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Autores:
Ana Luísa Cavalcanti Dutra
Camila Pereira de Almeida
Danilo Abreu Luz Fernandes
Gabriela Rodrigues Barros
Giovanna Luz de Farias
Letícia Pereira de Avelar
Lívia Paes Leme e Lima
Yasmin Vieira de Urzedo
Prefácio:
Nagila Kariny Oliveira Gouveia
Organização:
Jhulya Alves dos Anjos
Revisão:
Profª. Dra. Isabelle Chehab
Isabella Olinto Gomes Ceciliano
Editor gráfico:
Jhulya Alves dos Anjos
SUMÁRIO
É com satisfação que vos apresentamos o guia de estudos para o V Goiás Model
United Nations (GOMUN). Este é o resultado do trabalho desenvolvido por membros do
Centro de Pesquisa e Simulação Olga Benário (CPSOB), o qual se compromete a perseguir
com excelência a produção de pesquisa científica e acadêmica e, também, o fortalecimento da
cultura de simulação no estado de Goiás por meio da democratização do conhecimento.
Visando fomentar o debate acerca da internacionalização da Amazônia, seus impactos
geopolíticos e problemáticas que se erguem nesse âmbito, idealizamos a presente discussão.
Acreditamos no valor social e na força transformadora que reside na experiência de simulação
dos Modelos das Nações Unidas. Assim, temos a esperança de que, ao encarar este tema,
vocês, delegadas e delegados, possam aprimorar seu pensamento crítico, questionar-se sobre a
realidade atual, e esforçar-se pelo progresso e por um mundo mais livre, justo e pacífico.
Para tanto, é esperado das senhoras e senhores delegadas(os), comprometimento com
esta comissão, seriedade durante os debates e responsabilidade para com o trato de tal
temática. Ainda, incentivamos o diálogo, o respeito e a tolerância entre todos os participantes
e organizadores, além de repudiar quaisquer tipos de preconceitos e discriminações, pautados
em cor, religião, gênero, orientação sexual e etnia. Por fim, torcemos que possam tirar bom
proveito desta simulação, e que, assim como nós da Olga, se inspirem e se apaixonem pela
modelândia1 e seus valores por um futuro melhor.
Boa simulação!
1
Termo informal utilizado entre os estudantes simpatizantes de simulações diplomáticas para
designar o “mundo’’ dos Modelos das Nações Unidas.
2. PREFÁCIO
O mundo Amazônia
Mas o mundo Amazônia não é só isso: ele também é marcado pela luta e resistência
contra aqueles que rasgam o “inferno verde”. Uma das ideias propagadas durante a ditadura
militar em anúncio sobre a Transamazônica da Andrade Gutierrez na revista Manchete dizia:
“Para unir os brasileiros nós rasgamos o inferno verde. Transformá-la em mina de ouro para
enriquecer” ou também “A Amazônia é uma mina de ouro. Transfira boa parte desse ouro
para o seu bolso”.
2
Doutoranda em Geografia na linha de pesquisa Dinâmica Socioespacial pela UFG/IESA - GO. Faz parte do
Grupo de Pesquisas em Geografia Agrária e Conservação da Biodiversidade GECA, do grupo de pesquisa
Elaboração e Ensino de Material Didático em Geografia e Cartografia Escolar (EnsiGeCe) e do Núcleo de
Estudos e Pesquisa em Educação e Cidade (NUPEC).
desenvolvimento. Uma vez que determina a agenda ambiental global, estando especialmente
encarregado da agenda 2030, deve, inclusive, auxiliar as nações na proteção e na restauração
de ecossistemas marinhos e terrestres, fornecendo as ferramentas e tecnologias necessárias
para tal. Ademais, seu papel comumente envolve a promoção de campanhas de
conscientização e de sensibilização quanto à urgência de ações afirmativas e eficientes em
prol da natureza, sendo particularmente encarregado do Dia Mundial do Meio Ambiente. Um
exemplo da relevância de suas atribuições se apresenta no fato de que:
Os Relatórios GEO (Global Environment Outlook) são preparados utilizando uma
metodologia desenvolvida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(Pnuma), e elaborados, desde 1997, como resposta aos requerimentos da Agenda 21.
Eles têm permitido desenvolver processos participativos de consulta, com múltiplos
atores, para construir novas e compreensivas abordagens do estado do meio
ambiente mundial, regional, sub-regional, nacional ou setorial. (SERRANO, R et al.,
2006, p. 36).
na região amazônica são: calcário, cassiterita, linhita, gesso, cobre, estanho, chumbo, caulim,
diamante, níquel e alumínio (NOBRE, 2014).
A Amazônia também apresenta recursos energéticos, como a sua enorme bacia
hidrográfica, que é considerada a maior do mundo e possui um grande potencial hidrelétrico.
Ademais, uma potencial fonte de energia alternativa para a região é a queima de biomassa,
que possui custo reduzido de operação e manutenção, produzindo energia a partir de rejeitos
típicos de resíduos agroindustriais da região, como a casca de cacau, miolos de açaí e
cupuaçu, piquiá, babaçu, bacuri e tucumã, que são recursos abundantemente disponíveis na
Amazônia (NOBRE, 2014).
A Bacia Amazônica abrange 7 milhões de km², dos quais 5 milhões de km² são
cobertos por floresta tropical, incluindo as bacias hidrográficas dos rios Tocantins-Araguaia e
Amazonas-Solimões, além das bacias do Oiapoque, Araguari, e demais rios que integram a
região hidrográfica, mas não são tributários do Amazonas (ÁGUAS DO BRASIL, 2019). A
bacia é importante por representar uma grande reserva de água, e serve como um regulador do
clima e do ciclo de água, gerando até 50% da sua própria precipitação, além de regular um
complexo sistema de águas subterrâneas e gera até 70% da precipitação em partes da Bacia do
Prata. Por semelhante modo, regula a umidade do ar no subcontinente e transmite esta
umidade através das correntes oceânicas (CAF, 2019).
A Amazônia não é uma floresta homogênea, mas um bioma complexo, constituído de
vários ecossistemas distintos que interagem entre si, e abriga uma grande diversidade de seres
vivos que habitam os mais diversos ambientes (NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL, 2022).
De acordo com o pesquisador e botânico Pedro Viana, é possível separar a Amazônia em seis
ecossistemas principais, que são: florestas de terra firme, de igapó, de várzea, savanas,
refúgios de montanhas e manguezais. Dentre estes ecossistemas, as florestas de terra firme são
a maior parte do bioma, onde são encontradas as árvores gigantescas que normalmente estão
relacionadas com a Amazônia no imaginário popular. Sendo que, as alturas das árvores deste
ecossistema possuem entre 30 e 60 metros, se desenvolvendo próximas entre si, o que
dificulta a inserção de luz e impede a presença de plantas menores por dificultar a realização
de fotossíntese por elas (NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL, 2022).
A fauna e flora da Amazônia são extremamente diversas, e é amplamente aceito que
não foram totalmente documentadas, visto que não existe uma contagem total para a região e
novas espécies são frequentemente inventariadas (ISPN, 2022). De acordo com a EMBRAPA,
existem cerca de 30 milhões de espécies de animais, sem contar com as espécies que ainda
não foram catalogadas, não existindo, assim, uma definição exata das quantidades de animais,
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devido ao bioma estender-se por vários países (ISPN, 2022). Ainda, de acordo com o
Ministério do Meio Ambiente (2022), a área da floresta no Brasil abriga 73% das espécies de
mamíferos, e 80% das aves, de um total de mais de 120 mil espécies de animais existentes no
Brasil.
Quanto à flora amazônica , segundo o Ministério do Meio Ambiente (2022), existem
cerca de 2.500 espécies de árvores de grande porte, e mais de 30 mil espécies de plantas.
Além de que, mais de 2 mil espécies de plantas são identificadas como de utilidade em
alimentação e em medicina, bem como na produção de óleos, graxas, ceras, entre outros. A
vitória-régia é a flor símbolo da Amazônia, sendo considerada uma das maiores plantas
aquáticas do mundo, existindo relatos de usos medicinais desta planta, assim como de usos
culinários. Outra planta famosa e originária da Amazônia é a que possui o fruto do guaraná,
dotada de propriedades estimulantes e usada em pó, como xarope, em medicamentos e na
produção de refrigerantes (ISPN, 2022).
Somada a todos os recursos que podem ser encontrados na Amazônia, a riqueza de sua
fauna e flora, uma grande importância da floresta refere-se ao seu já citado estoque de
carbono, que se constitui como um grande motivo para a conservação do bioma amazônico.
Visto que, como o carbono é estocado nos tecidos vegetais e no solo, a supressão da floresta
por meio de desmatamento e queimadas libera o carbono estocado na atmosfera, o que
interfere no efeito estufa, causando impactos nas condições climáticas de todo o planeta. Por
isso, a preservação da floresta é extremamente importante para evitar alterações ambientais
em cadeia no mundo (NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL, 2022).
vários crimes ambientais praticados na região, sendo essencial a atividade de ONG’s e órgãos
especializados (GREENPEACE, [s.d.]).
Cabe aqui, todavia, uma análise acerca dos crimes ambientais praticados em território
amazônico. Os quase 7 milhões de quilômetros quadrados, distribuídos por 9 países, guardam
mais de 40.000 espécies de plantas, 400 espécies de mamíferos, 1.300 espécies de pássaros e
3.000 espécies de peixes (GREENPEACE, [s.d.]). Além disso, a região também possui ⅕ de
toda a água doce do mundo. A grande extensão territorial do bioma, que possibilita toda essa
riqueza natural, por outra banda, também se apresenta como a maior dificuldade para sua
preservação, uma vez que a cobertura completa de suas fronteiras pela segurança ambiental se
dá como tarefa virtualmente impossível de ser executada.
Os crimes praticados no bioma são bastantes diversos e fogem do imaginário simplista
da especulação comum. Para ilustrar, observa-se que as ilegalidades mais comuns como a
extração ilegal de madeira, mineração ilegal, agricultura e pecuária possuem vínculo com
outros delitos, como fraudes, crimes financeiros e o tráfico (VALOR, [s.d.]).
Como já citado dentro do texto, a Amazônia possui papel decisivo na integridade do
sistema terrestre, principalmente pela sua ampla biodiversidade. Nesse contexto, em que
alguns autores consideram até mesmo a hipótese de uma 6° extinção em massa de espécies, a
preservação da região é de suma importância. Essa irreversível perda de biodiversidade que a
Amazônia vem apresentando nas últimas décadas possui consequências bastante negativas,
como a piora das condições de vida dos povos da floresta, alteração da cadeia alimentar,
contribuição para as mudanças climáticas e danos irreversíveis ao patrimônio natural dos
países que abrangem o território amazônico (MAB, 2021).
Para melhor síntese do assunto relativo a esses crimes ambientais, é válido expor
algumas das principais infrações cometidas dentro da Floresta Amazônica:
a) Desmatamento ilegal: aqui vale fazer o adendo de que o desmatamento em si
não é crime. Caso o desmatamento de uma área ocorra segundo os moldes e
parâmetros legais, este não constitui ato criminoso. No entanto, o contexto
atual da prática na Amazônia mostra que 99% dos casos de desmatamento
acontecem de forma ilegal, sem a autorização e acompanhamento dos órgãos
competentes e de referência (MAB, 2021). Esse tipo de amostragem é
ilustrativa no sentido de sublinhar a difícil fiscalização do território. Ainda, é
mister observar quais são os resultados dessa contravenção legal para o meio
ambiente. Talvez a mais importante decorrência seja o desencadeamento de
crises climáticas, uma vez que as árvores amazônicas são importantíssimas
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Nesses termos, a Assembleia Geral da ONU aprovou, em 2022, uma resolução que
declarava que todas as pessoas do planeta têm direito a um meio ambiente limpo e saudável.
Essa resolução é um ponto fulcral, pois indica um incentivo da organização aos países, para
que estes adotem medidas mais responsáveis e benéficas, agindo em compliance ambiental
(ONU BRASIL, [s.d.]).
Outro ponto essencial no que tange ao tema dispõe sobre a questão dos povos
indígenas que habitam a Floresta Amazônica. Segundo dados do IBGE (2010), é em território
amazônico que se concentra a maior população indígena preservada do Brasil, sendo
constituída por cerca de 310 mil pessoas vivendo em tribos, sem contar as etnias que ainda
são desconhecidas (VERDE, 2013).
A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) acredita que haja 77 grupos indígenas
totalmente isolados na Amazônia. Desses, 32 têm sua existência confirmada (VERDE, 2013).
Essas pessoas fazem parte do centro do debate em torno da preservação do bioma. Incluídos
nos chamados povos originários, esses grupos constituem um importante patrimônio cultural e
étnico para o Brasil, além dos outros países que a floresta adentra. Sob esse espectro, existem
diversas pautas a serem discutidas sobre a ocupação das terras onde os indígenas vivem. Uma
delas versa sobre o fato de que grupos privados possuem grande interesse em algumas dessas
localidades para a extração dos recursos naturais de enorme valor econômico que essas
fornecem. Em contraponto, ativistas ambientais e defensores da cultura e existência dos índios
prezam pelo valor sócio-ambiental desses mesmos lugares.
É nesse contexto que se encontra o debate em torno da Lei do Marco Temporal -
motivo de deliberação no Brasil há mais de uma década. Em 2009, quando foi utilizado pela
primeira vez, chegou ao Superior Tribunal Federal (STF) um caso de Roraima que teve um
desfecho favorável aos indígenas. Na ocasião, os juristas usaram como justificativa para a
criação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol o fato de que o local já era ocupado pelos
indígenas quando foi promulgada a Constituição Federal vigente, em 1988 (UOL, [s.d.]).
Sobre a Constituição, é importante evidenciar o que está ali disposto sobre o tema da
Demarcação de Terras Indígenas: “São reconhecidos aos índios sua organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que
tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos
os seus bens.” (Artigo 231- Constituição Federal).
Acontece que, a partir de 2017, a Advocacia Geral da União (AGU) acirrou ainda
mais as discussões sobre a questão da Demarcação de Terras Indígenas. Isso porque o órgão
definiu esse marco temporal como critério para a demarcação de terras indígenas, além de
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vários outros empecilhos legais. Ainda hoje, o Marco Temporal é motivo de contestação.
Muitas vezes desfavorecidos pelo critério, povos indígenas hoje protestam contra o uso dessa
ferramenta jurídica.
Antropóloga, professora da Universidade de Brasília e Presidente da Associação
Brasileira de Antropologia, Lia Zanotta Machado resume seu posicionamento sobre o tema:
detenção de três suspeitos, a Polícia Federal informou que as investigações não apontam para
a existência de um mandante ou organização criminosa envolvida no crime (G1, [s.d.]).
Muitos pontos ainda estão soltos nessa história, fato que faz com que as investigações
continuem em aberto.
6. O CONTEXTO INTERNACIONAL
a realização dos estudos integrados binacionais. Até agora, os acordos bilaterais são entre
Colômbia e Equador e Colômbia e Peru, ambos assinados em março de 1979; Brasil e
Colômbia, em março de 1981; Brasil e Peru, em outubro de 1979; e Bolívia e Brasil, em
agosto de 1988 (OAS, 2023).
O Plano de Ordenamento e Gerenciamento das Bacias dos Rios San Miguel e
Putumayo (Ecuador - Colômbia), tem em grande potencial a exploração do petróleo, que é o
maior recurso da região. Esta atividade, porém, é basicamente um "enclave", uma vez que a
maior parte do potencial de geração de emprego indireto permanece fora da região (OAS,
2023)
O Plano de Desenvolvimento Integrado de Comunidades Fronteiriças (Peru - Brasil)
atribui ênfase especial às características produtivas da região. As atividades locais de
produção florestal, porém, devem ser transformadas e modernizadas, superando os métodos
rudimentares atuais que provocam a deterioração dos recursos. Um elemento essencial para
essa transformação é a transferência de tecnologia no manejo de florestas tropicais e o
desenvolvimento de sistemas de beneficiamento, armazenagem, transporte e comercialização
de produtos (OAS, 2023).
No Plano para o Desenvolvimento Integral da Bacia do Rio Putumayo (Colômbia -
Peru), como no Plano Modelo Tabatinga - Apaporis (Brasil - Colômbia), destaca-se a
necessidade de aproveitar o potencial hidroviário para assegurar o transporte de bens e
serviços a serem gerados na sua área de influência, cuja extensão aproveitável (excluindo o
Amazonas) é de aproximadamente 3.600 km. Suas limitações parecem ser a insuficiente
infraestrutura portuária e a falta de sinalização em alguns trechos. A navegação fluvial
interessa a todos os países da bacia amazônica e sua importância como instrumento efetivo de
integração não pode ser ignorada (OAS, 2023).
Os estudos realizados ao se assinar o Tratado de Cooperação Amazônica indicam os
esforços empregados pelos países para enfrentar o desafio do desenvolvimento sustentável.
Os estudos também assinalam as vantagens de abordar o desenvolvimento regional por meio
de projetos de integração fronteiriça, a partir dos quais se geram e irradiam elementos
integrantes do potencial de desenvolvimento futuro da região. Enfatizam, igualmente, a
importância de iniciar o processo nas áreas que abrangem grande parte das potencialidades e
limitações da Amazônia (OAS, 2023).
Atualmente, um importante mecanismo de cooperação para a preservação da
Amazônia é o Fundo Amazônia, criado em 1 de agosto de 2008 pelo Decreto nº 6527 e possui
como principal objetivo a captação de recursos para projetos em ações de prevenção,
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comerciais processados entre os diversos países; tal noção também se enquadra ao contexto
amazônico (DA SILVA; et al. 2015). Nesse contexto, as práticas de cooperação tornam-se
cada vez mais recorrentes e necessárias, ainda que, como definiriam os pensadores realistas
das Relações Internacionais, em um cenário anárquico, no qual não há uma entidade
reguladora superior.
Segundo a definição de Sato (2010, p. 46), que a vê como uma “vertente de longo
prazo da política externa”,
Cooperação internacional não significa apenas ajuda mútua entre governos e entre
instituições pertencentes a diferentes países (...) tem um sentido mais amplo (...)
significa governos e instituições desenvolvendo padrões comuns e formulando
programas que levam em consideração benefícios e também problemas que,
potencialmente, podem ser estendidos para mais de uma sociedade e até mesmo para
toda a comunidade internacional.
em 1994, disse que “os países industrializados não poderão viver da maneira como
existiram até hoje se não tiverem à sua disposição os recursos naturais não
renováveis do planeta. Terão que montar um sistema de pressões e constrangimentos
garantidores da consecução de seus intentos (BENATTI, 2007, p.3).
Além disso, artigos internacionais recentes também serviram para inflar discurso – a
exemplo do artigo “Who will intervene in Brazil to save the Amazon?” (Quem vai intervir no
Brasil para salvar a Amazônia?), de Stephen Walt, publicado em 2019, na revista Foreign
Policy, gerou controvérsias ao afirmar que seria apenas questão de tempo até que as grandes
potências decidissem intervir nas questões climáticas utilizando quaisquer recursos
necessários: o autor apresenta um cenário futuro no qual os Estados Unidos lançam um
ultimato ao Brasil antes de intervir militarmente para defender a Amazônia. Apesar de Walt
afirmar que tal cenário é improvável, sua construção narrativa e a afirmação de que o Brasil
seria um país vulnerável a tais ações foi alvo de críticas contundentes, e não apenas dos
partidos de direita. Nesse sentido, a polêmica também ocorreu porque “esses argumentos
inspiram memórias do passado. Os Estados Unidos têm um longo histórico de recorrer à força
militar para atingir suas metas de política externa. O país já tem uma enorme presença militar
global que se estende por 177 países, incluindo alguns vizinhos do Brasil” (ABDENUR, A; et
al. 2019).
Nesse âmbito, declarações mais recentes de líderes mundiais sobre o tema também
são preocupantes: no contexto de preocupação internacional com as queimadas no Brasil, o
presidente francês Emmanuel Macron sugeriu, na cúpula do G7, a conferência de um status
internacional à Floresta Amazônica. Em resposta, no seu primeiro discurso na Assembleia
Geral das Nações Unidas, o então presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou que a
assertiva de que a Amazônia é patrimônio da humanidade é uma falácia, reiterando que
qualquer iniciativa voltada para a preservação da Floresta Amazônica, ou de outros biomas,
deve ser tratada de forma a respeitar plenamente a soberania brasileira (GOMES, 2019).
O discurso de Bolsonaro se manteve ao longo de seu mandato e, na Conferência da
Organização das Nações Unidas sobre o clima (COP 26), em Gasglow, na Escócia, o mesmo
governante ainda se mostrou comprometido com a defesa da soberania da “querida, rica e
desejada” Amazônia. Já o então presidente colombiano, Iván Duque, também se juntou ao
discurso, afirmando que: “A Amazônia é, para nós, um território muito valioso e cuidamos
dentro da nossa soberania. É também muito importante que essa defesa traga consigo uma luta
eficaz contra os crimes ambientais” (FAGUNDES, M. 2021).
Apesar de, como exposto acima, os discursos que alegam a possível degradação da
soberania dos países detentores do território estarem cada vez mais em pauta, quando se trata
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atuação de ONGs estrangeiras na região amazônica, o que acaba por gerar debates acalorados
entre o governo e tais Organizações (ARAÚJO, 2020) – os governos são acusados pelo não
cumprimento efetivo de suas funções no âmbito da preservação, enquanto as ONGs
ambientais “são rotuladas e estereotipadas de inimigos da nação e percebidas como
representantes de interesses estrangeiros que desrespeitam a soberania” (ARAÚJO, 2020, p.
221). Ademais, as críticas nacionalistas também englobam, ativistas, povos indígenas
originários e quilombolas. (Araújo, B., & Campos, F. S. S., 2022)
Pontua-se que tal discussão rasa acaba distanciando o debate e o foco das críticas, que
poderiam estar sendo direcionadas para problemas mais agudos na região amazônica, como a
atuação predatória do garimpo, das empresas madeireiras e do agronegócio, além de
simplificar temas políticos e sociais, deslegitimando as demandas socioambientais (ARAÚJO,
2020). Ademais, a falta de aprofundamento na questão, com alegações, por vezes, pouco
razoáveis, distancia o debate do papel da cooperação para a preservação e restauração
ambiental da Amazônia, desvalorizando o papel da integração entre o Governo e entidades
não-governamentais, ativistas e povos originários, assim como o estabelecimento de metas
entre os países da sociedade internacional (ARAÚJO, 2020).
Desse modo, deve-se ressaltar a importância das ONGs para a estruturação e aplicação
de políticas de preservação ambiental. Enquanto entidades da sociedade civil que
desempenham função de interesse público, as ONGs são parte integrante do terceiro setor, já
que não se enquadram no primeiro, não pertencendo ao poder público, nem no segundo, uma
vez que não tem fins lucrativos (ARAÚJO, 2020). Em relação à relevância do Terceiro Setor,
pontua-se que ele representa um papel importante na compreensão do desenvolvimento social
e econômico das sociedades contemporâneas, agindo de maneira complementar ao Estado no
que se refere à formulação de políticas públicas e a questões sociais (ARAÚJO, 2020).
Não obstante, a mesma relevância se confere às ONGs com atuação na Amazônia,
que, a partir da década de 60, direcionaram suas campanhas e atuações para a preservação do
bioma amazônico, realizando diversos programas e projetos voltados para tal finalidade, além
de canalizar recursos e financiar pesquisas na região (ARAÚJO, 2020). No que diz respeito
especificamente à atuação de ONGs transnacionais na Amazônia, registra-se que essa ocorre
em um contexto de cooperação internacional ambiental, que, de fato, tem afetado
positivamente no desenvolvimento de atividades sustentáveis e na conservação da
biodiversidade (ARAÚJO, 2020).
Apesar do papel central da atividade desempenhada pelas ONGs na Amazônia, elas
não estão imunes a questionamentos e críticas. Nesse sentido, existem mecanismos que
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Presidência da Colômbia, que também era reconhecida por contribuir em projetos que atacam
o meio ambiente e por ameaçar a atividade de ambientalistas, evidencia um crescente esforço
estatal para a criação de fundos voltados para a preservação da Amazônia (MENON, 2022)
(SHIRAISHI, T. 2022). Nesse cenário, o presidente colombiano afirmou, na COP 27, que com
a mudança política no Brasil uma agenda de cooperação para salvar a Floresta Amazônica
poderá ser iniciada, além de declarar que “as mesmas soberanias nacionais que existem sobre
as florestas podem gerar os mecanismos multinacionais que permitam reservas com
continuidade geográfica entre os países” (AMARAL, 2022); para isso, Petro afirmou que a
constância das ações ao longo dos anos é necessária (AMARAL, 2022).
A presidente do Peru, Dina Boluarte, também se manifestou, na rede social Twitter, a
favor da agenda de integração: “Nosso governo está empenhado em fortalecer a relação
bilateral com o país irmão do Brasil, enfatizando a agenda de integração sul-americana e a
sustentabilidade da Amazônia” (2022, tradução nossa). Ademais, percebe-se a tentativa de
fortalecimento da própria OTCA: em 18 de maio de 2022, após dez anos, o Parlamento
Amazônico (Parlamaz), formado pelos oito Países Membros da OTCA – Brasil, Peru,
Colômbia, Bolívia, Equador, Suriname, Venezuela e Guiana, foi reativado em uma sessão
realizada na sede da Organização, no que foi destacado pelo ex-ministro das Relações
Exteriores do Brasil, Chanceler Carlos França, como um momento histórico para a proteção
ambiental e para o relacionamento entre os países amazônicos: “Já se passaram 44 anos desde
a assinatura do Tratado de Cooperação Amazônica, o passo mais importante. A Amazônia (...)
é uma reserva de biodiversidade incomparável e temos plena consciência dos desafios para
sua sustentabilidade”, declarou (OTCA, 2022).
8. POSIÇÕES DE PAÍSES
mexicanos, contudo, desde 2019 - quando ingressou no poder um governo em que as questões
ambientais não eram prioridade - os problemas mostram-se cada vez maiores. Não apenas
com a perda da floresta pelo desmatamento, mas também a filtração das chuvas pela mata,
muitos dos compostos químicos viajam pelos rios no céu, afetando o solo, em principal as
algas marinhas das costas mexicanas. Tal fato faz com que o México volte seus olhos para a
Amazônia e questione a capacidade do governo brasileiro de proteger este bioma tão
importante para o planeta (GODOY, 2021).
as sociedades indígenas na região (G1, 2019). O governo francês tenta tomar posturas mais
rígidas perante a atuação de meios ilegais de exploração da floresta, que, muitas vezes, vem
de um reflexo que é feito em seu vizinho: o Brasil. O então presidente da França, Emmanuel
Macron, reforçou que a Amazônia não é apenas brasileira e que sua proteção deve ser uma
preocupação de todos. "Estamos todos preocupados. A França sem dúvida está ainda mais que
outros atores à mesa, já que somos amazônicos", disse o presidente francês.
As relações conturbadas entre o governo francês e o governo brasileiro durante os 4
anos de mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro afetaram fortemente os trabalhos de
proteção conjunta da floresta causados pela divisão de fronteiras. Desde a posse de Bolsonaro,
o aumento do desmatamento foi exponencial, sendo quase 73% entre 2018 e 2021, segundo o
Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Espírito Santo. Tais
atitudes fizeram com que o presidente francês questionasse a capacidade do governo
brasileiro de ser o principal protetor da floresta Amazônica. Assim, é claro o desejo de
interferência e maior participação da Guiana Francesa como um dos portadores da floresta,
além do Brasil (CHADE, 2021).
8.7 Japão
Desde a Era Meiji (1868-1912), o Japão transitou de uma nação feudal para uma
potência industrial. Contudo, apenas após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), contando
com os fortes investimentos norte-americanos, a nação japonesa assumiu o posto de um dos
países mais industrializados do mundo. Com isso, as emissões de carbono e aumento do
ataque à fauna e à flora do país cresceram exponencialmente, fazendo-se necessário que o
governo assumisse uma postura de maior combate a tais problemas ambientais. Tal postura do
governo, fez com que houvesse uma repercussão internacional, o que levou a realização da
Terceira Sessão da Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a
Mudança do Clima (COP3), em Kyoto no ano de 1997 (EMBAIXADA DO JAPÃO NO
BRASIL, 2020). Entretanto, o país ainda enfrenta problemas para a diminuição da produção
de gases poluentes, estando entre os dez mais poluentes do mundo, no que tange a gases de
efeito estufa, segundo uma pesquisa realizada em 2021 pela Country Economy.
Em relação às atividades japonesas para com a Amazônia encontrada no território
brasileiro, o interesse é inegável. O processo imigratório de japoneses para as áreas da
floresta, ao norte do Brasil, teve início na década de 30, sendo grandes colaboradores para o
desenvolvimento agrícola e do extrativismo de recursos naturais da região (HOMMA, 2009).
Desde então, os olhos do país nipônico estão diretamente voltados para a floresta,
demonstrando forte interesse em sua utilização, não apenas para fins extrativistas e
exploratórios, mas também para pesquisas e desenvolvimentos científicos. Dessa forma, o
governo japonês, assim como grande parte da comunidade internacional, defende a proteção
da floresta e responsabilização brasileira para a manutenção de sua existência e preservação.
nações ambientais a fazer o mesmo, sem interferências diretas ou uso da força nos países
latinos.
considerando que, esse ano, o país está avaliando a possibilidade de integrar o Fundo
Amazônia, programa do governo brasileiro que banca ações de redução de emissões de gases
na floresta (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2006).
Durante muitos anos, principalmente ao final do século XX, a Venezuela ocupou local
de destaque no cenário internacional, no que tange à preservação e defesa do meio ambiente.
Além disso, a nação venezuelana era um dos destaques entre os países amazônicos na
proteção da floresta - a Venezuela possui cerca de 6,73% da totalidade da floresta amazônica
-, com reservas naturais que ocupam quase 70% do sul do país, onde a floresta é localizada.
Contudo, desde a virada do segundo mandato do falecido presidente, Hugo Chávez, o
aumento da exploração da Amazônia e demais centros ecológicos do país tornou-se ainda
maior. Segundo o Centro para Estudos Internacionais e Estratégicos (CSIS), a dependência
econômica do país com a exploração de petróleo foi um dos principais motivos para o
aumento gritante na emissão de gases poluentes e entre outros desastres ambientais. A ONU
também encontra dificuldades no acesso a dados sobre diversas questões ambientais na
região, como o avanço do garimpo ilegal e a qualidade da água de afluentes do país
(BURELLI, 2022).
Atualmente, o desmatamento e garimpo ilegais são um dos principais problemas que
assolam a Amazônia venezuelana, que pode ter perdido cerca de 1,4 milhão de hectares no
decorrer dos anos de 2016 até 2021 - não há dados mais recentes do desmatamento no país,
mas, segundo especialistas, houve um aumento nos últimos anos após a aprovação do Arco
Mineiro do Orinoco, em 2016, que aumenta a exploração do garimpo nas regiões amazônicas
(BBC, 2020). Além disso, as comunidades nativas são fortemente afetadas, com a perda de
suas terras e da qualidade de vida causada pela interferência do garimpo. Avalia-se que a
Amazônia venezuelana perdeu cerca de 4% da floresta original (BBC, 2020). Assim, a forte
cobrança de ambientalistas sobre o “ecocídio” feito pelo governo desde a aprovação do Arco
Mineiro do Orinoco.
projeta como um polo petroleiro que pode tirar o país do subdesenvolvimento. No entanto,
isso conflita com seu papel na preservação amazônica (ISTOÉ, 2022). Além disso, o país
enfrenta a crescente mineração legal - e ilegal - como um problema para a preservação
ambiental. Isso ocorre porque, mesmo em pequenas escalas, como é comum no país, o
garimpo ocorre em regiões distantes da fiscalização governamental e representa uma
contribuição para o desmatamento, ameaçando a biodiversidade (LAING, MOONSAMMY.
2021).
Ademais, o país apresenta grande capacidade de produção mineral e cresce no
contrabando de madeira ilegal, tendo a China como destino principal. Isso faz com que as
áreas florestais guianenses se tornem mais pobres e, com o ritmo acelerado, o país terá uma
área enorme desmatada nos próximos anos. Isso torna evidente a necessidade de legislações
mais eficazes e o desinteresse do país quanto a esse fato (PROCÓPIO, 2007)
Os governos mundiais, pressionados por seus eleitores, descobrem que uma queimada
na Amazônia pode ser mais ameaçadora que todo o contingente bélico
latinoamericano junto. Descobrem, ainda, que [...] a África e a América do Sul,
sucatas da modernidade, possuem grandes relevâncias na indução de diversos
processos ambientais que impactam o mercado e os mega-processos econômicos em
curso (FREITAS, M. de ob. cit., Estudos da Amazônia contemporânea: dimensões da
globalização, [s. d.], p. 19-20).
Posto isso, depreende-se que, ao passo que o bioma amazônico ganha espaço nos
debates internacionais, os “diversos processos ambientais” da África, ainda que em segundo
plano, também devem tornar-se mais notáveis. Tendo em vista a importância dos ecossistemas
africanos, a África do Sul, em especial, se mostra aparentemente favorável a compartilhar
informações, pesquisas e proteção de seus biomas, haja vista que assinou Plano de Transição
de Energia Justa da África do Sul (EPBR, 2020). Ademais, considerando que o país também
tem florestas tropicais de suma relevância, seria proveitoso uma ampliação da Cooperação
Sul-Sul (Brasil e África do Sul) (FUNDO DE POPULAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS,
2021). visando expandir o diálogo entre essas nações em desenvolvimento a respeito dos
desafios e das experiências ambientais em comum.
O país asiático possui fortes relações diplomáticas com a região norte brasileira, fato
que se deve principalmente pelos investimentos sul-coreanos na Zona Franca de Manaus. As
negociações se dão principalmente pela relação entre a Superintendência da Zona Franca de
Manaus e a Câmara do Comércio e Indústria Brasil – Coréia. (MEDEIROS, 2022). Esse
relacionamento dá todos os indícios de que a Coréia do Sul entende e aprova uma exploração
eficiente e responsável da região amazônica. E claro, para melhor manutenção de seus
investimentos no Brasil, o Governo da Coréia do Sul respeita a soberania e autonomia
brasileira sobre o seu território.
Além dessa, são várias as amostras de boa relação entre a República Federativa do
Brasil e a República da Coreia. Um exemplo ilustrador disso é o intercâmbio cultural entre os
dois países, que pode ser notado em aspectos que vão desde as artes, tendo a necessidade de
se dar enfoque ao pop coreano (k-pop) que conquistou sucesso extraordinário entre os jovens
brasileiros, até a culinária, que não raro é motivo de interesse de ambos os países, um em
relação ao outro. Assim, conclui-se: é grande o entusiasmo para a manutenção e até
estreitamento da relação Brasil-Coréia, sendo essa de grande potencial benéfico.
A República da Polônia, sendo país dotado de uma constituição que entende, valoriza
e protege as questões ambientais, de forma alguma deixaria de prezar pela importância de
serem realizados esforços internacionais em prol de uma Floresta Amazônica preservada e
viva em todas as conotações que lhe cabem (SCHMITT; SCARDUA, 2015). Sob esse
espectro, o país também possui reservas ambientais, como a Floresta Bialowieza, lar de
espécies em risco de extinção como os bisontes-europeus, onde tanto os ecologistas
especializados quanto a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura
(UNESCO) movem seus esforços para a preservação ambiental no país do leste europeu
(EXAME, 2016).
É reconhecido que a Polônia ainda tem muito o que melhorar na questão ambiental,
principalmente ao que tange o desmatamento (EXAME, 2017). Porém, junto à União
Europeia, o Governo Polonês trabalha para buscar soluções que atendam ao desenvolvimento
e conforto da população sem o corte das árvores de tamanha importância para o ecossistema
nacional e continental. Assim, entende-se que a soberania das nações deve ser preservada,
entretanto, diante da crise climática alarmante que se alastrou mundo afora, é preciso tomar
algumas medidas de cunho extraordinário, mesmo que temporárias, como por exemplo uma
intervenção internacional na Amazônia.
Como um dos poucos países que não reconhecem o Acordo de Paris de 2015, a
Turquia apresenta atitudes consideradas questionáveis pela comunidade internacional, que
refletem diretamente nas ações do país e a sua falta de ação para combater os avanços das
mudanças climáticas no mundo. No ano de 2021 o país mediterrâneo foi assolado por chuvas
intensas, que acarretaram em diversas catástrofes naturais. Muitos cientistas turcos apontam a
irresponsabilidade do governo na construção de barragens e na manutenção da mineração de
carvão, que, muitas vezes, são feitas em locais inapropriados, como em regiões costeiras e em
áreas florestais. Além disso, foi denunciado pela organização não governamental,
Greenpeace, que cerca de 40% do lixo produzido no Reino Unido vai para a Turquia, com
descarte indevido em aterros improvisados, como vistos na cidade de Adana, ao sul da costa
turca (GLOBAL VOICES, 2021).
Compreendendo que a nação não se apresenta como exemplo nas questões ambientais,
o interesse turco na Amazônia limita-se ao interesse da União Europeia. Nessa perspectiva, há
uma cobrança na maior efetividade das ações do governo brasileiro perante as ações para com
a floresta. Contudo, deve-se atentar a posição normalmente tomada pela Turquia, que segue
uma linha de maior comunicação e negociação, com uma postura de quase neutralidade. O
país atualmente passa por catástrofes em seu próprio território, algo que requer sua total
atenção (GEYBULLAYEVA; CELIK, 2021).
Apesar de ser um dos países que possui uma contribuição relativamente insignificante
para o aquecimento global, o Nepal encontra-se em uma posição de vulnerabilidade quando se
trata dos impactos decorrentes das mudanças climáticas, que vêm se agravando ao longo dos
anos – já se observam, por exemplo, mudanças nos padrões de precipitação e o aumento das
temperaturas, o que afeta a agricultura do país (PL, 2023) – sendo assim, o país sofre as
consequências diretas das decisões tomadas por outros líderes mundiais em relação ao meio
ambiente.
Nesse sentido, o Nepal, que tem progredido em suas políticas ambientais, com a
regeneração de suas florestas e o aumento da população de animais em extinção (SOTTILE,
Z, 2022), reconhece a necessidade e a importância da cooperação internacional voltada para a
reformulação de práticas não sustentáveis e para o compartilhamento de conhecimentos que
possibilitem uma maior preservação ambiental e a redução dos impactos gerados pelo mau
gerenciamento dos recursos naturais, especialmente nas áreas de grande biodiversidade.
resultados, algo que causa dúvida na real capacidade do país de proteger e utilizar a floresta
de maneira efetiva (FAPESP, 2011).
Dessa forma, o questionamento da soberania brasileira sobre a floresta em seu
território é vista com preocupação pelo governo equatoriano, visto o risco dos respingos da
atuação no Brasil também caírem sobre o Equador. Mesmo que haja o questionamento e
cobrança da América Latina sobre a ineficiência do governo braisleiro para com os assuntos
da Amazônia, o país equatoriano ainda defende a capacidade da própria América do Sul de
cuidar das questões ambientais em suas nações. Deve-se ter em mente, também, o interesse
governamental no maior investimento em sua área da floresta e como o país pode galgar
locais de destaque na proteção do patrimônio cultural do mundo (FAPESP, 2011).
A República do Peru é um dos oito países sul-americanos cuja extensão abrange uma
porção da hiléia amazônica, sendo dois terços de seu território englobados pela floresta
(NUNES, 2015). Com isso, vale ressaltar que parte de sua população reside nos perímetros
amazônicos e pouco se beneficiaram com o crescimento econômico do país (THE WORLD
FACTBOOK). Ademais, por deter cerca de 13% da bacia amazônica (BENATTI, 2012), o
país direciona sua política interna e externa para administrar o uso de tal recurso nas mais
diversas esferas, tais como econômico, social e ambiental.
No que tange ao cenário internacional, o Peru integra a Organização do Tratado de
Cooperação Amazônica (OTCA), com o objetivo de reforçar sua soberania sobre a floresta
(TORRECUSO, 2004). Assim, o país passou a alçar relações de cooperação mais profundas
com os demais países amazônicos. Por fim, percebe-se que o aprofundamento do debate
ambiental no sistema internacional influenciou o posicionamento peruano de política externa,
que passou a ter o desenvolvimento sustentável como seu mais novo objeto político no âmbito
da floresta amazônica (TORRECUSO, 2004)
O Quênia é uma das economias mais dinâmicas da África e possui ricas florestas
tropicais, conhecidas como Florestas Costeiras da África Oriental. Elas apresentam uma rica
diversidade de fauna e flora, no entanto, também são altos os níveis de degradação
(FUNGOMELI, et al. 2020). Embora sua constituição defina como direito da população um
meio ambiente bem cuidado e preservado, foi preciso a criação de ONGs para pressionar que
esses deveres fossem cumpridos, como é o caso da Kenya Wildlife Conservancies Association
(KWCA, 2016).
Apesar dos problemas, o Quênia se tornou uma peça chave na missão de construir um
continente africano mais presente em assuntos ambientais, já que sedia o Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente. Sua candidatura para ocupar o posto foi motivada pela
vontade de dar voz aos países do hemisfério sul. Sendo assim, o país se tornou importante no
debate sobre preservação ambiental, sediando diversas conferências do PNUMA em sua
capital, Nairóbi (PNUMA, 2022).
Governo do Brasil decidiu utilizar esses recursos para o socorro do povo Yanomami, que
sofreu com o descaso de governos anteriores. (G1, 2023). Enfim, está mais que provada a
intenção alemã de colaborar com ações que visam a defesa e proteção da floresta amazônica,
sendo ressaltado, também, o desejo da conversão desses investimentos no fomento da
descoberta e utilização de fontes renováveis de energia.
A Etiópia possuía, até o século passado, quase 45% de seu território coberto por
florestas. Atualmente, esse número chega a meros 5%, evidenciando o desmatamento
generalizado que o país vive. Algumas religiões ajudam a proteger as árvores que restaram no
país, mas esses pequenos pontos são muito ameaçados pela construção de estradas e prédios e
pelo crescimento da agricultura (BBC, 2019).
Registros e estudos de imagens denunciam o grande problema ambiental que a Etiópia
enfrenta, fato que não é recente nem um evento isolado, visto que as florestas etíopes
sofreram influência humana por séculos (DESSIE; KLEMAN, 2007). Outrossim, por se
caracterizar como um país agrícola, cerca de 66,6% da população trabalhava na zona rural em
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