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1 - J I o-Agosto/04

( T30 Brasil R$ 9,50

Utilizando o
celular como
'~/controle remoto
Modem GSM/GPRs para automações
,e prediais, de máquinas e muitornaís ...

2 tagens Práticas
z egra
- G' ra sem fio, e mais ...
3 . . os controladores
c •

- ísplay de Cristal Líquido


- eclado Matricial
- o ar de Passos Service - Varredura horizontal e MAT
Linguagem C na Eletrônica - Parte IV
Radiestesia - Tema paranormal com forte fundamento
~ científico para detecção de água, minérios e lençóis petrolíferos. t
Edrtol.a Saber Itda.

EDITORIAL
Iniciamos, nesta edição, uma série de artigos de nosso articulista Márcio
José Soares sobre "O PC na Bancada". Em edições anteriores, alguns
artigos com outro escopo sobre o PC já foram escritos pelo articulista, e
•6 elronicalolal.com.br também Diretor Técnico, o professor Newton C. Braga .
Nesta série, você saberá não apenas o que é possível fazer com
um PC na bancada, como também empregá-Io em artigos práticos que
Técnico mostraremos nas próximas edições.
n C. Braga Recebemos nestes dias o e-mail de um leitor perguntando onde iremos
Redação parar com a eletrônica tradicional, pois os 'circuitos atuais têm poucos
Sérgio Vieira componentes e o chip principal é um microcontrolador programado para
Conselho Editorial determinada função e caso ele se queime, o técnico não conseguirá
luiz Henrique Correia descobrir como consertá-to.
arcio José Soares
ewton C. Braga . A tecnologia está em constante evolução e o que podemos esperar é
uma mudança e que o profissional tem que acompanhar por isso, é que
Designers
lego Moreno Gomes temos introduzido matérias com as novidades do setor. O futuro é esse,
Diogo Shiraiwa cada vez mais os preços caem e não compensa nem a manutenção, e sim
Jonas Ribeiro Alves
Renat.o PaioUi a troca por um novo modelo mais eficiente.
Circulação
José Luiz Cazarim

PUBUCtDADE
íNDICE
Cana de Castro Assis Microcontrolador Projetos
Rigo Peixoto
unes Souza Três Circuitos Práticos com Relé Ativado por Vídeo 29
PIC16F628A. 2
PARA ANUNCIAR: (11)6195-5339
publicidade@editorasaber.com.br Controle de Teclado Matricial. 2 Service
,
2
-
assao
Controle de Display de Cristal Varredura Horizontal e MAT 31
São Frnncisco Gráfica e Editora Líquido 4 Testes Dinâmicos
as 632 41.51.
Controle de Motor de Passos 6 de Componentes 35
O PC na Bancada 8
Componentes
ASSINATURAS Programação Como usar Potenciômetros
.eletronicatotal.com.br Linguagem "C" - parte IV 13· e Trimpots : .40
lfax: (11) 6195-5335
ento das 8:30 às 17:30h As Válvulas .43
Montagem
a.:n.1Iica Total é uma publicação mensal da
..,.....,,"""_. da, ISSN 01.03·4960. Redação, Quatro Montagens com o 4093 19 Eletrônica Paranormal
aa-':iciso::a~_ -M>. publicidade e correspondência: Bargraph ou Indicador de Barras
- - Josê de Araújo, 31.5, Tatuapé, Radiestesia 60.
-()2(). São Paulo, SP, tel'; fax (1.1.) Móvel 19
• Edições anteriores (mediante
_ = -::a e de estoque), solicite pelo LED ou Relé Ativado por Som 20 Casa Inteligente
.•.• 1'IL!~ronjcatotal.com.br, ou pelo tel. "Flasher' para Lâmpada com Ciclo
"-,=-,,,,",,,ou-. a preço da última edição em
Usando o Celular Como Controle
Ativo Programado 21 Remoto 56
Pequeno Órgão Eletrônico , 22
Guitarra sem Fio 24
Luz Negra 38
Amplificador BTL. 51 Seções
Inglês Instrumental. 17
Desenvolvedor Práticas de Service .46
~
das Editoras Usando Mlcroprccessador 27 Seção do Leitor 49
de écnlcas, Dirigidas
e
Atendimento ao Leitor: a.leitor.eletronicatotal @editorasaber.com.br

Os r.lI;PS assr.a:xJS são de exdusiva responsabilidade de seus autores. É vedada a reprodução total ou parcial dos textos e ilustrações desta Revista, bem como a industrialização
aro corr>e<t:aIZaçã aos aparelhos ou idéias oriundas dos textos mencionados, sob pena de sanções legais. As consultas técnicas referentes aos artigos da Revista deverão ser feitas
exdusivamere por cartas. ou e-mail (NC do Departamento Técnico). São tomados todos os cuidados razoáveis na preparação do conteúdo desta Revista, mas não assumimos a responsabilidade
legal por ~ erros. principalmente nas montagens, pois tratam-se de projetos experimentais. Tampouco assumimos a responsabilidade por danos resultantes de imperícia do montador. Caso
haja enganos em texto ou desenho, será publicada errata na primeira oportunidade. Preços e dados publicados em anúncios são por nós aceitos de boa fé, como corretos na data do fechamento
da edição. Não assurnmos a responsabilidade por alterações nos preços e na disponibilidade dos produtos ocorridas após o fechamento.
.ft I

TRES CIRCUITOS PRATIcas


CQM PIe J 6F628A
»s-» DISPt.AY DE CRISTAL LíaUIDO
» TECtADQ IVI~TRIC1AL
> MOTOR DE PASSO
Todo leitor que lida com microcontroladores sabe
a importância. de manter uma rica biblioteca com
\
os mais variados esquemas e programas para uso.
Pensando nisto desenvolvemos três circuitos práticos com
o microcontrolador PIC16F628A para que o leitor possa
alimentar sua biblioteca e ainda aprender como utilizar alguns
dispositivos importantes com o microcontrolador sugerido,
entre os quais: teclado matricial, dísplay de cristal líquido e
motor de passo.
Márcia José Soares

o MICROCONTROLADOR PIC16F628A CONTROLE DE TECLADO MATRICIAL

Este microcontrolador não é nenhuma novidade Em 'alguns circuitos microcontrolados é necessário coletar
para a maioria dos leitores. Porém para aqueles dados junto ao "usuário". A melhor maneira de fazê-Io é, sem
que não o conhecem, descreveremos agora suas dúvida alguma, utilizando um teclado matricial.
principais características: Estes teclados são formados basicamente por botões tipo
"normalmente abertos" intercalados entre colunas e linhas
- Memória de programa com 2k bytes de FLASH (figura 1). Para saber exatamente qual tecla foi pressionada,
- 224 bytes de RAM é necessário analisar linha e coluna através de uma operação
- 128 de EEPROM muito conhecida no mundo dos microcontroladores como
- 15 pinos de I/O com dreno de corrente na ordem . varredura. Observe a figura 2.
de 20 mA
- Dois comparadores analógicos
Coluna
1 Coluna
2 Coluna
3 Coluna
4
- Dois "timer's" de 8 bits e um de 16 bits
- Um canal CCP (Capture, Compare and PWM)
- Um canal USART para comunicação RS-232 ou
SPI l.ínha1---'--I-- .•..---l--+-----4-+---+----l
- Várias opções para oscilado r inclusive interno a , .
4MHz
- Watch Dog Timer (cão de guarda) interno Linha
2~_._---1I-- .•..---l--+-----4-+---+----l
- Controle de "Power-on Reset" e "Power-up Timer"
- Proteção de código contra-cópias
- Código de instruções reduzido (35 instruções)
- Encapsularnento DIP com 18 pinos.
Linha
3---=----1I-- .•..---l--+-----4-+---+----l ••
Para aqueles que desejam maiores informações
sobre este microcontrolador, aconselhamos o
"download" do "data book" no site do fabricante,
www.microchip.com. Figura 1 • Matriz de teclas

ELETRÔNICAroTF!L - Nº 101 200


"push-buttons" nor- Os LEOs 05 a Os são do pc

r
Varredura ----- ..••
malmente abertas comum e servem para "mostrar" 8.J
ou aproveitadas de tecla foi pressionada (valor de O a 15
aparelhos fora de em binário - apenas a parte menos
o : : .., uso. É importante significativa do byte é mostrada).
salientar que a dis- A decodificação é feita através
posição das linhas de uma tabela no programa. Caso a
e colunas durante decodificação pareça invertida ou
a montagem do cir- fora da ordem, verifique a posição
Leitura cuito pode alterar a das linhas e colunas ou ainda, altere
obtida decodificação das o programa (tabela) para que seja
teclas. mostrado o valor desejado.

r o Coluna ativada
para leitura.
As colunas do
teclado são ligadas
ao PIC na porta 8,
O programa "PIC_ TEC_F628.
ASM" pode ser obtido gratuitamente
no site da revista www.eletronicatotal.
Tecla
na parte menos sig- com.br na seção "downloads". Seu
pressionada
Figura 2 - Varredura no teclado nificativa (R80 a funcionamento é extremamente
R83). Os diodos 01 simples. Ao ser pressionada uma
O leitor pode observar que força- e 04 fornecem proteção contra-curto tecla ele mostrará seu valor nos LEOs
mos um valor fixo nas "linhas". Este circuito entre colunas e linhas. As na representação "binária", conforme
valor geralmente equivale ao "1" lógico linhas foram ligadas ao PIC também detalhado no texto. Aconselhamos
(5 V). Isto é feito através de resistores na porta 8, na parte mais significativa um estudo do mesmo para uma
de "pull-up", Então, o microcontrolador (R84 a R87). melhor compreensão do funciona-
executa um "Iaçd' inserindo um "O" mento do circuito. Para isso comen-
lógico '(GNO) na coluna que deverá tamos todo o programa, para facilitar
ser lida e "1" lógico nas colunas sua compreensão.
que não deseja ler. Assim, quando é
pressionada uma tecla na coluna onde
existe o "O" lógico, imediatamente a
linha referente à tecla assume o valor
RAOIANO 1-:1"'7 -1
"O" também. Através da leitura dos bits RA 1/AN1 ..,;1=8 __ .••.••
da porta responsáveis pelas linhas, RA2IAN3NReft-:1o----,
é possível saber qual delas teve seu RA3IAN3ICMP1 ;
RA4nOCKVCMP2
valor inicial alterado. Como sabemos
qual coluna estava em "O" naquele 4 RA5IMCLRnHV
15 RA6IOS2ICLKOUT
momento, podemos determinar atra- 16 RA7/0SC1/CLKlN
vés de uma tabela, qual tecla foi _
INTIRBOP.7~----------'
pressionada. RX/DTIRB1 8
O leitor deve estar se pergun- ~~B2P9~----"""
tando: Mas, como garantir que a CCP1IRB3
10
tecla pressionada era realmente a PGNlRB4 11
RB5
que desejávamos ler?!?! Simples.
T1CK1ff10S01RB6 ~~
A varredura faz isso. A varredura T10SVRB7
insere nas colunas o valor "O" com
uma velocidade muito maior do que C/2
uma pessoa pressiona uma tecla. P/C16F628
Este valor- "O" é inserido na primeira
coluna, depois na segunda, e assim
por diante até chegar à última. Se
nenhuma tecla for pressionada, uma
nova varredura será iniciada na busca
de uma tecla e, assim, o rnicrocontro-
lador ficará em um "laço" eterno na
busca de uma tecla.
Na figura 3 o leitor tem o esquema
elétrico para os testes com a varredura L- _
de teclado que pode ser construído
pelo leitor, utilizando chaves tipo Figura 3 - PIC16F628A com teclado matricial.
CONTROLE DE DISPLAV DE demonstrados de urna única vez, utilizados no controle do "Back Ligth".
CRISTAL LfQUIDO (LCD) inclusive espaços em branco. Também O "Back Ligth" nada mais é. que um
é importante salientar que existem conjunto de "Ieds" posicionados na
Um displayde cristal líquido apesar muitos outros padrões referentes ao parte de trás do display. Quando
de parecer complexo, tem sua ope- número total de caracteres, sendo "ligados" permitem a visualização
ração muito simples. A maioria dos recomendável uma consulta aos fabri- dos dados mesmo no escuro. Todo
displays encontrados no mercado cantes. Sempre que possível o leitor aparelho celuiar possui "Back Ligth"
possui recursos internos para facilitar deve consultar os "data books" forne- em seu display.
ao máximo o controle dos mesmos, cidos pelo fabricante. É importante que o leitor saiba que
proporcionando uma interface com Os displays possuem comandos a maioria dos "back ligth" disponíveis
qualquer mierocontrolador. específicos para cada operação dese- nos dísplays tem um consumo de
Assim não temos que nos preo- jada: leitura, escrita, configuração, corrente alto e não devem ser ligados ,
cupar com a operação interna de etc. Estes comandos são passados diretamente nos pinos de I/O de um
um display, mas apenas com os através de uma linha de dados (pinos microcontrolador. Isso queimaria a
comandos necessários para escrever DOa D7) de 8 bits (1 byte) e uma linha porta I/O e até mesmo o próprio
um caractere, apagar uma linha, de controle composta por mais três microcontrolador. Se' houver a neces-
ligar o cursor, e muitos outros coman- pinos: EN (Enable), RD/WR (leitura! sidade de utilizar o circuito "back
dos possíveis (de acordo com cada escrita) e RS (entrada de dados ou ligth", use um circuito "drive" conforme
modelo), • instrução). Na figura 5 o leitor pode demonstrado na figura 6.
Na figura 4, temos alguns exem- observar um displaye sua respectiva Os displays com quatro ou mais
plos e tipos de "LCDs" (Líquid Crystal pinagem. linhas devem ser tratados como uma
Displays) facilmente encontrados Alguns displays possuem mais "união" de dois ou mais displays
no mercado especializado (lojas de que 14 pinos paras as ligações. Os de duas linhas. Estes possuem geral-
componentes eletrônicos). Estes pinos excedentes geralmente são mente dois pinos de habilitação (EN)
LCDs são do tipo "caractere" ou seja,
não são gráficos. Os displays gráficos
têm seu controle mais' complexo e
feito de maneira diferente e não serão
Dlsplay
discutidos neste artigo. Por ora, trata-
remos apenas do tipo "caractere".
413 12 1110 9 8 7 6 5 4 3 2111 GNO
VCC
Controle de contraste
RS
RDjWR
EN
DO
01
D2
03
04
05
06
07
Os LCDs tipo caractere possuem
algumas subdivisões importantes
e que valem a pena conhecê-Ias.
bO
Elas referem-se principalmente
quantidade de caracteres que cada
a
'fito
fb.CJ, ~0
------,
LED(s) do I
~CI fb.<:'
um pode mostrar. Esta quantidade é ,<:, ;."CI "back ligth" I
geralmente demonstrada em "linhas x
colunas". Na tabela 1 o leitor poderá
,it>
16 x 1
~~O~~~y~:
ver alguns padrões utilizados com 16x 2
suas divisões em relação a linhas e 16.x4
colunas Pino
20 x 4
Lembrando sempre que o total Pie
40x2
de caracteres refere-se ao número
total de elementos que podem ser
:~ . MICROCONTROLADOR

ara selecionar qual conjunto de Observando a tabela 2, o leitor encontrado no mercado especializado
. has será usado. Neste caso, o pino nota que para enviar um determinado. e até mesmo em "sucatas" fora de
5 habilita as duas linhas superiores comando para o display o pino RS é uso. O circuito conta ainda com um
e o pino 16 as duas linhas inferiores. levado ao estado lógico "O", e sempre 'trimpot" para regular o contraste do
O pino "6" não é conectado. Porém, já que desejamos enviar um caractere a display.
é possível encontrar displays de quatro ser escrito o mesmo pino é levado ao O programa "PIC_DISP _F628.
linhas e apenas um pino de habilita- estado lógico "1". O pino"EN" habilita ASM" pode ser obtido gratuitamente
ção. Nesta situação, a mudança de o displaye deve ser colocado em "1" no site da revista www.eletronicatotal.
linha é feita através de um comando para habilitar e em "O" para desabilitar. com.br na seção "downloads". Ele
específico. Se o leitor possuir um O pino RDIWR deve ser colocado em escreve uma frase e uma seqüência
display deste tipo, consulte o manual "O" para escrever dados no display e de caracteres. Mais uma vez, reco-
do fabricante para saber quais são em "1" para ler dados do mesmo. mendamos o estudo do programa para
estes comandos. Na figura 7 o leitor tem o esquema uma melhor compreensão do funcio-
Até aqui o leitor já deve ter perce- elétrico para os testes com um LCD narnento do circuito aproveitando os
bido que um "LCD" tem internamente tipo 16x2. Esse display é facilmente comentários inseridos no programa.
um pequeno microcontrolador dedi-
cado, que fará a interpretação dos
"dados" recebidos e os transformará C'2
em "comandos" internos no display DISPLAY
(não entraremos em maiores detalhes
sobre isso, pois foge ao propósito
deste artigo).
C 1 +5vDC .L~ P1
m::o s ~ ~ ~.~ 8 ti a a C!i:S ~ ~
~11213
Q

45 6 78 9 10 11 1213 14
100 nF 10 kn
Na tabela 2 o leitor tem um con-
junto de instruções compatíveis com
a maioria dos displays disponíveis
no mercado. Esta tabela também
t 14
VDD RAOIANO
17
RA1/AN1 18
apresenta qual deve ser o dado a ser RA2lAN2IRef 1
enviado para o mesmo e o estado nos 6
2 RA3IAN3ICMP1 INTIRBO
pinos de controle deste. RXlOTIRB1 7
Existem outros comandos, mas os
:j RA4fl"OCKlCMP2 TXICKVRB2 8
...4
RA5IMCLRnHI 9
mais importantes e mais utilizados .1§. RA~OSCVCLKOUT CCP1IRB3
10
foram passados nesta tabela. Para o 16: RA7/0SC1/CLK1N PGM/RB4 11
RB5
leitor que tiver interesse em conhecer 12
TtCKVT10S0IRB6
mais sobre todos os comandos possí- 13
T10SVRB7
veis de um determinado display, é
C/1 V~
sempre aconselhável uma consulta ao
P/C16F62X
"Data Book" do fabricante do mesmo. Figura 7 - Circuito elétrico 2 - PIC 16F628A com LCD

o o 1
Controle do Cursor o O 1
o O 1
o O 1
o O 1
o O 1
o O 1
o O 1
o O 1
o O 1
o O 1
o O 1
o O 1
o O 1
Escrita de dados (caractere) no dis- 1 O 1
play
Tabela 2

ELETRÔNICA TOTAL - Nº 101/2004


CONTROLE DE MOTOR identificar as ligações de suas bobinas posição de leitura de resistências, fazer
DE PASSO internamente. Para isso o leitor pode uma análise de seu motor. A figura 8
optar entre duas soluções: demonstra como isso é feito.
Os motores de passo são ampla- - Verificar o "data book' do fabricante Na figura 9 o leitor tem o esquema
mente difundidos no mundo da eletrô- - De posse de um multímetro, na elétrico para os testes com um motor
nica / mecatrônica / microrobótica. Sua
precisão, aliada a sua força (torque),
fazem deste motor um excelente
"poslcionador", Eles estão presentes
em impressoras, pequenos CNCs,
mesas "XV", etc.
Para operar um motor de passo,
temos que "ligar" e "desligar" suas
bobinas em uma seqüência correta. Motor
A freqüência com que estas bobinas de
são "chaveadas" (liga / desliga) deter-
minará a velocidade de giro do motor.
Para tazê-lo girar em sentido contrário
devemos inverter a seqüência de .
chaveamento. Veja a tabela 3, nela
descrevemos a seqüência para operar
um motor de passo "unlpolar' de seis Figura 8 - Identificando as bobinas de um motor de passo
fios (duas bobinas independentes).

Vcc(12V) M1
Motor de passo
6 nos

RAOIANO 17
VOO
14 RA 1/AN1 r1.".8__ --+-_-+-;
RA2/AN3NRef..,1-----+-t
Os valores iguais a "1" equivalem
à bobina ligada e os valores iguais a ~ RA3IAN3ICMP1
"O" equivalem à bobina desligada. A 4 RA4/TOCKUCMP2
análise da tabela é feita do "passo 1" RAlMCLRfl'HV
~~ RA6IOSC2/CLKOUT
para o "passo 4". A partir desse ponto
. RA7/OSC1/CLKlN
a operação é repetida para manter o 6
IN1IRBO "=7:----1
motor em funcionamento
R~TIRB1~-~-,
Os motores de passo têm seu TX/CKlRB2 9
passo dado em graus. Por exemplo, um CCP11RB3 "';1'='0---'
motor de 7,~Qpor passo precisa de 48 PGMlRB4 11
passos para dar uma volta completa .. RB5
T1CKUT10S0IRB6 ~~
Quantidade de passos = T10SVRB7
360!l/quantidade de graus por CI1 VSS
I'.asso PIC16F62X

Para fazer o motor girar no sentido


Fonte Vcc(12V) Vcc
contrário, devemos fazer a análise
Estabili~da (5V)
inversa na tabela. O primeiro passo
passa a ser o de número "4" e o último
o de número "1". Esta operação é
repetida até conseguirmos o número 02
de voltas desejado. 1N4001
T1
Infelizmente, não existe uma
J1 12-12"V·~----~-=-~~~~~~_-. -. -.
padronização entre os fabricantes de
1000 mA
motores de passo que nos permita .
(através de um código de cores) Figura 9 - Circuito elétrico 3 - PIC16F628A controlando um motor de passo

ELETRÔNICA TOiRL - NQ 101 / 200


"{ MICROCONTROLAOOR

de passo de 6 fios unipolar. As chaves o PIC. O LM7805 também deve ter


"S1'" "S2'" 'S3' são do tipo "pus h- um radiador de calor para evitar sobre CONCLUSÃO
button" normalmente aberto mini. Os aquecimento.
transistores "0/', "02", "03" e "04" são O programa "PIC_STEP _F628. Neste artigo, o leitor aprendeu
transistores tipo "darlington" NPN com ASM" pode ser obtido gratuitamente como é importante manter uma
corrente de trabalho na ordem de 2 no site da revista www.eletronicatotal. biblioteca de informações a res-
A de forma direta e 4 A de pico. É com.br na seção "downloads". Ele peito de um determinado micro-
aconselhável o uso de radiadores de permite controlar o motor em ambos controlador. Isso pode ser a chave
calor para os transistores. os sentidos através das chaves "S/' e do sucesso de um projeto comer- .
Na mesma figura o leitor tem um "S2"e também pará-to através de "S3'" cial que, coma muitos outros,
esquema de uma fonte. O ponto de Estude o programa para uma melhor têm um prazo um tanto curto.
12 V servirá para alimentar o motor de compreensão do funcionamento do Estudar e alterar os programas
passo e o ponto de 5 V para alimentar circuito. apresentados ajudará a fixar o
aprendizado, além do que o leitor
também poderá misturar os cir-
cuitos e programas para buscar
novas alternativas. Esperamos ter
contribuído com todos aqueles
que procuravam por soluções
práticas com microcontroladores
e pensamos trazer outros circuitos
práticos nos próximos artigos
para a biblioteca do leitor. Fique
atento e até a próxima!

por apenas
R$590,OO
(mais despesas de envío)

Ideal para automações e controles


sem fio (Wireless), de equipamen-
tos industriais, máquinas de vendas
automáticas, alarmes automotivos
ou residenciais, automação predial
e muito mais!

Kit composto de:


- 1 Modem Duodigit T35GPRS-BR
- 1 Cabo Seria I
-1 Fonte 12V
Pedidos pela
- 1 Antena GSM Saber Marketing Direto

Mais informações técnicas no site www.sabermarketing.com.brjkits Tel.: (.1.1)6.195-5330


PC NA ELETRÔNICA 2~

o PC·NA BANCADA
DO HOBISTAlESTUDANTE E
DO TÉCNICO DE MANUTEN

Márcio José Soares

Todos sabem da utilidade de um


PC. Muitos o usam no trabalho e
no lazer também. Para o hobista, o
estudante e o técnico reparador, o
PC pode tornar-se uma poderosa
ferramenta na bancada.

o QUE É POSSíVEL FAZER?

° leitor que ainda não utiliza um


PC na bancada deve estar se pergun-
tando: o que eu posso fazer com um fase de desenvolvimento sempre DESENHO DE
PC na minha bancada?!? precisam de alguns ajustes e testes. CIRCUITOS ELÉTRICOS
Independente de a bancada ser Realizá-Ios fisicamente é um tanto
de um hobista ou estudante, ou ainda complicado e requer muita paciência. Muitos leitores até hoje desenham
de um técnico reparador, muito pode E muitas vezes a troca de um deter- seus circuitos em folhas de papel,
ser feito com um PC. minado componente, se necessário, utilizando velhas técnicas. Isso não
No caso do hobista/estudante, que pode se mostrar impossível pela apresenta muitos problemas se o
usa a bancada para testes, desenvol- simples falta do mesmo na bancada. uso for estritamente pessoal. Porém,
vimento de protótipos e estudos, o PC Se o leitor estiver' usando um as coisas começam a se complicar
sem dúvida alguma pode representar simulador, todos os problemas (que quando a intenção é divulgar o cir-
uma poderosa ferramenta(figura 1). um simples teste de circuito pode cuito. Muitos outros, atualmente,
Vamos a alguns exemplos práticos trazer) podem ser minimizados. É trocam circuitos via Internet através
de uso: possível montar "virtualmente" o cir- de páginas, fóruns e e-maiJ. Um'
cuito no computador e fazer todos os circuito desenhado no papel precisaria
testes. Somente depois de aprovado ser "escaneado" e depois tratado
SIMULAÇÃO DE na simulação e com maiores gqrantias (retoques) para, aí sim, ser disponibi-
CIRCUITOS ELETRÔNICOS de funcionamento, é que o circuito lizado. Isso requer um equipamento a
pode ser testado da maneira usual. mais no PC, um "escaner de imagens"
Atualmente há muitos programas E não são apenas estas as van- e habilidades com programas de
que podem auxiliar o hobista/ tagens. A maioria dos programas tratamento de imagens (Corei Phot
estudante na simulação de circuitos para simulação de circuitos elétricos/ Paint, PhotoShop, PaintShop PRO,
eletrônicos, tais como o Spice, EWB e eletrônicos possui ferramentas virtuais °
etc). trabalho é grande e lento.
MultiSim. Muitos hobistas costumam muito importantes como: osciloscópio, E os problemas não são somente
montar seus protótipos em "pront- freqüêncímetro, multímetro, gerador' estes. Muitos circuitos, durante seu
o-boards" (matriz de contatos), ou de funções, etc. Já pensou no custo projeto sofrem modificações. Apaga
placas padrão ou placas de circuito de tudo isso, se o leitor fosse adquiri- daqui, rabisca dali, insere um novo
. impresso previamente desenhadas los?! Um tanto alto e infelizmente fora 'componente lá, etc. No final do traba-
para tal. Porém, muitos circuitos em da realidade de muitos. lho, se o leitor não tiver muita atenção

ELETRÔNICATOmL - Nº 101 / 2004


..' PC NA ELETRÔNICA 1

é provável que nem ele mesmo saiba e sendo assim é preciso invertê-Io
explicar o que o circuito faz, tamanha antes para fazer a placa definitiva. A revista "Saber
a confusão gerada. É por isso que quando trabalhamos Eletrônica Especial
Mas, se o leitor utilizar um pro- na maneira "manual", utilizamos um com CD" pro-
rama de edição de circuito (Orcad, papel do tipo vegetal. cura trazer
ango, Eagle, Windraft, etc) verá Sem contar a qualidade final do aos leitores
que este proporciona a vantagem projeto, que ficará muito melhor, se as novidades no
de gerar com maior velocidade o comparada com desenhos feito à mundo da
circuito, permite a exportação para mão. Trilhas retas, ilhas nos mesmos eletrônica
outros formatos (figuras e arquivos tamanhos, componentes com distân- e informá-
compatíveis com a Internet), troca cias certas, etc. tica, principal-
rápida de componentes no desenho E as vantagens não param por aí. mente no que-
e até mesmo uma revisão completa Pense em juntar tudo isso. Projeto sito "programas
do circuito sem nenhuma mancha de do circuito, simulação e desenho da úteis". Apenas lem-
borracha, rabiscos, cortes ~ emendas placa! Para alguns programas isso é brando aos leitores
confusas. possível e muito simples. Um projeto que muitos destes pro-
inteiro pode sair do computador em gramas requerem licenças
questão de horas! e a revista Saber Eletrônica
PLACAS DE CIRCUITO IMPRESSO Especial oferece versões do tipo
"DEMO", utilizadas para demonstra-
Ah, as placas de circuito impresso! GRAVADORES DE DISPOSITIVOS ção dos programas e podem conter
Esse parece ser o "Calcanhar de algumas limitações de' uso. Todos
Aquiles" para muitos. Realmente Para o hobista e estudante inte- os tipos de licença estão descritos
desenhar um lay-out pode ser difícil, ressado no aprendizado da eletrônica na revista. .
principalmente se o leitor o fizer na moderna, um PC é peça 'fundamental
ão. É necessário ter alguma experi- quando falamos em microcontro-
ência para obter sucesso. Também ladores, EPROM, e outros. Estes a trabalhar com microcontroladores e
é necessário dispor de todos os dispositivos são programáveis e na outros, um PC na bancada é aquela
componentes que serão inseridos na sua maioria precisam de um PC para ferramenta tratada como "indispensá-
placa, pois sem isso se correria o gravá-Ios. Sem um PC é quase que vel".
risco de afastar ou aproximar demais impossível gravar um microcontrola-
as ilhas destes, gerando no final do dor 8051 (Intel), PIC (Microchip),
trabalho (placa pronta) uma frustração 68HC908 (Motorola) e outros. Cada O PC E SEU HARDWARE
muito grande ao perceber que todo qual tem um gravador especifico, mas
o trabalho foi em vão, já que nada todos são controlados por um PC. Não podemos deixar de lembrar
se encaixa. Portanto, se o leitor enquadra-se que um PC é uma máquina complexa,
As trilhas também são uma tarefa dentro dos que pretendem aprender com recursos ilimitados (tudo depende
árdua. Pense em fazer um traço de ~iiiiiiii;ÃIâ'
0,5 mm, outro de 1 mm e outro de
3 mm, tudo na mesma placa. Isso é .
muito comum e fazê-Io na mão, não \
tenha dúvida, é tarefa "ingrata".
Mais uma vez o PC pode ajudá-Io.
Existem muitos programas para dese-
nho do "Iay-out" de placas (Tango,
Eagle, Winboard, etc.), com 'compo-
nentes "virtuais" nos tamanhos e
distâncias certas, trilhas nas mais
variadas espessuras, ilhas de vários
tamanhos e furações e com a possi-
bilidade do desenho poder ser teito
em dupla face, além de muitas outras .
vantagens.
E tem mais, na hora da impressão
o computador se encarrega de inverter
o desenho para você. Sempre que
desenhamos um lay-out, ele é feito
pela vista do lado dos componentes

EETRÓNICA TOTRL- Nº 101 .I 2004


PC NA ELETRÔNICA'i:7"~

da imaginação do projetista!) e não um OB-09. Alguns PCs mais antigos que poderiam ser utilizadas em um
somente no quesito "software", mas trazem também um OB-25 macho, PC. Diversas outras como a porta
também em "hardware". É possível mas este padrão já está em desuso. . Ethernet, Fire Wire, etc. Porém, o
utilizar as portas de um PC como uso destas é bem mais complexo
saídas para controlar cargas. exter- Porta USB - A porta USB é uma podendo ser substituído facilmente por
nas, assim como usar estas mesmas porta de comunicação entre periféri- outras portas já descrítas. Observe a
portas como entrada na aquisição de cos do PC. Existem muitas Web Cams figura 3.
dados do "mundo exterior" ao PC. (câmeras para uso em comunicações
Podemos controlar através das na Internet), modems e até impres-
portas do PC, uma "casa inteligente", soras preparadas para este tipo de DICAS PARA O TÉCNICO
pequenos "robôs", máquinas diversas, porta. Sua utilização assemelha-se ao REPARADOR
etc (figura 2). Também podemos obter uso da porta serial RS-232, porém a
sinais externos como temperatura, complexidade é maior e as distâncias O técnico reparador deve estar
voltagem, corrente, freqüência, entre obtidas bem inferiores as obtidas com se perguntando: onde eu entro em
outras, e trabalhar estes dentro do a RS-232. Existem alguns padrões' tudo isso?!
PC. para porta USB, mas o mais difundido Para o técnico reparador o PC
Atualmente, as portas mais utili- é a versão 1.0, com padrão para o também representa, indiscutivelmente,
zadas e presentes na maioria dos conector tipo "A". Este conector tem uma ferramenta de grande valor. O
PC são: formato retangular chato. técnico de uma oficina poderia utilizar
.Porta paralela - É a porta de o PC para:
controle da impressora. Ela possui Porta de som (áudio) - Estas
pinos que podem ser utilizados como portas também podem ser usadas Arquivo para "data-sheets" e
entrada ou saída em um projeto qual- em vários projetos. A identificação esquemários
quer. É a mais simples e fácil de se destas portas no PC é fácil através Muitos fabricantes de componen-
utilizar; pois em muitos casos seu de conectores tipo P2 estéreo (estas tes disponibilizam gratuitamente na
controle é direto (bit ou byte). No PC, portas são do tipo estéreo). Internet data-sheets (informações
ela pode ser reconhecida na traseira A saída (caixas de som) pode, por sobre um determinado componente),
do gabinete através de um conector exemplo, ser empregada na constru- assim como esquemários de eletro-
tipo OB-25 fêmea, geralmente na cor ção de um gerador de sinais. Já a eletrônicos como televisores, rádios,
"lilás". . porta de entrada MIC ou AUX pode ser CO Players, OVOs e muitos outros. _
usada na analise de sinais analógicos Os técnicos podem "escanear"
Porta RS-232 - Porta de comuni- de baixa amplitude. Poderia-se, então, seus esquemários para formar um
cação serial. Utilizada com alguns construir um pequeno osciloscópio "arquivo digital" pessoal. Todos sabe-
tipos de mouse, modems externos com um PC. Na Internet é possível mos que folhas de papel têm baixa
e outros periféricos. Hoje, a maioria encontrar um software capaz de durabilidade, se comparadas à vida
dos PCs tem apenas uma porta. Pode realizar medidas através da porta útil de um CO, por exemplo. Sem
ser utilizada para comunicação com de som de um PC. Procure através contar a consulta, que é muito mais
algum periférico microcontrolado. dos sites de busca como .simples e também o tamanho final. do
Permite comunicações a uma distân- www.go.ogle.com com a palavra chave arquivo (físico). Um único CO pode"
cia de até 25 metros. No PC, ela é WINSCOPE.EXE. ria armazenar centenas de. esque-
facilmente reconhecida, através de E não são apenas estas as portas má rios digitais! Já pensou no tama-

ELETRÔNICA TOT8L - Nº 101 / 2004


nho da "pasta" para guardar isso em outros meios de se obter "conexão" possam dentro do desejável, atender
"papel"?!? através de serviços públicos, escolas, aos "anseios" de cada um. Portanto,
ONGs, Cyber Cafés e muitas outras. caro leitor, uma corrida até a loja de
O que o leitor deve ter em mente informática mais próxima pode não
Arquivo de clientes, fornecedores é que tão importante quanto usar ser necessária,
e componentes um computador, é estar conectado Verifique se não existem progra-
O técnico poderia construir um a Internet. A isso dá-se o nome de mas equivalentes aos "escolhidos" que
pequeno banco de dados para arqui- "Inclusão Digital". possam atendê-Io, usando a máquina
var clientes, fornecedores e compo- Estar conectado permitirá a troca que já está à mão. Analise tudo o
nentes em estoque. A velocidade de de informações entre outros hobistas que você precisa fazer, os programas
uma consulta é muito maior. e profissionais, através de fóruns necessários e seus pré-requisitos e
Uma outra possibilidade de uso (listas de debates), e-mails e outros. somente então pense na "máquina
para este cadastro é sem dúvida A pesquisa sobre um determinado ideal". Às vezes ela está abandonada
alguma a propaganda, e todos sabem assunto também é facilitada já que em algum canto, esperando apenas
que "a propaganda é a alma do 'negó- hoje a Internet é considerada a maior uma chance para voltar a ser utili-
cio", "quem é vivo sempre aparece", "biblioteca" pública no mundo. Navegar zada.
etc. é preciso!
De posse de um cadastro de clien-
tes, o técnico poderá enviar ao cliente CONCLUSÃO
através do correio malas diretas com QUAL PC USAR?!
suas ofertas, informações sobre ser COMO ESCOLHER?! Neste artigo trouxemos até o leitor
um "autorizado" do fabricante "A" uma pequena parte do que realmente
e/ou "8", a mudança de endereço da Esta pergunta aflige 99,99% dos pode ser feito com um PC. Não dis-
Técnica (se acontecer, poderá ajudar usuários de PC. Hoje vivemos o "culto corremos muito sobre os programas,
muito!), um cartão de aniversário e/ou à eficiência", que é muitas vezes pois são vários os dispontveis. Procu-
Natal (a cortesia cativa o cliente) e confundido com o "culto à velocidade". raremos no decorrer das próximas
muitas outras. E tudo isso também Eficiência e velocidade nem sempre edições trazer algumas dicas e outras .
pode ser feito via Internet, através andam juntas. Uma máquina que informações sobre o uso do PC na
do endereço eletrônico te-meu; do realiza uma determinada tarefa alguns bancada, assim como alguns projetos
cliente, diminuindo ainda mais o custo segundos antes que uma outra, não é utilizando as portas do mesmo para
e aumentando significativamente a necessariamente mais eficiente que a que o leitor aprenda mais a respeito
velocidade da informação. segunda. Porém em outros casos, ela da integração da eletrônica com a
Um cadastro de fornecedores será. Tudo é uma questão de análise informática, afinal as duas se misturam'
pode ajudar a encontrar o melhor de tarefas e suas prioridades. de tal maneira que, em alguns casos,
preço de um componente para uma Portanto, "cada caso é um caso". O fica difícil dizer "onde uma começa e
determinada manutenção, resultando ponto fundamental não é a velocidade a outra acaba, e vice-versa", Até lá e
num melhor preço final para o cliente, máxima da máquina, nem o tamanho boas pesquisas!
maior velocidade no atendimento, do HD, nem a quantidade de memória
.enfim uma maior eficiência no geral ou periféricos damáquina ,que a
(qualidade no serviço ajuda na indi- tornaram "a escolhida"! O leitor deve
cação boca-a-boca). ter em mente que a melhor máquina CLIPE COMO GARRA JACARÉ
Pode não parecer, mas um cadas- será a que atender as suas neces-
tro bem montado pode ajudar muito sidades! Sendo assim, em alguns Os clipes de prender papel
na administração de uma Assistência casos um simples 486 pode perfeita- aceitam bem a solda e, por isso,
Técnica e na montagem de estratégias mente dar conta do recado. podemos usá-los para conexões
para "coletar" e "manter" clientes. O ponto "chave" da questão é em terminais de componentes
Pense nisso, amigo técnico. analisar os programas necessários numa emergência, por exemplo,
para cumprir as tarefas desejadas. O em lugar de garras jacaré.
que estes programas requerem em Um ou dois fios com clipes em
Conexão com a Internet termos de equipamento dimensionará suas extremidades disponíveis
De posse de um computador, a máquina que o leitor irá usar. na bancada podem ajudar o pro-
hoaistss, estudantes e técnicos devem Porém, existe o caso do leitor que fissional que, em situações de
pensar em uma conexão com a Inter- já possui a máquina. Então qual a emergência, desejar prender
net. Hoje existem muitas empresas solução, trocá-Ia?! Não! as pontas de um multímetro ou
que oferecem este serviço gratuita- Muitas vezes não é necessário experimentar um componente,
mente, basta um modem e uma linha trocar uma máquina por uma outra, sem soldá-lo, fazendo medidas
telefônica. E mesmo para aqueles que mas sim escolher os programas mais ou testes em outro ponto do cir-
não possuem linha telefônica, existem adequados àquela máquina e que cuito.
·Y PROGRAMAÇÃO

Linguagem IIC"
Nas edições anteriores iniciamos nossa série sobre
linguagem C. Discorremos sobre a função main () ,
variáveis, operadores e funções. Neste artigo, vamos
tratar um pouco mais sobre funções e passagem de
valores utilizando os "ponteiros".
Márcia José Soares

PONTEIROS,
Ponteiro
I Endereços
Dentro da maioria das linguagens,
a passagem dos parâmetros para suas 012345678
em hexadecimal

9
JA B C D E F 10 11
funções é feita sempre através de
''valores''. Ou seja, um valor é passado
de forma direta. O retorno de qualquer
parâmetro também é feito por meio de L Vadá~el tipo caracter
- tamanho 1 byte
valores. Claro que algumas linguagens
de programação utilizam outros recur-
sos para tal, mas a linguagem "C" tem Obs. Cada quadro representa 1byte (8 bits),
uma forma toda especial para fazê-Ia: e na representaçáo ASCII o caracter ''T'' tem valor 54 Hexa = 01010100 binário
através de ponteiros. Os "ponteiros" . Caracter 'T' = 54H = ~
nada mais são que "apontamentos"
para um ponto qualquer da memória Figura 2 - Variavel na memória. tamanho e endereço
(figura 1).
Ou seja, um ponteiro é um ende- percorrê-Ia de forma indefinida.
reço que aponta para um outro ende- Vamos supor que o leitor criou
~~!iS!!m!1:E:;1"" Ponteiro. reço de uma variável de um tipo uma variável do tlpo "c h a r " com
Endereço 2 específico (pode ser qualquer um) na 1O caracteres e apontou-a com um
memória. Se acrescentarmos "1" a ponteiro. A posição inicial do ponteiro
um ponteiro, ele pulará uma posição, será no primeiro byte da variável
se adicionarmos "5" ele pulará cinco apontada. Se ele incrementar este
posições, e assim por diante. O leitor ponteiro com "12", o ponteiro irá
deve ter em mente que devido ao se posicionar em uma posição de
EndereçoS ponteiro referenciar um endereço memória fora da variável. Veja como
9 específico da memória ele poderá isso pode acontecer na figura 3.

Figura 1 . Exemplo de ponteiro na memória.


Ponteiro incrementado de 12
Quando criamos uma variável na I Endereços em hexadecimal
posições a partir do endereço "O"
memória, reservamos um espaço para
a mesma de acordo com o seu tipo
(tamanho em bytes). Ao mesmo tempo,
01234567 8 9 A
"- B C D E F

essa variável passa a ter um endereço


na memória. O ponteiro pode apontar
para este endereço, permitindo indire-
String com 10 caracteres
total ocupado = 10 bytes
(de OOH a OAH)
L Valor e tipo desconhecidos

tamente o usodo conteúdo da variável.


Veja a figura 2. Figura 3 - Incremento de ponteiro.

ELETRÔNICA TOTAL- NQ 101 I 20


Agora fica a pergunta: "Edaí? Um de uma variável como parâmetro de No exemplo dado em "código-
ponteiro aponta para a memória. uma função através de um ponteiro, fonte 1" o leitor deve ter notado que
OK! Como e quando usar isso?" alterar seu conteúdo dentro desta para a declaração de um ponteiro
Quando nossos programas ga- função e retornar um outro valor qual- qualquer, basta inserir o caractere "*,,
nham complexidade, faz-se neces- quer. O .leitor percebe assim que se .(modificador de tipo, neste caso) na
sário um controle maior sobre as desejar que uma determinada função frente do nome da variável. "Conta-
variáveis. Assim, se passarmos para "retorne" mais que 'um pàrámetro, .do r" é uma variável do tipo inteiro.
um ponteirooendereço de uma outra poderá fazê-Io através de ponteiros. Note que para usarmos "ponteiro"
variável, estaremos, na verdade, alte- , Para usar um ponteiro, é neces- .corn a variável "contador", ambas as
rando o conteúdo desta variável e não sário usar um modificador de tipo. variáveis devem ser do mesmo tipo.
do ponteiro propriamente dito. Desse Veja no código-fonte 1 como isso Na linha de programa
modo, podemos passar o endereço é feito.
ponteiro=&contador;

Código fonte 1: estamos atribuindo à variável


#include <stdio.h> "p o n t'ei r o" ovalor do endereço
da variável "contador". Repare,
void main(void) Ilfunção main não recebe e que após a impressão em tela dos
não retorna nada valores, um novo endereço é atribuído
à variável "ponteiro". Este novo
int *ponteiro; Ildeclaração do ponteiro valor. passa a ser "0001".0 leitor
int contador 1; l/declaração de uma variável deve compreender que neste caso, o
do tipo inteiro ponteiro estará voltado agora para a
posição "0001" da memória. Ponteiros
ponteiro &contador; /Iponteiro assume o endereço servem para "apontar" para um
contador endereço qualquer da memória
e não devem ser considerados
prirttf("O valor de ponteiro é %~\nn, ponteiro); simples variáveis!
printf("O valor de contador é %d\n", contador); Vamos a um outro exemplo. Acom- .
printf("Ó endereço de contador é %x\n", &contador); panhe o código-fonte 2.
Neste hOVO exemplo, .o leitor
ponteiro=contador; Ilponteiro assume novo valor poderá perceber que utilizamos
apenas o ponteiro para "mostrar" tanto
printf("O novo endereço apogtado por ponteiro é %x\n", o endereço de memória quanto o
ponteiro); conteúdo da variável "contador".
Quando desejamos atribuir um
endereço de variável a um ponteiro,
utilizamos:
Código fonte 2:
#inc1ude <stdio.h> ponteiro=&variável

void main(void) Ilfunção main não recebe e Assim, podemos trabalhar com a
não retorna nenhum valor variável de forma indireta através de
um ponteiro. Observe que na linha
int *ponteiro;
int contador = 1;
ponteiro=&contadoL; l/ponteiro recebe o endereço
de contador estamos atribuindo um valor ao
printf("O endereço de contador é %x\n", ponteiro); endereço apontado por "ponteiro".
printf("O valor de contador. é %d\n", *ponteiro); Neste endereço temos a variável
"contador". Dessa maneira, altera-
*ponteiro=25 l/altera o conteúdo .do ende mos o conteúdo da variável "conta-
reço apontado dor" de forma indireta.
Sendo assim, podemos então
printf("O endereço de contador é %x\n", ponteiio); afirmar: Uma variável é o nome de
printf("O valor de contador é %d\n", *ponteiro); uma posição na memória capaz
de armazenar um valor de um tipo
específico. Cada posição da memó-

J~LETRôNICA mTRL - N° 10'1 2C1Ll·'


ria tem um endereço único. Um variável do tipo inteiro tenha um ende- Observe que o endereço transfe-
ponteiro é uma variável que contém reço igual a "4000H". Agora, vamos rido para os ponteiros, diz respeito ao
um endereço da memória. supor que o leitor utilize um ponteiro do endereço de memória que contém o
tipo "cha r" para apontar o endereço primeiro caractere da variável "frase",
desta variável. Ao incrementar este O caractere "R".
A MATEMÁTICA POR TRÁS DE UM ponteiro, ele irá para a próxima posição Após essa transferência, passa-
PONTEIRO de memória "4001H".Temos aqui o que mos a trabalhar apenas com os pon-
chamamos de "bug" de programação! teiros. Um "loop for" é utilizado para
o leitor deve ter notado que Como um inteiro tem dois bytes, sua contar o número exato de caracteres
sempre que utilizamos um ponteiro próxima posição seria "4002H" e não pertencentes àrstrmç". Se não fosse
em nossos exemplos, o tipo deste "4001 H". Então, imagine se você esti- assim, a contagem não pararia e o
sempre coincide com o tipo de variável vesse utilizando um ponteiro do tipo programa mostraria outras posições
que desejamos "apontar". Isso porque caractere para incrementar ou decre- de memória, que não interessam.
temos que considerar uma pequena mentar o endereço de uma variável do No primeiro "Lo o p " utilizamos
"matemática" por trás disso. tipo "floa t." que ocupa quatro bytes! Se um ponteiro do tipo "c h a r ". Como
Os ponteiros podem ser incremen- estivesse precisando ler os. "nibles" este ponteiro é do mesmo tipo que
tados ou mesmo decrementados, desta variável, o faria de maneira a variável "frase", O incremento se
afinal os ponteiros são, na verdade, completamente errada! dá byte a byte e é possível ver todo o
posições de memória. Conseqüente- . Portanto, sempre que usar um conteúdo da frase, posição por posição.
mente, se utilizarmos um ponteiro do ponteiro para uma determinada variá- Já no segundo "Lo o p", o ponteiro
tipo "cha r" para trabalhar com uma vel (ou conjunto destas) utilize-o utilizado é do tipo "í.nt;". Este tipo tem
variável do tipo inteiro, teremos um com o mesmo "tipo" da variável, dois bytes e podemos notar que após
problema ao incrementar o ponteiro. para evitar problemas (os "bugs"de cada incremento, ele mostra duas
Uma variável do tipo "cha r" ocupa programação!). posições à frente. E como a contagem
um byte e uma variável do tipo "int" Veja o exemplo em "Código- é feita vinte e quatro vezes, algumas
ocupa dois bytes. Digamos que uma fonte 3": posições de memória fora da variável
"frase" serão mostradas.

Código fonte 3:
#include <stdio.h> PONTEIROS COMO PARÂMETROS
DE FUNÇÓES
void main(void)
{ Como dito anteriormente, sempre
char *ponteiro; que precisarmos passar um parâmetro
int *ponteiro2; a uma função que seja passível de
. char frase[ ]="Revista Eletrônica Total"; alterações, devemos passar um pon-
int i=O; teiro como parâmetro e não um valor.
O código-fonte 4 mostra isso.
ponteiro=&frase; O leitor pode reparar que na fun-
ponteiro2=&frase; ção "ma i n" as variáveis são mostra-
das duas vezes, antes e depois da
for (i=O; i<24; i++) ( "troca". Desse modo, podemos dizer
printf("O endereço da posição de frase é %x", que passamos dois parâmetros à
ponteiro); função, que os alterou e retomou-os.
printf(" e o valor na posição é %c\n", *pon Com o recurso de retornar parâmetros
teiro) ; naturais das funções, poderíamos
*ponteiro++; apenas devolver um único parâmetro
e não dois, três, e assim por diante.
O leitor deve perceber também que
for (i=O; i<24; i++) ( ao passar os "ponteiros" para função, o
printf("O endereço da po~ição de frase é %x", fizemos sem declarar na realidade um
ponteiio2); ponteiro, apenas enviando o ende-
printf(" e o valor na posição é %c\n", *pon reço das variáveis. Assim, podemos,
teiro2); trabalhar o conteúdo das mesmas
*ponteiro2++; internamente na função.
Aprender sobre o uso de ponteiros
com as funções é de suma importân-
cia na linguagem "C", pois esta é

ELETRÔNICATDTAL· Nº 101 /2004


a "base" de muitos programas que
Código fonte 4: iremos utilizar.
#include <stdio.h>

void troca(int *a, int *b); FUNÇÕES QUE RETORNAM UM


PONTEIRO
void main(void){
Da mesma maneira com que pas-
int i=l; samos um ponteiro como parâmetro
int j=2; para uma função, também podemos
receber um como retorno de uma
printf(~antes da troca\n"); função.
printf("i = %d, j = %d\n", i, j); Vamos ao exemplo do código-
troca(&i, &j); fonte 5.
printf("apos a troca\n"); Nesse código-fonte, o ponteiro
printf("i = %d, j = %d\n", i, j); "mudança" foi criado para receber
o ponteiro que será retornado pela
função. É importante. que isso fique
claro. As variáveis devem ser sempre
void troca(int *a, int *b) { do mesmo tipo!
int temp; A função "maiúscula ()" recebe
também um ponteiro. Na verdade, este
temp=*a; é o endereço da variável "frase" do
*a = *b; tipo "ch a r". Ao recebê-Ia, a função
*b = temp; marca com um outro ponteiro o seu en-
return dereço com a variável "end_inicio",
e somente então através da função
"t.ouppe r ()" (presente na biblioteca
C e descrita no módulo ctype.h) ela
transforma todos os caracteres de
Código fonte 5: "frase" em letras maiúsculas.
#include <stdio.h> Perceba que o retorno é feito com
.#include <ctype. h> o ponteiro "end_ inicio". Lembra-se
que no início da função este ponteiro
void *maiuscula(char *mudar); passou a apontar para o endereço
do ponteiro recebido?! Sendo assim,
void main(void) { ao retornar "end_inicio", estamos
retomando o ponteiro recebido pela
char frase[]="Revista Eletronica Total"; função, porém modificado. I Após
char *mudanca; o re.torno da função, o programa
imprime o ponteiro "mudança".
mudanca=maiuscula(&frase) ;
printf(~%s\n",mudanca);
CONCLUSÃO

Neste artigo, o leitor aprendeu a


void *maiuscula(char *mudar) { lidar com ponteiros e seu uso com
funções. Eles são muito importantes
char *end inicio; na linguagem "C". Nas próximas
end_inicio=mudar; edições traremos programas de cunho
mais prático que permitirão um enten-
while(*mudar) { dimento melhor do seu uso. Por ora,
*mudar=toupper(*mudar); aconselhamos uma "repassada" em
*mudar++; toda a série para sanar as dúvidas
e fixar melhor os tópicos já vistos.
Na próxima edição abordaremos as
return (end_inicio);
matrizes e também o acesso às portas
do PC! Até lá!

TRÔNICA TOTAL - Nº 101 / 200


;' INGLÊS INSTRUMENTAL

Dois termos técnicos, na verdade acrônimos, que podem trazer alguma


confusão para os leitores que ainda não dominam perfeitamente o inglês
técnico, são PCB e IC. Suas traduções em português causam mais dúvida
ainda, visto que elas geram justamente os mesmos acrônimos: CI. Veja,
neste artigo, quais são as diferenças entre um e outro para não fazer
confusão na hora das traduções ou de escrever um documento técnico.

Newton C. Braga

PCB é o acrônimo para Prínted o seguinte texto (em inglês) placa de circuito impresso" ou numa
Cireuit Board ou Placa de Circuito serve de exemplo para o uso desses placa de circuito impresso. Em inglês
Impresso que, em português, é abre- termos: a regência é "to" . Assim,a forma
viada por CI ou PCI. Por outro lado, "Solder the ICs, transistors, correta-de usar o verbo é: "to solde r a
IC é o acrônimo para Integrated Cir- CA3140 op amp, and the MOSFET to component to a PCB".
euit ou Circuito Integrado que leva the PCB. IC soekets are not íneluded Outro termo importante nesta frase
justamente à mesma abreviação de wíth the kit, but may be used ir desired." é o verbo "may". May, como já vimos -
circuito impresso, em português, ou - de um texto da internet. em artigos anteriores desta série,
seja, CI. Vocabulário: indica uma recomendação, não sendo
São duas coisas diferentes: PCB Solder - solde, solda, soldar obrigatório. Em outras palavras, o
é a placa onde são montados os op amp - amplificador operacio- significado dado para "may" é um deve
componentes, isto é, as placas que nal ,(ou pode) permissível. Diferentemente
servem de chassi e que possuem as PCB - Printed Círeuit Board - de "shall" que é um deve exigido,
trilhas de cobre de interligação. Já, IC, . Placa de Circuito Impresso de "must" que é um deve essencial
é o circuito integrado ou componente Soekets - soquetes. . para que a coisa funcione, ou de
. que possui em seu interior um "chip" Uma observação que deve ser feita "should" que é de um deve de uma
de silício com os diversos elementos neste texto é em relação à regência recomendação. Veja que temos ainda
de um circuito já interligados de do verbo "to solder" (soldar, solders, o "can" (pode), que significa que é
modo a realizar uma função. Na figura soldering, soldered). Em português, possível mas não obrigatório.
abaixo, mostramos as diferenças: usamos "soldar um componente na A tradução desse pequeno texto
ficará então como:
"Solde os Cls (circuitos integra-
dos), transistores, amplificador ope-
racional CA3140, e o MOSFET na
placa de circuito impresso (PC I). Os
soquetes dos circuitos integrados não
estão incluídos no kit, mas podem ser
usados se assim se desejar".

CONFÚCIO

Os leitores já devem ter percebido


Umaplacadecircuitoimpresso
qualquer Umcircuitointegrado que é de extrema importância usar a

ELETRÔNICA mmL . Nº 101 I 200:4


INGLÊS INSTRUMENTAL <,~

só de inglês, mas também de moral) da USP).


tem algumas formas idiomáticas MLB - Mu/ti Layer Board - Placa
bastante interessantes que devem ser de circuito impresso multicamadas
analisadas mais detidamente: PCA - Printed Circuit Assemb/y
Começamos pelo termo "ought" - montagem em placa de circuito
que é explicado pelo "Collins Cobuild impresso - usado para designar a
English LanguageDictionary" através placa com os componentes já monta-
do seguinte texto: "you use ought dos.
to say you think that an action or PWB - Printed Wiring Board .,
someone's behaviour is moral/y right. Placa de Conexões Impressas - o
If you say ought not you think it is substrato formado pela placa e pelas
moral/y wrong". conexões - o mesmo que PCB.
A tradução desse texto diz tudo: SMD - Surface Mount Devices
"você usa "ouqht' (deve) para dizer que - componentes para montagem em
pensa que uma ação ou proce- superfície.
dimento de alguém é moralmente SMT - Surface Mount Tecnnotoçy
certo. Se você diz não deve, você - Tecnologia para montagem em
acredita (pensa) que ele é moralmente superfície.
errado". SMA - Surface Mount Assemb/y
Outro termo que merece atenção - módulo ou circuito que tem os
é "goes astray". O "Collins" tem o componentes usando a tecnologia de
seguinte texto para designar a expres- montagem em superfície.
são "goes astray":
"tt something goes astray, it gets TOTRL
" o,rAS
,t.. . .;"
J,
linguagem correta nas especificações /ost whi/e it is being taken or sent
técnicas. Um termo impróprio pode somewhere. Ex: The /etter had gone RESISTORES DE
levar a erros, e erros podem levar a astray." VALORES DIFíCEIS
desastres. Um pequeno texto com Traduzindo:
mais de 2.000 anos, em inglês, é claro, Poucos profissionais usam o re-
"Se alguma coisa se extravia,
do grande filósofo chinês Confúcio, curso da associação de resistores
ela se perde ao ser transportada ou
nos mostra onde podemos chegar: quando têm de fazer substituições e
enviada para algum lugar. Ex: A carta não encontram o valor original.
seextraviou. O que deve ser levado em conta
"If language is not correct, then A tradução para o texto de Confú- nessas substituições, além do valor
what is said is not what is meant; cio fica então: ôhmico, é a dissipação e a tolerância.
if what is said is not what is rneant, "Se a linguagem não for correta, Assim, basta lembrar que resisto-
then what ought to be done remains então o que é dito não é o que sig- res em série têm suas resistências
undone; if this remains undone, morais nifica; se o que é dito não é o que somadas. Um resistor de 10 000 ohms
and art deteriorate; if morais and art significa, então o que deve ser feito pode ser obtido com a ligação de um
deteriorate, justice will go astray; if permanece sem ser feito; se perma- resistor de 8 200 ohrns em série com
justice goes astray, the people will um de 1 800 ohms, e se a tolerância do
nece sem ser feito, moral e arte
stand about in helpless confusion. projeto for de 20% podemos usar até
se deterioram; se moral e arte se um de 1 500 ohms ou 2 200 ohms.
Hence there must be no arbitrariness deterioram, a justiça se extravia: se a
in what is said." - Confucius No caso dos resistores em paralelo,
justiça se extravia, o povo ficará numa se todos forem iguais, as resistências
confusão sem socorro. Portanto, é ficarão divididas pelo número de rssls-
Vocabulário:
preciso não ser arbitrário no que se tores associados.
meant - significado (de to mean diz"- Confúcio. Um caso comum é o de resistores
- significar, means, .meaning, de baixos valores. Poderemos obter
meant) Acrônimos Importantes: um resistor de 0,47 ohms ligando dois
ought- deve, é conveniente IC - /ntegrated Circuit - Circuito resistores de 1 ohm em paralelo. Se
undone - desfeito (sem ser feito) o resistor que desejamos obter for de
Integrado
. deteriora te - deterioram 2 watts, os dois resistores associados
PCB - Printed Circuit Board -
astray - desencaminhar, extraviar, devem ser de 1 W.
Placa de Circuito Impresso Para valores mais "complicados",
enganosa KGB - Known Good Board cálculos mais trabalhosos podem ser
stand about - ficar em (também a polícia secreta russa!) - necessários. Por exemplo, um resistor
he/p/ess - sem socorro Placa de circuito impresso correta. de 12 ohms pode ser obtido com a
arbitrariness - arbitrariedade. LSI - Large Sca/e /ntegration - ligÇlçãode um de 20 ohms em paralelo
Integração em Larga Escala (também com um de 30 ohms.
Esse texto, que ensina muito (não Laboratório de Sistemas Integrados

ELETRÔNICA TOTRL - Nº 101 / 2004


QUATRO MONTAGENS
COMO 4093
o circuito integrado CMOS 4093 permite a realização de
uma infinidade de projetos. Muitos deles podem ser Usados
de forma isolada em aplicações interessantes, enquanto que
outros podem ser adaptados para fazer parte de projetos mais
complexos. Neste artigo apresentamos alguns desses projetos,
que integram nosso livro publicado nos Estados Unidos, "CMOS
Projects and Experiments - Fun with the 4093".

Newton C. Braga + Vcc

As quatro portas NAND do cir- A freqüência máxima de opera-


cuitointegrado CMOS 4093 podem ção do 4093 depende da tensão de
ser usadas de forma independente alimentação, ficando em torno de 7 4093
em sua função original lógica, MHz para 10 V. Os sinais gerados,
ou ainda como amplificadoras ou quando ele opera na configuração de
osciladoras digitais. Na figura 1 oscilado r, são retangulares com um
temos a pinagem deste circuito ciclo ativo de 50%, o qual pode ser
integrado que pode funcionar com modificado através de componentes
tensões de 3 a 15 V. externos.

A) BARGRAPH OU INDICADOR DE da intensidade do sinal de entrada. O circuito pode ser adaptado para
BARRA MÓVEL . O trimpot de 100 kohms serve para operar com dois 4093 e assim acionar
O circuito ilustrado na figura 2, ajustar a escala, de modo que todos até 8 LEDs numa escala. Nesse caso,
aciona uma barra de 4 LEDs com os LEDs fiquem apagados na ausên- a rede de resistores de entrada deve
um sinal de áudio aplicado à sua cia de sinal. Na verdade, este trimpot ser adaptada. Para maior número
entrada. . ajusta a extensão da escala. de LEDs, entretanto, a tensão de
Os' resistores em série com os.
LEDs determinam o seu brilho,
podendo ser diminuídos se a tensão Rx
de alimentação for menor que 9 V. O (*) +6a
capacitor C1 determina a inércia do
12 V
sistema, ou seja, a velocidade com
que ele responde às variações do
Ent.
sinal de áudio de entrada.
O transformador serve para isolar
o circuito de áudio do berqreptt:
ode ser usado qualquer pequeno
·ransformador de alimentação que
C1
·enha um enrolamento primário para
47 nF a
a rede de energia (o qual será ligado 470 nF
ao potenciômetro) e um secundário
(*)
oe 3 a 9 V com corrente na faixa de
- mA a 250 mA.
(*)
O potenciômetro serve para ajus- Ver texto
tar o ponto de funcionamento do L---------~--~~----~----------------+_~OV
.., icador de barra móvel em função

=LqRÔNICA TOTAL - Nº 101 / 2004


alimentação deverá estar entre .g e o primário do transformador é
12 V. ligado à saída do alto-talante do até 5W 10óhmsxY2W
Na figura 3 damos uma placa de aparelho de som. Rx depende da 5 a.20W 22 ohms x Y2 W
circuito impresso para a montagem potência do equipamento de som, 20 a50W 47 ohms x 1 W
desse circuito. conforme a seguinte tabela: 50 a 100W 100 ohms x 1 W
mais de 100 W 220 ohms x 1 W

o~ LISTA DE MATERIAL

CI1 -4093 - Circuito integrado CMOS


LED1 a LED4 - LEDs vermelhos
comuns
D1 - 1N4148 - diodo de uso geral
R1' R2 -.47 kQ x 1/8 W - resistores-
amarelo, violeta, vermelho
R3 - 33 k Q x 1/8 W - resistor-
laranja, laranja, vermelho
R4 - 22 k Q x 1/8 W - resistor-
vermelho, vermelho, laranja
R5 a R8 -1 k Q x 1/8 W - resistores-
marrom, preto, vermelho
Rx - ver texto - resisto r conforme a
potência do equipamento de som
P1 -10 k Q - potenciômetro
P2 - 100 k Q - trimpot
C1 - 47 nF a 470 nF - capacito r
cerâmico ou poliéster
C2 - 100 IJF x 12 V - capacito r eletro-
lftico
Entrada T 1 - Transformador - ver texto
Diversos:
Placa de circuito impresso, fonte de
alimentação, caixa para montagem,
fios, solda, etc.

=
b) LED OU RELÉ ATIVADO POR SOM captado pelo microfone. mento em função do som ambiente. A
O circuito exibido na figura 4 faz Utilizando um relé, podemos usar o sensibilidade do circuito é controlada
com que um LED acenda ou um relé circuito como "vox" ou seja, uma chave pelo potenciômetro de realimenta-
feche seus contatos, quando som é que liga um gravador ou outro equipa- ção.

5.---.....

,
1
1
1
1
1
1
-
- 6/
C::I C2 12.--- . 1
1
12V
r--,
-i- ( * )
1
1
1 13L---'- LED~"\
1
1 (*) : ~
1

( * ) ver texto

'ELETRÔNICA TOTRL - Nº 101 / 2004


o microfone empregado é do tipo oscilações de som, as quais não impresso para a sua montagem.
dinâmico de baixa impedância (100 devem atuar sobre o circuito. Seu Uma vez que na condição de
a 600 ohms) e o relé deve ter tensão valor pode ficar entre 10 nF e 1 IJF.O espera o consumo é muito baixo,
de bobina. de acordo com a tensão microfone deve ser instalado próximo podem ser usadas pilhas ou bateria
de alimentação. do circuito. Se for instalado a mais de na fonte de alimentação. Se for usada
O capacitor C2 serve para evitar 1 metro, deve ser usado fio blindado fonte externa, sua filtragem deve
repiques do relé, filtrando pequenas para sua conexão. ser excelente para que roncos da
Na figura 5 temos uma rede de energia não provoquem o
sugestão de placa de circuito acionarnento aleatório do circuito.
CI1 - CA3140- amplificadoroperacional-
circuito integrado
CI2 - 4093 - circuito integradoCMOS
Q1 - 8C548 ou equivalente- transistor
NPN de uso geral
D1 - 1N4148- diodb de uso geral
LED1- LED vermelho comum
R1 - 100.k n x 1/8 W - resistor- marrom,
preto,amarelo
R2 - 1 M n x 1/8 W - resistor - marrom,
preto,verde
R3 - 1 k n x 1/8 W - resistor- marrom,
preto,vermelho
P1 - 4,7 M n - potenciômetro
C1 - 10 nF - capacitarcerâmicoou poliés-
ter
C2 - ver texto - 10 nF a 1 iJF
C3 - 100 iJFx 12 V - capacitoreletrolítico
81 - Interruptorsimples
MIC- microfonedinâmicode 100 a 600 n
81 - 6 a 12 V - pilhasou bateria
Diversos:
Placade circuito impresso,suporte para
pilhas ou conectorde bateria,caixa para
montagem,fios, solda, etc.

c)"FLASHER" PARA LÂMPADA COM Uma aplicação interessante é em onde diversas lâmpadas de 200 mA
CICLO ATIVO PROGRAMÁVEL sistemas de sinalização auto motivo, podem ser ligadas em paralelo.

O circuito da figura 6 faz urna


lâmpada incandescente piscar numa
velocidade determinada pelo ajuste
de P1. + 6/
O ciclo ativo, ou tempo que dura a X1 12 V
piscada, é determinado pelo resistor 200 mA
R2. Para piscadas muito curtas, o a1A
resistor pode ter valores entre 10 k
ohms e 100 kohms. Para piscadas
mais lonqas, seu valor estará entre
220.kohms e 2,2 Mohms. A freqüência Q1
das piscadas é ajustada em P.1. TIP 31
O transistor de potência depende
da lâmpada usada. Para lâmpadas R2
até 1 A, recomendamos usar um TIP 100 kn a 7
31 montado em um bom radiador 2,2Mn OV
de calor. Na figura 7 damos uma
sugestão de placa de circuito impresso
para implementar este sinalizador.

ELETRÔNICA TOTRL - NQ 101 / 2004


MONTAGEM .. - -,;:

LISTA DE MATERIAL
Cll - 4093 - circuito
Ql - TIP31 - transistor
potência
integrado
NPN de
CMOS
r-o ~
Dl, D2 - 1N4148 ou equivalentes - X1
diodos de uso geral P1
R1 -100
marrom,
R2 -100
k Q x 1/8 W - resistor-
preto, amarelo
k Q a 2,2 M Q x 1/8 W-
= I
resistor - ver texto - determina o ciclo a~~
ativo
~ ~
R3 - 1 k Q x 1/8 W - resistor-
marrom, preto, vermelho
P 1 - 2,2 M Q .; potenciômetro
~
C1 - 220 nF a 470 nF - capacitar
cerâmica ou poliéster
C2 - 220 j.JF x 16 V - capacito r eletro-
lftíco
Xl - 6 ou 12 V até 1 A - lâmpada
incandescente
Diversos:
Placa de circuito impresso, radiador
de calor para o transistor, caixa para
montagem, fios, solda, etc.

d) PEQUENO ÓRGÃO ELETRÔNICO Neste circuito, uma primeira porta o número "n" de potenciômetros
Na figura 8 temos um órgão ele- do 4093 (CI-1a) produz a modulação não pode ser muito grande, pois fica
trônico de brinquedo que pode servir de baixa freqüência ou efeito de difícil fazer seu ajuste. Recomenda-
para divertir as crianças ou como vibrato, ajustado pelo potenciômetro mos que o órgão tenha apenas uma
base para um trabalho de Ciências P i- Esse é o potenciômetro de "velo- oitava. O sistema de teclado sugerido
em escolas. cidade do efeito". A profundidade é por ponta de prova. Uma ponta
A principal característica deste da modulação, ou variação do som toca em áreas de metal ou cobreadas
circuito é o efeito de vibrato que faz é ajustada no potenciômetro P2 de de uma placa que correspondem às
a nota produzida variar rapidamente "profundidade", enquanto que os notas musicais.
com um som bastante interessante, ajustes das notas individuais são O transdutor usado é do tipo
que pode até ajudar na obtenção de feitos no conjunto de trimpots que vai piezoelétrico para maior economia.
algumas músicas simples. deP3aPn· No entanto, pode ser agre.gado um

CI1
4093

-
-81

6/9 V
C1
220 nF a
470 nF
pequeno amplificador que excite um Para usar, é só ajustar o efeito
alto-falante, -caso em que se obtém e tocar nas teclas com a ponta de Obs.: o livro CMOS Projects
maior volume. Na figura 9 temos uma prova. Dois circuitos semelhantes a 'and Experiments, de Newton C.
sugestão de placa de circuito impresso esse podem ser empregados para se Braqa (Newnes 1999) pode ser
para a montagem do órgão. obter um órgão polifônico, ou seja, em adquirido através da Amazon,
O conjunto cabe numa pequena que duas teclas podem ser tacadas (www.amazon.com).
caixa de madeira ou plástico com ao mesmo tempo.
o teclado e controles na sua parte
superior. A alimentação pode ser feita

unnu
com pilhas ou fonte. A fonte deve ter
boa filtragem para que não ocorram
roncos. na reprodução. 10
LISTA DE MATERIAL
X
CI1 - 4093 - circuito integrado CMOS
P1 --;2,2 M Q - potenciômetro
=
P2 - 100 k Q - potenciômetro
P3 a Pn - trimpots de 1 M Q - ver
texto
R1 -100 k Q x 1/8 W - resisto r -
marrom,preto, amarelo
R2' R3 - 47 k Q x 1/8 W - resistores-
amarelo, violeta, laranja
R4 - 10 k Q x 1/8 W - resisto r -
marrom, preto, laranja
C1 - 220 nF a 470 riF - capacitor
cerâmico ou poliéster
C2 -100 nF a 470 nF - capacitor
cerâmico ou poliéster
C3 - 22 nF - capacitor cerâmico ou
poliéster
C4 - 100 ~F x 12·V - capacitor eletro-
lítico
S1 - Interruptor simples
X1 - Transdutor piezoelétrico
81 - 6 V - 4 pilhas pequenas ou fonte
P - Ponta de prova
Diversos:
Suporte de pilhas, teclado, caixa para
montagem, botões para os potenciô-
metros, placa de circuito impresso,
fios, solda, etc.
GUITARRA
SEM FIO , ,Vl!té\t
-----
..I Descrevemos aqui a montagem de um pequeno
transmissor que é ligado num violão ou guitarra,
enviando os sinais para um aparelho de som a uma
distância de até 20 m. Esse aparelho de som poderá
ser usado então como uma caixa amplificada sem
fio. O circuito funciona com pilhas comuns e é
simples de montar.
Newton C. Braga

Você liga este pequeno transmis- Esse é o ponto mais crítico do circuito, esses captadores, eventualmente o
sor de FM na saída do captador de pois nele também ligamos a antena. resistor de 1 Mohms deve ser alterado
som de sua guitarra, violão ou outro Se a antena for ligada diretamente até se obter som sem distorção, e
instrumento, e pronto: o som pode ao coletor do transistor, o circuito se o capacito r de 1 O ~F (C2) deve ser
ser transferido para um amplificador torna instável e qualquer movimento retirado do circuito.
sem fio, colocado nas proximidades. pode tirá-lo de sintonia fazendo o O leitor deve experimentar as duas
Além da mobilidade que isso significa, 'sinal escapar. Uma forma melhor de possibilidade para saber qual é o
temos menos possibilidades da ocor- se obter estabilidade consiste em tipo de captador que seu instrumento
rência da captação de zumbidos ou "casar" a impedância do circuito com a usa.
ruídos. antena, e isso é conseguido Iigando-a A alimentação vem de 4 pilhas
O transmissor, ensinamos a numa tomada da bobina. pequenas que terão boa durabilidade,
montar neste artigo, e o receptor pode O leitor, depois de montar seu pois o consumo do transmissor é
ser qualquer rádio de FM ligado ao transmissor, deverá fazer experiências bastante reduzido.
amplificador usado, ou ainda pode no sentido de encontrar a melhor
ser seu próprio equipamento de som, posição na bobina que resulte num
colocado em freqüência livre da faixa funcionamento estável, mas em geral, MONTAGEM
de FM. entre a primeira e segunda espira já
O transmissor deve ser montado se tem um bom desempenho. Na figura 1 temos o diagrama
numa pequena caixinha que será A segunda etapa do circuito con- completo da guitarra sem fio que
presa à cintura do músico, e a sua siste num pré-amplificador de áudio utiliza dois transistores.
antena é um pedaço de uns 10 em de com entrada de baixa impedância. A placa de circuito impresso para a
fio, o que dá um alcance da ordem de Esse circuito casa a baixa impedância montagem do transmissor é mostrada
20 metros para o sistema. da maioria dos tipos de captadores na figura 2.
(de bobina) usados em instrumentos A bobina L1 consiste em 2 + 2
musicais com as características do espiras de fio esmaltado de espessura
COMO FUNCIONA transmissor. Ele amplifica os sinais do entre 22 e 28 AWG, enroladas num
captado r e os aplica ao oscilador de lápis como referência (aproximada-
O circuito é formado por duas modo que possam ser transmitidos. mente 1 cm de diâmetro).
etapas. A primeira faz uso de um Mostramos ainda a possibilidade O trimmer CV pode ser de qual-
transistor BF494 (ou equivalente) para de se usar um captado r de alta impe- quer valor entre 20 e 50 pF de capaci-
gerar um sinal de alta freqüência na dância, caso em que ele será ligado tância máxima. Ele deve ser ajustado
faixa de FM. A freqüência desse sinal na segunda entrada do circuito. Esse para que o sinal do transmissor seja
é determinada pelas características é o caso dos chamados "cristais", que captado numa freqüência livre da
da bobina e pelo ajuste do trimmer. possuem um sinal mais intenso. Para faixa de FM.

ELETRÔNICA TOTAL· Nº 101 / 2004


~. MONTAGEM

O jaque J1 de entrada deve ser


de tipo apropriado para o plugue do

C7
sn.1. captador do instrumento usado.
Para alimentação temos duas
opções: empregar 4 pilhas pequenas
1.00 nF .:. com maior autonomia e menor
alcance, ou utilizar uma bateria de 9

1
81
V com menor autonomia, mas maior
6/9 V
alcance.

AJUSTE E USO

O único ajuste a ser feito no fun-


cionamento é colocar o receptor em
(*)Ver texto
freqüência livre da faixa de FM e atuar
sobre o CV para que o melhor sinal
do transmissor seja captado.
Experimente afastar-se do trans-
missor para ver até onde o sinal pode
ser captado. Se o sinal sumir logo
(uns 2 ou 3 metros), é porque você
sintonizou um "espúrio" ou harmônica.
Refaça a sintonia do transmissor
atuando sobre o CV e procurando
nova freqüência.
Se ocorrerem instabilidades ao se
movimentar o transmissor, reduza o
comprimento da antena ou altere o

J~
seu ponto de soldagem na bobina L1.
Depois, experimente o captado r de
L? - 9 sua guitarra conforme a configuração
(alta ou baixa impedância), fazendo
A
modificações no circuito, se necessá-
rio.

A antena não deve ficar encos- receptor não ficar a mais do que uns
tando em nada. Essa antena é ligada à 5 metros do músico.
primeira ou sequnda espira da bobina Os resistores são todos de 1/8 W
L1 . Raspe o fio esmaltado no local em e os capacitores devem ser dos tipos
que ela vai ser soldada. indicados na relação de material.
Em alguns casos a antena pode Não coloque tipos de poliéster
ter apenas 4 ou 5 cm de comprimento, onde são recomendados capacitores
se a caixa do aparelho for plástica e o cerâmicos.

ELETRÔNICA TOTAL - Nº 101 /' 2004


MONTAGEM .'

Para usar, basta ligar o plugue


do captado r da guitarra na entrada
correspondente e sintonizar o receptor
INFO.RMAÇÕES
na freqüência desejada.
Há duas formas de utilizar o apa-
relho: com um aparelho de som que já
UTEIS
tenha receptor de FM, ou ainda com 40174BM/BC tanto a antena receptora quanto a
Seis flip-flops tipo D transmissora estão elevadas.
um radinho de FM cuja saída de fones
D
seja ligada à entrada do amplificador,
veja a figura 3.
CL 1
01 2
v 016 Vdd
b 15 06
~ ---r-_
-------=..- ••.•
-
O circuito não admite a operação h
D1 3 14 D6
de duas unidades sintonizadas na
mesma freqüência e ao mesmo tempo D2 4 13 D5 R

no mesmo local. 02 5 12 05 R R = raio da Terra


D3 6 11 D4 h = altura da antena
03 7 10 04 D = alcance
VSS 8 9 CLK
LISTA DE MATERIAL 40174
2SC221O
Transistor NPN conversor de RF
Encontramos seis flip-flops em um para receptores AM - Sanyo
único invólucro DIL de 16 pinos com E-
Semicondutores:
01 - BC549 ou equivalente - transis- Cleare Clockcomuns. C ~ 2SC2210
tor NPN de baixo ruído A tabela-verdade para os flip-flops B
O2 - BF494 ou BF495 - transistor deste circuito integrado é a seguinte: Características:
NPN de RF VcBo···················30V
CL CLK D O VCEO 20V
Resistores: (1/8W, 5%) VEBO 5V
O X X o
R1 - 1 M ohms - marrom, preto, verde
1 t 1 1 t - Transição Ic 30 mA
R2 - 10 k ohms -·marrom, preto, X - Não importa
laranja
1 t o o Pc 250 mW
NC - Não muda - fT 90 MHz (tip)
1 1 X NC
R3 - 470 ohms - amarelo, violeta,
1 1 X NC hFE 40 a 320
marrom
R4 - 8,2 k ohms - cinza, vermelho,
vermelho TIC351TIC36 MJE4340
Rs - 4,7 k ohms - amarelo, violeta, SCRs de 400 mA para tensões de Transistor NPN de alta potência
vermelho 15 e 30 V - Insensíveis à radiação - Motorola
R6 - 120 ohms - marrom, vermelho, I
I B
marrom
I
I
3 - anodo
C~MJE4340
Capacitores: E
C1 - 470 nF - cerâmico ou poliéster - - - - TIC35/36
Características:
C2, C3 - 10 I-lF/12V - eletrolíticos
C4 - 220 nF - cerâmico ou poliéster
Ic 16 A
Cs - 2,7 nF a 4,7 nF - cerâmico 1 - catodo VCEO 100V (min)
C6 - 4,7 ou 5,6 pF - cerâmico hFE 15 (min)
C7 - 100 nF - cerâmico
Características: fT 1 MHz
CV - trimmer comum plástico ou de Pd 125 W
porcelana - ver texto
MPSA64
Diversos: Transistor Darlington de baixa
J1, J2 - Jaques de entrada potência - National Semiconductor.
L1 - Bobina - ver texto
E
51 - Interruptor simples
B1 - 6 ou 9 V - 4 pilhas ou bateria BC ~ MPSA64
A - antena - fio de 10 cm (opcional)
Placa de circuito impresso, caixa ALCANCE PARA SINAIS Características:
para montagem, suporte de pilhas ou ACIMA DE 100 MHZ V (BR)CES 30 V
conector de bateria, fios, solda, etc,
ICBO 100 nA (tip)
. Na .figura 3 temos os elementos
hFE 10 000 (min)
que entram no cálculo do alcance
fT 125 MHz
de sinais de rádio, caso em que
USANDO MICROPROCESSADORES
11 11
Na última edição analisamos as possibilidades que os leitores
11
têm de abrir seu próprio negócio com base na Eletrônica. Naquela
ocasião abordamos os desenvolvedores que partem de circuitos
simples de modo a criar um produto inovador e a maneira como
podem fazer isso com pouco investimento e sem a necessidade
de um conhecimento técnico profundo. No entanto, as alternativas
analisadas não são as únicas, conforme dissemos, existindo
possibilidades intermediárias que já envolvem mais recursos. É
delas que trataremos agora. Newton C. Braga

Circuitos simples com poucas COMO USAR MICROPRO-


11 Portanto, um microprocessador
funções como temporização e con- CESSA DORES? lento e de baixo consumo não serve
trole a partir de sensores podem até para as aplicações onde se admite um
ser elaborados com componentes Um microprocessador, conforme consumo maior mas se exige maior"
discretos ou circuitos integrados explicamos, é um circuito "inteligente" velocidade.
comuns. que pode realizar determinadas fun-
Com imaginação, o leitor pode ções a partir de sinais de sensores e COMO DESENVOLVER
criar um produto baseado. numa con- de comandos externos, A realização UM PROJETO COM
figuração simples se souber analisar dessas funções depende de um pro- MICROPROCESSADOR
as necessidades de uma clientela que. grama que deve ser colocado nele.
tenha bom potencial de compra. No Assim, para trabalhar com um Para desenvolver um projeto
entanto, podemos realmente agregar microprocessador o desenvolvedor . comercial usando um microprocessa-
valor a produtos já existentes se precisa: dor, o leitor precisa seguir uma série
conseguirmos incluir uma eletrônica · Conhecer a linguagem de progra- de procedimentos que não são tão
mais avançada. Para essa finalidade mação utilizada naquele microproces- simples, exigindo até uma boa dose
podemos citar os projetos que fazem sador de modo a criar o programa que de paciência.
uso de microprocessadores. faz o que ele deseja. Partindo do ponto de que o leitor
De fato, um microprocessador · Ter a ferramenta de programação. tem uma idéia de produto com bom
é um circuito que vem "vazio" de Essa ferramenta ou kit de desenvolvi- potencial de aceitação no mercado,
fábrica, e pode ser programado para mento nada mais é do que uma placa definindo exatamente o que ele deve
comandar uma certa quantidade de onde o microprocessador é encaixado, fazer, deverá:
operações em função de comandos e que é dotada de um cabo para
externos do usuário e também obtidos conexão a um computador. PRIMEIRA FASE:
de sensores. O microprocessador · Possuir um computador que possa Procurar um microprocessador
agrega "inteligência" ao projeto, e rodar a ferramenta de programação do que seja capaz de executar todas
isso pode ser um diferencial muito microprocessador, ou seja, o software as funções desejadas. Isso deve
importante para a entrada de um de programação. levar em conta a velocidade, número
produto numa fatia do mercado que A ferramenta usada para a progra- de entradas e saídas, tensão de
já seja explorada. mação é específica para cada tipo de alimentação, etc.
Mas, o que é preciso para desen- rnicroprocessador, Da mesma forma,
volver um produto que faça uso de os microprocessadores (famílias) SEGUNDA FASE:
microprocessadores? Como trabalhar possuem características diferentes Comprar a ferramenta de desen-
com rriicroprocessadores na criação que devem ser analisadas antes de .olvimento para aquele tipo de micr
de produtos comerciais? fazer sua escolha. pceS$ador e algumas unidades pa

ELETRÔNICA TOTAL· Nº 101 I 2004


DESENVDLVEDOR

teste, com capaclôa e ae memória aê de quanto gasta em cada montagem, · Sistema inteligente de acendimento
acordo com o tamanho do programa. qual sua margem de lucro e onde de luzes ao anoitecer e ao amanhecer
ideal nessa fase é comprar unidades estão os melhores fornecedores para com sensores de presença.
om memória flash, .que podem sen as partes que compõem o projeto. · Contadores de pessoas ou objetos
gravadas e apagadas eletricament · Anemômetro digital para sistemas
om rapidez para eventuais modifi CONTACTANOO OS alternativos de geração de energia
cações do programa. Uma idéia d FABRICANTES (eólica)
tamanho que o programa deverá te · Indicadores de nível de reservató-
Jádeve estar prevista. Muitos fabricantes de micropro- rios.
cessadores possuem um suporte
TERCEIRA FASE: técnico que não apenas fornece as
Desenhar o diagrama final do pro- ferramentas para o desenvolvimento CONCLUSÃO
jeto que irá usar o microprocessador. de projetos, como também pode até
Para essa fase, o projetista deve ter em ajudar no próprio desenvolvimento o que vimos são apenas algu-
mãos as características elétricas das desses projetos. mas idéias de projetos que podem
suas portas de entradas e saídas. Muitos deles já têm projetos pron- resultar em uma aplicação comer-
tos, que fornecem às pessoas inte- cial. O leitor interessado nesses
QUARTA FASE: ressacas em fabricá-Ios com a garan- projetos deverá antes verificar
Escrever o programa que ser tia do suporte e fornecimento dos se seu domínio das técnicas de
sado para que o microprocessado componentes básicos. Uma busca na trabalho com microprocessadores
aça o que se deseja. Rodá-Io n Internet pode revelar muitas idéias é suficiente para o seu desenvolvi-
. próprio computador para simular se prontas já fornecidas por esses fabri- mento.
funcionamento. cantes, as quais poderiam ajudar Diversos cursos de programa-
a criar novos produtos com a parte ção e livros que ensinam a progra-
QUINTA FASE: eletrônica já testada .. mar estão disponíveis no mer-
Montar um protótipo e passar o Dentre os fabricantes que pos- cado. Sugerimos que o leitor dê
programa inicial no microprocessador suem aplicativos para fornecer, des- uma olhada nos nossos anúncios
para a realização de testes. Modificar tacamos: e na nossa página na Internet
o programa e o próprio protótipo tantas ·Texas Instruments (www.sabermarketing.eom.br).
vezes quantas forem necessárias até www.ti.com
obter o funcionamento desejado. ·AMO
www.amd.com/br-pt!
SEXTA FASE: . Atmel
Montar unidades que tenham o www.atmel.com/
ricroproeessadores programados d . Maxim
forma definitiva e testá-Ias na aplica www.maxim-ic.com/ SUFIXOS TEXAS
eão final sob condições adversas d · Mierochip
pperação. Por exemplo, aparelho www.microchip.com Os TRIACs e SCRs da Texas
'igados à rede de energia deve • Motorola Instruments (Série TIC) possuem
ser experimentados em ambiente www.mot-sps.com/ sufixos, ou seja, letras depois
com muito ruído (com lâmpadas fluo · National Semiconduetor do número que designa o tipo, e
escentes), com variações fortes d www.national.com/ que indicam a tensão máxima de
tensão de alimentação, ete. trabalho.
Um problema que deve ser previsto Para os TRIACs e SCRs da
FASE FINAL: é que a maioria das informações sobre Texas temos as seguintes tensões
Somente depois disso, compro- microprocessadores está em inglês conforme os sufixos:
vado o funcionamento, é que o leitor e não são todos os fornecedores que
deve pensar na industrialização. Fazer possuem representantes no Brasil.
as placas, comprar os microproces,
sadores, comprar os demais compo- IOÉIASOE PROJETOS COM
nentes para o produto, desenvolver MICROPROCESSAOORES
a linha de montagem e escrever os
manuais de especificações e uso · Automatização de sistemas de
completam o projeto, que já pode ser controle de reservatórios de água
colocado no mercado. · Sistemas inteligentes de alarmes
· Sistemas de controle de abertura
Nas fases intermediárias o leitor de diversos portões de casa ou con-
deve fazer uma estimativa cuidadosa domínio

EiTRÔNICA TOmL - N° 101 / 200


, ,
RELE ATIVADO POR VIDEO
Eis um circuito interessante que pode ter muitas utilldades
para quem trabalha com sinais de vídeo: ele ativa um relé na
presença de um sinal de vídeo composto. Ligado na saída de um
videocassete ou câmera, por exemplo, ele acionará o televisor
automaticamente quando o sinal de vídeo estiver presente.
Newton C. Braga

Existem muitas aplicações práticas MONTAGEM Para a entrada de vídeo deve ser
interessantes para um circuito que utilizado um distribuidor de sinal similar
aciona um relé com um sinal de vídeo Na figura 2 apresentamos o' cir- ao exibido na figura 4. O cabo para o
composto. cuito do relé ativado por sinal de vídeo, sinal de vídeo deverá ser blindado.
Se ligarmos esse circuito na saída sem sua fonte de alimentação. O relé usado é do tipo sensível
de vídeo de um VCR, por exemplo, ele A montagem do circuito numa com uma corrente máxima de bobina
ligará automaticamente um televisor placa de circuito impresso é ilustrada de 50 mA. A corrente dos contatos
no momento em que colocarmos uma na figura 3. Essa placa é desenhada depende apenas do que se deseja
fita para "rodar", fazendo as vezes de tendo em vista o uso de um relé minia- controlar. Relés de 2 A servem para
um controle remoto. Isso pode ser um tura com base Dl].. Se for empregado controlar aplicações comuns como
recurso interessante se o televisor do outro tipo de relé, o desenho da placa televisores e lâmpadas.
leitor for do tipo antigo (sem controle deverá ser modificado. Todo o conjunto cabe 'em uma
remoto). Na figura 1 damos uma idéia pequena 'caixa plástica. Na figura, 5
.de como isso pode ser feito. orientamos como-fazer a conexão do
Da mesma forma, no momento em circuito a um televisor comum para
mIlIlJTV
que ligarmos uma câmera de vídeo vcs 'LJ!!i Relé TV que ele seja ligado com o sinal de
para monitorar algum local, o seu sinal vídeo de um VCR comum.
automaticamente ligará o televisor que
serve como monitor, É claro que o leitor
imaginoso poderá encontrar muitas PROVA E USO
outras aplicações para o circuito.
A alimentação pode ser feita com Para testar o Circuito, basta ligar
tensões de 9 a 12 V, dependendo sua saída na saída de vídeo de um
apenas do relé usado. Figura 1 VeR comum e colocar uma fita para .

COMO FUNCIONA +12VO----------.-----.~--------~------_. K1


12V/500mA
o sinal de vídeo aplicado na
entrada do circuito é detectado por 01
e aplicado à base de 01' Ent.
01 e 02 atuam como amplificado-
vídeo

:t
res ligados em acoplamento direto
fornecendo o sinal amplificado a O2,
Após 02' o sinal é filtrado por C1 de
modo a polarizar o transistor final de
tal forma que ele conduza acionando
o relé. Figura 2

ELETRÔNICA TOTRL· Nº 101"720 4


~..,..~~~-=>.
~ Comprovado o funcionamento, é
só fazer a instalação definitiva do
aparelho na aplicação desejada.
Muito cuidado deve ser tomado com
o 8 a filtragem da fonte para que ela
não introduza. roncos no sinal. Esses
roncos vão se traduzir em deforma-
ções e ondulações indesejáveis da
imagem que está sendo reproduzida.

LISTA DE MATERIAL

Semicondutores:
t A Q1' Q2' Q3 - BC548 ou equivalentes-
transistores NPN de uso geral
--.,._--8 °
c:J 1, 02' 03 - 1N4148 ou equivalentes -
diodos de uso geral
ov~
Resistores: (1/8 W, 5%)
Figura3
R1, R2 -10 kohms - marrom, preto,
laranja
rodar. Quando o sinal de vídeo gra- R3 - 1,2 kohms - marrom, vermelho,
vado na fita aparecer, o relé deverá vermelho
TV
fechar seus contatos. R4 - 22 kohms - vermelho, vermelho,
laranja

Capacitores:
C1 - 2,2 iJF x 16 V - eletrolítico

Diversos:
K1 - 12 V - relé de 50 mA - ver texto
Placa de circuito impresso, fonte de
DoVCR alimentação, jaque de entrada, cabo
ou câmera blindado, caixa para montagem, fios,
solda, etc.
Figura4 Figura5
VARREDURA HORIZONTAL E
Service de Televisores
Os circuitos de varredura horizontal e MAT ( Muito Alta Tensão)
são especialmente sensíveis nos televisores de todos os tipos, não
somente por trabalharem com tensões muito altas, mas também
pelo tato de que muitos componentes operam em condições limites.
Como funcionam esses circuitos é algo que todo profissional
de/Reparação deve saber. Neste artigo focalizamos os circuitos
de varredura e MAT de televisores comuns e monitores de TV
em circuito fechado.
Newton C. Braga

A reprodução de imagens em Quando a luminosidade da tela é outro, fazendo com que o feixe incida
cores em um cinescópio exige a aumentada, quer seja pela atuação em pontos diferentes da tela, afetando,
produção de tensões muito altas (para no controle de brilho ou pela cena que a qualidade da imagem. Também o
aceleração do feixe de elétrons) com está sendo reproduzida, a corrente tamanho do quadro será afetado, caso
grande estabilidade, além de circuitos de feixe aumenta. estas variações de tensão ocorram
de varredura que gerem os sinais De acordo com a resistência no circuito de horizontal.
capazes de controlar o movimento interna do circuito de MAT (resistência Nesse ponto é que notamos dife-
desse feixe numa tela. que também pertence ao circuito de .renças entre a varredura horizontal e
Os circuitos usados nos televiso- varredura horizontal, pois a alimenta- MAT de um televisor em cores e
res comuns para essa finalidade ção do circuito de MAT vem daquele de um televisor monocromático. O
requerem cuidados especiais tanto no circuito), quando a corrente de feixe valor da corrente de feixe de um
projeto quanto na própria montagem aumenta, a tensão que alimenta o cinescópio monocromático é de apro-
dadas justamente as tensões de cinescópio diminui. ximadamente 300 ~A, enquanto que
operação e inclusive as condições- Ocorre que em um circuito de MAT a corrente de IJm cinescópio em cores
limite em que operam muitos de seus deum televisor em cores a tensão de é de aproximadamente 1,5 mA ou 5
componentes. O mesmo é válido para . alimentação para o segundo anodo vezes maior.
qualquerequipamento de reprodução do cinescópio como também para Devemos considerar também que
de imagem que se baseie em cines- o anodo de foco são fornecidas ao além da necessidade de maior cor-
cópios de raios catódicos como, por mesmo tempo, sendo que uma varia- rente devido à resistência oferecida
exemplo, os monitores de vídeo de ção muito grande na tensão provida pela máscara de sombra, o rendi-
computadores. pelo circuito de MAT pode provocar mento do fósforo colorido é menor do
Estabilidade significa que as varia- uma perda de nitidez da imagem. que o fósforo branco que reveste um
ções da intensidade da corrente ou O circuito de convergência está inter- cinescópio monocromático.
da tensão aplicada não podem ser ligado ao' circuito de varredura, o Isso quer dizer que para produzir
grandes em condições diferentes de que significa que uma variação que uma luminosidade equivalente àquela
carga, ou seja, do brilho da imagem aconteça em um circuito afetará o que se obtém na tela de um cinescó-
reproduzida.
Os circuitos que geram a alta MAT
tensão e que estão sujeitos a estes
problemas são aqules de varredura
horizontal e também de MAT (Muito
Alta Tensão). Lembramos que os
circuitos de MAT de televisores e moni-
tores comuns podem gerar tensões
de 5 000 a 40 000 volts, dependendo
I
R
i Corrente
reguladora
do tamanho do cinescópio. ~ (corrente de catodo )
Na figúra 1 temos um exemplo de
circuito de MAT. Figura1

ELETRÔNICA TOTRL • N9 101 "I 2004


pio monocromático, é preciso uma do que no caso de um televisor mono- pio de TV em cores defeituoso pode
corrente de feixe muito maior quando cromático. Enquanto essa carga extra emitir raios X além do limite dado
trabalhamos com um cinescópio em no circuito de MAT de um televisor como inofensivo. A emissão de raios
cores. Devido ao que vimos, os circui- monocromático provocaria uma forte X só pode ser detectada com a ajuda
tos de deflexão horizontal e MAT de queda na tensão fornecida, mini- de aparelhos especiais que estão
. um televisor em cores precisam de mizando os efeitos do choque, em fora do alcance do profissional. Os
configurações mais elaboradas, que um receptor em cores, um contato fabricantes especificam qual é a
os tornam um pouco diferentes das com essa tensão poderia ser fatal, tensão máxima que pode ser aplicada
encontradas em um televisor mono- principalmente se outra parte do ao segundo anodo de um cinescópio
cromático. corpo estiver em contato simultâneo para que não haja emissão de raios
O circuito de varredura horizontal com outros pontos do circuito ofere- X. Esta tensão, para os cinescópios
de um televisor em cores tem normal- cendo assim um percurso fácil para comuns, está em torno de 25 kV para
mente incorporado um regulador de a corrente. tipos até 20 polegadas,
MAT. É muito importante, pois, que A emissão de raios X que pode
Em alguns modelos de TV encon- o profissional tome o máximo de ocorrer pelo impacto dos elétrons nos
tramos um transformador de saída cuidado ao fazer qualquer tipo de eletrodos internos, geralmente na
horizontal (f/y-back) de construção teste ou ajuste nos circuitos de MAT máscara de sombra do cinescópio, é
especial, sintonizado na quinta har- de um televisor em cores. Mesmo com impedida pela presença de chumbo
mônica da freqüência de retorno hori- o 'receptor desligado, deve-se tomar no próprio vidro. Nos televisores
zontal. Este tipo de f/y-back dispensa cuidado se houver necessidade de valvulados antigos, os pontos críticos
o uso de configurações reguladoras, se desligar o terminal que leva alta de emissão de raios X são a válvula
tendo por finalidade estabilizar tanto tensão ao segundo anodo. Convém retificadora de alta tensão e a válvula
quanto possível o valor da tensão curto-circuitar aquele terminal com estabítlzadora. Normalmente, estas
fornecida pela varredura horizontal e o chassi do televisor antes de tentar válvulas são colocadas numa blinda-
pela MAT.Adicionalmente, precisamos desligar o terminal da "chupeta" que gem metálica que serve de proteção
citar que o valor da alta tensão gerada leva alta tensão para o cinescópio. contra eventuais contatos de alguma
pelos circuitos de MAT para aplicação conforme mostra a figura 2. pessoal, inclusive para evitar a irra-
nos cinescópios e alimentação do diação de raios X.
segundo anodo tem uma ordem de Para os monitores de vídeo o
grandeza maior nos televisores em problema dos raios X é mais grave,
cores. porque os usuários de computadores
Para os receptores monocromáti- geralmente trabalham a poucos cen-
cos, o valor da MAT está na faixa de 8 tímetros da sua tela. Assim, para
a 16 kV dependendo do tamanho da os monitores, existe uma legislação
tela. Essa tensão, embora alta, tem muito mais severa que limita os níveis
uma corrente máxima muito baixa, de de emissão desses aparelhos.
modo que não causa danos físicos É muito importante estar atento a
muito maiores do que uma queima- esse fato, sempre observando se o
dura no local do corpo em que entrar aparelho que está em uso ou reparo
em contato com um "ponto vivo" do Figura2 segue a legislação internacional que
circuito. Todavia,a alta tensão dos regulamenta os níveis de emissão de
televisores em cores é muito mais Segurança é um dos itens mais raios X desses aparelhos.
alta, ficando na faixa de 10 a 30 kV, o importantes de qualquer profissão.
que a torna muito mais perigosa em Assim, quando trabalhamos com
caso de contato. eletricidade, devemos lembrar sempre o REGULADOR DE MAT
Devido ao sistema .de estabilíza-. que ela é mortal, mesmo quando
çãodessa alta tensão e ao valor pensamos que a tensão ou a corrente Vimos que as variações da cor-
relativamente elevado da corrente que parecem ser pequenas demais para rente do feixe eletrônico causadas por
pode ser drenada do circuito de MAT, isso. É preciso que o profissional tome alterações na MAT podem afetar a
quando uma carga maior é aplicada todas as precauções com o trabalho . qualidade de imagem de um televisor
ao sistema, este mantém o mesmo com qualquer equipamento ligado à em cores. Uma forma de estabilizar
valor de tensão que apresenta com rede de energia. a tensão de MAT é fazer com que a
uma carga menor. Outro perigo que deve ser consi- carga oferecida ao circuito se mante-
Se alguma parte do corpo entrar derado, principalmente nos televisores nha constante.
em contato com um "terminal vivo" do mais antigos (nos tipos atuais as Se as variações na corrente do
circuito de MAT de um televisor em normas de fabricação dos aparelhos feixe não permitem que o cinescópio
cores, o que representa um aumento modernos impedem que isso ocorra), se comporte como uma carga cons-
da carga, a corrente será muito maior é a produção de.raios X. Um cinescó- tante, então, um meio possível de se

ELETRÔNICA TOTAL - Nº 101 / 200


:: SERVICE .

regular a corrente é colocar uma carga


em paralelo com o próprio cinescópio
Retificadora Válvula
para compensar esses efeitos. Essa
MAT reguladora
configuração é conhecida como
de MAT
regulador paralelo, e nela temos duas
cargas: o cinescópio e o regulador.
Quándo a corrente do feixe'
aumenta, o que representa um
aumento da carga, a corrente drenada
.pelo regulador diminui de modo a
manter constante a corrente total.
Dessa forma, com uma corrente cons-
tante no circuito, também se mantém
constante a tensão fornecida e assim Figura 5
não temos variações que podem
afetar a imagem. O componente básico do circuito
A figura 3 ilustra de forma simpli- é um varistor (VOR), ou seja, um
ficada o que ocorre com este tipo de Figura 4 resistor cujo valor depende da tensão
estabilizador de tensão em paralelo. aplicada. Esse dispositivo atua como
Quando a corrente do feixe um regulador, alterando a tensão
aumenta, a tensão no ponto A tende na base do transistor amplificador
MAT --,~-----, a diminuir. Essa tensão é aplicada de saída horizontal. O VOR tem sua
~ via divisor de tensão formado por R1, resistência aumentada quando a
1m
P1 e R2 à grade de controle da válvula tensão diminui e, dessa forma, esse
reguladora de MAT (V3). dispositivo pode ser usado na com-
Quando a tensão na grade cai, a pensação da polarização da base do
corrente que circula entre o anodo e transistor.
o catodo de V3 também diminui, o que Configurações semelhantes, usan-
significa uma redução na carga que do VORs e outros semicondutores
esta válvula representa ao circuito de podem ser encontradas em televisores
Figura 3 MAT. O resultado é que a tensão na mais modernos, utilizando transistores
carga se mantém. de éfeito de campo de potência e
Supondo que 1m seja a corrente Quando a corrente de feixe do mesmo circuitos integrados.
retirada do circuito de MAT, Ir a cor- cinescópio diminui devido a uma
rente que desvia pelo regulador em redução no brilho da cena, a tensão.
paralelo elc seja a corrente de feixe no ponto A, qU,eé o catodo da válvula CIRCUITO DE MAT COM
do c~nescópio, podemos escrever: retificadora de MAT,tende a aumentar, MULTIPLICADOR DE TENSÃO

1m = Ir + Ic
. o que causa uma diminuição de sua ,
resistência interna. Isso faz com que Um componente crítico dos circui-
Usando uma configuração apro- a corrente aumente e assim haja uma tos de alta tensão é o transformador
priada do circuito regulador,conse- redução para a alta tensão aplicada de saída horizontal (TSH).
gue-se que Ir diminua quando Ic ao segundo catodo do cinescópio. . Os tipos que funcionam com ten-
aumenta e vlce-versa, o que quer O catodo de V3 é ligado ao +B de sões muito altas (acima de 25 kV)
dizer que o valor de 1m se mantém modo a compensar a tensão positiva tendem a ser caros e além disso,
constante. relativamente elevada que é aplicada apresentam defeitos com facilidade,
Para os televisores valvulados (das à grade de controle. sem se falar no perigo da emissão
primeiras gerações), encontramos A finalidade de P3 é fazer o ajuste de raios X.
nessa configuração uma válvula que da tensão MAT, pois conforme a Para reduzir os custos desses
é polarizada de tal forma a "sentir" posição de seu cursor, a tensão componentes, utilizando unidades
as variações da tensão na carga aplicada à grade de V 3 pode. mudar. que possam operar com tensões mais
que sejam indicativas de mudança Se a tensão grade de V3 é modificada, baixas, os fabricantes criaram um tipo
de corrente. Então, a própria MAT sua resistência interna também muda, de transformador de saída horizontal
aplicada ao cinescópio serve de e com isso o valor da alta tensão .. de menor tamanho e de menor tensão
referência para o circuito estabilizador Na figufa 5, temos o exemplo de de operação.
oom a ajuda de um divisar de tensão. um circuito de televisor da segunda Este transformador é sintonizado
Na figura 4 temos um circuito geração, pela facilidade de enten- na nona harmônica da freqüência de
requlador de MAT de televisor antigo, dimento do princípio de funciona- varredura horizental e produz uma
.utilizando uma válvula tetrodo. mento. ' alta tensão da ordem de 8 kV.

ELETRÔNICA TOTAL - NQ 101 Z;'2P04


SERVICE ';,r~

.A alta tensão gerada é então apli-


cada a um triplicador ou multiplicador ~----------------------------------------- ,,
de tensão que a eleva para um valor
entre 24 e 28 kV, dependendo do :Triplicador

cinescópio. Um circuito multiplicador ,


,
'de tensão

de tensão (triplicador) é normalmente ,,


fabricado na forma de um bloco com- ,
pacto e, portanto, de instalação muito
fácil. Na figura 6 temos um circuito
de MAT que utiliza um triplicador de
tensão. Para o anodo de foco Ao
Nos televisores mais modernos, .22
que operam com semicondutores de +B
anodo
potência tais como transistores bipo- ~ReforçadO
lares ou mesmo FETs de potência, a
tensão aplicada ao ponto A do TSH
é menor, mas, na saída, obtemos os Figura 6
mesmos 7 kV ou mais (dependendo
do tamanho do cinescópio). Acrescentando-se mais espiras que os capacitares se carreguem em
Nos televisores mais antigos, a ao enrolamento pode-se conseguir paralelo e, depois, se descarreguem
tensão no mesmo ponto B era da uma tensão maior, dependendo do em série de tal forma que para um
ordem de 650 V. O que muda, neste tamanho do cinescópio a ser alimen- conjunto de 5 'diodos e 4 capacitores
caso, é a relação entre as espiras tado. teremos a multiplicação da tensão
dos enrolamentos do transformador O multiplicador de tensão é for- praticamente por 3. Isso faz com
para se obter a tensão necessária ao mado por diodos retificadores de silício a tensão de saída possa chegar
aparelho específico. e capacitares. A configuração faz com facilmente aos 25 kV.
"" SE;:;. == I

@;=1-----

distorção, com a presença do capaci-


Existem alguns procedimentos slmples de bancada que tor original ainda no circuito, isso pode
facilmente podem revelar o estado de componentes no próprio nos levar à suspeita de que ele está
com fugas.
circuito, sem a necessidade de sua retirada, Esses procedimentos Se não houver diferença alguma
fazem com que o técnico ganhe tempo, além de 'evitar riscos, no comportamento do circuito com
pois em muitos casos a retirada de um componente pode colocar a ligação do capacitor externo, isso
pode nos conduzir à suspeita de que
em perigo a sua integridade, principalmente nos aparefhos ultra-
existem problemas de polarização do
miniaturizados ou de disposiçãQ.niecânica problemática .. transistor, ou mesmo de seu estado.
Newton C. Braga Pode também haver um problema
de curto no capacitor. Isso será cons-
tatado com a medida de tensões
Diante de um equipamento que um capacito r aberto, ou ainda com antes e depois do capacito r (pontos
não funciona, um dos primeiros impul- capacitância alterada (reduzida). 1 e 2). Se estiverem iguais, alterando
sos dos técnicos menos experientes Na figura 1temos um exemplo de a polarização do transistor, então
é retirar os componentes "suspeitos" circuito bastante comum, onde um provavelmente o capacito r está em
fora, para testes ou ainda substituição capacito r de acoplamento impede a curto, ou com forte fuga.
por tentativa. passagem do sinal de uma etapa para Um ganho anormalmente baixo,
Mesmo nos casos em que os outra. O resultado da deficiência do ou ainda distorções, podem ocorrer se
testes no circuito possam levar a capacito r é um baixo rendimento ou um capacito r de desacoplamento de
interpretações mais complicadas, ainda distorção, ou mesmo ausência emissor no transistor estiver aberto,
o técnico habilidoso, com um certo de funcionamento. ou com a capacitância reduzida,
conhecimento do funcionamento do Em um caso como este, em que conforme ilustra a figura 3.
circuito, pode chegar a conclusões' injetando um sinal na base do tran- A ligação em paralelo com o capa-
certas. Esses procedimentos de testes sistor (ponto 1), temos a reprodução citor suspeito de outro com o mesmo
no circuito são muito convenientes, clara do sinal, mas injetando no valor, ou valor próximo, pode facilmente
pois permitem ganhar tempo, além de ponto 2 não temos nada, podemos
evitar um tipo de trabalho que nem suspeitar de imediato do capacitor.
--~----------.---~--+
sempre é simples, principalmente Antes, porém, de retirá-lo do circuito,
quando envolvem muitos pontos de
soldagem em locais de difícil acesso.
Os procedimentos que' analisare-
poderemos simplesmente ligar outro
de valor igual ao original em paralelo,
para uma verificação imediata, con-
[
mos a seguir são interessantes não forme mostra a figura 2.
só pelas conclusões a, que levam, Se o sinal passar normalmente,
mas também porque em muitos casos com a volta momentânea do aparelho
eles eliminam até a necessidade de ao funcionamento normal, estará
se dispor de um instrumento de prova, comprovado que o problema está
o que pode acontecer numa situação num capacitor alterado ou aberto.
de emergência. Se a volta for acompanhada de Figura 2
Damos, a seguir, alguns procedi"
mentos simples que podem ser de '
--~~------~~--~---+ +
grande utilidade para os técnicos,

[
Sinal distorcido
principalmente os menos experientes.
ou baixo ganho

A) CAPACITORES
Se um aparelho que tenha etapas Capacitar
amplificadoras de áudio, tal como com problemas
rádios, amplificadores, gravadores, ~
etc. apresentar distorções ou baixo C1
rendimento, ou ainda a interrupção
do sinal numa determinada etapa, I
isso pode ser devido à presença de Figura 1 Figura 3

ELETRÔNICA TOTRL· N2 101 I 2004


revelar se o defeito está neste compo- Para o caso de RI aberto, por Se a tensão indicada pelo multí-
nente, conforme indica a figura 4. - exemplo, a tensão de coletor do metro subir, o transistor está bom e
Se o sinal voltar ao normal com transistor tende a subir, enquanto que provavelmente as alterações ocorri-
a ligação do capacito r externo, isso para R; aberto, ou ainda o capacitor das em relação à tensão no circuito
indica que realmente o problema está com fugas ou em curto, a tensão são devidas a outros componentes
no capacitor. tende a cair. como, por exemplo, os resistores de
Veja que é importante que, neste Da mesma forma, se o transistor polarização e os capacitores.
caso, o técnico tenha em mãos alguns estiver em curto, ou com fugas eleva- Se não houver alteração alguma
capacitores de valores comuns para das entre coletor e emissor, a tensão na tensão, o mais provável é que o
fazer este tipo de teste. do coletor tende a diminuir. problema esteja no próprio transistor,
Para RI aberto, ou o transistor que então poderá ser retirado do
B) TRANSISTORES aberto (sem corrente entre o coletor e circuito para uma avaliação melhor.
Em funcionamento normal, um o emissor), a tensão de coletor tende a Para transistores PNP, o procedi-
transistor apresenta tensões em seus subir para muito além do valor normal mento é o mesmo, mas a polaridade
terminais bem definidas. A tensão de e até atingir e próprio valor da tensão das tensões encontradas é oposta,
coletor deve ser um pouco inferior à de alimentação. conforme mostra a figura 7.
tensão de alimentação, se a carga Para R2 aberto ou o capacito r com Se a resistência de coletor do
tiver uma resistência razoável, isso fugas, a tensão cai. transistor for suficientemente grande,
para os transistores NPN, observe Para uma constatação dinâmica podemos tentar uma verificação, colo-
a figura 5. interessante, sem a necessidade de cando por um instante o coletor e a
A tensão de coletor na condição de tirar o transistor do circuito, temos base em curto, porém com um resistor
repouso (ausência de sinal) depende um procedimento simples. Ligamos de 1 000 ohms aproximadamente,
de sua modalidade de operação, e o multímetro na escala de tensões mas isso só será válido se houver
é determinada pelos resistores de apropriada e o conectamos ao coletor um resisto r limitador no emissor do
polarização de base RI e R2• do transistor, de modo a medir a transistor, conforme mostra a figura 8.
Se um transistor estiver com pro- tensão neste elemento, conforme se Nestas condições, se o transistor
blemas numa etapa deste tipo, se os observa na figura 6. estiver bom, deve haver a condução
resistores estiverem alterados, ou ainda Com uma chave de fendas, ou plena (saturação), com uma forte
se o capacitor que faz o acoplamento mesmo um pedacinho de fio, coloca- queda na tensão indicada pelo multí-
do sinal à base do transistor estiver mos momentaneamente em curto o metro. Uma tensão anormalmente
com fugas elevadas ou ern curto, a emissor e a base. baixa no coleto r de um transistor,
tensão do coletor do transistor será tanto pode significar um transistor em
sensivelmente alterada. curto, quanto um resistor de coletor

C1 =C2 - 0,6 V

~
p
C1 C2
Figura 6 Figura 7

Figura 4

+6V
.----
Movimento

Volts
DC

-I a-------.

Figura 5 Figura 8

. ELETRÔNICA TGTFlL - Nº 101 / 200


aberto, ou ainda o circuito de carga momento ao positivo da alimentação,
do coletor interrompido. mas através de um resistor de 10 k CONCLUSÃO
Esta última condição acontece ohms. O SCR deve disparar. Se isso
para o caso de termos como carga não acontecer, o problema estará o que descrevemos são testes
de coletor um transformador ou uma neste componente. muito simples, mas que podem sig-
bobina. Para essa segunda hipótese, Se o disparo ocorrer normalmente, nificar um bom ganho de tempo para
se tivermos um transformador com as o suspeito será o transistor. Para isso, o técnico reparador. Encontrando de
características do original, poderemos basta interligar por um momento, imediato um ou mais componentes
fazer um teste mesmo fora do circuito. por exemplo, usando uma chave de com problemas, os procedimentos
Para uma etapa de saída de áudio fendas o coletar e a base (veja que convencionais que levam a sua loca-
de um pequeno grava~or ou rádio de o resistor de emissor e o de coletor lização e que às vezes são demora-
configuração antiga, será interessante limitam a corrente: o teste não deve ser dos, podem ser evitados.
dispor na oficina de uma caixinha feito dessa maneira se tais resistores Estes testes não podem ser con-
acústica já com o transformador não existirem!). O SCR deve disparar. siderados "acadêmicos", no sentido
e cabos que permitam fazer esta Isso deve ser feito conforme mostra de empregar um procedimento mais
conexão para a prova com rapidez, a figura 11. O que acontece nesse rigoroso, mas nos dias atuais o
observe a figura 9. exemplo é que, interligando a base técnico precisa ter um certo "sexto
É claro que estes testes só devem e o coletar do transistor, temos sua sentido" que o ajude a chegar mais
ser feitos em circuitos de baixas polarização até a saturação, de modo rápido nas soluções dos problemas,
potências, onde a introdução de um que deve haver uma tensão suficien- quando isso é possível. Estes testes
componente externo de prova não temente alta na comporta do SCR simples é que se constituem no que
poderá causar uma sobrecarga para paraproduzir seu disparo. denominamos "prática", que leva uns
o transistor. técnicos a realizar em mais facilmente
Uma etapa impulsora ou de saída o trabalho do que outros.
de áudio de um pequeno rádio ali- -r------.--+ Assim, um pouco de prática fará
mentado por duas ou quatro pilhas, com que o técnico identifique os casos
onde isso pode ser feito, uma vez que
são exemplos de circuitos em que
não são todos em que se deve aplicar
este procedimento é válido.
procedimentos. Em algumas situações
Para o caso do resisto r, a ligação
podem até por em risco a integridade
de outro de mesmo valor momenta-
dos componentes, se indevidamente
neamente em paralelo pode indicar
escolhidos e aplicados.
se a origem do defeito é no resistor
Evidentemente, devemos ter
original (que pode estar alterado ou
muito cuidado com os casos "proibi-
totalmente aberto) ou no transistor.
dos", como, por exemplo, os que
Figura 10
envolvem transistores de potência
C) SCRS
ou corrente muito altas, as quais
Fontes chaveadas de muitos equi-
circulando por esses componentes
pamentos usam SCRs e estes podem
podem causar sua queima.
ser testados no próprio circuito de uma
Devem ser levados em conta
maneira simples, desde que tenhamos Curto-
também os casos em que não exis-
um circuito típico conforme o mostrado circuito
tam limitadores de corrente no cir-
na figura 10.
cuito, onde um teste como os indica-
No circuito indicado, basta desligar
dos poderia facilmente fazer com que
por um momento a comporta do SCR
as correntes máximas suportadas
do emissor do transistor e ligá-Ia por um
pelos componentes fossem supera-
Figura 11
das, como no caso da figura 12.
Observe que, neste exemplo,
Baixa colocando em curto a base e o coletor
resistência! do transistor, a corrente de base seria
suficientemente alta para causar a
queima do transistor.
Habilidade, capacidade de reco-
nhecer os pontos em que testes
deste tipo podem ser aplicados, é
o mínimo que se exige do técnico
que deseja chegar mais fácil a um
componente defeituoso.
Figura 9 Figura 12
..J

ELETRÔNICA TOTRL - N9 101 /.200


LUZ NEGRA.-/

Acima da faixa da luz visível, cuja Este efeito é muito usado em Visto que numa lâmpada incan-
extremidade superior corresponde ao salões de festas onde os objetos descente a maior parte da radiação
violeta, existe uma forma de radiação submetidos à luz negra surgem lumi- emitida se concentra na parte visível
invisível aos nossos olhos: os raios nosos, tais como camisetas, certas e infravermelha, de acordo com o
ultravioleta, veja a figura 1. fibras, os dentes das pessoas ou gráfico de emissão da figura 4, o
Na sua forma mais penetrante, a enfeites feitos, justamente, com mate- que sobra para a parte ultravioleta
radiação ultravioleta é perigosa para riais que brilham no escuro. é muito pouco. Em outras palavras,
os olhos e até pode causa câncer Existem lâmpadas que emitem o rendimento dessas lâmpadas é
de pele. No entanto, na sua forma a luz ultravioleta branda e que são muito baixo e o efeito obtido é muito
, mais branda ela é responsável por usadas para enfeitar salões, e é delas pobre.
alguns efeitos interessarHes e até que vamos tratar a seguir. No caso das lâmpadas fluorescen-
decorativos. É o caso da luz negra tes, temos um rendimento muito maior.
ou luz de baile, que consiste em uma Conforme exibe a figura 5, essas
. forma de radiação ultravioleta branda. A LÂMPADAS DE LUZ NEGRA lâmpadas já emitem normalmente
Quando essa radiação incide em a maior parte da radiação na parte
determinados materiais como aqueles Nas casas especializadas encon- do espectro correspondente ao ultra-
que possuem sais de cálcio, ocorre o tramos dois tipos de lâmpadas de luz
fenômeno da fluorescência. negra: incandescente e fluorescente.
O objeto absorve a luz ultravioleta A lâmpada incandescente não é
(que é invisível) e depois reemite das mais eficientes e nem ao menos
a radiação, mas numa freqüência mais recomendada. O que acontece é que Ultra
baixa que corresponde à luz visível. estas lâmpadas possuem simples- violeta
Desta forma, conforme mostra a mente uma cobertura, na forma de
figura 2, o objeto aparece luminoso. uma tinta, que bloqueia a parte visível
do espectro e deixa passar a parte do Figura 3
ultravioleta, conforme ilustra a figura 3.
Ultra
violeta
~Violeta
Reemissão
1-------1 azul
(visível)
verde
visível
amarelo
, laranja /
.---=--""---,....-- Brilha no
Infra- vermelho
escuro
vermelho
Infravermelho

Figura 1 Figura 2 Figura 4

ELETRÔNICA TOmL - Nº 101 / 200


. :':'. MONTAGEM

violeta. Assim sendo, numa lâmpada O aspecto real dos componentes e iluminada com a luz negra dará
fluorescente comum o que existe com a montagem é apresentado na um efeito muito bonito aos minérios,
é uma cobertura de fósforo que con- figura 7. atente para a figura 8. Nela, vemos
verte essa luz para a parte visível Para a conexão da lâmpada diversos tipos de minerais que bri-
do espectro. poderá ser empregada uma luminária lham sob a luz negra com cores
No caso da luz negra, basta trocar comum do tamanho exigido pela' que dependem das suas caracterís-
a cobertura por uma que mantenha potência da lâmpada ou ainda dois ticas, pois elas determinam qual é
a emissão na parte ultravioleta do conectores de encaixe. No caso dos o comprimento da onda que vai ser
espectro brando, bloqueando a parte conectores de encaixe a lâmpada reemitida.
indesejável do espectro. O resultado poderá ser pendurada, utilizando-se Os estudantes podem coletar
. é um rendimento muitas vezes maior qualquer recurso seguro para esta minerais e verificar quais apresentam
do que o obtido por uma lâmpada finalidade. o fenômeno da fluorescência e formar
incandescente comum usada para O cabo de conexão à rede de uma coleção que será colocada na
esta finalidade. energia deve ser bem isolado. vitrine com a luz negra.
O reator usado deve ser de acordo
com a potência da lâmpada. Será LISTA DE MATERIAL
MONTAGEM conveniente comprar o reator e o
starter junto com a lâmpada para se X, - Lâmpada fluorescente de luz
Lâmpadas fluorescentes ultra- garantir que eles são compatíveis. negra - 4 a 40 W
violeta de "luz negra" podem ser Da mesma forma que no caso STl - Starter
encontradas em potências que vão das lâmpadas fluorescentes comuns, ><:2 - Reator
Diversos:
de 4 a 40 watts. poderemos montar duas lâmpadas
Cabo de força, encaixes para a lârn-
Para podermos utilizá-Ias, é pre- numa mesma luminária, utilizando
pada ou luminária, fios, solda, etc.
ciso um circuito especial que contém reator e starter apropriados.
um reator e um starter, observe a
figura 6. TOTRL
, I D'''RS
IL. ~,
,'g:. ,_
PESQUISA
LIMPEZA DE PLACAS
Não é apenas com finalidade
As camadas de óxido e sujeira que
recreativa que uma luz negra fluores-
se formam nos contatos de placas
cente poderá ser usada. Nas escolas e
de circuitos impresso, principalmente
em pesquisa existe uma interessante
aquelas que devem ser encaixadas
aplicação para ela.
em slots e soquetes especiais, podem
Determinados minerais apresen-
causar problemas sérios de funciona-
tam fluorescência quando expostos à
~I mento, pois afetam a passagem da
luz negra (ultravioleta) ou aos raios X.
corrente (sinais e alimentação).
Figura 5 Uma vitrine contendo estes minerais
Placas de aquisição de dados e
controle, automatismos diversos, video-
games, computadores e muitos outros
aparelhos também sofrem problemas
de contatos que, no entanto, podem ser
resolvidos de maneira muito simples.
11O~OV~---+8·ST·+----D-J A limpeza nunca deveráser feita com
esponja de aço (tipo bom-bril), pois ela
solta fiapos que podem causar curto-
circuitos.Tambémnão devemser usadas
Figura 6
lixas que acabam por "afinar" a parte
cobreada, aumentando assim sua resis-
tência. A melhor solução é utilizar uma
borracha de apagar escrita a lápis.
Um lápis com uma borracha na
ponta, é fácil de manejar e tem os
abrasivos que não afetam a placa e
removem a sujeira, sem o perigo de que
fiapos venham a causar problemas de
funcionamento ao circuito, pois eles não
são condutores de corrente.
Figura 7 Figura 8 . Minerais brilhando sob a luz negra.

ELETRÔNICA TOTRL·NQ 101 I 2004


COMPONENTES . ':'4~

COMO USAR ~

POTE~CIOMETROS
E TRIMPOTS
. Os potenciômetros e trimpots são componentes
fundamentais para o ajuste e controle de circuitos.
Encontrados em diversos formatos e valores, esses
componentes podem controlar tensões, correntes e dosar
sinais. Neste artigo, veremos como funcionam e como
devemos usá-los.

Newton C. Braga

Os potenciômetros e os trimpots
se enquadram no grupo dos resistores
variáveis.
Os potenciômetros são destinados
ao controle permanente ou externo
Botão ---+(] ---+çt=j]:==
o
ti +--
Terminais ---p-
Símbolo
.
de um circuito sendo, por esse motivo,
Eixo
dotados de recursos para montagem
em painéis e fixação de botões de
controle, conforme mostra a figura
r.
Nessa figura mostramos os tipos
rotativos e os tipos deslizantes, que
são os mais comuns nas aplicações
práticas.
Em um potenciômetro típico, existe
um elemento resistivo, normalmente
,~~~
~ 2
R(n)

Ar
'-v-' '-v-'
Ra Rb.
100%
uma tira de carbono, sobre a qual des-
liza um contato denominado cursor. tempo que a resistência entre o cursor
A resistência entre os extremos do e B diminui.
elemento resistivo é a resistência O modo como essa resistência
R (n) Lin
nominal do potenciômetro. De acordo varia nos leva a diversos tipos
com a figura 2, temos três terminais de potenciômetros, sendo os mais
de ligação num potenciômetro: dois comuns os lineares (Iin) e os logarítmi-
__ --I--Log
correspondentes aos extremos do cos (Iog). Segundo a figura 4, quando
elemento resistivo e um correspon- giramos o cursor de um potenciômetro
dente ao cursor. linear, a variação da resistência é
~"""""==------...!--+Giro (%)
A resistência que medimos entre linear (uma reta), enquanto que num
os extremos do elemento resistivo é potenciômetro logarítmico, a variação
constante. No entanto, a resistência é diferente. Assim, os potenciômetros logarít-
que medimos entreocursor e um dos Nos potenciômetros logarítmicos micos são usados principalmente
contatos extremos depende de sua temos inicialmente uma variação como controles de volume de apare-
posição, veja a figura 3. suave e depois uma variação mais lhos de som.
Assim, quando movimentamos rápida. Essa variação corresponde Os potenciômetros lineares são
o cursor de A para B, a resistência à curva de resposta de ouvido utilizados em instrumentação, ajustes
entre o cursor e A aumenta ao mesmo humano. de polarização de circuitos, etc.
J,.'::: " COMPONEN =::

DISSIPAÇÃO

. Poténciômetro
Os potenciômetros comuns, rotati-
vos ou deslizantes que usam elemen-
como reostato
ve$ Ra

vs=v-e--
-
Rb
tos resistivos de carbono não podem
trabalhar com correntes intensas. O
aquecimento do elemento resistivo
poderia causar sua queima.
- . }Rb Vs
Ra+ Rb

Dessa forma, para trabalhar com


correntes intensas, há os potenciô-
metros de fio. Nesses potenciôme-
tros, conforme mostra a figura 5, o mentos e a extremidade livre quando
elemento resistivo consiste em um movimentamos o cursor ..
fio de nicromo enrolado numa forma Usamos o potenciômetro na sua
Entrda
função normal quando ele é ligado >----,
isolante que suporta alta temperatura, (áudio) ,
na qual corre o cursor. como um divisor de tensão, atente
Esses potenciômetros podem dis- para a figura7:
sipar potências de vários watts, Nessa montagem, variamos ao
diferentemente dos potenciômetros mesmo tempo o valor de Ra e Rb de
comuns. modo que a tensão no cursor passe
a depender da relação entre esses
dois valores.
Fio de Em outras palavras, controlamos
nicromo
Cursor a tensão de um divisor de tensão
através do movimento do cursor.
Essa configuração é a mais utili-
3 zada em diversas aplicações, por
2 exemplo, em, equipamentos de som
1-y6--3 para controlar o volume. O que ocorre
2
nela é que a resistência de entrada
para o sinal é mantida constante
para qualquer posição do controle de
. volume, conforme ilustra a figura 8.
Veja que usando o potenclôrnetro Uma vez ajustados, eles perma-
VALORES dessa forma é preciso considerar necem dessa forma durante a maior
que aquilo que vamos ligar ao cursor parte do funcionamento do aparelho.
Os potenciômetros comuns podem "carrega" o circuito. Assim, de acordo Por esse motivo, eles são compo-
ser encontrados em faixas de valores com a figura 9, se no cursor tivermos nentes internos com recursos para
que vão tipicamente de 100 ohms a uma resistência de carga com o valor montagem em placas de circuito
4,7 Mohms. indicado, sua tensão no ponto médio impresso conforme ilustram os tipos
Para os potenciômetros 'de fio, os não será a metade da tensão de da figura 10.
valores normalmente estão na faixa entrada, mas menor, pois o circuito Da mesma forma que os potenciô-
de 0,5 ohms a 10000 ohms. será "carregado" pela resistência metros comuns, os trimpots consistem
externa. num elemento resistivo sobre o qual .
Por esse motivo, ao escolher um corre um cursor.
USO potenciômetro para uma aplicação Um tipo especial de trimpot que
é preciso considerar esse efeito na permite um ajuste mais preciso dos
Os potenciôrnetros podem ser determinação do valor ideal. circuitos é o multivoltas (multi-turn),
utilizados de duas formas nos circuitos que tem sua construção ilustrada na
eletrônicos: como reostatos ou como figura 11.
potenciômetros. TRIMPOTS Nele, o cursor corre num elemento
Usamos um potenciômetro como resistivo rotativo (que pelo seu for-
reostato quando ele "dosa" a corrente Os trimpots ou "trimmer potentio- mato) permite obter um percurso muito
de um circuito em que ele está ligado meters" são resistores ajustáveis com maior e, com isso, maior precisão de
.em série, observe a figura 6. a mesma configuração dos potenciô- ajuste. Os trimpots multivoltas são
Nessa configuração, o cursor é metros, mas destinados a ajustes que empregados no ajuste de circuitos
ligado a uma das extremidades e a não precisam estar sendo constante- de precisão como instrumentos de
resistência varia entre esses dois ele- mente refeitos. medida.

ELETRÔNICA TOTAL - Nº 1011 2004


COMPONENTES ';~

que o terminal não usado seja ligado Montando uma equação em


ao cursor, veja a figura 12. função das variações de Ra e Rb em
função da posição do cursor e tendo
R1 e R2ligados em paralelo, podemos
estabelecer a nova curva de variação
para o componente.
Ligar/~--- Um bom domínio da matemática
permite levantar a nova curva facil-
mente e até criar a curva necessária
a uma aplicação específica.
DICAS DE USO Potenciômetros de carbono que
tenham problemas de maus contatos
Em muitos casos, na falta de um (arranham nos equipamentos de som)
trimpot ou potenciômetro do valor podem ser reparados com umas gotas
indicado pode-se usar um de maior de solvente no elemento resistivo e,
valor. Por exemplo, em lugar de um depois, com o movimento de limpeza
de 47 k pode-se usar um de 100 k. do cursor.
O que acontecerá provavelmente é
que a faixa de ajustes obtidos será
CONCLUSÃO
menor.
A curva de um potenciômetro pode
Potenciômetros e trimpots são
ser alterada pela ligação de resistores
Os trimpots comuns são compo- componentes indispensáveis. na
de valores apropriados da forma
nentes de baixa dissipação e podem oficina de eletrônica. Sabendo
indicada na figura 13.
ser encontrados em valores que vão usá-Ios, o leitor verá que eles
de 10 ohms a 4,7 Mohms, tipicamente. podem ajudar no desenvolvimento
R
A curva é sempre linear para esses de muitos projetos.
componentes, salvo em casos espe- Tenha sempre em estoque
Faixa"morta"
ciais. alguns potenciômetros e trimpots
O uso do trimpot é o mesmo do com os valores mais comuns: 100
100kQ ohms, 470 ohms, 1 k ohms, 4,7
potenciômetro: como reostato ou
como divisor de tensão. De qualquer kohms, 10 kohms, 47 kohms, 100
~---1-0~0-o/c-o -.Ajuste.
forma, se o componente for usado. kohms, 470 kohms, 1 Mohms e
como reostato, recomenda-se sempre 4,7 Mohms. '

UCC37321 - UCC3722 - Driver para 9 A


Os circuitos integrados UCC37321 e
Texas Instruments
UCC37322, da Texas Instruments, consis-
tem em drivers de alta velocidade com
1r--r------------~==~--------~~~~8
uma capacidade de drenar ou fornecer
~ ~
correntes até 9 ampêres. A etapa de saída
usa tecnologias CMOS e bipolar, como
podemos ver pelo seu diagrama de blocos
mostrado na figura 1.
A função ENABLE é disponível. O tempo
de subida é de 15 ns enquanto que o tempo
de queda 19 ns com uma carga de 10 nF.
O tempo de propagação típico é de 25 ns
com a entrada em descida e 35 ns com
a entrada.
O invólucro é de potência MSOP de 8
pinos DIP ou 8 pinos SOIC.
Dentre as aplicações sugeridas pelo
fabricante, temos as fontes de alimentação
chaveadas, conversores DC/DC, controles
de motores, amplificadores classe D, drivers
de linha e de transformadores de pulso.

ELETRÔNICA TOTAL - NQ 101 / 2004


,
AS .·VALVULAS
o que você precisa saber sobre
esses componentes antigos!
Os novos profissionais de Eletrônica talvez nunca tenham
montado algum dispositivo que use válvulas ou nem sequer visto
um aparelho que empregue esses componentes antigos. No
entanto, as válvulas são muito importantes e até hoje existem
equipamentos que as utilizam, pois os componentes modernos
não as superam em desempenho em muitos casos. Veja, neste
artigo, como funcionam as válvulas e como elas são aplicadas.

Newton C. Braga

A válvula termiônica ou simples- Em torno do filamento, quando ele


mente válvula tem algumas des- é aquecido, forma-se uma espécie
varitagens importantes em relação de "nuvem" de elétrons que é denomi-
Bulbo
. aos componentes equivalentes mais nada tecnicamenté "carga espacial",
de vidro
modernos, que são os transistores. conforme mostra a figura 1.
Ela é muito maior, trabalha quente e O que acontece é que o aqueci-
precisa de tensões muito elevadas mento provoca uma agitação térmica
para funcionar. Todavia, convenien- das partículas que formam o filamento,
~corrente
temente usada, ela pode fazer as o que acaba por liberar elétrons dos
1------'
mesmas coisas que os transistores e, átomos.
na verdade, já fazia isso muitos anos Se no interior desta mesma válvula
antes de existir o próprio transistor. acrescentarmos um elemento metá-
A válvula foi inventada muito antes lico a mais, denominado anodo ou
que o transistor. placa, e ligarmos este elememento ou
A válvula diodo (de dois elemen- eletrodo a uma fonte de tensão posi-
tos) foi a que deu início a tudo. Ela tiva, carregando-o com essa carga,
foi inventada por Fleming em 1904, ele atrairá os elétrons estabelecendo
sendo seguida pela válvula triodo (de assim um fluxo de elétrons, ou seja,
três elementos) que é o equivalente uma corrente, conforme ilustra a
mais próximo do transistor, a qual foi figura 2.
invetada em 1906 por Lee·de Forest. Observe entretanto que se a placa
Apareceram válvulas com mais estiver negativa o fluxo não ocorre,
elementos depois, tal como a tetrodo, pois os elétrons são repelidos. Isso
pentodo, hexodo e outras, mas é da significa que a corrente tem um sen-
válvula diodo e da válvula triodo que tido único neste dispositivo: os elétrons
vamos tratar neste artigo. só podem fluir do fi lamento para a
placa. cargas (que é denominado "aqueci-
Essa válvula tem as mesmas pro- mento direto"), foi agregado um novo
A VÁLVULA 01000 priedades dos conhecidos diodos eletrodo envolvendo o filamento .
.semicondutores, ou seja, conduz a Esse elemento em forma de tubo é
Se num tubo de vidro fizermos corrente num único sentido sendo, . denominado catodo e aparece nas
o vácuo, oLi seja, retirarmos todo o por este motivo, denominada "válvula válvulas "de aquecimento indireto",
ar, e colocarmos um filamento de diodo". veja a figura 3.
tungstênio que possa ser aquecido Posteriormente, foi feito um aper- Essas válvulas-diodo de aqueci-
pela passagem de uma corrente, nota- feiçoamento nesta estrtura: em lugar mento direto e indireto podem ser
remos um fenômeno interessante. de usar o filamento para emitir as usadas nas mesmas aplicações que

ELETRÔNICA TOTAL- Nº 101 I 2004


Veja que nas válvulas de nomen- a variação da tensão na grade provo-
clatura americana, como as exempli- cará uma variação da corrente que
ficadas acima, o primeiro número atravessa o dispositivo para a placa
indica a tensão de filamento: 35, 6 ou anodo. Essa corrente tem a mesma
e 5 V. forma de onda do sinal aplicado, mas
está amplificada. Isso significa que
a válvula pode funcionar como um
AS VÁLVULAS TRIODO excelente amplificador para sinais
elétricos, observe a figura 7.
Lee de Forest descobriu um fato Nessa figura mostramos também
interessante ao pesquisar o funciona- o circuito amplificador equivalente
mento das válvulas. Se entre a placa com o conhecido transistor.
e o catodo fosse colocada uma tela de
os diodos comuns, ou seja, na detec- metal, uma tensão aplicada nesta tela
ção e retificação e têm seus símbolos poderia servir para controlar o fluxo .-----v+ B
mostrados na figura 4. de cargas no interior da válvula.
Observe que temos o símbolo de Bastava carregar a "tela", denomi-
uma válvula dupla, ou seja, um duplo nada "grade", com tensões apropria-
diodo que tem um catodo comum das para se ter um controle total da
e um anodo. Este tipo de válvula 'V-I1;1 ------ V1 Saída
corrente circulante entre o anodo e o
é comumente encontrada na fonte catodo. Estava criada a válvula triodo Entrada R1
de muitos rádios antigos e mesmo cuja estrutura interna e símbolo são
televisores dos anos 1940 a 1950. ~
exibidos na figura 5. Polarização de grade
Uma diferença muito importante Na figura 6 indicamos como o
das válvulas em relação aos transis- r---'---U + Vcc
controle das cargas pode ser feito:
tores e diodos semicondutores é que uma tensão negativa bloqueia o fluxo R3
as válvulas precisam de tensões mais
altas para funcionar e, além disso,
uma fonte adicional para aquecer os
de cargas e uma tensão positiva deixa
os elétrons passarem para o anodo, 'V-i 1
ct;-oJ'
havendo assim uma corrente. Entrada Saída
filamentos. Se um sinal, por exemplo, a cor- Q1
Para os filamentos é comum rente que venha de um microfone,
encontrarmos tensões de 1,5 a 12 V e for aplicada à grade de uma válvula,
para a operação em si, ou seja, para
polarizar o anodo as tensões podem
Válvula
ficar na faixa dos 80 aos 600 volts Grade
triodo
tipicamente. Placa
---rT"--hr--. Anodo
Por outro lado, com uma tensão ou placa
,OUTROS TIPOS DE VÁLVULAS
elevada no anodo, as correntes que
fluem entre este elemento e o catodo Com o tempo, visando melhorar
Gca~
são relativamente baixas variando o desempenho da válvula, foram
entre 10 mA e 500 mA. acrescentados outros elementos'
Se o leitor tiver algum rádio antigo Filamento ) internos. Assim, temos a válvula
em sua casa, poderá encontrar vál- '-....jW::::::=:;-:C~a-:-to-d;oo Catodo tetrodo (com duas grades), pentodo
vulas diodos como as 35W4, 6X4 ou (com três grades), etc., de acordo
5Y3. com a figura 8.

~~OdO~
Corrente
A grade
acelera os,
Corrente

'.
~ento"A1 "A1 nula elétrons
+
\

a) b)

a) Dlodo de aquecimento
b) Diodo de aquecimento
c)

direto
indireto __
-T
- ___
-T
-
c) Duplo diodo
Válvula no corte

ELETRÔNICA TOTRL - Nº 101 / 2004


9

a um alto-falante (que é um dispositivo


de baixa impedância), exigindo um +

~ ~ transformador, conforme ilustra a .r-1FTE

W'm
Tetrodo Pentodo
figura 10.
Outro fato importante está no
desgaste da válvula. Com o tempo,
pode ocorrer a evaporação gradual
Transformador
de saída
----+
L.r4/ao
ao

das substâncias que revestem o 1--..---\-:.::..::..:.::)


.-++---+
j
catodo e, com isso, a emissão dos
Em uma válvula pentodo, conforme elétrons se torna menor. O próprio
mostra a figura 9, podemos usar uma. vácuo no interior da válvula pode
grade num circuito de realimentação perder suas propriedades com a
para fazê-Ia oscilar num transmissor entrada de ar. Quando isso ocorre,
e uma segunda grade para aplicar a válvula "enfraquece" perdendo
o sinal modulador. A terceira grade suas propriedades amplificadoras.
será usada como um "supressor" Num rádio ou amplificador isso pode
melhorando seu desempenho. resultar em perda de rendimento, som TnTRL
'u" D'CRS .''.:~c~~
.~ .
baixo ou distorcido. Em um televisor,
E FOGO!
pode afetar a imagem. . Um caso eitado como exemplo nos
A válvula também pode quei- livros de Eletrônica ãco de John Elton, que
mar-se. Isso acontece quando o fila- morreu eletrocutàdÓao apagar.com águ,\
mento, como o de uma lâmpada um incendio em seu televisor.
comum, é interrompido. Eviaentemente. todos os que traba-
Se o leitor possui aparelhos anti- lham com eletricidad~$,abem que.água e
gos com válvulas, guarde-as, pois eletricidade não se çlão bem visto que a
existem alguns projetos interessantes água da tome ira, {ou mesmo da çhuva e
R2 de nascente), é sel1sivelmentecenoutóra
que podem empregá-Ias.
Oscilador/modulador ,em função das Sl!Jbstânci~s minerai~
com válvula pentodo dissolvidas eta contem. .>
Qualquer aparelho elet~ôniCQponec-
CLUBE DA VÁLVULA tado à rede de eneegia, mesmo. tendo
dispositivos de proteção"poderá provoca,:
Há pessoas amantes da música incêndios, 1'\10 Brasil ternos notícias de
DIFERENÇAS BÁSICAS de boa qualidade que defendem a cases d~ Rrédios inteiras ql!eima~0s por
idéia de que o som produzido por um esse motivo.
Além de trabalhar com tensões equipamento com válvulas é mais O que fazer se um equipamento ele-
mais altas e também quentes (elas "puro" do que o som dos equipamen- trônico estiver "pegando fogo"?
precisam ser aquecidas antes de tos modernos com transistores e Certamente, muitos profissionais"
entrarem em funcionamento, e isso não gqstariam d,é f4çar penSanabr1Uma .
circuitos integrados.
pode levar até mais de 1 minuto), resposta coerentejuslflmeRteno momen-to
A diferença estaria no fato de que o
as válvulas apresentam outras dife- em qu.e um televis2r, monltor de. vídeo
transistor tem uma pequena dlstorção ou outro e.qu\pamentocaro estivesse em
renças importantes em relação aos pelo que se denomina "cross-over" clíamàs ameaçando sua casa ou oficina.
transistores. devido ao fato de que ele não é linear A resposta precisa éstar. m~mol'izada
Uma delas refere-se ao fato de em tensões muito baixas, o que não para qtfe os procedirllentos corretq:s.saÍElm
.que a válvula opera com uma tensão ocorre com a válvula. adotadc)s.
aplicada à grade, e não com corrente Os ouvidos mais sensíveis podem Os procedimel'ltossão os seguintes:
aplicada à base como o transistor. perceber a diferença e daí a prefe- . • Descol'1ectarirnedi tamente o apa-
Assim, ela é um dispositivo de alta rência pelos equipamentos valvula- relho da rePé de'e o cabo estiver
impedância enquanto que o transistor dos. Assim, mesmo em nossos dias, em condições a . . Se estiver
comum (bipolar) é um dispositivo de queimando ou ainda em curto, isSo não
existem fábricas de amplificadores
baixa impedância. . deverá ser feitó €óIT\ as mães limpas, mas
valvulados que os vendem "a preço de
Os transistores de efeito de campo, sim com àjuda de um pano,grosso, toalha
ouro". E esse preço de ouro é real: as ou outro recurso.
por exemplo, se aproximam mais válvulas usadas tem seus eletrodos • Se o fogo éstivét concentradoapenas
das características das válvulas, revestidos de ouro para eliminar o que no aparelho, pode'-s.e~bafá-fo com uma
porque também são amplificadores se denomina "emissão .secundária", mantá ou toalha. O.uso de água só deve
de tensão e por isso dispositivos de garantindo assim a melhor qualidade ser feito se Q aparelho ja tiver sidô desli-
alta impedância. de som. Um simples amplificador de gado da tede de energia. Lembre-se que
Devido a essa propriedade, a vál- 100 W valvulado desta nova geração. urna grande Iluafl.tidadede água pode
vula não pode ser ligada diretamente pode custar mais de R$ 10.000,00! fazer mais estragos qué o fogo.

ELETRÔNICATOTRL- Nº 101 ,I 2004


APARELHO/MODELO: TV em cores HPS 2780

DEFEITO: Não memoriza canais em sintonia automática e apresenta interrupções


de sinal com zumbidos

RELATO:
I ----------------1
CS1S
o aparelho fazia a seleção auto- I I
mática dos canais, mas não os TS04 I I
LSOS
memorizava. Não se podia fazer a 151-120AI 24VI
1mH
seleção pelo controle remoto usando· I
as teclas CANAL+ e CANAL- e I
mesmo com os canais memorizados CS27 GNOI
manualmente, só se sintonizava CS24 I
100llFI
apertando seu respectivo número, 1001lFI. 25 V I

e ainda assim a imagem ficava tre- 25 V I

mendo até se estabilizar. CS23 I

Inicialmente, desconfiei de IC701 I


40 V I
passando a anallsá-lo juntamente 1 KpF/1 KV LS07
1mH I
com os componentes periféricos, não OS10
encontrando problemas. Como em GNOI
todas as vezes que se mudava de BYV95C CS20
canal a fonte emitia um ruído, passei
a testar os componentes na malha CS19
1000 IlF ~
:-r-1000 IlFI
35 V
dos 33 volts. Depois de medí-Ios, não . 35 V
descobrindo anormalidades, vi que o
CS22 RS31
diodo zener 817 não se encontrava na 15 k.QI 3W
placa da fonte, apesar de constar do .--+-- ..•...
h

esquema. Procurei por este compo- LS05


nente na placa principal, achando-o 1mH
1S~+=~~~-+~rY~~-+----~
I
logo atrás da tomada da fonte. Fiz
sua medição, constatando que estava 125-123A BYW95C .
aberto. Procedi à sua troca e o apare-
lho voltou a funcionar corretamente.
16 CS17
120

220 IlF 1
I CS35
220llFI
16 V
L-__ -;~ 160V

Localizado na
placa principal

ELETRÔNICA TOTAL - Nº 101 / 2004


- PRÁTICAS DE S::=-. =:: ,

APARELHO/MODELO: Receptor de Satélite Chassi SRE500A, Modelo Manual MARCA: Tecsat REPARAÇÃO N2
DEFEITO: Imagem distorcida e ronco no som AUTOR: Antonio Benedito de Souza
Salto do Itararé - PR

RELATO:
IC U4
Inicialmente, analisei a fonte
Pino 2 AC IN pino 8
medindo tensões sobre os circui-
tos reguladores 4, 5 e 6 de 5, 12 e Pino 6 AC IN 0-- .• .-. .•.. __._---1
18 V, respectivamente. Encontrei
as tensões normais. Ao observar a Ao LNB
imagem, cheguei à conclusão de
que o defeito poderia estar num
capacitor de filtragem. Dessoldei,
então, alguns capacitores desse Pino 8 AC IN 0-- __01-::,
setor para testes, encontrando o
AolC
eletrolítico EC8 de 1 000 IlF x 25 V Pino 10 AC IN 0-- ••....•+--.----1 U1
estufado. Constatei que estava
pino 8
sem capacitância. Troquei este
capacito r e a imagem foi normali-
zada.

APARELHO/MODELO: CD - Player Modelo SS7000D MARCA:CCE I REPARAÇÃO Nº 003


DEFEITO: Disco com música acelerada AUTOR: José CarlosPimentel Guimarães
São Bernardo do Campo - SP

RELATO:

.ern
Ao ligar, o disco funcionava
rotação normal mas, em
I
-ç::J- 19 20
""
21 22
"""
23 24 25 26
J L~ r--

seguida, apresentava o defeito. R158


Como tinha uma unidade óptica,
22kn IIJ?n 1918 17 16 115 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Rn 27
~
coloquei-a, mas o problema nela 26 79 28
foi descartado. Visto que o setor ...1L 7R 29
responsável por este controle 28 lzz;
de velocidade é o IC do DSP 29 76 30
30 f.li-
e o cristal de clock, passei a
esses componentes. Analisei em
31 ~
~? 7~
primeiro o lugar o cristal (16,934
MHz), aquecendo-o levemente
~~
34
IC3
CXD 1167Q
. L.zL
rZL
com o ferro de soldar. Com esse ~~ f-1ºo TP
procedimento o defeito desapa- as lsa, PLCK
~7
receu, o que indicou que era ele ~
38 r-R-
à causa do problema. Feita a ~a
troca do cristal, o problema foi ~
40 65~
solucionado. 4243 .44 45 4647 4849 50 51 5253 5455 5657
58 '591 601 61t2163164

. Cristal com
defeito r----401--
c~ C140 ••• 16,934MHz
iii"" 100U
·IIIC138 C
139T
15 P 15 P

::...:::iRÔNICA TOTRL - Nº 101 / 2004


PRÁTICAS DE SERVICE .~

REPARAÇÃO Nº 004 REPARAÇÃO Nº 005

APARELHO/MODELO: DEFEITO: Não funciona AUTOR: Maurício Felisberto


Receptor Modelo T1200 Master Mauá - SP
RELATO:
DEFEITO: Não sintoniza os canais Este televisor havia passado por aberto. Coloquei um de controle remoto
várias oficinas, e tendo sido devolvido de 455 kl+z e, com isso, o televisor
MARCA: Tecsat· ao cliente sem condições de conserto. voltou a funcionar corretamente.
O primeiro passo foi refazer todas
AUTOR: Elias José de Souza as t-rilhas que estavam quebradas, Cristal aberto
11
Serra Dourada - BA limpar com álcool isopropílíco e lavar
a placa, secando-a em seguida com X411=
RELATO: um secador de cabelos. De posse do 10 ~413
esquema, liguei o aparelho e medi R412 - 38V
Neste tipo de defeito devem a -tonte, que estava normal, mas o
R406
ser verificados três aparelhos. televisor não funcionou. Com um
Como o televisor estava normal, osciloscópio, fui ao pino 6 do IC201.
passei a checar as tensões do Este pino é a saída para chavear o
LNB, encontrando zero volts onde transistor driver de saída horizontal.
deveria haver 24 V. Em seguida, Encontrei pouco mais de 2 V, o que
medi a tensão do borne de RF mantinha o transistor saturado. Sus-
IN, que estava normal. Tirei então peitei do CI, mas antes de substituí-Io
o cabo dos encaixes para teste, comecei a medir os componentes
_encontrando-o em curto. Repa- em sua volta. Com o osciloscópio,
rando o cabo, o receptor voltou a encontrei o cristal X411 de 600 kHz
funcionar normalmente.

APARELHO/MODELO: TVC Modelo C20RS03 REPARAÇÃO Nº 006


DEFEITO: Tensões no horizontal, MARCA: AUTOR: Luis Burgos
Sorne - RFIN
'----Normal altas. Sharp São Paulo - SP

SW 5V SL GM RELATO:
0000 Este procedimento serve de orien- IC731. Trocando este CI, o +B da fonte
I / / '-'t\- tação, especialmente para os técnicos se estabilizou em 115 V. Recolocando
@)@
I I

P,lF IN ~Out iniciantes que recebem televisores a bobina L731 e trocando o zener
com esse defeito. O primeiro passo foi ZD732, o televisor voltou a funcionar
testar o diodo zener de 120 V (ZD732). perfeitamente.
Ele estava em curto. Este zener é de
proteção. Quando o TV funciona bem,
'-Local do curto a fonte fornece 115 V e o zenerfica
o desligado. Quando a fonte aumenta,
1::
::J Tv
o ozener conduz e protege os compo-
E normal
Q) nentes do circuito horizontal. Para
o confirmar, retirei do circuito a bobina
lI) -g
z
....J
Ü
lI)
L731 e coloquei como carga para a Aberto
o
"O
Z
....J
fonte um resistor de 1 kohms x 20 W
entre o catodo de D731, e o terra.
~ ~ Medi rapidamente a tensão no catodo - L731
:!2 --:,~OV-
E
Q)
I
I

I
de D731, encontrando 250 V. A fonte P0106CE
~ / '~Normal 24 V- estava alta. Os +B da fonte são estabi-
W[r.,;
,~, LNB
C
lizados por IC731 (regulador de 115 V) Com 733
--parabólica
e IC702 (fotoacoplador). Testei o foto- defeito 270 f-lF
acoplador: ele e o resisto r associado ~(160V)
R740
R731 estavam abertos. Ao trocar 22kn
estes dois componentes, a fonte ainda (1/2W) Para
continuou muito alta (250 V), então ZD 732 IC 702
EX0152CE
restava agora o regulador de tensão
115 V

ELETRÔNICA TOTAL - N° 101 / 2004


LM317T· os leitores que têm acesso à Internet POF. Em um CO cabem muito aís
"Gostaria de saber as caracterís- e gostariam de fazer cursos em casa. artigos do que numa edição impressa
ticas de trabalho do CI LM317T, ou Estamos programando para agosto o e é muito mais fácil fazer a consulta. Já
seja, sua corrente e tensão máxima, primeiro curso via Internet, que tratará na nossa próxima edição da Revista
pois pretendo montar uma fonte DC de assuntos ligados à Eletrônica. Saber Eletrônica com CO, estaremos
ajustável e queria utilizá-Ia." Nesse curso, inteiramente grátis, o dispobilizando alguns artigos antigos
Aderaldo Roberto R. de Araújo aluno terá acesso a 8 lições sobre os que muitas pessoas. nos pedem
Fortaleza - CE. Fundamentos de Eletrônica. Este será sempre tais como a edição completa
o primeiro de uma série de cursos do Volume I de "Circuitos Informa-
o LM317T é um regulador de . 'que pretendemos disponibilizar na ções", diversos transmissores do
tensão semelhante ao LM350T com Internet daqui para a frente. Visitem livro "Tudo Sobre Transmissores" e
a diferença que só fornece 1,5 A de nosso site nas próximas semanas diversos amplificadores de áudio e
1,2 a 37 V. Em uma fonte, a diferença para não perderem suas inscrições. circuitos de som do livro "Som e CIA",
máxima entre a tensão de entrada e edições esgotadas mas com muitos
saída do CI não deve ser maior do que Transistores como Q1 e Q2 circuitos ainda atuais.
40 V. Informações completas, inclusive "Porque encontramos em todos os
com o circuito básico de aplicação em seus circuitos as abreviações Q1, Q2 Conversão de Binário
formato POF, podem ser obtidas no ao invés de T1, T2? Para Hexadecimal
site: http://www.fairchildsemi.com/ds/ Luiz Roberto Martins "Qual o programa que converte de
LM/LM317.pdf. Cuiabá- MT binário para decimal e onde encon-
trá-Ia? -
,Torque O uso das letras Q em lugar de Jackson Gardenio P. Batista
."Gostaria de saber se há uma T, V ou TR como existem em outras São Luiz- MA
fórmula de cálculo de torque para publicações tem diversos motivos.
um motor e como posso construir um O primeiro está na nomenclatura Um programa "on line" pode ser
motor de torque alto e velocidade adotada no Brasil que padroniza essa acessado no endereço:
baixa?" designação e que utilizaremos desde http://www.cs.wcu.edu/-vanmeter/
Thales Eduardo P. Lencioni a fundação de nossa Revista há 40 jscriptlconverter.html
Taubaté - SP anos. O segundo motivo é para não Agora se você quer escrever um
confundir com transformadores que programa para isso:
o torque de um motor é calculado usam a abreviação T (T1' T2' T3' etc). - http://search.cpan.org/
multiplicando-se a força que aparece É o caso das lâmpadas que-em lugar -eryq/Convert-Bin
no seu eixo pela distância do centro de L1' L2 etc empregaremos X1, X2 Hex-1.119/lib/ConvertlBinHex.pm
do eixo. Os motores comuns são todos justamente para não confundir com
de baixo torque e alta velocidade. o L1' L2 adotado para representar as Modificador de Voz
Para se obter um torque alto e baixa bobinas. "Existe algum meio de eu encontrar
velocidade é preciso usar caixas de um modificador de voz? Daqueles que
redução ou sistemas de redução por Republicação de Artigos Antigos acoplamos ao telefone e nossa voz
polias ou correias. Na nossa revista "Gostaria de sugerir uma "revista sai diferente, com outro tom?
Mecatrônita Fácil temos publicado especial" onde fossem publicados Marco Cavalcanti
diversos artigos que tratam deste juntos artigos técnicos antigos. Claro Rio de Janeiro - RJ
problema, que é mais típico de uma que a idéia é economizar, facilitar
revista que aborda assuntos mecâni- a consulta e o arquivamento, pois a Sim, existe. Já publicamos um em
cos do que eletrônicos. quantidade destes é muito grande revista antiga, mas está esgotada. O
e muitas vezes perdemos a compra modo mais fácil de se obter a alteração
Cursos pela Internet da revista". é com um circuito com uma ponte de
"Gostaria de fazer um curso via Jorge Moraes Filho . diodos que dobra a freqüência da voz
internet, como proceder?" Assis-SP. (que passa a falar com timbre mais
Amarildo de Souza fino e distorcido, mas perfeitamente
Blumenau - SC. Estamos estudando diversas pos- inteligível). Estamos anotando sua
sibilidades para isso. Uma delas é sugestão para estudar a possibilidade
O leitor não diz que curso quer certamente colocar uma seleção de de refazer tal projeto com componen-
fazer, mas temos boas notícias para artigos antigos em COs, no formato tes mais atuais.

ELETRÔNICA TOTRL- Nº 101 I 200


·;. MONTAGEM

AMPLIFICADORES BTL
Maior Potência para
Amplificadores de Áodio
Uma configuração muito
importante para os amplificado-
res de áudio, usada quando se
deseja potências elevadas ou se
quer o máximo de desempenho
para circuitos amplificadores de

1
áudio lineares, é a BTL ou Bridge
Tied Load, mais conhecida de Carga no'
+~ semiciclo
nossos leitores como "em ponte".
Neste artigo mostraremos como
positivo
Capacito r ;;AJ Carga

este tipo de circuito funciona e devalor ~

r1TE I ,
daremos algumas configurações elevado ~
práticas com circuitos integrados Descarga
de potência bastante conheci- Descarga
dos.
Descarga no Figura 2
Newton C. Braga semiciclo negativo
Output" ou Saída Ligada em Ponte, se
fizermos a tradução ao pé-da-Ietra.
Uma das deficiências dos amplifi- Figura 1 Na figura 3 mostramos como isso
cadores de áudio analógicos ou line- é feito e, a partir desta figura, explica-
ares comuns, com saída em simetria Nessas condições, não é a fonte mos o que acontece.
complementar ou quase complemen- do amplificador que fornece energia Enquanto um amplificador recebe
tar, está no seu 'modo de funcio- ao circuito, mas sim o próprio capacitor os sinais para serem amplificados
namento em que dois transistores que foi carregado no semiciclo anterior pela entrada normal não inversora,
conduzem alternadamente a corrente do sinal. O desempenho deste tipo o outro recebe o sinal pela entrada
conforme os semiciclos do sinal. de circuito é razoável, entretanto, inversora, ou com a fase invertida
Assim, conforme mostra a figura a potência entregue ao alto-falante através de um circuito apropriado.
1, um dos transistores é polarizado em fica limitada pelo fato da fonte só Assim, eliminamos a necessidade de
um semiciclo de modo que a corrente . fornecer energia ao circuito em um
que carrega o capacitor circula atra- dos semiciclos do sinal.
vés do alto-falante, e com isso a Se ligarmos dois amplificadores
energia entre os dois se divide com a que tenham este tipo de configura-
reprodução do som. ção de saída, de tal maneira que Amplificador
Em suma, em um semiciclo, a quando um deles estiver recebendo A.
. corrente de carga do capacitor é a umsemiciclo, o outro amplificador
responsável pela reprodução do som esteja recebendo o outro semiciclo,
no alto-falante correspondente a este teremos .urna solução interessante
semiciclo. para este problema, com um aumento
No semiciclo seguinte conduz o considerável da eficiência dos circui-
outro transistor de tal forma a curto- tos. Sinal
circuitar através do alto-falante. o O que fazemos então é ligar os
capacitor carregado, observe a figura amplificadores em ponte, ou na con-
2. figuração BTL, do inglês "Bridge Tied Figura 3

ELETRÔNICA TOTAL - Nº 101 / 2004;


MONTAGEM -~,

usar o capacitor para se carregar e pensa de se usar o grande capacito r a) 16 watts com dois TDA2002 BTL
descarregar através do alto-falante eletrolítico em série com o alto-falante, Um dos circuitos integrados de
em cada semiciclo de modo a se obter que é um componente caro . baixo custo mais populares em equi-
.a reprodução. pamentos de som é o TDA2002,
Ouando o semiciclo positivo do IJPC2002 ou LM2002 que pode for-
sinal é aplicado à entrada, conduzem BTL, NA PRÁTICA necer 4 watts RMS em sistemas de
os transistores 01' e 03 de formá som simples como os usados em
que a corrente que flui é fornecida A maioria dos amplificadores de automóveis. Entretanto, a ligação
pela fonte de energia do aparelho. áudio disponíveis na forma de circuitos de dois TDA2002 em ponte para um
Da mesma maneira, quando o semi- integrados possui duas entradas (uma sistema de reforço no carro pode
ciclo negativo é aplicado à entrada, inversora e outra não inversora) e fornecer 1.6watts, o que significa mais'
conduzem os transistores O2 e 03 características tais que permitem de 50 watts PMPO por canal, o que
e a corrente também é fornecida sua ligação em ponte ou BTL. Alguns constitui um bom som para qualquer
pela fonte do aparelho. Isso significa circuitos integrados possuem até dois carro.
que a fonte forneçe energia nos dois amplificadores internos que já estão Na figura 5 mostramos como deve
semiciclos do sinal, diferentemente do preparados para funcionar nesta ser feita a conexão em ponte para os
que ocorre com a configuração normal configuração. TDA2002 e seus equivalentes.
em que a corrente é fornecida pela Assim, um amplificador que seria Lembramos que as conexões das
fonte apenas em um dos semiciclos. normalmente de 10 + 10 watts, já é linhas de alimentação e saída para
O resultado final disso é interes- indicado como um amplificador de 40 o alto-falante devem ser feitas com
sante: supondo-se que a irnpedáncla watts na configuração BTL. trilhas grossas e todas as conexões
do alto-falante seja constante, e A seguir, mostramos alguns circui- 'de sinais precisam ser curtas para
tenhamos uma potência X na saída tos de amplificadores BTL obtidos que não aconteçam realimentações
de um amplificador comum único, com circuitos integrados comuns de ou oscilações.
ligando-se dois destes amplificadores áudio em circuitos que são sugeridos Os resistorés são de 1/8 W e os
em ponte não teremos simplesmente pelos próprios fabricantes. O leitor capacitores eletrolíticos devem ter
o dobro da potência, mas sim duas deverá estar atento para os sufixos tensões de trabalho de 16 V ou mais.
vezes o dobro, ou seja, quatro vezes dos integrados usados que precisam O alto-falante precisa ter potência
mais! ser os mesmo indicados, pois existem compatível com a aplicação e os cir-
Esse é o motivo pelo qual a confi- diferenças para outros tipos que cuitos integrados devem ser montados
guração em ponte torna-se tão atra- podem impedir um funcionamento em bons radiadores de calor.
ente quando desejamos altas potên- normal na configuração BTL. O trimpot de 100 k é usado para
cias, conforme se vê na figura 4.
Utilizando dois amplificadores,
obteremos a mesma potência de
quatro deles, o que é muito interes-
sante, isso sem precisar acrescentar
muitos componentes ou ter configu-
rações complicadas, Na verdade, o
circuito fica até simplificado pela dis-

Potência
Correntes nos
semiciclos do
sinal

Sinal de Ajuste
áudio R4 de corrente
2,2 n 100 nF de repouso
4P
C5 para o mínimo

I ]onF
I

Figura 4 Figura 5

ELETRÔNICA mTAL - N° 101 ' 2004


se ajustar a polarização do segundo
amplificador de modo a se ter uma + Vs
perfeita simetria do sinal. Use uma .
carga resistiva na saída, e com um C4
osciloscópio e gerador de sinais em 10~lFI
1 kHz ajuste este potenciômetro para Cs
obter a simetria ideal do sinal. Input 3 V
11 100 flF

b) Amplificador de 20 W BTL com


o LM2005T-M
t' C1
2,2 flF
R2 Cg
Os circuitos integrados LM2005T
e LM2005-M também são bastante
1 k!.1
0.1"FQ R6 IRl
2 1 !.1
conhecidos dos nossos leitores que
fazem manutenção de equipamentos
ou montagem de circuitos de áudio 3V
tradicionais. O circuito que damos

D'
na figura 6 fornece uma potência de
saída de 20 W rms numa carga de 4
a
ohms com alimentação de 14,4 V da 2,2 flF
ClO
bateria de um carro.
Trata-se, portanto, de um amplifi- 0.1"FQ R7
cador sugerido para formar sistemas 4 1 !.1
de som de carro ou de reforço. Dois 6 Ca
amplificadores destes, um para cada 220 flF
canal, fornecem uma potência total
de 40 watts rms ou mais de 80 watts
PMPO. Como são usados poucos
Figura 6
elementos, pode-se ter uma monta-
gem simples e compacta.
As trilhas de alimentação e para
saída do alto-falante devem ser largas 100 k!.1 100 k[2
em vista da intensidade da corrente
exigida. Os cabos de sinais precisam
ser curtos ou blindados. Vs
Os circuitos integrados devem ser
montados em bons radiadores de
47 flF.l:
calor e os capacitares eletrolíticos 3
precisam ter uma tensão de trabalho
TOA 1510AQ
de 16 V ou mais. O alto-falante deve ter
potência compatível com a aplicação.
Não deve ser usado alto-falante de
menos de 4 ohms ou associações 9
que resultem em impedância inferior a 6 5
este valor, pois os circuitos integrados
poderão ter suas saídas sobrecarre-
gadas e, com isso sofrer danos.
100 flF

'--~-+-ÜOV
c) Amplificador de 24 W com o 100 k!.1 100 k!.1
TOA1510A ou TOA1515A
Este amplificador, sugerido pela
Philips Components, faz uso de um
único TDA1510 ou TDA1515'que
já possui em seu interior dois ampli-
ficadores que podem. ser usados
separadamente ou na configuração
Figura 7
em ponte.

ELETRÔNICATOTAL - Nº i011S,20
MONTAGEM ' '"

Na figura 7 temos o modo de fazer


a ligação desses amplificadores de
modo a se obter a configuração em
ponte.
Observe que este circuito possui
uma chave SB (Stand By) que, quando
acionada, faz com que os amplificado- 4
res sejam levados a uma condição de Ent.
8
muito baixo consumo de energia. Esse
tipo de configuração é especialmente
9
interessante quando o amplificador
Vcc(12V)
deve ser alimentado pela bateria de 1-'-----.....•...
---<1
220 flF 10 RL
um carro. LA 4500
25V 20 6-8Q
As diferenças entre o amplificador 11 1000flF

I
BTL
com o TOA 151OA e o TOA15B estão 15 V
nas características adicionais do 12
TOA1515B, que são: 19
• Corrente em standbymuito baixo, 18
da ordem de 100 IJA, o que permite o 13
chaveamento via circuitos TIl.
1000llF
• Saídas protegidas contra curtos- 100':1 15 V
circuitos AC e OC em relação à terra
(o TOA1510 tem proteção apenas
AC).
• Saídas protegidas contra curto-
circuito em relação à terra na configu-
ração BTL. .
• Proteção contra inversão aciden-
tal de polaridade. Figura8

Neste circuito também deve ser apresentado em invólucro OIL e não As tensões mínimas de trabalho
observada a utilização de trilhas precisa de radiador de calor. Uma dos capacitares eletrolíticos são
largas para as linhas de alimentação região da placa de circuito impresso indicadas no próprio diagrama. A
e saída do alto-falante. O circuito é prevista para fazer contato com o potência do alto-falante deve ser
integrado deve ser montado em bom componente e servir como radiador compatível com a aplicação e as
radiador de calor. Os capacitares de calor. trilhas de alimentação e saída de
eletrolíticos devem ter tensões de O circuito é projetado para ser áudio devem ser largas, tal como nos
trabalho de pelo menos 16 V. alimentado por tensões de 12 V, e demais projetos.
Os resistores são todos de 1/8 a impedância de carga deve ficar Os capacitores menores devem
W com 5 % ou mais de tolerância. A na faixa indicada no diagrama para ser cerâmicos para melhor desem-
impedância mínima do alto-falante é melhor desempenho. penho do amplificador.
4 de ohms, para se obter a potência
indicada. Além disso, ele deve ser
capaz de manusear a potência de CONCLUSÃO
saída do amplificador. A configuração em ponte ou uso em ponte, o que facilita bastante
A alimentação é feita com 14,4 V BTL permite obter muito maior ren- o trabalho do projetista que deseja
da bateria de carro. dimento de amplificadores de áudio montar seu próprio equipamento
analógicoscomuns, sendo por esse de áudio ou mesmo manter uma
motivo adotada em muitos equipa- pequena linha de montagem desse
d) Amplificador de 10 W BTl mentos comerciais. tipo de equipamento.
Sanyo Além disso, temos a possibilidade As informações que apresenta-
O quarto circuito que apresenta- de economizar o capacitor elstrolftico mos neste artigo podem ser de
mos utiliza um componente da Sanyo. de saída que é um componente caro grande utilidade para os leitores
Trata-se do circuito integrado LA4500 e responsável por problemas de que desejam trabalhar com amplifi-
que fornece uma potência RMS de 10 funcionamento. cadores em ponte, ou simplesmente
W na configuração em ponte, que é Muitos fabricantes disponibilizam conhecer mais sobre o seu princípio
mostrada na figura 8. circuitos integrados específicos para de funcionamento.
O circuito integrado LA4500 é

ErrETRôNICA TOTAL- Nº 101 I 2004


CASA INTELIGENTE :::,,,

Usando o Celular como


Controle Remoto

Com a implantação das redes de


telefonia celular GSM no Brasil abre-se
um grande mercado de automação onde
podemos controlar tudo através de um simples
telefone celular.

Luiz Henrique Corrêa Bernardes

Uma tendência forte é que o tele- não funciona naquele momento. Os


fone celular se torne um ponto de elementos básicos de um portão auto- ao ligar
Antena o botão
. convergência digital. Além de telefone mático tradicional podem ser observa- GSM de abertura
. ele será sua agenda, vídeo game, dos na figura 1, note também que NF
walkman MP3, seu acesso a Internet e temos um botão para abertura que é ~
;:::;:;=v=~ Relé
muito mais que o futuro nos reserva. colocado dentro da casa ou prédio ..
Nessa tendência, ele passa a ser RS-232 BasicStep
também um controle remoto com 2K
Central
diversas funções como: controle de
do portão
alarmes residenciais/automotivos, Figura 2 - Diagrama de blocos do projeto
eletrodomésticos, máquinas de vendas
automáticas (Vending Machines),
equipamentos industriais, equipamen- O MODEMGSM
tos de informática, robôs , enfim tudó
o que você puder imaginar. Utilizamos como modem GSM
Neste artigo, mostramos uma o Terminal Ouodigit T35GPRS-BR
'aplicação de casa inteligente' que é ~I (figura 3).
Controle
uma simples abertura de portão onde remoto
não se paga o custo da ligação (o
que não ocorrerá em aplicações de Figura 1 - Automação de um portão
controle de vários dispositivos).
Com este único Modem GSM,
você poderá controlar também tudo CONTROLANDO O
na suá casa, bastando para isto PORTÃO ATRAVÉS 00
reprogramar o controlador. TELEFONE CELULAR

Nosso projeto é muito simples:


AUTOMAÇÃO DE UM PORTÃO utilizamos um telefone celular para
ligar a um modem GSM onde o Basic
Existem atualmente vários forne- Step 2K decodifica o número do tele-
cedores de automação de portões que fone que está realizando a chamada, Figura 3
funcionam com o tradicional controle e se este' estiver cadastrado previa-
remoto através de comunicação de mente, realiza a abertura do portão. A alimentação do modem é feita
Rádio-freqüência, e quem já não ficou Podemos observar na figura 2 através de conector P4 de + 12V e
na mão por ter esqueciçJo/perdido os elementos principais de nosso a conexão de dados é através do
o controle ou inesplicavelmente ele projeto. conector OB9.

ELETRÔNICA TOTRL • Nº 101 200


o funcionamento do modem se O número do telefone nas redes GSM . chamada telefônica. Se eX<>l'lIT::;I'T""V':::-
dá por meio de comandos ATs, e está dentro do SIM Card, ele também. comando "ATA"a chamada será a-e-
para testar vamos conectá-Io ao PC incorpora uma função de senha (PIN dida, e se executarmos o coma
e acionar através de um emulador number; que pode estar habilitada ou "ATH" a ligação será finalizada.
de terminal (ex. Hyperterminal do não, dependendo da operadora de Agora, para visualizar qual o
Windows). GSM. O modem só se conecta na rede mero do telefone que esta originando a
Faça a conexão conforme indica GSM se essa senha for introduzida chamada, utilizamos o comando:
a figura 4 (foto de conexão da fonte, ou se estiver desabilitada.
antena e DB9 no PC). No emulador Note que se digitarmos errada- AT+CLlP=1
de terminal, ajuste para 9600 bps e mente essa senha mais de 3 vezes, o Com isso, após cada RING, virá o
para a COM que você conectou (ex. SIM Card ficará bloqueado e só será número do telefone no formato:
COM1). Não esqueça de instalar o desbloqueado se digitado um número RING
SIM Card no modem (figura 5). Este PUK adequado. Portanto, cuidado
SIM Card pode ser das operadoras com essa operação! +CLlP: "5555-1234",161 ",,0
Claro, Oi, ou TIM, que possuem redes Através do comando AT+CPIN Entre aspas está o número do
GSM no Brasil. =1234 <entra> podemos introduzir a telefone que esta ligando, no caso o
Se tudo estiver correto, digite o senha ( PIN ) de quatro dígitos. Note telefone fictício é 5555-1234.
comando "AT" e mais a tecla "entra", que o 1234 é um exemplo de PIN, Se digitar ATH no Hyperterminal ,
."AT"e mais a resposta "OK" (figura 6). utilize o PIN do seu SIM Cardo a ligação será finalizada.
Se estiver correto, o modem res- Use o comando "AT&W", para
ponderá com "OK". Se não, você está armazenar o comando AT+CLlP=1 no
utilizando o número do PIN errado, "default" do modem, de tal maneira
portanto cuidado que nesse caso que ele esteja ativo em toda vez que
você tem mais 2 tentativas para não ligar o modem.
bloquear o SIM Cardo Com isso, finalizamos a progra-
Para desbloquear o SIM Card mação do modem GSM e podemos
podemos tazê-lo em um telefone simular toda a.atuação do sistema
celular usando as funções de confi- através do emulador de terminal
guração de segurança (consulte o (Hyperterminal dó Windows).
manual de seu aparelho celular) ou
utilizar o comando AT:
Figura 4 BASICSTEP 2K
AT+.CLCK= "SC", 0, "1234"
Note que o número "1234" é a Ele será responsável pelo controle
senha (PIN numberdo SIM Card) do sistema, interpretando os números
Se tudo foi feito corretamente, dos telefones recebidos pelo modem
pode-se desligar o modem e ligá-Io GSM e gerando o sinal para abertura
novamente que não 'será necessário do portão.
utilizar mais o PIN, podemos confir- O compilador BASCOM do Basic-
mar com o comando AT+CPIN? que Step 2K pode ser obtido gratuitamente
responderá com "READY" no site www.tato.ind.br.
Muito bem! Já conseguimos fazer O esquema elétrico está detalhado
com .que nosso modem se conecte na figura 7.
a rede GSM. Para saber se ele está
sobre área de cobertura de uma rede LISTA DE MATERIAL
GSM, utilize os comando AT+CSQ
U1 - BASIC STEP 2K
para ver o nível do sinal que deve
U2 - MAX232A
Arquivo Editar Exib~ Chamar Transferir Ajuda variar entre 2,00 a 31,00. Se retornar
C1 a C5 - Capacitor ceramico de 100 nF
DI~I~ !;i~la]~ 99,9~ significa que o modem não R1 - Resistor 100K 1/8W
tem sinal de rede GSM. Nesse caso, R2 - Resistor4K7 1/8w
OK consulte a sua operadora sobre a Q1 - Transistor BC547'
cobertura ou procure outra posição 01 - Oiodo 1N4148

I" da antena.
Faça uma ligação para o número
do SIM Card do modem, note que no
emulador de Terminal (Hyperterminal
K1 - Relé - Tipo automotivo 12V

Conectores:
OB9 - Macho
Borne 2 Vias
do Windows) irá aparecer "RING",
JP4
Figura 6 significando que está entrando uma
CASA INTELIGENTE ~

Uma do modern GSM e outra do


+ 12V + 12 V Relé K1 BasicStep 2K. Com isso, podemos
R2 r-0
testar essas partes separadamente

U1
Basic 2K
.----+-l
4,7 kQ
~~
01
W
t C 1 Borne
I utilizando o emulador de terminal, seja
para analisar as respostas do modern,
seja para enviar essas mensagens
VIN 1 Conectar em
GND 2 paralelo à para o BasicStep 2K. Independente-
TXI-'3'---- .• chave do portão mente desses testes, verifique:
RX 4 ,------.-------.-----------. a - Crédito do SIM Card (pré-
+ 5V 1-'5<--_+-+-, pago)
PD6 6
b - Número do SIM Card
PD5 7
PD4 8 c - Nível de sinal GSM onde está
9 V· instalado o sistema
PD3 10 4 C2+ OB9-MACHO
PD2 L.....:::...=....+---,5"-j C2 _ d - Posicionamento da Antena
PD 1(TX) 1-'1-'-.1_-t-1---' Conectar ao
e - Alimentação do sistema, o
PD O(RX)f-'1-=.2--t--t--. [> T1 Out 1-'-1-'-.4
11 T1 /n --., Modem GSM
modem GSM necessita de uma fonte
PB7 13 9.------,
PB6 1-'1,-,4
__ -+---, 10 T2/n [> T20ut 7 . 8
de +12V estabilizada com capacidade
PB5 15 acima de 1,2A.
7
PB4 16 12 R10ut<:J R1/n 13 f - Contatos do Relé.
6
PB3 17
PB2 18
9
<:J
R2 Out R2 /n 1-"8,---+--+- .• 5
4
PB1 19 GNO 15 U2
PBO 20 MAX232A 3 FLUXOGRAMA DO PROGRAMA
2

Figura 7

MONTAGEM Step finaliza sempre a ligação sem


. atendê-Ia, não gerando custo de
Para a Montagem foi utilizado tarifação. O número do telefone
Placa Padrão e soldados fios para desejado é gravado internamente
fazer as conexões. no programa, podendo ser alterado,
A figura 8 ilustra a montagem. veja mais a respeito na Internet no
endereço www.eletronicatotal.com.br
edição 101 para armazenar mais
números de telefones. O programa.
completo está disponível no mesmo
site. Figura 9

.INSTALAÇÃO
CONCLUSÃO
Basicamente, a instalação é feita
ligando-se os contatos NA e Comum o leitor pode perceber como
do relé em paralelo ao botão de conseguimos utilizar alta tecnolo-
acionamento do controle do portão gia de uma maneira bem simplifi-
Figura 8 de tal maneira que cada vez que o cada, obtendo um resultado muito
BasicStep 2K identificar um número interessante. Ele deve também
igual ao armazenado internamente, prestar atenção nas oportunida-
O PROGRAMA DO BASIC STEP 2K irá gerar um pulso no relé que fará des de negócios que estão sendo
.a função do botão de controle do geradas na área de Automação
Supomos que o leitor já conheça portão. Residencial e de Comunicação
como utilizar o Basic Step 2K, em sem fio GSM/GPRS. Nas pró-
caso contrário consulte na Internet no ximas edições estaremos abor-
endereço www.tato.ind.br . IDENTIFICANDO PROBLEMAS dando este assunto com mais
O programa executa basicamente montagens práticas, até lá e boas
o que fizemos com o Hyperterminal Como o leitor pode verificar, o montagens!
manualmente. Note que o Basic sistema é composto em duas partes.

ELETRÔNICA TGTliL - Nº 101 / 200


ELETRÔNICA PARANORMAL~'

RADIESTESIA~' ~~
Um tema paranormal interessante, que tem um forte fundamento
científico sendo inclusive usado de uma forma intensa em pesquisa,
é o que envolve a detecção de água, minérios e lençóis petrolíferos
através de sensores capazes de perceber pequenas alterações
da gravidade local. O fundamento científico está no fato de que j~-~
aparelhos sensíveis podem realmente fazer essa detecção. !~
A pesquisa paranormal, entretanto, envolve a possibilidade de
pessoas poderem perceber essas variações e detec-
tarem as jazidas utilizando pêndulos,
forquilhas ou outros recursos menos
técnicos ... Uma discussão do uso da
tecnologia nessa pesquisa é o que
faremos nesta nossa seção.
ewton C. Braga

Os pêndulos são empregados de As pesquisas que envolvem essas (rabdomante = varinha mágica) para
forma bastante intensa em muitos mudanças são feitas com sensores se detectar água (ou ouro) se baseia
tipos de pesquisas de manifestações gravimétricos acoplados a aeronaves, no mesmo princípio.
paranormais. Acredita-se que as suas conforme ilustra a figura 3. Pequenas alterações de seu peso,
oscilações são extremamente sensí- Indo para a pesquisa paranormal, provocadas pela presença de um
veis a qualquer fenômeno paranormal, a utilização da chamada forquilha lençol de água podem ser detectadas
sofrendo alterações que podem ser por uma pessoa sensível, veja exem-
observadas por um operador capaci- plo na figura 4.
tado' ou muito atento. As pequenas "oscilações" ou movi-
Dizem que os mais sensíveis con- mentos da varinha indicavam ao "ope-
seguem detectar jazidas minerais, rador" onde seria o melhor lugar para
reservatórios de água subterrâneos e cavar um poço ou tentar descobrir
até mesmo lençóis de petróleo pela minérios.
simples observação das alterações
dessas oscilações, conforme mostra
a figura 1,
Existe uma fundamentação física
que ajuda a explicar algumas das
alterações do pêndulo nas proximida- Figura 1
des de jazidas: a oscilação pode ser Figura 3
afetada pela pequena mudança da
gravidade causada pela presença
de um corpo de menor ou maior o gravímetro - A posi-
densidade que o solo de suas vizi- ção do corpo preso à
nhanças. mola muda conforme Gravura antiga mos-
a gravidade do local trando o uso de uma
Um corpo de certa massa preso
se altera na presença "forquilha" (rabdo-
auma mola pode ajudar a fazer essa de grandes massas de mante) para des-
detecção, resultando em um ins- minérios ou água (com cobrir minérios ou
trumento denominado gravímetro, maior ou menor densi- água.
observe a figura 2. dade),
O levantamento gravimétrico de
uma região é uma poderosa ferra-
menta para se descobrir jazidas. Figura 2 Figura 4

ELETRÔNICA roT8L - Nº 101 I 200-


Na gravimetria, a eletrônica já é A bobina captadora pode ser o foto-sensor pode ser acoplado a
utilizada amplamente na detecção de enrolamento primário de um transfor- amplificador comum ou mesmo ~~
depósitos minerais, mas na pesquisa mador comum de alimentação cujo osciloscópio.
de fenômenos paranormais poucos núcleo tenha sido retirado. O sistema
são os pesquisadores que fazem seu mecânico deve ter um peso na sua
uso, embora as possibilidades sejam ponta e um ímã que vai gerar, por AURA
muito amplas. indução, as tensões <;lesinal ao se
Assim, tanto o pêndulo como a movimentar no interior da bobina. Um radiotécnico russo, chama
forquilha podem ser acoplados a O osciloscópio deve ser ajustado Seymond Kirlian, descobriu que ao se
sensíveis detectores eletrônicos que, para uma freqüência de varredura aplicar campos de alta tensão em se-
muito melhor que os humanos, pode- compatível com a do fenômeno que res vivos, "aparecia em sua volta uma
riam acusar mínimas alterações das deve ser observado, normalmente uma fluorescência que se associava ao que,
amplitudes ou das orientações de baixa freqüência (0,1 a 10 Hz). Esse esotericamente, se denomina "aura".
suas vibrações. mesmo circuito pode ser acoplado a Pela aura de um ser vivo seria
Na figura 5 damos um interes- um conversor analógico/digital (ADC) possível determinar seu estado emo-
sante circuito que, acoplado a uma de modo que os dados registrados cional, ou mesmo a presença de partes
forquilha ou a um pêndulo, permite possam ser transferidos para um com- doentes ou de doenças internas.
a observação das oscilações em um " putador, obtendo-se um sistema mais Experimentos feitos com folhas
osciloscópio. sofisticado de análise do fenômeno. vegetais, conforme exibe a figura
Uma variação do circuito pode ser 9, demonstram que partes doentes
obtida com um pêndulo, caso em que possuem "auras" diferenciadas.
+3 sua linha é presa a um pequeno ímã,
~rquinh~
a6V
,
, I
I
conforme ilustra a figura 6.
, I
,
, I
I As oscilações, nesse caso, podem
,I
t, ser analisadas de uma forma muito
,
I
mais completa, pois é possível utilizar
,,
, ,,
,,
bobinas em "ângulo reto de modo a se Laser ,, ,,
obter uma informação bidimensional pointer ,/'
,,
,
Ao sobre as oscilações e, além disso, fixo ,/ ", Escala
osciloscópio -{
observar-se variações de fase das ,"""""l"'""'-' ••••
~
ímã! / oscilações.
Bobina Uma outra maneira de se agregar
recursos eletrônicos a experimentos Pêndulo
captadora
com pêndulos é mostrada na figura 7,
em que acoplamos um espelho a esse Figura 7
Forquilha
pêndulo e focalizamos um feixe de luz
i comum, ou mesmo um feixe de LASER.
Os mínimos movimentos do pên-
dulo são amplificados pelo deslo-
camento angular do espelho, tradu-
zindo-se assim em variações de sinal
acusadas por um foto-sensor. Este

.---+--0 +3 a 6V

>-6...• _-0 Saída ao


osciloscópio

Foto feita com


uma "Câmera
Kirlian" de
Pêndulo, "aura" de uma
folha.
ELETRÔNICA PARANORMAL~

Tecnicamente, a aura é obtida pela de televisores. Na montagem desse ao que se denomina um "eflúvio vital"
ionização do ar, em torno de um corpo circuito tenha cuidado em isolar muito ou uma "força vital". Há até urna asso-
carregado de eletricidade, que ocorre bem as partes em que as altas ten- ciação de pesquisadores formadas
quando as cargas "escapam" para o sões estão presentes. Usando um tly- principalmente por médicos, com sede
meio ambiente, back comum de TV antiga, pode-se na Dinamarca, que procura explica-
Uma ponta de metal ligada a um gerar tensões de 20 a 30 kV. ções científicas para os padrões
corpo carregado produz um "eflúvio" A bobina primária enrolada no observados nas fotografias Kirlian.
iônico que se caracteriza por uma transformador de alta tensão consiste No entanto, as explicações e teorias
coloração que vai do amarelo ao azul, em 8 a 10 espiras de fio comum associadas têm sido muito controver-
dependendo da sua intensidade e encapado. A alta tensão é aplicada ao tidas, o que certamente é aproveitado
da própria composição do ar em ser vivo através de um eletrodo que .pelos que desejam explorar a boa
sua volta, observe a figura 10. Esse contém uma folha de vidro. Esta folha fé alheia.
efeito, conhecido pelos ffsicos como evita a descarga direta que poderia Para nós, existe a explicação
"efeito das pontas" é aproveitado numa ser perigosa para o caso de pessoas baseada na Física e que serve justa-
grande quantidade de aplicações que desejassem ver, por exemplo, a mente para a elaboração dos circuitos
.práticas eletrônicas. "aura" de seus dedos, conforme ilustra que permitem a sua visualização .
a figura 12. Os leitores interessados, certa-
Colocando entre o ser vivo e a mente encontrarão literatura sobre
folha de vidro filmes fotográficos vir- o aspecto teórico desta aura nas
Ponta + + Cargas
gens podem ser obtidas fotos da aura livrarias especializadas em livros
+ +. /.:_<~-+ elétricas
+- e, ainda, utilizando-se foto-sensores esotéricos ou em muitos sites da
+ + ~:" +' que
é possível "medir" a intensidade desta Internet. Um ponto importante para os
r '+ + escapam
aura em diversos pontos. Uma inte- que pretendem montar uma rnáquína
Corpo carregado "Eflúvio"
com alta tensão ressante solução "econômfa" para a Kirlian é que a alta tensão pode ser
obtenção do registro de auras consiste perigosa se não for usada correta-
Figura 10 no uso do papel de fax. I mente.
Conforme se observa na figura Na máquina Kirlian as tensões são
o estudo da aura de seres vivos 13, basta recortar o papel e colocá-lo realmente muito altas, mas as corren-
tem sido amplamente divulgado, com entre o objeto que se deseja ter a aura tes extremamente fracas, limitadas
a análise não só do formato da lurni- e o eletrodo de alta tensão. Depois de pelos próprios circuitos, de modo a
nescência em torno do ser analisado, deixar alguns segundos o papel para minimizar os efeitos diretos de um
mas também de sua coloração. o registro, "revelamos" a imagem com choque. Quanto ao contato com essas
Na figura 11 apresentamos um um ferro de passar não muito quente,
circuito que permite visualizar a aura tendo o cuidado de deixar o papel sob
de seres vivos pequenos, folhas ou um pedaço de tecido grosso.
mesmo da mão de uma pessoa. Uma placa de circuito impresso
Trata-se da popularmente denomi- para a montagem deste circuito é
nada "Máquina Kirlian" que nada mais exibida na figura 14.
é do que uma fonte de MAT (Muito A explicação para a origem da
Alta Tensão), como as usadas para aura nos seres vivos fica por conta
acelerar os elétrons nos cinescópios de teorias esotéricas que a associam Folha
de metal

Figura 12

Dedo ou objeto(*)
! Papel
de fax

D2 T Placa metálico
1N5404 C1 Base isolante (vidro ou plástico grosso)

i';500 ~F (*)pequenos objetos


precisam ser aterrados
~25V

Figura 11 Figura 13

ELETRÔNICA TOTAL - Nº 101 / 200 '


tensões nos eletrodos, a corrente tem Eletrônica pode montar por algumas
tal redução, que não temos sensação dezenas de reais ...
alguma.
Para o projeto que descrevemos,
utilizando uma chapa de vidro com CONCLUSÃO
espessura apropriada, evitamos o
problema do choque que, no máximo, Como em qualquercampo indefinido
pode se transformar em um leve da Ciência, as pesquisas com radies-
formigamento, e a segurança no uso tesia e fotografia Kirlian ainda são
com seres vivos se manifesta. muito controvertidas. Há os princí-
Obs.: Nesse campo, como em pios científicos (que exploramos nos
qualquer outro que às vezes se apro- nossosartigos) muitobem conhecidos
veita da credulidade e desconheci- e aqueles que ainda são indefinidos.
mento de muitos, também existem Para o pesquisador sério é muito
os espertos. Na Internet mesmo, importante saber onde a ciência
encontramos à venda uma máquina deve ser separada das suposições
Kirlian por um preço exorbitante, que não têm fundamento algum, e
dezenas de vezes o custo dos compo- que às vezes são "provadas" com
nentes, com a "alegação" que se trata explicações que não resistem a uma
de "tecnoloqla secreta" baseada em análise mais profunda.
. experimentos feitos por renomados É u:tema fascinante que con-
cientistas e daí por diante ... Nada mais tinuar mos a abordar em nosso
do que um simples gerador de alta próxi o artigo, no qual trataremos
tensão que qualquer um dos nossos da Telepatia.
leitores com um bom conhecimento de

O
~

r-
D1
o
O --c:D-

'
--c:D-D2

0 ~'~:2
-c=::r-

r6}
/
ç" ~ ~ ~ ~ ~ espiras ••
o

/' ,/ /' <, ....., <,

Figura 14

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