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Reflexões sobre a pandemia da covid19 Período pandêmico e povos tradicionais

Fichamento de resumo
REFERÊNCIA: KRENAK, Ailton Alves Lacerda. O amanhã não está à venda. São Paulo:
Companhia das Letras, 2020.

O escritor indígena Ailton krenak escreveu o livro durante o período pandêmico da covid19.
E nele, o autor traz sua perspectiva sobre o isolamento social, relatando, a princípio, sobre
sua aldeia e o fato do seu povo já viver isolado, involuntariamente bem antes da pandemia. E
que, isso os diferenciou do restante do mundo pois já sabiam viver nesta situação atípica e
que como os indígenas, todos nós precisamos nos recolher para sobrevivermos. Krenak relata
que, talvez, a doença traga uma lição a humanidade que devasta o planeta para suprir suas
necessidades e com isso, gera grandes desigualdades entre povos e sociedades.

Sendo assim, ele traz a ideia de que o vírus é apenas uma forma da natureza mostrar que
está sendo explorada de maneira irresponsável e que é necessário parar, ao analisar que,
nenhum ser vivo foi atingido por ele, só os seres humanos.

Krenak crítica a visão antropocentrista e afirma que estamos dentro do planeta e não a
parte dele. Por isso, ao prejudicá-lo, estamos nos prejudicando. Na pandemia, muitos
precisaram de oxigênio para sobreviver, ele faz um paralelo com o que a natureza sempre
nos deu em excesso, e de graça, mas não estamos dando valor. Expõe criticamente o incentivo
capitalista para que acabasse o isolamento e a economia voltasse. Além da banalização da
vida durante esse processo. Ele afirma que não podemos prosseguir no erro. O sistema de
produção capitalista enxerga os indivíduos como meros objetos.

Por fim, o autor afirma que não podemos sair dessa experiência do mesmo jeito que a
iniciamos, a vida não pode voltar ao normal. Isso seria um terrível regresso.

Elaborado por: Ruth Teixeira dos Santos. Disciplina: HAC A78 - Oficina de texto acadêmicos em
saúde/bacharelado interdisciplinar em saúde/UFBA. 2023.2

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