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Arranjo de Pilares

DEMIN/EM/UFOP- MIN 225


Prof. José Margarida da Silva
2021-1 remoto
Sumário

• Introdução
• Teoria da área tributária
• Parâmetros de projeto
• Fator de segurança
• Métodos determinísticos
e probabilísticos
• Exemplos
• Exercícios propostos Pilar parcialmente extraído com ruptura
e queda sob tensão elevada, em que a
• Referências forma típica em ampulheta (“ou cálice”)
indica pilar sobrecarregado.
Projeto e estabilidade de pilares estão entre problemas mais extensivos e
complicados em mecânica de rochas e controle de estratos.
Apesar da geração de tensões horizontais, que pode auxiliar no
confinamento de pilares em algumas situações, em geral a maior restrição
ao projeto a maior profundidade (acima de 300 m) são as tensões verticais
(Carter, 1996; Unlu, 2001).
Para dado arranjo, por meio de formulação aproximada (área tributária ou
modelo matemático) são calculadas tensões médias atuantes nos pilares; e
suas resistências, por meio de expressões empíricas.
Equações sugerem pilares muito largos, pois a teoria da área tributária,
base da maioria delas, é muito conservadora (Figueiredo, 2013; Lara et al,
2014). Nunez et al (2014): aplicação de métodos numéricos para deduzir
equação de resistência de pilares (seção quadrada para seção retangular).
Introdução
Dimensionamento de pilares é um estudo relativamente novo.
Parâmetros de partida para o arranjo:
• resistência à compressão,
• peso específico,
• fator de segurança,
• profundidade.
• Teoria da área tributária (T.A.T.): tensão calculada assumindo-
se que pilares suportam uniformemente carga sobrejacente a eles
e às aberturas.
• CDC (2011): cálculo pela T.A.T. provê geralmente limite superior
da tensão média; não considera presença de pilares barreira ou
capeamentos sólidos que podem reduzir tensão média sobre pilar
“interno”.
• Em condições em que área tributária não é válida (pilares
irregulares, extensão limitada de lavra, cobertura de profundidade
variada), modelos numéricos podem ser usados para estimar
tensão média sobre pilar.
Pilares naturais Limitações implícitas ao procedimento da T.A.T.
para determinação da tensão axial no pilar
a) A tensão média no pilar é puramente uma
quantidade conveniente para representar o
estado de carregamento do pilar em uma
direção dada.
b) A T.A.T. se restringe à análise da componente
de tensão normal (pré-lavra) atuante
paralelamente ao eixo dos pilares
desconsiderando outras componentes do
campo de tensões atuante.
c) O efeito da localização do pilar dentro do
corpo do minério é ignorado. Assim, pilares
centrais receberiam o mesmo carregamento
Dimensionamento de pilares e
das câmaras que pilares próximos aos limites do corpo, o
(Hoek e Brown, 1980) que não é verdadeiro (Brady & Brown, 2004).
Função do pilar
• Controle de deformações na zona de
influência da mina, enquanto a mina avança.

• Estabilizar a mina e os locais ao redor da


escavação.

• Significa não extrair reserva provada e


desenvolvida.

Projeto (design) mais econômico: menor pilar.


Eficácia de um pilar

• Dimensões individuais dos pilares

• Sua localização no corpo de


minério

• Capacidade de carga do pilar

• Cargas impostas pelo maciço


rochoso
Desempenho (performance) de pilares
Ruptura de pilar

• Ruptura de um pilar
sobrecarrega os pilares em
seu entorno.
• Colapso de pilares se
propaga para o restante da
mina.

• Como evitar??
• Pilares barreiras!
(Botelho, 2017)
Ruptura de pilar
• Plano de fraqueza: é onde ocorre,
preferencialmente, a ruptura.
• Pilar xistoso: “bulking”
• Como identificar ruptura do pilar?
• Fraturamento de superfície
• Fraturas se estendem
• Núcleo permanecerá intacto (área
operacional) até atingir sua capacidade
máxima
Dimensionamento de pilares
• Estudo relativamente novo (pouco mais de quatro décadas),
com pesquisas de Salamon, Holland, Bieniawski, Peng e
outros.
• Abrangência lavra subterrânea: EUA – 33% da produção.
• mineração do carvão - como acontece com mineração
subterrânea como um todo, dificuldade de se conseguir a
documentação dos casos no Brasil é grande.
• Quanto maior o fator de segurança, maior a vida útil (lifetime).
• Peng (2007): importa numericamente o fator de segurança,
menos o valor do carregamento sobre o pilar e a resistência
do pilar.

• Estudo desenvolvido na Mina Cayeli (Turquia) com aplicação


de MineSight e CMS mostrou, em comparação, pequeno
aumento na tonelagem e teor extraído, dentre as abordagens
“nova” e “velha” (1,6%), conforme Sorvey (2006).
Dimensionamento de pilares
Fatores na estabilidade do arranjo de pilares
• Largura da escavação, largura e altura do pilar; mergulho.

Outros fatores:
• custo da informação (realização de ensaios),
• método de lavra,
• tipo de abertura (sua vida útil),
• confiabilidade dos resultados (por exemplo, as condições de
confinamento do corpo de prova).

Diferentes expressões analíticas de resistência de pilar; todas


partem da teoria da área tributária (Peng, 2007).

Sorvey (2006) realça importância da diluição e recuperação no


valor econômico de depósitos, controlado principalmente pela
qualidade do projeto e prática operacional no realce.
Histograma de frequência de pilares estáveis e pilares colapsados, em minas de
carvão da África do Sul (Salamon & Munro, 1967 apud Brady & Brown, 1985).

A literatura técnica disponível para dimensionamento de pilares em rochas brandas


tem abrangência e abordagem muito superiores, particularmente para minas de
carvão (Lopez, 2017).
Fator de segurança
• Quando se projeta sistema de pilares, fator de segurança deve
ser selecionado com cuidado, porque deve compensar a
incerteza e variabilidade das propriedades das rochas e
dimensões de lavra.
• Seleção do FS apropriado pode ser baseada em julgamento de
engenharia ou análises estatísticas de casos tanto estáveis
como de pilares rompidos.
• À medida que FS decresce, deve-se esperar que aumente
probabilidade de ruptura dos pilares. Por exemplo, uma análise
estatística que a probabilidade de ruptura é de 1 para 1 para
FS de 1,63 para pilares em minas de carvão australianas e um
FS de 1,0 está associado com 1 para 2 de probabilidade de
ruptura (50%).
• Em termos práticos, se observado que poucos pilares rompem
no arranjo, é indicação que tensão sobre pilar é próxima da
resistência do pilar, o que causa que pilares mais fracos do
arranjo rompam.
FS e probabilidade de ruptura
• A relação FS e probabilidade de ruptura, entretanto, depende
da incerteza e variabilidade do sistema sob consideração.

• CDC (2011): sistema na mesma base para arranjos de


pilares em pedreiras a partir de 34 minas nos EUA.

Estatísticas:
• pilares de 4,6 a 21,5 m de largura, 4,8 a 38 m altura,
• razão largura/altura 0,29 a 3,52,
• largura de abertura 9,1 a 16,8 m, diagonal de interseção 16, 1
a 29,6 m,
• profundidade de cobertura 22,8 a 670 m.

De 109 pilares observados, 18 romperam (16,5%).


Estudos
• Investigações para arranjos câmaras e pilares, mas também
para pilares laterais (rib), coroamento (crown) e soleira/teto
(sill).
• Estudos de modelos (numéricos, físicos e outros) e in situ
(instrumentação e geofísica).
• Cálculo da tensão média: área tributária, deflexão de viga,
entre outros (Jeremic, 1987).
• No cálculo dos pilares, a teoria da área tributária não leva em
conta características como a dimensão do painel de lavra,
posição dos pilares, deformabilidade elástica de pilares e
encaixantes e as tensões in situ (Jaeger e Cook, 1979, citado
por Lara et al., 2014).

• Roberts et al. (2005) descrevem modelagem. Cargas sobre


pilares foram menores que as calculadas pela TAT. Ruptura de
pilar foi simulada para FS = 1,5 e o painel permaneceu estável.
Modelo (Teoria) da Área Tributária

Área tributária
Proporção da área de extração

σzz ou Sp- (tensão de) resistência do pilar (Cano, 2016).


Proporção da área de extração
• Tensão (stress) pode ser calculada
diretamente das dimensões do pilar e do
componente de tensão na direção do
(paralela ao) eixo do pilar.

• Tensão é função da área de extração.

• Limitações da “TAT”:
– Tensão média é representação da
quantidade de carga APENAS
paralelamente à direção de confinamento.
– Localização do pilar não é considerada.

O método convencional de cálculo representa a inclusão somente de


tensões de compressão e implicitamente assume que as tensões
cisalhantes são desprezíveis. Entretanto, devido à proximidade ou à
orientação dos realces relativamente às feições topográficas ou
presença de pilhas ou barragem (em minas rasas, H < 100 m), pode
haver variação.
Outros métodos: Hardy e Agapito (1977)
Projeto de câmaras e pilares
Wagner (2016): sistema estaticamente indeterminado.
Limitar dimensões do painel por meio de
substanciais pilares de barreira pode reduzir o risco
de colapsos regionais de pilares e aumentar a
estabilidade geral da mina.

Fator de Segurança < 1!!!!


Quais são as opções?
1. Reduzir tamanho das câmaras
2. Aumentar largura do pilar

3. Reduzir altura do pilar


Projeto de câmaras e pilares
• Nova largura de pilar pode ser obtida
explicitamente.
Qual layout resulta em maior recuperação de minério??

• Fator de segurança é função de:


– Dimensões do pilar
– Dimensões da abertura
– Altura do pilar

Modelagem numérica: permite conhecer a distribuição de tensões sobre a


estrutura e aferir o comportamento geomecânico real do maciço, mediante
o ingresso de parâmetros de resistência tais como coesão, ângulo de atrito,
resistência à compressão da rocha intacta, resistência à tração, entre outros
parâmetros, dependendo do critério de ruptura utilizado (Lopez, 2017).
Volume extraído

Imad et al. (2014): o erro na carga computada pela aproximação pela área
tributária se torna relativamente maior quanto aumenta o número de níveis,
especialmente para cálculos de cargas laterais; e quanto aumenta a espessura
das colunas. A previsão usando a TAT melhora tanto para forças laterais
quanto axiais nas colunas.
Volume extraído
• Alterações na abertura que aumentam a altura
equivalente representam aumento na produção;
• Aumento da largura dos realces (stopes) e da altura
lavrada, independentemente, aumentam a altura
equivalente
• Máxima recuperação:
– Extração da espessura completa do corpo de
minério;
– Máxima largura das aberturas.
Nunez et al. (2021): Fatores de Recuperação- quando consideradas as tensões de
onda, são relativamente inferiores em relação ao dimensionamento convencional, em
que são desprezadas as cargas entregues pelos pulsos de onda (“dinâmicas”).
Pilares dimensionados de maneira convencional oferecem uma recuperação média de
2,04% a mais em comparação com o dimensionamento de pilares quando consideradas
as tensões de onda.
Proporção de volume extraído

x
Capacidade de suporte de teto e de piso
• Teto e piso pouco competentes
• Ruptura no contato entre pilar e encaixante
• Afundamento
• Função de:
– Carga aplicada
– Coesão
– Ângulo de atrito
Diversas causas podem induzir aceleração das deformações dos
pilares ao longo da vida útil da operação da mina (Brandani, 2011,
citado por Lopez, 2017):
• Vibrações induzidas por detonações em zonas próximas ao pilar:
• Abatimento de blocos do corpo do pilar;
• Remodelamento da seção do pilar;
• Redistribuição de tensões no maciço com o aumento contínuo da
área de lavra;
• Alteração da superfície das descontinuidades por ação das águas
subterrâneas.
Pesquisa operacional e o arranjo de pilares
Figueiredo e Curi (2004), Souza (2011), Oliveira (2019) e Dias
(2021) propõem aplicações de pesquisa operacional ao
dimensionamento de pilares na lavra subterrânea.
Oliveira (2019) fez análise de risco de arranjo de pilares de mina
subterrânea de manganês (programação não linear, via Lingo).
Dias (2021) utilizou técnicas de heurística para estudar variações
em cinco parâmetros do dimensionamento, estabelecendo ainda
restrições operacionais.

Fonte: Lourenço et al., 2003 apud Dias (2021)


Exemplos
• Mina Urucum (manganês, MS): lavra adicional no teto, devido à
baixa potência; dimensões diferenciadas de paineis, conforme
condição da rocha; pilar de câmara 15 m -> 2,5-3 m (Lopez,
2017; Breguez, 2018). Também são diminuídos pilares-
barreira.
• Vilafruns (potássio, Espanha): largura das aberturas 7-8 m,
altura 5-5,5 m;
• Mina Barro Branco (carvão, SC): pilares 4,5 m;
• Mina Trevo (carvão, SC): pilares c/ FS = 1,8;
• Mina Panasqueira (Portugal, Sn, W): pilares 11 m -> 3 m
largura (com recuperação);
• Mina Tau Lekoa (África do Sul, ouro): Pilares 10 m largura;
• Mina Waterval (platina, África do Sul): pilares 6 m x 6 m;
potência 0,6 m -> altura de escavação 1,8 m (Engineering &
Mining Journal, 2009);
• Minas Cascada e Longacho Norte (Chile): pilares 5 m largura
(SANDVIK, 2008).
Exemplos
• Boleo (cobre, China): média • Transportadores: 1,0
potência 40-80 cm, altura de a 2,8 m de altura;
extração 1,80 m; capacidade 10 t, 15 t,
• Impala (platina, África do Sul): 22 t ;
camada mineralizada 35 cm, • Carregadeiras: altura
escavação de 1,20 m altura. 0,76 m; 1,3 m; 9 a
14,5 t
(bucyrus.com, 2009)
Exemplos (Debasis et al, 2016; Brady & Brown,
1985-2012; Pradhan, 2015)
1. Para lavra por câmaras e pilares, a 150 m de profundidade (H), massa específica do capeamento (ρ) de
2.500 kg/m3, escavações de 4,6 m de largura (wo) por 2,4 m de altura (m), foram realizados ensaios com
corpos de prova do minério, conforme tabela. Para fator de segurança (FS) 1,5, determine a largura do pilar
(wp). Use fórmula de Bieniawski para resistência do pilar: S = S1 [0,64 + 0,36 (wp/h)].
Comprimento (mm) 25 50 75 100
Resistência (MPa) 18 18 7 6
Plotando-se valores de ensaios, passando aos logaritmos, tem-se o coeficiente S1 para a fórmula de Bieniawski
para a resistência do pilar: S1 = 1,062. S = S1 [0,64 + 0,36 (wp/h)]-> S = 1,062 [0,64 + 0,36 (wp/2,4)]
Como FS = S / σp; e σp = σv (Ae/Ap); e σv = Υ H.
Onde: Ae - área em torno de um pilar, Ap é a área de um pilar (aplicando-se a teoria da área tributária)
Solução: se H = 150 m, ρ = 2.500 kg/m3, wo = 4,6 m, h = 2,4 m Então: σv = (2.500 x 10) x 150 = 3,68 MPa
σp = 3,68 ( wp+ 4,6) ^2/ wp^2 Então: 1, 5 = [1,062 (0,64 + 0,36 (wp/h)] / [3,68 (wp + 4,6) ^2/ wp ^2]
0,15 wp3 – 4,58 wp2- 47,82 wp- 109,98 = 0 -> wp = 39 m
R = 1- (Ap/Ae) -> R = 1 - [39^2/ (39+4,6)^2] -> R = 25%
Exemplo (Brady & Brown)
Seja para lavra de camada de minério, peso específico 25 kN/m3, 2,5 m de espessura,
com 80 m de profundidade (H) ou capeamento, arranjo proposto de escavações de 6
m de largura (Wo), altura uniforme, com pilares quadrados de 5 m de largura (Wp).
Expressão da resistência do pilar: S = 7,18 x h -0,66 x Wp 0,46
Resolução
Tensão vertical: σv = γH
-> Tensão axial média sobre pilar: σp Ap = σv At -> σp = σv At / Ap
σp = γH [(Wo + Wp ) / Wp) ] ^2 = 25 x 80 [(6 +5) /5 )] ^2 = 9,68 MPa
Resistência:
S = 7,18 x h -0,66 x Wp 0,46 = 7,18 x 2,5 -0,66 x 5 0,46= 8,22 MPa
Fator de Segurança: F = 8,22 / 9,68 = 0,85 (<<1,6)
Algumas das opções:
1. diminuir σp, com diminuição de Wo –> fazendo as mudanças, o projeto ficaria com
Wo = 3 m; as outras variáveis como no modelo original,
2. aumentar S, com aumento de Wp - > o projeto ficaria com Wp = 7,75 m, as outras
variáveis como no modelo original,
3. aumentar S, com diminuição da altura da lavra (h) -> projeto ficaria c/ h = 0,96 m, as
outras variáveis como no modelo original
Então a definição seria em função da recuperação R, já obedecida a segurança: em
geral –> R = 1 – F σv / σp ; para altura regular -> R = 1 – Ap / At;
R (1) = 0,61
R (2)= 0,68
R (3)= 0,34 (cálculo por volume ou pela altura equivalente!) R= he/m
Exemplo 3 (Pradhan)
Na lavra subterrânea em painel de carvão,
trabalhando-se 25 dias/mês, gastam-se 6 meses
(na recuperação de pilares). Há 32 pilares (lado
25 m), 3 m altura, massa específica 1,4 t/m3. A
taxa de extração (adicional) é 420 t/dia. A
recuperação de pilares é:
Solução
volume do pilar: Vp= 25 x 25 x 3= 1.875 m3;
Massa: m = 1.875 x 1,4 = 2.625 t
32 pilares: m= 32 x 2.625 = 83.900 t (100%)
(6 meses, 25 d) -> 6x 25 x 420 t/dia = 63.000 t
R = 63.000/ 83.900 = 75%.
Mina Taquari-Vassouras
• Método de lavra: câmaras e pilares
• Câmaras:
– altura variável entre 2,7 e 10,3 m;
– largura máxima de 14,0 m.
• Pilares retangulares
– área de 21,0 x 64,0 m2 (para largura da câmara com 10,9 m)
– área de 27,0 x 54,0 m2 (para largura da câmara com 14,0 m)
• Altura 2,7 a 10 m
• Taxa de extração varia de 43% a 49%.
• Produção de ROM
– 2.237.000 t/ano em 2002
Mina Taquari-Vassouras

• Minerador contínuo
• equipamentos de
transporte elétrico
(shuttle-cars)
• quebrador-alimentador
(feederbreaker) que
descarrega o minério
diretamente na correia
transportadora
Mina Taquari-Vassouras
• Escavação dos pilares será feita em recuo.

• Do final do eixo central do painel para o ponto


inicial.

• Proteger equipamentos e pessoal de eventuais


condições inseguras.

Mina Kiruna: acompanhamento do fraturamento em pilares


(mensal) mostrava que núcleo permanecia intacto, enquanto
ocorria “splitting”.

(Botelho, 2017)
Exercícios Propostos
1- (DNPM) Se uma camada regular de carvão é lavrada pelo
método de câmaras e pilares, com as características geométricas
seguintes, altura de extração – h, potência da camada – h,
largura dos pilares (seção quadrada) – w, largura das câmaras –
0,75w, então o valor que melhor representa a razão de extração
volumétrica (recuperação) obtida nos painéis é:
a) 85% b) 56% c) 67% d) 44%

2- Para corpo de minério tabular, rocha resistente, propõe-se


arranjo de câmaras e pilares. Projeto indica área a certa
profundidade abaixo de datum de tensões de 10 MPa. A elevação
abaixo do colar do poço é 20 m abaixo do datum. Câmaras terão
10 m largura e os pilares quadrados, 15 m de lado. A densidade
do minério é 3.000 kg/m3. A resistência do minério é 15 MPa.
Calcule a profundidade.
Calcule o fator de segurança.
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