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Os caminhos da humanidade sem reflexão

Harley Pacheco de Sousa

Há algumas décadas o filosofo já reivindicava o desejo de uma ideologia que manipulasse seu
comportamento e assim tornasse possível o dia nascer feliz. Podemos perceber claramente
que apenas assim é possível suportar o modelo de vida cansativo que a modernidade tornou
possível, modelo que é construído por relações virtuais frágeis que reproduzem a vida real,
mas sem os riscos que estão ligados a ela, pois se acontecer algo que eu não goste posso
simplesmente desconectar-me sem demora.

Há muitos anos outro filosofo tão perspicaz com as palavras e visionário já dizia que é
necessário se esforçar para ser um sujeito normal, sendo necessário se afastar do próximo
para ver as coisas de um prisma diferente e que essa visão o caracterizou um louco que
precisou controlar certa dose de “maluques” misturada com a lucidez de uma pessoa
enquadrada em um sistema déspota.

Analisando a historia de vida da espécie humana concluímos então que é repleta de


atrocidades morais que minam as relações e nos inserem em um sistema amplo e injusto
fazendo que creiamos que isso é a mais pura ordenação lógica e seqüencial das coisas, toda via
avaliando sem muitas minúcias recorrentes situações ficam claras e podemos perceber
diversas lacunas em todos os discursos algozes, não precisamos necessariamente nascer a dez
mil anos atrás para saber de tudo, mas precisamos para aprender o necessário sobre nós
mesmos.

Existem momentos em que nós meros mortais que não se vendem ao produtivismo
pragmático e ao estereótipo da burrice exibida pelos aparelhos de repressão ideológicos
desejaremos que a terra pare e que não tivéssemos que defender com unhas e dentes a
soberania de um estado injusto que realiza praticas não louváveis, mas que de fato contribue
para a disseminação da injustiça legitima de um sistema político que induz o organismo ao não
pensar.

Olhamos para os lados e sempre sabemos o que está ocorrendo, porque a sociedade se tornou
um grande espetáculo previsto em tempos remotos pelos ortodoxos Orwellianos, dês
daqueles tempos era possível prever os descaminhos que o modelo de vida cansativo estava
proporcionando, talvez por esse motivo haja tantos rumores de que o mundo está
caminhando o fim.

Antigamente os filósofos estudavam as origens do mundo, a existência, a finitude e a plenitude


humana, atualmente findaram - se as reflexões e os filósofos e artistas não por incapacidade
ou competência, mas por alienação não conseguem achar o modo eficaz e apropriado para
expor suas idéias e lutas sociais além das pessoais e despendem suas energias intelectuais com
atividades sem fim produtivo, dirigem seus pensamentos com assuntos vãos de como melhor
agregar atributos efêmeros aos seus corpos esbeltos e delineados ou em como se tornar cada
dia mais irreverente com suas próprias desgraças ao invés de direcionar a energia produtiva
para entender aspectos que melhorassem o estilo de vida dos diversos organismos habitantes
do planeta.

Ninguém mais anda distraído, impaciente e indeciso, mas são extremamente ansiosos e
preocupados com as futilidades sociais exigidas pela mídia e impostas pelas belíssimas fêmeas
expostas em out doores nas campanhas publicitárias como se aqueles seres fossem os deuses
mais lindos.

Mas não pensem que o cenário que narro é o mais fidedigno, pois obviamente há casos que de
tão complexos nem mesmo nós pessoas que tentam ser focadas em frases que produzem e
que tem algum sentido conseguimos perceber ou argumentar com a propriedade devida.

Para concluir, tento convencer os leitores de que o mundo é efêmero e que não devemos
deixar o mundo como está mesmo havendo motivos para que nos mantenhamos em inércia
ou letargia, pois há acontecimentos que tornam nossas experiências melhores e que nos
mostra claramente que podemos mudar o futuro da humanidade.

Influencias

Theodor Adorno, Hebert Marcuse, Karl Marx, Frederic Skinner, Cazuza, Renato Russo, Raul
Seixas, Zygmunt Bauman, Darcy Ribeiro.

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