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FOZ DO IGUAÇU
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Missão: Formar profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a promoverem as
transformações futuras
FOZ DO IGUAÇU
2023
GABRIEL SILVA FERREIRA DO AMARAL
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Orientador (a) – Presidente
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Membro
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Membro
“Talvez não tenhamos conseguido fazer o
melhor, mas lutamos para que o melhor
fosse feito. Não somos o que deveríamos
ser, não somos o que iremos ser... mas
Graças a Deus, não somos o que éramos.”
Aos meus amigos Gustavo Grzybovski, Letícia Suzi, e Vinícius Kühne Fuchs
por todos os momentos de parceria e apoio dentro e fora do Curso.
Por Fim Agradeço a Palloma Maria, por ser minha Companheira e me ajudar
em todos os momentos durante a elaboração desta pesquisa, sempre me apoiando
em todos os momentos e auxiliando no que fosse necessário.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Com o tempo, o PCC expandiu sua atuação para além das prisões paulistas,
chegando a outros estados brasileiros e países da América do Sul, como Paraguai e
Bolívia. Segundo Machado (2018), a expansão do PCC para o Paraguai e Bolívia se
deu por causa da proximidade geográfica, da facilidade de acesso às fronteiras e da
fragilidade dos sistemas penitenciários desses países. A organização passou a
controlar o tráfico de drogas e armas nessas regiões, além de realizar sequestros e
extorsões.
A Bolívia, por sua vez, é um importante produtor de cocaína e tem sido alvo
de ações do governo brasileiro para combater o tráfico de drogas. Em 2020, por
exemplo, foi deflagrada a Operação Cumbre, que resultou na apreensão de mais de
uma tonelada de cocaína que seria transportada para o Brasil (POLÍCIA FEDERAL,
2019). O PCC tem sido apontado como um dos principais compradores de drogas
produzidas na Bolívia, o que evidencia a relação da organização com o país
(SOUZA, 2021).
A ascensão do PCC na Bolívia e no Paraguai tem sido atribuída à habilidade
de Marcola em estabelecer alianças estratégicas e negociações políticas com outras
organizações criminosas. De acordo com Lima (2020), a presença do PCC na
Bolívia se intensificou a partir de acordos com o Comando Vermelho, facção
criminosa brasileira que já possuía atuação no país. Já no Paraguai, o PCC tem
estabelecido alianças com o Clã Rotela, organização criminosa local (SOUSA,
2020).
Essa tendência tem sido estudada por diversos autores, como Paoli (2019) e
Durán-Martínez (2018), que apontam para a importância do diálogo entre as
agências de segurança dos países da região para combater esse fenômeno.
Nestes países, o PCC tem encontrado um ambiente favorável para expandir
sua atuação. Segundo Rodrigues (2019), a corrupção generalizada e a fragilidade
das instituições nesses países têm permitido ao PCC estabelecer alianças com
políticos e policiais corruptos, o que lhe dá mais poder e influência.
Além disso, a proximidade geográfica e a fronteira porosa entre o Brasil, o
Paraguai e a Bolívia têm facilitado o tráfico de drogas e armas entre esses países, o
que beneficia o PCC. Segundo Falleiros (2019), o PCC tem se aproveitado dessa
situação para expandir sua atuação na região e para estabelecer novas rotas de
tráfico, graças à corrupção generalizada e à porosidade da fronteira entre esses
países
A expansão do PCC para o Paraguai e para a Bolívia ocorreu a partir da
década de 2000, quando a organização já era considerada a maior facção criminosa
do Brasil e já havia consolidado sua presença em outros países da América do Sul,
como Argentina e Uruguai. No entanto, foi somente a partir de meados da década de
2010 que o PCC passou a ter uma presença mais significativa no Paraguai e na
Bolívia, especialmente em decorrência da crescente demanda por drogas na região
(FALLEIROS, 2019).
O início da fase internacional do PCC pode ser atribuído a diversos fatores,
como a estruturação da organização, a consolidação de suas alianças com outras
facções criminosas e o aumento da demanda por drogas na região. Além disso, a
fragilidade institucional e a corrupção dos governos locais têm contribuído para a
expansão do PCC na região (NUCCI, 2020)
Segundo Sousa (2020), o PCC se aproveita da vulnerabilidade do sistema
penitenciário dos países vizinhos para recrutar novos membros e estabelecer
alianças com outras facções criminosas. Além disso, a organização utiliza rotas de
tráfico de drogas que atravessam a região, como a rota que passa pelo Paraguai e
segue para o Brasil e para a Argentina, para expandir seus negócios e aumentar sua
influência.
Outro fator que tem contribuído para a ascensão do PCC na região é a sua
estrutura organizacional. Segundo Cano (2018), a organização se baseia em um
modelo de gestão empresarial, com hierarquia bem definida e divisão de tarefas
entre seus membros. Essa estrutura organizacional eficiente tem permitido ao PCC
expandir seus negócios para outras regiões e países, além de manter o controle
sobre suas atividades criminosas.
Na Bolívia, a presença do PCC tem sido objeto de preocupação das
autoridades policiais e governamentais. De acordo com o relatório do Escritório das
Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, 2020), o PCC está entre os grupos
criminosos estrangeiros que estão envolvidos em atividades ilícitas na Bolívia, em
particular no tráfico de drogas.
Segundo Sousa (2020), a presença do PCC na Bolívia está relacionada ao
aumento da produção e tráfico de cocaína no país. A Bolívia é um dos maiores
produtores de cocaína do mundo, e o PCC tem aproveitado essa situação para
expandir seus negócios na região. Além disso, a proximidade geográfica entre Brasil
e Bolívia facilita o transporte da droga e a atuação da organização criminosa.
Para combater a presença do PCC na Bolívia, as autoridades locais têm
adotado diversas medidas. Uma delas é o fortalecimento da cooperação policial
entre Brasil e Bolívia, como destacado por Almeida (2019). Essa cooperação inclui o
intercâmbio de informações de inteligência e o desenvolvimento de operações
conjuntas de combate ao tráfico de drogas.
Outra medida adotada pelas autoridades bolivianas é a implementação de
políticas públicas que visam combater o tráfico de drogas e a violência associada a
ele. De acordo com o relatório do UNODC (2020), a Bolívia tem investido em
programas de prevenção ao uso de drogas, na repressão ao tráfico e na reinserção
social de dependentes químicos.
É importante ressaltar que a ascensão do PCC na Bolívia e em outros países
da região está relacionada a uma série de fatores complexos, que incluem a
pobreza, a desigualdade social, a corrupção e a falta de oportunidades. Nesse
sentido, é necessário que as medidas de combate ao crime organizado sejam
acompanhadas por políticas públicas mais amplas, que visem promover o
desenvolvimento econômico e social desses países.
Em resumo, a presença do PCC nestes países se torna uma problemática
que demanda ações conjuntas das autoridades brasileiras, bolivianas e paraguaias
Além disso, é fundamental que essas ações sejam acompanhadas por políticas
públicas que visem atacar as causas mais profundas da criminalidade na região.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS