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vG9DXzfyiOkyEbE - 2013 4 30 15 14 32 PDF
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Científica
Eletrônica PSICANALÍTICA
de
Psicologia BISSOLI, Sidney da Silva Pereira
Faculdade de Ciências da Saúde – FASU / ACEG
Prefeitura Municipal de Garça – SP
Publicação
Mestrando em Filosofia da Psicanálise – UFSCar
Científica da
Associação
Cultural e
Educacional RESUMO
de Garça
Este trabalho inicia com uma breve revisão bibliográfica sobre a
concepção dos sonhos no interior da obra freudiana, a partir de dois
eixos: teórico e prático. Em seguida, é apresentada uma vinheta
clínica, no intuito de estabelecer relações entre a teoria e a prática da
interpretação de sonhos, de um ponto de vista psicanalítico.
Palavras-chave: sonhos; Psicanálise; psicoterapia psicanalítica; Freud.
Tema Central: Psicologia.
ABSTRACT
This issue begins with a brief bibliography revision about dream’s con-
ception in Freudian’s work, through two directions: theoretic and prac-
tical. Continuing, it is presented a clinic relate, to establish relations
between theory and practice of dream’s interpretation, through a
psychoanalytical point of view.
Key-words: dreams; Psychoanalysis; psychoanalytic psychotherapy;
Freud.
1. INTRODUÇÃO
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Científica entre duas instâncias psíquicas (consciente e inconsciente); os
Eletrônica mecanismos de deslocamento e condensação como parte do trabalho
de
do sonho; a livre associação como método de desvendar os sonhos;
Psicologia
etc..
Publicação
Científica da
Em 1911, no trabalho “O manejo da interpretação de sonhos
Associação na Psicanálise”, Freud alerta os psicanalistas que a arte da interpretação
Cultural e
Educacional de sonhos não deve ser o objetivo maior do psicanalista. Acima disso,
de Garça encontra-se a regra da livre associação de idéias. Assim, a análise
dos sonhos é apenas um dentre os instrumentos que o psicanalista
tem à sua disposição. Alguns preceitos técnicos são apontados: o
sonho não precisa ser interpretado completamente em uma sessão,
caso não haja tempo, e tampouco a análise do sonho deve ser
retomada na sessão seguinte, em caso de interpretações não-
acabadas. Outro recado importante é que a apresentação abusiva
de sonhos pelo paciente, ao analista, longe de ser um sinal de
colaboração, pode ser uma forma de resistência. Diante de tantos
sonhos, o analista pode se ver perdido, sem saber o que fazer com
todo o material.
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Científica
Eletrônica
de O material a ser apresentado foi colhido de uma sessão de
Psicologia psicoterapia psicanalítica. As sessões ocorriam duas vezes por semana,
Publicação
e tinham duração de 50 minutos cada. O registro do material não foi
Científica da feito durante sua ocorrência, para não interromper o processo de
Associação
Cultural e atenção flutuante do psicoterapeuta. Assim, o material foi registrado
Educacional logo após o término da sessão. Para a compreensão deste material,
de Garça
e para os propósitos deste artigo, é dispensável qualquer identificação
do paciente em questão.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Paciente (P): “Eu sonhei com você. Sonhei que você estava
pelado, meio de lado, e que você estava chorando, com o rosto
todo vermelho”.
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Científica psicólogo simbolizava a própria paciente. Continuando,
Eletrônica surpreendentemente, a sessão se reveste de sentido, e um diálogo
de
vivo se inicia entre paciente e psicoterapeuta:
Psicologia
P: Tem a ver mesmo isso o que você está falando. Tem coisas
Publicação
Científica da
que eu contava para o meu psicólogo anterior, e que eu não consigo
Associação contar para você. Eu tenho vergonha.
Cultural e
Educacional Reparemos que o sentimento de vergonha é expresso
de Garça
alusivamente no conteúdo manifesto do sonho, através do rosto
que estava vermelho. Poderíamos ter chegado ao sentimento de
vergonha, a partir das associações da paciente em relação ao
elemento “rosto vermelho”. No entanto, alcançamos este aspecto
da vida emocional da paciente a partir um caminho diferente.
A paciente continua:
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Científica próprias palavras, a clássica tese psicanalítica de que a relação
Eletrônica transferencial com o psicoterapeuta reproduz padrões de
de
relacionamento arcaicos vividos com as figuras parentais e,
Psicologia
principalmente, com a mãe.
Publicação
Científica da
Psicólogo e paciente também podem conversar sobre no que a
Associação diferença de idade entre o seu psicólogo atual e o seu psicólogo
Cultural e
Educacional anterior, e entre o seu psicólogo atual e ela própria, interferem no
de Garça trabalho, até que a interpretação mais óbvia para o sonho em questão
também pode ser trabalhada: não apenas a paciente pretende se
abrir mais para o psicólogo, como ela também deseja conhecer mais
essa pessoa que vem trabalhando com ela há algum tempo. Nesse
sentido, queixa-se de que ela o conhece muito pouco, que ela não
sabe onde o psicólogo mora, quantos anos ele tem, o que ele faz
aos finais de semana que ela nunca o encontra, e assim por diante.
4. CONCLUSÕES
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Científica Janeiro: Imago, v. 4, 1996.
Eletrônica _____. (1900). A interpretação de sonhos. In: Obras psicológicas
de completas de Sigmund Freud: edição standard brasileira. Rio de
Psicologia Janeiro: Imago, v. 5, 1996.
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