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Material Teórico
Vetores, Matrizes, Fatores e Funções
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Vetores, Matrizes, Fatores e Funções
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Habilitar o aluno a criar R scripts utilizando uma estrutura de dados convencionais, fatores
e funções.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Vetores, Matrizes, Fatores e Funções
Vetor
Um vetor é definido como um conjunto de dados do mesmo tipo atribuído ou ins-
tanciado em um objeto unidimensional, ou seja, que possui uma dimensão. Um ve-
tor é criado ao se utilizar a função “c()”, chamada concatenar, conforme mostrado na
Figura 1. Diferente de outras linguagens de programação, no R um vetor não possui
um tamanho pré-definido e/ou fixo, e também não é possível criar vetores vazios.
Imagine precisar criar um vetor com mais de 100 posições, seria muito inconve-
niente a digitação dos cem elementos na criação do vetor. Por isso existem algumas
funções que podem ajudar nessa tarefa, são elas: “seq()”, “rep()”, juntamente com o
operador “:” – neste caso os dois pontos são usados como from/to ou de/para, ou
indicadores de intervalo.
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Figura 2 – Criação de vetor utilizando a função “seq()”
Um vetor pode ser visto como um agrupamento “em uma linha” dos valo-
res agrupados. Pensando por esse lado, é possível atribuir um nome a cada
elemento do vetor pela função “name()”, a sintaxe do comando é name(vetor)
<- c(“nome1”,....,”nomeN”). Quando o vetor contendo os apelidos é maior do que
o tamanho do vetor a ser nomeado, será apresentada uma mensagem de erro;
porém, na situação inversa, será atribuído o valor padrão de “NA” (Não Atribuído)
aos valores faltantes.
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UNIDADE Vetores, Matrizes, Fatores e Funções
Você pode visualizar um único dado do vetor por meio do índice, o comando
genérico é objeto[índice], por exemplo: meuVet[1] retornará “1”. No R, as estruturas
de dados têm o índice iniciado em 1; caso coloque o comando meuVet[0], o valor
retornado será character(0).
Matriz
Uma matriz é um conjunto de dados de mesmo tipo organizados em duas dimen-
sões, ou seja, os dados estão organizados em linhas e colunas. A função “matrix”
cria uma matriz, tendo os parâmetros obrigatórios “ncol” (número de colunas) e
“nrow” (número de linhas). A sintaxe básica do comando é:
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matrix(data= “valores a preencher a matriz”,nrow = valor ,ncol = valor)
É possível criar matrizes vazias. Para tanto, não coloque o parâmetro data e a
matriz será preenchida com o valor “NA” em todas as posições, conforme mostra-
do na Figura 5.
Assim como no vetor, a matriz permite que as linhas e colunas recebam “apeli-
dos” ou nomes da dimensão. Para tanto, basta preencher o parâmetro “dimnames”,
conforme exemplo a seguir:
Note que a matriz possui dois índices, um para linha e o outro para a coluna.
Para acessar um valor de dentro da matriz, precisa indicar corretamente essa posi-
ção, por exemplo: pMatriz[4,1] = 4 ou pmatriz[3,2] = 7.
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Array
Um array é um agrupamento “retangular” multidimensional de dados, sendo
que todas as linhas possuem o mesmo comprimento da quantidade de colunas.
Imagine que um array faça o agrupamento de matrizes, podendo assim trabalhar
com dados em mais de duas dimensões.
A função array() cria essa estrutura, mas se faz necessário preencher o parâ-
metro “dim”, pois esse indica como será a organização da estrutura, conforme
exemplificado na Figura 7.
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Figura 7 – Criação de Array
Lista
Uma lista é um objeto que pode armazenar objetos de tipos de dados e tama-
nhos variados, ou seja, cada item de uma lista pode ser um objeto diferente. Seria
uma coletânea de dados diferentes organizados em níveis e subníveis.
Para criar uma lista, utiliza-se a função list(). Entre os parênteses, deve-se colo-
car os itens da lista (objetos) separados por virgulas. Na Figura 8, é apresentado o
exemplo da criação de uma lista contendo dois vetores, um array e uma variável
do tipo texto.
Diferente das demais estruturas de dados, o índice de cada item da lista é for-
mado por dois colchetes [[índice]], ou seja, para acessar a um item específico dessa
lista, faz-se necessário indicar dessa forma; contudo, se os itens possuírem ape-
lidos (nomes), é possível acessá-los utilizando a sintaxe lista$item. Para acessar
no item números o valor 5, precisaria indicar o índice do 5 em números assim:
lista$numeros[2].
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Factor
Conceitualmente um factor ou fator é formado por estruturas de dados para
ordenar e categorizar strings. Oficialmente, um fator é definido como um vetor do
tipo inteiro com dois atributos específicos: levels e class.
• Levels: são m vetores de strings, que indicam a relação de ordem entre os objetos;
• Class: ao executar o comando class(objeto), o valor retornado será o factor.
Os fatores são muito úteis quando se faz necessário ordenar vetores textuais ou
“transformar” palavras em números, principalmente quando se precisa plotar grá-
ficos ou organizar tabelas, conforme mostrado na Figura 9.
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Figura 9 – Organização dos meses do ano, utilizando factor e mostrando em tabela
Funções
Segundo Oliveira (2018), as “funções encapsulam uma sequência de comandos
e instruções”, ou seja, uma função pode ser definida como um bloco de comandos
nomeado, que executará somente ao receber uma solicitação e retornar um valor.
Você deve estar questionando: “Mas tudo isso já foi dito antes, qual é a novida-
de?”. Simples: poder desenvolver suas próprias funções e ir as usando nos outros
scripts. A sintaxe básica de uma função é:
Tenha em mente que a função pode ser um trecho de código que será realizado
diversas vezes e que, assim, não precisará ser reescrito repetitivamente. Isso traz o
aproveitamento de código, pois uma mesma função pode ser utilizada em mais de
um script.
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Uma função bem concebida jamais manipula nenhuma variável, além das re-
cebidas como parâmetros, por esse motivo pode-se haver funções com o mesmo
nome, mas com quantidades e/ou parâmetros diferentes.
Dentro de uma função pode haver chamadas de outras funções e até mesmo
a chamada da própria função – quando uma função chama ela mesma, ocorre
a recursividade.
Explor
Recursividade: https://bit.ly/2M951qq
Pode parecer bobagem, porém, para atualizar o código fonte, ou facilitar a lei-
tura por outras pessoas, a organização do mesmo facilita em seu entendimento.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Como Criar uma Lista em R
https://bit.ly/2MOVyEw
Manipulando Fatores
https://bit.ly/2KEImzh
Entendendo Recursão
https://bit.ly/2MK0udL
Criando Vetores com R
https://bit.ly/2ZKEUcy
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UNIDADE Vetores, Matrizes, Fatores e Funções
Referências
DA SILVA, L. A.; PERES, S. M.; BOSCARIOLI, C. Introdução à mineração de da-
dos: com aplicações em R. São Paulo: Elsevier Brasil, 2017.
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