversidade da floresta. No período entre 1930 e 1960, a caça era
bastante lucrativa e tinha o intuito da venda de peles e couros. As cifras
geradas com a caça das mais variadas espécies da Amazônia eram da casa das
centenas de milhões de dólares (em valores atuais). Apesar da proibição, ainda

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

hoje há pessoas praticando a caça ilegal na Amazônia (PESQUISA FAPESP,


[s.d.]).

e) Tráfico de animais: o tráfico de animais silvestres também se enquadra como


um crime ambiental de grande relevância na Amazônia. Animais, que vão
desde espécies de tartaruga até onças-pintadas, são capturados e
comercializados mundo afora. Essa situação representa uma das maiores
ameaças existentes à fauna amazônica (MAB, [s.d.]). Em se tratando de Brasil,
o país possui uma das legislações ambientais mais completas e avançadas do
mundo. Essas leis servem para proteger o meio ambiente e reduzir ao mínimo
as consequências de ações devastadoras. Nesse sentido, a Constituição Federal
de 1988, por meio do seu artigo 225, traz importantes colocações sobre a
importância da proteção dos biomas como a Floresta Amazônica (IBF, 2009).
Junto a esse aparato jurídico, surge o termo “Compliance Ambiental” que
significa realizar práticas que estão de acordo com a legislação do meio
ambiente. Entretanto, é nítido que essas não vêm sendo suficientes para conter
o avanço dos crimes ambientais, principalmente no território amazônico (IBF,
2009).
Abaixo serão expostas algumas das principais leis do Brasil no quesito ambiental:
a) Novo Código Florestal Brasileiro (Lei 12.651 – 25 de maio de 2012)
Essa norma versa principalmente sobre a preservação de vegetação
nativa. O texto dessa lei revoga o Código Florestal Brasileiro de 1965,
assim, determina a responsabilidade do proprietário de ambientes
protegidos entre a Área de Preservação Permanente (APP) e a Reserva
Legal (RL) em preservar e proteger todos os ecossistemas.

b) Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605 – 12 de fevereiro de 1998)


Trata sobre questões penais e administrativas no que tange aos crimes
ambientais. A pessoa jurídica, autora ou co-autora da infração, pode ser
penalizada, chegando à liquidação da empresa, se ela tiver sido criada
ou usada para facilitar ou ocultar um crime ambiental. Importante
também ressaltar que as punições previstas por essa são revogadas em
caso de recuperação dos danos por parte do infrator.

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

c) Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938 – 31 de agosto de


1981)
Tem como objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade
do meio ambiente, dando ênfase ao aspecto socioeconômico, segurança
nacional e qualidade da vida humana. Proíbe a poluição e obriga o
licenciamento, além de regulamentar a utilização adequada dos
recursos ambientais.

d) Lei de Fauna (Lei 5.197 – 3 de janeiro de 1967)


Dispõe sobre a proteção da fauna nativa. Classifica como crime o uso,
perseguição e captura de animais silvestres. O texto também engloba a
proibição da caça profissional, comércio de espécies da fauna silvestre
e produtos originários de sua caça. Igualmente proíbe a importação de
espécie exótica e a caça amadora sem autorização do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA) e criminaliza a exportação de peles e couros de anfíbios e
répteis.

e) Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9.433 – 08 de janeiro


de 1997)
Define a água como recurso natural escasso, provido de valor
econômico e que abrange diversas demandas de uso. Esta lei também
prevê a criação do Sistema Nacional para a coleta, tratamento,
armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e
fatores que interferem em seu funcionamento.

f) Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (Lei


9.985 – 18 de julho de 2000)
Seus objetivos são tais como: a conservação de variedades de espécies
biológicas e dos recursos genéticos, a preservação e restauração da
diversidade de ecossistemas naturais e a promoção do desenvolvimento
sustentável a partir dos recursos naturais.

g) Área de Proteção Ambiental (Lei 6.902 – 25 de abril de 1981)


CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Cria as Estações Ecológicas e as Áreas de Proteção Ambiental (APA


's). As Estações Ecológicas são áreas representativas de diferentes
ecossistemas do Brasil, que precisam ter 90% do território inalterado e
apenas 10% podem sofrer alterações para fins acadêmicos. Já as APA's,
são propriedades privadas que podem ser regulamentadas pelo órgão
público competente em relação às atividades econômicas para proteger
o meio ambiente.

h) Política Agrícola (Lei 8.171 – 17 de janeiro de 1991)


Essa lei tem por objetivo a proteção do meio ambiente e estabelece a
obrigação de recuperar os recursos naturais para as empresas que
exploram economicamente águas represadas e para as concessionárias
de energia elétrica. Essa também define que o poder público deve
disciplinar e fiscalizar o uso racional do solo, da água, da fauna e da
flora; realizar zoneamentos agroecológicos para ordenar a ocupação de
diversas atividades produtivas, desenvolver programas de educação
ambiental, fomentar a produção de mudas de espécies nativas, entre
outros.

Além da legislação nacional, existem normas e tratados internacionais a respeito da


preservação do meio ambiente dotadas de importância considerável, já que a questão
climática tem preocupado várias nações do planeta, fazendo a preservação da Amazônia se
tornar um tópico internacional. Dado isso, exemplos como a Conferência de Estocolmo
ajudam a ilustrar como a comunidade internacional enxerga o assunto (JUS, [s.d.]).
Datada de 1978, a conferência é responsável por um marco histórico na mudança de
paradigma em relação aos cuidados com o meio ambiente. O tratado ali fomentado se faz
especial por alguns fatores. Dentre eles: o número de países representados, a abrangência do
tema ambiental, o ingresso da agenda ambiental no cenário internacional e no cenário político
interno e a formalização do primeiro direito fundamental difuso, qual seja, o direito ao meio
ambiente equilibrado (JUS, [s.d.]). Esse tipo de acordo é de suma importância, pois representa
um aceno do sistema internacional para uma questão que se faz urgente. É também uma
amostra do poder das instituições que devem se basear no Direito Internacional para garantir a
proteção de um bem que recentemente foi previsto inclusive pela Organização das Nações
Unidas (ONU BRASIL, [s.d.]).
CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Nesses termos, a Assembleia Geral da ONU aprovou, em 2022, uma resolução que
declarava que todas as pessoas do planeta têm direito a um meio ambiente limpo e saudável.
Essa resolução é um ponto fulcral, pois indica um incentivo da organização aos países, para
que estes adotem medidas mais responsáveis e benéficas, agindo em compliance ambiental
(ONU BRASIL, [s.d.]).
Outro ponto essencial no que tange ao tema dispõe sobre a questão dos povos
indígenas que habitam a Floresta Amazônica. Segundo dados do IBGE (2010), é em território
amazônico que se concentra a maior população indígena preservada do Brasil, sendo
constituída por cerca de 310 mil pessoas vivendo em tribos, sem contar as etnias que ainda
são desconhecidas (VERDE, 2013).
A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) acredita que haja 77 grupos indígenas
totalmente isolados na Amazônia. Desses, 32 têm sua existência confirmada (VERDE, 2013).
Essas pessoas fazem parte do centro do debate em torno da preservação do bioma. Incluídos
nos chamados povos originários, esses grupos constituem um importante patrimônio cultural e
étnico para o Brasil, além dos outros países que a floresta adentra. Sob esse espectro, existem
diversas pautas a serem discutidas sobre a ocupação das terras onde os indígenas vivem. Uma
delas versa sobre o fato de que grupos privados possuem grande interesse em algumas dessas
localidades para a extração dos recursos naturais de enorme valor econômico que essas
fornecem. Em contraponto, ativistas ambientais e defensores da cultura e existência dos índios
prezam pelo valor sócio-ambiental desses mesmos lugares.
É nesse contexto que se encontra o debate em torno da Lei do Marco Temporal -
motivo de deliberação no Brasil há mais de uma década. Em 2009, quando foi utilizado pela
primeira vez, chegou ao Superior Tribunal Federal (STF) um caso de Roraima que teve um
desfecho favorável aos indígenas. Na ocasião, os juristas usaram como justificativa para a
criação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol o fato de que o local já era ocupado pelos
indígenas quando foi promulgada a Constituição Federal vigente, em 1988 (UOL, [s.d.]).
Sobre a Constituição, é importante evidenciar o que está ali disposto sobre o tema da
Demarcação de Terras Indígenas: “São reconhecidos aos índios sua organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que
tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos
os seus bens.” (Artigo 231- Constituição Federal).
Acontece que, a partir de 2017, a Advocacia Geral da União (AGU) acirrou ainda
mais as discussões sobre a questão da Demarcação de Terras Indígenas. Isso porque o órgão
definiu esse marco temporal como critério para a demarcação de terras indígenas, além de
CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

vários outros empecilhos legais. Ainda hoje, o Marco Temporal é motivo de contestação.
Muitas vezes desfavorecidos pelo critério, povos indígenas hoje protestam contra o uso dessa
ferramenta jurídica.
Antropóloga, professora da Universidade de Brasília e Presidente da Associação
Brasileira de Antropologia, Lia Zanotta Machado resume seu posicionamento sobre o tema:

É uma injustiça duplicada. Os índios estão permanentemente nestes locais ou em seu


entorno. O que acontece é que eles estão lá, mas também há não-indígenas presentes.
Há interesses agro-industriais enormes, por exemplo. [...] Até juridicamente existem
teses que dão espaço para que o marco temporal não seja definitivo. O debate em
torno do marco temporal, no campo jurídico, admite uma exceção: a comprovação
em laudo antropológico de que houve expulsão. [...] Essa tese implica a análise de
documentos, muitas vezes com historiadores. Mas há mais um elemento
fundamental nesta questão: a memória da população indígena é oral. Então, ou se
encontra algum documento que a população esteve lá, saiu e voltou, ou se tem
elementos na memória oral resgatada pela pesquisa antropológica (SANSON, [s.d.]).

Em meio a essa conjuntura, pessoas de diferentes origens, classes sociais e áreas de


estudo se empenham em fazer a sua parte para a proteção do bioma e dos seus povos
tradicionais. Todavia, esses grupos constantemente são limitados e até ameaçados pelos
interesses de grupos públicos e privados que enxergam na Floresta uma fonte de recursos
naturais importantes para a economia do país.
Um caso trágico ilustra essa disputa de interesses: em junho de 2022, o indigenista
Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, correspondente do jornal “The
Guardian”, foram dados como desaparecidos no interior do Amazonas (COSTA, [s.d.]).
Bruno trabalhava com povos indígenas isolados no Brasil e tinha realizado recentemente seu
sonho de fazer esse trabalho na Amazônia. Era considerado um dos maiores especialistas de
sua área e vinha sofrendo ameaças recorrentes por conta de seus serviços prestados. Dom
Phillips era um veterano jornalista britânico. Letrado em assuntos internacionais, fazia no
Brasil uma viagem pela região amazônica, junto com Bruno Araújo, a fim de relatar a crise
ambiental brasileira e os problemas enfrentados pelas comunidades indígenas (G1, [s.d.]). No
dia 15 de junho de 2022, restos mortais foram encontrados no Estado do Amazonas e a
Polícia Federal confirmou serem de Bruno Araújo e Dom Phillips.
A motivação mais especulada é a do envolvimento de pessoas ligadas às atividades
ilegais na floresta, tais como: crimes ambientais e tráfico de drogas. No entanto, apesar da

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

detenção de três suspeitos, a Polícia Federal informou que as investigações não apontam para
a existência de um mandante ou organização criminosa envolvida no crime (G1, [s.d.]).
Muitos pontos ainda estão soltos nessa história, fato que faz com que as investigações
continuem em aberto.

6. O CONTEXTO INTERNACIONAL

A Amazônia ocupa parte considerável do território brasileiro, assim como parte do


território de outros 8 países, sendo repleta de riquezas e partes exploráveis, e torna-se, desse
modo, área de interesse internacional. Além disso, nas últimas décadas houve uma
preocupação mundial crescente com o meio ambiente, tendo se potencializado o discurso de
internacionalização da floresta amazônica (VAZ, [s.d]). De acordo com o professor de
Relações Internacionais Guilherme Casarões, “a internacionalização é um mito, mas que se
fundamenta numa cobiça real que países e empresas têm sobre a Amazônia. Pode se tornar
realidade se começarem a usar a agenda ambiental contra o Brasil” (GAZETA DO POVO,
2019).
Os rumores referentes à internacionalização da Amazônia iniciaram-se no século XIX,
sendo que por volta dos anos 1850, um tenente da marinha dos Estados Unidos propôs a
exploração do Rio Amazonas ao governo estadunidense. Na década de 1940, houve a
proposta de criação do Instituto Internacional da Hileia Amazônica, que chegou a ser
analisado no Congresso Brasileiro, porém foi vetado pela Câmara dos Deputados. Em 1989, o
senador norte-americano Al Gore visitou o Brasil como parte de uma comitiva dos Estados
Unidos e fez uma declaração dizendo que a Amazônia não pertence somente aos brasileiros,
mas a todo o mundo (GAZETA DO POVO, 2019).
Além disso, em 1989, o então presidente francês François Mitterrand propôs uma
espécie de internacionalização da Amazônia em uma conferência em Haia, Holanda, por meio
da criação de uma autoridade internacional para punir crimes ecológicos. Da mesma forma, os
líderes da União Soviética, Reino Unido e EUA também questionaram a soberania brasileira
sobre a Amazônia nos anos 1990 (GAZETA DO POVO, 2019).
Mais recentemente, em 2019, o presidente francês Emmanuel Macron sugeriu na
cúpula do G7 a criação de um status internacional para a região amazônica, caso medidas
efetivas não fossem tomadas pelos governos dos 9 países amazônicos. Tal declaração
provocou resposta do presidente do Brasil na época, Jair Bolsonaro, dizendo que tal proposta
feria a soberania brasileira (BBC, 2020).

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

A questão ambiental se constitui atualmente como um dos principais fatores que


alimentam o debate da internacionalização da Amazônia. É possível perceber as recorrentes
críticas ao Estado brasileiro devido ao manejo de sua política ambiental, especialmente no que
se refere à floresta amazônica. A internacionalização é utilizada por vezes como argumento
para a preservação da região, que é vista como portadora de solução para alguns dos grandes
problemas que afligem a humanidade, como: escassez de alimentos e de água doce, energia
renovável, meio ambiente, mudança climática (VAZ, [s.d.]).
Para manter a soberania sobre a região, o Estado brasileiro utilizou de programas para
integrar a Amazônia ao resto do país. Como por exemplo a Marcha para o Oeste de Vargas,
que possuía o desejo não apenas de ocupar Goiás, mas também conquistar os vales dos
grandes cursos de água equatoriais. Em 1970, o governo do presidente Emílio Médici
(1969-1974) criou o Radar na Amazônia (RADAM). Dentre suas funções constavam a coleta
de dados sobre recursos minerais, solo, vegetação, cartografia da região e aerolevantamento.
Ainda em 1970, foi aprovado o Plano de Integração Nacional (PIN), que era parte do Primeiro
Plano de Desenvolvimento Nacional (I PND), implementado de 1970 a 1974. PIN era um
mecanismo financeiro para fazer tanto a ocupação quanto a integração da região ao país
viável (VAZ, [s.d]).
A Amazônia compõe uma região de grande relevância estratégica. Em 1978, os países
amazônicos assinaram o Tratado de Cooperação Amazônica, sendo um instrumento jurídico
de natureza técnica que visa a promoção do desenvolvimento harmonioso e integrado da
bacia, como base de sustentação de um modelo de complementação econômica que contemple
o melhoramento da qualidade de vida de seus habitantes e a conservação e utilização racional
de seus recursos. O Tratado prevê a colaboração entre os países membros para: promover a
pesquisa científica e tecnológica e o intercâmbio de informações; a utilização racional dos
recursos naturais; a liberdade de navegação nos rios amazônicos; a proteção da navegação e
do comércio; a preservação do património cultural; os cuidados com a saúde; a criação e a
operação de centros de pesquisa; o estabelecimento de uma adequada infraestrutura de
transportes e comunicações; o incremento do turismo e o comércio fronteiriço. Todas essas
medidas devem ser adotadas mediante ações bilaterais ou de grupos de países, com o objetivo
de promover o desenvolvimento harmonioso dos respectivos territórios (OAS, 2023).
Os países membros encontraram no Tratado de Cooperação Amazônica um âmbito
adequado para promover a cooperação binacional nas zonas fronteiriças através de projetos de
integração. Com a finalidade de estabelecer mecanismos para a execução das ações
fronteiriças, foram assinados acordos bilaterais de cooperação, os quais serviram de base para
CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

a realização dos estudos integrados binacionais. Até agora, os acordos bilaterais são entre
Colômbia e Equador e Colômbia e Peru, ambos assinados em março de 1979; Brasil e
Colômbia, em março de 1981; Brasil e Peru, em outubro de 1979; e Bolívia e Brasil, em
agosto de 1988 (OAS, 2023).
O Plano de Ordenamento e Gerenciamento das Bacias dos Rios San Miguel e
Putumayo (Ecuador - Colômbia), tem em grande potencial a exploração do petróleo, que é o
maior recurso da região. Esta atividade, porém, é basicamente um "enclave", uma vez que a
maior parte do potencial de geração de emprego indireto permanece fora da região (OAS,
2023)
O Plano de Desenvolvimento Integrado de Comunidades Fronteiriças (Peru - Brasil)
atribui ênfase especial às características produtivas da região. As atividades locais de
produção florestal, porém, devem ser transformadas e modernizadas, superando os métodos
rudimentares atuais que provocam a deterioração dos recursos. Um elemento essencial para
essa transformação é a transferência de tecnologia no manejo de florestas tropicais e o
desenvolvimento de sistemas de beneficiamento, armazenagem, transporte e comercialização
de produtos (OAS, 2023).
No Plano para o Desenvolvimento Integral da Bacia do Rio Putumayo (Colômbia -
Peru), como no Plano Modelo Tabatinga - Apaporis (Brasil - Colômbia), destaca-se a
necessidade de aproveitar o potencial hidroviário para assegurar o transporte de bens e
serviços a serem gerados na sua área de influência, cuja extensão aproveitável (excluindo o
Amazonas) é de aproximadamente 3.600 km. Suas limitações parecem ser a insuficiente
infraestrutura portuária e a falta de sinalização em alguns trechos. A navegação fluvial
interessa a todos os países da bacia amazônica e sua importância como instrumento efetivo de
integração não pode ser ignorada (OAS, 2023).
Os estudos realizados ao se assinar o Tratado de Cooperação Amazônica indicam os
esforços empregados pelos países para enfrentar o desafio do desenvolvimento sustentável.
Os estudos também assinalam as vantagens de abordar o desenvolvimento regional por meio
de projetos de integração fronteiriça, a partir dos quais se geram e irradiam elementos
integrantes do potencial de desenvolvimento futuro da região. Enfatizam, igualmente, a
importância de iniciar o processo nas áreas que abrangem grande parte das potencialidades e
limitações da Amazônia (OAS, 2023).
Atualmente, um importante mecanismo de cooperação para a preservação da
Amazônia é o Fundo Amazônia, criado em 1 de agosto de 2008 pelo Decreto nº 6527 e possui
como principal objetivo a captação de recursos para projetos em ações de prevenção,
CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

monitoramento e combate ao desmatamento e de promoção da conservação e uso sustentável


no bioma amazônico (IPAM AMAZÔNIA, 2015). A captação dos recursos doados ao Fundo
Amazônia é realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), que também atua como seu gestor. Tal gestão envolve basicamente a integração de
procedimentos e decisões de seus três órgãos principais: o Comitê Orientador (responsável
pela definição das diretrizes estratégicas e critérios para a aplicação dos recursos, e composto
por representantes do governo e da sociedade civil); o Comitê Técnico (estabelecido pelo
Ministério do Meio Ambiente para certificar os dados e métodos de cálculo das emissões
evitadas) e o Gestor do Fundo BNDES (IPAM Amazônia, 2015).
As doações ao Fundo Amazônia são feitas em bases voluntárias e podem ser
realizadas por qualquer empresa, instituição multilateral, organização não-governamental e
governos. Ao receber uma doação, o BNDES emite diplomas nominais e intransferíveis,
reconhecendo a contribuição dos doadores. Por se tratar de uma estratégia voluntária, os
diplomas emitidos não geram direito de crédito de carbono para compensações (IPAM
AMAZÔNIA, 2015). Considerando o total de doações recebidas pelo Fundo Amazônia, os
principais doadores são o Governo da Noruega e a República Federativa da Alemanha
(FUNDO AMAZÔNIA, 2023).
A captação de recursos para o Fundo Amazônia é condicionada pela redução das
emissões de gases de efeito estufa oriundas do desmatamento, ou seja, é preciso comprovar a
redução do desmatamento na Amazônia para viabilizar a captação de novos recursos. Com
base na redução das emissões, calculadas pelo Ministério do Meio Ambiente e validadas pelo
Comitê Técnico do Fundo Amazônia (CTFA), o BNDES fica autorizado a captar doações e
emitir diplomas de reconhecimento à contribuição dos doadores ao Fundo (FUNDO
AMAZÔNIA, 2023).
O Fundo Amazônia, além das avaliações dos projetos concluídos publicadas em seu
relatório anual de atividades e em seu site, promove avaliações externas de efetividade das
ações que apoia. Foi concluída, em 2019, uma avaliação de meio termo da efetividade do
Fundo Amazônia, que compreende o período de 2008 a 2018. Realizada por uma equipe de
consultores independentes, com a coordenação técnica da Comissão Econômica para a
América Latina e o Caribe (Cepal) e da Organização das Nações Unidas (ONU), essa
avaliação contou com dois estudos temáticos complementares (FUNDO AMAZÔNIA, 2023).
O Conselho Nacional da Amazônia Legal foi criado em 1993, durante o governo do
então presidente Itamar Franco, e foi ali subordinado ao Ministério do Meio Ambiente. Entre
suas atribuições gerais estão: coordenar e integrar as ações governamentais relacionadas à
CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Amazônia Legal; propor políticas e iniciativas relacionadas à preservação, à proteção e ao


desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal; fortalecer a presença do Estado na
Amazônia Legal; acompanhar a implementação das políticas públicas com vistas à inclusão
social e à cidadania na Amazônia Legal; assegurar o aperfeiçoamento e a integração dos
sistemas de proteção ambiental; e apoiar a pesquisa científica, o desenvolvimento tecnológico
e a inovação (PLENAMATA, 2022).
Depois das crises envolvendo a Floresta Amazônica no final de 2019, o ex-presidente
brasileiro Jair Bolsonaro anunciou a reativação do Conselho em janeiro de 2020, por meio das
suas redes sociais. A mensagem comunicou a transferência de comando do Conselho, que era
do Ministério do Meio-Ambiente, para a Vice-presidência da República (POLITIZE!, 2021).
Com a chegada de Lula à presidência e as mudanças introduzidas pelo novo governo, o
Conselho da Amazônia deixa de funcionar nos moldes empregados durante a gestão
Bolsonaro. A partir de 2023, as ações de combate aos ilícitos ambientais na floresta tropical
serão realizadas no âmbito do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento
na Amazônia Legal (PPCDAm), que volta a vigorar na nova gestão. O Plano será coordenado
por uma comissão formada por 17 Ministérios, sob o comando da Presidência da República,
por meio da Casa Civil (O ECO, 2023).
Outra questão pertinente relacionada à discussão sobre a internacionalização da
Amazônia, é a presença indígena em zonas de fronteiras internacionais. Sendo que, a
demarcação de terras indígenas nessas regiões é um grande foco de tensões. Os povos
indígenas em região de fronteira são vistos por alguns como uma ameaça à soberania
brasileira, com o argumento de que a demarcação de terras indígenas possibilitaria a criação
de nações indígenas e favoreceria a internacionalização da Amazônia. Em contraponto a este
argumento, vários antropólogos já salientaram o papel ativo dos povos indígenas para a
definição e manutenção das atuais fronteiras na região amazônica no período colonial, assim
como o papel dos povos indígenas como guardiãs das fronteiras também foi estimulado pela
República (PIMENTA, 2009).
O povo Ashaninka do Acre vem cooperando com o Exército, a Polícia Federal e o
IBAMA na fiscalização da fronteira do Alto Juruá e na defesa do território nacional. Desde a
Operação Ashaninka de 2001, existe uma confiança mútua entre esse povo indígena e os
órgãos de estado que têm a missão de fiscalizar essa região. Sendo que, de acordo com
Pimenta (2009),
A mobilização dos Ashaninka em defesa de seu território e dos limites da nação prova
que a presença dos povos indígenas em região de fronteira, em vez de favorecer a

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

suposta ‘internacionalização da Amazônia’, é, pelo contrário, um elemento essencial


para garantir a vigilância dessa vasta região (PIMENTA, 2009).

7. A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA COMO AMEAÇA À SOBERANIA


DOS PAÍSES
Em primeiro lugar, para uma maior compreensão do assunto, a própria definição dos
conceitos de soberania e de cooperação internacional é necessária: a soberania, segundo Bull
(2002), diz respeito à supremacia interna de um Estado sobre todas as demais autoridades
dentro de seu território e frente à sua população, e ao reconhecimento e autonomia perante
outras autoridades externas. Sendo assim, quando há uma interferência referente aos assuntos
e decisões tomadas no âmbito nacional, ou sobre o seu território, considera-se que há uma
violação de soberania (BORGES, AC; et al. 2018). Entretanto, com a ampliação do direito
internacional e o aumento da interdependência entre os Estados, uma certa relativização do
conceito de soberania foi necessária no sentido de que, com a coexistência de diversos
Estados soberanos, estes, ao se relacionarem, “criam um sistema de coordenação,
desenvolvido a partir das ideias de compromissos mútuos e obrigação de cumpri-los de
boa-fé” (VIGNALI, 1995, p.20), sendo assim, “a soberania é compartilhada, ou seja,
comunitária, onde há cooperação entre os Estados, um não se sobrepõe ao outro, apenas se
igualam” (BORGES, AC; et al. 2018, p. 7).
Já no âmbito da cooperação internacional, deve-se partir de uma análise histórica do
surgimento de tal prática: no contexto globalizado atual, há uma mudança na maneira com
que o mundo e as relações internacionais se organizam; após a Guerra Fria, houve uma
alteração na conjuntura mundial (DA SILVA; et al. 2015, p. 41), na qual as relações saíram do
âmbito unipolar, e também do bipolar, e passaram a ser multipolares, com diversos fluxos
econômicos, sociais e culturais. Assim, uma nova maneira de se fazer política surge, já que há
uma integração muito maior entre os diferentes países e, até mesmo, uma nova noção das
ideias de território e de identidade. Tais conceitos ganham mais fluidez e complexidade, não
aceitando mais o tratamento de problemas apenas no âmbito local, mas sim no global,
considerando que, no contexto de interdependência apresentado, esses acabam tomando
dimensões que superam os limites territoriais (SASSEN, 2007; ELDEN, 2013),
principalmente quando se trata de questões ambientais devido à sua universalidade (LIMA,
2017).
Sendo assim, essa tendência prevalente à multipolaridade, aponta a irremediável
necessidade de integração de intercâmbios econômicos e dos interesses logísticos e

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

comerciais processados entre os diversos países; tal noção também se enquadra ao contexto
amazônico (DA SILVA; et al. 2015). Nesse contexto, as práticas de cooperação tornam-se
cada vez mais recorrentes e necessárias, ainda que, como definiriam os pensadores realistas
das Relações Internacionais, em um cenário anárquico, no qual não há uma entidade
reguladora superior.
Segundo a definição de Sato (2010, p. 46), que a vê como uma “vertente de longo
prazo da política externa”,

Cooperação internacional não significa apenas ajuda mútua entre governos e entre
instituições pertencentes a diferentes países (...) tem um sentido mais amplo (...)
significa governos e instituições desenvolvendo padrões comuns e formulando
programas que levam em consideração benefícios e também problemas que,
potencialmente, podem ser estendidos para mais de uma sociedade e até mesmo para
toda a comunidade internacional.

Com os conceitos-base definidos, pode-se adentrar na questão da soberania na Floresta


Amazônica: quando se trata de uma política ambiental, uma ampla gama de interesses para
além do meio ambiente em si estão envolvidos – refere-se à distribuição de custos e
benefícios, tanto no âmbito nacional quanto no internacional (KOLK, 1998; tradução nossa).
Nesse contexto, o amplo debate acerca da preservação da Amazônia no plano internacional e
da necessidade de integração para tal, gera uma desconfiança por parte dos países detentores
do território. Com o interesse considerável de importantes organizações internacionais,
Estados, empresas e ONGs na Floresta Amazônica, em certo nível, há um ressurgimento do
conflito Norte-Sul, no qual o receio de que a soberania e o desenvolvimento nacional sejam
ameaçados com o envolvimento estrangeiro nas questões ambientais (KOLK, 1998; tradução
nossa).
De fato, ao longo dos anos houveram diversas declarações polêmicas de
personalidades internacionais que corroboraram ou alimentaram a discussão ideológica de que
há um receio de se perder parte do território nacional ao implementar medidas de
internacionalização:

A manifestação pública do Senador norte-americano Robert Kasten afirmando que


proporá ao Congresso Americano um projeto de lei que proteja a floresta amazônica
e que “a floresta não é apenas do Brasil, ela pertence ao mundo”. A afirmação do
ex-vice-presidente dos Estados Unidos, em 1989, Al Gore, dizendo que “ao
contrário do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é deles, mas de todos nós”.
Contribuindo com esse debate, François Mitterrand, então presidente da França, em
1989, diz que “o Brasil precisa aceitar uma soberania relativa sobre a Amazônia”.
Mikhail Gorbachev, ex-presidente da extinta União Soviética, em 1992, afirmou que
“o Brasil deve delegar parte de seus direitos sobre a Amazônia aos organismos
internacionais competentes”. Henry Kissinger, ex-Secretário de Estado americano

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

em 1994, disse que “os países industrializados não poderão viver da maneira como
existiram até hoje se não tiverem à sua disposição os recursos naturais não
renováveis do planeta. Terão que montar um sistema de pressões e constrangimentos
garantidores da consecução de seus intentos (BENATTI, 2007, p.3).

Além disso, artigos internacionais recentes também serviram para inflar discurso – a
exemplo do artigo “Who will intervene in Brazil to save the Amazon?” (Quem vai intervir no
Brasil para salvar a Amazônia?), de Stephen Walt, publicado em 2019, na revista Foreign
Policy, gerou controvérsias ao afirmar que seria apenas questão de tempo até que as grandes
potências decidissem intervir nas questões climáticas utilizando quaisquer recursos
necessários: o autor apresenta um cenário futuro no qual os Estados Unidos lançam um
ultimato ao Brasil antes de intervir militarmente para defender a Amazônia. Apesar de Walt
afirmar que tal cenário é improvável, sua construção narrativa e a afirmação de que o Brasil
seria um país vulnerável a tais ações foi alvo de críticas contundentes, e não apenas dos
partidos de direita. Nesse sentido, a polêmica também ocorreu porque “esses argumentos
inspiram memórias do passado. Os Estados Unidos têm um longo histórico de recorrer à força
militar para atingir suas metas de política externa. O país já tem uma enorme presença militar
global que se estende por 177 países, incluindo alguns vizinhos do Brasil” (ABDENUR, A; et
al. 2019).
Nesse âmbito, declarações mais recentes de líderes mundiais sobre o tema também
são preocupantes: no contexto de preocupação internacional com as queimadas no Brasil, o
presidente francês Emmanuel Macron sugeriu, na cúpula do G7, a conferência de um status
internacional à Floresta Amazônica. Em resposta, no seu primeiro discurso na Assembleia
Geral das Nações Unidas, o então presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou que a
assertiva de que a Amazônia é patrimônio da humanidade é uma falácia, reiterando que
qualquer iniciativa voltada para a preservação da Floresta Amazônica, ou de outros biomas,
deve ser tratada de forma a respeitar plenamente a soberania brasileira (GOMES, 2019).
O discurso de Bolsonaro se manteve ao longo de seu mandato e, na Conferência da
Organização das Nações Unidas sobre o clima (COP 26), em Gasglow, na Escócia, o mesmo
governante ainda se mostrou comprometido com a defesa da soberania da “querida, rica e
desejada” Amazônia. Já o então presidente colombiano, Iván Duque, também se juntou ao
discurso, afirmando que: “A Amazônia é, para nós, um território muito valioso e cuidamos
dentro da nossa soberania. É também muito importante que essa defesa traga consigo uma luta
eficaz contra os crimes ambientais” (FAGUNDES, M. 2021).
Apesar de, como exposto acima, os discursos que alegam a possível degradação da
soberania dos países detentores do território estarem cada vez mais em pauta, quando se trata
CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

das reais implicações que um processo de internacionalização, ou seja, do reconhecimento da


Amazônia enquanto patrimônio da humanidade, uma grande parte dos pesquisadores afirmam
que tais alegações são infundadas e, até mesmo, conspiratórios (QUEIRÓS, 2022), isso
porque, de acordo com as leis internacionais, não há nenhum tratado assinado que preveja a
possibilidade de intervenção ou de tomada do território amazônico, mesmo para os países que
se comprometeram com a preservação da região, como o Brasil (GOMES, 2019).
Até mesmo porque o respeito da soberania do Estado nacional constituiu-se como
princípio básico, sendo consagrado, inclusive, no Tratado Constitutivo da Organização das
Nações Unidas (ONU) (OLIVEIRA, K; et al. 2022) – a juíza brasileira que atuou entre 2003 e
2016 no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda, explica:

Qualquer hipótese de intervenção sem a devida autorização dos órgãos competentes,


em especial, o Conselho de Segurança das Nações Unidas, é crime de agressão. Em
teoria, conferir um status internacional não significa autorizar que outro país
intervenha na soberania nacional. Isso não existe (...) Não cabe a nenhum país e nem
à comunidade internacional o direito de intervir na gestão desse bem, ou pior ainda,
invadir esse território para a proteção desse bem (GOMES, 2019).

O que ocorreria no caso de um efetivo reconhecimento de um status internacional da


Floresta Amazônica seria a imposição de obrigações aos demais Estados, que deveriam se
comprometer com a ajuda para a proteção e conservação deste patrimônio. Ainda, segundo
Steier, nesse quadro, acordos prevendo a preservação, ou até mesmo, a exploração sustentável
da floresta teriam que ser estabelecidos: "Uma gestão compartilhada teria que ser firmada de
comum acordo e com boa-fé num regime de cooperação internacional. E o Brasil aceitaria se
quisesse. Cooperação imposta não existe e seria uma quebra de soberania” (GOMES, 2019).
Apesar dos fatos apresentados, no que diz respeito às posturas do governo Bolsonaro
em relação à Amazônia, percebe-se que há a retomada do discurso de ameaça à soberania com
o intuito de embasar ideologicamente uma ocupação nacional que atenda aos interesses do
agronegócio, da mineração e da pecuária e que esteve fortemente marcada pela militarização e
pelo afrouxamento dos mecanismos de proteção ambiental (QUEIRÓS, 2022). Mais um
exemplo do alinhamento do antigo governo com esse discurso foi a afirmação feita pelo então
Chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo Bolsonaro, general Augusto
Heleno, às vésperas da reunião do G20: “A estratégia de preservar o meio ambiente do
Brasil para mais tarde (outros países) explorarem. Está cheio de ONG por trás deles, ONGs
sabidamente a serviço de governos estrangeiros” (QUEIRÓS, 2022, p. 8)
Em contextualização com a fala de Augusto Heleno, sinaliza-se que um dos principais
alvos de críticas infladas pelo discurso nacionalista e ideológico, recai justamente sobre a
CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

atuação de ONGs estrangeiras na região amazônica, o que acaba por gerar debates acalorados
entre o governo e tais Organizações (ARAÚJO, 2020) – os governos são acusados pelo não
cumprimento efetivo de suas funções no âmbito da preservação, enquanto as ONGs
ambientais “são rotuladas e estereotipadas de inimigos da nação e percebidas como
representantes de interesses estrangeiros que desrespeitam a soberania” (ARAÚJO, 2020, p.
221). Ademais, as críticas nacionalistas também englobam, ativistas, povos indígenas
originários e quilombolas. (Araújo, B., & Campos, F. S. S., 2022)
Pontua-se que tal discussão rasa acaba distanciando o debate e o foco das críticas, que
poderiam estar sendo direcionadas para problemas mais agudos na região amazônica, como a
atuação predatória do garimpo, das empresas madeireiras e do agronegócio, além de
simplificar temas políticos e sociais, deslegitimando as demandas socioambientais (ARAÚJO,
2020). Ademais, a falta de aprofundamento na questão, com alegações, por vezes, pouco
razoáveis, distancia o debate do papel da cooperação para a preservação e restauração
ambiental da Amazônia, desvalorizando o papel da integração entre o Governo e entidades
não-governamentais, ativistas e povos originários, assim como o estabelecimento de metas
entre os países da sociedade internacional (ARAÚJO, 2020).
Desse modo, deve-se ressaltar a importância das ONGs para a estruturação e aplicação
de políticas de preservação ambiental. Enquanto entidades da sociedade civil que
desempenham função de interesse público, as ONGs são parte integrante do terceiro setor, já
que não se enquadram no primeiro, não pertencendo ao poder público, nem no segundo, uma
vez que não tem fins lucrativos (ARAÚJO, 2020). Em relação à relevância do Terceiro Setor,
pontua-se que ele representa um papel importante na compreensão do desenvolvimento social
e econômico das sociedades contemporâneas, agindo de maneira complementar ao Estado no
que se refere à formulação de políticas públicas e a questões sociais (ARAÚJO, 2020).
Não obstante, a mesma relevância se confere às ONGs com atuação na Amazônia,
que, a partir da década de 60, direcionaram suas campanhas e atuações para a preservação do
bioma amazônico, realizando diversos programas e projetos voltados para tal finalidade, além
de canalizar recursos e financiar pesquisas na região (ARAÚJO, 2020). No que diz respeito
especificamente à atuação de ONGs transnacionais na Amazônia, registra-se que essa ocorre
em um contexto de cooperação internacional ambiental, que, de fato, tem afetado
positivamente no desenvolvimento de atividades sustentáveis e na conservação da
biodiversidade (ARAÚJO, 2020).
Apesar do papel central da atividade desempenhada pelas ONGs na Amazônia, elas
não estão imunes a questionamentos e críticas. Nesse sentido, existem mecanismos que
CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

podem servir para a fiscalização da atividade de tais Organizações, buscando a confirmação


da transparência de suas ações. Desse modo,

existem indicadores que podem ser utilizados como verdadeiros critérios na


aferição do trabalho de ONGs, quais sejam: (i) Transparência de seu
financiamento; (ii) Pessoas físicas ou jurídicas que receberam diretamente os
seus serviços; (iii) Opinião pública a respeito da credibilidade do trabalho
desenvolvido; (iv) Consecução ou não dos objetivos a que se propuseram
(RABINOVICI, 2008) (ARAÚJO, 2020, p. 224).

Em resumo, conclui-se que a Amazônia é de extrema relevância para as relações


internacionais, sendo foco de diversos debates em relação aos seus recursos e riquezas
naturais. Nesse sentido, com os processos de globalização e transnacionalização (MACEDO,
2021) das fronteiras, a discussão sobre a necessidade de Cooperação Internacional na região
realmente se aflora, principalmente à luz da subdivisão de sua vasta extensão territorial entre
diferentes países com interesses por vezes conflitantes (ROCHA; MINAHIM, 2013).
Entretanto, quando se debate sobre políticas de integração internacional, com a
atuação de ONGs estrangeiras na região, o receio de ameaça à soberania dos países
integrantes da Amazônia surge. Nesse âmbito, percebe-se que, apesar de o respeito à
soberania das Nações Amazônicas não dever ser relegado em projetos de cooperação
internacional na região, a maioria dos discursos que se apropriam da questão mostram-se
infundados, sendo movidos por um nacionalismo conspiratório, os quais acabam por atrasar
os avanços para a sustentabilidade (ARAÚJO, 2020).
Dessa forma, a coordenação política, por meio de tratados de cooperação ambientais
internacionais, torna-se um instrumento importante para a gestão e a localização de caminhos
de diálogo para o enfrentamento de problemas e metas comuns (LIMA; GONÇALVES,
2017). Entretanto, tal tarefa é desafiadora, já que a coordenação das ações é necessária, de
maneira com que a soberania das nações sobre o território seja respeitada: “esforços
internacionais para proteger a Amazônia precisam ter uma visão geopolítica mais
compreensiva e priorizar os métodos pacíficos” (ABDENUR, A; MUGGAH, R, 2019), uma
vez que a soberania nacional individual não deve servir de obstáculo para as aspirações
sustentáveis e o alcance de resultados positivos em relação à preservação amazônica
(HERNÁNDEZ-BRÉTON, E. 2021; tradução do espanhol por Dâmaris Burity).
Nesse sentido, percebe-se uma alteração no direcionamento do discurso referente à
Amazônia, principalmente à luz da mudança presidencial no Brasil, com a eleição de Luís
Inácio Lula da Silva (AMARAL, 2022). Em consonância, a eleição de Gustavo Petro na

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Presidência da Colômbia, que também era reconhecida por contribuir em projetos que atacam
o meio ambiente e por ameaçar a atividade de ambientalistas, evidencia um crescente esforço
estatal para a criação de fundos voltados para a preservação da Amazônia (MENON, 2022)
(SHIRAISHI, T. 2022). Nesse cenário, o presidente colombiano afirmou, na COP 27, que com
a mudança política no Brasil uma agenda de cooperação para salvar a Floresta Amazônica
poderá ser iniciada, além de declarar que “as mesmas soberanias nacionais que existem sobre
as florestas podem gerar os mecanismos multinacionais que permitam reservas com
continuidade geográfica entre os países” (AMARAL, 2022); para isso, Petro afirmou que a
constância das ações ao longo dos anos é necessária (AMARAL, 2022).
A presidente do Peru, Dina Boluarte, também se manifestou, na rede social Twitter, a
favor da agenda de integração: “Nosso governo está empenhado em fortalecer a relação
bilateral com o país irmão do Brasil, enfatizando a agenda de integração sul-americana e a
sustentabilidade da Amazônia” (2022, tradução nossa). Ademais, percebe-se a tentativa de
fortalecimento da própria OTCA: em 18 de maio de 2022, após dez anos, o Parlamento
Amazônico (Parlamaz), formado pelos oito Países Membros da OTCA – Brasil, Peru,
Colômbia, Bolívia, Equador, Suriname, Venezuela e Guiana, foi reativado em uma sessão
realizada na sede da Organização, no que foi destacado pelo ex-ministro das Relações
Exteriores do Brasil, Chanceler Carlos França, como um momento histórico para a proteção
ambiental e para o relacionamento entre os países amazônicos: “Já se passaram 44 anos desde
a assinatura do Tratado de Cooperação Amazônica, o passo mais importante. A Amazônia (...)
é uma reserva de biodiversidade incomparável e temos plena consciência dos desafios para
sua sustentabilidade”, declarou (OTCA, 2022).

8. POSIÇÕES DE PAÍSES

8.1 Emirados Árabes Unidos

Os Emirados Árabes Unidos constituem um Estado que percebe como questão


alarmante a crise climática global, fazendo, inclusive, uma análise interna do seu território,
que é 80% desértico (UOL, 2022). Nesse sentido, vê-se com urgência uma intervenção em
território brasileiro para preservar o bioma amazônico, em seus povos originários e recursos
de suma importância não só para a região, mas para todo o planeta.
Ainda, ressalta-se o empenho do governo brasileiro mostrou-se ineficiente no combate
aos males que permeiam as fronteiras da Floresta Amazônica. É lembrada a visita de Jair
Messias Bolsonaro, então presidente do Brasil, à Dubai. Nessa ocasião, o líder mostrou uma
CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

preocupante incapacidade institucional do então governo brasileiro para fazer essa


preservação e controle de tanto valor, emitindo notícias falsas que não convenceram os nossos
investidores (CNN, 2021). Sendo assim, é reiterada a posição dos EAU: é necessária e urgente
uma intervenção em território amazônico.

8.2 Estado Plurinacional da Bolívia

A Bolívia valoriza e se compromete com as ações de cooperação para o


desenvolvimento sustentável na Amazônia e, especialmente, com as medidas de integração
latino-americana, de forma a preservar a soberania das Nações Amazônicas (RBA, 2022).
Com a mudança presidencial, em 2020, na qual o socialista Luis Arce, que discursou a favor
da democracia e da soberania boliviana (CARVALHO, I. 2022), foi eleito, houve uma
reorientação política no país. Segundo Arce, que afirmou que seu governo será orientado pelo
presente e pelo futuro (PORTAL AMAZÔNIA, 2020), superando o modelo neoliberal, e
buscando servir ao povo boliviano, o sistema econômico-social do governo boliviano se
pautará por questões fundamentais como o combate às crises climáticas, alimentares,
sanitárias, hídricas, energéticas, macroeconômicas e institucionais (UTIDA, Mauro; 2022).
Sendo assim, em consonância com os ideais de desenvolvimento social, a Bolívia vem
procurando implementar programas que sirvam para tal fim. Nesse sentido, no que concerne
às relações com o Brasil, o vice-ministro de Relações Exteriores da Bolívia, Freddy Mamani,
afirmou que, no contexto do fim do governo Bolsonaro, que ficou conhecido por sua
negligência e desprezo em relação à preservação ambiental e à integração latino-americana,
há muita esperança de reconstrução da agenda bilateral boliviana com o Brasil, que estava
paralisada há quatro anos, apresentando poucos avanços (CARVALHO, L; 2022). Destarte, já
houve um encontro de Arce com o presidente Lula, no qual se tratou de questões relativas à
cooperação econômica entre os países, além da colaboração para o desenvolvimento
sustentável e para a preservação da Amazônia e da ampliação da integração latino-americana
(RBA, 2022).

8.3 Estados Unidos da América

Historicamente, os Estados Unidos da América trabalham para tornar a Floresta


Amazônica objeto da intervenção ambientalista internacional. As associações entre operações
governamentais e atividades empresariais do país norte-americano na região amazônica têm
guiado os interesses estadunidenses em ação nos últimos dois séculos (MEDEIROS, 2012).

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Como exemplo disso, temos a participação do país no Instituto Internacional da Hiléia


Amazônica (IIHA) que foi amplamente reconhecida por seu caráter de ingerência política,
contando com discursos contra a autoridade dos países sul-americanos sobre a floresta (REIS,
2001).
Consequentemente, o que se observa atualmente é a proposição de políticas de
“assistência” que visam legitimar o transpasse da soberania de países sul-americanos
(BENATTI, 2007). Por semelhante modo, transparecem em diversos documentos convicções
de que a superioridade tecnológica norte-americana seriam imprescindíveis para o alcance da
potencialidade amazônica (MEDEIROS, 2012). Assim, para a percepção ambientalista, as
políticas de internacionalização da floresta centram seus argumentos na inaptidão dos Estados
amazônicos em empreenderem planos eficientes para a região (CHAUPRADE, 2007).

8.4 Estados Unidos Mexicanos

Buscando retomar um antigo local de destaque no combate à degradação do meio


ambiente, os Estados Unidos Mexicanos, desde o ano de 2021, investem em formas de
proteger a biodiversidade de seu país. Por quase duas décadas o México foi referência na
proteção ambiental na América Latina, sendo muitas vezes apresentando inovação e
progressismo em suas ações. Contudo, desde a entrada ao governo de Andrés Manuel López
Obrador, no ano de 2018, progressivamente as políticas ambientais do país foram
desmanteladas. "O México interrompeu anos de progresso no setor de energia com decisões
que ameaçam reverter o progresso em direção a uma ação climática aprimorada", pontuado no
Relatório de Lacunas de Emissões da ONU, em 2019. Tais ações refletem-se negativamente,
tanto na comunidade internacional, quanto para o próprio meio ambiente, que, segundo o
Global Carbon Atlas, aumentou 70% das emissões de gases de efeito estufa, desde 1990.
Assim, o país luta para voltar a produzir formas limpas de energia e para o cumprimento de
suas metas energéticas e ambientais (DANTAS, 2021).
Sendo os dois únicos países do G20 a apresentarem projetos para o combate ao
aquecimento global, Brasil e México reforçaram, na Conferência das Nações Unidas sobre
Mudanças Climáticas (COP-26), sua preocupação com os caminhos ambientais que o planeta
vem levando - pauta que é muito importante para o governo que assume o poder do Brasil no
ano de 2023. O interesse mexicano sobre a Amazônia não se limita ao lucro e vantagens de
um território rico como o da floresta, mas aos impactos que o desmatamento vem causando na
nação mexicana (VIEIRA, 2022). Tais impactos já eram calculados desde 2011 por cientistas

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

mexicanos, contudo, desde 2019 - quando ingressou no poder um governo em que as questões
ambientais não eram prioridade - os problemas mostram-se cada vez maiores. Não apenas
com a perda da floresta pelo desmatamento, mas também a filtração das chuvas pela mata,
muitos dos compostos químicos viajam pelos rios no céu, afetando o solo, em principal as
algas marinhas das costas mexicanas. Tal fato faz com que o México volte seus olhos para a
Amazônia e questione a capacidade do governo brasileiro de proteger este bioma tão
importante para o planeta (GODOY, 2021).

8.5 Federação Russa

O termo “responsabilidade de proteger”, abalizado, em 2001, por um grupo de


estudiosos denominado International Commission on Intervention and State Sovereignty
(ICISS), foi, a princípio, utilizado para questionar os limites entre a soberania de um Estado e
a “responsabilidade” da comunidade internacional “de intervir” dentro de uma nação que
violou ou foi omissa quanto aos direitos humanos de seus cidadãos. Dentro desse debate, a
Rússia, juntamente de países do Sul Global e não ocidentais, como a China, prontamente se
opôs ao conceito “afirmando que ele seria usado como nova forma de justificação para
intervenções neocoloniais em países periféricos” (LE MONDE DIPLOMATIQUE, 2020).
Sobre as conversas em torno da internacionalização da Amazônia, a expressão
“responsabilidade de proteger”, inicialmente restrita ao tema “direitos humanos”, tem seu
significado expandido. A discussão passa, então, a abranger a “responsabilidade” dos países
do mundo “de proteger” o bioma. Nesse sentido, no dia 03 de março de 2022, o então
presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, citou, erroneamente, que a Federação Russa teria vetado
uma resolução da ONU que visava reduzir a soberania nacional sobre a região amazônica.
Todavia, conforme o site oficial da Organização, a proposta vetada sequer mencionava
questões referentes a uma maior intervenção internacional nesse ecossistema.

8.6 Guiana Francesa

Como departamento ultramarino francês, o governo da Guiana Francesa não possui


total autonomia sobre as decisões perante sua parte da Amazônia, que ocupa uma área de 34
mil quilômetros quadrados do país. Mesmo possuindo cerca de 90% de seu território coberto
pela floresta, as ações de exploração e preservação afetam diretamente a vida da população
(BBC, 2019). A região é assolada por queimadas e, principalmente, o garimpo ilegal, que vem
causando problemas, não apenas ambientais, com a contaminação do solo, mas também com

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

as sociedades indígenas na região (G1, 2019). O governo francês tenta tomar posturas mais
rígidas perante a atuação de meios ilegais de exploração da floresta, que, muitas vezes, vem
de um reflexo que é feito em seu vizinho: o Brasil. O então presidente da França, Emmanuel
Macron, reforçou que a Amazônia não é apenas brasileira e que sua proteção deve ser uma
preocupação de todos. "Estamos todos preocupados. A França sem dúvida está ainda mais que
outros atores à mesa, já que somos amazônicos", disse o presidente francês.
As relações conturbadas entre o governo francês e o governo brasileiro durante os 4
anos de mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro afetaram fortemente os trabalhos de
proteção conjunta da floresta causados pela divisão de fronteiras. Desde a posse de Bolsonaro,
o aumento do desmatamento foi exponencial, sendo quase 73% entre 2018 e 2021, segundo o
Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Espírito Santo. Tais
atitudes fizeram com que o presidente francês questionasse a capacidade do governo
brasileiro de ser o principal protetor da floresta Amazônica. Assim, é claro o desejo de
interferência e maior participação da Guiana Francesa como um dos portadores da floresta,
além do Brasil (CHADE, 2021).

8.7 Japão

Desde a Era Meiji (1868-1912), o Japão transitou de uma nação feudal para uma
potência industrial. Contudo, apenas após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), contando
com os fortes investimentos norte-americanos, a nação japonesa assumiu o posto de um dos
países mais industrializados do mundo. Com isso, as emissões de carbono e aumento do
ataque à fauna e à flora do país cresceram exponencialmente, fazendo-se necessário que o
governo assumisse uma postura de maior combate a tais problemas ambientais. Tal postura do
governo, fez com que houvesse uma repercussão internacional, o que levou a realização da
Terceira Sessão da Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a
Mudança do Clima (COP3), em Kyoto no ano de 1997 (EMBAIXADA DO JAPÃO NO
BRASIL, 2020). Entretanto, o país ainda enfrenta problemas para a diminuição da produção
de gases poluentes, estando entre os dez mais poluentes do mundo, no que tange a gases de
efeito estufa, segundo uma pesquisa realizada em 2021 pela Country Economy.
Em relação às atividades japonesas para com a Amazônia encontrada no território
brasileiro, o interesse é inegável. O processo imigratório de japoneses para as áreas da
floresta, ao norte do Brasil, teve início na década de 30, sendo grandes colaboradores para o
desenvolvimento agrícola e do extrativismo de recursos naturais da região (HOMMA, 2009).

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Desde então, os olhos do país nipônico estão diretamente voltados para a floresta,
demonstrando forte interesse em sua utilização, não apenas para fins extrativistas e
exploratórios, mas também para pesquisas e desenvolvimentos científicos. Dessa forma, o
governo japonês, assim como grande parte da comunidade internacional, defende a proteção
da floresta e responsabilização brasileira para a manutenção de sua existência e preservação.

8.8 Reino da Bélgica

A Bélgica é um país que possui a capacidade de investir massivamente na América


Latina como um todo. No que cerne aos países amazônicos, já no início da década de
sessenta, 97,3% do minério de ferro brasileiro estava sendo explorado por companhias
controladas por grupos estrangeiros, tais como a Belgo Mineira (MEDEIROS, 2012). Assim,
historicamente, é de interesse do país que as pautas amazônicas sejam internacionalizadas, a
fim de obter maiores vantagens nas tomadas de decisões.
O país demonstra preocupação com questões ambientais, tendo formalizado a
tipificação do ecocídio como crime em sua legislação (EL PAÍS BRASIL, 2021). Entretanto,
faz vista grossa à movimentação clandestina belga dentro do território amazônico, a exemplo
da mineração clandestina, destino de investimentos de empresários belgas (THE INTERCEPT
BRASIL, 2022). Assim, percebe-se que o país adota uma postura favorável à implementação
de políticas conservacionistas, entretanto, ainda se mantém comprometido com os interesses
econômicos de grandes empresas que buscam tirar vantagem dos recursos naturais
amazônicos.

8.9 Reino da Tailândia

O Reino da Tailândia reconhece a soberania e a autonomia do Brasil sob o seu


território, assim como respeita as tomadas de decisão e escolhas de políticas por parte do
Governo do Brasil. Entende-se de forma clara que a questão da proteção da Amazônia é de
suma importância para o ecossistema brasileiro e da América Latina, entretanto, uma
intervenção internacional no país é vista com maus olhos.
A Tailândia é possuidora de uma constituição que, em diversos pontos, preza pela
preservação ambiental e desenvolvimento sustentável, devendo ser exemplo para quaisquer
demais países que ainda não se atualizaram nesse quesito (JUS, [s.d.]). Nesse sentido,
sabendo da existência de semelhante tratativa brasileira com suas riquezas naturais, o governo
tailandês incentiva o cumprimento da legislação ambiental do Brasil, convocando as demais

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

nações ambientais a fazer o mesmo, sem interferências diretas ou uso da força nos países
latinos.

8.10 Reino dos Países Baixos

Reconhecendo a importância da Floresta Amazônica para a manutenção da


biodiversidade do planeta e para o controle do aquecimento global devido à sua imensa
riqueza ambiental, os Países Baixos mostram-se preocupados com o desmatamento e a falta
de preservação na região, especialmente, no caso da Amazônia brasileira, durante o governo
Bolsonaro (UOL, 2022). Sendo assim, atesta-se que o debate internacional sobre a
preservação da região é de extrema importância, principalmente à luz do agravamento dos
desastres ambientais.
Os Países Baixos já mantêm relações de cooperação com a Amazônia, fazendo parte
do Fundo Amazônia, que destina fundos para a realização de projetos voltados para a redução
da degradação florestal e da emissão de gases responsáveis pelo aquecimento global.
Considerando que tal fundo, gerou, de fato, resultados positivos, reconhecidos
internacionalmente, os Países Baixos reforçam o seu compromisso com as ações de
cooperação internacional, que se pautam não na subordinação, mas na integração e na tomada
de decisões de comum acordo (PRIZIBISCZKI, 2019), sem que haja o ferimento da soberania
de nenhum país.

8.11 Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte

Em outubro de 2006, o Secretário de Meio Ambiente britânico, David Miliband,


participou, em Monterrey, da 2ª Reunião Ministerial do Diálogo de Gleneagles sobre
Mudança do Clima, Energia Limpa e Desenvolvimento Sustentável e, após esse concílio, teve
de se pronunciar sobre uma “suposta intenção do governo inglês de criar um fundo
internacional para financiar a compra de terras na Amazônia”. Uma nota foi emitida para
retificar essa interpretação equivocada e ela declarava que “o interesse do governo do Reino
Unido não é o de apoiar ou promover a compra da Floresta Amazônica, mas, sim, de trabalhar
com os colegas brasileiros (e outros países) para apoiar o manejo florestal sustentável”
(MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2006).
Nesse sentido, o posicionamento do Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda mostra-se
contrário a uma ocupação estrangeira dentro das delimitações territoriais amazônicas.
Ademais, os interesses expostos pela nota de Miliband parecem começar a se efetivar,

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

considerando que, esse ano, o país está avaliando a possibilidade de integrar o Fundo
Amazônia, programa do governo brasileiro que banca ações de redução de emissões de gases
na floresta (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2006).

8.12 República Bolivariana da Venezuela

Durante muitos anos, principalmente ao final do século XX, a Venezuela ocupou local
de destaque no cenário internacional, no que tange à preservação e defesa do meio ambiente.
Além disso, a nação venezuelana era um dos destaques entre os países amazônicos na
proteção da floresta - a Venezuela possui cerca de 6,73% da totalidade da floresta amazônica
-, com reservas naturais que ocupam quase 70% do sul do país, onde a floresta é localizada.
Contudo, desde a virada do segundo mandato do falecido presidente, Hugo Chávez, o
aumento da exploração da Amazônia e demais centros ecológicos do país tornou-se ainda
maior. Segundo o Centro para Estudos Internacionais e Estratégicos (CSIS), a dependência
econômica do país com a exploração de petróleo foi um dos principais motivos para o
aumento gritante na emissão de gases poluentes e entre outros desastres ambientais. A ONU
também encontra dificuldades no acesso a dados sobre diversas questões ambientais na
região, como o avanço do garimpo ilegal e a qualidade da água de afluentes do país
(BURELLI, 2022).
Atualmente, o desmatamento e garimpo ilegais são um dos principais problemas que
assolam a Amazônia venezuelana, que pode ter perdido cerca de 1,4 milhão de hectares no
decorrer dos anos de 2016 até 2021 - não há dados mais recentes do desmatamento no país,
mas, segundo especialistas, houve um aumento nos últimos anos após a aprovação do Arco
Mineiro do Orinoco, em 2016, que aumenta a exploração do garimpo nas regiões amazônicas
(BBC, 2020). Além disso, as comunidades nativas são fortemente afetadas, com a perda de
suas terras e da qualidade de vida causada pela interferência do garimpo. Avalia-se que a
Amazônia venezuelana perdeu cerca de 4% da floresta original (BBC, 2020). Assim, a forte
cobrança de ambientalistas sobre o “ecocídio” feito pelo governo desde a aprovação do Arco
Mineiro do Orinoco.

8.13 República Cooperativa da Guiana

A Guiana é um pequeno país da América do Sul e é um dos nove países sul


americanos que compartilham a Amazônia. Apesar de possuir grande parte de seu território
coberta por florestas, o país enfrenta um dilema envolvendo seu desenvolvimento: o país se

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

projeta como um polo petroleiro que pode tirar o país do subdesenvolvimento. No entanto,
isso conflita com seu papel na preservação amazônica (ISTOÉ, 2022). Além disso, o país
enfrenta a crescente mineração legal - e ilegal - como um problema para a preservação
ambiental. Isso ocorre porque, mesmo em pequenas escalas, como é comum no país, o
garimpo ocorre em regiões distantes da fiscalização governamental e representa uma
contribuição para o desmatamento, ameaçando a biodiversidade (LAING, MOONSAMMY.
2021).
Ademais, o país apresenta grande capacidade de produção mineral e cresce no
contrabando de madeira ilegal, tendo a China como destino principal. Isso faz com que as
áreas florestais guianenses se tornem mais pobres e, com o ritmo acelerado, o país terá uma
área enorme desmatada nos próximos anos. Isso torna evidente a necessidade de legislações
mais eficazes e o desinteresse do país quanto a esse fato (PROCÓPIO, 2007)

8.14 República da África do Sul

Os governos mundiais, pressionados por seus eleitores, descobrem que uma queimada
na Amazônia pode ser mais ameaçadora que todo o contingente bélico
latinoamericano junto. Descobrem, ainda, que [...] a África e a América do Sul,
sucatas da modernidade, possuem grandes relevâncias na indução de diversos
processos ambientais que impactam o mercado e os mega-processos econômicos em
curso (FREITAS, M. de ob. cit., Estudos da Amazônia contemporânea: dimensões da
globalização, [s. d.], p. 19-20).
Posto isso, depreende-se que, ao passo que o bioma amazônico ganha espaço nos
debates internacionais, os “diversos processos ambientais” da África, ainda que em segundo
plano, também devem tornar-se mais notáveis. Tendo em vista a importância dos ecossistemas
africanos, a África do Sul, em especial, se mostra aparentemente favorável a compartilhar
informações, pesquisas e proteção de seus biomas, haja vista que assinou Plano de Transição
de Energia Justa da África do Sul (EPBR, 2020). Ademais, considerando que o país também
tem florestas tropicais de suma relevância, seria proveitoso uma ampliação da Cooperação
Sul-Sul (Brasil e África do Sul) (FUNDO DE POPULAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS,
2021). visando expandir o diálogo entre essas nações em desenvolvimento a respeito dos
desafios e das experiências ambientais em comum.

8.15 República da Colômbia

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

A floresta amazônica corresponde a cerca de 42% do território colombiano, sendo um


dos países mais importantes na colaboração para a preservação da região. Nesse país se
encontra o Parque Natural Amacayacu, por onde passa o Rio Amazonas (COLOMBIA, 2012).
Em 2022, o presidente colombiano Gustavo Petro afirmou que iria pedir aos países mais
desenvolvidos ajuda aos camponeses da região amazônica para cuidar das florestas e
recuperar áreas desmatadas. Eleito em 2022, Petro ordenou que a força pública capture “os
grandes predadores da floresta amazônica” e responda imediatamente a qualquer incêndio
(G1, 2022).
O Presidente também celebrou a posse de Luís Inácio Lula da Silva como Presidente
da República do Brasil no início de 2023 e afirmou, juntamente com Nicolás Maduro, que a
eleição brasileira é importante para a união dos países amazônicos, a fim de preservar a região
(ESTADÃO, 2022). Além disso, o líder colombiano também anunciou, na véspera do início
da COP-27, que o país iria mobilizar cerca de 200 milhões de dólares por ano durante 20 anos
para a conservação da Amazônia (TERRA, 2022). Apesar dos esforços, o país também sofre
com desmatamento e queimadas para estabelecer pastos ou cultivo de coca, um problema
estrutural do país, que sofre com o tráfico de drogas (EL PAÍS, 2022).

8.16 República da Coreia

O país asiático possui fortes relações diplomáticas com a região norte brasileira, fato
que se deve principalmente pelos investimentos sul-coreanos na Zona Franca de Manaus. As
negociações se dão principalmente pela relação entre a Superintendência da Zona Franca de
Manaus e a Câmara do Comércio e Indústria Brasil – Coréia. (MEDEIROS, 2022). Esse
relacionamento dá todos os indícios de que a Coréia do Sul entende e aprova uma exploração
eficiente e responsável da região amazônica. E claro, para melhor manutenção de seus
investimentos no Brasil, o Governo da Coréia do Sul respeita a soberania e autonomia
brasileira sobre o seu território.
Além dessa, são várias as amostras de boa relação entre a República Federativa do
Brasil e a República da Coreia. Um exemplo ilustrador disso é o intercâmbio cultural entre os
dois países, que pode ser notado em aspectos que vão desde as artes, tendo a necessidade de
se dar enfoque ao pop coreano (k-pop) que conquistou sucesso extraordinário entre os jovens
brasileiros, até a culinária, que não raro é motivo de interesse de ambos os países, um em
relação ao outro. Assim, conclui-se: é grande o entusiasmo para a manutenção e até
estreitamento da relação Brasil-Coréia, sendo essa de grande potencial benéfico.

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

8.17 República da Finlândia

Em agosto de 2019, em comunicado oficial, Mika Lintila, Ministro de Finanças


finlandês, condenou "a destruição da Floresta Amazônica” e propôs, por conta dessa
desolação, que, conjuntamente com seu país, a UE considera-se “banir a importação de carne
bovina brasileira” (EXAME, 2019). Além disso, também sugeriu que votaria contra o Acordo
de Associação Birregional entre o bloco europeu e o Mercosul, pactuação esta que ampliaria a
integração dos mercados das nações signatárias e incrementaria o PIB brasileiro, segundo a
Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), em US$ 87,5 bilhões em 15 anos.
Posto isso, a República da Finlândia se mostrou disposta a ir além das represálias
declaratórias, ameaçando o Brasil com sanções econômicas também, visando que ele proteja
adequadamente o bioma amazônico. Todavia, segundo a ONG finlandesa, Finnwatch, o
governo da Finlândia deveria se atentar à cadeia de produção da sua siderúrgica Outokumpu,
que tem a empresa Vale como subcontratante. Isto, pois, em 2021, segundo relatório da ONG
supracitada, ocorreu uma situação problemática para a reputação da nação: a mina Onça
Puma, responsabilidade da Vale, no Pará (dentro da Floresta Amazônica), envenenou com
ferroníquel o rio Cateté e, consequentemente, as populações nativas que o cercam
(SISCOMEX, 2020).

8.18 República da Índia

As relações entre a Índia e a floresta amazônica são controversas: em 2019, o estado


brasileiro de Roraima virou notícia após exportar bastante ouro para o país asiático. No
entanto, Roraima não possuía nenhuma mina de ouro legalmente operante e praticamente toda
a carga era destinada à Índia (BBC, 2019). Isso evidencia que a Índia possui interesses na
floresta amazônica e pode influenciar no garimpo ilegal que ocorre na região. Esse é um
problema que afeta também regiões indianas, visto que o país sofre com mineração legal e
ilegal e destruição de suas florestas tropicais (WRM, 2019).
A Índia também possui grandes florestas tropicais em seu território e, com seu
crescimento acelerado, precisou conciliar as necessidades do meio ambiente com as de
comunidades locais em crescimento. Com isso, a urbanização afeta áreas florestais e, como na
Amazônia, gera problemas estruturais que são difíceis de lidar (EXAME, 2016). Assim,
percebe-se que a Índia enfrenta problemas em seu território e, ao mesmo tempo, contribui
para os problemas enfrentados pela região amazônica.

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

8.19 República da Indonésia

Contando com uma Constituição que, desde 1945, considera a necessidade de se


garantir um meio ambiente saudável, a República da Indonésia tem empregado esforços
constantes na mitigação dos problemas ambientais e na promoção da proteção ambiental. No
contexto das mudanças climáticas, em 2016, o Estado assinou o Acordo de Paris sobre
mudança climática e, no mesmo ano, criou a Agência de Restauração de Turfeiras, como
medida para conter grandes incêndios florestais e de terras. O país conta, ainda, com uma
importante política de moratórias sobre o licenciamento de atividades em florestas primárias e
turfeiras, de produção de óleo de palma e de atividades de mineração (INDONÉSIA, 2016).
zEm âmbito internacional, o país mostra-se empenhado em cooperar em questões ambientais.
Como parte de tratativas da COP 26, em Glasgow - Escócia, em 2022, a República da
Indonésia, como um Estado rico em biodiversidade e detentor da terceira maior área de
florestas tropicais do mundo (120 milhões de hectares), firmou uma aliança com a República
Federativa do Brasil e a República Democrática do Congo para a promoção da valorização da
biodiversidade e da remuneração justa dos serviços ecossistêmicos prestados pelos três países,
a exemplo dos créditos de carbono (BRASIL, 2022; AGÊNCIA BRASIL, 2022).

8.20 República da Namíbia

A República da Namíbia traz consigo um legado da colonização e interferência


europeia em sua história, cultura e sociedade. Isto posto, soma-se ao posicionamento do país
do sul da África, contra a interferência no território nacional do Brasil, justificado pelo
respeito à soberania e autodeterminação dos povos. No que se refere à uma
internacionalização do cuidado com o bioma brasileiro da Amazônia, a ex-colônia inglesa
prontamente assume o discurso de fazer o possível para que disparates neo-coloniais não
sejam ressuscitados (ROAD, 2023).
Em consonância, a Namíbia coloca-se à disposição para o compartilhamento de
estudos que visam uma exploração sustentável e equilibrada dos recursos naturais. Também é
feito um apelo para que as grandes potências, a exemplo do que a China faz em território
Namibiano com investimentos no desenvolvimento de energia verde, disponibilizem recursos
para que os países periféricos consigam um melhor aproveitamento de suas riquezas primárias
(ROAD, 2023).

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

8.21 República da Polônia

A República da Polônia, sendo país dotado de uma constituição que entende, valoriza
e protege as questões ambientais, de forma alguma deixaria de prezar pela importância de
serem realizados esforços internacionais em prol de uma Floresta Amazônica preservada e
viva em todas as conotações que lhe cabem (SCHMITT; SCARDUA, 2015). Sob esse
espectro, o país também possui reservas ambientais, como a Floresta Bialowieza, lar de
espécies em risco de extinção como os bisontes-europeus, onde tanto os ecologistas
especializados quanto a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura
(UNESCO) movem seus esforços para a preservação ambiental no país do leste europeu
(EXAME, 2016).
É reconhecido que a Polônia ainda tem muito o que melhorar na questão ambiental,
principalmente ao que tange o desmatamento (EXAME, 2017). Porém, junto à União
Europeia, o Governo Polonês trabalha para buscar soluções que atendam ao desenvolvimento
e conforto da população sem o corte das árvores de tamanha importância para o ecossistema
nacional e continental. Assim, entende-se que a soberania das nações deve ser preservada,
entretanto, diante da crise climática alarmante que se alastrou mundo afora, é preciso tomar
algumas medidas de cunho extraordinário, mesmo que temporárias, como por exemplo uma
intervenção internacional na Amazônia.

8.22 República da Turquia

Como um dos poucos países que não reconhecem o Acordo de Paris de 2015, a
Turquia apresenta atitudes consideradas questionáveis pela comunidade internacional, que
refletem diretamente nas ações do país e a sua falta de ação para combater os avanços das
mudanças climáticas no mundo. No ano de 2021 o país mediterrâneo foi assolado por chuvas
intensas, que acarretaram em diversas catástrofes naturais. Muitos cientistas turcos apontam a
irresponsabilidade do governo na construção de barragens e na manutenção da mineração de
carvão, que, muitas vezes, são feitas em locais inapropriados, como em regiões costeiras e em
áreas florestais. Além disso, foi denunciado pela organização não governamental,
Greenpeace, que cerca de 40% do lixo produzido no Reino Unido vai para a Turquia, com
descarte indevido em aterros improvisados, como vistos na cidade de Adana, ao sul da costa
turca (GLOBAL VOICES, 2021).

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Compreendendo que a nação não se apresenta como exemplo nas questões ambientais,
o interesse turco na Amazônia limita-se ao interesse da União Europeia. Nessa perspectiva, há
uma cobrança na maior efetividade das ações do governo brasileiro perante as ações para com
a floresta. Contudo, deve-se atentar a posição normalmente tomada pela Turquia, que segue
uma linha de maior comunicação e negociação, com uma postura de quase neutralidade. O
país atualmente passa por catástrofes em seu próprio território, algo que requer sua total
atenção (GEYBULLAYEVA; CELIK, 2021).

8.23 República das Honduras

No que tange ao tema violência e atividades ilegais relacionadas a crimes ambientais,


a Amazônia Legal ocupou, em 2017, a 4ª posição no ranking das maiores taxas de homicídio
do mundo do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde - Instituite for Health Metrics and
Evaluation. Todavia, ainda ficou atrás de Honduras, que se posicionou no top 3. Visando
mitigar esse cenário brutal, o governo hondurenho assinou o Acordo de Escazú, “o primeiro
tratado ambiental da América Latina e do Caribe, [que] busca promover os direitos de acesso
à informação, à participação e à justiça em questões ambientais” (Transparência internacional
Brazil, [s.d.]).
Também rumo à proteção de comunidades e florestas, em 28 de fevereiro de 2022, a
então presidente hondurenha, Xiomara Castro, declarou, mediante o Ministério de Energia,
Recursos Naturais, Meio Ambiente e Minas, que proibiria a "livre da mineração a céu aberto".
Atualmente, é, de fato, ilegal, mas ainda se questiona sobre o fato de que “nada foi feito com
as concessões já realizadas” e sobre o país ainda ser “um dos mais perigosos do mundo para
os ativistas da terra e do meio ambiente” (CHÁVEZ, Suchit; Dialogo Chileno, 2022).
Depreende-se que, ainda que a nação aparente que quer avançar rumo a uma maior
governança ambiental, a efetividade desse objetivo é questionável.

8.24 República Democrática Federal do Nepal

Apesar de ser um dos países que possui uma contribuição relativamente insignificante
para o aquecimento global, o Nepal encontra-se em uma posição de vulnerabilidade quando se
trata dos impactos decorrentes das mudanças climáticas, que vêm se agravando ao longo dos
anos – já se observam, por exemplo, mudanças nos padrões de precipitação e o aumento das
temperaturas, o que afeta a agricultura do país (PL, 2023) – sendo assim, o país sofre as

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

consequências diretas das decisões tomadas por outros líderes mundiais em relação ao meio
ambiente.
Nesse sentido, o Nepal, que tem progredido em suas políticas ambientais, com a
regeneração de suas florestas e o aumento da população de animais em extinção (SOTTILE,
Z, 2022), reconhece a necessidade e a importância da cooperação internacional voltada para a
reformulação de práticas não sustentáveis e para o compartilhamento de conhecimentos que
possibilitem uma maior preservação ambiental e a redução dos impactos gerados pelo mau
gerenciamento dos recursos naturais, especialmente nas áreas de grande biodiversidade.

8.25 República do Cazaquistão

O Cazaquistão é um extenso país que, devido às suas grandes receitas de petróleo e


outros recursos naturais, compreende bem a relevância do debate político acerca da
internacionalização da Amazônia. O país não possui envolvimento direto em tais questões,
uma vez que os principais atores envolvidos são os próprios países amazônicos e países
desenvolvidos. Entretanto, por possuir diversos laços de cooperação com Estados do norte
global, o Cazaquistão tende a posicionar-se favoravelmente a eles, a fim de evitar rusgas com
seus principais parceiros.
O Cazaquistão é o 81º maior parceiro comercial dos Estados Unidos, com um total
de 2,5 mil milhões de dólares no comércio nos dois sentidos em 2021 (US DEPARTMENT
OF STATE, 2023). Ademais, o país é um participante ativo no programa da Parceria para a
Paz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) (US DEPARTMENT OF STATE,
2023). Dessa forma, o país buscará ratificar acordos que se alinhem aos interesses de seus
parceiros, ainda que de forma mais sóbria.

8.26 República do Equador

Possuindo cerca de 120 mil quilômetros quadrados da floresta Amazônica em seu


território, o Equador encontra-se como figura de destaque, tal qual o Brasil, em relação aos
assuntos de preservação ambiental da mata tropical. O país latino americano possui diversos
projetos para a proteção e formas de aproveitamento sustentável da floresta, visto que a
Amazônia equatoriana possui uma área propícia para a exploração de petróleo. Tais fatos
fazem com que haja um grande investimento nas regiões de floresta no país por parte de
outras nações. Contudo, segundo alguns grupos de proteção ambiental do país, as
movimentações do governo para a distribuição dos investimentos são lentas e não apresentam

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

resultados, algo que causa dúvida na real capacidade do país de proteger e utilizar a floresta
de maneira efetiva (FAPESP, 2011).
Dessa forma, o questionamento da soberania brasileira sobre a floresta em seu
território é vista com preocupação pelo governo equatoriano, visto o risco dos respingos da
atuação no Brasil também caírem sobre o Equador. Mesmo que haja o questionamento e
cobrança da América Latina sobre a ineficiência do governo braisleiro para com os assuntos
da Amazônia, o país equatoriano ainda defende a capacidade da própria América do Sul de
cuidar das questões ambientais em suas nações. Deve-se ter em mente, também, o interesse
governamental no maior investimento em sua área da floresta e como o país pode galgar
locais de destaque na proteção do patrimônio cultural do mundo (FAPESP, 2011).

8.27 República de Gana

Diante da preocupante realidade ambiental contemporânea, a República de Gana, que


possui relações diplomáticas com o Brasil desde 1960, com importantes projetos de
cooperação bilateral e assistência técnica, principalmente na área da segurança alimentar
(BBC News Brasil, 2022), se posiciona a favor da formulação de ações coordenadas de
cooperação climática e ambiental, e, especificamente, da maior responsabilidade dos países
desenvolvidos sobre elas, sem que haja interferências na soberania dos países (CVF, 2022).
Em seu discurso na COP 27, o presidente ganês, Nana Afuko-Addo, que liderou o Fórum
Vulnerável ao Clima, afirmou que seu país se orgulha de ter sido escolhido para assumir tal
responsabilidade, já que representa aqueles que mais são afetados pela crise climática – os
países em desenvolvimento e os subdesenvolvidos: “(...) Nossa saúde está em risco. E nossa
sobrevivência, inclusive, está em risco. Como a maioria das nações ameaçadas pelo clima,
não podemos mais atingir nossas aspirações de desenvolvimento por causa do mundo de
insegurança climática em que nos encontramos” (CVF, 2022; tradução nossa).
Pontua-se então a necessidade de formulação de uma estratégia que permita que os
países prevaleçam apesar da adversidade climática e do apoio da comunidade internacional,
principalmente às nações vulneráveis (CVF, 2022). No contexto ganês, o impacto ambiental
afeta o país de maneira aguda: as estações secas já se prolongaram na Bacia Volta de Gana, e
o rio Volta pode sofrer uma redução de 24% até 2050, em decorrência da redução das chuvas
e à aceleração da evaporação das águas (BreatheLife, 2022). Além disso, a região passa por
um período de crise, com um problema grave de poluição do ar, que se tornou uma questão de
saúde pública AMAECHI, P. 2022). Sendo assim, a ação cooperativa em áreas de grande

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

biodiversidade se mostra vital para a promoção de práticas sustentáveis e para o próprio


futuro da humanidade, principalmente diante da crise em que o país se encontra.

8.28 República do Peru

A República do Peru é um dos oito países sul-americanos cuja extensão abrange uma
porção da hiléia amazônica, sendo dois terços de seu território englobados pela floresta
(NUNES, 2015). Com isso, vale ressaltar que parte de sua população reside nos perímetros
amazônicos e pouco se beneficiaram com o crescimento econômico do país (THE WORLD
FACTBOOK). Ademais, por deter cerca de 13% da bacia amazônica (BENATTI, 2012), o
país direciona sua política interna e externa para administrar o uso de tal recurso nas mais
diversas esferas, tais como econômico, social e ambiental.
No que tange ao cenário internacional, o Peru integra a Organização do Tratado de
Cooperação Amazônica (OTCA), com o objetivo de reforçar sua soberania sobre a floresta
(TORRECUSO, 2004). Assim, o país passou a alçar relações de cooperação mais profundas
com os demais países amazônicos. Por fim, percebe-se que o aprofundamento do debate
ambiental no sistema internacional influenciou o posicionamento peruano de política externa,
que passou a ter o desenvolvimento sustentável como seu mais novo objeto político no âmbito
da floresta amazônica (TORRECUSO, 2004)

8.29 República do Quênia

O Quênia é uma das economias mais dinâmicas da África e possui ricas florestas
tropicais, conhecidas como Florestas Costeiras da África Oriental. Elas apresentam uma rica
diversidade de fauna e flora, no entanto, também são altos os níveis de degradação
(FUNGOMELI, et al. 2020). Embora sua constituição defina como direito da população um
meio ambiente bem cuidado e preservado, foi preciso a criação de ONGs para pressionar que
esses deveres fossem cumpridos, como é o caso da Kenya Wildlife Conservancies Association
(KWCA, 2016).
Apesar dos problemas, o Quênia se tornou uma peça chave na missão de construir um
continente africano mais presente em assuntos ambientais, já que sedia o Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente. Sua candidatura para ocupar o posto foi motivada pela
vontade de dar voz aos países do hemisfério sul. Sendo assim, o país se tornou importante no
debate sobre preservação ambiental, sediando diversas conferências do PNUMA em sua
capital, Nairóbi (PNUMA, 2022).

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

8.30 República do Senegal

Signatária do Protocolo de Quioto desde 2001 e do Acordo de Paris desde 2016, a


República do Senegal figura como um país extremamente vulnerável aos impactos das
mudanças climáticas, sobretudo pela elevação do nível do mar, que a um metro inundaria
milhares de quilômetros de sua costa. Para fazer frente a esses desafios, o Estado avança nas
políticas ambientais, sobretudo na implantação de energias renováveis e na expansão do
transporte público (UNFCCC, 2023; CLIMATE ACTION TRACKER, 2022).
O Estado também conta com importantes iniciativas para a redução de emissões de
gases de efeito estufa. Em 2020, no âmbito do Acordo de Paris, o governo senegalês
apresentou a atualização de sua Contribuição Nacional Determinada (NDC, sigla em inglês), a
partir da qual estabelece a meta de reduzir as emissões de GEE em 7% abaixo dos níveis BAU
até 2030. Ademais, em 2022, a República do Senegal iniciou a elaboração de sua estratégia de
desenvolvimento de baixo carbono, com a assinatura da iniciativa robusta de mitigação
climática “Co-construction of a low-carbon and resilient development strategy”, a qual visa a
redução das emissões nacionais de gases de efeito estufa em 30% até 2030 (CLIMATE
ACTION TRACKER, 2022, ENERGY CAPITAL & POWER, 2022)

8.31 República do Sudão do Sul

Enquanto um país cuja independência é recente, tendo sido conquistada apenas em


2011 (VISÃO, 2023), o Sudão do Sul passa por uma grave crise humanitária, em um contexto
de uma guerra civil marcada por conflitos inter-tribais, de fome e insegurança alimentar, na
qual cerca de 75% da população, 8,3 milhões de sudaneses do sul, lutam diariamente para
encontrar alimento suficiente para sobrevivência (CICV, 2022). Ademais, a situação é
agravada por série de catástrofes naturais ligadas às alterações climáticas que atingem o país
(VISÃO, 2023): há uma maior irregularidade das chuvas, com períodos de seca prolongados e
inundações mais recorrentes; simultaneamente, há o crescimento populacional e a
intensificação da pecuária, aumentando a demanda por terras férteis, fontes de água e meios
sustentáveis de subsistência (UNEP, 2022).
Constata-se então que, em meio aos profundos impactos sofridos pelo Sudão do Sul, o
tratamento das questões relativas à biodiversidade e às mudanças climáticas é necessário,
especialmente pelos países que possuem recursos, tanto financeiros quanto ambientais, para
de fato gerar um efeito ambiental positivo, isso porque os problemas relacionados à tais

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

questões já assolam diversas pessoas ao redor do mundo, e, especialmente, aquelas que se


encontram em posição de vulnerabilidade (CICV, 2022): a mudança climática tem impactos
ainda mais devastadores para aqueles que se encontram em situações de conflito armado e que
não têm acesso adequado aos cuidados básicos de saúde (CICV, 2022), o que se enquadra no
caso sudanês.

8.32 República do Suriname

O território nacional da República do Suriname está inserido em sua totalidade na


região amazônica (MACEDO,2020). A floresta desempenha papel crucial na atividade
produtiva do país, pois seu modelo de desenvolvimento baseia-se na exploração de recursos
naturais e de exportação de matéria-prima por grandes empreendimentos multinacionais,
sendo esta uma das principais bases econômicas do país (ELS, 2008). Assim, quaisquer
resoluções tomadas no âmbito internacional relacionadas ao perímetro da floresta possuem
relações diretas com a soberania surinamesa.
Desta forma, o país busca alçar laços de cooperação com os demais países
amazônicos, adotando uma postura integracionista que, além de buscar acordos centrados em
projetos de integração de infraestrutura com seus vizinhos, visa primordialmente defender a
soberania sul-americana sobre o território e promover o desenvolvimento das Amazônias
nacionais e transnacionais (LIMA, 2019). Por fim, vale ressaltar que recentes descobertas de
petróleo no território surinamês atrai atenção internacional às demandas do país por
investimento direto externo, recurso este que é indispensável para a manutenção da atividade
produtiva surinamesa (LIMA, 2019).

8.33 República Federal da Alemanha

A Alemanha tem se colocado em defesa de ações que visam um meio ambiente


sustentável e saudável, previsto recentemente como direito humano em resolução da
Organização das Nações Unidas (NAÇÕES UNIDAS BRASIL, 2022). Por meio do Fundo
Amazônico, o país europeu faz investimentos financeiros de grande relevância para uma
efetiva e concreta proteção do bioma. Lançado em 2008, esse fundo cumpre importante papel
em diversos aspectos tangentes aos interesses de preservação e recuperação, tanto da flora e
fauna amazônica quanto dos povos originários que habitam a região (G1, 2022).
Um exemplo desse empenho na preservação da Floresta Amazônica e dos povos que a
constituem foi o pacote de investimentos liberados pelo governo alemão no início de 2023. O

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Governo do Brasil decidiu utilizar esses recursos para o socorro do povo Yanomami, que
sofreu com o descaso de governos anteriores. (G1, 2023). Enfim, está mais que provada a
intenção alemã de colaborar com ações que visam a defesa e proteção da floresta amazônica,
sendo ressaltado, também, o desejo da conversão desses investimentos no fomento da
descoberta e utilização de fontes renováveis de energia.

8.34 República Federal da Somália

A República Federal da Somália é um Estado fortemente vulnerável às mudanças


climáticas, tendo em conta que, nos últimos anos, com o aumento das temperaturas, o país
vem passando por inundações, infestações de gafanhotos e secas devastadoras que afetaram
significativamente a espinha dorsal de sua economia, as atividades agropastoris, situação que
tem levado à instabilidade interna e levado à precarização das condições de vida da
população, com cerca de 69% dos cidadãos vivendo abaixo da linha da pobreza.
Diante desse cenário, reconhecendo a importância de mitigar as mudanças climáticas
para alcançar a paz e a estabilidade nacionais, a Somália vem se empenhando
progressivamente na redução dos impactos ambientais (NDC PARTNERSHIP, 2021). Além
de ser signatária do Protocolo de Quioto desde 2010 e do Acordo de Paris desde 2016, em
2021, a Somália revisou sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, sigla em
inglês) e estabeleceu uma meta de redução de emissões de gases de efeito estufa em 30% até
2030. Para implementar medidas e atingir sua meta, no entanto, o país de frágil economia
necessitará de grande auxílio financeiro, técnico e tecnológico internacional (NDC
PARTNERSHIP, 2021; UNFCCC, 2023).

8.35 República Federal Democrática da Etiópia

A Etiópia possuía, até o século passado, quase 45% de seu território coberto por
florestas. Atualmente, esse número chega a meros 5%, evidenciando o desmatamento
generalizado que o país vive. Algumas religiões ajudam a proteger as árvores que restaram no
país, mas esses pequenos pontos são muito ameaçados pela construção de estradas e prédios e
pelo crescimento da agricultura (BBC, 2019).
Registros e estudos de imagens denunciam o grande problema ambiental que a Etiópia
enfrenta, fato que não é recente nem um evento isolado, visto que as florestas etíopes
sofreram influência humana por séculos (DESSIE; KLEMAN, 2007). Outrossim, por se
caracterizar como um país agrícola, cerca de 66,6% da população trabalhava na zona rural em

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

2019. Por isso, percebe-se um crescimento da agricultura no país que acompanha o


desmatamento sem controle ao longo dos anos (HE; CHEN, 2022).

8.36 República Federativa do Brasil

A preservação da Amazônia é um problema que se estende por anos na sociedade


brasileira e é um tópico recorrente em diversos discursos de candidatos na política. A política
pública sobre a Amazônia sempre é visada em eleições e se tornou uma um item fundamental
na agenda de política externa brasileira. Após sua eleição em 2023, o recém-eleito presidente
Luís Inácio Lula da Silva assumiu o compromisso de desmatamento zero na Amazônia até
2030. Além disso, também afirmou buscar diálogo com os presidentes dos países amazônicos
(Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela) para
“discutir uma política continental de preservação do bioma” (G1, 2023)
Antes dessa política mais protetora, a Amazônia enfrentou anos difíceis. O
desmatamento acelerou durante o Governo Bolsonaro, quando os índices de destruição
atingiram os maiores pontos em 15 anos (EL PAÍS, 2022). Apesar de afirmar ser o país com
legislação mais restrita e completa e que outros países deveriam se espelhar no exemplo
brasileiro (CNN, 2022), não foi essa a realidade observada pelos cientistas ambientais.
Durante os três primeiros anos de Jair Bolsonaro como Presidente da República, o
desmatamento na Amazônia, e principalmente em Unidades de Conservação, alcançou as
maiores pontuações percentuais da série histórica (G1, 2022).

8.37 República Francesa

A França é um dos países europeus mais interessados na Amazônia, propondo


incentivos para o Brasil e outros países da região a fim de ajudar na preservação da floresta. O
atual presidente francês Emmanuel Macron apoiou, durante a COP-27, que a COP de 2025
fosse realizada na Amazônia. Além disso, ressaltou a importância da participação brasileira e
francesa na “estratégia amazônica”, já que a maior fronteira externa da França e da Europa é a
da Guiana com o Brasil (G1, 2022).
A Guiana Francesa, considerada um território ultramarino da França, tem mais de 90%
do território coberto por florestas. Apesar dos esforços de Macron para a preservação, a
política do líder francês apresenta controvérsias quando se trata de políticas ambientais da
Guiana. O próprio presidente apoiou o projeto de extração mineral industrial Montagne D'Or
("Montanha de Ouro", em tradução livre) no território sulamericano, implicando
consequências negativas para a agenda ambiental da Guiana (BBC, 2019)

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

8.38 República Islâmica do Paquistão

O Paquistão tem sofrido intensamente os impactos das mudanças climáticas, apesar


de, assim como alguns outros países subdesenvolvidos, não ter contribuído significativamente
com a emissão de gases de efeito estufa. Em 2022, o país foi fortemente abalado pelo que foi
considerado o maior desastre natural de sua história – as inundações nas áreas de Sindh e
Baluchistão afetaram mais de 33 milhões de pessoas, ocasionando a morte de mais de 1,7
milhões, além de ter deixado diversos enfermos e deslocados e de ter destruído plantações e
interferido na infraestrutura do país (UN News, 2023).
Nesse sentido, além de uma crise ambiental, o país também está passando por uma
crise financeira, encontrando-se em estado de emergência nacional (UN, News, 2022). Sendo
assim, o Paquistão se posiciona a favor da criação de medidas de cooperação internacional
para o desenvolvimento sustentável e para a preservação de áreas de grande biodiversidade,
como a Amazônia, especialmente no que diz respeito aos países desenvolvidos que possuem
maiores recursos financeiros e que contribuem mais fortemente para o aquecimento global.

8.39 República Italiana

A República Italiana vem adotando postura favorável à atuação internacional nos


perímetros amazônicos. No ano de 1946, o Estado italiano passou a integrar o Instituto
Internacional da Hiléia Amazônica, onde buscou, dentro dos perímetros do projeto, maior
acesso à floresta amazônica (REIS, 2001). Além disso, é válido ressaltar a existência histórica
de um empreendedorismo italiano na Amazônia brasileira, colocando em perspectiva os
interesses europeus na região (MEDEIROS, 2012). Assim, apesar do posicionamento
ambientalista defendido pelo país no mais recente milênio, é notável que o potencial
econômico da floresta é historicamente visado pelo Estado italiano.
Numa perspectiva mais recente, o país defende a criação de uma área de proteção
internacional na Amazônia, entretanto, enfatiza o respeito à soberania dos países amazônicos
(BENATTI, 2012). Ademais, a República Italiana expressou, em 2020, descontentamento ao
governo brasileiro com relação aos números do desmatamento na floresta amazônica,
afirmando que tais índices estariam preocupando consumidores, empresas, investidores e a
sociedade civil (CNN, 2020). Seguidamente, o país mostrou-se disposto a trabalhar
conjuntamente com o Brasil e outros parceiros europeus com base numa agenda comum, a
fim de “garantir um futuro próspero e sustentável para o nosso povo” (CNN,2020).

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

8.40 República Popular da China

Como um dos crescentes centros de desenvolvimento no mundo, a China mostra-se


antenada para com os debates de maior relevância no meio internacional, sendo um dos
principais as questões de proteção ambiental. Segundo o Instituto de Política de Energia da
Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, o governo chinês implantou medidas para a
redução da contaminação do ar, sendo capaz de retirar cerca de 40% de partículas nocivas
presentes no ar do país nos períodos de 2013 a 2020 - em ponto de comparação, os EUA,
segundo o mesmo centro, só atingiu tais resultados depois de três décadas desde a
implantação do Ar Limpo de 1970 (G1, 2022). Contudo, mesmo se apresentando como um
figura muito interessada nos avanços de uma vida na terra mais sustentável, a China é um dos
países com maior quantidade de emissão de gases do efeito estufa, sendo responsável pela
disseminação de 28% dos gases presentes no mundo, segundo o Center for Climate and
Energy Solution. Assim, compreende-se que a nação chinesa ainda deve caminhar um longo
percurso para alcançar resultados mais visíveis no combate à poluição e degradação do meio
ambiente.
No que tange ao interesse chinês na Amazônia, ao tratar-se do principal parceiro
comercial brasileiro desde 2009, o interesse e a acessibilidade da nação asiática tornou-se
ainda maior. A China é vista por muitos pesquisadores brasileiros como uma “amiga verde”
para o desenvolvimento na Amazônia. O primeiro investimento chinês sobre a floresta foi em
2001, quando o país do leste asiático adentrou na Organização Mundial do Comércio (OMC),
na qual investiu cerca de 650 milhões de dólares na empresa Vale do Rio do Doce, que havia
acabado de ser privatizada (CHINO, 2022). Desde então, o investimento tornou-se massivo,
no qual a nação chinesa vê um forte potencial energético na bacia amazônica, tornando-se o
país estrangeiro que mais investe em empresas de ativos hidrelétricos na Amazônia. Assim,
combinação de investimentos e afunilamento das relações entre as nações foi característico
nas relações entre China e Brasil, com foco principal na produção agrícola brasileira e na
maior floresta tropical do mundo.

9. Referências

A riqueza natural da Amazônia como base do desenvolvimento regional sustentável.


CAF, 2019. Disponível em:
https://www.caf.com/pt/conhecimento/visoes/2019/09/a-riqueza-natural-da-amazonia-como-b
ase-do-desenvolvimento-regional-sustentavel/. Acesso em: 26 jan. 2023.

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ABDENUR, A; MUGGAH, R. Amazônia e soberania nacional - Le Monde Diplomatique


Brasil. Disponível em: https://diplomatique.org.br/amazonia-e-soberania-nacional/. Acesso
em: 25 jan. 2023.

About the United Nations Environment Assembly. UNEP. Disponível em:


https://www.unep.org/environmentassembly/about-united-nations-environment-assembly?_ga
=2.240966917.763181779.1633334104-825198589.1628667604. Acesso em: 22 jan. 2023.

Acordo de Escazú | Transparência Internacional - Brasil. Disponível em:


https://transparenciainternacional.org.br/acordo-de-escazu/. Acesso em: 10 fev. 2023.

África do Sul: mapa, população, economia, cultura. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/africa-sul.htm. Acesso em: 11 fev. 2023.

ALVIM, Mariana. Como a França preserva e explora seu pedaço da Amazônia na Guiana
Francesa. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-49504990>=.
Acesso em: 02 fev. 2022.

AMAECHI, P. As 5 principais causas da poluição do ar em Gana - Environment Go!.


2022. Disponível em: https://environmentgo.com/pt/causes-of-air-pollution-in-ghana/. Acesso
em: 1 fev. 2023.

AMARAL, Ana Carolina. Amazônia deve ter reservas multinacionais, diz Petro à Folha.
Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2022/11/amazonia-deve-ter-reservas-multinacionais-
diz-petro-a-folha.shtml. Acesso em: 25 jan. 2023.

AMAZÔNIA Fauna e Flora. Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), 2022.


Disponível em: https://ispn.org.br/biomas/amazonia/fauna-e-flora-da-amazonia/. Acesso em:
16 jan. 2023.

AMAZÔNIA Nossa maior riqueza. Águas do Brasil, 2019. Disponível em:


https://aguasdobrasil.org/artigo/amazonia-nossa-maior-riqueza/. Acesso em: 26 jan. 2023.

Amazônia. Greenpeace Brasil. Disponível em:


https://www.greenpeace.org/brasil/informe-se/amazonia. Acesso em: 13 jan. 2023.

AMAZÔNIA. Ministério do Meio Ambiente, Brasil, 2022. Disponível em:


https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/ecossistemas-1/biomas/amazonia. Acesso em: 16 jan.
2023.

Amazônia. The Nature Conservancy. Disponível em:


https://www.tnc.org.br/sobre-a-tnc/onde-trabalhamos/amazonia/?utm_source=google&utm_m
edium=cpc&utm_campaign=amazonia&gclid=Cj0KCQiA_P6dBhD1ARIsAAGI7HDaQHQE
wwpBHQKEAZpdaYk93XKv4Gx2Vw7-xuYo9HK1CBL5Bg6a-rkaAiSqEALw_wcB.
Acesso em: 13 jan. 2023.

AMERISE, Atahualpa. Como a China conseguiu cortar pela metade a poluição do ar em 7


anos. Disponível
em:https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2022/07/11/como-a-china-conseguiu-cortar-p
ela-metade-a-poluicao-do-ar-em-7-anos.ghtml. Acesso em: 31 jan. 2022.

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Araújo, B., & Campos, F. S. S. (2022). Populismo Autoritário e Meio Ambiente no Brasil:
Enquadramentos do discurso antiambiental de Jair Bolsonaro em editoriais nacionais e
internacionais. Media & Jornalismo, 22(40), 141-159.
https://doi.org/10.14195/2183-5462_40_7

ARAUJO, Daniel Britto Freire. A Atuação das Organizações não Governamentais (ONGs)
na Proteção do Meio Ambiente na Amazônia. Journal of Law and Sustainable
Development, v. 8, n. 2, p. 210-226, 2020.

As florestas sagradas que protegem igrejas e resistem ao desmatamento na Etiópia.


Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-48845202. Acesso em: 25 fev. 2023.

AS PISTAS DA DESTRUIÇÃO. The Intercept Brasil. 2 de agosto de 2022. Disponível em:


https://theintercept.com/2022/08/02/amazonia-pistas-clandestinas-garimpo/. Acesso em: 10
fev. 2023.

As Principais Leis Ambientais no Brasil. IB Florestas. Disponível em:


https://www.ibflorestas.org.br/conteudo/leis-ambientais. Acesso em: 16 jan. 2023.

AVALIAÇÕES Externas. Fundo Amazônia, 2023. Disponível em:


https://www.fundoamazonia.gov.br/pt/monitoramento-e-avaliacao/avaliacoes-externas/.
Acesso em: 10 fev. 2023.

Barcelona Convention and Protocols | UNEPMAP. Disponível em:


https://www.unep.org/unepmap/who-we-are/barcelona-convention-and-protocols. Acesso em:
20 jan. 2023.

BBC News Brasil. Gana, o país africano “abençoado com a Costa de Ouro”, 2022.
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63557515. Acesso em: 2 fev.
2023.

BENATTI, José Heder. Internacionalização da Amazônia e a questão ambiental: o direito


das populações tradicionais e indígenas à terra. Revista Amazônia Legal de estudos
socio-jurídico-ambientais, Cuiabá, v. 1, n. 1, p. 23-39, 2007.

BENATTI, José Heder. Internacionalização da Amazônia e a questão ambiental: o direito


das populações tradicionais e indígenas à terra. Revista Amazônia Legal de estudos
socio-jurídico-ambientais, Cuiabá, v.1, n.1, p.23-39, 2007. Disponível em:
http://avesmarinhas.com.br/Internacionaliza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Amaz%C3%B4n
ia%20e%20a%20quest%C3%A3o%20ambiental.pdf. Acesso em: 23 fev. 2023.

BENATTI, José Heder. Internacionalização da Amazônia e a questão ambiental: o direito


das populações tradicionais e indígenas à terra. Revista Amazônia Legal de estudos
socio-jurídico-ambientais, Cuiabá, v.1, n.1, p.23-39, 2007. Disponível em:
http://avesmarinhas.com.br/Internacionaliza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Amaz%C3%B4n
ia%20e%20a%20quest%C3%A3o%20ambiental.pdf. Acesso em: 23 fev. 2023.

BOLUARTE, Dina. (DinaErcilia). “Nuestro gobierno apuesta por reforzar la relación


bilateral con el hermano país de #Brasil, enfatizando la agenda de #integración
sudamericana y la sostenibilidad de la #Amazonía”. 30 de Dezembro de 2022, 12:00 pm.
Tweet.

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

BORGES, AC; et al. Soberania no Direito Internacional. Universidade de Cruz Alta -


UNICRUZ, 2018.

BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Comunicado conjunto do Ministério


Coordenador para Assuntos Marítimos e Investimentos da República da Indonésia e do
Ministério do Meio Ambiente da República Federativa do Brasil e do Ministério do
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da República Democrática do Congo
sobre Cooperação em Florestas Tropicais e Ação Climática. Ministério das Relações
Exteriores, 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/comunicado-co
njunto-do-ministerio-coordenador-para-assuntos-maritimos-e-investimentos-da-republica-da-i
ndonesia-e-do-ministerio-do-meio-ambiente-da-republica-federativa-do-brasil-e-do-ministerio
-do-meio-ambiente-e-desenvolvimento-sustentavel-da-republica. Acesso em: 11 fev 2023.

BREATHE LIFE. Gana traça um caminho integrado para combater a poluição do ar e as


mudanças climáticas - BreatheLife2030. Disponível em:
https://breathelife2030.org/pt/news/ghana-charts-integrated-path-tackling-air-pollution-climat
e-change/. Acesso em: 1 fev. 2023.

Brigadas da Amazônia. SOS Amazônia. Disponível em:


https://sosamazonia.org.br/doe/brigadas-da-amazonia?gclid=CjwKCAiA5Y6eBhAbEiwA_2Z
WIbLxhj7svoh5t-RTdR7sqHfWoV3QT59MBBAa9MthdY6ErwcRkPUYdxoC4h8QAvD_Bw
E. Acesso em: 15 jan. 2023.

Bruno Pereira: indigenista era um dos maiores especialistas em povos isolados do Brasil
e realizou sonho de trabalhar na Amazônia. Disponível em:
https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2022/06/15/bruno-pereira-indigenista-era-um-dos-
maiores-especialistas-em-povos-isolados-do-brasil-e-realizou-sonho-de-trabalhar-na-amazoni
a.ghtml. Acesso em: 22 jan. 2023.

BULL, Hedley. A Sociedade Anárquica. São Paulo: Universidade de Brasília, 2002.

BURELLI, Cristina Vollmer. The Destruction of Venezuela’s Amazon Is Going Virtually


Unnoticed. Disponível em:
https://americasquarterly.org/article/the-destruction-of-venezuelas-amazon-is-going-virtually-
unnoticed/. Acesso em: 08 mar. 2023.

CABRAL, Bernardo. A Amazônia e a cobiça internacional. Disponível em:


https://www.editorajc.com.br/a-amazonia-e-a-cobica-internacional/. Acesso em: 08 mar. 2023.

CAMPINAS, F. Bolsonaro diz que russos são “parceiros” na defesa da “soberania


amazônica”. Amazonas atual. Disponível em:
https://amazonasatual.com.br/bolsonaro-diz-que-russos-sao-parceiros-do-brasil-na-defesa-da-
soberania-amazonica/. Acesso em: 15 fev. 2023.

CARVALHO, I. A Bolívia que defende a vida, a democracia e a soberania - Vermelho.


2022. Disponível em:
https://vermelho.org.br/2020/06/23/a-bolivia-que-defende-a-vida-a-democracia-e-a-soberania/
. Acesso em: 3 fev. 2023.

CELIK, Doga. Relatório do Greenpeace destaca a extensão do despejo de resíduos das


nações europeias na Turquia. Disponível em:
CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

https://pt.globalvoices.org/2021/06/02/relatorio-do-greenpeace-destaca-a-extensao-do-despejo
-de-residuos-das-nacoes-europeias-na-turquia/. Acesso em: 1 fev. 2022.

CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY. The World Factbook 2023. Disponível em:


https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/us.html. Acesso em: 15
nov. 2011.

CHADE, Jamil. França diz que Amazônia não é só dos brasileiros e não assina com
Mercosul. Disponível em:
https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2021/05/20/franca-diz-que-amazonia-nao-e-so
-dos-brasileiros-e-nao-assina-com-mercosul.htm. Acesso em: 02 fev. 2022.

CHAUPRADE, Aymeric. Géopolitique: constantes et changements dans l’histoire. 3. ed.


Paris: Ellip-ses, 2007.

Chefe da ONU visita Paquistão para fazer apelo por ajuda após inundações. Notícias das
Nações Unidas. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2022/09/1800311. Acesso em: 19
fev. 2023.

Climate Governance: An assessment of the government’s ability and readiness to transform


Senegal into a zero emissions society. Climate Action Tracker, 2022. Disponível em:
https://climateactiontracker.org/documents/1067/2022_08_CAT_Governance_Report_Senegal
.pdf. Acesso em: 12 fev. 2023.

CLIMATE VULNERABLE FORUM (CVF). Statement for the COP27 CPP Flagship
Event by H.E. Nana Akufo-Addo, Hon. President of Ghana and CVF Chair. 2022.
Disponível em: https://thecvf.org/statement-for-cpp-flagship-event-akufo-addo. Acesso em: 1
fev. 2023.

CNAL - Conselho Nacional da Amazônia. Plenamata, 2023. Disponível em:


https://plenamata.eco/verbete/cnal-conselho-nacional-da-amazonia-legal/. Acesso em: 10 fev.
2023.

CNN BRASIL. Oito países europeus enviam carta a Mourão sobre preocupações com a
Amazônia. São Paulo, 16 set. 2020. Disponível em:
https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/oito-paises-europeus-enviam-carta-a-mourao-sobr
e-preocupacoes-com-a-amazonia/. Acesso em: 23 fev. 2023.

Colômbia deve propor fundo internacional para preservação da Amazônia. G1 GLOBO.


Disponível em:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/08/18/colombia-deve-propor-fundo-internacional-p
ara-preservacao-da-amazonia.ghtml. Acesso em: 16 fev. 2023.

COM novo Governo, Conselho da Amazônia deixa de existir nos moldes atuais. O ECO,
2023. Disponível em:
https://oeco.org.br/noticias/com-novo-governo-conselho-da-amazonia-deixa-de-existir-nos-m
oldes-atuais/. Acesso em: 10 fev. 2023.

Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Mudanças do clima, conflitos armados e


emergências de saúde: ameaça tripla pode ser fatal para pessoas mais vulneráveis em
contextos frágeis. 2022. Disponível em:

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

https://www.icrc.org/pt/document/mudancas-clima-conflitos-armados-emergencias-saude-ame
aca-tripla-pode-ser-fatal. Acesso em: 3 fev. 2023.

Como a França preserva e explora seu pedaço da Amazônia. BBC. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-49504990. Acesso em: 17 fev. 2023.

Como Nairobi virou a cidade-sede do PNUMA. Disponível em:


http://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/como-nairobi-virou-cidade-sede
-do-pnuma. Acesso em: 15 fev. 2023.

CONNOR, Elliot. New Program Sees Senegal Take Lead in Africa’s Paris Climate Goals.
Energy Capital & Power, 2022. Disponível em;
https://energycapitalpower.com/new-program-sees-senegal-take-lead-in-africas-paris-climate-
goals/. Acesso em: 12 fev. 2023.

CONSELHO da Amazônia e Força Nacional Ambiental: entenda. Politize!, 2021.


Disponível em:
https://www.politize.com.br/conselho-da-amazonia-e-forca-nacional-ambiental/. Acesso em:
10 fev. 2023.

Constituição da Tailândia de 2017. JUS. Disponível em:


https://jus.com.br/artigos/97843/constituicao-da-tailandia-de-2017. Acesso em: 14 fev. 2023.

Cooperação Sul-Sul. Fundo de População das Nações Unidas. Disponível em:


https://brazil.unfpa.org/ptbr/topics/cooperacao-sulsul#:~:text=Coopera%C3%. Acesso em: 11
fev. 2023.

COP-27: Colômbia e Venezuela defendem aliança de países amazônicos para salvar a


floresta. Estadão. Disponível em:
https://www.estadao.com.br/sustentabilidade/cop-27-maduro-e-petro-convocam-uma-alianca-
amazonica-com-lula-para-protecao-da-floresta/. Acesso em: 16 fev. 2023.

CORDANI, Umberto Giuseppe. Potencial mineral da Amazônia: problemas e desafios.


Revista de Estudios Brasileños, Salamanca, v. 6, n. 11, p. 91-108, 2019.

COSTA, A. G. Desaparecidos na Amazônia: o que já se sabe sobre o caso. Disponível em:


https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/desaparecidos-na-amazonia-o-que-ja-se-sabe-sobre-o-
caso/. Acesso em: 22 jan. 2023.

COSTA, Camila; OLAN, Carol. Amazônia: O que ameaça a floresta em cada um de seus 9
países?. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51377232. Acesso em: 08
mar. 2023.

Emissões de toneladas de CO2 per capita 2021. COUNTRY ECONOMY. Disponível em:
https://pt.countryeconomy.com/energia-e-meio-ambiente/emissoes-co2. Acesso em: 08 mar.
2023.

SILVA, Osiris M. Araújo; HOMMA, Alfredo Kingo Oyama. PAN-AMAZÔNIA: Visão


Histórica, Perspectivas de Integração e Crescimento. Manaus: Federação das Indústrias do
Estado do Amazonas (FIEAM), 2015.

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

DANTAS, Carolina. México e Brasil são os únicos do G20 com metas contra o aquecimento
que levam a mais emissões para 2030, diz ONU. Disponível em:
https://g1.globo.com/meio-ambiente/aquecimento-global/noticia/2021/10/26/mexico-e-brasil-
sao-unicos-do-g20-com-metas-contra-o-aquecimento-que-levam-a-mais-emissoes-para-203.
Acesso em 10 fev. 2023.

Desmatamento sobe mesmo em unidades de conservação na Amazônia no governo


Bolsonaro; veja imagens. G1 GLOBO. Disponível em:
https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2022/10/09/desmatamento-sobe-mesmo-em-unid
ades-de-conservacao-na-amazonia-no-governo-bolsonaro-veja-imagens.ghtml. Acesso em: 13
fev. 2023.

DESSIE, G.; KLEMAN, J. Pattern and Magnitude of Deforestation in the South Central
Rift Valley Region of Ethiopia. Mountain Research and Development, v. 27, n. 2, p.
162–168, maio 2007.

DIA da Amazônia: conheça os ecossistemas que compõem a maior floresta tropical do


mundo. National Geographic Brasil, 2022. Disponível em:
https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2022/09/dia-da-amazonia-conheca-
os-ecossistemas-que-compoem-a-maior-floresta-tropical-do-mundo. Acesso em: 16 jan. 2023.

DOAÇÕES. Fundo Amazônia, 2023. Disponível em:


https://www.fundoamazonia.gov.br/pt/fundo-amazonia/doacoes/. Acesso em: 10 fev. 2023.

Dom Phillips: saiba quem é o jornalista inglês desaparecido no Amazonas. Disponível em:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/06/06/dom-phillips-saiba-quem-e-o-jornalista-ingle
s-dado-como-desaparecido-no-amazonas.ghtml. Acesso em: 22 jan. de 2023.

Dubai, a cidade no deserto que luta para não ser engolida pela areia. UOL. [13/02/2022].
Disponível em:
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2022/02/13/dubai-a-cidade-no-deserto-que-lut
a-para-nao-ser-engolida-pela-areia.htm#:~:text=Os%20Emirados%20%C3%81rabes%20Unid
os%20t%C3%AAm. Acesso em: 15 fev. 2023.

ECOCÍDIO, CRIME CONTRA O PLANETA GANHA DEFINIÇÃO JURÍDICA. El


País Brasil. Madrid, 22 de junho de 2021. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/ciencia/2021-06-23/ecocidio-crime-contra-o-planeta-ganha-definicao
-juridica.html

Ecologistas vigiam a floresta mais antiga da Polônia. Exame. Disponível em:


https://exame.com/mundo/ecologistas-vigiam-a-floresta-mais-antiga-da-polonia-para-evitar-p
oda/. Acesso em: 12 fev. 2023.

ELDEN, Stuart. Why is the world divided territorially?. Global Politics. Routledge, 2013. p.
248-272.

ELS, Rudi Henri Vans. Sustentabilidade de projetos de implementação de


aproveitamentos hidroenergéticos em comunidades tradicionais da Amazônia: casos no
Suriname e Amapá. 2008. 261f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável) – Centro
de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília, 2008.

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Questões Ambientais. EMBAIXADA DO JAPÃO NO BRASIL. Disponível em:


https://www.br.emb-japan.go.jp/cultura/ambiente.html. Acesso em: 08 mar. 2023.

ENTENDA a diferença entre Amazônia Legal, Internacional e Região Norte. Portal


Amazônia, 2021. Disponível em:
https://portalamazonia.com/estados/amazonia-internacional/entenda-a-diferenca-entre-amazon
ia-legal-internacional-e-regiao-norte. Acesso em: 16 jan. 2023.

ENVIRONMENT, U. N. Fundo para o Meio Ambiente. Disponível em:


https://www.unep.org/pt-br/sobre-o-pnuma/financiamento-e-parcerias/fatos-dos-financiament
os/fundo-para-o-meio-ambiente. Acesso em: 17 fev. 2023.

ENVIRONMENT, U. N. Comitê de Representantes Permanentes. Disponível em:


https://www.unep.org/pt-br/cpr. Acesso em: 22 jan. 2023.

ENVIRONMENT, U. N. Parceria com Estados membros. Disponível em:


https://www.unep.org/pt-br/sobre-o-pnuma/financiamento-e-parcerias/parceiros-de-financiam
ento/member-states#:~:text=O%20Programa%20das%20Na%C3%A7%C3%B5es%20Unidas
,Ambiente%2C%20principal%20financiamento%20do%20PNUMA.Acesso em: 22 jan.
2023.

ENVIRONMENT, U. N. Principais Grupos e Partes Interessadas. Disponível em:


https://www.unep.org/pt-br/engajamento-da-sociedade-civil/por-que-sociedade-civil-importa/
principais-grupos-e-partes. Acesso em: 23 jan. 2023.

ENVIRONMENT, U. N. Sobre o PNUMA. Disponível em:


https://www.unep.org/pt-br/sobre-onu-meio-ambiente#:~:text=A%20EMP%2C%20com%20d
ura%C3%A7%C3%A3o%20de. Acesso em: 22 jan. 2023.

ESTADAOCONTEUDO. COP-27: Colômbia e Venezuela defendem aliança de países


amazônicos para salvar a floresta. Disponível em:
https://www.terra.com.br/planeta/sustentabilidade/cop-27-colombia-e-venezuela-defendem-ali
anca-de-paises-amazonicos-para-salvar-a-floresta,0c617a6e6fdba2aac0ec45783320641bm1o
m3hxy.html. Acesso em: 16 fev. 2023.

FAGUNDES, M. Iván Duque defende soberania e proteção da Amazônia ao lado de


Bolsonaro. Disponível em:
https://www.poder360.com.br/governo/ivan-duque-defende-soberania-e-protecao-da-amazoni
a-ao-lado-de-bolsonaro/. Acesso em: 25 jan. 2023.

FALEIROS, G. Las elecciones en Brasil definen el futuro de la Amazonia. Disponível em:


https://elpais.com/opinion/2022-10-04/las-elecciones-en-brasil-definen-el-futuro-de-la-amazo
nia.html. Acesso em: 13 fev. 2023.

Finlândia vai sugerir que UE considere banir importação de carne do Brasil. EXAME.
Disponível em:
https://exame.com/economia/irlanda-ameaca-acordo-ue-mercosul-se-brasil-nao-proteger-a-am
azonia/. Acesso em: 14 fev. 2023.

Florestas da Índia valem US$1,7 tri — mais que PIB do Canadá. EXAME. Disponível
em:

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

https://exame.com/economia/florestas-da-india-valem-us-1-7-tri-mais-que-pib-do-canada/.
Acesso em: 15 fev. 2023.

França apoia proposta de Lula para COP 30 na Amazônia. G1 Globo. Disponível em:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/11/17/franca-apoia-proposta-de-lula-para-cop-na-a
mazonia.ghtml. Acesso em: 17 fev. 2023.

FRANCO, Nádia. Brasil, Indonésia e Congo unem-se para preservar florestas tropicais.
Agência Brasil, 2022. Disponível em:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-11/brasil-indonesia-e-congo-unem-se-para
-preservar-florestas-tropicais. Acesso em: 12 de fev 2023.

FREITAS, Marcílio; SILVA, Marilene Corrêa da. Estudos da Amazônia contemporânea:


dimensões da globalização. Manaus: Universidade do Amazonas, 2000, p. 13.

Fundo Amazônia: entenda o que é a iniciativa abandonada por Bolsonaro e que tem R$ 3,2
bilhões paralisados. G1 Globo. Disponível em:
https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2022/11/03/fundo-amazonia-entenda-o-que-e-a-i
niciativa-abandonada-por-bolsonaro-e-que-tem-r-32-bilhoes-paralisados.ghtml. Acesso em:
09 fev. 2023

FUNGOMELI, M. et al. Woody plant species diversity of the coastal forests of Kenya:
filling in knowledge gaps in a biodiversity hotspot. Plant Biosystems - An International
Journal Dealing with all Aspects of Plant Biology, v. 154, n. 6, p. 973–982, 1 nov. 2020.

GEYBULLAYEVA, Arzu; CELIK, Doga. A luta da Turquia contra desastres naturais:


incêndios, seca, inundações e um possível terremoto. Disponível em:
https://pt.globalvoices.org/2021/09/15/a-luta-da-turquia-contra-desastres-naturais-incendios-s
eca-inundacoes-e-um-possivel-terremoto/. Acesso em: 1 fev. 2022.

GODOY, Emilio. Declínio ambiental do México. Disponível em:


https://dialogochino.net/pt-br/mudanca-climatica-e-energia-pt-br/39215-mexico-perde-lideran
ca-ambiental-e-privilegia-combustiveis-fosseis/#:~:text=Pequeno%20progresso%20e%20obst
%C3%A1culos,do%20solo%20e%20da%20%C3%A1gua. Acesso em: 15 fev. 2023.

Governo vai usar doações da Alemanha para o Fundo Amazônia no socorro aos
Yanomami. G1 Globo.Disponível em:
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/01/30/governo-vai-usar-doacoes-da-aleman
ha-para-o-fundo-amazonia-no-socorro-aos-yanomami.ghtml. Acesso em: 09 fev. 2023

HE, X.; CHEN, Z. Weather, cropland expansion, and deforestation in Ethiopia. Journal of
Environmental Economics and Management, v. 111, p. 102586, jan. 2022.

HERNÁNDEZ-BRETÓN, E. Amazônia: soberania e direito amazônico - Latinoamérica 21.


Disponível em: https://latinoamerica21.com/br/amazonia-soberania-e-direito-amazonico/.
Acesso em: 25 jan. 2023.

HOMMA, Alfredo Kingo Oyama. Os japoneses na Amazônia e sua contribuição ao


desenvolvimento agrícola. EMBRAPA. Disponível em:
https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/971962/os-japoneses-na-amazoni
a-e-sua-contribuicao-ao-desenvolvimento-agricola#:~:text=O%20sucesso%20da%20coloniza

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

%C3%A7%C3%A3o%20japonesa,outros%20locais%20para%20a%20regi%C3%A3o.
Acesso em: 08 mar. 2023.

HUI, Lulu Ning. A atuação da China na Amazônia pode se tornar mais verde?. Diagolo
Chino. Disponível em:
https://dialogochino.net/pt-br/comercio-e-investimento-pt-br/53558-a-atuacao-da-china-na-am
azonia-pode-se-tornar-mais-verde/. Acesso em: 31 jan. 2022.

Ilegalidade e Violência na Amazônia. Amazônia 2030. Disponível em:


https://amazonia2030.org.br/ilegalidade-e-violencia-na-amazonia/. Acesso em: 10 fev. 2023.

ILHA, F. Explosão do garimpo ilegal na Amazônia despeja 100 toneladas de mercúrio na


região. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/brasil/2021-07-20/explosao-do-garimpo-ilegal-na-amazonia-despeja-
100-toneladas-de-mercurio-na-regiao.html. Acesso em: 15 jan. 2023

Índia: dinheiro da mineração, desmatamento e conservação. Movimento Mundial pelas


Florestas Tropicais. Disponível em:
https://www.wrm.org.uy/pt/artigos-do-boletim/india-dinheiro-da-mineracao-desmatamento-e-
conservacao. Acesso em: 15 fev. 2023.

INDONÉSIA. Kementerian Lingkungan Hidup dan Kehutanan. Indonesia Signs Paris


Agreement On Climate Change. Kementerian Lingkungan Hidup dan Kehutanan, 2016.
Disponível em: http://ppid.menlhk.go.id/siaran_pers/browse/299. Acesso em: 11 fev 2023.
Integrando a Amazônia Continental. [s.l: s.n.]. Organização do Tratado de Cooperação
Amazônica. Disponível em:
http://otca.org/wp-content/uploads/2021/02/Integrando-la-Amazonia-Continental-Informe-de-
Gestion.pdf. Acesso em: 22 jan. 2023.

Internacionalização da Amazônia: o karma dos militares brasileiros - Diplo. Le Monde


Diplomatique. Disponível em:
https://diplomatique.org.br/o-karma-amazonico-do-militares-brasileiros/. Acesso em: 15 fev.
2023.

INTERNACIONALIZAÇÃO da Amazônia: o que é verdade e o que é mito. Gazeta do


Povo, 2019. Disponível em:
https://www.gazetadopovo.com.br/republica/internacionalizacao-da-amazonia-mitos-e-verdad
es/. Acesso em: 10 fev. 2023.

Kenya Wildlife Conservancies Association, 30 mar. 2016. Disponível em:


https://kwcakenya.com/. Acesso em: 15 fev. 2023.

KOLK, Ans. From conflict to cooperation: International policies to protect the Brazilian
Amazon. World Development, v. 26, n. 8, p. 1481-1493, 1998.

LAING, T.; MOONSAMMY, S. Evaluating the impact of small-scale mining on the


achievement of the sustainable development goals in Guyana. Environmental Science &
Policy, v. 116, p. 147–159, fev. 2021.

LIMA, J. da S. et al. Estratégias Geopolíticas Para Os Recursos Hídricos Da Região


Amazônica. Revista Geopolítica Transfronteiriça, v. 1, nº 2, 2017, pp. 81-100.

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

LIMA, Marcos Costa; ALBUQUERQUE, Tatiane Souza. Uma breve trajetória da questão
ambiental recente na China. Disponível
em:https://www.comciencia.br/uma-breve-trajetoria-da-questao-ambiental-recente-na-china/.
Acesso em: 01 fev. 2022.

LIMA, Suely Aparecida de. Guiana e Suriname na Integração da América do Sul. Revista
Latino-Americana de Estudos Avançados, v. 2, n. 1, p. 52-74. Outubro de 2019.

Lula diz ter compromisso com desmatamento zero na Amazônia até 2030. G1 GLOBO.
Disponível em:
https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/01/18/lula-diz-ter-compromisso-com-desmatament
o-zero-na-amazonia-ate-2030.ghtml. Acesso em: 13 fev. 2023.

MACEDO, M. V. A. A Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e os


seus 40 anos de existência: retrospectiva e perspectivas como ferramenta de integração
regional para a sustentabilidade amazônica. Orientador: Eduardo Ernesto Filippi. 2020. 576 f.
Tese (Doutorado em Estudos Estratégicos Internacionais) – Programa de Pós-Graduação em
Estudos Estratégicos Internacionais, Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2020.

MACEDO, Marcus Vinicius Aguiar. A amazônia em tempos de globalização: um cenário


dialético de internacionalização do direito ambiental. Encontro Internacional sobre Gestão
Empresarial e Meio Ambiente. São Paulo: FEA/USP, 2021.

Marco temporal: o que é, consequências e resumo. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/politica/marco-temporal.htm. Acesso em: 22 jan. 2023

MARINHO, André. União Europeia vê com preocupação o desmatamento na Amazônia,


diz embaixador do bloco no País. Disponível em:
https://www.estadao.com.br/economia/uniao-europeia-ve-com-preocupacao-o-desmatamento-
na-amazonia-diz-embaixador-do-bloco-no-pais/. Acesso em: 1 fev. 2022.

MEDEIROS, H. Suframa fortalece relações diplomáticas com a Coreia do Sul. Disponível


em:
https://www.investamazonia.com.br/suframa-fortalece-relacoes-diplomaticas-com-a-coreia-do
-sul/. Acesso em: 10 fev. 2023.

MEDEIROS, Rodrigo Augusto Lima de. Decodificando a internacionalização da


Amazônia em narrativas e práticas institucionais: governos da natureza no Brasil e nos
EUA. Tese (Doutorado) – Universidade de Brasília, Brasília ICS/CEPPAC, 2012.

MOORE, P. América Central avança para melhorar governança ambiental. Disponível


em:
https://dialogochino.net/pt-br/mudanca-climatica-e-energia-pt-br/53970-america-central-avan
ca-para-melhorar-governanca-ambiental/. Acesso em: 10 fev. 2023.

Mudança climática alarma o Nepal - Prensa Latina. Disponível em:


https://www.prensalatina.com.br/2021/08/12/mudanca-climatica-alarma-o-nepal/. Acesso em:
20 fev. 2023.

NOBRE, Fábio Rodrigo F. Recursos Naturais na Região Amazônica: Cooperação ou


Conflito?. Revista Política Hoje, 1ª edição, Volume 23, Número 1, p. 65-91, 2014.
CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

NORIEGA, C. Deforestar la Amazonía colombiana como una forma de vida. Disponível


em:
https://elpais.com/america-colombia/2022-06-05/deforestar-la-amazonia-colombiana-como-u
na-forma-de-vida.html. Acesso em: 16 fev. 2023.

NUNES, Paulo Henrique Faria. Internacionalização da Amazônia: agentes e perspectivas.


Textos e Debates, Boa Vista, v. 1, n. 27, p. 161-176, 2015.

O que é o Fundo Amazônia?. IPAM Amazônia, 2015. Disponível em:


https://ipam.org.br/entenda/o-que-e-o-fundo-amazonia/. Acesso em: 10 fev. 2023.

O que você precisa saber sobre Estocolmo+50. Programa das Nações Unidas para o Meio
AMBIENTE.. Disponível em:
https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/o-que-voce-precisa-saber-sobre
-estocolmo50. Acesso em: 22 jan. 2023.

O TRATADO DE COOPERAÇÃO AMAZÔNICA. OAS, 2023. Disponível em:


https://www.oas.org/dsd/publications/unit/oea08b/ch14.htm. Acesso em: 10 fev. 2023.

OLIVEIRA, D. Luis Arce assume Presidência da Bolívia neste domingo. 2020. Disponível
em:
https://portalamazonia.com/amazonia/luis-arce-assume-presidencia-da-bolivia-neste-domingo
. Acesso em: 3 fev. 2023.

OLIVEIRA, K; et al. A internacionalização da Amazônia. Disponível em:


https://internacionaldaamazonia.com/2022/05/18/a-internacionalizacao-da-amazonia/. Acesso
em: 24 jan. 2023.

ONU declara que meio ambiente saudável é um direito humano | As Nações Unidas no
Brasil. Disponível em:
https://brasil.un.org/pt-br/192608-onu-declara-que-meio-ambiente-saudavel-e-um-direito-hum
ano. Acesso em: 17 jan. 2023

ONU declara que meio ambiente saudável é um direito humano. As Nações Unidas no
Brasil. Disponível em:
https://brasil.un.org/pt-br/192608-onu-declara-que-meio-ambiente-saudavel-e-um-direito-hum
ano. Acesso em: 09 fev. 2023.

ONU pede reorganização financeira global radical para ajudar Paquistão após
inundações mortais. Notícias das Nações Unidas. Disponível em:
https://news.un.org/pt/story/2023/01/1807782. Acesso em: 19 fev. 2023.

Os efeitos danosos da caça ilegal. Revista Pesquisa. Disponível em:


https://revistapesquisa.fapesp.br/os-efeitos-danosos-da-caca-ilegal/. Acesso em: 15 jan.2023

OTCA. Em sessão histórica é reativado o Parlamento Amazônico após 10 anos - OTCA.


Disponível em:
http://otca.org/pt/em-sessao-historica-es-efetivado-o-parlamento-amazonico-apos-10-anos/.
Acesso em: 25 jan. 2023.

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

PAPA critica ‘internacionalização da Amazônia’, mas defende presença de ONGs na


região. BBC News Brasil, 2020. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51476200. Acesso em: 10 fev. 2023.

Partnerships. UNEPMAP. Disponível em:


https://www.unep.org/unepmap/who-we-are/partnerships. Acesso em: 22 jan. 2023.

A Amazônia do Equador tem preço. PESQUISA FAPESP. Disponível em:


https://revistapesquisa.fapesp.br/a-amaz%C3%B4nia-do-equador-tem-pre%C3%A7o/. Acesso
em: 01 jan. 2022.

PETRY, Manoela. Conscientização ambiental no Equador é um exemplo a ser seguido.


Disponível em:
https://jornalibia.com.br/colunistas/comanaluzpelomundo/conscientizacao-ambiental-no-equa
dor-e-um-exemplo-a-ser-seguido/. Acesso em: 01 jan. 2022.

PF confirma que restos mortais encontrados na Amazônia são do indigenista Bruno


Pereira. G1 Globo. Disponível em:
https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2022/06/18/exame-confirma-que-restos-mortai
s-encontrados-na-amazonia-sao-do-indigenista-bruno-pereira.ghtml. Acesso em: 22 jan. 2023

PIMENTA, José. Povos indígenas, fronteiras amazônicas e soberania nacional. Algumas


reflexões a partir dos Ashaninka do Acre. Grupos Indígenas na Amazônia. Manaus, 2009.
Disponível em: http://www.sbpcnet.org.br/livro/61ra/mesas_redondas/MR_JosePimenta.pdf.
Acesso em 10 fev. 2023.

Polônia mantém desmatamento apesar de proibição pela UE. EXAME. Disponível em:
https://exame.com/mundo/polonia-mantem-desmatamento-apesar-de-proibicao-pela-ue/.
Acesso em: 12 fev. 2023.

PRIZIBISCZKI, Cristiane. Por que, afinal, Noruega e Alemanha doam recursos para o
Brasil? O Fundo Amazônia em 10 perguntas e respostas - ((o))eco. Disponível em:
https://oeco.org.br/reportagens/por-que-afinal-noruega-e-alemanha-doam-recursos-para-o-bra
sil-o-fundo-amazonia-em-10-perguntas-e-respostas/. Acesso em: 19 fev. 2023.

PROCÓPIO, A. A Amazônia Caribenha. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 50,


n. 2, p. 97–117, dez. 2007.

PROGRAMME, U. N. E. Inger Andersen. Disponível em:


https://www.unep.org/pt-br/people/inger-andersen. Acesso em: 22 jan. 2023.

Queimadas na Amazônia e o aumento do desmatamento | Impacto. Veja. Disponível em:


https://veja.abril.com.br/coluna/impacto/queimadas-na-amazonia-e-o-aumento-do-desmatame
nto/?gclid=CjwKCAiA5Y6eBhAbEiwA_2ZWIeT3Ubxmc5E3cFOntUlZmfOKInFZ3bhv4-lL
I8M1n5_RCNUsNT82HRoCV90QAvD_BwE. Acesso em: 15 jan. 2023.

QUEIRÓS, César Augusto Bubolz. A Amazônia e a “utopia autoritária”: Integração,


ocupação e exploração ontem e hoje. Estudos Ibero-Americanos, v. 48, n. 1, 2022.

RABINOVICI, Andréa. ONGs transnacionais na Amazônia brasileira, divergências entre


militantes e militares. IV Encontro Nacional da Anppas –Junho de 2008, Brasília-DF

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Ramificações de crimes ambientais na Amazônia atingem 24 Estados. Valor Globo.


Disponível em:
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2022/07/20/ramificacoes-de-crimes-ambientais-na-amaz
onia-atingem-24-estados.ghtml. Acesso em: 13 jan. 2023.

Rede Brasil Atual (RBA). Com presidente da Bolívia, Lula fala de Amazônia e
integração. 2022. Disponível em:
https://www.redebrasilatual.com.br/politica/presidente-bolivia-lula-fala-amazonia-integracao-l
atino-americana/. Acesso em: 3 fev. 2023.

Región Amazónica de Colombia. Colombia. Disponível em:


https://www.colombia.co/pais-colombia/geografia-y-medio-ambiente/region-amazonica/.
Acesso em: 16 fev. 2023.

REIS, Arthur C. F. A Amazônia e a integridade do Brasil. Brasília: Senado Federal,


Conselho Editorial, 2001. p.253.

Relatório anual aponta recorde de desmatamento ilegal na Amazônia. Movimento dos


Atingidos por Barragens. Disponível em:
https://mab.org.br/2021/06/29/relatorio-anual-aponta-recorde-de-desmatamento-ilegal-na-ama
zonia Acesso em: 15 jan. 2023.

Relatório aponta que animais silvestres da Amazônia são alvo de tráfico internacional.
Disponível em:
https://pcabhub.org/pt-br/noticias/noticias-destaques-pcab/relatorio-aponta-que-animais-silves
tres-da-amazonia-sao-alvo-de-trafico-internacional. Acesso em: 16 jan. 2023.

RIGUE, A. Em Dubai, Bolsonaro diz: “Amazônia, por ser uma floresta úmida, não pega
fogo”. CNN. Disponível em:
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/em-dubai-bolsonaro-diz-amazonia-por-ser-uma-floresta
-umida-nao-pega-fogo/. Acesso em: 15 fev. 2023.

ROAD, X. S. Namíbia espera receber mais empresas chinesas no setor de energia verde.
Monitor Mercantil. Disponível em:
https://monitormercantil.com.br/namibia-espera-receber-mais-empresas-chinesas-no-setor-de-
energia-verde/. Acesso em: 14 fev. 2023.

ROCHA, A. S. da; MINAHIM, M. A. O MERCOSUL e as Normas Ambientais. Revista


Caderno de Relações Internacionais, vol. 4, nº 7, jul-dez. 2013.

RODRIGUES, P. O que é o Fundo Amazônia, que pode receber R$ 2,5 bi com a vitória de
Lula. Disponível em:
https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2022/10/31/o-que-e-o-fundo-amazonia-que-pod
e-receber-r-25-bi-com-a-vitoria-de-lula.htm. Acesso em: 19 fev. 2023.

Roraima exporta 194 kg de ouro à Índia sem ter nenhuma mina operando legalmente. BBC
News Brasil, [s.d.].

ROSAS, Bruno G M. Soberania sobre a Amazônia Legal. Jus.com.br, 2006. Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/8314/soberania-sobre-a-amazonia-legal. Acesso em: 18 jan. 2023.

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

SANSON, C. “Marco temporal é injustiça duplicada”, diz antropóloga - Instituto


Humanitas Unisinos - IHU. Disponível em:
https://www.ihu.unisinos.br/categorias/186-noticias-2017/570685-marco-temporal-e-injustica-
duplicada-diz-antropologa. Acesso em: 22 jan. 2023.

SASSEN, Saskia. A sociology of globalization. Análisis político, v. 20, n. 61, p. 3-27, 2007.

SATO, E. Cooperação internacional: uma componente essencial das relações internacionais.


Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde, [S. l.], v. 4, n. 1,
2010. DOI: 10.3395/reciis.v4i1.698. Disponível em:
https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/698. Acesso em: 12 fev. 2023.

SCHMITT, J.; SCARDUA, F. P. A descentralização das competências ambientais e a


fiscalização do desmatamento na Amazônia. Revista de Administração Pública, v. 49, n. 5,
p. 1121–1142, out. 2015.

Security Council Fails to Adopt Resolution Integrating Climate-Related Security Risk


into Conflict-Prevention Strategies | UN Press. Disponível em:
https://press.un.org/en/2021/sc14732.doc.htm#:~:text=The%20Security%20Council%20today
%2C%20in,the%20risk%20of%20conflict%20relapse. Acesso em: 11 fev. 2023.

Sem Florestas, Sem Água, Sem Clima e Sem Comida! Greenpeace. Disponível em:
https://www.greenpeace.org/brasil/blog/sem-florestas-sem-agua-sem-clima-e-sem-comida/.
Acesso em: 15 de jan. 2023.

Senegal. UNFCCC, 2023. Disponível em: https://unfccc.int/node/61164. Acesso em: 12 jan.


2023.

SERRANO, Rosalía Arteaga; MARMOLEJO, Francisco José Ruiz; SOTTOMAYOR, Flávio;


et al. Organização do Tratado de Cooperação Amazônica Secretaria Permanente
(SP/OTCA).

SHIRAISHI, T. Preservação da Amazônia possibilita soberania dos países


latino-americanos. Disponível em:
https://jornal.usp.br/atualidades/preservacao-da-amazonia-possibilita-soberania-dos-paises-lat
ino-americanos/. Acesso em: 25 jan. 2023.

SILVA, L.A.L. Direitos dos Povos Amazônicos: Entre a proteção jurídica internacional, os
Estados Plurinacionais da Pan-Amazônia e as Violações no Brasil. In: André de Paiva Toledo.
(Org.). A Amazônia no Direito Internacional. 1ed. Belo Horizonte: Arraes Editores, 2015, v.
1, p. 180-200.

Somalia Submits Enhanced Ndc, Recognizing Climate Crisis’ Urgency By Emphasizing


Adaptation With Mitigation Co-Benefits. NDC Partnership, 2021. Disponível em:
https://ndcpartnership.org/news/somalia-submits-enhanced-ndc-recognizing-climate-crisis%E
2%80%99-urgency-emphasizing-adaptation. Acesso em: 12 fev. 2023.

Somália. UNFCCC, 2023. Disponível em: https://unfccc.int/node/61200. Acesso em: 12 fev.


2023.

SOTTILE, Z. População de tigres selvagens no Nepal quase triplicou desde 2009.


Disponível em:

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/populacao-de-tigres-selvagens-no-nepal-quase-tri
plicou-desde-2009/#:~:text=A%20Pesquisa%20Nacional%20de%20Tigres,tempo%20da%20
equipe%20de%20campo. Acesso em: 20 fev. 2023.

Strengthening Community Level Climate Change Adaptation and Mitigation Actions:


Indonesia's Climate Village Programme (PROKLIM). Partnership On Transparency In
The Paris Agreement, 2020. Disponível em:
https://transparency-partnership.net/gpd/strengthening-community-level-climate-change-adapt
ation-and-mitigation-actions-indonesias. Acesso em: 11 fev. 2023.

Suriname e Guiana se dividem entre riqueza do petróleo e preservação ambiental.


ISTOÉ DINHEIRO, 17 out. 2022. Disponível em:
https://www.istoedinheiro.com.br/suriname-e-guiana-se-dividem-entre-riqueza-do-petroleo-e-
preservacao-ambiental/. Acesso em: 25 fev. 2023.

TORRECUSO, Paolo Alves Dantas. O Tratado de Cooperação Amazônica e a


Organização do Tratado de Cooperação Amazônica: Análise da criação, evolução e
eficácia de um regime internacional.Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais) -
Universidade de Brasília. Brasília, 2004.

Transição e cooperação internacional: Lições da África do Sul para o Brasil. Disponível


em:
https://epbr.com.br/transicao-energetica-e-cooperacao-internacional-o-queo-brasil-pode-apren
der-com-a-africa-do-sul/. Acesso em: 11 fev. 2023.

Tratados internacionais de meio ambiente. JUS. Disponível em:


https://jus.com.br/artigos/19556/tratados-internacionais-de-meio-ambiente-estatura-no-ordena
mento-juridico-brasileiro. Acesso em: 17 jan. 2023.

TUVUCA, M. Bolsonaro cita preservação na Amazônia e diz que Brasil sofre de ataque a
“liberdades individuais”. Disponível em:
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/bolsonaro-cita-preservacao-na-amazonia-e-diz-que-bras
il-sofre-de-ataque-a-liberdades-individuais/. Acesso em: 13 fev. 2023.

UN Environment Programme. No Sudão, a guerra e o declínio do meio ambiente andam


de mãos dadas. 2022. Disponível em:
https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/no-sudao-guerra-e-o-declinio-d
o-meio-ambiente-andam-de-maos-dadas. Acesso em: 3 fev. 2023.

UNEP. Apoio de 80 Estados-membros é vital para o PNUMA, mas insuficiente.


Disponível em:
https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/apoio-de-80-estados-membros-
e-vital-para-o-pnuma-mas-insuficiente#:~:text=O%20financiamento%20do%20PNUMA%20
%C3%A9. Acesso em: 22 jan. 2023.

UNEP. Perguntas e respostas: Assembleia da ONU para o Meio Ambiente. Disponível


em:
https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/perguntas-e-respostas-assemble
ia-da-onu-para-o-meio-ambiente. Acesso em: 22 jan. 2023.

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

US - KAZAKHSTAN RELATIONS. United States Department of State. 27 de fevereiro de


2023. Disponível em: https://www.state.gov/u-s-kazakhstan-relations/. Acesso em 10 fev.
2023.

UTIDA, Mauro. NAVE Coletiva: Luis Arce mostra como é possível gerar riqueza e
distribuir renda. 2022. Disponível em:
https://midianinja.org/news/nave-coletiva-luis-arce-mostra-como-e-possivel-gerar-riqueza-e-d
istribuir-renda/. Acesso em: 3 fev. 2023.

VAZ, Alcides Costa. Contra Discurso da Internacionalização da Amazônia. Disponível


em:
https://www.gov.br/defesa/pt-br/arquivos/ensino_e_pesquisa/defesa_academia/cadn/XV_cadn
/contraa_discursoa_da-internacionalizacaoa_daa_amazonia.pdf. Acesso em: 10 fev. 2023.

VERDE, R. P. Saiba como vivem os índios da Amazônia. Disponível em:


https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/saiba-vivem-indios-amazonia/#:~:text=
Os%20maiores%20grupos%20de%20%C3%ADndios. Acesso em: 20 jan. 2023

VIDIGAL, Lucas. Na 'Amazônia francesa', parque ocupa quase metade do território e


garimpo é maior ameaça ambiental. Disponível em:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/08/30/na-amazonia-francesa-parque-ocupa-quase-m
etade-do-territorio-e-garimpo-e-maior-ameaca-ambiental.ghtml. Acesso em: 02 fev. 2022.

VIEIRA, Agostinho. Desmatamento na Amazônia causa efeitos colaterais no México.


Disponível em:
https://projetocolabora.com.br/ods13/desmatamento-na-amazonia-causa-efeitos-colaterais-no-
mexico-2/. Acesso em: 01 janeiro de 2022.

VIGNALI, Heber Arbuet. O atributo da soberania. Brasília: Senado Federal, 1995.

VISÃO. Papa inicia visita a dois dos países africanos mais atingidos pela guerra e fome.
2023. Disponível em:
https://visao.sapo.pt/atualidade/mundo/2023-01-31-papa-inicia-visita-a-dois-dos-paises-africa
nos-mais-atingidos-pela-guerra-e-fome/. Acesso em: 3 fev. 2023.

WALT, S. M. Who Will Save the Amazon (and How)? Disponível em:
https://foreignpolicy.com/2019/08/05/who-will-invade-brazil-to-save-the-amazon/. Acesso
em: 25 jan. 2023.

CENTRO DE PESQUISA E SIMULAÇÃO OLGA BENARIO

Você também pode gostar