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Metrologia: Curso de Formação de Inspetor de Equipamentos
Metrologia: Curso de Formação de Inspetor de Equipamentos
Você que está aqui estudando para se tornar um(a) Inspetor(a) de Equipamentos,
como imagina ser uma grande indústria? Você vê grandes equipamentos e máquinas?
É claro que sim. A tecnologia é parte fundamental de qualquer indústria. O(A)
técnico(a) de Inspeção de Equipamentos é o(a) responsável por garantir a
continuidade, segurança operacional e integridade estrutural dos equipamentos e
instalações das indústrias onde atua.
Esta apostila faz parte do seu programa de estudos. Nela você vai adquirir
conhecimentos importantes na sua preparação profissional. Lembre-se o quanto é
importante a profissão de Inspetor(a) de Equipamentos, esta lembrança sempre será
incentivo ao seu estudo. Nosso maior tesouro é a educação, ela é a garantia de um
futuro honroso e promissor.
Treinaend
Excelência em cursos industriais a distância
CURSO DE FORMAÇÃO DE INSPETOR DE EQUIPAMENTOS
MÓDULO DE CONHECIMENTOS BÁSICOS
DISCIPLINA: METROLOGIA
INTRODUÇÃO
1. Segurança
2. Limpeza
3. Cuidado
4. Paciência
5. Senso de responsabilidade
6. Sensibilidade
7. Finalidade da medida
8. Instrumento adequado
9. Domínio sobre o instrumento
Recomendações
Evitar:
• Choques, quedas, arranhões, oxidação e sujeira nos instrumentos
• Misturar instrumentos
• Cargas excessivas no uso
• Medir provocando atrito entre a peça e o instrumento
• Medir peças cuja temperatura esteja fora da temperatura de referência
• Medir peças sem importância com instrumentos caros
Cuidados:
• Sempre que possível usar proteção de madeira, borracha ou feltro, para apoiar os
instrumentos.
• Sempre que possível, deixar a peça atingir a temperatura ambiente antes de toca-la
com o instrumento de medição.
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DISCIPLINA: METROLOGIA
RÉGUA GRADUADA
Utiliza-se a régua graduada nas medições com “erro admissível” superior à menor
graduação. Normalmente, essa graduação equivale a 0,5 mm ou 1/32”.
As réguas graduadas apresentam-se nas dimensões de 150, 200, 250, 300, 500, 600,
1000, 1500, 2000 e 3000 mm. As mais usadas na oficina são as de 150 mm (6") e 300
mm (12").
Tipos e usos
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DISCIPLINA: METROLOGIA
Régua de profundidade
Utilizada nas medições de canais ou rebaixos internos.
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DISCIPLINA: METROLOGIA
Características
De modo geral, uma escala de qualidade deve apresentar bom acabamento, bordas
retas e bem definidas, e faces polidas.
As réguas de manuseio constante devem ser de aço inoxidável ou de metais tratados
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DISCIPLINA: METROLOGIA
Esquematização de leitura
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Exemplo
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DISCIPLINA: METROLOGIA
Frações de polegada
TRENA
Exemplo de trena
A fita das trenas de bolso s„o de aço fosfatizado ou esmaltado e apresentam largura de
12,7 mm e comprimento entre 2 m e 5 m.
Quanto à geometria, as fitas das trenas podem ser planas ou curvas. As de geometria
plana permitem medir perímetros de cilindros, por exemplo.
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DISCIPLINA: METROLOGIA
Não se recomenda medir perímetros com trenas de bolso cujas fitas sejam curvas.
As trenas apresentam, na extremidade livre, uma pequenina chapa metálica dobrada
em ângulo de 90º. Essa chapa é chamada encosto de referencia ou gancho de zero
absoluto.
PAQUÍMETRO
Exemplo de um paquímetro
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1/281”) ou decimal (ex: 0,001”). O cursor é provido de uma escala que define a
sensibilidade da leitura, chamada nônio ou vernier, que se desloca em relação à escala
da régua e indica o valor da dimensão tomada.
Observação
1) O cálculo da sensibilidade obtido pela divisão do menor valor da escala principal
pelo número de divisões do nônio, é aplicado a todo e qualquer instrumento de
medição possuidor de nônio, tais como: paquímetros, goniômetros de precisão, etc.
2) Normalmente, para maior facilidade do inspetor, a sensibilidade do paquímetro já
vem gravada neste (ver figura seguinte).
Uso do Paquímetro
a) No Sistema Internacional de Unidades
Cada traço da escala fixa corresponde a um múltiplo do milímetro.
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Escala no paquímetro
Na figura acima o valor de cada traço da escala fixa é igual a 1mm. Se deslocarmos o
cursor do paquímetro até que o zero do nônio coincida com o primeiro traço da escala
fixa, a leitura da medida será 1mm (fig. a), no segundo traço 2mm (fig. b), no terceiro
traço 3mm (fig. c), no décimo sétimo traço 17mm (fig. d), e assim sucessivamente.
Exemplos:
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Leitura
Vemos que o 10o intervalo da escala fixa foi ultrapassado pelo zero do nônio, portanto
a leitura da escala fixa é 10.
No nônio, até o traço que coincidiu com o traço da escala fixa existem 4 intervalos,
cada um dos quais é igual a 0,02mm; portanto a leitura do nônio é 0,08.
A leitura da medida é, portanto 10,08mm.
Leitura
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Leitura
Podemos também neste sistema ter nônios de diferentes precisões. Por exemplo, se a
menor divisão da escala fixa é 0,025” o nônio possui 25 divisões, a precisão será de
0,0025"/25 = 0,001.
Precisão
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Precisão
Leitura da medida
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DISCIPLINA: METROLOGIA
Erros de Medição
Estão classificados em erros de influências objetivas e de influências subjetivas:
a) DE INFLUÊNCIAS OBJETIVAS: São aqueles motivados pelo instrumento:
• Erros de planicidade;
• Erros de paralelismo;
• Erros da divisão da régua;
• Erros da divisão do nônio;
• Erros da colocação em zero.
b) DE INFLUÊNCIAS SUBJETIVAS: São aqueles causados pelo operador (erros de
leitura).
Pressão de medição
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Regulagem
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Partes do paquímetro
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Exemplo de micrômetro
Princípio de funcionamento
O princípio de funcionamento do micrômetro assemelha-se ao do sistema parafuso e
porca.
Assim, há uma porca fixa e um parafuso móvel que, se der uma volta completa,
provocará um deslocamento igual ao seu passo.
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Nomenclatura
A figura seguinte mostra os componentes de um micrômetro.
Componentes de um micrômetro
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• O tambor é onde se localiza a escala centesimal. Ele gira ligado ao fuso micrométrico.
Portanto, a cada volta, seu deslocamento é igual ao passo do fuso micrométrico.
• A catraca ou fricção assegura uma pressão de medição constante.
• A trava permite imobilizar o fuso numa medida predeterminada.
Características
Os micrômetros caracterizam-se pela:
• Capacidade;
• Resolução;
• Aplicação.
A capacidade de medição dos micrômetros normalmente é de 25mm (ou 1”), variando
o tamanho do arco de 25 em 25mm (ou 1 em 1”). Podem chegar a 2000mm (ou 80”).
A resolução nos micrômetros pode ser de 0,01mm; 0,001mm; .001” ou .0001”.
No micrômetro de 0 e 25mm ou de 0 a 1”, quando as faces dos contatos estão juntas,
a borda do tambor coincide com o traço zero (0) da bainha. A linha longitudinal,
gravada na bainha, coincide com o zero (0) da escala do tambor.
Leitura
De profundidade
Conforme a profundidade a ser medida, utilizam-se hastes de extensão, que são
fornecidas juntamente com o micrômetro.
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Hastes de extensão
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Contador mecânico
É para uso comum, porém sua leitura pode ser efetuada no tambor ou no contador
mecânico. Facilita a leitura independentemente da posição de observação (erro de
paralaxe).
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Digital eletrônico
Ideal para leitura rápida, livre de erros de paralaxe, próprio para uso em controle
estatístico de processos, juntamente com microprocessadores.
Digital eletrônico
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0,5mm = 0,01mm
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Exemplos
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R = 0,001mm = 0,001mm
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MICRÔMETRO INTERNO
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Para obter a resolução, basta dividir o passo do fuso micrométrico pelo número de
divisões do tambor.
Resolução = . Passo do fuso micrométrico . = 0.5 = 0,005mm
Número de divisões do tambor 100
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GONIÔMETRO
Exemplo de Goniômetro
Esquematização de goniômetros
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Cálculo da resolução
Na leitura do nônio, utilizamos o valor de 5` ( 5 minutos ) para cada traço do nônio.
Dessa forma, se é o 2° traço no nônio que coincide com o traço da escala fixa,
adicionamos 10` aos graus lidos na escala fixa; se é o 3° traço, adicionamos 15`; se o 4°,
20`etc.
A resolução do nônio é dada pela fórmula geral, a mesma utilizada em outros
instrumentos de medidas com nônio, ou seja: dividi-se a menor divisão do disco
graduado pelo número de divisões do nônio.
Resolução = 1° = 60` = 5`
12 12
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Leitura do goniômetro
Os graus inteiros são lidos graduação do disco, com o traço zero do nônio. Na escala
fixa, a leitura pode ser feita tanto no sentido horário quanto no sentido anti-horário.
A leitura dos minutos, por sua vez, é realizada a partir do zero nônio, seguindo a
mesma direção da leitura dos graus.
Leitura
Conservação
• Evitar quedas e contato com ferramentas de oficina
• Guardar o instrumento em local apropriado, sem expô-lo ao pó ou à umidade.
TOLERÂNCIA DIMENSIONAL
É muito difícil executar peças com as medidas rigorosamente exatas porque todo
processo de fabricação está sujeito a imprecisões. Sempre acontecem variações ou
desvios das cotas indicadas no desenho. Entretanto, é necessário que peças
semelhantes tomadas ao acaso, sejam intercambiáveis, isto é, possam ser substituídas
entre si, sem que haja necessidades de reparos e ajustes. A prática tem demonstrado
que as medidas das peças podem variar, dentro de certos limites, para mais ou para
menos, sem que isto prejudique a qualidade. Estes desvios aceitáveis nas medidas das
peças caracterizam o que chamamos de tolerância dimensional, que assunto que você
vai aprender nesta aula.
As tolerâncias vêm indicadas, nos desenhos técnicos, por valores e símbolos
apropriados. Por isso, você deve identificar essa simbologia e também ser capaz de
interpretar os gráficos e as tabelas correspondentes.
As peças, em geral, não funcionam isoladamente. Elas trabalham associadas a outras
peças, formando conjuntos mecânicos que desempenham funções determinadas. Veja
um exemplo abaixo:
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Tolerância dimensional
Num conjunto, as peças se ajustam, isto é, se encaixam umas nas outras de diferentes
maneiras e você também vai aprender a reconhecer os tipos de ajustes possíveis entre
peças de conjuntos mecânicos.
No Brasil, o sistema de tolerância recomendado pela ABNT segue as normas
internacionais ISO (International Organization For Standardization). A observância
dessas normas, tanto no planejamento do projeto como na execução da peça, é
essencial para aumentar a produtividade da indústria nacional e para tomar o produto
brasileiro competitivo em comparação com seus similares estrangeiros.
Afastamentos
Os afastamentos são desvios aceitáveis das dimensões nominais, para mais ou para
menos, que permitem a execução da peça sem prejuízo para o seu funcionamento e
intercambiabilidade. Eles podem ser indicados do desenho técnico como mostra a
ilustração a seguir:
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Indicação de afastamento
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A cota ∅ 16 apresenta dois afastamentos com sinal – ( menos ), o que indica que os
afastamentos são negativos: - 0,20 e – 0,41.Quando isso acontece, o afastamento
superior corresponde ao de menor valor numérico absoluto. No exemplo, o valor 0,20
é menor que 0,41; logo, o afastamento – 0,20 correspondente ao afastamento
superior e – 0,41 corresponde ao afastamento inferior.
Para saber qual a dimensão máxima que a cota pode ter basta subtrair o afastamento
superior da dimensão nominal. No exemplo: 16,00 – 0,20 = 15,80. Para obter a
dimensão mínima você deve subtrair o afastamento inferior da dimensão nominal.
Então: 16,00 - 0,41= 15,59. A dimensão efetiva deste diâmetro pode, portanto, variar
dentro desses dois limites, ou seja, entre 15,80 mm e 15,59 mm. Neste caso, de dois
afastamentos negativos, a dimensão efetiva da cota será sempre menor que a
dimensão nominal.
Há casos em que os dois afastamentos têm sentidos diferentes, isto é, um é positivo e
o outro é negativo. Veja:
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Tolerância
Tolerância é a variação entre a dimensão máxima e a dimensão mínima. Para obtê-la,
calculamos a diferença entre uma e outra dimensão. Acompanhe o cálculo de
tolerância, no próximo exemplo:
Cálculo da tolerância
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Ajustes
Para entender o que são ajustes precisamos antes saber o que são eixos e furos de
peças.
Quando falamos em ajustes, eixo é o nome genérico dado a qualquer peça, ou parte
de peça, que funciona alojada em outra. Em geral, a superfície externa de um eixo
trabalha acoplada, isto é, unida à superfície interna de um furo. Veja, a seguir, um eixo
uma bucha.
Observe que a bucha está em corte para mostrar seu interior que é um furo.
Eixos e furos de formas variadas podem funcionar ajustados entre si. Dependendo da
função do eixo, existem várias classes de ajustes. Se o eixo se encaixa no furo de modo
a deslizar ou girar livremente, temos um ajuste com folga.
Quando o eixo se encaixa no furo com certo esforço, de modo a ficar fixo, temos um
ajuste com interferência.
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Existem situações intermediárias em que o eixo pode se encaixar no furo com folga ou
com interferência, dependendo das suas dimensões efetivas. É o que chamamos de
ajuste incerto.
Ajuste incerto
Em geral, eixos e furos que se encaixam têm a mesma dimensão nominal. O que varia
é o campo de tolerância dessas peças.
O tipo de ajuste entre um furo e um eixo depende dos afastamentos determinados. A
seguir, você vai estudar cada classe de ajuste mais detalhadamente.
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Para obter o valor de interferência, basta calcular a diferença entre a dimensão efetiva
do eixo e a dimensão efetiva do furo. Imagine que a peça pronta ficou com as
seguintes medidas efetivas: diâmetro do eixo igual a 25,28 mm e diâmetro do furo
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Ajuste incerto
É o ajuste intermediário entre o ajuste com folga e o ajuste com interferência. Neste
caso, o afastamento superior do eixo é maior que o afastamento inferior do furo, e o
afastamento superior do furo é maior que o afastamento inferior do eixo. Acompanhe
o próximo exemplo com bastante atenção.
Ajuste incerto
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Esquematização de calibradores
Peças que funcionam acopladas a outras têm, em geral, sua qualidade estabelecida
entre IT 4 e IT 11, se forem eixos; já os furos têm sua qualidade entre IT 5 e IT 11. Essa
faixa corresponde à mecânica corrente, ou mecânica de precisão.
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Observe que o eixo e o furo têm a mesma dimensão nominal: 28 mm. Veja, também
que os valores das tolerâncias, nos dois casos, são iguais:
Eixo Furo
Dimensão Máxima: 28,000 28,021
Dimensão mínima: - 27,979 - 28,000
Tolerância: 0,021 0,021
Como os valores de tolerâncias são iguais (0,021 mm), concluímos que as duas peças
apresentam a mesma qualidade de trabalho. Mas, atenção: os campos de tolerâncias
das duas peças são diferentes! O eixo compreende os valores que vão de 27,979 mm a
28,000 mm; o campo de tolerância do furo está entre 28,000mm e 28,021 mm. Como
você vê, os campos de tolerância não coincidem.
No sistema ISO, essas tolerâncias devem ser indicadas como segue:
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Indicação da tolerância
Volte a examinar o desenho técnico do furo. Observe que a tolerância do furo vem
indicada por H7. O numeral 7 mostra que a qualidade de trabalho é a mesma do eixo
analisado anteriormente. A letra H identifica o campo de tolerância.
Os 28 campos de tolerância para furos são representados por letras maiúsculas:
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Tolerância de furo
SISTEMA FURO-BASE
Imagine que este desenho representa parte de uma maquina com vários furos, onde
são acoplados vários eixos. Note que todos os furos têm a mesma dimensão nominal e
a mesma tolerância H7; já as tolerâncias dos eixos variam: f7, k6, p6. A linha zero, que
você vê representada no desenho, serve para indicar a dimensão nominal e fixar a
origem dos afastamentos. No furo A, o eixo A` deve girar com folga, num ajuste livre;
no furo B, o eixo B`deve deslizar com leve aderência, num ajuste incerto; no furo C, o
eixo C`pode entrar sob pressão, ficando fixo.
Para obter essas três classes de ajustes, uma vez que as tolerâncias dos furos são
constantes, devemos variar as tolerâncias dos eixos, de acordo coma função de cada
um.
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Este sistema de ajuste, em que os valores de tolerância dos furos são fixos, e os dos
eixos variam, é chamado de sistema furo-base. Este sistema também é conhecido por
furo padrão ou furo único. Veja quais são os sistemas furo-base recomendados pela
ABNT a seguir:
SISTEMA EIXO-BASE
Imagine que o próximo desenho representa parte da mesma maquina com vários
furos, onde são acoplados vários eixos, com funções diferentes. Os diferentes ajustes
podem se obtidos se as tolerâncias dos eixos mantiverem-se constantes e os furos
forem fabricados com tolerâncias variáveis. Veja:
O eixo A`encaixa-se no furo A com folga; o eixo B`encaixa-se no furo B com leve
aderência; o eixo C`encaixa-se no furo C com interferência. Veja a seguir alguns
exemplos de eixos base recomendados pela ABNT:
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Entre os dois sistemas, o furo-base é o que tem maior aceitação. Uma vez fixada a
tolerância do furo, fica mais fácil obter o ajuste recomendado variando apenas as
tolerâncias dos eixos.
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Na segunda coluna – Furo – vem indicada a tolerância, variável para cada grupo de dimensões,
do furo base: H7. Volte a examinar a 9 ª linha da tabela, onde se encontra a dimensão
de 40 mm; na direção da coluna do furo aparecem os afastamentos do furo: 0
(afastamento inferior ) e + 25 ( afastamento superior ). Note que nas tabelas que
trazem afastamentos de furos o afastamento inferior, em geral, vem indicado acima do
afastamento superior. Isso se explica porque, na usinagem de um furo, parte-se
sempre da dimensão mínima para chegar a uma dimensão efetiva, dentro dos limites
de tolerâncias especificas.
Lembre-se de que, nesta tabela, as medidas estão expressas em mícrons. Uma vez que
1μm= 0,001 m, então 25μm = 0,025mm. Portanto, a dimensão máxima do furo é:
40mm + 0,025mm = 40,025mm, e a dimensão mínima é 40 mm, porque o afastamento
inferior é sempre 0 no sistema furo-base.
Agora, só falta identificar os valores dos afastamentos para o eixo g6. Observe
novamente a 9 ª linha da tabela anterior, na direção do eixo g6. Nesse ponto são
indicados os afastamentos do eixo: -9 / -25 O superior - 9μm, que é o mesmo que –
0,009 mm. O afastamento inferior é – 25 μm, que é igual a – 0,025mm. Acompanhe o
cálculo da dimensão máxima do eixo:
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Analisando os afastamentos, você deve ter concluído que este é um caso de ajuste
incerto, pois dependendo das medidas efetivas do eixo e do furo, tanto poderá
resultar folga como leve interferência.
A aplicação do sistema de tolerâncias ABNT/ ISO tende a se tornar cada vez mais
freqüente nas empresas brasileiras que buscam na qualidade de serviços, produtos e
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