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Critica para critica

A arte e a cultura estão a cada dia perdendo sua tão peculiar aura, aquilo que faz do
objeto de arte algo único e irreproduzível está sendo minadas pelas tecno -
reproduções que são arvores frutíferas para disseminação da semi - cultura.

Sabe-se que a revolução é a força motriz da mudança, mas sabe-se também que toda
e qualquer investigação das características da sociedade capitalista para as soluções
de questões como a legitimidade do Estado e a luta de classes são abruptamente
cassadas e desintegradas pelo estado que representa não o povo, mas a iniciativa
privada.

A indústria cultural caracteriza-se pela exploração comercial e pela vulgarização da


cultura, produzindo entretenimento e não reflexão. Parece não estar claro que o futuro
da humanidade depende da adoção de um pensamento crítico a respeito do que ela
produz.

O governo é uma agência controladora que se utiliza da farsa denominada


“representação do povo” para perpetuar as idéias de que as relações sociais são
devidamente e justamente estabelecidas em um contexto social amplo e justo estilo
“Walden”, utilizando-se legitimamente de outras tão eficientes agências controladoras
como a mídia e a tecnologia, sendo a ultima a manifestação dos pensamentos e dos
padrões de comportamentos dominantes, ou seja, são agências não apenas de
controle, mas também de dominação.

É implantado o desejo de falta de liberdade da civilização industrializada desenvolvida


tipo “Matrix”, onde a falta de liberdade é suave e confortável. O que pode ser melhor
do que a retirada da individualidade, mecanizando o que é mais penoso? O que é
melhor do que a regulamentação da livre competição entre pessoas desigualmente
equipados? O que é melhor do que a redução das prerrogativas nacionais que
garantem a ordem dos recursos? O que é melhor que ir a praia queimar o cérebro e
pegar câncer de pele?

A problemática não se trata de ter ou não que fazer algo, de poder ou não poder fazer
algo, mas ter ciência de que tudo que se faz, fazemos por ação própria e peculiar, livre
do espírito alienado que está impregnado em nossos comportamentos operantes,

Há o totalitarismo social passando despercebido em que os aparatos estatais impõem


suas exigências econômicas e políticas para expansão do trabalho visando
comprometimento individual, e o tempo livre do sujeito é direcionado para o intelectual
e material, porém, o tempo restante está submetido à expansão do trabalho e lazer
vendido.

Utiliza-se a possível verdade mentalista do “eu interior”, a fim de sobrepujar as


necessidades do nível biológico de acordo a necessidade dos interesses e instituições
comuns a iniciativa privada, ainda do mesmo modo nossas necessidades biológicas
pessoais são padronizadas e falseadas a fim de tornar as experiências particulares
totalmente igualitárias, fugindo claramente de um conceito lógico de ordenação.
Harley Pacheco de Sousa – Estudante de Psicologia - 2012-01-19

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