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1 INTRODUÇÃO
Depois de muitas experiências, chegou ao método das partidas dobradas, ou seja, para
todo um crédito, existiria um débito simultaneamente, da mesma forma que a soma dos
débitos seria igual a dos créditos, bem como as dos seus saldos credores e devedores. Dessa
maneira, atendia as necessidades das pessoas para controlar seus patrimônios.
Então, como a contabilidade foi criada em função das necessidades dos usuários, ela
também teve sua própria evolução, igual aos homens.
A Contabilidade Brasileira varia de outros países, pois cada um tem sua própria nação,
sua cultura e seu desenvolvimento econômica. Então seu sistema é de acordo com sua
necessidade.
2 CONTABILIDADE
Dessa forma, o homem saberia o que tinha e a quantidade de sua riqueza e de sua
família. Então foi assim que nasceram os registros de uma escrituração contábil.
O comércio, há mais de 6.000 anos, já era muito intenso. O controle religioso sobre o
Estado era muito grande e poderoso, então veio a necessidade de se registrar uma grande
quantidade de fatos, contribuindo também para o desenvolvimento da escrita contábil.
Esses registros eram feitos em pequenas peças de argila e a cada fato inicial,
resumiam-se em uma conta maior, que eram chamados de movimento diário ou de maior
período, e também vinham junto com um acontecimento, que seriam os pagamentos de mão-
de-obra, pagamentos de impostos, colheitas, etc.
Quanto era gasto para se produzir, também tinha sua escrituração e chamava-se de
custos, e as previsões ou cálculos antecipados sobre a movimentação dessa riqueza, chamava-
se de orçamento.
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1. MORGAN, Jacques de. La humanidad prehistorica. Barcelona: Cervantes, 1947. p. 53 ss.
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Para estudiosos, “a escrita contábil é que deu origem à escrita normal e não o inverso”.
Já na Antiguidade Clássica, era utilizado livros para os fatos. Para cada fato
patrimonial de cada atividade desenvolvida (fabricação de azeite, fabricação de vinho, etc.),
era utilizado um livro de escrituração.
A Contabilidade é uma das ciências mais antigas do mundo. As práticas contábeis que
conhecemos atualmente, iniciou-se na Idade Média, com a apresentação do raciocínio lógico
na escritura contábil, foi quando todos os registros das operações comerciais, industriais e
públicas tiveram uma sistematização ampla.
Inicia-se com as primeiras civilizações e extende-se até o ano de 1202 a.C. Foi nesse
período que surgiu o Líber Abaci (Livro de Ábaco ou do Cálculo), de autoria de Leonardo
Fibonaci, o Pisano. A contabilidade nesse período já tinha como o objeto, o patrimônio. Tudo
era registrado na memória do homem, mas logo ele tratou de encontrar formas mais eficientes
para fazer os registros. Também já existia o inventário, que era a contagem e o controle de
seus bens , tais como: rebanhos, metais, escravos, etc. Foi aí que surgiu a palavra “Conta”,
que era o agrupamento desses bens.
O surgimento das primeiras escritas datam, do término da Era da Pedra Polida, que era
quando o homem registrava os seus primeiros desenhos e gravações.
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A escrita no Egito era feita pelos escriturários que eram zelosos e sérios em sua
profissão. E essa escrita era fiscalizada pelo Fisco Real.
Os egípcios foram os primeiros povos a usar o valor monetário. Eles usavam como
base, uma moeda cunhada em ouro e prata, denominada “Shat”. Isso chamava-se o Princípio
do Denominador Comum Monetário.
Esse período vai de 1202 a.C. até 1494. Apareceu nesse período, o Tratactus de
Computis et Scriptus (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Pacioli, que teve
sua publicação em 1494, na Itália, destacando que a teoria contábil do débito e do crédito
corresponde à teoria dos números positivos e negativos. Essa obra contribuiu muito ao colocar
a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.
O homem foi se evoluindo cada vez mais nas áreas comercial e financeira. Estudavam
nessa época, técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio, etc.
Esse período foi muito importante para a história do mundo, principalmente para a
história da Contabilidade, que foi denominada de “Era Técnica”, por causa das invenções.
A Conta de “Capital” apareceu pela primeira vez no final do século XIII, onde
representava o valor dos recursos obtidos pela família proprietária.
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Nesse período surgiu o método das Partidas Dobradas, que teve sua origem na Itália.
Como a contabilidade tornou-se mais analítica, surgiu então o Livro da Contabilidade de
Custos.
Período que vai desde 1494 até 1840. Foi a fase da pré-ciência. Nesse período surge a
obra “La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche”, cujo autor é
Francesco Villa. Essa obra foi premiada pelo governo da Áustria, pois foi muito marcante na
história da Contabilidade. Compreendia o Renascimento Europeu com a Revolução Industrial.
- em 1493: os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios
bizantinos emigrassem, principalmente para a Itália;
Iniciou em 1840 e está até os dias de hoje. Nesse período tiveram dois autores
consagrados: Francesco Villa, escritor milanês, contabilista público e Fábio Besta, escritor
veneziano.
Apesar de o século XVII ser conhecido como o berço da era científica e Pascal já
tivesse inventado a calculadora, a ciência da contabilidade se confundia com a ciência da
Administração, e o patrimônio se confundia com o Direito. Foi nessa época, na Itália, que
chegou às universidades, a contabilidade. Ela começou a ser lecionada com a aula de
comércio da corte, no ano de 1809.
Nesse ano, Francesco Villa, depois de ser premiado por sua obra pelo governo da
Áustria, teve o cargo de Professor Universitário. Ele dizia que a escrituração e o guarda livros
deveriam ser feitas por qualquer indivíduo inteligente, pois para ele, a contabilidade era
conhecer os detalhes, a natureza, as normas, as leis, as práticas que regiam a matéria
adminsitrada, ou seja, o patrimônio. Esse era um pensamento patrimonialista. Marca o início
da fase científica da Contabilidade.
Depois dessa evolução, surgiu o método das partidas dobradas.. Esse sistema tornou-se
mais apropriado, pois produzia informações úteis e capazes de atender todas as necessidades
da análise de uma situação líquida patrimonial das entidades.
A escola italiana foi quem divulgou a ciência contábil para todo o mundo. Mas ela teve
uma queda no século XIX, por, excesso de teoria, excesso de culto à personalidade, pouca
importância à Auditoria, queda nos níveis das principais faculdades.
No Brasil houve influências tanto da Escola Americana como da Italiana, mas esta
última foi a que mais influenciou inicialmente o país.
Com a vinda da Família Real Portuguesa ao Brasil, devido ao aumento dos gastos
públicos e da renda dos Estados, houve um aumento nas atividades coloniais, exigindo melhor
um aparato fiscal. Com isso, em 1808, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e
Público, juntamente com o Banco do Brasil.
Decreto Imperial nº. 4.475. Este Decreto, caracterizou o guarda-livros como aprimeira
profissão liberal regulamentada no País. Na época representou um grande marco.
O Decreto-Lei nº. 2627 de 1940, instituiu a primeira Lei das S/A, que estabelecia
procedimentos para a contabilidade como:
- Criação de Reservas;
Foi com a Resolução nº. 321/72, que o CFC – Conselho Federal de Contabilidade,
passou a adotar os Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos, como normas resultantes
da aplicação prática dos princípios técnicos emanados da contabilidade.
Em 1976, foi publicada a nova Lei das S/A nº. 6404. Essa lei deu um novo significado
para o desenvolvimento da contabilidade no Brasil.
A Lei n°. 11638 de 28 de Dezembro de 2007, altera e revova dispositivos da Lei n°.
6404 de 15 de dezembro de 1976, e da Lei n°. 6385 de 07 de dezembro de 1976, estendendo-
se às sociedades de grande porte.
* Até 1940,
- Valorização do profissional;
3 CONTABILIDADE
Ao longo dos anos, a contabilidade vem sendo definida como arte, técnica ou ciência.
Essas funções serão vistas, em virtude da atividade econômica ou social que a empresa
exerce no contexto econômico.
A contabilidade é uma só, ou seja, igual para todas, mas a sua aplicação varia de
acordo com o segmento da entidade, ou seja, apresenta especificidades próprias. Para isso,
devemos observar a legislação que rege para aquele tipo de entidade.
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2. SÁ, Antonio Lopes de. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2008. p. 46.
3.5 Áreas de Atuação em Geral da Contabilidade
- Internos: são pessoas ou grupos de pessoas relacionadas com a empresa e que tem
fácil acesso às informações contábeis, tais como: gerentes, funcionários, diretoria.
- Externos: são todas as pessoas ou grupos de pessoas que não possuem facilidade de
acesso direto às informações, mas que as recebem através das demonstrações da empresa, tais
como: bancos, concorrentes, governo, fornecedores, clientes.
4 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
Como vimos, tudo o que acontece na empresa ou entidade, deve ser registrado
contabilmente. E para fazermos esses registros, utilizamos a escrituração, também conhecida
como lançamento. Esse foi o nome escolhido pela legislação para se efetuarem os
lançamentos das contas, geralmente para fins contábeis, para posterior ser compilados para
livros ou fichas.Essa escrituração deve seguir os princípios e as normas da contabilidade, de
onde extrairemos as informações necessárias para a tomada de decisão das entidades. Deve
abranger todas as operações do contribuinte.
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A empresa deve ter um sistema de escrituração contábil, seja ele, manual, mecanizado
ou eletrônico.
Então a escrituração é uma das técnicas contábeis que utilizaremos para registrar, nos
livros próprios, os fatos da empresa, os quais provocam uma modificação no Patrimônio. A
escrituração começa pelo Livro Diário, onde todos os registros dos fatos são feitos. Os
documentos mais comuns são: notas fiscais, recibos de alugueis, contas de luz e água e
duplicatas. E posteriormente ao Livro Diário, utilizaremos outros livros próprios de
escrituração, dentre eles: Razão, Caixa, etc.
Como vimos, tudo o que acontece na empresa ou entidade, deve ser registrado
contabilmente. E para fazermos esses registros, utilizamos a escrituração, também conhecida
como lançamento. Esse foi o nome escolhido pela legislação para se efetuarem os
lançamentos das contas, geralmente para fins contábeis, para posterior ser compilados para
livros ou fichas.Essa escrituração deve seguir os princípios e as normas da
É feita segundo o método das partidas dobradas, e deve ter os preceitos da legislação
comercial, da Lei nº. 6404/76 e aos Princípios de Contabilidade geralmente aceitos, segundo o
Regime de Competência (art. 177 da Lei nº. 6404/76).
- em forma contábil;
Isso significa dizer que a empresa, de acordo com essa norma, deverá realizar seus
serviços por meio da escrituração contábil. Como os pequenos empresários não queriam arcar
com despesas correspondentes aos profissionais contábeis, este por sua vez teve que mostrar
para o empresário porque é vantajoso a entidade ter uma escrituração.
Aqui está algumas das vantagens para que uma empresa tenha escrituração contábil:
Com isso, vemos que a escrituração contábil é imprescindível para qualquer empresa,
mas tem que ser feita por um contabilista devidamente habilitado.
- Data;
- Histórico;
- Valor.
Existem várias formas de se lançar um registro, mas para cada um lançamento, sempre
terá um débito e um crédito com o mesmo valor, e depois informamos o histórico do
lançamento.
De acordo com o Decreto-Lei nº. 5.844/43, no art. 39, §1º., diz que “esses
profissionais, dentro da âmbito de sua atuação e no que se referir à parte técnica, serão
responsabilizados, juntamente com os contribuintes, por qualquer falsidade dos
documentos que assinarem e pelas irregularidades de escrituração praticadas no sentido
de fraudar o imposto de renda”.
A Lei nº. 10406/02 – Código Civil, bem como no RIR/99, e na Lei nº. 6404/76, os
livros contábeis são obrigatórios.
Existem vários tipos de livros de escrituração. Iremos mostrar aqueles utilizados pela
contabilização dos atos e fatos administrativos, ou seja, a história das entidades. São eles, os
livros contábeis - constituem o registro permanente da empresa:
É através dos livros contábeis que saberemos das informações mais precisas para a
tomada de decisões.
Este livro é auxiliar do livro Razão. Controla as contas que representam Direitos e
Obrigações da entidade. É dispensada sua autenticação. Registra as operações que apresentam
movimentação contínua, em débitos e créditos, especialmente as contas de natureza pessoal.
De acordo com Sá³, este livro deve ser escriturado assim: “na parte do débito
escrituram-se as entradas de dinheiro; na parte do crédito as saídas em dinheiro, ou ainda no
débito os recebimentos em dinheiro e no crédito, os pagamentos em dinheiro”. Diz ainda que
“as formas as quais se tem apresentado este livro são variáveis; assemelhando-se, entretanto, a
um Razão com Histórico e não existe um modelo oficial e obrigatório”.
Por ter seus registros escriturados em livros e por ser a escrituração feita para atender
os interesses da empresa, então para que a tomada de decisão seja muito importante, os livros
obrigatórios deverão ser autenticados em órgão competente, até para poder prestar conta com
o fisco. (CODIGO CILVIL 2002)
“Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o
caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro
Público de Empresas Mercantis.
Parágrafo Único. A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o
empresário, ou a sociedade empresária, que poderá fazer autenticar livros não
obrigatórios”.
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3. SÁ, Antonio Lopes de. Dicionário de Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1994. p. 289.
Citaremos aqui alguns pontos principais que estão na legislação sobre a autenticação
de livros:
2.1 nos livros, será aposto na primeira página numerada (alínea “a”, art. 12 do Decreto
nº 64.567/69);
2.2 nas fichas ou folhas contínuas, será aposto no anverso da primeira dobra de cada
bloco;
2.3 nas fichas avulsas, será aposto na primeira ficha de cada conjunto e todas as
demais serão obrigatoriamente autenticadas com o sinete da Junta Comercial e rubrica do
autenticador sobre esse (art. 9º, Decreto nº 64.567/69);
2.4 nos livros digitais deverá ser observado o LBCD - Leiaute Brasileiro de
Contabilidade Digital.
3.1 devem ser assinados por contabilistas legalmente habilitados e pelo empresário ou
sociedade empresária, com certificado digital, de segurança mínima tipo A3, de acordo com
as regras da ICP Brasil, antes de serem submetidos à autenticação pelas Juntas Comerciais;
3.2 após autenticados pelas Juntas Comerciais, devem ser submetidos pelo empresário
ou sociedade empresária, anualmente, pelo menos, à inserção de novo selo cronológico digital
atualizado tecnologicamente, que utilizará certificado digital de segurança mínima de nível 3,
sob pena de não valer como prova.
De acordo com o Decreto-Lei nº. 486/69, art. 4º., “o comerciante é ainda obrigado a
conservar em ordem, enquanto não prescritas eventuais ações que lhe sejam pertinentes, a
escrituração, correspondência e demais papéis relativos à atividade, ou que se refiram a atos
ou operações que modifiquem ou possam vir a modificar sua situação patrimonial”.
Já no art. 10°. do mesmo Decreto Lei, diz que: ocorrendo o extravio, deterioração ou
destruição de fichas, livros ou papéis de interesse da escrituração, a pessoa jurídica deverá
publicar em jornal de grande circulação na cidade do seu estabelecimento, avisando o fato,
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Quanto à conservação dos lançamentos contábeis, o art. 37 da Lei nº. 9430/96, diz:
Perante o imposto de renda, não é só as pessoas jurídicas que estão obrigadas a possuir
a contabilidade, as pessoas físicas também tem que ter uma escrituração contábil completa e
com registro nos órgãos competentes. Essas pessoas físicas denominamos de empresas
individuas.
Para efeito da legislação do imposto de renda, além dos livros obrigatórios existem
outros livros obrigatórios previstos em lei, os quais a pessoa jurídica deve ter. São eles:
- Registro de inventário;
- Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação financeira,
inclusive bancária;
- todos os documentos e demais papéis que serviram de base para a escrituração dos
livros referidos nas alíneas anteriores.
Já com a pessoa jurídica que tem por opção o regime de tributação com base no lucro
presumido, deverá manter:
- em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas
eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os livros de escrituração obrigatórios por
legislação fiscal específica, bem como os documentos e demais papéis que serviram de base
para escrituração comercial e fiscal.
Diante do exposto, todas as empresas devem ter sua escrituração contábil completa,
obedecendo os princípios contábeis geralmente aceitos e às normas brasileiras de
contabilidade.
No código Civil, a legislação da escrituração extá exposta nos artigos 1179 a 1195.
Consta que:
Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis
de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a
sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de
outrem, ou em caso de falência.
§1°. O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a
requerimento ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de
ambas, sejam examinados na presença do empresário ou da sociedade
empresária a que pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para deles
se extrair o que interessar à questão.
§2°. Achando-se os livros em outra jurisdição, nela se fará o exame, perante o
respectivo juiz.
Art. 1.192. Recusada a apresentação dos livros, nos casos do artigo
antecedente, serão apreendidos judicialmente e, no do seu §1°., ter-se-á
como verdadeiro o alegado pela parte contrária para se provar pelos livros.
Parágrafo Único. A confissão resultante da recusa pode ser elidida por prova
documental em contrário.
Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da
escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades
fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos
termos estritos das respectivas leis especiais.
Art. 1.194. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar
em boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis
concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência
no tocante aos atos neles consignados.
Art. 1.195. As disposições deste Capítulo aplicam-se às sucursais, filiais ou
agências, no Brasil, do empresário ou sociedade com sede em país
estrangeiro.
Art. 15 - Qualquer dos dois mencionados livros, que for achado com algum
dos vícios especificado no artigo precedente, não merecerá fé alguma nos
lugares viciados a favor do comerciante a quem pertencer, nem no seu todo,
quando lhes faltarem as formalidades prescritas no artigo nº 13, ou os seus
vícios forem tantos ou de tal natureza que o tornem indigno de merecer fé.
O Código Tributário Nacional também fala dos livros de escrituração contábil. Ele
estabelece os dispositivos legais sobre o tempo em que se deve guardar os livros obrigatórios
de escrituração fiscal e comercial e os comprovantes de lançamentos neles efetuados, até que
ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações.
Já a sua legislação, foi elaborada pela Lei nº. 7256/84, dando uma categoria especial
para ela. De acordo com a legislação, o art. 2º. da Lei, dá a seguinte definição:
“Art. 2°. Para os efeitos desta Lei, ressalvado o disposto no art. 3°.,
considera-se:
I - microempresa, a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiver
receita bruta anual igual ou inferior a R$ 240.000,00 (Duzentos e Quarenta
Mil Reais);
II - empresa de pequeno porte, a pessoa jurídica e a firma mercantil
individual que, não enquadrada como microempresa, tiver receita bruta anual
superior a R$ 240.000,00 (Duzentos e Quarenta Mil Reais) e igual ou inferior
a R$ 2.400.000,00 (Dois Milhões e Quatrocentos Mil Reais)”.
Em 1996, foi editada a Lei nº. 9317, que regulamentava o “SIMPLES”. Foi chamada
de “Lei do Simples Federal”, regulamentando o sistema fiscal e tributário destas..
Em 05 de outubro de 1999, a lei federal nº. 9841, revogou as leis citadas acima,
estabelecendo que fosse criado o “Novo Estatuto Jurídico das Microempresas e das Empresas
de Pequeno Porte”, em atendimento à sociedade.
Logo em seguida, surgiu o Decreto nº. 3474 de 19 de maio de 2000, que regulamentou
o diploma, esclarecendo algumas situações dispostas na lei. Esse decreto juntamente com a
Lei nº… 9841/99, foi um dos acontecimentos mais importantes para as microempresas e
empresas de pequeno porte.
De acordo com a Lei nº. 9317/96, Lei do Simples, diz em seu art. 7°. Que:
“Art. 7º A microempresa e a empresa de pequeno porte, inscritas no
SIMPLES apresentarão, anualmente, declaração simplificada que será
entregue até o último dia útil do mês de maio do ano-calendário subseqüente
ao da ocorrência dos fatos geradores dos impostos e contribuições de que
tratam os arts. 3º e 4º.
Como vimos, fica um pouco complexo, a empresa não possuir uma contabilidade, pois
como poderemos ter uma ferramenta gerencial e de tomada de decisão sem que se tenha um
informações precisas até para fins fiscais?
É por isso que devemos ter uma escrituração completa, em conformidade das Normas
Brasileiras de Contabilidade, pois para algumas obrigações, como na legislação trabalhista e
previdenciária, ela é praticamente obrigatória e assim atenderá às exigências.
O art. 26, parágrafo 2º. da Lei Complementar nº. 123/06, frisa o que a legislação
tributária federal diz quando é dispensada a escrituração contábil completa excluisvamente
para fins deapuração da base de cálculo dos tributos, ou seja, relativamente ao imposto de
renda e contribuição social.
“Art. 26. As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo
Simples Nacional ficam obrigadas a:
..............
- Livro de Inventário.
Foi estabelecida essa instrução para fins fiscais e previdenciários e será transmitida
pelo SPED – Sistema Público de Escrituração Digital, o qual a empresa receberá a
confirmação do arquivo com a validação.
Este é um sistema integ4rado via internet que registra as transações contábeis e fiscais
dos contribuintes. De acordo com o art. 2º. do Decreto nº. Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro
de 2007, o SPED é:
Daí o mundo vem passando por várias transformações. Depois da segunda Guerra
Mundial, tiveram descobertas em torno da eletrônica, como o desenvolvimento do primeiro
computador programável e o transistor, fonte da microeletrônica. Este último foi o maior
acontecimento da revolução da tecnologia da formação do século XX.
Por causa dessas transformações, algumas empresas tem ciência de que necessitam
acompanhar as mudanças.
Introduçao
Toda empresa informatizada tem que ser preocupar com segurança da informação. Para isso
tem que estabelecer uma política de segurança, estabelecendo seus riscos, confeccionando seu
plano de contingência, mostrando a integridade. A segurança deve ser exercida por todos da
organização e ter sua coordenação exercida por analista de segurança, entretanto é
responsabilidade de todos podendo responder por dolo ou culpa, pois percorre por todas as
linhas de negócios informatizadas, consoante as características administrativas e operacionais
dos sistemas aplicativos.
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As empresas divulgam suas informações contábeis e financeiras aos interessados pelo seu
desempenho financeiro. Estes usuários podem ser, por exemplo, acionistas, investidores ou
analistas de mercado, que avaliam o valor das ações e outros títulos emitidos pela empresa. A
cada dia a dinâmica do mercado financeiro tem exigido uma maior velocidade das
informações, e a Internet tem sido considerada um canal de divulgação que potencializa as
oportunidades na melhoria da qualidade das informações fornecidas.
O nível de divulgação de informações pela empresa depende de uma série de fatores. Alguns
defendem que as empresas devem divulgar toda informação necessária para os acionistas,
investidores, e público em geral. Outros argumentam que as empresas não fornecem
informações mais completas porque pode haver outras fontes de informação financeira
disponível a um custo mais baixo do que se fosse fornecida pela própria.
Sabemos que a informação contábil deve ser consistente, clara, para alcançar o objetivo pelo
qual foi concebida, no sentido de evitar divergências em suas análises, pois assim,
comprometeria conseqüentemente a própria informação.
Não estamos limitando a Contabilidade queremos mostrar a essência dos fatos que ocorrem
no patrimônio visando a explicação das mutações patrimoniais e possibilitando assim análises
que levem a soluções alternativas que contribuam com o desenvolvimento da riqueza
patrimonial que é a razão maior da contabilidade.
COMUNICAÇÃO E CONFIABILIDADE
Relação custo-benefício: o custo de obtenção da informação não pode ser maior do que o
benefício produzido. Obviamente não se pode gastar mais do que o benefício proporcionado,
pois tudo reflete no resultado, se não o gestor estaria tomando decisões prejudiciais a
entidade. Além do mais a informação da informação deve ser relevante, caso contrário a
empresa estaria tendo um custo sem a menor necessidade.
IMPACTOS NA SOCIEDADE
Hoje é muito difícil a contabilidade viver sem a informática. Pois os benefícios oferecidos são
inúmeros e a sociedade acabou se adequando a consumi-los. A partir do momento em que o
serviço é oferecido com maior rapidez e com mais qualidade. Os erros podem ser mensurados
e detectados com maior rapidez. O contador agora não é mais uma figura de “lançador” de
contas. Pode-se dizer que ele é um analista de contabilidade, pois dispõe de maior tempo para
uma leitura pertinente a área contábil, podendo analisar as contas.
A sociedade valoriza mais o contador na medida em que este gerencia informações para a
tomada de decisões, colocando à disposição em tempo hábil.
De fato, observa-se que a expansão do comércio eletrônico tende a alterar alguns conceitos
importantes como empresa, objetividade, base documental, relações contratuais e outros
assuntos derivados do campo jurídico que se relacionam com a Contabilidade. A tendência é
que se multipliquem as chamadas empresas virtuais, em torno das quais poderão se aglutinar
milhares de pessoas para comprar, vender, trocar, unir empresas ou extingui-las.
Como se vê, a evolução que vem ocorrendo na área da informação tanto pode trazer ameaças
como gerar oportunidades para o desenvolvimento da Contabilidade. Na verdade, são
estímulos ao progresso do conhecimento, a exemplo do que se verificou à época da Revolução
Industrial e em outros momentos da história. Tudo depende da nossa capacidade de reagir e de
procurar os meios adequados para superar as dificuldades que surgem.
CONCLUSÕES
que a utilizam. Mas, constatamos que mesmo às informações estando em conformidade com
as normas vigentes do País, devido a diferentes regras contábeis adotadas pelos países,
ocorrem alterações significativas, o que urge dentro do mercado globalizado maior
harmonização das normas contábeis no intuito de diminuir ou eliminar as discrepâncias
existentes.
Com as novas tecnologias o profissional da contabilidade deve estar mais capaz de se inserir
competitivamente nesse ambiente globalizado, já que o mesmo possui tempo hábil para
realizar estudos, abrangendo a economia, métodos quantitativos e estatísticos para negócios. A
informática veio facilitar a vida dos usuários como um todo.
Fica claro que é necessário adotar caminhos para que a contabilidade se transforme em
ferramenta de ação administrativa e se torne um instrumento gerencial.
A informação deve ser tratada como qualquer outro produto que esteja disponível para
consumo. A necessidade da informação é determinada pelos usuários finais dessa informação,
ou seja, seus consumidores. A informação, portanto deve ter como foco as necessidades dos
microempresários usuários dessas informações. Os responsáveis pela contabilidade devem
fazer um estudo básico das necessidades de informação a partir das decisões que precisam ser
tomadas pelos microempresários.
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Portanto, pode-se afirmar que sistema é um conjunto de elementos organizados que interagem
entre si para atingir um determinado objetivo. Com esse entendimento verifica-se que a
informação pode fazer parte de um sistema.
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
As Microempresa são responsáveis pela geração de cerca de 60% dos empregos em nosso
pais e conforme se verificou nas Microempresas associadas a ACOPELO – Associação dos
Comerciantes do Centro Histórico de Salvador, amostra da pesquisa realizada, a maioria
(67%), são dirigidas por pessoas do sexo masculino, com escolaridade de nível médio (92%),
são poucos, apenas (8%) possuem curso superior, o que demonstra que pelo meio acadêmico
estes não possuem conhecimento para gerir seus negócios. E embora conheçam informática,
não a considera como fator importe nos seus negócios, pois (66%) das Microempresas
pesquisadas não possuem qualquer sistema de informática, nem mesmo para algum tipo de
controle.
Pode-se observar neste trabalho monográfico, que as Micorempresas são definidas por
legislações próprias, as quais utilizam quase sempre o critério quantitativo, por exemplo o
nível de faturamento, exceto quando considera-se o conceito estabelecido pelo MERCOSUL,
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o qual utiliza também para tal definição um critério qualitativo, mais precisamente o número
de empregas existente na organização.
Cabe destacar, que quando interrogados sobre qual a sua avaliação dos relatórios contábeis,
além dos (27%) dos microempresários que afirmaram não receber nenhum relatório contábil,
(64%) considera fácil a compreensão dos relatórios contábeis, o que mostra que estes também
nem conhecem o que seja um relatório contábil, pois, como mencionado antes, apenas (22%)
recebem balancetes mensais, ou seja, (42%) acreditam que as Guias de impostos são relatórios
contábeis de fácil compreensão.
Recomenda-se portanto, a Escrituração completa, pois somente desta forma, poderá haver um
sistema de informações capaz de gerar informações gerenciais úteis para os Microempresários
tomarem decisões corretas, além de estar em conformidade com as Normas Brasileiras de
Contabilidade, e estar atendendo às exigências societárias, comerciais, fiscais e
providenciarias.
operações, podendo ser flexível ao ponto de ser modificado a qualquer variação que ocorrer
ou no mercado externo ou mesmo alguma mudanças interna.