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Ficam criados os cadastros nacional e regionais de Tecnólogos em radiologia que terão

como sigla de identificação CRTR-T, que será devidamente acompanhada de número de


registro com no mínimo de quatro dígitos, iniciados em ordem crescente a contar de 0001.
Ex CRTR-T-0001.

S.F. PLC 090/2001 (PL 4731/94) - Regulamenta a Profissão de Tecnólogo

PROJETO DE LEI Nº 4.731, DE 1994


(Do Sr. Aldo Rebelo)

"Regulamenta a profissão de Tecnólogo e dá outras providências".

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º - O exercício da profissão de Tecnólogo, nas modalidades relacionadas à área de Engenharia e Ciências da
Saúde, com atribuições estabelecidas nesta Lei, é privativo:

I - dos diplomados, por instituições públicas ou privadas nacionais em cursos superiores de Tecnologia
reconhecidos oficialmente:

II - dos diplomados por instituição estrangeira de ensino superior, com diploma devidamente revalidado e
registrado como equivalente ao curso mencionado no item anterior, na forma da legislação em vigor.

Art. 2º - As atribuições dos Tecnólogos das áreas de Engenharia ou das Ciências da Saúde, no âmbito de sua
modalidade específica, de acordo com sua formação curricular e acadêmica, são:

a) Analisar dados técnicos, desenvolver estudos, orientar e analisar esquemas executivos;

b) Desenvolver projetos, elaborar especificações, instruções, divulgação técnica, orçamentos e planejamentos;

c) Dirigir, orientar, coordenar, supervisionar e fiscalizar serviços técnicos e obras;

d) Desenvolver processos, produtos e serviços para atender às necessidades do projeto;

e) Realizar vistorias, avaliações e laudos técnicos;

f) Executar e responsabilizar-se tecnicamente por serviços e obras;

g) Desempenhar cargos e funções técnicas no serviço público e instituições privadas;

h) Prestar consultoria e assessoria;

i) Exercer o ensino, a pesquisa, a análise, a experimentação e o ensaio;

j) Conduzir equipes de instalação, montagem, operação, reparo e manutenção.


§ 1º Outras atividades poderão ser acrescidas mediante análise do conteúdo curricular, pelos Conselhos de
Fiscalização do Exercício Profissional da respectiva área.

§ 2º Nenhum profissional poderá desempenhar atividades além daquelas que lhe competem, pelas características de
seu currículo escolar, consideradas em cada caso, apenas, as disciplinas que contribuem para a graduação
profissional, salvo outras que lhe sejam acrescidas em curso de pós-graduação, de especialização ou de
aperfeiçoamento.

§ 3º Cabe às congregações das escolas e faculdades que mantenham cursos de tecnologia, indicar às instituições
incumbidas da fiscalização do exercício profissional, em função dos títulos apreciados através de formação
profissional, em termos genéricos, as características dos profissionais por elas diplomados.

Art. 3º - O Tecnólogo poderá responsabilizar-se, tecnicamente, por pessoa jurídica, desde que o objetivo social
desta seja compatível com suas atribuições.

Art. 4º - A denominação Tecnólogo fica reservada aos profissionais legalmente habilitados na forma da legislação
vigente.

Art. 5º - A aplicação do que dispõe a presente Lei, a normatização e a fiscalização do exercício e das atividades da
profissão de Tecnólogo, serão exercidas pelos Conselhos Federais e Regionais de fiscalização da exercício
profissional da respectiva área de atuação, organizados de forma a assegurarem unidade de ação.

Art. 6º - A presente Lei entra em vigor na data da sua publicação.

Art. 7º - Revogam-se as disposições em contrário.

NOTA DO SITE: Este projeto de Lei já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e agora tramita pelo Senado
Federal. Para mandar uma mensagemn de poio a este PLC aos Senadores, acesse o site do Sindicato dos
Tecnólogos de SP, cujo link esta nesta página.

RESOLUÇÃO Nº 7, DE 22 DE MAIO DE 1998 (CONTER)

Normatiza a inscrição dos profissionais formados pelas Faculdades de Tecnologia


Radiológica no sistema CONTER/CRTRs e dá outras providencias.

O Conselho Nacional de Técnicos em radiologia, no uso de suas atribuições legais e


regimentais conferidas pela Lei 7.394/85, Decreto nº 92.790/86 e Regimento Interno do
CONTER.

Considerando a aprovação do Curso de Formação Profissional em Tecnologia Radiológica


ministrado Pelo Centro de Ciências da Saúde e Bem Estar da Universidade Luterana do
Brasil - ULBRA, através da Portaria Ministerial nº 1.106, de 5 de setembro de 1995,
conforme consta no processo nº 23001.000164/94-12 do Ministério da Educação e
Desporto.
Considerando a aprovação do Curso de Formação Profissional em Tecnologia Radiológica
ministrado pela Universidade Estácio de Sá - UNESA, através da portaria nº 535, de 10 de
maio de 1995, conforme consta no processo nº 23000.000983/93-94, do Ministério da
Educação e Desporto.

Considerando que a criação dos Cursos de Tecnologia Radiológica teve sua origem na Lei
nº 7.394/98 e Decreto nº 92.790/86, que regulamentaram a profissão de Técnico em
Radiologia.

Considerando a necessidade de amparar legalmente os profissionais egressos das


Universidades, fornecendo-lhes documentos de regularidade e registro profissional no
Conselho Regional competente para o exercício da profissão.

Considerando o decidido na 3 Sessão da II Reunião Extraordinária de 1996 do 3º Corpo


de Conselheiros do CONTER realizada no dia 22 de maio de 1998. Resolve:

Art.1º - Terão direito a requerer inscrição de registro profissional no Sistema


CONTER/CRTRs os egressos dos Cursos de Tecnologia Radiológica ministrados pelas
Faculdades de Tecnologia Radiológica e devidamente reconhecidos pelo Ministério da
Educação e Desporto.

§1º - No ato da solicitação de inscrição para registro deverão ser apresentados os originais
dos documentos abaixo relacionados e original do Diploma emitido pela Universidade,
devidamente registrado nos Órgãos de Educação competentes. A) Cópia do Diploma
emitido pela Faculdade/Universidade; B) Cópia da carteira de Identidade; C) Cópia do
cadastro de Pessoa Física (CPF); D) Cópia do Título de eleitor; E) Cópia do Certificado
de Reservista (homens) ou alistamento; F) Comprovante de residência; G) Requerimento
de inscrição; H) Ficha de cadastro devidamente preenchida e assinada; I)Comprovante de
recolhimento da taxa de pagamento referente a solicitação de inscrição; J) 02 (duas) fotos
coloridas recentes de tamanho 3X4.

§2º - Os requerentes que ainda não estiverem de posse do Diploma citado no caput deste
artigo, deverão apresentar ATESTADO de conclusão emitido pela Faculdade competente,
devidamente acompanhada dos documentos citados no parágrafo anterior, sendo-lhe
concedida uma franquia temporária para o exercício da profissão, até a apresentação do
mesmo, para qual terá prazo de 180 (cento e oitenta) dias, podendo ser dilatado em caso
de necessidade.

Art.2º - Aos profissionais abrangidos por esta Resolução aplicar-se-á a legislação


pertinente ao exercício da profissão do Técnico em radiologia e as Resoluções, normas e
decisões dos Conselhos Nacional e Regionais de Técnico em radiologia, inclusive quanto
ao Código de Ética.

Art. 3º - Ficam criados os cadastros nacional e regionais de Tecnólogos em radiologia que


terão como sigla de identificação CRTR-T, que será devidamente acompanhada de
número de registro com no mínimo de quatro dígitos, iniciados em ordem crescente a
contar de 0001. Ex CRTR-T-0001.

Art. 4º - São atribuições dos profissionais enquadrados nesta Resolução:

§1º - Os tecnólogos em Radiologia com formação direcionada para a área médica poderão
atuar nas especialidades de Radiodiagnóstico por imagem incluindo radiologia
odontológica, radioterapia , medicina nuclear e radioisótopos, hemodinâmica, bem como
radiologia veterinária;

§2º - Os Tecnólogos em radiologia com formação direcionada para a área industrial


poderão atuar no controle de qualidade de produtos manufaturados, no controle de
fabricação e soldagem de ductos, estruturas metálicas e outras instalações, na área de
segurança dos portos, aeroportos e correspondência, na pesquisa e conservação de grãos e
irradiação de alimentos e outras áreas de interesse de controle e/ou diagnóstico por esses
métodos.

Art. 5º - Os profissionais enquanto enquadrados nesta resolução receberão uma credencial


profissional, que deverão portar sempre que estiverem no exercício profissional, expedida
pelo Sistema CONTER/CRTRs, onde estará especificada a sua condição de Tecnólogo em
radiologia.

Art. 6º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. Art. 7º - Revogam-se
as disposições em contrário, em especial a Portaria CONTER nº 24, de 24 de outubro de
1995.

MÁRIO CÍCERO NUNES LUCENA


Diretor-Presidente do Conselho
DOU 01/6/98

Editorial: O Tecnólogo em Radiologia e seus desafios

Normalmente, o ser humano teme o novo, principalmente por desconhecer como poderá
ser afetado por ele.

A categoria dos tecnólogos, nas diversas áreas, ganhou enorme impulso a partir da lei de
Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96), que definiu a Educação Profissional em
três níveis a saber: Auxiliar (nível fundamental), Técnico (nível médio) e Tecnólogo
(nível superior).

O Tecnólogo em Radiologia é um profissional de nível superior egresso dos Cursos


Superiores em Tecnologia da área de Saúde, que são cursos de graduação com carga
horária mínima de 2400 hs além de estágio e apresentação de monografia, conforme
Parecer 436 do Ministério da Educação (abril/2001).

O Tecnólogo em Radiologia tem seu exercício profissional fiscalizado pelo CONTER,


apesar da lei 7394/85 que regulamenta a profissão de Técnico em nenhum ponto fazer
qualquer referência aos Tecnólogos. Onde, juridicamente, está definida nossa vinculação
ao CONTER? Vale ressaltar que, mesmo sem os Tecnólogos serem citados na Lei
7394/85, a sua formação acadêmica atende a todos os incisos do artigo 1 da mesma.

"Art.1. Os preceitos desta lei regulam o exercício da profissão de Técnico em Radiologia,


conceituando-se como tal todos os Operadores de Raios X que, profissionalmente,
executam as técnicas:
I- radiológica, no setor de diagnóstico;
II- radioterápica, no setor de terapia;
III- radioisotópica, no setor de radioisótopos;
IV- industrial, no setor indusrial;
V- de medicina nuclear."

Além disso, faz parte da formação dos Tecnólogos em radiologia no estado do Rio de
Janeiro, a realização de dois tipos de estágio: um em radiologia convencional (350 hs) e
outro em uma especialidade (400 hs) que pode ser Proteção Radiológica, Ressonância
Magnética, Radiologia Industrial, Tomografia Computadorizada ou Mamografia e
apresentam, junto com toda a documentação, as declarações dos estágios ao Conselho
Regional, porém na habilitação profissional concedida pelo Conselho, não é discriminada
a especialização que ele adotou.

Nos últimos dois anos, o CONTER emitiu algumas resoluções que, supostamente,
definiriam as funções do Tecnólogo. Supostamente, pois, em todas as resoluções está
escrito "O Técnico e o Tecnólogo podem...". Ora, como dois profissionais com formação
acadêmica tão diferentes podem fazer a mesma coisa?

Os Tecnólogos em Radiologia sentem-se completamente abandonados pelo CONTER e


esta falta de definição acaba por gerar uma animosidade descabida entre Técnicos e
Tecnólogos.

A definição, pelo CONTER, das atribuições dos Tecnólogos, levando em conta as


diferenças na sua formação, só irá fortalecer a classe. Os Tecnólogos em Radiologia
pretendem que a profissão de Tecnólogo se torne uma meta a ser alcançada por aqueles
que têm como objetivo se aprofundar na profissão, consolidando e dando uma dimensão
mais científica aos seus conhecimentos.

Deseja-se com este texto abrir um ambiente saudável para o debate entre as partes
envolvidas, visando um relacionamento construtivo e cordial onde quem só tem a ganhar é
a própria classe e a sociedade.

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