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AulaArrPilar21 1remoto
AulaArrPilar21 1remoto
• Introdução
• Teoria da área tributária
• Parâmetros de projeto
• Fator de segurança
• Métodos determinísticos
e probabilísticos
• Exemplos
• Exercícios propostos Pilar parcialmente extraído com ruptura
e queda sob tensão elevada, em que a
• Referências forma típica em ampulheta (“ou cálice”)
indica pilar sobrecarregado.
Projeto e estabilidade de pilares estão entre problemas mais extensivos e
complicados em mecânica de rochas e controle de estratos.
Apesar da geração de tensões horizontais, que pode auxiliar no
confinamento de pilares em algumas situações, em geral a maior restrição
ao projeto a maior profundidade (acima de 300 m) são as tensões verticais
(Carter, 1996; Unlu, 2001).
Para dado arranjo, por meio de formulação aproximada (área tributária ou
modelo matemático) são calculadas tensões médias atuantes nos pilares; e
suas resistências, por meio de expressões empíricas.
Equações sugerem pilares muito largos, pois a teoria da área tributária,
base da maioria delas, é muito conservadora (Figueiredo, 2013; Lara et al,
2014). Nunez et al (2014): aplicação de métodos numéricos para deduzir
equação de resistência de pilares (seção quadrada para seção retangular).
Introdução
Dimensionamento de pilares é um estudo relativamente novo.
Parâmetros de partida para o arranjo:
• resistência à compressão,
• peso específico,
• fator de segurança,
• profundidade.
• Teoria da área tributária (T.A.T.): tensão calculada assumindo-
se que pilares suportam uniformemente carga sobrejacente a eles
e às aberturas.
• CDC (2011): cálculo pela T.A.T. provê geralmente limite superior
da tensão média; não considera presença de pilares barreira ou
capeamentos sólidos que podem reduzir tensão média sobre pilar
“interno”.
• Em condições em que área tributária não é válida (pilares
irregulares, extensão limitada de lavra, cobertura de profundidade
variada), modelos numéricos podem ser usados para estimar
tensão média sobre pilar.
Pilares naturais Limitações implícitas ao procedimento da T.A.T.
para determinação da tensão axial no pilar
a) A tensão média no pilar é puramente uma
quantidade conveniente para representar o
estado de carregamento do pilar em uma
direção dada.
b) A T.A.T. se restringe à análise da componente
de tensão normal (pré-lavra) atuante
paralelamente ao eixo dos pilares
desconsiderando outras componentes do
campo de tensões atuante.
c) O efeito da localização do pilar dentro do
corpo do minério é ignorado. Assim, pilares
centrais receberiam o mesmo carregamento
Dimensionamento de pilares e
das câmaras que pilares próximos aos limites do corpo, o
(Hoek e Brown, 1980) que não é verdadeiro (Brady & Brown, 2004).
Função do pilar
• Controle de deformações na zona de
influência da mina, enquanto a mina avança.
• Ruptura de um pilar
sobrecarrega os pilares em
seu entorno.
• Colapso de pilares se
propaga para o restante da
mina.
• Como evitar??
• Pilares barreiras!
(Botelho, 2017)
Ruptura de pilar
• Plano de fraqueza: é onde ocorre,
preferencialmente, a ruptura.
• Pilar xistoso: “bulking”
• Como identificar ruptura do pilar?
• Fraturamento de superfície
• Fraturas se estendem
• Núcleo permanecerá intacto (área
operacional) até atingir sua capacidade
máxima
Dimensionamento de pilares
• Estudo relativamente novo (pouco mais de quatro décadas),
com pesquisas de Salamon, Holland, Bieniawski, Peng e
outros.
• Abrangência lavra subterrânea: EUA – 33% da produção.
• mineração do carvão - como acontece com mineração
subterrânea como um todo, dificuldade de se conseguir a
documentação dos casos no Brasil é grande.
• Quanto maior o fator de segurança, maior a vida útil (lifetime).
• Peng (2007): importa numericamente o fator de segurança,
menos o valor do carregamento sobre o pilar e a resistência
do pilar.
Outros fatores:
• custo da informação (realização de ensaios),
• método de lavra,
• tipo de abertura (sua vida útil),
• confiabilidade dos resultados (por exemplo, as condições de
confinamento do corpo de prova).
Estatísticas:
• pilares de 4,6 a 21,5 m de largura, 4,8 a 38 m altura,
• razão largura/altura 0,29 a 3,52,
• largura de abertura 9,1 a 16,8 m, diagonal de interseção 16, 1
a 29,6 m,
• profundidade de cobertura 22,8 a 670 m.
Área tributária
Proporção da área de extração
• Limitações da “TAT”:
– Tensão média é representação da
quantidade de carga APENAS
paralelamente à direção de confinamento.
– Localização do pilar não é considerada.
Imad et al. (2014): o erro na carga computada pela aproximação pela área
tributária se torna relativamente maior quanto aumenta o número de níveis,
especialmente para cálculos de cargas laterais; e quanto aumenta a espessura
das colunas. A previsão usando a TAT melhora tanto para forças laterais
quanto axiais nas colunas.
Volume extraído
• Alterações na abertura que aumentam a altura
equivalente representam aumento na produção;
• Aumento da largura dos realces (stopes) e da altura
lavrada, independentemente, aumentam a altura
equivalente
• Máxima recuperação:
– Extração da espessura completa do corpo de
minério;
– Máxima largura das aberturas.
Nunez et al. (2021): Fatores de Recuperação- quando consideradas as tensões de
onda, são relativamente inferiores em relação ao dimensionamento convencional, em
que são desprezadas as cargas entregues pelos pulsos de onda (“dinâmicas”).
Pilares dimensionados de maneira convencional oferecem uma recuperação média de
2,04% a mais em comparação com o dimensionamento de pilares quando consideradas
as tensões de onda.
Proporção de volume extraído
x
Capacidade de suporte de teto e de piso
• Teto e piso pouco competentes
• Ruptura no contato entre pilar e encaixante
• Afundamento
• Função de:
– Carga aplicada
– Coesão
– Ângulo de atrito
Diversas causas podem induzir aceleração das deformações dos
pilares ao longo da vida útil da operação da mina (Brandani, 2011,
citado por Lopez, 2017):
• Vibrações induzidas por detonações em zonas próximas ao pilar:
• Abatimento de blocos do corpo do pilar;
• Remodelamento da seção do pilar;
• Redistribuição de tensões no maciço com o aumento contínuo da
área de lavra;
• Alteração da superfície das descontinuidades por ação das águas
subterrâneas.
Pesquisa operacional e o arranjo de pilares
Figueiredo e Curi (2004), Souza (2011), Oliveira (2019) e Dias
(2021) propõem aplicações de pesquisa operacional ao
dimensionamento de pilares na lavra subterrânea.
Oliveira (2019) fez análise de risco de arranjo de pilares de mina
subterrânea de manganês (programação não linear, via Lingo).
Dias (2021) utilizou técnicas de heurística para estudar variações
em cinco parâmetros do dimensionamento, estabelecendo ainda
restrições operacionais.
• Minerador contínuo
• equipamentos de
transporte elétrico
(shuttle-cars)
• quebrador-alimentador
(feederbreaker) que
descarrega o minério
diretamente na correia
transportadora
Mina Taquari-Vassouras
• Escavação dos pilares será feita em recuo.
(Botelho, 2017)
Exercícios Propostos
1- (DNPM) Se uma camada regular de carvão é lavrada pelo
método de câmaras e pilares, com as características geométricas
seguintes, altura de extração – h, potência da camada – h,
largura dos pilares (seção quadrada) – w, largura das câmaras –
0,75w, então o valor que melhor representa a razão de extração
volumétrica (recuperação) obtida nos painéis é:
a) 85% b) 56% c) 67% d) 44%