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SABER NR98-Mar-AbrlO4

Brasil R$ 9,50
Europa (4.30

Sistema de
video-segurança
monitorado
via Internet/Intranet
(Até 8 câmeras)

.• 11 \
."I. r

Linguagem C :: Microcontrolador Pie


na eletrüníca - Parte I Dicas para montagens com sucesso

CASA INTELIGENTE Montagens


:: Controle para nível de piscina :: Divisor de 3 canais
:: Aquecimento central de água para sistema de som
:: Irrigador de Jardim :: Sequencial de 6 canais
:: Som remoto para PC

]~li~llm!I!I!llllllfll :: Módulo amplificador de 8 Wrms


~
~ Editora Saber Itda.
Diretores
Hélio Fittipaldi
Thereza Mozzato Ciampi Fittipaldi
EDITORIAL
ELETR~H'-':I" Uma fonte segura de faturamento, mesmo nesta época muito difícil da
www.eletronicatotal.com.br
economia brasileira, é a área de segurança eletrônica patrirnonial. Nesta
Editor e Diretor Responsável
Hélio Fittipaldi edição mostraremos um projeto feito no Brasil, o WEB VIGILANTE.
Diretor Técnico Ele permite o rnonitoramento do ambiente com até 8 câmeras através
Newton C. Braga
da rede de computadores instalada no local ou pela Internet e muito
Redação
Sérgio Vieira mais.
Conselho Editorial
Luiz Henrique Correia
Mareio José Soares
Newton C'. Braga

Designers
Diego Moreno Gomes
Dlogo Shiraiwa
Jonas Ribeiro Alves
Renato Paiotti

Circulação
José Luiz Cazarim íNDICE
PUBLICIDADE Controle Remoto
Carla de Castro Assis Segurança Eletrônica Usando o Computador
Melissa Rigo Peixoto
Ricardo Nunes Souza
Sistema de Vídeo-Segurança em Controle Remoto 36
Monitorado via Internetllntranet... 2
PARA ANUNCIAR: (11)6195·5339
ubücidaoewedrtorasaber com br Service
Microcontrolador Orientando as Antenas
Impressão
São Francisco Gráfica e Editora Microcontrolador PIC Parabólicas .40
(16) 632 4151
Dicas para Montagens com Manutenção de Impressoras 58
Distribuição Sucesso 12 Fontes de Alimentação
Brasil: DINAP
Portugal: MIDESA tel.: 121926-7800 Controle de Motor de Passo
ASSINATURAS com o 68HC908GP32 16 Seções
www.eletronicatotal.com.br Seção do Leitor 39
fonejfax: (1.1.) 61.95-5335
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Gravador Sensorial 18 Inglês Instrumental 56
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6195·5330, ao preço da última edição em
banca. Seqüencial de 6 Canais 22 Controle para Nível de Piscinas
Associada da: Som Remoto para o PC 26 Aquecimento Central de Água
Módulo Amplificador de 8 Wrms 28
ANER
Associação Nacional dos Divisar de 3 Canais Programação
Editores de Revistas.
para Sistemas de Som 32 Linguagem C na Eletrônica - parte 1... 52

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da edição. Não assumimos a responsabilidade por alterações nos preços e na disponibilidade dos produtos ocorridas após o fechamento.
DESCRIÇÃO GERAL através de uma câmera, as imagens gens geradas, desde que possuam a
serão reproduzidas em tempo real. senha de Login, uma vez que o compu-
o kit, Fig. 1, que é composto Pode-se também configurar o sis- tador hospedeiro do software assume
de rateado r, placa de videocaptura, tema para que dispare um alarme a função de um servidor de imagens.
conectores DB e rabicho para ligar no sonoro durante (ou após) a gravação Quando o acesso for remoto, via
computador, CD com software (versão do evento. Além de permitir o acesso conexão WEB, uma página permite
1.0.0.3) e manual operacional, tem a pela WEB, uma Intranet pode ser facilidades tais como: personalizar o
função de digitalizar sinais de vídeo formada, permitindo que usuários de logotipo WEB/cliente, ligar/desligar
composto gerados por até 8 câmeras uma rede LAN tenham acesso às ima- alarmes DTM, alterar 3 modos de
de CFTV. Estes sinais são convertidos
em trames por segundo (FPS) e a
cada varredura feita pelo roteador,
uma multiplexação é desencadeada,
formando assim os frames (quadros
de imagens). onde são mostrados
na tela principal do programa. O
monitoramento das imagens pode
ser feito individualmente por câmera
ou em conjunto de 4 ou 8, quando
acessadas localmente ou através
da Internet; a gravação é permitida
em qualquer câmera, em ambas as
situações.
O software possui a função Video
Motion Detection Technology (DTM),
que permite gravar imagens quando
movimentos são detectados, isto é,
atua como sensor de mudança de
quadro e registra as imagens com
data, hora e càrnera atuante. Quando
a gravação for feita pelo modo DTM, Figura 1 - Kit do Sistema Video Multiplex Digital modelo WEB Vigilante 11 Plus-2004.

ELETRllNICA TOTAL - N° 98, 2004


~.

. D~U:.
___ o ru
_ l~. ~~ I~

- Placa Vídeo-Aceleradora de 32 ROM de instalação em sua unidade


resolução de imagens, expor todas Bits. de leitura.
as câmeras (ou individualmente) e - Memória RAM com no mínimo 6 - Em Meu computador, abra
ligar/desligar a gravação de imagens. 256 M. sua unidade de CD ROM.
Outra ferramenta interessante é a - Placa de Som. 7 - Abra o arquivo WGinstala.exe
"máquina fotográfica" que, ao ser - Placa de Rede. e o programa será instalado automa-
acionada pelo mouse, tira fotos e - HD com 40 GB (para o caso de ticamente.
armazena num álbum, podendo estas gravações eventuais, não se aplicando 8 - Feche a janela WVIGI-
serem enviadas a outros aplicativos, em 24 horas contínuas). LANTE8.
ou pela Internet. 9 - Retire o CD.
Convém ressaltar que a quali- 10 - Reinicie o computador.
dade na transmissão das imagens INSTALAÇÃO 11 - Insira o CD, selecione Meu
dependerá da velocidade de conexão Computador e no drive do CD-ROM
oferecida ao servidor. É recomendável As etapas seguintes asseguram a abra PV-878P, surgirá a janela da
prover um acesso à Internet com altas instalação correta do Sistema Vídeo Fig.2.
taxas de transmissão. Multiplex Digital 2004, presumindo-se 12 - Clique em Avançar.
que o computador tenha a configura- 13 - Selecione todos os drivers
ção mínima recomendada e todos os para serem instalados e em Avançar.
REQUISITOS MíNIMOS upgrades do Windows2000:
1 - Insira a placa de videocaptura.
Para um bom desempenho do 2 - Insira o rabicho do conector DB9 WDM YJDEO CAPnIRA PY-aT878P

utilitário, o fabricante recomenda que ligando o plug Molex num ponto de [5tepacoteartemtodososato..s,~pN~
a instalação seja realizada num PC alimentação ( 5 V, 12 V e terra). d&C4It\l'"BT878.P•• ~oproc.essode~
ddl.omeY~,
com as seguintes características: 3 - Feche o gabinete do computa-
- Plataforma Windows 2000 com dor.
últimoservice pack-direct X8 ou 4 - Plugue os conectores do rotea-
superior. dor da seguinte forma: DB9 macho
- Processador Pentium 4 ou Celeron no rabicho de alimentação, DB25 na
com no mínimo 1,0 GB de veloci- porta paralela e o plug RCA na placa
dade. de vídeo captura.
- Placa-Mãe Off-Board (evite utilizar 5 - Ligue o computador, aguarde a
On-Board). inicialização do Windows e insira o CD

ELETRÕNICA TOT8L· N° 98/ 2004


14 - Clique em Siin nas próximas ela se transformará numa "mãozi-
3 perguntas. nha", o botão acenderá ligeiramente
15 - Retire o CD do drive. e um texto com a descrição da fer-
16 - Reinicie o computador. ramenta aparecerá na parte inferior
17 - Após reabrir o Windows, clique da janela. Botão aceso significa que
com o botão direito no ícone Meu a ferramenta correspondente está
computador e em Propriedades para
em seguida selecionar Hardware.
18 - Em Hardware escolha Geren-
ciador de dispositivos e siga com
c/ique em Controladores de som,
vídeo e jogo e no sinal + para expan-
dir o menu.
.i
disponível para utilização.

~
4 - Clique no botão Ajustes da
Placa de Captura e deixe
os parâmetros conforme
indicado na Fig. 4.
Figura 5 - Sinal de vídeo após os ajustes.

19 - Selecione BtTuner, WDM TV


Tuner e, com o botão direito, c/ique
para Desativar essa função.
20 - Feche todas as janelas aber-
tas.

CONFIGURAÇÕES BÁSICAS

Estas etapas serão muito impor-


tantes, pois elas determinarão as
condições em que o sistema executará
as tarefas programadas como, por Figura 4 • Configuração da placa de
vídeo captura. Figura 6 • Janela de configuração do
exemplo, comunicação WEB, senha,
Sistema.
nomeação das câmeras, configuração
da placa de videocaptura, etc ... 5 - Conecte uma câmera em
1 - Abra o aplicativo através do qualquer das 4 primeiras entradas 11 - Dentro do box WEB dê um
seu ícone. de vídeo no roteador. clique no botão URL para que o
2 - Com o surgimento da janela 6 - Clique no botão correspon- programa a identifique.
indicada na Fig. 3, digite MASTER em dente à entrada de vídeo (01 a 04) Obs.: a URL será o endereço de
Nome, MASTER em Senha e clique que recebeu o sinal da câmera. acesso ao servidor e o IP para acesso
no botão Confirme. Todo o quadro Observe que a imagem é apresen- WEB somente estará visível caso haja
interno da janela será dividido em tada e o LED da câmera em funcio- uma conexão ativa.
4 quadros menores contendo um namento acende no roteador. 12 - Permita, ou não, o acesso aos

i~
desenho padrão de barras coloridas " 7 - Nos botões comandos via WEB, digite o LOG e

E r ~;~:tt:.b~:~~
(BARRAS/COR). , : ! deslizantes logo senha.
" abaixo da imagem, 13 - Permita, ou não, o acesso ao

...
3 - Com o mouse percorra os
ícones dos botões à direita da janela. programa e altere a senha se desejar.
CO~~ 14 - Habilite Iconizar.
Note que, cada vez que a seta do ~
mouse passar sobre uma ferramenta, acordo com o 15 - Clique em SALVA e na seta
ambiente filmado e qualidade da para retornar.
câmera. Após os devidos ajustes, Obs.: Mais adiante veremos como
a imagem já estará sendo apresen- atualizar a versão do software.
tada, Fig. 5.
8 - Clique na seta
• p.aravoltar à janela prin- MONITORANDO
~ cipal.
9 - Clique no botão Con- As principais configurações que

_.--
"". ,
figuração do sistema e foram feitas até este ponto, são aquelas

-
j--.ClIí
...•. sua janela, Fig. 6, estará necessárias ao funcionamento inicial.
pronta para ativação dos Vamos agora tratar da parte de moni-
parâmetros. toramento local do sistema, portanto a
10 - Dentro dos boxes Local esta altura as câmeras precisam estar
Figura 3 • Janela apresentada na abertura Camera (01 a 08) nomeie todas as ligadas no roteador. Podemos seguir
do aplicativo. câmeras instaladas. os seguintes passos:

LETRÔI\lICA TCTRL - 1\1"98 / 2004


. I·- SEGUnAN(:/\ I LI J Il( ll\lll :/\

..1 - C/ique no botão que clique no botão "Mona Lisa"

[fj ativa/desativa a multiplexa-


ção. Observe que é desen-
cadeada uma varredura nos
(Qualidade de Imagens).
Sua janela, Fig. 7, será
aberta.
LEDS referentes às câmeras C01 a
C04 na janela principal e no roteador.
2 - Dê 2 cliques em cada um dos
quadros contendo BARRAS/COR ~ _ '.1:&.' J
,J-:-
para que as imagens geradas possam ••••••
i
ser visualizadas. 1.
, ,
"",., ,,'o
3 - No botão deslizante SYC, altere ~
~.::.i.;» 1",,'1,'. \l,'\'! \1
seu valor deslocando o cursor para a . " ,

direita ou esquerda e note a diferença


nas imagens formadas por movimen- Figura 8 - Janela Controle de Brilho.
tação (pessoas andando, carros em
movimento, etc.). 2 - C/ique no botão correspon-
dente a câmera para ajustar o brilho.
Observe que o número da câmera
1 SYC I 17
Figura 7 - Janela Qualidade de Imagens. selecionada aparece logo abaixo do
cursor deslizante.
Obs.: neste botão definimos a 2' - Escolha a câmera de menor 3 - C/ique em ATIVO e desloque
velocidade de varredura para a forma- definição, os ajustes feitos valerão o cursor para cima ou para baixo,
ção dos trames. Quanto mais rápida para todas as outras câmeras insta- observando a variação de brilho na
for, maior será a quantidade de trames ladas. imagem e seu valor configurado.
utilizados na formação da sensação 3 - No box Texto digite o nome da 4 - C/ique no botão equivalente da
de movimento. No entanto, se o valor empresa, instituição, etc ... câmera para utilizar o zoom.
for muito baixo, poderá ocorrer uma 4 - C/ique na seta do box Data
perda de sincronismo e a imagem Hora Estilo e escolha o formato da COI IL§CJ(. C03 H C04
ficará "pulando". apresentação desses parâmetros.
4 - C/icando no botão 5 - Repita todo o procedimento
[g
Habilite, ou não, a apresentação.
~ Modo "giramos" seqüencial- 5 - No box Ajuste Horizontal! de ajuste para as demais câmeras, e
mente o grupo de câmeras Ajuste Vertical, clique nos números ative, ou não, a ferramenta e clique
de 1 a 4, de 5 a 8 e para 8 e movimente o cursor deslizante para em SALVAR.
câmeras em visualização, e assim ajustar a posição do texto. Obs.: faça testes com filmagem
sucessivamente. 6 - Em Cor de Fundo opte por noturna ou em locais com pouca ou
Obs.: na eventual ocorrência de uma. Habilite ou não. muita iluminação. Esta ferramenta
defeito ou em situação da não che- 7 - No botão Fonte selecione: será muito útil principalmente em
gada do sinal de vídeo, é aconselhável Fonte, Estilo de fonte, Tamanho, filmagens noturnas. Uma vez ativada
a desativação do respectivo quadro Efeitos, Cor e Script. a função BRILHO, seu botão ficará
de imagens, bastando dar 2 cliques 8 - No cursor deslizante Qualidade com a "lâmpada acesa".
sobre ele para que seja substituído de Imagem, ajuste a imagem.
pela BARRAS/COR. Repita 2 cliques Obs.: o tamanho do trame deve ser
para reativar. configurado para o mínimo possível Manutenção
com uma imagem razoável. Valores Com esta ferramenta é possível
normais são ao redor de 8 a 10 Kb, se fazer ajustes no formato de gravação
CONFIGURAÇÕES AVANÇADAS o valor for muito alto, a transmissão das cenas, bem como visualizar suas

Após ativarmos o monitoramento,


via WEB ficará prejudicada, tornando
a visualização da página lenta. .:'::::":
unidades de destino.

[11]
1 - C/ique o botão Manu-
vamos configurar alguns parâmetros 9 - Clique em Salvar e retorne à :' tenção do Dispositivo, a
que servirão para se obter uma melhor janela principal. - tela gráfica, Fig. 9, indicará
qualidade nas imagens transmitidas os volumes utilizados e livres. As
pela Internet e fazer ajustes individuais letras C a Z mostram os diretórios
para adaptar as câmeras aos locais Controle Individual de Brilho selecionáveis para gravação.
sob monitoramento. 1 - Estando na janela 2 - C/icando em COMPRESSÃO
(') principal, clique no botão alguns parâmetros, Fig. 10, precisam
~V "Lâmpada" (Ajustes Indivi- ser configurados, são eles:
Qualidade de Imagem WEB duais). Sua janela, Fig. 8, CODEC - seleciona duas formas
1 - Estando na janela principal, será aberta. de compressão: MJPG ou MPEG.

u.r fHCJI\lICA TOTAL - N" 98/ ;::iÓ04


SE (jUR/\f\lCA ELETRÓNfCA~: .

l -~-- ------ - -- -- 3 - Habilite as câmeras que farão em clipboard, o arquivo poderá ser
, ..-oIIIIVOSDI!~""'O
as gravações. utilizado no Windows através de um
Obs.: No modo gravação imediata clique com o botão direito do mouse e
(feita através do botão Gravar), todas escolher a opção Clipboard.
as câmeras que estiverem habilitadas 6 - Se optar por salvá-Ia escolha a
realizarão as gravações. Para desa- opção Exportar, Fig. 12, e o arquivo
bilitar quaisquer câmeras, sem ter será gravado na pasta FOTOS,
que acessar seus botões, basta dar 2
cliques sobre as respectivas imagens,
substituindo-as por BARRAS/COR.
• E
Desta forma, não serão gravadas
imagens desnecessárias, Para habili-
tar gravação em determinada câmera,
Figura 9 . Tela gráfica indicando volumes dê 2 cliques sobre seu quadro corres-
livre e usado,
pondente,
I o

r--~- ~.- _.
[~.," "
FOTOGRAFANDO

Quando o sistema estiver monito- Figura 12· Destinando uma foto para
I ~1IAaJT_PIGRAVAR
rando, é possível fotografar cenas e
guardar as imagens para posterior
pasta FOTOS,

.J1 verificação. Siga as próximas etapas Obs.: o software grava o arquivo no

n-
1__ ~N M -: "_"_It __

para fotografar e lidar com os arquivos formato jpeg, caso você deseje outro
h
-gçp"" tipo de formato terá que abrí-Io, por
_24 gerados:
•••••••• ,,"'~+ 1 - Durante qualquer modo de exemplo, através do Paint, e salvá-lo
IITIIt
monitoramento, ao passar o mouse com outra extensão,
• 11I, . , , ... , . , .. + 7 - Caso queira sua inu-
sobre alguma imagem e for clicado
seu botão direito, a "mãozinha" é - tilização, clique no botão
transformada na imagem de uma "menos",
Figura 10· Parámetros para ajustar. 8 - O botão FT ativa um filtro
pequena máquina fotográfica.
2 - Clique com o botão esquerdo que selecionará as fotos tiradas por
Obs.: O Codec MPEG requer do mouse para tirar a foto desejada. data, assim,
muitos recursos, às vezes o tempo Um banco de dados (mdb) será criado
~ jauetr o de 700' ili se desejar
de compressão é maior que o tempo para armazenar suas fotos, , pesquisar os
que a placa de videocaptura leva para 3 - Clique no botão Album arquivos de
capturar uma imagem, gerando incor-
reções, Portanto, em sistemas com
{I+HlI e a janela CONTROLE DE
lmP EVENTOS mostrará a relação
uma deter-
minada data,
mais de 2 câmeras utilize MJPG, de fotos tiradas no formato de clique na seta
COMPRESSÃO - quanto maior miniaturas, Fig. 11. de rolagem
for seu valor, menor será a riqueza 4 - Clique em qualquer miniatura e alojada dentro
de detalhes, rio entanto se for baixo, a foto correspondente será visualizada do box DATA FILTRO, selecione-a
maior será o espaço requerido para o à direita com todas as informações. e clique no botão FT. O LED corres-
armazenamento. 5 - Se desejar colocar alguma foto pondente
ATAFl..TRO
COMPENSAÇÃO DE MOVI- acenderá
MENTO - quanto maior for o valor, 117102104 l!ll- com a cor
maior será o índice de movimentos vermelha e
registrados no frame formado. Com serão relacionadas somente as fotos
taxas menores, menor será esse daquele dia,
índice. 9 - Digite no campo OBS os deta-
VELOCIDADE DE EXIBiÇÃO - lhes da foto,
determina a velocidade de compres-
são no CODEC, portanto influi dire-
tamente na velocidade de exibição --
-
dos frames e no tamanho do arquivo
gerado. Os valores default desses
• x
Obs.: Uma excelente utilização
desta ferramenta poderia ser o cadas-
parâmetros são: 24 para MDTM e 1 tramento de pessoas que entram num·
para DTM, Figura 11 - Álbum criado para fotos, condomínio, teríamos as principais
informações no banco de dados. Caso dia são divididas em blocos de horas número 17, e, no box BLOCO MINU-
ocorrer fato anormal num determinado (00 a 23) e subdivididas em blocos TOS 4 blocos preenchidos da seguinte
dia, buscaríamos os arquivos das de minutos (00, 15, 30 e 45), e as maneira: 00, 15, 30 e X. Isto significa
pessoas fotografadas que tiveram gravações são contínuas até que o que há 3 gravações feitas às 17 horas,
acesso ao local na data do evento. operador as interrompa. respectivamente nos blocos 00, 15 e
Obs.: depois de decorridas 24 30 minutos. O bloco 45 está marcado
horas, os arquivos anteriores serão com o "X", portanto ele não possui
GRAVANDO substituídos pelos mais recentes, em gravação.
ordem crescente de horas. 2 - Para reproduzir uma gravação,
Antes de abordamos as etapas
utilizadas na gravação de eventos,
vamos definir alguns pontos impor-
r~]
.-.
1 - Na janela principal
acione o botão GRAVAR. O
Led GRAVAÇÃO começará
clique na hora e no bloco correspon-
dente ao minuto. Desta forma apare-
cerão as câmeras que realizaram
tantes para uma melhor compreensão a piscar e há a superposi- gravações.
3 - Clique no botão da
dos tipos de gravações permitidas
pelo sistema WEBVIGILANTE:
ção do quadro indicador Contador
de Frames. Este quadro, Fig. 13,
superposto à janela principal indica
r.t
~
câmera e no botão referente
ao Início da reprodução.
a) Convém ressaltar que não há
limite na quantidade de horas utiliza- o bloco em gravação (no exemplo, Os demais botões de comando
das no arquivamento das gravações. o bloco é 10:30, o minuto é 32 e a da reprodução têm as seguintes
O volume de arquivos gravados estará quantidade de trames gravados e funções:
enviados ao diretório EVENTOS).

o
relacionado ao número de dispositi-
vos configurados no sistema para Obs.: conferir periodicamente as Pausa a reprodução em
arquivá-Ios, que no caso, possui 23 câmeras configuradas na gravação, andamento.
unidades/diretórios disponíveis. para maior segurança.
Finaliza a reprodução
b) Um parâmetro existente
chama-se PRÉ FRAMES, nele defini-
mos quantos trames serão gravados
[!] atual.

antes do alarme ocorrer, quando Retrocesso rápido de 1O


forem gravados eventos em MDTM trames.
~
(Multi DTM).
Obs.: suponha que estejamos Avanço rápido de 1O
monitorando um objeto de arte numa trames.
~
sala de exposições e que a área
Reprodução Reversa após
formada por ele (definida na matriz
de sensibilidade) está ativada para
disparar o alarme no caso de alguém
Localizando Gravações Imediatas
Para localizar gravações feitas pelo
QJ 10 frames.

operador, siga as seguintes etapas: Salva Frame atual no álbum


toca-to, Com gravação sem pré-trs-
mes, as cenas registradas serão
aquelas ocorridas a partir do momento ~
1 - Clique no botão
EVENTOS. Surgirá a janela
[[J de fotos.

que a área foi violada, já com eles,


a gravação poderá ser a partir do
momento que o violado r entrou no
recinto.
~ com seus comandos dispo-
níveis, Fig. 14.
Observe que no box HORA
EVENTO aparecem vários quadra-
o Modo Zoom.

Exclusão ou relocar
c) Quando gravações forem feitas dos com um "X" e um apenas com o [ EXC gravação atual.
nos modos DTM e MDTM, é possível
estabelecermos a quantidade de
frames a gravar em cada modo. HO _ ALARME POR DTM/MDTM

As imagens digitalizadas são pro-


Gravação Imediata
Este modo de gravação é dispa-
J;ls
Media
cessadas por um algo ritmo que tem
a função de detectar movimentos
rado pelo operador do sistema em numa determinada área de cobertura.
duas situações: Forma-se uma matriz com no mínimo
1) Monitoramento Assistido - um -, 00;00 I 00;00
stLWOOIE CMWo
100 pontos em toda a extensão da
operador dispara a gravação quando imagem, e, para cada ponto é possível
observa algum evento e desliga em ~"':'.I!'.~ I!!!,
~~II!!!!II!!IIIIII!!II~~ estabelecermos um nível de sensibi-
seguida.
I M1INIBOI~Q _ ri ~~="--'-"'.;.;~ x lidade (1 a 9). Quanto maior for esse
2) Monitoramento 24 Horas - Figura 14 - Janela número, maior será a sensibilidade
nesta situação, as 24 horas de um CONTROLE DE EVENTOS. em alarmar a mudança do pixel.

ELETRÔNICA TOTRL· NQ 98/ 2004


~;I ( ~llf 11\Nr.1\ HJ·! nÕNIGl.4:

Resumindo, isso significa que 14 - Escolha o som e faça teste


podemos, por exemplo, filmar uma sonoro através do botão TESTE.
porta fechada, e, assim que alguém 15 - O som poderá ser habilitado
abrí-la e passar por ela, o evento será (ou não) imediatamente ao disparo
gravado e um aviso sonoro poderá em Iniciar c/Disparo.
nos alertar. Dois tipos de gravações Obs.: Caso prefira algum outro
por DTMs podem ser realizados pelo tipo de som, inclua o arquivo na pasta
sistema: WAVE.
a) Gravação em tempo real atra- 16 - Estabeleça em PRE FRAMES
vés do modo DTM - neste caso quantos trames serão gravados antes
somente uma câmera poderá ser do disparo do alarme MDTM.
acionada. 17 - Salve os parâmetros estabe-
b) Gravação exibindo imagens Figura 15 - Janela de ajustes DTM. lecidos completando os ajustes nas
multiplexadas - neste caso todas as demais câmeras.
câmeras poderão estar configuradas,
e o modo será MDTM (Multi DTM).
Obs.: neste modo a quantidade Ativando Alarme OTM
de trames exibidos na visualização e 1 - Na janela principal, selecione
gravação será menor quanto maior for o tipo de alarme através do botão
o número de câmeras gravando. DTM.
Para uma melhor compreensão do 2 - No box DETETORES DE MOVI-
processo necessário à configuração e MENTO clique na câmera desejada
operação da função alarme através e sua Imagem
das câmeras, dividiremos a parte ficará ampliada ':;'-'r':;~ri,~ir.:-r::"1r::-..
operacional nas sequintes etapas: através do ~~i=!!~I=!JIr.:IlI~'"
1 - Estando na janela comando zoam.
..., principal, clique no botão Figura 16 - Janela Matriz DTM. Ocorrendo
~"'" Ajustes do DTM e a janela violação do local sob vigilância, o
indicada na Fig. 15 será apresen- a tarja amarela VlOILANCIA quadro Indicador de DTM, ficará
tada. VIGILÂNCIA superposto à janela principal até que
3 - Selecione a câmera a configurar mudará para a gravação da quantidade de frames
com um clique sobre seu número. vermelha MOVI- MOVIMENTO estabelecida se complete.
4 - Determine qual Matriz será MENTO.
utilizada em X e Y (o programa entra 10 - Os Filtros destinam-se à l!ll t.I o'. 1'. II '. II I
em 10x10, que é igual a 100 pontos compensação e compatibilização dos , ••••••••••••••••• 11I11I11
de sensibilização). O sistema permite alarmes com a iluminação do local
até 20x20=400 pontos. vigiado com DTM oU MDTM. Devem Obs.: Uma gravação poderá ser
5 - Clique nos ser utilizados em caso de absoluta interrompida, passando-se o mouse
{ Simular' ~] botões Simular e necessidade, caso forem aplicados em sobre o tubo de progresso e nele
Matriz, a janela todas as câmeras, haverá redução na dando 1 clique. Será gravada a quan-
.: Matriz
(. _
1 Matriz DTM, indi- velocidade de captura das imagens. tidade de trames até a interrupção
. cada na Fig. 16, 11 - Em Número de Frames a do andamento .
ficará disponível para marcar os Gravar, passe o mouse sobre o botão
pontos formados, que, ocorrendo que indica a quantidade de trames (o
movimento, acionarão o alarme. valor mínimo para ambos os modos é Localizando Eventos DTM
6 - Indique o valor de Click Nível de 30 trames) e clique para alternar A forma principal de localizar os
(1 a 9). Este valor determinará a entre MDTM ou DTM. arquivos gerados por alarme DTM é
sensibilidade ao movimento. 12 - Desloque o cursar para indicar acessar diretamente a listagem criada
7 - Clique no botão Ativar e todos quantos frames serão gravados. pelo software. Nela, os eventos são
os pontos serão configurados com o Obs.: uma vez gravada a quan- gravados tendo como parâmetros
valor determinado anteriormente. tidade de trames estabelecida, o principais o número da câmera e a
8 - Em global Nível podemos sistema reseta e o sensor estará ativo data do evento. O filtro poderá ser
aumentar ou diminuir ao mesmo novamente, ou seja, vários registros ativado para especificar determinada
tempo todos os pontos da matriz. poderão formar uma cena completa data, e, uma listagem será apresen-
Feito isso, clique OK. de evento. tada, relacionando as câmeras e
9 - Faça testes de movimentos 13 - Clique nos botões Som e os horários em ordem crescente. A
na câmera ajustada. Ocorrendo movi- ABRIR para visualizar a pasta WAVE outra forma é feita fora do aplicativo,
mento dentro da área marcada, com os 23 sons disponíveis. acessando a pasta DTM.

~TRÓNICA TOTRL - N" CIO.' ;-'[J(J4


. SEGURANCA ELETRÔNICA

1 - Abra a janela de EVENTOS. do subdiretório Alarmes, dar 2 c/iques


2 - Clique sobre o arquivo desejado e aguardar
) MODO EVEIITO no botão ALMI sua abertura pelo Windows Media
I I DTM I REL, disponível Player.
>===MD=T=M=={j no box ARQUI-
VOSeem DTM,
~ J[~-
RELOCADOS~ disponível no Ativando Alarme MDTM
box ALARMES .. 1 - Na janela principal selecione 4 - Uma vez desativado o alarme,
Uma listagem o tipo de alarme através do botão o número da câmera ficará vermelho.
DATA FILTRO fornecerá os MDTM. O box referente à ativação Clique no botão, aguarde sua cor
! arquivos. MDTM das câmeras ficará sobreposto mudar para preto e c/ique novamente,
3 - Selecione ao box DTM. Observe que estão assim o alarme será desativado.
DESLIGADO
o evento utili- dispostos vários quadradinhos com 5 - Durante o estado de alarme
ativo é possível reconfigurar a matriz.
I
FILTRADOS 5
zando a barra
de rolagem e
o número O em seu interior; cada um
deles representa um botão de acio- Clique no LED da câmera desejada
clique no qua- namento de determinada câmera. e a janela Matriz DTM lhe permitirá
ARQUIVOS
dradinho ama- 2 - Passe o mouse sobre a câmera fazer os ajustes necessários.
!' IE~
ALM I REL relo correspon- desejada e clique para ativá-Ia. O
GJCIJ0 dente. O pri-
meiro trame do
número que a representa ficará com
a cor vermelha. Localizando Eventos MDTM
evento será mostrado no quadro Procedimento semelhante ao ante-
central. Para iniciar, c/ique no botão rior, porém acessando os arquivos
Início da reprodução. por intermédio do botão MDTM. Para
explorar arquivos fora do aplicativo,
-
l1/tZ. t6:51 ICAMERAIt IALA_DTM ~ acesse a pasta MDTM em Alarmes.
POIITÃO 01
I t7 .• Z ~ t6:5a
PORTAO
11 CAMERAIt O I(
11 ALARME DTM
ACESSANDOIMAGENS
I t7I1Z:
PORTAO
15.:5' " CAMERAtt " ALARME DTMO IJ REMOtAMENTE

I t7!02 ~1i:Si II CAM'RA01 O/


11 ALARMf DTM
Há duas maneiras de acessar
remotamente as imagens geradas
PORTAO

11 CAMERA01
Enquanto estiver com esta cor pelo servidor: a primeira é numa
1"I1Z :.":56 11 ALARME DTM /
POIITAO oh~ estará ocorrendo a "reconstrução" Intranet e a segunda é pela Internet.
dos pré-frames do alarme atual, após Ambas apresentam aos usuários a
Qualquer câmera que tenha gra- isso a cor ficará preta, indicando que mesma página contendo os comandos
vado eventos, seu botão correspon- os sensores estão ativos. No disparo previamente habilitados (ou não) na
dente estará ativo com a denominação do alarme, a gravação terá início e configuração do box WEB.
FC + número (FC01 a FCOa), onde o LED da câmera acenderá com a Em URL ( Unitorm Resource Loca-
FC indica que o filtro está ativo para cor amarela. Os trames gravados tors) é definido, pelo programa em
aquela câmera. Isto significa que serão indicados dentro do botão sua inicialização, o endereço IP do
podemos acessar todos os eventos correspondente. computador (servidor) que recebeu
gravados por aquela câmera. Outra o software. Esse número deverá ser
forma de localização é através do box fornecido pelos usuários, quando
DATA FILTRO. forem acessar o servidor de imagens.
4 - Passe o mouse sobre o texto Quando do acesso por terceiros, caso
DESLIGADO e mude-o para LIGADO, haja interesse, o serviço disponível
clicando-o. O LED correspondente em seu Provedor que é DNS (Domain
acenderá com a cor amarela.
5 - Clique no botão com a data
@J~[~]!~~~0~ Name Service), poderá ser utilizado
mais um dos recursos do programa,
liiiJ l!ii!I [ii!J OI-II!il1i!!) li!!)
para abrir o calendário e escolher o 04 que é a substituição do logo do fabri-
dia dos eventos. cante (arquivo security. gif) pelo logo
6 - Clique na câmera desejada 3 - Só é possível desativar um da instituição que adquiriu o sistema,
para ativar o filtro e selecione o evento alarme após o término da gravação, assim terceiros que venham acessar a
a reproduzir. para isso c/ique no botão da câmera páqina encontrarão correspondência
7 - Para reproduzir uma gravação a desativar, durante o processo de do nome da empresa, consultório de
DTM sem que o aplicativo esteja ativo, gravação, e uma mensagem de alerta profissional liberal, etc ..., com o site
acesse a pasta DTM, que está dentro lhe dará esta opção. criado.

ELETRÔNICA TOTAL - N° 98/ 20


Siga as próximas etapas para 2 - Clique nos botões WEB- Segundo o fabricante, a próxima versão
configurar e operar a conexão WEB, CAMERA para checar as demais terá a seguinte ferramenta:
não se esquecendo de providenciar câmeras. -8 portas dispo-
uma conexão do tipo Speedy Banda Obs.: Caso alguma câmera I ALM.~T. níveis para entradas
Larga para obter o melhor desempe- esteja desativada, sua imagem será e saídas de alarmes
nho na transmissão das imagens: substituída por BARRAS/COR. externos, incluindo o
3 - Para visualizar outra URL, protocolo X-10 para
1 - Estando na janela prin- digite seu endereço no campo URL. comunicação.
cipal, c/ique sobre o botão Características Atuais Obs.: com esta ferramenta pode-
Servidor de WEB. O LED mos, por exemplo, acionar lâmpadas
correspondente acenderá na e outros dispositivos elétricos, quando
cor amarela (no momento em que ocorrerem alarmes de DTM.
uma conexão for estabelecida, sua
cor ficará verde) e o led FRAMES
piscará toda a vez em que ocorrer REGISTRO O SOFTWARE
acesso às ferramentas do sistema, Após a instalação do software,
e tão mais rápido quanto maior o o usuário terá um prazo de 30 dias
número de acessos. (avaliação) para entrar em contato com
3 - A página aberta pelo usuário o suporte do fabricante e registrá-Io,
ficará semelhante à indicada na Fig. caso isso não ocorra, automaticamente
17, porém ainda com o logotipo do
fabricante. Observe que substituímos
o arquivo security.gif por um novo Na versão apresentada, o pro-
:.1
não será mais possível utilizar o utili-
tário. Deverá clicar no botão
_' Diálogo e fornecer a chave de
com as mesmas dimensões. grama permitia a utilização das registro ( número apresentado no
4 - Para proceder à substituição seguintes ferramentas: box de diálogo). Receberá um E-mail
do logotipo, busque seu diretório « a -as duas séries de telas contendo a contra-senha que deverá
C:\WEBVIGILANTE\WEB\ com 4 câmeras, ou seja, de 1 a 4 ser digitada num dos campos do box.
PICTURES\security.gif e troque-o e 5 a 8; a série completa com as 8 Na conclusão do procedimento o pro-
pelo personalizado. câmeras; grama irá gerar um novo boxde diálogo,
-3 tipos de amplia- Fig. 19, já devidamente registrado e
ções definindo a personalizado.
resolução da cá-

1
CAIIIEMS

2
mera visualizada;

3
-monitoramento
individual de cada

-- ltEB l/üIbra

c.....,• ....,.~
•..•....~~--
I s..-~~~~~-f
-
2DfU

---

câmera;
4 ~ 5-" S
Figura 19 • Box indicando que o registro
1 I' ÍI# foi realizado.

-seqüencial C CLU O
das 8 câme- Sem dúvida nenhuma, os sistemas de
3 ras com gravação de vídeo aplicados em Segurança
opção de 3 Eletrônica cada vez mais se baseiam na utiliza-
velocidades; ção de microcomputadores pessoais, colocando
Cheeando a Conexão WEB o aplicativo disponfvel numa rede LAN ou na
3
aciona- Internet. Quem não gostaria de monitorar sua
Esta ferramenta tem a função de
mento de residência via Internet, ou mesmo disponibilizar
chamar a URL através de uma outra
DTMs nas os controles em vários computadores de uma
porta de comunicação, com o intuito
câmeras; empresa, tendo a opção de gravar e tirar fotos
de certificar se o site está conectado 11
de cenas ou eventos anormais?
ou ott-tine. disparo/inter- A cada dia surgem novos equipamentos e
1 - Estando a página .••••...,==.-4' rupção da grava- programas que permitem tais facilidadescom

W:.
WEB conectada, vá até a •......
~~-' ção de eventos. graus diferenciados de precisão: um exemplo
janela principal e clique deles foi o sistema descrito neste artigo.
no botão "Livro Aberto" Característica Futura Esperamos ter contribuído mais uma vez com
(Visualizar Conexão Web). Apesar de apresentar a o leitor, colocando-o a par das novidades na
A janela, Fig. 18, visualizará imedia- ferramenta na página criada, área da Segurança Eletrônica, disponfveis no
tamente as imagens da câmera 1. ela não está ainda disponível. mercado nacional.
MICROCONTROLADORES
PI COICAS PARA MONTAGENS
COM SUCESSO
MárcioJosé Soares

Sempre que possível, trazemos


até o leitor alguns projetos sobre
Autornação empregando microcon-
troladores PIC da Microchip. Porém,
muitos leitores nos escreveram com
dúvidas de como utilizá-Ios, ou seja,
como proceder para inserir o pro-
grama nestes componentes. Neste
artigo abordamos alguns pontos
importantes, que permitirão que o
leitor obtenha sucesso nas montagens
com microcontroladores.

MICROCONTROLADORES

Na década de 80, quando a Intel


lançou o seu microcontrolador 8051,
ela não poderia prever a revolução outros) possui apenas a CPU (Uni- dos e realizando a leitura dos da-
que a Eletrônica sofreria. Muitos dade de Processamento Central), dos e ativando as portas (I/Os) ou peri-
fabricantes como Motorola, Hitachi, ALU (Unidade de Lógica e Aritmé- féricos, de acordo com o programa.
National, e outros, trataram logo de tica), linhas para dados, linhas para
lançar o seu. Muitos desses preferiram endereços e linhas para controle e
apenas "clonar" o microcontrolador acesso de memória externa (WR, RO, AlU
Intel, outros não. E a partir disto, então, REFRESH, HALT, etc.), os microcon- A "Unidade de Lógica e Aritmética"
muitos outros microcontroladores troladores têm tudo isso e mais os realiza todos os cálculos que envolvam
surgiram. E a evolução não pára, a periféricos para comunicação serial, valores e ou lógica para tomada de
cada ano um novo microcontrolador timers, Watchdog Timer, Osciladores, decisões. Ela é controlada pela CPU.
é lançado.(Figura 1) l/Os (portas para o acesso ao mundo
Antes de tratarmos sobre rnicro- exterior), etc. Veja na figura 2 a
controladores, é necessário que o estrutura básica desse componente. VOs
leitor compreenda a diferença entre As linhas de I/O de um microcontro-
um microprocessador e um micro- lador são responsáveis pela "entrada" e
controlador. Um microcontrolador CPU "saída" do mesmo. São os "braços" do
basicamente é a integração de um A CPU ou "Unidade de Processa- microcontrolador. Podemos "inserir" um
microprocessador com outros periféri- mento Central" é responsável por todo determinado dado ou evento através
cos. Enquanto a maioria dos micro- o processamento de dados do micro- delas, e responder (saída) também
processadores (Z80, Pentium's e controlador, interpretando os coman- através das mesmas.

t;lETRÔNICA TG:8L - N° 98 2JCl~


COMO INSTALAR
O COMPILADOR MPASM
Microcontrolador
O MPASM é um compilador for-
necido gratuitamente pela Microhip.
Este compilador pode ser obtido
gratuitamente no site :;
www.microchip.com/
d own Io ad/too Isi a rc h ive/othe ri
asm21500.zip
O compilador disponível roda em
ambiente Windows 95/98/Me/XP e
se apresenta na versão 02.15. Sua
instalação é extremamente simples.
Basta o leitor descompactar o
arquivo ASM21500.ZIP em uma
pasta qualquer como, por exemplo,
"C:\MPASM'.
Após descompactar o arquivo,
ele deverá criar um atalho na sua
Figura 2 - Estrutura básica de um microcontrolador. área de trabalho, utilizando o botão
direito do mouse clicando em "Novo-
PERIFÉRICOS um microcontrolador, é necessário Atalho". Isso feito, entre em "Linha
Os periféricos são circuitos, geral- entender um outro ponto muito impor- de comando" com "C:\MPASM\
mente independentes, que permitem tante: MPASMWIN.EXE" e em seguida
maior flexibilidade ao microcontrola- clicar em "Avançar".
dor. Os tipos e números presentes Um microcontrolador é um dis- A partir desse momento, o com-
variam muito de acordo com o modelo positivo programável e que, por- pilador MPASMWIN estará instalado
e fabricante do microcontrolador. tanto, não realiza tarefa nenhuma e pronto para ser utilizado.
Os periféricos mais comuns, sem a presença de um programa
encontrados nos microcontroladores executado internamente no
modernos, são: mesmo. Arquivo ASM x arquivo HEX
USARTs - comunicação serial Como dito anteriormente, os
RS-232. Sendo assim, devemos entender microcontroladores dependem de
AIO - conversão Analógico I Digital. que, se montarmos um projeto qual- um programa que será inserido na
Portas 12C- comunicação "2 fios". quer com um microcontrolador e memória do microcontrolador. Este
Permitem interligar mais microcon- não inserirmos neste o programa programa pode ser montado em
troladores para a realização de que controlará o circuito, nada irá um editor de textos comum como
tarefas mais complexas. funcionar! Também podemos concluir o "Bloco de Notas" do Windows
Timers - permitem maior flexibili- que, para cada circuito, existirá um ou mesmo no "Edit" do DOS e gra-
dade em operações onde necessi- programa próprio desenvolvido para vado com a extensão ASM. Ou seja,
tamos de temporizações. operar as linhas de I/0s e periféricos o arquivo ASM é, na verdade, o
Watchdog Timer - O "cão de do microcontrolador de acordo com arquivo-fonte, montado com "mne-
guarda" vigia o processamento da o projeto (idéia inicial de funciona- mônicos" da linguagem ASSEM-
CPU e opera separadamente desta. mento). BLER e que, portanto, precisa ser
Se o programa se perder, o "WDT' Esta relação é importante no compilado gerando uma seqüência
reinicia a CPU evitando travamen- mundo dos microcontroladores: de códigos binários que o microcon-
tos. =
Hardware + Software Projeto trolador possa entender, o arquivo
Osciladores - Os microcontrola- Pensando assim, temos então HEX.
dores necessitam de um "clock" três etapas (regras) a seguir em uma É ai que entra o compilador. Um
(relógio) interno. Sem estes, ele não montagem com microcontroladores: compilador nada mais é que um
funcionaria. - montagem do circuito eletrô- programa que transcreve um código-
nico fonte em um código-objeto.
- compilação do código fonte Usando o MPASM
HARDWARE E SOFTWARE - gravação do microcontrolador. Para facilitar o que será dito a
Estas três etapas são fundamen- partir de agora, disponibilizamos
Agora que compreendemos um tais para o perfeito funcionamento do em nosso "site" (http://www.eletro
pouco sobre a estrutura física de circuito (montagem). nicatotal.com.br) na seção "down-

ELETRÕNICATOTRL· Nº 98/ 2004


Nota: a leitor notou que durante
ILI -'I -- I Icf"'í'í""@=="'"'=- __
-.. _.--
-'I--í
a compilação de testes duas men-
.."...
Option< Option<
•...•.
r.- ~!-'

-
•••• 0uIIpuI ~~ ••••. 1ilx0ulpul a.n.n.d F"4et"
"""" q!1!!!!!! sagens torarn : emitidas com o
,..- r""""
~~~
go.e..
rlNl-C4U
P"EmJr"'-'"
Qu.Re
r .••_ roOlbAl
r~
PEnorFil
í?1..IItf1e

,.."""' ro.a..o seguinte dizer: (veja o arquivo


,..-" ("~MdEJKn

r ••••••
"""
rNNS
r tHOl
rOuufWMla~
rObt.aF •••
r"""
r~III'ICIEIn)f1;
rEmnOo/y
r"fHqIS
rND02
rClon~R.
rOb,KlF-.

..•... LED.ERR)
""""-
~"""" rOn
0_ ~sor~

Message[302]: Register
r 0' TobS~•. ~
rOI r",
-- LI --'1 ~~ LI -JI in operand not in bank o.
~.,.-Ip •....•.•.•.
"'.,. ~ ~ "-As_1 ç ••••••••••~... ~
Ensure that bank bits are
. o.....dtlOMll •••••••••••••. S_cvrMMIÕ'lgttoMPI...iB.f.iIofiII!'''.ernb6IIDtBal correct .
, Figura 3- MPASM Win em execução. ' 'Figura 4 • MPASM Win pronto para compilar. Esta mensagem está alertando
que o registrador ''TRISA'' não está
load's" um programa-fonte para micro- MI'ASM .01.15 E3
controladores PIC com o nome
LED.ASM. a leitor deverá utilizar
"'..-..,S_ lfD.ASM
no banco "O" da memória e pede
que o usuário verifique se trocou
para o banco correto, antes de
este programa para os exemplos que
executar esta operação. Duas linhas
daremos a seguir. Grave-o no mesmo Enora:: o
w_ de programa acima, é possível ver
subdiretório do MPASM ou em outro 5__ oo
A~ o comando:
subdiretório qualquer.
M_
o3 bsf STATUS,RPO
Para compilar um programa 5__
A~

(código-fonte) utilizando o MPASM ••••••• ~ 230


Este comando muda do banco
o leitor deverá executá-Io (clique no rr7~1 ?l:!elp "O" do PIC para o banco "1",
atalho gerado). Veja a figura 3.
onde se encontra o registrador
Em "Source File Name" o leitor Figura 5 -Compilação com o MPASM - "TRISA". Algumas linhas abaixo,
deverá entrar com o nome do arquivo sucesso.
temos o retorno ao banco "O" com
"ASM' que desejar compilar (para
o comando:
nosso exemplo, LED.ASM). a botão ser levado em conta pelo leitor. Muitas
bcf STATUS,RPO
"Browse" pode ajudar a encontrar o mensagens e alertas podem ajudar,
arquivo. Ele abrirá uma tela de procura pois informará que algo poderá dar
Portanto, a mensagem não é um
para arquivos com a extensão ASM. errado. Para verificá-Ios, basta abrir o
aviso de erro, mas sim um alerta ao
a "setup" do MPASM Win não precisa arquivo LED.ERR, no mesmo subdi-
usuário de que algo poderá estar
de ajustes, pois traz as configurações retório onde o leitor gravou o arquivo
errado. É preciso ter o máximo
"default". fonte ASM. a arquivo com extensão
de atenção a toda e qualquer men-
Na opção "Processor", o leitor "ERR' é gerado após a compilação e
sagem do compilador, pois o pro-
deverá selecionar o microcontrolador contém todas as mensagens de erro,
grama poderia não funcionar cor-
com que deseja gerar o código HEX. alertas e outras, informando também
retamente. Porém, este não é o
Por exemplo, se o leitor estiver mon- o número da linha onde o problema
caso. Já tomamos as precauções
tando um projeto com o PIC16F84A, foi encontrado pelo compilador. É
necessárias para as troca e retorno
deverá selecioná-Io. Se a montagem através deste arquivo que o leitor
dos bancos de memória.
for com outro modelo, deverá escolher verificará quais os erros ou, avisos
na lista o modelo pretendido. Para do compilador e realizará as even-
o programa LED.ASM, selecione tuais correções, se necessário, no
PIC16F84 (este é o microcontrolador programa-fonte "ASM' (programa não COMPILAÇÃO X
para o qual o programa foi desenvol- compilado ou com problemas). PROGRAMA RODANDO
vido). Veja a figura 4
Agora basta clicar em "Assemble" a fato de um programa compilar
e observar os resultados. A tela deverá
MI'ASM v07.1~ E3 não quer dizer que o mesmo deva
Erro••: Found.
parecer com o demonstrado na figura funcionar corretamente. Se o leitor
lfD.ASM
5. A indicação do número de mensa- verificar o BaX, verá que o compilador
gens de erro (Errors), alertas (War- emitiu uma mensagem de aviso. Faça
EnOft: 1
ni'lgs) e mensagens (Messages) esta- w....w-:
5 __A~od O
O
uma experiência e marque as linhas
rão disponíveis nesta mesma tela. no progrartla LED.ASM que tenham a
Se ocorrerem erros, o programa M_ seguinte instrução:
u.-~
R~od 3
não será compilado e, ao invés de uma S<woned: O
; bsf STATUS,RPO
230
barra verde, o leitor verá uma barra a ponto e vírgula na frente das
vermelha (figura 6). Já se houver I .,f OJ( ? l:!elp linhas de comando transformou-as em
algum alerta, ou mesmo mensagem, Figura 6 -Compilação comentários e estas serão ignoradas
o programa será compilado. Isso deve com o MPASM - falha. pelo compilador. Salve o programa

ElETRÔNICA TOT8L· N 98
C
2004
" ,,' MICROCONTROLAOOR

e compile-o novamente. Surpresa! tudo depende do modelo escolhido. um dispositivo qualquer (circuito) com
O programa foi compilado, mas com Abaixo listamos alguns modelos e microcontrolador.
toda certeza não funcionará, pois os fabricantes para que o leitor possa, se - O programa é sempre específico.
registradores TRISA e TRISB definem for o caso, escolher qual o que melhor Não é possível utilizar o programa
as portas de I/O como entrada ou atende as suas necessidades: LED.ASM no projeto Irrigador de
saída, dependendo do que for inserido Tomadas de preço feita em Jardim da edição nº 94 de setembro/
nestes. Como nada foi inserido, pois 03/01/2004 através das páginas dos outubro de 2003 e vice-versa.
os mesmos não foram acessados fabricantes - O compilador "traduz" o programa
através do banco 1, o PIC ao ser O leitor também poderá montar (código-fonte ASM) para um código
ligado irá iniciar suas portas no modo seu próprio gravador. Na Internet binário que o microcontrolador será
"default", ou seja, todos os pinos de existem muitos projetos que podem capaz de interpretar. Esta tradução
1/0 estarão definidos como entrada! ser experimentados. São dados tanto gera o arquivo com extensão "HEX'.
Se o seu projeto dependia de o circuito para montagem, quanto o - O arquivo com extensão "ERR"
"saídas", então ele não funcionará programa para controlar o gravador. contém os erros de compilação, se
corretamente. É necessário compre- Lembrando que o suporte sobre estes existirem, referentes ao código fonte
ender então que um compilador pode é de responsabilidade de seus autores "ASM".
no máximo emitir erros de sintaxe, e não desta Revista. - Para gravar um microcontrolador,
avisos e alertas sobre funções inexis- Para gravar precisamos de um é necessário um gravador (equipa-
tentes e outras duvidosas'. Contudo, arquivo com extensão "HEX'. Este mento). Ele é ligado ao PC através da
ele não é eficaz contra erros de lógica arquivo é gerado após uma compila- porta serial, paralela ou outra qual-
de programação. Ele não pode dizer ção com sucesso. No nosso exemplo, quer e controlado por um programa
se seu programa vai funcionar ou não! o arquivo a ser gravado teria o nome desenvolvido para este fim. O arquivo
Procure compreender isso! LED.HEX (arquivo objeto, resultado a ser gravado no microcontrolador
da compilação). tem extensão "HEX".
Bastaria, agora, que o leitor exe-
COMO GRAVAR cutasse o arquivo que gerencia o
QUAL GRAVADOR ESCOLHER seu gravador, configurasse-o (tipo do CONCLUSÃO
microcontrolador, tipo do oscilador,
Após compilar seu programa, o fusíveis, etc.) de acordo com o des- Para um leitor mais experiente
leitor precisará gravá-Io no microcon- crito por cada fabricante e abrisse no mundo dos microcontroladores,
trolador em questão. Para isso é o arquivo LED.HEX. Então, com o nada do que foi dito neste artigo é
preciso um dispositivo de gravação. microcontrolador inserido no gravador, novidade. Todavia, muitos são os
Este dispositivo ou equipamento é um executasse o comando "Gravar" e que ainda não compreendem este
"hardware" ligado à porta paralela pronto! O leitor teria um microcon- fascinante universo. Nosso intuito
ou serial do PC que, comandado trolador gravado pronto para ser é trazer uma luz no "fim do túnel"
através de um programa específico, utilizado. para servir como guia para que
irá inserir o arquivo compilado no os menos experientes possam
microcontrolador. começar a trilhar este maravilhoso
RESUMO caminho. Nas próximas edições
Obs.: Hoje, já existem gravadores discorreremos um pouco mais
e emuladores p'ara portas USB. - O programa (código-fon.te) é
um arquivo com extensão "ASM' e sobre outras ferramentas para
Cada gravador do mercado possui contém os comandos com a lógica microcontroladores. Até lá!
seu próprio programa para operá-to, necessária para o funcionamento de

Modelo Fabricante Dispositivos Preço


PICSTART Microchip Grava todas as famílias US$199,OO
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PROPIC 2 Tato Equipamentos Grava as famílias 12C, 16C e 16F R$350,QO
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McFlash Mosaico PIC12F629, PIC12F675, PIC16F630, PIC16F676, PIC16F627,PIC16F627A, PIC16F628, R$ 99,00
PIC16F628A, PIC16F648A, PIC16F630, PIC16F83, PIC16F83A, PIC16F84A, PIC16F818,
(www.mosaico-eng.com.br) PIC16F819, PIC18F1220, PIC18F1320, PIC16F72, PIC16F73, PIC16F76, PIC16F870,
PIC16F872, PIC16F873, PIC16F873A, PIC16F876, PIC16F876A, PIC18F242,
PIC18F248, PIC18F252, PIC18F258, PIC16F74, PIC16F77, PIC16F871, PIC16F874,
PIC16F874A, PIC16F877, PIC16F877A, PIC18F442, PIC18F448, PIC18F452, PIC18F458

McPlus Mosaico Grava todas as famílias R$199,OO


(www.mosaico-eng.com.br)
* o valor consultado é F.O.S, sem impostos e taxas de importação.

ELETRÔNICA TOTFlL· Nº 98/ 200Li


O CIRCUITO o PROGRAMA HABILITAÇÃO. Caso ela se encontre
no nível alto, o programa não testa
A figura 1 mostra o diagrama o programa começa configurando: os pulsos recebidos, e sim o pino
esquemático do controle para motor os pinos de entrada/saída, memória PULSO. Se ela se encontra no nível
de passo baseado no microcontrola- RAM, o timer 1, as interrupções e baixo, então o programa testa os
dor MC68HC908GP32, da Motorola. depois entra no bloco principal. A pulsos recebidos no pino PULSO.
Este circuito permite controlar a figura 2 exibe o fluxograma para o Com o pino PULSO no nível baixo,
velocidade e o sentido de rotação controle do motor de passo. o programa entra na rotina rotation,
do motor. Quando se entra no bloco principal, onde é testada a linha ENDEREÇO
Para controlar o motor são usadas o programa testa a linha do sinal para conhecer o sentido de rotação
as seguintes entradas:
PULSO: Controla a velocidade.
Para cada pulso recebido, o motor HABILITAÇÃO ENDEREÇO PULSO
dá um passo.
H~---o+5V
ENDEREÇO: Seleciona o sentido
R3 + Vcc
de rotação.
R4 10 kQ (Tensão
HABILITAÇÃO: Habilita a entrada o
de pulsos no pino PULSO. o
t-
10 kQ r-:-=---------. nom.do
a.. 10 motor)
Os motores de passo mais comuns
são os de 4 fases, monopolares, 1 18 2B
~ PTB3 ~
que podem ser controlados por um 2 17 2A
seqüência em onda, em potência ou
em meio passo. Este circuito usa a
seqüência em onda (wave).
õ~
~
••. c:o
PTB2
PTB1
PTBO
3
4
~~
õ~
-I
:;)
16
15
18
1A O
:J ô ~ Ô
Para a etapa de potência foi usado ~ .•.. o~ Motor
a..~ «:J
~a.. de passo
o circuito integrado ULN2803, que ~O
««~ C\Jo~

possui 8 transistores Darlington (50 OOO() ()~~(/)


ooo(/) (/)(/)(/)(/)
V/500 mA) com seus respectivos »>0 O»>
diodos de proteção contra picos de
tensão inversa. Para o desenvolvi-
mento deste circuito foram utilizados
motores de média potência. Caso
sejam empregados motores de maior
potência, será necessário mudar a
etapa de potência, colocando dispo-
sitivos (amplificadores) de acordo com
as necessidades.

RÔN1CATOTRL· N" 98 2004


selecionado. Dependendo do sentido Para acessar tabelas de cons- Table,X onde se acessa o dado (byte)
de giro, a variável ponteiro pTable, tantes, como a usada neste pro- da tabela etiquetada como Table,
que controla o acesso à tabela de grama, a família de microcontrolado- mais, o offset (pTable) previamente
dados constante é incrementada ou res 68HC908 possui um registro cha- armazenado no registro X. Assim
decrementada. mado X. Este registro de 8 bits serve incrementando ou decrementando a
Observe que, quando o ponteiro como um offset de deslocamento, variável usada como offset (pTable)
pTable é incrementado, o programa quando se executa a instrução de se consegue acessar a tabela e gerar
testa se chegou a 4, ou seja, a última busca na tabela. As seguintes linhas as seqüências respectivas para con-
linha constante da tabela mais uma. de código executam esta tarefa: trolar o motor de passo. Este mesmo
Se o ponteiro chegou a 4, o programa procedimento é empregado numa
o recarrega com zero (O). Este mesmo _Search: ;Este procedi- grande variedade de aplicações com
mento gera os
teste é realizado quando o motor gira passos. microcontroladores.
em sentido contrário. Nesse caso, se LDA pTable ,Carrega o As linhas seguintes de código
testa quando chegou a FFH , ou seja, ponteiro no mostram a tabela de constantes com
acumulador.
O menos 1. Caso o ponteiro seja igual seus respectivos dados:
AND #$03 ;Mascara os 2
a FFH, se recarrega com 3. Assim é bits de menor Table:
controlada a seqüência de giro (direita peso. DB $O~H
ou esquerda) no motor. TAX ;Transfere o
DB $021{
acumulador
A figura 3 ilustra as seqüências para o reg. X. DB $04H
mais usadas no manuseio de motores LDA Table,X ;Acessa a DB $08H
de passo. A tabela 1 (fig. 3) mostra tabela, usando
o reg. X como
a' seqüencia por onda (wave), empre-
;índice T.1 - Seqüência por onda.
gada neste programa. Esta seqüência (offset).
Bobina Passo1 Passo2 Passo3 Passo4
vai ativando cada bobina em forma O dado aces-
sado na 1A 1 O O O
seqüêncial. A tabela 2 (fig. 3) mostra
;tabela é dei- 2A O 1 O O
a seqüência de potência, a qual é xado 1B O 1 O
O
utilizada quando se necessita de mais no acumulador. 2B O O O 1
torque no motor. Esta seqüência ativa STA PTB ;Carrega o
acumulador na T.2 - Seqüência de potência.
duas bobinas ao mesmo tempo, em
porta B.
forma seqüencial. Caso seja necessá- Bobina Passo1 Passo2 Passo3 Passoe
rts ;Retorna.
rio mudar a seqüência do motor, basta 1A 1 O O 1
2A 1 1 O O
muda os dados na tabela Table. Existe Note que no código anterior é
1B O 1 1 O
uma terceira seqüência chamada de carregado primeiramente o registro
2B O O 1 1
"meio passo", a qual permite duplicar X com a variável ponteiro pTable.
a quantidade de passos do motor. Depois é executada a instrução LDA Figura3

o código pode ser baixado do site:


www.sabereletronica.combr
O arquivo incluído no código para os
microcontroladores68HC908GP $Include
'gpgtregs.inc' pode ser baixado do site:
www.pemicro.comlics08lindex.html

LISTA DE MATERIAL
Inerementa Semicondutores:
o ponteiro ptable=O CI, - microcontrolador 68HC908GP32
databela
CI2 - ULN2803A

Resistores: (1/4W)
Dicrementa R, -10 M 12
o ponteiro ptable=3 R2 a R4 - 10 K 12
databela
Capacitores:
C, e C2 - 27 pF
C3 - 100 nF cerâmica
Proeurao passo C4 - 10 ~F/25V eletrolítico
'----------------------1 seguintenatabelae 1+-----
o carreganaportaB Diversos:
X, - 10 MHz, cristal
Figura2 M - Motor de passo
o GRAVADOR
SENSORIAL
Uma das coisas mais misteriosas no ser
humano referem-se aos seus sentimentos.
Muitos têm dificuldade de expressá-Ios, outros
têm até mesmo dificuldade em identificá-Ios.
Esta descoberta foi o resultado inesperado de
uma tentativa de identificar e materializar os
sentimentos humanos. O que apresentamos é a descrição de
como chegamos a um resultado surpreendente. Mas, fica um
aviso: o processo e a aparelhagem já foi patenteada, protegida
mundialmente.
Aldo Vildla

Há muitos anos, eu vinha tentando que até então eu conseguira. Depois Passamos então ao aprimora-
descobrir o que se passa na mente de muito tempo, o programa ficou mento do equipamento e do processo.
humana, saber o que as pessoas pronto e pudemos então passar à a sensor foi transformado numa faixa
sentem diante de certas situações. fase de testes. Nós mesmos fomos flexível, que podia ser enrolada na
Tenho um amigo que se dedica a um as primeiras "cobaias", e o resultado cabeça. A sensibilidade foi aumentada
trabalho que tem muito a ver com foi animador. e os circuitos eletrônicos miniaturiza-
os sentimentos, de como deixar as a processo consistia em aplicar dos, integrados num "chip" dedicado.
pessoas extravasarem o que sentem um sensor na cabeça da "cobaia" A conexão com o computador passou
no íntimo do seu ser. Esse amigo, e transmitir seus sinais para um a ser sem fio, através de um "link"
um dia, num encontro entre vários decodificador, que interpretava as infravermelho.
colegas, perguntou: ondas recebidas e enviava o resultado Até aí, tudo correu conforme o
- Vilella, você que vive pensando para um computador, onde era feita a esperado. Mas, então surgiu "aquele"
em sentimentos e é bom em Eletrô- associação das emoções detectadas sujeitinho, que perguntou, inocente-
nica, já pensou em "bolar" um aparelho a cores diversas. A escolha dessas mente: "Mas ... não daria pra fazer o
que permita "ler" os sentimentos das cores obedeceu a um critério abso- caminho inverso? Implantar emoções
pessoas, ou mesmo dos animais? lutamente subjetivo, ou seja, a prefe- no cérebro das pessoas?"
Isso me fez pensar: afinal, o que rência do autor por esta ou aquela cor. De início, a idéia foi rejeitada
é o pensamento, senão uma série Assim, o azul representava a paz de com indignação. Porém, depois, per-
de impulsos elétricos, fraquíssimos, espírito, o vermelho a cólera, o verde cebeu-se as possibilidades comer-
é verdade, mas perfeitamente detec- a alegria, o rosa o amor, o amarelo ciais da idéia. (Não vou citá-Ias aqui,
táveis através de processos apropria- a incerteza, o preto, a depressão, o porque poderia colocar idéias na
dos, com equipamentos de sensibili- desespero, e o branco, a indiferença. cabeça de alguns, sem o equipa-
dade suficiente. O resultado foi animador, mas mento, mesmo ...). Mas, aos poucos,
Mãos postas à obra, foi relativa- havia falhas. Primeiramente, porque o a sugestão começou a martelar o
mente fácil desenvolver uma aparelha- número de sentimentos, de emoções, meu cérebro e comecei a fazer expe-
gem que conseguisse detectar esses é muito maior que o número de cores riências. Experiências que não deram
impulsos. Mas, o resultado foi uma separadas que o olho pode distinguir certo, pois não consegui implantar
confusão de impulsos aparentemente e em segundo lugar, porque muitas emoções, sentimentos pré-gravados,
sem nenhum significado. Teriam que vezes o que se sente é um misto de nem no meu próprio cérebro. Compre-
ser decifrados, decodificados. Recorri várias emoções. Neste caso, a mistura endi então que emoções, sentimentos,
à ajuda de outro amigo, muito mais de cores daria um resultado falso. são coisas muito complexas, muito
competente que eu em elaborar pro- Essas cores apareciam na tela na pessoais, que são originárias de cada
gramas de computador, pois seria forma de padrões aleatórios, determi- um de nós.
necessário um "software" sofisticado nados pela personalidade de quem Todavia, no curso das minhas I

para dar algum sentido à barafunda estava sendo testado. experiências, percebi que seria possí-

LETRÔNICATOTRL - N° 98/ 2004


vel gravar as ondas cerebrais ligadas a com a minha peculiar eloqüência e
sensações (não confundir sentimentos imaginação, apresentei-Ihes todas as
com sensações), como frio, calor, possibilidades de exploração comer-
sabores diversos, e muitas outras. cial. Disse-Ihes que, com esse invento,
Sensações táteis, auditivas, olfativas, as pessoas não precisariam mais
visuais e gustativas. Experiências recorrer a pratos requintados, caros,
sensoriais poderiam ser captadas dire- pois, poderiam alimentar-se com ali-
tamente do cérebro d~ uma pessoa, mentos básicos, complementando-os
registradas em fita ou CD, e depois com "refeições" gravadas em CD, que
reproduzidas, transmitidas ao cére- Ihes dariam o prazer proporcionado
bro de outra pessoa, que as senti- por um banquete, sem os inconve-
riam como se as estivessem vivendo nientes de provocar um aumento
naquele momento. indesejado de peso. Poderiam assistir
Aprimorei o equipamento indutor, "ao vivo", com todas as emoções
que permitiria "injetar" as sensações de um espetáculo dessa natureza,
diretamente no cérebro das pessoas. grandes "shows" e peças teatrais.
Uma cinta, um chapéu, um adorno de Poderiam mesmo, se assim o quises-
cabeça seriam suficientes, com um sem, passar horas agradáveis numa
circuito miniaturizado e uma bateria companhia feminina (ou masculina,
especial, alimentada a partir do calor no caso das mulheres) desde que
do próprio corpo, desempenhariam alugassem o respectivo disco.
a função. Poderiam viajar para os lugares
A seguir, passei a produzir alguns mais exóticos, viver as mais emocio-
"softwares", isto é, gravações de expe- nantes aventuras, sem sair de casa.
riências sensoriais que eu mesmo Enfim, seria um passo - não vários
experimentara e gravara. Assim, refei- passos - adiante da TV, como a
ções fartas, espetáculos teatrais, até conhecemos hoje.
mesmo festas um tanto depravadas Todos me ouviram atentamente,
e muito mais, ficaram registrados com interesse. Pensei tê-tos conven-
em CD-ROM. Quando reproduzidos cido, pensei que conseguiria, no
e aplicados em um dos dispositivos mínimo, um patrocínio para a mais
transmissores, as "cobaias" sentiriam ampla divulgação e comercialização
a mesma coisa que eu sentira ao do meu revolucionário invento. Depois
gravar as experiências. de alguns minutos de silêncio, todos
Vejam o que poderia resultar disso: levantaram-se de seus lugares e
uma pessoa receberia as impressões correram em minha direção. Pensei
sensoriais de uma farta e deliciosa que seria aclamado como um novo
refeição, enquanto estaria se alimen- benfeitor da humanidade ...
tando apenas de pão seco e água. Engano meu. O que queriam, na
Ou estaria sentado numa poltrona e verdade, era me linchar. Fui atacado
vivenciaria uma espetacular viagem por todos os lados, levei safanões e
de férias, com todos os encantos que sopapos, em meio aos quais ouvia
isso proporciona. Ou ainda, estaria frases desconexas: ... acabar com a
saltando de pára-quedas, sem sair da indústria de alimentos destruir o
cama. Ou descendo uma corredeira turismo prejudicar o comércio .
num bote inflável. .. Ou muitas outras ...com a indústria da pornografia... e
coisas. Poderia mesmo, ainda que assim por diante.
estando só, estar na companhia de Em dado momento desmaiei e
uma (ou várias) belas garotas. As vim a acordar num cubículo, dotado
possibilidades são imensas, apenas apenas de uma pequena abertura
limitadas pelo alcance da imaginação. para entrada de ar. Consegui escrever
Resolvi apresentar a invenção a este relato, que joguei por essa aber-
um grupo de financiadores, extrema- tura, na esperança de que alguém
mente influentes. Convidei-os para a encontrasse e tornasse pública.
uma reunião, que veio a acontecer na Agora, acabando de redigir o meu
mansão de um deles, o mais poderoso relato, olho para a parede nua, onde "adidos:
de todos. Fiz uma demonstração existe apenas um calendário, onde (11) 6195..5330
do funcionamento, da aplicação, e leio a data: 1Q de abril de 2004. •
•••• sabermarketlng.com.br
Amplificadores de áudio, equipamentos de som ou
mesmo televisores, têm sua potêpcia de áudio especificada
de diversas formas, podendo levar o leitor a fazer confusões
na hora da compra e até ser iludido por urna publicidade,
que é justamente o que os vendedores e fabricantes menos
escrupulosos desejam. A especificação da potência de
áudio em watts PMPO é um artifício que visa enganar
os compradores menos esclarecidos, escondendo a
verdadeira potência de um equipamento. Veja neste artigo
como funciona toda essa "malandragem".
Newton C. Braga

Quanto mais watts melhor! Essa duto do pico de tensão pelo pico de
idéia está diretamente associada aos corrente multiplicado por 0,707, já 1 -----
equipamentos de som, quando, na que estamos calculando o valor real.
0,707
realidade, existem outras característi- Essa é a potência real, ou potência
cas muito mais importantes que devem RMS (Root Mean Square) ou dada
ser consideradas como, por exemplo, pelo "Valor Médio Quadrático". -0,707
a dístorção harmônica total, etc. Todavia, os fabricantes e vende- - 1
No entanto, se o negócio é vender dores de amplificadores e outros
Figura 1
um amplificador pela sua potência, equipamentos de som, arranjaram um
é justo que os fabricantes procurem modo de aumentar esse valor.
aumentá-Ia o máximo possível. E, a argumento é simples: um sinal
se não dá para fazer isso com um musical não é perfeitamente senoidal,
circuito melhor, pode-se "inventar" mas formado por picos e variações
uma unidade diferente para medir a bruscas que podem ser bastante
potência que leve a valores maiores. agudas, veja a figura 2. Som puro (diapasão)

A quantidade de som é a mesma, Quando o amplificador reproduz


mas em lugar de dizermos que o esses picos (que duram frações de
amplificador tem "20", venderemos segundo) a tensão sobe para valores
mais facilmente se dissermos que muito altos na carga e, conseqüente-
tem "200" mesmo que a "quantidade mente a corrente. Isso significa uma
de som" continue absolutamente a potência instantânea muito alta, que,
mesma. E, o comprador é enganado. no entanto, não pode perdurar, pois o
Som comum (música, voz, etc.)
Vejamos como funciona tudo isso. circuito não agüenta.
Esse pico momentâneo de potên- Figura 2
POTÊNCIA cia ou Peak Music Power Output
dura milésimos de segundo e não Pico
Sabemos da Eletrônica (e da corresponde à quantidade de som
5
Física) que a potência é a quantidade real total que o equipamento pode
de energia em cada segundo que um fornecer. Trata-se, portanto, de um RMS
2
sistema pode receber ou gerar. valor que é calculado numa condição -~
1
Assim, para um amplificador ideal, que o equipamento não pode fornecer
a potência é dada quando se aplica continuamente .... A figura 3 exibe o
um sinal senoidal de 1 kHz em sua que ocorre.
entrada e se mede a corrente e a Para que o leitor tenha uma idéia
tensão na sua carga. A partir dessa de como a indicação da potência Figura 3
medida, conforme mostra a figura 1, PMPa "aumenta" o número que repre-
calcula-se a potência real que o cir- senta as características de um ampli- mento que tenha 16 W rms poderá
cuito entrega à carga, a qual é o pro- ficador, basta dizer que um equipa- chegar a 180 W pmpo!

ÇTRÔNICATOTRL - Nº 98 / 2004
,,(J/ TECNOLOGIA

Um anúncio mostra que um equi- SOM NO CARRO falante. Além disso, levando em conta
pamento "X" - amplificador para PC - que a corrente nesses amplificadores
tem uma potência de 3 Wrms, mas Se existe um ramo em que a "enga- pode ser muito alta, colocando em
200 Wpmpo! Não é preciso dizer nação" das potências de áudio é maior risco a autonomia e integridade da
como esses números enganam! é justamente no de som automotivo. bateria, é comum acrescentar baterias
Outro ponto importante que deve Amplificadores de 200, 500 e até 800 suplementares no sistema elétrico
ser considerado quando se especifica W são comuns para equipamentos do carro.
potências RMS e PMPO, é que a de linha! É preciso ficar de olho bem aberto
medida da potência RMS é feita Podemos partir de um simples ao se analisar a potência de um
levando-se o amplificador ao ponto de cálculo que o leitor pode fazer quando amplificador quando ela não está
volume máximo sem que a distorção adquirir seu som. clara.
ultrapasse determinado valor. Para Um amplificador comum que seja
a potência PMPO não há esse limite alimentado por uma tensão de 14,4 V
nem qualquer outro na medição. e use alto-falantes de 4 ohms, terá
Na maioria dos casos, para um uma potência máxima teórica possível
equipamento comum, a potência (supondo um rendimento de 100%) de:
RMS costuma ser % ou menos que
a potência PMPO especificada. Para
P = V2/R
os equipamentos estéreo, esse valor P = (14,4 x 14,4 x 0,707)/4
pode ser inferior a 1/8. Em outras P = 36 watts (rms)
palavras, um equipamento anunciado
como 200 W PMPO pode ter apenas Com 2 ohrns podemos obter o
50 W ou menos de potência RMS. dobro da potência.
Evidentemente, o anunciante pre- Evidentemente, se o amplificador
fere colocar que o aparelho tem 200 W for estéreo, a potência máxima teórica
do que "apenas" 50 W, se bem que será de 72 watts rms ou 144 W para
seja o mesmo aparelho, o mesmo cir- carga de 2 ohms. Amplificadores com
cuito e a mesma quantidade de som ... esta saída têm sido vendidos como
Observamos que não existe ilega- tendo 500 Wpmpo e até mais!
lidade na especificação da potência Na prática, o rendimento desse
em watts PMPO, mas certamente amplificador não é 100%. Um valor
não é uma forma ética. É sempre comum para amplificadores comer-
importante verificar a potência real ciais é ter um rendimento de 60% ou
de um equipamento, principalmente pouco mais, o que nos afasta mais
se desconfiamos pela sua aparência, ainda dos 500 W!
custo ou mesmo marca ... Uma saída que os sons verdadei-
Um bom começo para testar a ramente potentes de carro encontram
confiabilidade de um equipamento para superar esta limitação de 72 W
é justamente saber se ele tem espe- rms com carga de 2 ohrns, é usar
cificada sua potência também em diversos canais de amplificação para-
watts RMS. lelos, cada qual alimentando um alto-

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MONTAGEM '?

Um sistema de iluminação seqOencial é um çilí


acenderem, correndo em seqüência com um intere
tipo é ideal para decoração de discotecas, vitrine$, ~
etc. o circuito que descrevemos pode controlar até
na rede de 110 V, e o dobro na rede de 220 V. Ele t
seqüencial de aparelhos ligados na rede de energia

Se o leitor deseja montar seu Devemos alertar o leitor de que contador pode contar até 10, mas com
próprio sistema seqüencial com ajuste além de potências elevadas estarem 10 canais o intervalo de acendimento
de frequência e de grande potência, a envolvidas neste circuito, ele é alimen- entre as lâmpadas torna-se muito
versão que apresentamos tem exce- tado diretamente pela rede de energia. grande e o efeito perde muito em
lente desempenho, visto que a con- Portanto, além das precauções com o qualidade).
figuração é encontrada em muitos uso de fios de dimensões apropriadas, Muitos pensam que, quanto mais
aparelhos comerciais. recomendamos muito cuidado com canais houver, melhor será um sis-
Uma outra aplicação importante todos os isolamentos, uma vez que tema seqüencial, mas não é verdade:
para este circuito é na automação de podem ocorrer curtos perigosos ou os melhores efeitos são obtidos em
dispositivos que devem operar em choques. Será interessante que o aparelhos com 4 a 6 canais.
seqüência, caso em que o interfacea- leitor tenha experiência prévia com Lembre-se que o número de
mento do sistema digital de controle este tipo de montagem antes de canais não corresponde ao número de
pode ser alterado para ativar relés. realizar o projeto. lâmpadas. Poderemos ligar dezenas
No projeto que propomos, temos É recomendável, ademais; que de lâmpadas em paralelo no nosso
um circuito com 6 saídas onde são o leitor verifique, antes de iniciar a caso, obtendo assim um efeito com
ligadas lâmpadas comuns incandes- montagem, se todos os componentes até mais de uma centenas delas,e
centes. exigidos estão disponíveis nas lojas isso com apenas 6 canais.
Cada uma das saídas é ativada de sua localidade. A cada pulso do 555, uma saída
num instante diferente, mas em uma do 4017 vai ao nível alto (isso numa
seqüência tal que, ao acender, as sequência fixa). Quando a última
lâmpadas dão um efeito de movi- COMO FUNCIONA saída ativada receber o pulso de
mento. Elas "correm" numa freqüência O circuito integrado C11,um 555 na comutação, ela irá ao nível baixo
que pode ser ajustada em uma ampla configuração astável, gera os pulsos (desativará) e um novo ciclo terá início
faixa de freqüências. que vão determinar a velocidade com a primeira sendo ativada.
Evidentemente, não precisamos do efeito. Esta velocidade pode ser Em cada saída, além de um LED
ligar apenas uma lâmpada em cada ajustada numa ampla faixa de valores indicador, ligamos um transistor que
saída. Poderemos ter diversas lâm- pelo potenciômetro Pt- serve para aumentar a intensidade da
padas que formam assim conjuntos O capacito r C2 também influi na corrente obtida no integrado de modo
seqüenciais de 6 de modo que nesse faixa de velocidades, sendo possível que ela possa excitar TRIACs.
conjunto: 2, 3 ou mais lâmpadas alterá-Io conforme a aplicação que Os TRIACs são interruptores de
estarão correndo ao mesmo tempo. o leitor pretende para o aparelho. potência de estado sólido da família
As lâmpadas também podem ser Maiores valores para este capacito r dos tiristores, os quais, a partir de
coloridas e colocadas nas mais diver- resultam numa velocidade de efeito uma pequena corrente como a forne-
sas disposições, formando desenhos mais lenta. cida pelo circuito integrado, podem
decorativos conforme a aplicação. Os pulsos do 555 são aplicados a controlar as correntes elevadas que
Podemos formar círculos, triângulos, um circuito integrado CMOS contador circulam pelos conjuntos de lâmpadas.
envolver objetos, dependendo o arranjo 4017, que no caso é programado Observamos ainda que neste ponto
apenas da imaginação de cada um. para contar até 6 (na verdade este foram colocados interruptores que

~ELETRÔNICATOTRL - N° 98/ 2004


~ LED 2
+8
o
T T ~
LED 3

71 I
C/1 14 C/2
21 555 3 4017
--F3
7 1 234 10
6~

C L-..J
1 ~
LED 7

10 ~':I
2

-d'~
~

S3

S4

S5

S6

F1

Rede
~O &3 t- I

' ....T1( ~, , , •
C1
I200~F
MONTAGEM :J-:

permitem que o montador desative impressão de que a alta tensão de do TRIAC em uma aplicação de maior
as saídas que desejar em função do um possa aparecer no outro, isso não potência, essas trilhas devem ser
efeito. ocorre porque o acoplamento é feito mais larqas ou devem ser usados fios
No emissor de cada transistor pelas comportas dos TRIACs que grossos externos em seu lugar.
ligamos TRIACs do tipo TIC226, que operam com baixa tensão. Os TRIACs devem ter sufixo B ou
podem controlar cargas de até 8 O se a rede for de 110 V, e sufixo O
amperes. Evidentemente, operando se a rede for de 220 V.
no limite, estes TRIACs devem ser MONTAGEM O transformador usado tem enro-
dotados de bons radiadores de calor. Na figura 1 temos o diagrama lamento secundário de 6+6 V ou 9+9
Para até 100 watts de lâmpadas completo do aparelho. V com pelo menos 250 mA. Para 6
por canal, um radiador pequeno, A disposição dos componentes V de tensão, o resistor R4 deve ter
formado por uma chapinha retangular numa placa de circuito impresso é seu valor mantido, mas para um de 9
de metal será suficiente. mostrada na figura 2. V coloque em seu lugar um resisto r
Note que este circuito tem dois Na placa de circuito impresso de 470 ohms.
setores: um que opera com baixa as trilhas de alta corrente para os Para a saída das lâmpadas use
tensão e que leva os circuitos integra- terminais principais (MT 1 e MT 2) dos tomadas comuns.
dos, e outro com alta tensão da rede TRIACs foram dimensionadas para É importante observar que, como
de energia que leva os TRIACs. uma corrente máxima da ordem de 1 este circuito opera diretamente com
Para que os dois circuitos possam ampere, o que significa lâmpadas até tensões da rede de energia, todo
ser acoplados, eles têm um circuito 100 watts por canal nas saídas. Assim, o cuidado deve ser tomado com os
de terra comum. Apesar de ficar a se for aproveitada toda a capacidade isolamentos conforme já alertamos.

~
C.::I~

C.::I~

C.::I~

C.::I~

C.::I~

C.::I~

LEDs
~

Ó
10

Figura 2
Portanto, a montagem deve ser feita multímetro ou um LED em série com
em caixa fechada e os pontos vivos um resisto r de 1 kohms.
devem ficar isolados ou afastados de Se os pulsos estiverem presentes o
qualquer parte que possa entrar em problema poderá ser do 4017, mas se
contato com as pessoas. não, o problema poderá estar no 555 e
Os resistores têm seus valores componentes a ele associados.
indicados na lista de material, assim Comprovado o funcionamento do
como os capacitores. Para os capaci- sistema, é só pensar na sua instalação
tares as tensões indicadas são as defintiva.
mínimas, já que valores maiores são Use lâmpadas iguais nas seqüên-
admitidos. cias para obter um efeito uniforme de
Na figura 3 indicamos o modo corrimento.
como as lâmpadas externas devem Nunca ligue lâmpadas fluorescen-
ser ligadas assim como sua alimen- tes, eletrônicas ou de outro tipo nas
tação. saídas.

LISTA DE MATERIAL
Semicondutores:
32---{ TRIAC1 a TRIAC6 - TIC226-B ou O se a
rede de energia for de 110 V, e TIC226-0
1101 se a rede de energia for de 220 V
31---{ CI1 - 555 - circuito integrado - timer
220 V
CI2 - 4017 - circuito integrado contador
CMOS
30---{
LE01 a LE07 - LEOs vermelhos ou de
qualquer cor, comuns
29---{ 01, O2 - 1N4002 ou equivalentes - diodos
de silício
03 a 08 - 1N4148 ou equivalentes -
28----l diodos de uso geral
01 a 05 - BC548 ou equivalentes - tran-
sistores NPN de uso geral
27---{
Resistores: (1/8 W, 5%)
Figura 3 R1 - 4,7 k ohms - amarelo, violeta, verme-
lho
R2 - 470 ohms - amarelo, violeta, marrom
R3' R4 - 100 ohms (para 6V) ou 470 ohms
PROVA E USO
(para 9V) - marrom, pretõ, marrom ou
Para testar o aparelho basta colo-
amarelo, violeta, marrom
car algumas lâmpadas em suas
R5 a R1Q- 10 k ohms - marrom, preto,
saídas e ligar a alimentação. laranja
Todos os LEDs devem piscar em R11 a R16 - 56 ohms - verde, azul, preto
seqüência quando ajustarmos P1 e, ao P 1 - 100 k ohms - potenciômetro
mesmo tempo, a lâmpada conectada à
saída correspondente deve acender. Capacitores:
Se o LED acender, mas a lâmpada C1 - 1 000 J.lFa 2 200 J.lF/12V - eletrolítico
de sua saída não, deverá ser verificado C2 - 10 J.lF/12V - eletrolítico

o transistor correspondente, a ligação


Diversos:
do diodo correspondente e o TRIAC.
S1 a S7 - Interruptores simples (S7 deve
Se o LED não acender mas a
suportar a corrente das lâmpadas)
lâmpada sim, provavelmente o LED T1 - Transformador com primário de
está ruim ou invertido. acordo com a rede local e secundário de
No entanto, se nem o LED nem 6+6 V ou 9+9 V com 250 mA ou mais
a lâmpada acenderem, então o pro- F1 - 10 - fusível
blema poderá estar no circuito inte- Placa de circuito impresso, tomadas
grado 4017. de saída, radiadores de calor para os
Se não surgir o corrimento das TRIACs, cabo de força, suporte de fusí-
lâmpadas, verifique se existem pulsos vel, botão para o potenciômetro, fios,
solda, etc.
de saída no pino 3 do 555 usando um

ELETRÔNICA TOTRL . NQ 98 / 200 .


MONTAGEM /F

SOM

Newton C. Braga

As pequenas caixas amplificadas COMO FUNCIONA existem circuitos reguladores, dada


dos computadores não têm a quali- A base do circuito é um oscilador a simplicidade do projeto, há uma
dade que a reprodução dos sons de baixa potência com um transistor pequena tendência no sentido de, com
de trilhas sonoras, CDs ou mesmo NPN de alta freqüência BF494 ou o tempo, a freqüência deslocar-se
baixadas da Internet exigem. Além equivalente (BF254, BF495, 2N2222, levemente tirando o circuito de sinto-
disso, os pequenos alto-falantes têm etc). Nesse circuito, a freqüência nia. Isso deve ser compensado com o
uma reprodução pobre para os sons de operação é dada pelo circuito ajuste do receptor.
graves. Assim, uma idéia interessante ressonante L1/CV. Em CV ajustamos a consumo de energia do circuito
sugerida por muitos adeptos do som a freqüência para um ponto livre da é muito baixo, recomendando-se
no computador, é conectar as saídas faixa de FM. sua alimentação com duas ou
de áudio do PC a um amplificador A realimentação que mantém o quatro pilhas pequenas. É claro que,
externo de maior potência como, por circuito em oscilação é fornecida pelo com quatro pilhas, o alcance será
exemplo, o som doméstico. capacitor cerâmico entre o emissor maior.
Entretanto, para fazer isso, além e o coleto r do transistor. Tanto esse
dos cabos necessários, pode existir o capacitor quanto C2 devem ser cerâ-
problema adicional delas não estarem micos de excelente qualidade e o MONTAGEM
muito próximas ou, em alguns casos, leitor precisará estar atento ao seu Na figura 1 temos o diagrama
como nos CO-players portáteis tipo valor correto. completo do transmissor para o com-
3 em 1, não terem uma entrada para A modulação é efetuadaapli- putador.
som externo. cando-se o sinal de áudio na base do A montagem numa placa de cir-
Uma solução viável é a que pro- transistor. Isso é feito através de um cuito impresso é vista na figura 2.
pomos neste artigo: transmitir sem potenciômetro de ajuste. A finalidade A bobina L1 é formada por 4 espi-
fio os sons do PC e recebê-Ios numa do ajuste é dosar o sinal para que ras de fio esmaltado AWG de 18 a 22, .
freqüência livre da faixa de FM. Se ele não sature o circuito causando óu então fio comum rígido. a diâmetro
bem que a transmissão seja mono, a distorções. é de 1 cm e não é usado núcleo. a
qualidade da reprodução será a do a sinal gerado pelo circuito é capacito r de sintonia CV pode ser
equipamento usado na reprodução, retirado do coletor do transistor e qualquer pequeno trimmerde 10 a 40
assim como a sua potência. aplicado a uma pequena antena de pF de capacitância máxima.
a circuito pode ser alimentado onde é transmitido. Essa antena deve as capacitores devem ser todos
por pilhas comuns ou até por uma ser curta e ficar afastada de objetos cerâmicos de excelente qualidade.
pequena fonte. Na verdade, recomen- de metal para que o circuito não se Se forem usados transistores equiva-
damos o uso de pilhas por duas instabilize. Uma sugestão é montá-Ia lentes ao BF494, e BF495 deverá
razões: pela menor possibilidade de verticalmente na caixinha que alojará ser verificado se a disposição dos
ocorrerem ruídos de transmissão, e o conjunto. terminais é a mesma.
pelo fato do consumo ser pequeno, Um ponto importante neste cir- Para conexão ao PC, deve ser
sua autonomia é muito grande. cuito é a sua estabilidade. Como não feita uma adaptação ao jaque e cabo,

,ELETRÔNICATOTRL - N° 98/2004
~--------~
Plugue
estéreo
C4
Figura 3
100 nF

81
-
-
3/6 V
+ Feito o ajuste do receptor, ligue na
entrada do transmissor o computador
e coloque um CD para tocar ou algum
efeito sonoro. Ajuste o volume para
1/3 do máximo. Atue, então, sobre CV
Fi ura 1 até captar o sinal do transmissor. O
potenciômetro do transmissor deverá
estar em sua posição média. Quando
captar esse sinal, ajuste o potenciô-
metro do transmissor para obter a
reprodução sem distorção.
Se, ao se afastar do transmissor
com o receptor, o sinal desaparecer
logo, tente nova sintonia. O sinal
captado pode não ser o fundamental,
mas sim um sinal espúrio. Efetuadas
a sintonia e os ajustes, o aparelho
estará pronto para ser usado.

A~--_ Obs.: Em alguns casos o circuito


pode gerar interferência nos televiso-
res de VHF colocados nas proximida-
des. A escolha de outra freqüência
livre pode sanar o problema.

LISTA DE MATERIAL
Semicondutores:
Q1 - BF494, BF495 ou equivalentes -
transistor de RF
Resistores: (1/8 W, 5%)
R1' R2 - 1 kohms - marrom, preto,
vermelho
R3 - 10 kohms - marrom, preto, laranja
R4 - 6,8 kohms - azul, cinza, vermelho
R5 - 47 ohms - amarelo, violeta, preto
Fi ura 2 P1 - 1 kohms - potenciômetro
Capacitores:
uma vez .que a saída do computador PROVA E USO C1 - 220 nF - cerâmica
é estéreo e a entrada do transmissor Para testar o transmissor, inicial- C2 - 2,2 nF - cerâmico
é monofônica. Essa adaptação é mente ligue nas proximidades um C3 - 4,7 pF - cerâmica
mostrada na figura 3. aparelho de som com FM, ou ainda C4 - 100 nF - cerâmico
Para as pilhas deve ser empregado um rádio FM comum sintonizado CV - Irimmer - ver texto

um suporte apropriado, e o conjunto numa freqüência livre (onde não Diversos:


L1 - Bobina - ver texto
cabe numa pequena caixa plástica existam estações). Esse ajuste pode
B1 - 3 ou 6 V - 2 ou 4 pilhas pequenas
do tamanho de uma saboneteira ou ser complicado nas localidades mais
51 - Interruptor simples
pouco maior. congestionadas ou se o receptor não A - antena
Quanto à antena, esta consiste tiver boa seletividade. Também será P1 - Plugue estéreo de acordo com a
de um pedaço de fio rígido encapado mais difícil fazer o ajuste se o receptor saída de som do computador
de 10 a 20 cm de comprimento. Ela for do tipo digital. Os receptores com Placa de circuito impresso, suporte de
deverá ficar montada em posição sintonia analógica são muito melhores pilhas, caixa para montagem, fios, solda,
vertical. para essa aplicação. fio blindado, etc.

ELETRÔNICA TOTAL· N° 98/ 2004


MONTAGEM '~T~

Os amplificadores de potência de áudio são a etapa final de uma grande quantidade de


projetos eletrônicos. A possibilidade de se contar com um módulo pronto para aplicação ou
experimentação é algo que pode interessar a muitos leitores, principalmente àqueles que
trabalham desenvolvimento de projetos. O amplificador que descrevemos aqui tem excelente
potência (8 Wrms ou 30 Wpmpo), com alimentação de 8 a 18 V e usa pouquíssimos componentes.
Trata-se, portanto, de uma solução ideal para o desenvolvimento de projetos.
Newton C. Braga

Os projetos de intercomunicado- • Sirenes COMO FUNCIONA


res, receptores de diversos tipos, • Sistemas de Aviso.
sirenes, sistemas de aviso, caixas Com dois módulos desse tipo o O circuito integrado TDA2002 reúne
amplificadas para instrumentos musi- leitor poderá elaborar um sistema em seu interior todos os componentes
cais e computadores requerem ampli- estéreo de 60 Wpmpo, e com quatro básicos necessários à elaboração de
ficadores de áudio de boa potência. módulos, um sistema de 120 Wpmpo. um amplificador completo. Apenas os
Uma solução interessante é a que Com o uso de filtros, é possível usá- capacitores de maior valor são exter-
se baseia em circuitos integrados los para amplificar graves, médios nos, e a rede de resistores formada por
específicos que exigem poucos com- e agudos em sistemas de som de R1 e R2 é que determina o seu ganho.
ponentes externos',' possuem exce- diversos tipos. . A relação entre os valores desses
lente rendimento e características de componentes estabelece o ganho de
potência e distorção de qualidade. O tensão do circuito que, no nosso caso,
TDA2002, também especificado como O TOA2002 foi fixado para 100 vezes.
IJPC2002, é um deles. A rede formada por C6 e R3 é um
Ele pode fornecer potências que O circuito integrado TDA2002 é um "bootstrap'', ou seja, uma rede que
chegam aos 8 Wrms ou 30 Wpmpo amplificador de potência, basicamente compensa as características indutivas
com pouquíssimos componentes projetado para aplicações em toca- do alto-falante de modo a manter
externos e tem uma sensibilidade de fitas e auto-rádios. A figura 1 ilustra a constante a impedância de saída,
apenas 50 mV para plena potência. pinagem deste circuito integrado. e com isso as características do
Muitos equipamentos comerciais Tensão de Alimentação (Vs): 8 a 18 V amplificador.
usam este módulo tanto pela sua Corrente Quiescente (Is): 45 a 80 mA A corrente requerida pelo circuito
facilidade de obtenção quanto pelo Potência de saída (Po) à plena potência com alimentação
seu baixo custo. d = 1-%, RL = 2 ohms: 4,8 W (min) máxima chega aos 3,5 A, o que sig-
O projeto que oferecemos é de Vs=16V,RL=20hms: 10W(tip) nifica que, neste caso, uma boa fonte
um módulo componente básico com Sensibilidade: deve ser utilizada na sua alimentação.
esse amplificador e que pode ser Po = 0,5 W , RL = 4 ohms: 15 mV A filtragem dessa fonte também é
empregado como etapa de saída de Po = 6 W , RL = 2 ohms: 50 mV muito importante.
áudio em projetos como: Resposta de Freqüência 40 a 15 000 Hz Na entrada de alimentação temos
• Amplificadores para instrumentos Ganho de tensão (Gv) 80 dB (open dois capacitares que devem ser mon-
musicais Joop) tados o mais próximo quanto seja
• Amplificadores para computadores possível do pino de alimentação do
• Caixa de graves econômica (Bass circuito integrado. O capacitar de
Booster) maior valor serve como filtro para
Ligado ~~:4
• Intercomunicadores ao pmo 3 12
as variações de corrente quando o
• Receptores de comunicações amplificador opera com sinais de
e rádio Fi ura 1 áudio. O capacitar de menor valor

RÓNICA TOTAL - Nº 98 / 2004


serve para desacoplar as componen-
tes de alta freqüência do circuito,
evitando assim a instabilidade, uma
vez que o capacito r eletrolítico, por
suas características indutivas, não
consegue fazer isso.
A impedância da carga influi na
potência, contudo, ela não pode ser
menor do que 2 ohms. Com irnpe- FTE
dâncias maiores do alto-falante, o 4/8Q
circuito opera perfeitamente, mas sua
L-----------+-~~--+-----------~------~_oOV
potência será um pouco menor.
O circuito inclui o potenciômetro
de controle de volume, porém, depen- Figura 2
dendo da aplicação, esse controle
pode fazer parte dos blocos anteriores
do projeto como um pré-amplificador
com controle de tom, etc.

MONTAGEM

Na .figura 2 temos o diagrama


completo do modulo amplificador
usando o TOA2002.
A placa de circuito impresso para
a montagem desse amplificador é + 6/18 V
mostrada na figura 3.
Observe que as trilhas de alimen-
tação e terra, por onde circulam as ~
correntes mais intensas, assim como Cs
a da saída do alto-falante, devem ser
mais largas.
O circuito integrado deve ser dotado
de um bom radiador de calor. Na mon-
tagem, a polaridade dos capacitores
eletrolíticos deve ser observada.
A tensão de trabalho dos capacito-
-. FTE

res eletrolíticos precisa ser de 16 V ou Figura 3


mais, e os demais capacitores devem
ser cerâmicos de boa qualidade. de 3 A ou mais. Para mais de um PROVA E USO
O alto-falante externo deve ter módulo, a corrente do secundário do
pelo menos 10 cm de diâmetro com transformador precisa ser aumentada Confira toda a montagem antes
impedância de 2 ohms a 16 ohms. proporcionalmente. de passar à prova. Para testar o
Para 2 ohms é possível fazer a ligação O cabo de ligação da fonte ao amplificador, basta ligá-Io à fonte de
de dois alto-falantes de 4 ohms em módulo deve ser curto e grosso para alimentação.
paralelo, observe a figura 4. que não ocorram instabilidades ou
O alto-falante deve ser capaz de a captação de zumbidos. O cabo de T1 01
12 + 12 V 1NS404
manusear a potência do amplificador. entrada dos sinais deve ser blindado 3 Ar- __ + Vcc
~-'----~~O
Lembramos que de nada adianta pelo mesmo motivo.
gastar muito num alto-falante de 100 W, 1,S kQ
quando o amplificador só pode forne-
cer 8 W. ~~
02
A fonte de alimentação para o 1NS404
circuito é exibida na figura 5.
Para um módulo, operando com
C1,=r.
4700 M.J..
uma tensão em torno de 12 V, o
transformador pode ter uma corrente Fi ura 4 FI ura 5

ELETRÔNICA TOTRL· N° 98/ 20


MONTAGEM ':'i;~'

Observe se o circuito integrado não Esses microdisplays vão possibilitar


se aquece demais. Se isso acontecer a criação de telas grandes de 1080
logo ao ligar, confira novamente a pixels de resolução para TVs de proje-
montagem. ção traseira e frontal com brilho, cores
Aplique um sinal na entrada e veja RESISTORES DE FILME FINO DE e controle melhorados em relação
a sua reprodução. O sinal pode ser ALTA RESISTÊNCIA aos produtos existentes baseados em
obtido da saída de fonte de um rádio HTPS e DMD, além de operarem com
AM/FM ou CO-player, atente para a Nova tecnologia permite fabricar uma corrente muito mais baixa.
figura 6. resistores de filme fino com valores A tecnologia, que tem o nome de
Para usar o amplificador com elevados, chegando aos 15 Mohms código Cayley, promete possibilitar a
fontes de baixa intensidade tais como em invólucros 2512. Os resistores criação de HDTVs de alta definição.
captadores de violão e guitarra, micro- foram desenvolvidos com materiais Um outro aspecto Importante
fones, etc. é necessário usar um de 1 000 ohms/quadrado, sendo dessa tecnologia é que ela também
circuito pré-amplificador. indicados para divisores de tensão pode ser aplicada no desenvolvimento
e aplicações em redes que exigem de displays usados em uma ampla
dispositivos de altas resistências nas gama de utilidades.
entradas. A arquitetura dos dispositivos
Os resistores são disponíveis em com chips LCoS não está sujeita às
FTE
2Q diversos invólucros como SOT, SIPS mesmas limitações de resolução e
e SON e em chips com divisores de tamanhos que as tecnologias equiva-
dois resistores, além de tamanhos lentes. Isso significa que a resolução
ElA como os 0603, 0805, 1206, 1505 pode ser mantida mesmo nos displays
e 2020. de pequenas dimensões.
FI ura 6 O TCR absoluto é de 50 ppm e as A tecnologia utiliza um processo
tolerâncias de +/- 1%, com faixa de de Cls digitais de marca pequena de
LISTA DE MATERIAL temperaturas de -65 a + 150 ºC. Mais modo a aumentar a densidade dos
informações podem ser obtidas no pixels, e além disso possibilitar um
Semicondutores: site da IRC em: www.irctt.com aumento de transistores por pixel.
CI, - TDA2002 ou ~PC2002 - circuito
Também é importante destacar
integrado, amplificador de potência de
áudio
que recursos como memória cache
Resistores: (1/8W, 5%) integrada para vídeo de alta veloci-
R, - 220 ohms - vermelho, vermelho, dade e transistores mais rápidos
marrom por pixel, permitirão a integração de
R2 - 2,2 ohms - vermelho, vermelho, outros dispositivos que necessitam de
dourado
recursos de imagens avançados.
R3 - 1 ohm - marrom, preto, dourado
P, - 47 kohms - potenciômetro log
O processo cria microdisplays com
Capacitores: pixels.praticamente planos com uma
C, - 1O ~F - eletrolítico resolução excelente e uniforme em
C2 - 470 ~F - eletrolítico relação aos dispositivos equivalentes
C3, Cs - 100 nF - cerâmico atualmente em uso.
NOVATECNOLOGIA DA INTEL PRO-
C. - 100 ~F - eletrolítico
METE REVOLUCIONAR O MER- Esse processo ainda admite diver-
Cs - 1 000 ~F - eletrolítico
Diversos: CADO DE TV DE TELA GRANDE sas configurações de painéis para
FTE - Alto-falante de 2 a 8 ohms - ver texto telas com 50 polegadas ou maiores
Placa de circuito impresso, radiador de Uma tecnologia revolucionária de em resoluções de 720, 1080 pixels
calor para o circuito integrado, cabo LCoS totalmente digitais, com o nome e mais altas.
blindado, jaque de entrada, fios, solda.
de código Cayley, promete colocar Os microdisplays LCoS baseados
Material para a Fonte:
O" O2 - 1N5404 - diodos retificadores
no mercado dispositivos de reflexão na tecnologia Cayley devem estar dis-
de silício facilmente escaláveis, os quais podem poníveis a partir da segunda metade
I:.E01 - LEO vermelho comum ser usados no desenvolvimento de de 2004.
T, - Transformador com primário de acordo TV de tela grande com resolução de
com a rede local e secundário de 12 + 12
1080 pixels.
V x 3 A - ver texto
Uma tecnologia baseada em pro-
F, - Fusível de 2 A
R, - 1 kohms x 1/8 W - resisto r - marrom, cessos de 0,18 e O,13 ~ desenvolvida
preto, vermelho pela Intel permite criar microdisplays
C, - 4 700 ~F x 25 V - capacito r eletrolítico de cristal líquido sobre silício (LCoS
Diversos: ou Liquid Crystal on Silicon) que
Placa de circuito impresso, cabo de força,
desafiam os dispositivos atuais tanto
suporte para o fusível, fios, solda, etc.
em preço como performance.
MONTAGEM ,~

DIVISOR DE 3 CANAIS PARA


SISTEMAS DE SOM
A separação dos sinais de um sistema de som para alto-falantes de filtro, em lugar de contar com os tipos
graves, médios e agudos é uma necessidade para quem deseja obter maior comerciais, damos neste artigo um
qualidade de reprodução no carro, em casa, no "home theater' ou num interessante projeto.
salão de festas. A maneira de fazer esta divisão é o assunto deste artigo, Com ele, o leitor poderá:
que descreve a montagem de um filtro passivo com características que se • Montar sua própria caixa acústica
adaptam à maioria dos sistemas de som domésticos comerciais, televisores de 3 alto-falantes
e outros equipamentos. Fácil de montar e instalar, ele pode operar com • Instalar três tipos de alto-falantes
sistemas até 100 Wrms (400 Wpmpo) de potência por canal. no som de seu carro
Newton C. Braga • Implementar seu home theater
com um som muito melhor para o
Não existem alto-falantes perfeitos, No entanto, os alto-falantes não televisor mono ou estéreo, auxiliado
capazes de reproduzir sem distorções são "inteligentes" a ponto de reco- por amplificador externo.
ou perdas toda a faixa de sons audí- nhecer as freqüências que devem
veis. reproduzir. Eles recebem sinais de
Os alto-falantes que, sozinhos, todas as freqüências, indistintamente, COMO FUNCIONA
formam os sistemas reprodutores e aquelas "que não interessam" são
de equipamentos de som, embora convertidas em calor, com sério riscos Em um sistema divisar de freqü-
satisfatórios no rendimento geral, se para sua integridade. ências para três alto-falantes, a faixa
analisados por um ouvido exigente Isso significa que, para que um de áudio é dividida em três setores,
revelam perdas e distorções principal- sistema desse tipo funcione sem de acordo com a figura 1: graves,
mente nas freqüências extremas. perdas, sem riscos e com o melhor médios e agudos.
Uma forma de se obter uma repro- desempenho, é preciso dividir os O ponto de transição de cada faixa
dução melhor em toda a faixa de sinais nas diversas faixas ANTES (chamado de crossover) onde cada
freqüências audíveis é através da deles serem aplicados aos alto-falan- alto-falante deixa de reproduzir o som
divisão em faixas de operação por tes, conforme ilustra a figura 2. (para que outro assuma a função),
diversos alto-falantes. varia bastante conforme as caracte-
Podemos ter duas maneiras de rísticas dos próprios alto-falantes.
fazer a divisão da faixa: por dois alto- Agudos Os fabricantes indicam nos folhe-
(tweeter)
falantes, destinando um aos graves e tos de especificações, normalmente,
médios (baixas e médias freqüências •.. Médios as freqüências recomendadas de
o
n? faixa de 15 a 3 000 Hz) e outro Amplificador ·S (mid- transição para se utilizar um determi-
para os agudos (acima de 3 000 Hz), i5 range) nado filtro.
ou ainda por três alto-falantes, sendo Graves
Para a maioria dos alto-falantes,
um para os graves (15 a 700 Hz), (woofer)
esses pontos estão em 700 Hz e
outro para os médios (700 a 3 000 3.000 Hz, mas o próprio montador
Hz), e finalmente o terceiro para os Figura2 pode alterar os valores dos compo-
agudos (acima de 3 000 Hz). . nentes usados no filtro e mudar essas
Na figura 1 mostramos as faixas Essa divisão é feita através de freqüências.
típicas da divisão de freqüências filtros intercalados entre o sistema de A separação dos sinais que vêm do
que normalmente encontramos num som e os alto-falantes, podendo ser amplificador em faixas de freqüências
sistema de 3 alto-falantes. externos ou embutidos numa própria diferentes é feita, geralmente, através
caixa acústica ou caixa de som. de filtros passivos. Esses filtros são
A montagem dos filtros assim elaborados com bobinas, capacitares
Intensidade como sua instalação são relativamente e eventualmente resistores.
simples, pois não são necessários As propriedades desses com-
ajustes e eles usam apenas com- ponentes que são aproveitadas no
ponentes passivos, ou seja, não projeto são bem conhecidas de todos
precisam de alimentação alguma. aqueles que tenham um entendimento
Dessa forma, para os leitores básico de eletrônica. Enquanto os
interessados em montar seu próprio capacitares se opõem tanto menos à

ELETRÔNICA TOTRL· Nº 98/2004


passagem de um sinal quanto maior Os agudos que eventualmente bobinas numa caixa acústica ou painel
for a sua freqüência, os indutores, pelo conseguirem passar por este compo- (caso do carro) sem a necessidade
contrário, apresentam uma caracte- nente, são curto-circuitados pelos de placa de circuito impresso, mas
rística de dificultarem menos a passa- capacitores C3 e C4. uma montagem em placa será mais
gem de um sinal quanto menor for sua Sobram, então, os agudos que fácil de se utilizar e esteticamente
freqüência. Dizemos tecnicamente podem chegar por Cs e C6 ao tweeter. mais agradável.
que esses componentes possuem Os médios que ainda conseguirem Damos, então, a disposição física
reatâncias que dependem da freqü- passar por estes capacitores são dos componentes na placa na figu-
ência, conforme as características curto-circuitados por L4, que não os ra 5.
apresentadas na figura 3. deixa chegar ao tweeter. Os valores do diagrama são para
Assim, se quisermos deixar passar Colocando-se alto-falantes de 4 uma impedância de 4 ohms.
somente os sinais de baixas freqüên- ohms, a impedância total do circuito Para 8 ohms, os capacitores devem
cias (que correspondem aos graves) (com capacitores e indutores apro- ter os valores reduzidos à metade e as
ligando-o em série com o woofer (alto- priados) ficará em torno de 4 ohms bobinas devem seguir as característi-
falantes de graves), basta intercalar e, da mesma forma, usando-se alto- cas da tabela dada a seguir:
em seu percurso (ligando em série) falantes de 8 ohms com capacitores e Para as bobinas pode ser empre-
um indutor de valor apropriado. indutores apropriados, a impedância gado o fio 20 AWG para potências de
Da mesma forma, se quisermos do conjunto será de 8 ohms. amplificadores até 50 Wrms por canal.
deixar passar somente os agudos É importante observar que, como Para potências na faixa de 50 a 100 W,
para um tweeter (alto-talante de estamos trabalhando com sinais de deverá ser usado o fio 18 AWG.
agudos), basta ligar em série com ele áudio, os capacitores devem ser Na figura 6 apresentamos o
um capacito r de valor apropriado. despolarizados. Há capacitores desse aspecto físico dessas bobinas.
Combinando capacitores e induto- tipo à venda em casas especializadas, Tomando como referência um
res de formas determinadas, podemos mas na sua falta, podemos improvisá- lápis, enrole as bobinas de modo
"filtrar" as diversas faixas de freqüên- los usando dois capacitores eletrolí- que fiquem com um comprimento da
cias dirigindo-as para os alto-falantes ticos comuns ligados em oposição ordem de 3 em, passando depois a
apropriados. como mostra o diagrama. formar camadas.
Sendo assim, no nosso circuito Veja que temos de considerar Feito o enrolamento, para mantê-to
final L1 deixa passar somente os o modo de ligação na escolha de firme, despeje cera de vela derretida
graves para o alto-falante de graves valores. Assim, um despolarizado terá ou mesmo verniz.
(FTE 1), enquanto que C1, C2 e L2 a metade do valor dos dois eletrolíticos Os fios de conexão da entrada e
formam um filtro passa-altas que usados: um despolarizado de 10 IJF saídas do divisor devem ser grossos
bloqueia os graves que não foram substitui, por exemplo dois de 22 IJF para que não ocorram perdas ou
para FTE1 e deixa passar para o bloco em oposição (não recomendamos alterações de impedância.
seguinte os médios e os agudos. 11 IJF, pois não existe esse valor Utilize fio 18 flexível do tipo apro-
L3, de pequena indutância, deixa comercialmente e o mais próximo é priado para caixas acústicas.
passar os sons de freqüências 10 IJF). Os alto-falantes empregados no
médias, permitindo que cheguem ao sistema devem ter a irnpedância do
FTE2.
MONTAGEM Bobina Espiras Espiras
(4 ohms) (8ohms)
Reatância(Xc) O diagrama completo do filtro é 300 450
mostrado na figura 4. 200 320
Existe a opção de se fixar as 120 200

L2
-------------
l...- ...• f(Hz)

Reatância(Xc)

FTE 1 FTE3
graves agudos
""'-------- ...• f(Hz)

Figura 3 Figura 4

ELETRÔNICATeTAL - N° 98/ 2004


MONTAGEM •

GRAVES/MÉDIOS/AGUDOS

Uma das características dos sons


que nos permite fazer sua identificação
é a freqüência ou número de vibrações
o por segundo (medlda em hertz - Hz).
Assim, os SQflS de baixas freqüên-
- __ -=I 0 cias (menor número de vibrações)
são percebidos pelos nossos ouvidos
como sons graves. Esses sons são
produzidos por instrumentos como a
tuba, o contra-baixo, o bumbo, etc.
Já, os sons de freqüências numa faixa
intermediária são percebidos de modo
diferente, o que nos permite classificá-
Ias como sons médios. Os sons de
Figura5 altas freqüências são os sons agudos
e são produzidos por instrumentos
amplificador e uma potência igual como a flauta, violino, etc.
ou maior àqueles que cada canal do Às vibrações sonoras podemos
sistema fornece. associar um número que corresponde
Não adianta colocar um alto-falante ao "comprimento de onda". Fisica-
de potência muito maior, pois o que ele mente, ele significa o espaço que o
fornece é apenas o que o amplificador som percorre em um dos seus ciclos.
lhe entrega. Assim, se um som tem 680 vibra-
Se o leitor usar um alto-falante de ções por segundo (680 Hz) e sendo sua
200 W num sistema de 50 W,. só irá velocidade 340 metros por segundo,
obter 50 W porque o alto-falante não Agudos + Agudos + podemos perceber que um ciclo deste
pode "criar" energia. médios médios som "preenche" um espaço de meío
(canal A) (canal B) metro, que corresponde ao seu com-
primento de onda.
UTILIZAÇÃO Figura7 Perceba então que, quanto maior
for a freqüência, ou seja, mais agudo for
Num sistema comum de som LISTA DE MATERIAL um som, menor será seu comprimento
(caixa acústica, por exemplo) o filtro de onda.
é empregado como mostramos na Alto-falantes: Esse fato deve ser levado em conta
figura 2. FTE1 - Woofer - alto-falante de
nos projetos dos alto-falantes que, para
Para um Home Theater podemos graves conforme potência e impedân-
terem um certo rendimento, precisam
colocar o alto-falante de graves em cia desejadas
FTE2 - Mid-range - alto-falante de ter dimensões compatíveis com os
caixa separada da forma indicada na comprimentos de onda dos sons que
médios conforme potência e impe-
figura 7, obtendo assim o efeito do devem reproduzir. É por esse motivo
dância desejadas
"bass booster" que torna explosões, que os alto-falantes de graves (de
FTE3 - Tweeter- alto-falante de
desmoronamentos e outros ruídos de agudos conforme potência e impe- bom rendimento), devem ser grandes,
catástrofes muito mais reais. dância desejadas enquanto que os de agudos são peque-
Capacitares: nos.
C1, C2 - 100 J.lF/35V- eletrolíticos (ou É claro que técnicas especiais
um só de 47J.1Fdespolarizado)
modernas, que consideram outros
6cm C3, C4, Cs, C6 - 22 J.lF/35V- eletro-
fatores, permitem que alto-falantes
Iiticos (ou dois de 10 J.lFdespolariza-
dos)
pequenos em caixas compactas sejam
Bobinas: bons reprodutores de graves, o mesmo
L1,L2,L3,L4 - bobinas - ver texto ocorrendo com os fones de ouvido.
Diversos: O fato é que os diversos tipos
Placa de circuito impresso, fios de alto-falantes têm características
esmaltados, terminais de ligação, (dimensões, construção, etc.) que
caixas acústicas ou painéis, fios pola- dependem justamente da faixa de
rizados, etc. freqüências que devem reproduzir.
Figura6

ELETRÔNICATOTAL - N° 98/ 2004


CONTROLE REMOTO'"

Um recurso poderoso para ser usado no controle remoto dos mais diversos
dispositivos é o computador. Através dele, podemos gerar sinais de comando
inteligentes e até monitorar o que está acontecendo em um sistema controlado.
No entanto, para fazer isso é preciso contar com interfaces apropriadas. Essas
interfaces nada mais são do que circuitos que permitem que o computador
"converse com o mundo exterior". Neste nosso artigo mostraremos como isso é
possível e de que modo aplicar esta tecnologia no controle remoto.
Newton C. Braga

Para se comunicar com o mundo OS SINAIS DA PORTA PARALELA


exterior, os computadores usam portas.
Existem basicamente três tipos de Os computadores são formados
portas em um PC: serial, paralela e por circuitos lógicos e em suas saídas
USB (Universal Serial Bus). A porta lógicas, como a porta paralela, só pode-
serial envia os dados um após o outro mos colocar níveis lógicos correspon-
(daí o nome "serie"), conforme ilustra a Fi ura1 dentes aos bits, ou seja "zeros e uns".
figura 1. Ela utiliza, então, um condutor Para a porta paralela de um PC, o
único por onde passam todos os dados. nível lógico O ou bit O corresponde a
O outro condutor é o "retorno". BITO uma tensão nula. O pino da porta em
Na porta paralela, existem fios para BIT 1 que isso acontecer estará aterrado
que os bits sejam enviados um ao lado BIT 2 1 ro quando o nível lógico O estiver pre-
do outro, e fios que correspondem ao 0010111 BIT3 O ~ sente. Por outro lado, o nível lógico 1
~
retorno, observe a figura 2. t
E nviado
BIT 4
BIT5
1
O
(J)
ou bit 1 equivale a uma tensão de 5 V,
veja exemplo na figura 4.
Finalmente, nos computadores
BIT6 O
mais modernos, a comunicação com Como em todo circuito lógico TTL,
BIT7 1
o mundo exterior é feita pela USB à semelhança daqueles usados nos
(Universal Serial Bus). Trata-se de um
sistema serial (em série) em que uma
PC l computadores, a corrente que pode-
mos obter de uma saída de um com-
única saída pode enviar e receber bits Fi ura 2 putador é muito baixa. Assim, ela é
de diversos dispositivos que sejam liga- insuficiente para acionar diretamente
dos no mesmo circuito, isso ao mesmo alguma coisa de maior potência como
tempo, conforme mostra a figura 3. um motor, uma lâmpada, um relé, ou
Para efeito de aplicações práticas seja lá o que for. Para controlar-se
em controle remoto, a porta mais alguma coisa com os níveis alto e
fácil de usar é a paralela, também
chamada "porta da impressora", pois
--+_--.-
f--!- ..•.••. Linha
USB
baixo das porta do PC, ligando ou
desligando algo, precisamos de um
nela é ligada normalmente a impres- circuito de interface, conforme ilustra
sora. Para utilizá-Ia, é preciso saber a figura 5.
que tipos de sinais podemos enviar A finalidade desse circuito é dupla:
através dela e em que quantidade. ao mesmo tempo que ele aumenta
Depois veremos de que forma é possí- a capacidade de controle da porta
vel fazer isso através de programas. FI ura 3 paralela, em alguns casos também

UETRÔNICA
TOTAL· N° 98 / 2004
isola o circuito do controlador dos que os sinais que correm paralelos CIRCUITOS
circuitos do PC. De fato, os circuitos de por um fio tipo "fita" como os empre-
um computador são muito delicados e gados numa impressora são muito O circuito mais fácil que podemos
qualquer erro que ocorra com o circuito sensíveis a interferências. Assim, elaborar para controle remoto pela
que estamos tentando controlar poderá alternadamente, nessas fitas coloca- porta paralela consiste no aciona-
causar sua queima. Não desejamos mos um fio de sinal e um fio de terra mento direto de um relé por um tran-
que isso aconteça com as partes de modo a servir de blindagem. sistor, sem isolamento. Esse circuito,
caras do nosso computador como, por Outro problema que decorre dessa exibido na figura 9, tem a vantagem
exemplo, o seu microprocessador. sensibilidade, faz com que os cabos de ser muito simples, mas possui a
de transmissão de sinais paralelos desvantagem de não isolar o circuito
não possam ser muito longos. Assim, do transistor do circuito do PC.
A PORTA PARALELA a ligação do computador aos circuitos Montando 8 circuitos como este
que precisam ser controlados não numa mesma placa é possível contro-
Na porta paralela do PC temos deve superar os 2 ou 3 metros. lar até 8 dispositivos externos usando
8 saídas de sinais digitais ou 8 bits o teclado do computador, mouse
disponíveis ao mesmo tempo, que ou mesmo um joystick, dependendo
podem ser usados para controlar até ANALISANDO OS SINAIS apenas do programa que vai ser
8 dispositivos simultaneamente. Estes empregado.
sinais são acessíveis por um conector Conforme vimos, os sinais presen- Um outro circuito, um pouco mais
de 25 pinos, denominado 08-25, que tes na porta paralela são níveis lógicos sensível, mas também sem isolamento
tem a pinagem mostrada na figura 6. que correspondem às tensões de do PC, é o apresentado na figura 10
Observe que temos muito mais O ou de 5 V. Todavia, se ligarmos em que usamos dois transistores.
dos que os 8 pinos necessários aos alguma coisa numa saída paralela, Este circuito exige menos corrente
8 sinais que podemos usar. Existem veja exemplos na figura 7, quando e por isso "carrega" menos as saídas
alguns outros tipos de sinais que os 5 V são aplicados, dependendo da do PC, o que significa mais sensibili-
possibilitam que o computador receba resistência do que está sendo ligado, dade, mas ele também não é isolado
de volta informações sobre os circuitos a tensão cairá. O gráfico da figura 8 do computador.
que está controlando, como no caso ilustra de que modo o sinal fica "dete- Para um circuito isolado, será
de uma impressora, para saber se riorado" quando carregamos a porta conveniente utilizar técnicas especiais
ela está pronta, se tem papel, etc. No paralela de um computador. semelhantes as que empregam aco-
nosso caso, estes sinais ainda não Dessa maneira, se vamos acionar pladores ópticos. Conforme mostra
são importantes. Também observamos algo com os 5 V da porta paralela de
um computador de modo a controlar
V(v)
remotamente alguma coisa, preci-
5
5V --~--- --- ------ samos ter um circuito amplificador
o 1 o 1 o com bom ganho, que não exija muita
corrente. 2,5
o v -- ---- ---- --
FI ura4
A tensão de 5 V cai quanto maior L- __ +---__ +-. I ( mA)
Porta for o valor de I 0;5
Porta paralela
.---, paralela+ __ --",
Fi ura8
Circuito DBOa
de
DS?
Interlsce + 6/12 V
corrente OBO
aOB?
Fi ura5 Fi ura 7
~

Saídas
I~ K1
6V /50 mA
~------~~~--------~ ou
/O? 06 D5 D4 D3 02 01 O~ 12 V/50 mA

Conector GND
D8-25

Porta ~comum
paralela

Figura6 Fi ura 9

ELETRÔNICA TOTRL- N° 98/2.


CONTROLE REMOTO :lf"

a figura 11, um acoplador óptico Assim, na figura 14 indicamos porta paralela, o monoestável é dispa-
transfere um sinal de um ponto a outro como usar este sinal para disparar rado mantendo o relé ativado por um
de um circuito através de um raio de um monoestável e assim obter uma intervalo de tempo que depende de
luz (infravermelha, por exemplo). forma de controle diferente. R e de C no mesmo circuito. Para um
Isso quer dizer que entre o LED Numa aplicação típica deste tipo capacitor de 1000 J..lFe um resistor de
emissor excitado pelo computador de controle, dependendo do programa 100 kohms, o tempo será da ordem de
e o fototransistor usado no receptor usado, o relé ou dispositivo controlado 1 minuto. A fórmula dada a seguir per-
não há contato elétrico. O isolamento fica acionado apenas pelo tempo em mite calcular o tempo de acionamento
típico entre esses dois componentes que o nível alto está presente na para valores de R em ohms e de C
chega a mais de 7 000 volts em alguns saída correspondente da porta. Se em farads:
casos. Entretanto, é preciso amplificar quisermos uma ação temporizada, T=1,1 xRxC
o sinal recebido pelo fototransistor que temos duas alternativas: fazer isso
consiste numa corrente muito fraca. pelo programa (software) ou através CONCLUSÃO
Para esta finalidade, pode ser utilizado de um circuito (hardware).
um circuito como o observado na Uma idéia simples de acionamento Os circuitos que vimos são
figura 12. por hardware é a exemplificada na apenas alguns exemplos de como
Note que o sinal obtido neste figura 15 em que usamos um circuito é possível controlar coisas através
do computador. Na próxima edição,
circuito pode ser usado para disparar integrado 555 para controlar um relé
daremos alguns circuitos práticos
um relé, como mostra a figura 13, ou a partir do sinal de um dos pinos da
de controle remoto utilizando o
para outras finalidades. porta paralela. computador e veremos, inclusive.
Quando um pulso de curta duração como usar outras saídas para essa
aparece no pino correspondente da finalidade.

BC558

6 V/ 12 V
SOmA

GNO 'o 6/12V


2
t-a 50 mA
Porta
paralela

Figura 13
Fi ura 10

+ 5 a 15 V
Fotodiodo ou
4
Fototransistor
Pastilha
~

lo~n1
do LEO t
C 3

!~!il~~
6
555
IL
t = 1,1 RC
Símbolo do fotodiodo 10 IlF 2
.w.
Fi ura 11
Figura 14

OBO
a OB? 6/12 V
'o
t-a
6/12 V
SOmA

FI ura 12 Figura 15
PLACAS DE CIRCUITO IMPRESSO MÁQUINA DE TESTAR Estamos preparando um projeto
"Quero saber se os esquemas CARTUCHOS alternativo usando um SCR num
para montagem das suas revistas de "Gostaria de saber como fazer oscilador de relaxação em lugar do
Eletrônca têm modelos de placas de uma máquina de testar cartuchos de SIDAC que, mesmo em São Paulo, só
circuito impresso, já que em alguns impressoras". é vendido em grandes quantidades.
artigos só temos o esquema elétrico. Hudson de Souza O projeto com o SCR vai ser um
Se tiverem, onde encontro?" pouco maior, uma vez que usa mais
Mauro Cezar da Silva Realmente trata-se de um projeto componentes, mas pelo menos, o
Goiãs - GO interessante. Se algum de nossos SCR é mais fácil de obter.
leitores tiver um circuito, que tal
Temos dois tipos de artigos em enviar? Poderemos aproveitá-Io em
nossas revistas. Nos casos em que nossa revista normal ou na edição BLOCOS BÁSICOS
damos o desenho da placa de circuito Fora de Série. "Li seus artigos na net e tento
impresso, ele serve de referência nunca perder as suas revistas de
para que o próprio montado r a faça, eletrônica que chegam a Portugal. O
baseado nas diversas tecnologias que INFORMAÇÕES SOBRE que eu venho pedir é se fosse possível
existem para essa finalidade, como CIRCUITOS E COMPONENTES me indicasse alguma bibliografia onde
por exemplo, com o uso dos kits CK-3 Muitos leitores nos escrevem eu pudesse aprender sobre esses
e CK-10 que vendemos. Nos casos enviando questões sobre circuitos blocos bésicos de que fala" .
- em que o ·desenho da placa não é e componentes que não estão rela- Paulo Candeias
dado, cabe ao leitor fazer o projeto cionados com matéria publicada na Portugal
das placas. Há ainda o caso em que revista.
vendemos a placa pronta, mas quando Hoje existem milhões de compo- De fato, em um dos últimos artigos
isso ocorrer, ele será anunciado no pró- nentes disponíveis e os esquemas que colocamos na Internet dissemos
prio artigo que descreve a montagem. de equipamentos comerciais nem que muitos projetos podem ser criados
sempre estão disponíveis. com base em blocos básicos, ou seja,
Assim, infelizmente não podemos circuitos mais simples que sabemos
INFORMAÇÕES SOBRE atender a essas consultas que, muitas que funcionam bem e que, por isso,
COMPONENTES - 1 vezes se referem a problemas parti- não precisam ser reprojetados. Reu-
"Gostaria de receber informações culares com equipamentos domés- nindo diversos blocos, é possível
sobre circuitos de eletrônica e tabelas ticos. Salientamos que, se para o criar coisas mais complexas, projetos
de componentes como transistores, profissional já é difícil reparar certos inteiramente novos.
Cls, diodos, capacitores, etc". aparelhos tendo-os em sua bancada, Uma referência para se obter infor-
Anésio Santos Viana imaginem o que podemos fazer sem mações sobre esses blocos é a nossa
sequer vê-Ios!" própria revista, onde a maioria dos
Existem milhares de circuitos dis- Para o caso de componentes, a projetos são justamente publicados
poníveis e milhões de componentes. melhor solução para obter informa- com base nesses blocos. Outra refe-
Para obter informações sobre eles, há ções é digitando o nome do compo- rência é o nosso "Curso Básico de
diversas possibilidades. Uma delas é nente nos mecanismos de busca, Eletrônica" em que vamos além,
colecionar os livros da série Circuitos pois isso remete-nos aos fabricantes, e ensinamos como funcionam os
& Soluções em que reunimos grande no site dos quais podemos obter circuitos básicos que podem resultar
quantidade de circuitos úteis e informa- informações detalhadas. nesses blocos.
ções como fórmulas, tabelas, carac-
terísticas de componentes. Outra
possibilidade consiste em se usar os ALTERNATIVA PARA O SIDAC Comentários, críticas e sugestões:
mecanismos de busca da Internet, "Gostaria que me indicasse uma a.leitor.eletronicatotal@editorasaber.com.br
como o Google, digitando o nome alternativa na construção do projeto ou através de cartas:
do componente quando precisamos Escada de Jacó", considerando que o Rua Jacinto José de Araújo, 315
de uma informações especifica. Isso SIDAC está difícil de obter aqui no Rio" CEP: 03087-020 - São Paulo - SP
funciona bem, principalmente com Rinaldo A.Paulino de Souza Todas as consultas poderão ser publicadas.
transistores e circuitos integrados. Rio de Janeiro -RJ

ELETRÔNICA TDmL - Nº 98 / 2004


SERVICE ;::6

Orientando as
Antenas Parabólicas
Uma rendosa atividade para o profissional é a instalação de
sistemas de TV via satélite, mais conhecida como instalação
de antenas parabólicas, seja de forma autônoma nas cidades
afastadas dos grandes centros, ou trabalhando para empresas
de "TV por assinatura" como instalador credenciado e vendedor
de assinaturas. A venda, seguida da instalação do sistema,
pode render bastante dinheiro para o profissional e não exige
equipamento caro ou difícil de usar e, além disso, não requer um
conhecimento técnico muito profundo. Neste artigo, explicaremos
como instalar uma antena parabólica comum com especial atenção
ao processo de orientação.
Newton C. Braga

Existem dois sistemas de TV em sobre a mesma posição em relação O profissional de instalação de


operação atualmente: os que se des- à Terra. antenas deve, portanto, saber para
tinam exclusivamente aos canais Para que a antena capte os sinais onde apontar a antena na localidade
abertos, operando em freqüência de um satélite, ela deve ficar apontada em que se encontra ou nas localida-
mais baixa e exigindo antenas de diretamente para o local onde ele se des próximas.
maior diâmetro (entre 3 e 5 metros), encontra aparentemente parado, e Se as localidades onde ele traba-
e aqueles que são usados para os isso com grande precisão. Isso quer lha estiverem num raio não maior do
"sistemas por assinatura" que, por dizer que sua orientação (ou posição que uns 50 km, a diferença de ângulo
trabalharem em freqüência mais alta, em relação ao horizonte ou mesmo para a orientação será muito pequena,
podem empregar antenas menores norte/sul) dependerá do local em que não devendo preocupá-Io.
(40 cm). ela for instalada. A maioria dos kits envia informações
Tomaremos como base para os Uma antena que fique próxima do sobre os ângulos de orientação para
procedimentos descritos neste artigo equador, por exemplo em Belém do as diversas localidades do país, o que
uma antena do sistema de recepção Pará, ficará praticamente apontada facilita bastante o trabalho do instalador.
dos canais abertos, portanto, antenas para cima, enquanto outra que esteja Mas, para o ajuste final da antena na
- de maior diâmetro e que podem ser longe do equador, por exemplo em posição certa é preciso conhecer alguns
adquiridas em formato de kits até Porto Alegre, ficará apontada para um procedimentos básicos.
mesmo em supermercados. Eviden- ângulo mais baixo, veja a figura 2.
temente, os mesmos procedimentos
também são válidos, com pequenas
variações, para os sistemas por assi-
natura, bastando levar em conta a
* Satéiite

posição do satélite.
Os satélites utilizados nos servi-
ços de telecomunicações para a Beiém - PA
transmissão dos sinais de TV ficam
numa órbita geostacionária, conforme
mostra a figura 1. Isso significa que
eles giram em torno da Terra na Porto
Aiegre - RS
mesma velocidade de sua rotação, o
quer significa que eles sempre ficam • il'Fi. .'IIFt•
RÔNICA íOTRL - NP 98 / 2004
As antenas parabólicas são dota- Observe que os ângulos são medi- zonte ou a linha horizontal do local.
das de suportes que permitem sua dos no sentido horário de modo que a Para esse ajuste podemos tomar
movimentação de duas formas: no partir do norte para a direita (nordeste) como referência uma linha que define
sentido horizontal (denominado "azi- temos valores crescentes desde O, o plano horizontal do local, conforme
mute") e no sentido vertical (chamado e a partir da mesma linha para a mostra a figura 9.
"elevação"), conforme ilustra a figura esquerda (noroeste) temos valores Usamos um fio de prumo que é
3. Os ajustes são feitos a partir da decrescentes desde 360 graus. Note uma "ferramenta" muito utilizada por
indicação de ângulos que devem ter que é fundamental para o ajuste da construtores e pedreiros e que pode
como referência alguma linha em antena saber onde é o norte de sua ser adquirida em casas de materiais
relação à qual possam ser medidos. localidade. de construção ou ferramentas. Assim,
Para o azimute, a referência é a O primeiro modo para determinar se a elevação de uma antena for de
linha que aponta no sentido norte/sul, o norte é pela observação do movi- 40 graus em relação ao horizonte,
observe a figura 4, tendo ponto O mento do Sol, que se realiza no isso significa que teremos um valor
coincidente com o Norte geográfico .. sentido leste/oeste. Ficando de frente complementar em relação à vertical
Se for indicado que em determi- para o poente e abrindo os braços, a de 50 graus, ou seja, um ângulo obtido
nada localidade a antena tenha um nossa mão direita vai apontar para o tirando-se 40 de 90 graus.
azimute de 30 graus, isso significa norte, atente para a figura 6.
que ela deve ser apontada para um O segundo modo é pela a obser-
ponto a 30 graus à direita da linha vação da constelação do Cruzeiro do
que aponta para o norte, conforme Sul: prolongando de forma imaginária
mostra a figura 5. o braço maior da cruz, teremos a
posição do pólo sul celeste. Evidente-
mente, na direção oposta teremos o
norte, de acordo com a figura 7.
O terceiro modo, mais simples
e até mais preciso, pois funciona
a qualquer hora do dia e da noite,
é o que faz uso da bússola. Esse iil!ii1bi•
instrumento consiste de uma agulha
magnetizada que pode girar sobre um
eixo. Ela se orienta segundo as linhas Cruzeiro do sul ~. ~.~ d
de força do campo magnético da Terra

'\
que, na maior parte das localidades,
,,
Movimento B
..........
.)......j._ (azimute) estão mais ou menos no sentido " 4d
norte/sul, observe a figura 8.
Horizonte
liIh'lkM Dizemos mais ou menos, pois \ Sui

ocorrem pequenas variações de local


0=3600 para local, mas os fabricantes de
,
'N
,, antenas fornecem tabelas que per-
,, mitem corrigir as indicações das
,, bússolas para se obter a posição
-
, correta do pólo Norte. Norte iil!ili€i.
27oo-----------~------------900
O : L
. Para usar a bússola, basta
,, colocá-Ia na palma da mão e observar
,,
, que a agulha apontará para o norte,
S: após estabilizar qualquer movimento.
~BÚ"OI'
1800 UiIlkC· Fazendo com que a posição norte da
~ M-
escala coincida com o norte apontado
(Norte) . pela agulha, teremos com precisão
todos os ângulos que precisarmos
-------------~-------r~-----. para a orientação de uma antena.
/ ,,/ Horizonte
I
,/

/
-:
Mas, atenção! O uso da bússola deve
I
I
I

/
/
/
ser feito longe de objetos de metal
I

/30~'"
//
magnetizados ou de grande porte. .....-- Fio de prumo
Obtido o "azimute" do local e colo-

,~::'"'
ELETRÔNICA TDTRL - N!! 9S'/{
iil!il'F",
cada a antena na posição correta,
passamos ao ajuste "elevação", que
toma por referência a linha do hori- iil!il'Fi'
Esse ângulo pode ser facilmente COMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA isso reflexões de sinais capazes
medido com um transferidor. Trata-se de provocar distúrbios como, por
de uma espécie de régua em forma A fixação e orientação da antena exemplo, fantasmas.
de meia lua graduada em ângulos, é apenas uma parte do serviço que Se o profissional tiver a possibili-
veja a figura 10. deve ser realizado na instalação do dade de experimentar a recepção
O transferidor é usado colo- sistema de TV via satélite. junto à antena com um televisor
cando-se sua parte central no ponto Na figura 13 vemos o restante do portátil, no final da linha de trans-
de confluência das linhas que formam circuito a ser instalado, que consta missão será fácil detectar qualquer
o ângulo. O zero deve ficar coincidente ainda dos cabos e o receptor de anormalidade devida à instalação
com a linha que serve de referência satélite propriamente dito, o qual deve imperfeita do cabo.
para a medida do ângulo. A outra ficar junto ao televisor. Este sistema é
linha que delimita o ângulo irá, então, o básico, usado para alimentar apenas
passar pelo valor correspondente da um televisor, uma vez que, conforme
escala do transferidor. dissemos, existe a possibilidade de se
Na figura 11 indicamos como usar usar uma única antena para mais de
o transferidor para medir a elevação um televisor, em um sistema comuni-
de 45 graus exigida para a antena que tário (condomínio, por exemplo), ou
tomamos como exemplo. mesmo numa residência com diversos 0°'-------'-------'180°
Feita a orientação, conforme os televisores. iil!i"€iI ••
procedimentos indicados, o sinal já Em muitos condomínios, o que
poderá ser captado com certa inten- vemos é uma grande combinação de
sidade. Em seguida, o profissional sistemas de recepção que, além da
deverá fazer pequenos retoques no antena parabólica, ainda incorporam
ajuste de modo a obter a maior inten- antenas para a recepção dos canais
sidade de sinal. Esses retoques são normais, inclusive estações de FM
feitos movimentando-se suavemente locais.
a antena para os lados, para cima Assim, devemos passar o cabo de
e para baixo, acompanhando-se a sinal até próximo do televisor usando
qualidade da imagem obtida em um para isso o menor percurso possível, iiI!'I'€ill
receptor que sirva de prova ou no e evitando a proximidade de fontes
definitivo. de interferências.
É interessante que o profissional Uma fonte de interferências é
instalador disponha de um modo a linha de transmissão de energia
prático de fazer a verificação da elétrica. Por este motivo, os canos DDD
imagem, empregando, por exemplo, por onde passam os fios da rede de
um ajudante com um intercomunica- energia não devem ser utilizados para
Sem DO D õOõ
dor sem fio (walk-talkie). principal-
mente se a antena ficar muito longe
enfiaros cabos de sinal da TV.
Lembramos que esses sinais
recepção

" -: "
~:
O O Q OO Recepç~o
r:I

ODDuODODO norma
J)(j{'
"
do receptor.
Se o volume de serviço de insta-
operam com freqüências bastante
altas (950 a 1450 MHz), o que deter-
,tJ' °m lll
mo l'b
lação for grande, pode-se adquirir um mina que os cabos sejam de exce- iiI!"'dir4
instrumento de grande utilidade neste lente qualidade e tratados com muito
trabalho, um "medidor de intensidade cuidado.
de campo". Ele é ligado na antena para Não devem ser feitas curvas acen- Entrada de antena

medir a intensidade do sinal que está tuadas que, além de forçar mecani- ou áudio/vídeo

chegando. Assim, movimentando-se a camente o cabo, também podem


antena, pela indicação desse instru- ser responsáveis por indutâncias TV
mento pode-se chegar a posição que, parasitas que afetam a propagação
com certeza, é a que proporciona do sinal. As curvas deverão ser feitas
melhor sinal para a recepção. conforme mostra a figura 14. iiI!'''rillC'
O local em que a antena irá ficar Os fixadores dos cabos devem ser
também precisa ser escolhido cuida- de tipos apropriados que não causem
Curva
dosamente. Não pode haver nenhum danos.

=rr
acentuada
obstáculo entre a antena e o local onde Um deslocamento da posição da
se encontra o satélite. Será impossível malha de um cabo de alta freqüência
captar os sinais, se a antena estiver numa curva acentuada (num esforço
por trás de uma árvore, morro ou um maior ao ser esticado) poderá modifi-
edifício, observe a figura 12. car sua impedância, causando com
o receptor de satélite deve ficar Outro fato que deve ser comen- sinais interferentes "pelos lados" de
junto ao televisor, independentemente tado: utilizando um receptor via satélite uma forma mais acentuada).
dó fato de ter ou não controle remoto. para os canais abertos, o usuário A proximidade da antena de linhas
Isso é importante porque os cabos passa a captar o sinal gerado dire- de transmissão ou ainda de equi-
de saída de RF ou vídeo/áudio do tamente pela estação mestre que pamentos elétricos e eletrônicos
receptor devem ser os mais curtos comanda a rede. Esta estação nor- que possam causar emissões inde-
quanto seja possível. malmente corta os anúncios nos sejáveis, poderá ser outra fonte de
Lembramos que a maioria dos intervalos dos programas, para que interferências e ruídos.
televisores modernos possui entradas sejam inseridos anúncios de TVs
de áudio e vídeo, sendo por isso locais que transmitem os sinais.
TV
também chamados de monitores de Isso significa qué, em determinados
vídeo. momentos, a transmissão fica "em
Os cabos de áudio e vídeo são branco", ou seja, apenas temos o sinal
diferentes, e se for feito o uso inde- correspondente a uma tela limpa.
vido, podem acontecer problemas de O usuário também deve ser orien-
propagação do sinal com perdas de tado de que os sinais captados de
definição da imagem e até alterações forma "em baralhada" correspondem
nas cores. aos canais por assinatura, dos quais
É importante ademais, que o já tratamos. '---+-- Receptor

receptor de satélite e o televisor não


tenham suas ventilações afetadas
pela instalação do sistema, segundo PROBLEMAS DE RECEPÇÃO 11'116'''1
indica a figura 15.
Veja que o sol incidindo dire- O principal problema que pode
tamente sobre esses aparelhos afetar a recepção de sinais via satélite Sintonia
Liga/desliga
também pode ser causa de problemas é a interferência dos links terrestres.
graves. Os sistemas de telecomunicações
de microondas empregam estações
retransmissoras de distância em Polarização
ORIENTANDO O USUÁRIO distância, de modo a levar sinais
por longos percursos. Ocorre que
Nos receptores com controle estes sinais estão numa faixa de
remoto, a escolha dos canais é feita freqüências muito próxima das usadas Satélite k I

pelo transmissor desse controle, pelos sistemas de TV via satélite. I

~\:m:m:,,./~
Repetidora i
enquanto que a sintonia pode ser feita Como os receptores de satélites
de modo digital ou linear no painel. são extremamente sensíveis, dada
Nos equipamentos de sintonia a pequena intensidade do sinal que -J\
contínua pode haver a necessidade devem captar, qualquer pequeno sinal
da comutação manual da polaridade, de outra origem poderá facilmente se
ou seja, quando passamos de um sobrepor ao sinal desejado, causando
interferência \ /Sinai do
canal H para um V, devemos acionar problemas.
a chave correspondente existente no Bastará um pequeno "escape" do satéiite
painel. sistema de microondas local para que Antena
Para estes receptores mais antigos o sinal entre lateralmente pela antena
e mais simples, como nos televisores parabólica com intensidade suficiente ~ -1ii!=-·"-if-j!'ICr.:lI>
comuns onde temos sintonia contínua, para causar problemas de recepção,
deve-se girar vagarosamente o seletor tais como faixas na imagem, ondu-
de modo a obter a posição de melhor lações, instabilidades, etc., veja a Satéiite iIt I

recepção, aquela em que entram o som figura 17. I


I

e imagem sem distorções (figura 16). A resolução desse problema pode I


I

Os receptores de sintonia contínua estar na escolha de uma posição mais - - - -- -- - ----- - - - - -,- -
\ I
I
_.
são os das primeiras gerações e, favorável da antena, que coloque um
'. f '~
portanto, mais simples. Precisamos
falar deles, pois o profissional não
obstáculo natural ao sinal interferente,
observe a figura 18. J \ ~\~erferênci~/ U/ (
apenas irá trabalhar com sua insta- Até mesmo a instalação de uma
lação, como eventualmente poderá antena em um vale poderá ser mais ~ Antena
receber tipos de todas as gerações vantajosa do que num local alto (onde
para reparos em sua oficina. ela poderá ficar sujeita à entrada de o Iii!"lijil:'

ELETRÔNICATOTRl - Nº 98/ 200


Uma antena muito próxima de mais do que uns 40 em de diâmetro No Brasil não temos queda de neve
uma parede poderá ter problemas, e são muito leves, não se exigem (salvo em muito poucas localidades
se sinais indesejáveis refletirem nela os mesmos cuidados. Até mesmo o do Sul), mas isso não significa que o
chegando à antena. parapeito de uma janela serve como clima deva ser desprezado.
A topografia do local, a presença de ponto de fixação. A fixação da antena deverá ser feita
construções e de vegetação também No telhado deve ser previsto um de modo que, mesmo com ventos mais
devem ser estudadas para poder ajudar sistema que fixe a antena na própria fortes, não venha a sofrer oscilações
na recepção, evitando interferências e estrutura que o sustenta. O vento muito grandes (que podem instabilizar
ruídos e não provocando-os. lateral, batendo na antena, multiplica a recepção) ou mesmo cair.
Evidentemente, considerando os o esforço na sua base por um efeito Para o leitor que pretenda se
problemas mecânicos que podem de alavanca e isso pode causar sérios especializar na instalação de ante-
ocorrer na instalação como, entre eles, estragos, não só derrubando a antena nas parabólicas sugerimos que adqui-
a dificuldade de se encontrar em um como até causando danos ao telhado rida obras complementares sobre o
telhado um local que possa sustentar da casa em que ela estiver instalada. assunto, as quais são muito completas
o peso da antena. Diferentemente das Com relação aos problemas que em relação à enorme quantidade de
antenas comuns de TV, as antenas da podem ocorrer devido aos cabos, fantas- sistemas que podem ser elaborados,
faixa C pesam muito, o que exige um mas e perdas em determinadas faixas à grande quantidade de técnicas
método de fixação bastante forte. de freqüências são os mais comuns. de orientação e principalmente em
Para a instalação das antenas de Conectores mal colocados podem, relação ao service dos equipamentos
menores dimensões dos "sistemas inclusive, ser a origem de diversos específicos, o que exige um preparo
por assinatura", as quais não têm tipos de problemas. muito especial.

VISHAY LANÇA O MENOR TRANS- C~LULASOLARFORNECEUMA BUFFER DE VíDEO DA MAXIM


CEPTORINFRAVERMELHO TENSÃO DE SAíDA DE 7,5 V MAX4032

Medindo apenas 1,9 mm x 3,1 A Clare está apresentando uma O Circuito Integrado MAX4032,
mm x 6,0 mm, o TFBS4711 é um nova célula solar que pode fornecer da Maxim, consiste de um Buffer de
transceptor IR serial compatível com tensões de saída que chegam aos 7,5 Vídeo de 5 V com 6 dB de ganho e
as especificações IrOA. V com uma corrente que alcança 12 ~A. saída com correção sag.
O dispositivo consta de um foto- O novo componente, denominado O novo dispositivo é disponível
diodo PIN, um LED infravermelho e CPC1810, pode ser ativado tanto por em invólucros SOT23 e SC70, tendo
um circuito CMOS de controle. luz natural como artificial, sendo indi- sido projetado para excitar cargas com
O circuito opera com entradas de cado para aplicações em dispositivos acoplamento AC de 150 ohms em
alimentação de 2,4 V a 5,5 Vetem portáteis como elemento de recarga aplicações portáteis, tais como câme-
uma distância típica de linkde 1 metro das baterias. ras fixas, OVOs portáteis, camcorders
e uma distância de transmissão de O dispositivo é o primeiro dessa digitais, PDAs e telefones celulares.
até 8 metros. família de produtos disponível em A correção sag introduz uma com-
Outras especificações são uma . invólucro metálico TO-39 de 4 pinos, pensação de baixas freqüências que
corrente de repouso de 75 ~A e com uma janela para a entrada de luz. reduz o valor do capacitor de acopla-
uma corrente no modo shutdown de Como a estrutura interna é escalável, mento caro de 330 ~F (normalmente),
apenas 8 nA. os futuros produtos dessa linha pode- usado no acoplamento AC, permitindo
Mais informações podem ser obti- rão não somente estar disponíveis o emprego de um capacitor mais
das no site da Vishay Intertechnolo- em outros invólucros como fornecer barato, de apenas 22 ~F.
gies em: www.vishay.com tensões de saída de 2 a 30 V. O MAX4032 opera com uma fonte
Mais informações podem ser obtidas simples de 5 V e consome apenas
no site da Clare em: www.clare.com 6,5 mA de corrente. Na condição
shutdown, seu consumo cai para
apenas 150 nA.

a...:oRTAIlLe;DtO AMP

~., -SVOI'€RA1101l
~~~. - SAG CORRfcn~H
~. ~ 1SOnA S1!>s:do••••
.II11AXIM MAX40S2 ~ selO PACKAGE

liôNICA TOTRL - NO98 / 2004


,

APARELHO/MODELO: Receiver Digital/Analógico 8TR 43488 REPARAÇÃO Nº 001


DEFEITO: FM falhando. José Luiz de Mello
Rio de Janeiro - RJ
RELATO:

Ao ligar o aparelho, o som do (80NY CX168J). Quando pressionava contato entre os pinos 11 e 25 e
FM parava de modo intermitente. esse CI, entretanto, o som falhava. o chassi. Feita nova soldagem,
Ao verificar o circuito de FM, encon- Verificando as soldas na placa de removendo a interrupção, o apare-
trei as tensões corretas no IC201 circuito impresso, descobri um mau lho voltou a ter um funcionamento
FR 201 normal.

ELETRÔNICA TOTAL - NO 98/ 2004


PRATICAS DE SERVICE ' <'

APARELHO/MODELO: TV em cores 20GL 1049 MARCA: Philips REPARAÇÃO N2 002

DEFEITO: Inoperante AUTOR: Paulo Artur de Araújo


Rio de Janeiro - RJ
RELATO:
Tudo estava normal até a
saída dos retificadores, As tensões
encontradas estavam de acordo ~------~ •• ----~ 70VA
com o diagrama, Seguindo a linha
BZX79C15
de alimentação, fui diretamente
ao Q7320, o qual estava aberto. 2320
470 P
Fiz a troca desse componente e
150 kn
o funcionamento correto foi resta-
belecido. 3320

2323
T RES

APARELHO/MODELO: Compact Oisc Player LX-15 REPARAÇÃO Nº 003


DEFEITO: Não puxa, apenas empurra o prato do CO. Não lê oCO. AUTOR: Júlio César Fais
Varginha - MG
RELATO:
Para resolver o problema de Engrenagem do
não puxar o prato do CO, precisei +
motor gasta
apenas trocar a correia que estava
frouxa e quebradiça, além da
r---~ r-
engrenagem do motor que se
encontra gasta. Correia
Para a leitura do CO, constatei
que o problema estava no sistema
danificada
de leitura óptica. Com a troca da
cabeça que estava danificada, t
o aparelho voltou a funcionar nor- Engrenagem que traciona
malmente. A cabeça de leitura o prato do CD.
deste aparelho é Modelo CM-H5.

APARELHO/MODELO: VCR Mod JC10628 REPARAÇÃO NQ 004


DEFEITO: Ruído no som e na imagem. O som e a imagem aparecem Luiz Roberto Martins
e desaparecem. Cuiabá - MT
RELATO:
Este é um defeito "pegadinha" que deixa os técnicos malucos, porque Ranhuras que se gastam
perdem tempo trocando todas as prováveis peças, inclusive as mais caras /
como o braço tensor da fita. O defeito é simples de ser resolvido, visto que
todos os técnicos deveriam trocar as cabeças mesmo estando boas! Ocorre
Cilindro visto
que no tambor (cilindro) que é removido, existem ranhuras nas quais a
fita adere afetando a tração. Com isso, essa tração provoca um desgaste.
Assim, após trocar as molas e o próprio braço tensor, bem como as
- -L Ir
de frente

Cabeças c/ "gap'
correias, substituí as cabeças de vídeo e, com isso, o aparelho voltou a
funcionar normalmente.

~' ELETRÔNICA TOT8L - N° 98 / 2004


JJ C )00
m m
r "11
m
~
JJ
Solicitação de Compra
ô:t"ê800:::To. ~ =i m Para um bom atendimento, siga estas instruções:
"'';3co3:::;-::::l~co 9 9 r:2:,
3 "b 3' o...•_.
I»-c" " rol
rooCO"O
3"....... ~ a 15 3.0 8 -,
O
til s:
-- COMO PEDIR COMO PAGAR - escolha uma opção:
coo~o- ..•.
~C::::l9: I» o
o Faça seu pedido preenchendo esta
~l»l»mo.u>~!e.iii - Cheque = Envie cheque nominal à Saber Marketing Direto
c m
N
CO
co"OI»3 cocol»fii r solicitação, dobre e coloque-a em
. ~ o- I» () ::::!. ::::l fii3 9 qualquer caixa do correio. Não Ltda. no valor total do pedido. Caso não tenha conta bancária,
Q?.co~»roco::::lco --l dirija-se a qualquer banco e faça um cheque administrativo.
:::T;::::.»G)CJ1::::lo.~ precisa selar.
000 - :::ToCO <
<' o.c.:>c.o <ll - Vale Postal = Dirija-se a uma agência do correio e envie
0,,3co<3CI» 3
;+cocol\)' I»coo o
VALOR A SER PAGO um vale postal no valor total do pedido, a favor da Saber
gs:9:;Ã(J)
.!....occo•..•.
Ô()
- o Após preencher o seu pedido, Marketing Direto Ltda., pagável na agência Belenzinho - SP
(i) some os valores das mercadorias (não aceitamos vales pagáveis em outra agência)
I» ro 9 :::T ~ ~~. I»
c .....< 3 co 1»'::::l 3
Ul
e acrescente o valor da pastagem
::::la~U>;::+o°-g e manuseio, achando assim o - Depósito Bancário = Ligue para (11) 6195-5330 e peça
() () _. co co - I\):::!>
õ' ro :::!>!e.
_. o I\)o valor a pagar. informações. (não faça qualquer depósito sem antes ligar-nos)
::::l "êl».o::::l::::ll»
I» o.co < c 0.1»'0.
...•° _.1» co co ° Q OBS: Os produtos que fugirem das regras acima terão instrução no próprio anúncio.
Não atendemos por reembolso postal.
Pedido mínimo R$ 25,00 T098 I VÁLIDO ATÉ 10/05/2004]

Quantidade Produtos Valor R$

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c::J Estou efetuando um depósito bancário
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APARELHO/MODELO: PX de 40 canais - 77095 REPARAÇÃO Nº 006


DEFEITO: Inoperante.· AUTOR: Vinicius Alves de Oliveira
Barão de Cocais - MG
RELATO:
O aparelho tinha características
bem difíceis de analisar: ao se colocar Em curto
os fusíveis, eles queimavam. Depois
de verificar o estágio de alimentação
do aparelho e nada encontrar, passei
para as outras etapas chegando ao
transistor Q26 (em curto). Feita a troca
do transistor de RF, o aparelho voltou
a funcionar normalmente. O curto no
transistor pode ter sido causado por
uma sobrecarga devido à presença
de ondas estacionárias ou mesmo à
operação do aparelho sem carga.

-ELETRÔNICA TOTRL - N° 98 / 2004


CASA INTELIGENTE:
-> Irrigador de Jardim
-> Controle para Nível de Piscines
-t;> Aquecimento. Central de Agua
Nas edições anteriores apresentamos ao leitor um pequeno CLP (Controlador
Lógico Programável), o ~Dx Dexter. Com este pequeno CLP é possível realizar
tanto automações de nível industrial como também residenciais e prediais. Neste
artigo, continuaremos abordando o uso do Dexter na automação de uma "casa
inteligente".
Márcio José Soares

CONTINUANDO NOSSA Na edição n° 94, de setembro/ou- no artigo anterior da possibilidade da


PRIMEIRA APLICAÇÃO tubro de 2003, em nosso primeiro "personalização"da aplicação para cada
artigo desta série, demonstramos caso!? Aqui isso também se aplica.
Na edição n° 97, de janeiro/feve- algumas placas "extras" para auxiliar
reiro de 2004, iniciamos uma aplica- nas medidas analógicas e outros con-
ção com o ~Dx visando à segurança troles. Uma delas é esta, na figura 1.
de uma residência. Demonstramos Trata-se de um sensor de umidade
como montar um alarme e um controle . para o solo. Com este sensor é pos-
de lâmpada externa automática. sível detectar a umidade do solo e
Agora daremos continuidade a fazer com que o ~DX Dexter ligue
aquela aplicação, inserindo novos uma válvula para a rega das plantas
tópicos relacionados com a auto- quando necessário, sem a nossa
mação de uma "casa inteligente". intervenção. Outras informações sobre Figura 2 - Válvula utilizada em máquinas
Demonstraremos como construir um a montagem e o uso deste sensor, de lavar.
irrigador de jardim, um controle para podem ser obtidas na edição onde o
aquecimento central de água e um mesmo foi publicado.
controle de nível para piscina. Assim, o Sendo assim, poderíamos instalar CONTROLE PARA
leitor poderá ter um sistema capaz de um ou mais sensores e disponibilizar NíVEL DE PISCINAS
controlar não somente a segurança, também uma ou mais válvulas para a
mas também outros itens relacionados rega do jardim. Tudo disposto "estrate- Se o leitor observar atentamente
à "casa inteligente". gicamente" de acordo com o tipo de o sensor de umidade, verá que é
planta e também o tamanho de cada possível aplicar o mesmo no controle
jardim. Lembra-se quando tratamos do nível d'água para piscinas.
IRRIGADOR DE JARDIM
ENTRADA
Este tema já foi abordado aqui na
Eletrônica Total, e despertou grande
interesse por parte de nossos leitores.
Todos sabemos como é difícil cuidar
de um jardim. É preciso regá-Io sempre
para mantê-Io "vivo" e bonito. Porém,
para muitos esta tarefa é um tanto
difícil. Trabalho, escola, e outras ativi-
dades podem nos manter afastados
de casa quase que o dia todo.
Muitas poderiam ser as soluções,
mas a mais lógica é sem dúvida alguma
a "automação de nosso jardim". Figura 1 - Diagrama e maneira de Instalar o sensor de umidade no solo.

ELETRÔNICATOTAL - Nº 98/200
AUTOMACÃO \'

o sensor deve ser posicionado A melhor solução para estes casos qualquer, como o caso da que esta-
para acusar o nível d'água desejado, ainda é ligar o sistema durante um mos apresentando até o momento. A
desligando a bomba quando este for período, e desligá-Io antes do uso figura 5 mostra essa expansão.
alcançado, evitando o desperdício (muitos fabricantes não recomendam o Nesta edição pretendemos apenas
durante um provável transbordamento. uso do chuveiro com o sistema ligado). apresentar ao leitor, usuário ou não
Veja a figura 3, abaixo. Os fabricantes deste tipo de sistema do j.JDX,mais este recurso do equipa-
fornecem informações para ajudar o mento. Assim, aquele que já dispõe
usuário a estabelecer o tempo que e utiliza o mesmo, poderá pensar
Para o o "aquecimento" deve ficar ligado, no aumento de portas de entrada e
circuito
levando em conta o tamanho da caixa saída que suas aplicações podem ga-
d'água utilizada (tempo x litros). nhar, quem não utiliza o equipamento
O leitor já deve ter percebido que poderá agora analisar a aquisição
automatizar este tipo de sistema não é deste com mais tranqüilidade, já que
difícil, mas extremamente necessário, mais um recurso foi apresentado.
Figura 3 - Utilizando o sensor para controlar pois facilitaria muito a vida de quem Lembrando sempre ao leitor que o
o nível de uma piscina. depende dele. Basta calcular o tempo síte do fabricante, www.dexter.ind.br.
requerido para aquecer a quantidade oferece muitas informações sobre
de água presente na caixa d'água (de o equipamento e suas possíveis
AQUECIMENTO acordo com as informações fornecida expansões, assim como o download
CENTRAL DE ÁGUA pelo fabricante) e ligar o sistema de do manual, do software PG utilizado
acordo com o uso do chuveiro na casa. na programação do j.JDX e muitas
Algumas residências têm duas O que propomos é utilizar o relógio outras. Vale a pena uma consulta.
caixas d'água separadas para o chu- interno para ligar o sistema duas
veiro. Uma delas para água fria e a vezes ao dia: pela manhã e à noite, con-
outra para água aquecida. O aqueci- trolando o tempo que o sistema deve
mento desta pode ser feito através de permanecer ligado (suficiente para
células solares, a gás ou através da aquecer na temperatura desejada).
rede elétrica.
No caso das que usam a rede
elétrica, o controle é feito por um EXPANSÃO DE
termostato ou, na maioria das vezes, ENTRADAS E SAíDAS
pelo ligar e desligar de uma chave
(disjuntor). Uma situação um tanto O leitor que está acompanhando
incômoda para a grande maioria dos esta pequena série de artigos já
usuários deste tipo de sistema. deve ter notado que se juntarmos a Figura 5 - Expansão de entradas e saldas
O leitor pode estar se perguntando, aplicação de segurança, detalhada para pDX Dexter.
por que não deixar o aquecimento no artigo publicado na edição n° 97,
central (figura 4) ligado?! A resposta de janeiro/feveiro de 2004, a esta que
é simples! Economia! propomos agora (irrigador de jardim, DISPOSiÇÃO DOS
antitransbordamento para piscinas e ELEMENTOS DE CONTROLE
controle de temperatura para caixa
d'água), nosso j.JDx Dexter ficará Como foi feito na edição passada,
com todas as suas entradas e saídas na figura 6 apresentamos a disposi-
utilizadas. ção dos elementos a serem controla-
Se o leitor resolvesse implementá- dos. O leitor notará que os dispositivos
Ias perceberia logo que todas as de segurança utilizados estão presen-
entradas e saídas disponíveis foram tes, marcados em azul. Os marcados
utilizadas. E não somente isso. Tente em vermelho são os comentados
Figura 4 - Aquecedor Central aplicar mais de uma válvula e mais de nesta edição.
um sensor para o irrigador de jardim. É importante salientar que os
E este custo não seria muito menor Sem perder alguma parte do sistema, contatos presentes nas saídas do j.JDX
se controlássemos a temperatura da isso não seria possível. foram desenvolvidos para suportar
água com um termostato, por exemplo, Para isso, foi desenvolvido uma até 10 amperes máximos. No caso do
pois apesar de não ficar ligado por expansão de entradas e saídas para controle de aquecimento ou mesmo
todo o tempo, seriam poucos os o j.JDX.Com essa expansão dispomos bomba para piscina (se este for o
períodos em que o sistema ficaria de mais oito entradas e oito saídas, caso), talvez seja necessário aplicar
desligado. A economia não seria aumentando significativamente as um relé extra de apoio, com contatos
grande e, portanto, significativa. possibilidades de uma automação preparados para uma corrente maior

.ELETRÔNICA TlJTRL - N" 98 ' 2004


Alimentação precisamos apenas do relógio interno
r---'""I
externa do IJDX. Assim a saída "84" será
~-===+~=+-+-::::=;~-===+-+--Sl ,"'7·, ~ + V
,: ,;:' ...':,
(12V ou 110V)
Q)
ligada todos os dias às 5:30h e 17:30h
r-----.------if--t-:' (.7:: E1 E1 c
e desligada às 7:00h e 19:00h. Temos
:"..... : l!?
__ -+--+;I <7;: GND U) então, um período de uma hora e
'::_!
!... trinta minutos de aquecimento pela
manhã e outro à noite.
Este período é ideal para quem
acorda as 7:00h para trabalhar e
chega em casa por volta das 19:00h.
Os horários podem ser alterados para
r ...•_.•'
ficar dentro das necessidades de cada
NF:(7::
: : um. O período de aquecimento deve
S3 C:,:\,{>-~:-+-------,
I •••
.,....

,
ser feito de acordo com a informação
:/'''-~'-+---, "tempo x capacidade da caixa d'água",
NA::,~::! fornecida pelo fabricante.
CN1 da fotocélula - Os outros blocos presentes nesta
A alimentação da placa automação são os blocos para "Pulso".
deve ser feita com fonte Este bloco realiza um pulso após um
externa ( sem Ligação comum) determinado período, previamente
Ligar conforme estabelecido. No caso do nosso pro-
descrito na figura 1 grama este tempo é de 2 minutos.
Válvula de irrigaçao
Resistência de aquecimento Alimentação
Todas as saídas dos blocos de
externa "Pulso" são ligadas à entrada de um
(110ou 220 V) bloco "Biestável". Assim, todos os reló-
Figura 6 - DIsposição dos elementos para a apâcacáo proposta gios podem ser ligados a uma única
chave, do tipo normalmente aberta.
(figura 7). A escolha deste relé deve BLOCOS DEDICADOS Às 5:30h o biestável recebe o
ser feita de acordo com a corrente AO IRRIGADOR primeiro pulso e liga a chave. Às 7:00h
total consumida pelo equipamento a o biestável recebe um outro pulso e
ser controlado. É aconselhável que o Observando o programa, o leitor desliga a chave. Às 17:30h um outro
relé selecionado possa trabalhar com notará que os primeiros blocos são pulso recebido faz com que o biestável
uma folga mínima de 30% em relação os mesmos utilizados na aplicação- volte a ligar a chave e às 19:00h o
a esta corrente. da edição n° 97. biestável recebe outro pulso que o
O bloco responsável pelo controle fará desligar a chave.
Saída do do irrigador é ativado pela entrada
dexter
.r:
Tensão de alimentação
para o relé de apoio
"E4". Nesta entrada está ligada a
placa "sensor de umidade", que é
Nota: Aconselhamos ao leitor que se
interessou pelo uso do IlDX em automação
ativada quando a umidade do solo residencial, adquirir as edições 94 e 97.
Novas Nelas, tratamos de assuntos que estão
está alta. Ou seja, nosso sensor testa
saídas relacionados a essa edição e assim será
com
a umidade do solo e se ela estiver alta, possível compreender com maior profundi-
maior a chave NF será ligada, desativando a dade tudo que será tratado sobre o IlDX
corrente saída "83" e desligando a válvula. Dexter.
de
A aplicação para controle de nível
trabalho
de piscinas é exatamente a mesma,
não necessitando nenhuma alteração CONCLUSÃO
Figura 7 - Relé extra de apoio. no programa. Quando o nível for atin- Desejamos que todos percebam as
gido, a chave "normalmente fechada" possibilidades de um novo e grande
será ativada, desativando a saída "83" mercado de trabalho que se abre ao
o PROGRAMA e desligando a bomba. Técnico em Eletrônica: a automação
residencial e predial. É necessário
o programa utilizado para esta que o técnico esteja preparado para
aplicação está disponível no site da BLOCOS DEDICADOS AO AQUE- mais este segmento. tanto na qua-
revista, www.eletronicatotal.com.br. CIMENTO CENTRAL DE ÁGUA lidade de informações a respeito
O leitor notará que ele é a soma das como também no conhecimento dos
duas aplicações já apresentadas; Para esta auto mação, o leitor equipamentos disponíveis para tal!
segurança (edição n° 97) e mais as observa que não utilizamos nenhuma Até nossa próxima autornaçãol
presentes neste artigo. entrada. Isso não é necessário, pois

ELETRÔNICA TOTAL - Nº 98/ 2004


PROGRAMACÃO ~:

Linguagem IIC"
Todos sabem a importância da informática no mundo atual. Os
PC's estão presentes nos vários segmentos de nossa sociedade
(em casa, escolas, empresas, comércio, etc). E como não poderia
deixar dê ser, um novo e maravilhoso mercado foi aberto. E
não somente para aqueles que pretendem se especializar na
manutenção destas máquinas (os PC's), mas também para
o técnico
aprendizado
pequena
em autornação.
de uma linguagem
Porém,

série que agora iniciamos,


para estes
de programação
pretendemos
é necessário
e assim nesta
demonstrar
o

ao
parte I
leitor as possibilidades desta poderosa linguagem de programação,
a "Linguagem C".
Márcio José Soares

A LINGUAGEM "e" inteligibilidade não é das melhores e E isso é uma grande vantagem. A
exige mais do programador (usuário). linguagem "C" utilizada atualmente
Atualmente existem muitas lin- Um outro ponto importante sobre a para PCs, guarda as mesmas carac-
guagens de programação. Elas são linguagem Assembler é que para cada terísticas da utilizada em um PowerPC
. divididas em dois níveis básicos: as de máquina existe uma diferente. Isso ou em um Mac, da mesma maneira
"alto nível" e as de "baixo nível:'. porque o Assembler, é desenvolvido . que em um microcontrolador PIC,
As linguagens de "alto nível" rece- geralmente pelo fabricante do micro- 8051 Intel e outros. Não importa
bem este nome, pois se aproximam processado r ou microcontrolador. qual a "plataforma" empregada no
mais do usuário (programador) do que Assim, muitos programadores aprendizado, seu uso será basica-
do hardware da máquina. Com estas começaram a pesquisar sobre a cria- mente o mesmo, bastando apenas um
linguagens é possível desenvolver ção de uma linguagem que se aproxi- conhecimento prévio da mesma.
programas para banco de dados, masse mais do "usuário" e que permi-
gestão administrativa, e muitos outros. tisse, ao mesmo tempo, um controle tão
A maior vantagem destas linguagens é bom quanto o Assembler sobre o hard- HARDWARE E SOFTWARE
o seu fácil entendimento. Os coman- ware. Então, nasceu a linguagem "C".
dos (instruções) são colocados de Sua grande vantagem está na porta- Vamos estabelecer algo impor-
maneira muito inteligível. e o usuário bilidade. Um programa desenvolvido tante que ajudará a compreensão
não precisa se preocupar em conhe- em linguagem "C" para o antigo pro- do que será dito daqui por diante.
cer ou não a plataforma de trabalho cessado r 80286 pode facilmente ser Estamos tratando da diferença entre
(hardware). recompilado para ser utilizado em um hardware e software.
Já as linguagens de "baixo nível" Pentium 4. Sempre que falamos em "har-
aproximam-se mais do "hardware" Atualmente, o sistema operacional dware" de um PC, estamos abordando
da máquina (plataforma). Com este Linux segue este princípio. Ele foi algo "palpável", ou seja, estamos
tipo de linguagem é possível acessar totalmente desenvolvido em "C". Para nos referindo as placas do computa-
os registradores da CPU, endereços aplicá-Io a uma nova plataforma, basta dor, seus periféricos e equipamen-
específicos de memória, portas de compilá-Io dentro da nova plataforma. tos. Então, a CPU, monitor, teclado,
I/O presentes em uma determinada É claro que algumas diferenças entre mouse, CD-ROM, leitora de disquetes
máquina e muitas outras relacionadas as plataformas (hardware) poderão e tudo o mais que está ligado a um PC
ao "hardware". A mais conhecida e exigir algumas alterações no código (ou interno fisicamente a este) deve
difundida é a linguagem Assembler. fonte, mas nada comparado a ter ser considerado "hardware".
Devido as suas características, suas que reescrever o programa todo em Já o "software" é tudo aquilo que
instruções estão bem mais próximas Assembler. O leitor mais atento já você não vê, mas tem tanta importância
da máquina do que do usuário, pois deve ter percebido que a linguagem quanto o "hardware". O "software" nada
seus comandos são desenvolvidos "C" permitirá acessar o hardware de mais é do que os programas que rodam
para trabalhar portas e endereços um PC, por exemplo, e até mesmo no PC. Todo e qualquer programa
de maneira direta. Sendo assim, sua ser utilizada com microcontroladores. deve ser tratado como "software".

RÔNICA TOT8L - Nº 98 2004


;:' PROGRAMACACl

Até mesmo o sistema operacional é reserva", do macaco, chave de roda e Sendo assim, podemos dizer que
considerado como "software" (este o triangulo de sinalização. Isso equivale "Programar é a arte de dispor as
de maior importância em um PC). à verificação dos requisitos básicos instruções necessárias à operação
O leitor percebe que existe uma para compor um programa (existência da máquina de maneira lógica!'
dependência entre um e outro. Sem o do PC, do compilador da linguagem a Então, não basta ter as "ferramentas"
"software", o "hardware" nada mais é ser utilizada, etc). em mãos, é necessário "saber como
que um amontoado de "chips" de silício Após a verificação do necessário utilizá-Ias".
sem valor algum. Tente utilizar um PC para a troca de um pneu, devemos Comece a pensar sobre coisas
sem software algum (estamos falando sinalizar o problema colocando o triân- bem simples a sua volta, quais os
inclusive do sistema operacional). Ele gulo na distância determinada. Depois, procedimentos necessários para:
simplesmente não fará nada! levantamos o carro de maneira - encher um copo com água?!
Esta relação também se dá ao segura, soltamos a roda com o pneu - tomar um banho?!
contrário. O "software" sem o "har- furado, retiramos esta roda, inserimos - ler um livro ou revista?!
dware" nada mais é que um conjunto a roda com o pneu reserva, prende- - etc.
de instruções sem valor algum. Sem o mos esta, abaixamos novamente o Visualize as operações incluídas
"hardware" nossas preciosas "instru- carro através do "macaco", guardamos em cada tarefa e as relacione em
ções" não são nada, pois não têm tudo e seguimos nosso caminho. um papel. Verifique a ordem de tudo.
onde ser executadas. Poderíamos, com estas informações, Existiria uma outra ordem possível
Parafraseando os usuários de montar um proqrarna de auxílio ao para uma mesma tarefa?!? Pense
PC, "hardware é tudo aquilo que usuário de um veículo que não sabe nisso também. A isso damos o nome
você chuta e software o que você como trocar um pneu. de "depuração da lógica".
xinga!'. O leitor com alguma experiência no Este parece ser um exercício tolo,
assunto deve estar se questionando mas não é. Ele ajudará você a desen-
sobre a "ordem" das tarefas no nosso volver seu raciocínio lógico e no futuro
PROGRAMAR: ARTE fluxograma. Muitos têm um procedi- lhe será útil ao detalhar as operações
OU SOFRIMENTO? mento um pouquinho diferente para necessárias para um determinado
executar esta simples operação. programa. Ser capaz de descrever
Quando falamos em "programar", Essas "diferenças" sobre como operações, sejam quais for, é muito
para muitos isso pode parecer algo executar uma determinada tarefa, importante em programação. .
"sofrível". Mas creia, não é! chamamos de lógica. Na lógica de
Quando criamos um programa, o programação não é diferente. Cada
fazemos utilizando algumas regras qual terá a sua própria maneira de O QUE É O "ARQUIVO FONTE" E
da "lógica". Muitos acreditam que realizar uma tarefa. Não importa se "ARQUIVO COMPILADO"?
apenas aprender os comandos de uma levarmos mais tempo que um outro,
determinada linguagem já é suficiente o que importa é que a tarefa seja Um "Arquivo-Fonte" contém a "lista"
para "se considerar um programador realizada com sucesso. de tarefas que a máquina deve exe-
da mesma". Grande erro! Conhecer
todos os comandos não quer dizer "que
alguém sabe programar". É necessário
conhecer os comandos, mas também
é necessário usá-los de maneira coe-
rente e lógica.
Vamos a um exemplo que todos
já praticaram um dia (ou praticarão)
com certeza: a simples troca de um
pneu de carro! Nossa, o que a troca
de um pneu tem a ver com programa-
ção?! Com programação não muito,
mas com lógica, tudo!!!
Imagine-se na seguinte situação:
um pneu furado durante uma viagem.
Ele precisará ser trocado para seguir
caminho. A operação poderia ser a
detalhada na figura 1.
Pelo fluxograma, o leitor percebe
que existem algumas "etapas" a serem
seguidas dentro da operação. A pri-
meira é verificar a presença do "pneu Figura 1. A "lógica· aplicada na troca de um pneu

ELETRÔNICA TOTRL· N° 98/ 20


PROGRAMACÃO .,
r
cutar para uma determinada opera- ONDE ENCONTRAR UM "Free Software", "Pacific C Home
ção. Esta "lista" é montada com uma COMPILADOR "FREE" Page". Nesta página é possível fazer
série de "instruções", pertencentes à o "download" do arquivo "pacific.exe"
linguagem de programação utilizada Nesta série utilizaremos um compi- (o compilador), além do arquivo
(no nosso caso, C) e que serão pos- lador para MS-DOS. O uso de compi- "pacman.zip" (o manual em formato
teriormente "compiladas". Parece ladores "C" para o ambiente Windows PDF). Veja a figura 3.
confuso?! Vamos discorrer um pouco tornaria nossa série inviável, pois "Baixe" o arquivo "pacific.exe"
mais sobre o "hardware". os mesmos não são oferecidos de num subdiretório "C:\TEMP", por
Um computador é construido com maneira fácil e gratuita para todos. exemplo, e execute-o. Ele irá instalar
"chips" (processador, memórias, etc) O compilador escolhido pode ser o compilador na pasta "C:\PACIFIC".
que armazenam e processam "dígitos instalado em máquinas mais simples O Pacific C possui uma interface
binários", os "zeros" e "uns". Ele não e antigas como um 486 ou mesmo que possibilita digitar o programa e
consegue compreender: "Escreva uma máquina mais moderna como o compilá-Io, porém não a usaremos,
meu nome na tela" ou "pegue o Pentium 4, o que motivou mais ainda pois nosso intuito é falar sobre a
campo endereço e arquive-o". Ele nossa escolha. linguagem e não sobre uma interface
só consegue entender um amontoado O sistema operacional presente e seus comandos, configurações e
de bits e bytes, representados pelos no PC pode ser o DOS, Windows 95, outras. O leitor com interesse em
"zeros" e "uns". Windows 98, Windows Millenium ou conhecer o "ambiente" do Pacific C,
Essa diferença de "linguagens" mesmo Windows XP. deve recorrer ao manual do mesmo
tem de ser compatibilizada. Em nossa Infelizmente nosso espaço e tempo através do arquivo pacman.zip.
lista de instruções (Arquivo-Fonte) são curtos e, portanto, falaremos
utilizamos uma linguagem o mais apenas sobre a linguagem de progra-
próxima da nossa, de maneira que mação "C", deixando o uso do sistema COMO CRIAR UM
possamos entender o que estam os operacional escolhido para cada um. ARQUIVO FONTE
escrevendo em nossa lista de instru- Estaremos considerando que o
ções. Esta é a tarefa do compilador, leitor possui algum conhecimento Agora que o leitor já possui o com-
que converte estas instruções em básico sobre o uso de um PC (como pilador, poderá criar seu primeiro pro-
uma linguagem que a máquina possa ligar, instalar um programa, criar um grama. Abra o "prompt do MS-DOS"
entender e, portanto executá-Ias. icone, navegar na web, e outros) e prin- (se estiver utilizando o Windows) e vá
Assim, o "Arquivo-fonte" contém cipalmente sobre o uso do MS-DOS até o subdiretório "C:\PACIFIC\BIN".
instruções que desejamos que a e seus comandos como troca de sub- Abra o "edit' (Editor de textos do DOS)
máquina execute, mas em uma lin- diretórios, abertura de arquivos, uso de e escreva seu primeiro programa
guagem que podemos compreender um editor de textos, chamada de pro- (figura 4):
e o "Arquivo compilado" contém as gramas, criação de diretórios e outros.
#include <stdio.h>
mesmas instruções só que numa lin- Na "web" existem muitos compilado- main() {
guagem que a máquina pode entender res para a linguagem "C". Porém, printf("Ola MundoJ\n")j
e é capaz de executar. acreditamos que utilizar um que seja }
Fica evidente, então, que um gratuito é o melhor caminho. No link A primeira linha mostra a inclusão
arquivo-fonte não pode ser "executado" www.htsoft.com é possível encontrar de um arquivo, o "stdio.h". Este arquivo
pela máquina sem antes ser compi- o PACIFIC C, um compilador para a contém algumas "diretrizes de pro-
lado! A figura 2 demonstra as etapas linguagem C com um ambiente de gramação" importantes para o funcio-
entre o arquivo-fonte e o arquivo programação muito parecido ao antigo namento do programa. A segunda
compilado para uso (executável). "Borland Turbo C 2.0". Procure em linha traz a instrução "maíru)", que é
a função principal do nosso primeiro
programa. Na segunda linha temos a
instrução "printf'. É ela que escreverá
na tela a frase "Ola Mundo"; O leitor
deve ter notado a presença do "ponto
e virgula" no final da terceira linha.
Ele informa ao compilador que encer-
ramos a instrução presente na linha e
não pode ser omitida.
Um outro detalhe são as "chaves
{ }" presentes no programa. Elas
informam onde começa e terminam
um bloco de programa, função e
outras. Mais adiante, nesta série,
Figura 2· Etapas de um programa. veremos outros usos para a mesma.

-RôNICA TDTFlL - Nº 98 2m4


COMO COMPILAR
.n.M~~~~""
G- ~ ~ L;-- e il,.>- a- O ARQUIVO FONTE
-., <Ii~"",,-
Go-~:I - Agora que o leitor já montou seu programa, salve-o com
o nome "ola.c". Saia do editor de textos e execute a seguinte
Instalhng Pacific C
1 Readtbe~ofUs:e linha no prompt "pacc ote.c'. Se a compilação for bem suce-
Toa...,.c:.w ••••~dIiJ •••••.• ~it •••••••••. d.

...
_~.!XE •. you~\lMIhiI~for~.....-..
KD~rI..,.li:iDdirpvrilkd...s._.IIdin1y.yaar_
dida, a tela se apresentará como na figura 5. Agora é só digi-
tar "ois.exe' ou apenas "o/a' no prompte ver o resultado. Veja
2.. Dowmoad cbe Scs
a figura 6. Lá está seu primeiro programa em linguagem "C".

---
~~ ,J7(I:) __ illoyvgrt.d~

TCNUIiIo'-O ••••••••• Ib.~To_ ••yoa.d~d» Sua função foi apenas escrever a frase "Ola Mundo!" e
finalizar a sua execução, devolvendo o prompt para o
3._"'~
eu....dftctooy...-..sPIoCU1C..~doa.diredoIy.a-,._ usuário. Bem simples.
»-it1c:.~It •• ~atnd.&ndorytrH.

•..-
iDbUII~.dw~"-'PI'D.DZ..Raa ••••••• fiIIcw
O leitor acabou de verificar na prática a diferença
entre os arquivos fonte e compilado. Nosso arquivo-fonte
tem a extensão ".C" e nosso arquivo compilado tem a
extensão ".EXE".

PHILlPS LANÇA O MENOR MÓDULO DE ENTRADA


COM MULTI-SISTEMA DE VíDEO PARA TV-LCD E
PRODUTOS DE MULTIMíDIA

Os novos módulos F01200A MK4, da Philips, pertencem


a uma série de módulos de entrada que foram projetados
para atender a uma ampla gama de aplicações de RF em
notebooks, TV LCD e produtos portáteis de multimídia.
O novo produto tem um fator de forma de 58 mm x 38
mm x 6,8 mm e baixo consumo, o que o leva a possibilidade
de atender às exigências de projeto de uma ampla gama
de produtos.
O F01200A combina funções como amplificador de
baixo ruído, sintonizador para todas as bandas de TV,
Quase Split Sound (OSS), amplificador de FI de som,
demodulador, etc.
A unidade é polari-
zada para a máxima
sensibilidade.
O amplificador
de ruído é usado
para melhor recep-
ção, onde as condi-
ções de sinal sejam
pobres e baixas.
Quando tentamos obter informações sobre determinados compo-
nentes, o material de que dispomos para a consulta é normalmente uma
"folha de dados" ou "data-sheet". Os termos usados nas especificações
das condições de operação dos componentes são os que trazem mais
dificuldades aos leitores. Como interpretar esses dados, não caindo em
erros que possam levar a problemas de funcionamento de um circuito,
é o que veremos em mais um artigo desta série.
Newton C. Braga

o inglês é uma língua muito rica, (esperar), a tradução, se incorreta, ou May - Verbal form used to indica te
o que significa que muitas palavras a interpretação, se incorretas, poderão a course of actíon permissible within
podem ter diversos sinônimos. No levar a resultados desastrosos. Uma the Iimits of the standard.
entanto, um sinônimo nem sempre tradução que vise simplesmente Can - Verbal form used to state-
tem o mesmo significado que a pala- tornar "mais elegante" um texto, ou ments of possibílity and capability
vra original e quando utilizado numa evitar uma repetição de palavras pode whether material, physical or casual."
especificação técnica, as diferenças causar sérios problemas, pois eles Traduzindo:
podem se acentuar de tal forma que não têm os mesmos significados nos Shall (deve) - Forma verbal usada
põem em risco o próprio uso correto documentos técnicos de Eletrônica. para indicar exigências que devem
do componente. Se levarmos em conta que as ser seguidas estritamente para estar
Permitir, poder, recomendar e especificações detalhadas em um de acordo com o padrão (ou especifi-
dever são alguns exemplos de verbos documento técnico, como uma folha cação) e da qual nenhum desvio é
que no dia-a-dia, em muitos casos, de dados de um componente, é que permitido, a não ser que seja aceito
são empregados como sinônimos, vão determinar seu uso correto num por todas as partes envolvidas (no
mas que na realidade não são, prin- projeto, é evidente que a interpretação caso de acordos).
cipalmente quando encontrados num correta do que nela está especificado Should (pode) - Forma verbal uti-
documento técnico. não admite erros. lizada para indicar que entre diversas
"É permitido ligar um aparelho O texto em inglês, dado a seguir, possibilidades uma é recomendada
numa rede de 220 V". mostra como são definidos os verbos como particularmente apropriada,
"É possível ligar um aparelho numa em questão: sem mencionar ou excluir outras,
rede de 220 V" Shall - Verbal form used to indi- ou que um certo curso de ações é
"É recomendável ligar um aparelho cate requirements strictly to be follo- preferido, mas não necessariamente
numa rede de 220 V". wed in order to conform to the stan- exigido.
"Deve-se ligar um aparelho numa dard and from which no deviation May(deve) - Forma verbal empre-
rede de 220 V". is permitted, unless accepted by ali gada para indicar um curso de ações
Será que todas essas frases têm o involved parts. permitido dentro dos limites do padrão
mesmo significado? Se em português Should - Verbal form used to indi- (ou específícaçào).
fica claro que exist.em diferenças, é cate that among several posslbllities Can (pode) - Forma verbal usada
evidente que em inglês também (para one is recommended as particularly para afirmações de possibilidade e
os verbos usados nos mesmos casos). suitable, without mentioningor exclu- capacidade, tanto material, fisica
Assim, para os verbos shall ding others, or that certain course of como casual.
(dever), must (precisar), should action is preferred but not necessari/y De-urna forma geral, podemos es-
(poder), may(dever), can (poder) e will requíred. tabelecer a seguinte tabela de uso:

. ElETRÔNICA TOT8L - N' 98 2L1C j


Acrônimos Importantes:
ANSI - American National Standard Institute
as - British Standards - Padrões Britânicos
DVM -Digital Voltmeter- Voltímetro digital
DV - Design Verification - Verificação de projeto
EL - Experience Level- Nível de Experiência
ElA - Electronic Industries Association - Associação das Indústrias Eletrônicas
MA - Mechanical Advantage - Vantagem Mecânica

Linha de
Verbo Tradução Significado corrosão
Shall Deve Uma exigência automatizada
Departamento
técnico a
~~_~__~~_~P~~~5_~_~_
Fotoplotagem :
a laser :

Quando um data-sheet indica que


um componente precisa ("must")
ser usado com uma certa tensão de PABX: (11) 6192-2144
alimentação, isso significa que se Recebemos seu arquivo via e-mail
for usada tensão diferente, ele se circultoimpresso@tec-ci.com.br
queimará.
, •• TEC·CI CIRCUITOS IMPRESSOS LTOA.
Por outro lado, se um componente
deve ("should") ser alimentado com
•• www.tec-ci.com.br
us Vila/s,588· Tstuspé· CEP03314·000· Sp· SP
certa tensão, isso significa que ele
eventualmente funcionará se alimen-
tado com outras tensões, mas não se
garante o desempenho dados pelas
especificações.
Catálogos de
Ainda, se o mesmo data-sheet esquemas e
indicar que o componente deve ("will")
queimar-se caso seja alimentado com de manuais
.
tensão diferente da indicada, isso
significa que se espera que tal fato ViÇO
vá acontecer.
Um texto de exemplo:
"The main processor may operate
at 1,8 volts; the external memory or
memory transfer section may operate
at 3,3 volts. This means the 5,0 volt
supply must not be less than 2,7 volts
when the 3,3 volt supply is operational".
Observe que neste texto temos
duas afirmações permissivas e uma
obrigatória!

L'VI
Deviation - desvio
Conform - conformidade, estar Apoio Técnico
conforme I Eletrônico
Standard - padrão Caixa Postal 79306
Suitable - apropriado o\\c\te ~e CEP: 25501-970 ou
Several- diversas
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I I I II (I J~JI!:/\ l!}r::tL· N° D8 /2004 -.,


MANtJTENCÃO
.. DE IMPRESSglmS
-
(FONTES DE ALIMENi);~CA@J
..Ii
As impressoras possuem circuitos eletrônicos
que não diferem dos encontrados em muitos outros
equipamentos eletrônicos, quanto ao funcionamento.
As fontes de alimentação das impressoras, por exemplo,
são exatamente as mesmas existentes em aparelhos como
monitores de vídeo, unidades do sistema, televisores, aparelhos
de videocassete e OVOs. Assim, o profissional de Eletrônica,
que hoje trabalha com computadores, não terá dificuldades em
diagnosticar defeitos nessas fontes e fazer sua reparação. Aqueles
que não tiveram uma formação eletrônica, entretanto, também.
podem aprender muito com este artigo.
Newton C. Braga

TIPOS DE FONTES
Todos os equipamentos eletrônicos Trata-se da fonte de alimentação DE ALIMENTAÇÃO
precisam de energia elétrica para que converte os 110 V ou 220 V
funcionar. A maioria deles obtém alternados da rede de energia em Os equipamentos eletrônicos
essa energia de uma tomada de força tensões de diversos valores mais modernos utilizam dois tipos diferentes
na parede onde são "plugados". No baixos como, por exemplo, 5 V, 12 V, de fontes de alimentação. É muito
entanto, a energia disponível nas etc., para a operação dos circuitos importante para o profissional saber
tomadas não está em um "formato" eletrônicos. diferenciar os dois tipos.
que os aparelhos possam usar. Os Esse bloco pode ter as mais diver-
circuitos eletrônicos funcionam com sas configurações, usando compo- A) FONTE LINEAR
correntes contínuas e, nas tomadas, nentes conhecidos dos profissionais Trata-se da fonte mais antiga e
encontramos correntes alternadas. como circuitos integrados, transistores, tradicional, sendo encontrada nos
Dessa forma, o primeiro bloco de diodos, resistores, capacitores, etc. equipamentos mais simples e até de
entrada de energia de qualquer apa- Nas impressoras, o setor que cor- menor custo.
relho eletrônico, e que também pode responde à fonte de alimentação está Esse tipo de fonte é formado pelos
apresentar defeitos de funcionamento na própria placa principal, consistindo blocos mostrados na figura 2 e fun-
como qualquer outro, tem por finali- num conjunto de componentes que ciona da seguinte maneira:
dade transformar a energia da tomada realiza a função de que falamos. Na Na entrada temos um bloco onde o
em uma forma mais apropriada de figura 1 temos um exemplo do setor elemento principal é o transformador,
energia para os circuitos eletrônicos. de fonte de uma impressora comum. cuja finalidade é, ao mesmo tempo,
abaixar tensão da rede de energia
para um valor mais apropriado ao
trabalho com os circuitos e isolar a
rede de energia do próprio circuito,
dando assim mais segurança ao
funcionamento.
O transformador pode ter um enro-
lamento primário duplo ou com toma-
das que permitam' a seleção da rede
de energia conforme mostra a figura 3,
e secundários com várias tensões
para os diversos circuitos que devem
ser alimentados.

ELETRÔNICATOTRL· Nº 98,' 2004


}: . S[ RVler

o bloco seguinte é o retificador, a corrente no circuito alimentado, seja, a freqüência da rede de energia
tendo po elementos básicos os esses componentes variam linear- de 60 Hz, e conforme o sistema de
diodos semicondutores. Aproveita-se mente sua resistência, apresentando retificação, o dobro ou 120 Hz.
a propriedade que os diodos têm de menores resistências quando a carga Esse fato é muito importante
conduzir a corrente num único sentido (circuito alimentado) precisa de maior quando se analisarem eventuais
para se obter corrente contínua a corrente e aumentando quando ele problemas de funcionamento usando
partir da corrente alternada. precisa de menos corrente. um multímetro comum.
Depois dos diodos, temos um Esse processo tem uma desvan- Na figura 5 temos uma fonte linear
bloco de filtragem formado por capa- tagem. Como existe uma resistência completa, a qual pode ser encontrada
citares eletrolíticos de valor elevado. em série com o circuito alimentado, em muitos equipamentos eletrônicos.
Quanto mais elevada a corrente exi- ela estará sempre convertendo parte Muito mais eficiente e, por isso,
gida pelo circuito alimentado, tanto da energia disponível em calor, ou encontrada em muitos equipamentos
maior é o valor desse componente. seja, desperdiçando energia. Assim, eletrônicos é a fonte chaveada.
Finalmente, temos um ou mais além de tenderem a aquecer, essas
blocos estabilizadores ou reguladores fontes gastam muito mais energia B) FONTE CHAVEADA OU
de tensão, cuja finalidade é fixar em do que fornecem, o que não é algo COMUTADA (SMPS)
um valor determinado a tensão da muito conveniente, principalmente em A fonte chaveada ou "switched
fonte, evitando que ela varie sob nossos dias em que a preocupação mode power supply" (abreviada por
condições adversas. com o baixo consumo de equipamen- SMPS) é muito mais eficiente do
Esse bloco usa componentes tos eletrônicos é grande. que as fontes lineares, e por isso é
como transistores e circuitos integra- Um ponto importante na operação vista na grande maioria dos equipa-
dos que, por operarem com correntes desse tipo de fonte e que deve ser mentos eletrônicos modernos como,
intensas, normalmente são montados observado pelo profissional é que, por exemplo, nas impressoras.
em radiadores de calor, conforme depois dos diodos, em todos os pontos Será importante entender como
ilustra a figura 4. do circuito teremos somente a pre- esse tipo de fonte funciona, antes de
É justamente do princípio de ope- sença de tensões contínuas. Apenas analisarmos as configurações espe-
ração desses blocos que vem o nome antes dos diodos temos uma corrente cíficas encontradas nas impressoras.
"linear" para essas fontes. Para regular alternada de baixa freqüência, ou Conforme vimos, ao tratar das
fontes lineares, a sua grande desvan-
tagem está no fato de que o elemento
Retificador
regulador de corrente se comporta
Transformador Filtro
como um resistor e, por isso, desper-
..,..
Ó Saída
DC
diça energia na forma de calor.
Não existiria outra maneira de
Entrada
AC ~----' regularmos a' corrente sem usarmos
um dispositivo desse tipo?
Figura 2 A idéia básica vem de uma chave
ou comutador, veja a figura 6.

220Y---, C=s V
Por uma chave aberta não passa
corrente, e por isso não há dissipação
ou perda de enerqia. Numa chave
110
Y----<.I fechada, por outro lado, a resistência
é nula e, portanto, não há queda de
tensão que cause uma dissipação de
energia na forma de calor.
Se abrirmos e fecharmos ritmada-
mente uma chave, poderemos dosar a
corrente que alimenta uma lâmpada,
1----.---0 + S V por exemplo, pelo tempo em que
ela fica aberta e fechada, observe
:c10~F a figura 7.

I--~---o+ 24V
SERVICE ,:~

freqüência com que o transistor "abre


e fecha" pode variar entre 20 000 Hz
e 500 000 Hz, dependendo da fonte,
ou seja, de 20 mil a 500 mil vezes
Ciclo ativo 50 % por segundo.
Veja que esse setor do circuito não
é isolado da rede de energia, o que
quer dizer que o profissional corre
o risco de tomar choques se tentar
trabalhar com ele ligado.
Ciclo ativo 25 %
Abrindo e fechando rapidamente,
Figura 7 na freqüência de comutação do tran-
sistor, controla-se a corrente no enrola-
Se a chave ficar 50% do tempo É exatamente dessa forma que mento primário de um transformador.
aberta e 50% do tempo fechada, funcionam as fontes chaveadas Nesse ponto temos uma díterença
a carga receberá uma alimentação encontradas na maioria dos equipa- importante das fontes chaveadas em
média que corresponde a 50% da mentos eletrônicos modernos. relação às fontes lineares comuns.
tensão de saída da fonte. Se quiser- Analisemos os blocos de uma fonte Os transformadores que operam na
mos aumentar a tensão na lâmpada, desse tipo, tomando como exemplo freqüência da rede de energia de
bastará aumentar o tempo em que a figura 9. 60 Hz usam núcleos laminados, ou
ela fica fechada e diminuir o tempo Na entrada, porém sem usar trans- seja, pesadas chapas de ferro doce
em que ela fica aberta. formadores, temos um bloco que e por isso são componentes caros e
Se tivermos um circuito de controle retifica e filtra a tensão da rede de volumosos, veja a figura 11.
que "sinta" a tensão média na lâmpada energia. Esse bloco alimenta um Por outro lado, os transformadores
e atue sobre a chave aumentando ou oscilador que vai justamente gerar os para freqüências elevadas, como os
diminuindo o tempo em que ela fica pulsos que abrem e fecham a chave das fontes chaveadas, podem usar
aberta e fechada, conforme mostra eletrônica da fonte. Essa chave nada núcleos de ferrites e muito menores.
a figura 8, poderemos regular de mais é do que um transistor de efeito Dessa forma, os transformadores
modo preciso a tensão média nessa de campo de potência, conforme dessas fontes podem ser muito peque-
lâmpada. ilustra a figura 10. nos e fornecer correntes muito maio-
Abrindo e fechando, a cháve não Assim, quando a comporta (gafe) res sem muitas perdas.
dissipa (desperdiça) energia e obte- do transistor se torna positiva, ele É justamente no secundário
mos uma regulagem perfeita da conduz (fecha) e quando a tensão desses transformadores, isolado
tensão no circuito. cai a zero, ele não conduz (abre). A da rede de energia, que obtemos
as baixas tensões que os circuitos
+ V-----if<o- __ hr------, (V) Tensão em X1
eletrônicos precisam para funcionar.
Temos então diodos retificadores e
S +V
capacitores de filtro para que seja
obtida a tensão contínua necessária
à alimentação dos circuitos.
Ciclo ativo
""-----'--+ (% )
100
Figura 8
Transistor de
efeito de campo de
potência (. )
Retificador Transformador
+ filtro + Vdco----'l:------..; [
Chave

Oscllador

I .nrin. C
Retificador
+ filtro
Oscllador
de
controle
I"'~I----I 1.------'
.
Sensor
.
( • ) também podem ser usados
bipolares de potência

Figura 9 Figura 10

D
ELETRÔNICA TOT8L - N 98 " 2004
': - ' SERVICE

A regulagem da tensão de saída que consiste de um transformador que No entanto, nas fontes chaveadas,
pode ser feita de diversas maneiras. evita a irradiação de ruído pela rede o osciloscópio é importante para
Uma delas, mostrada na figura 12, de energia. Esse ruído é normalmente se analisar as formas de onda nos
consiste em se empregar um acopla- produzido por fontes desse tipo que, diversos pontos do circuito, verificar se
dor óptico, ou seja, um dispositivo pela sua alta freqüência de operação, os sinais de controle e sensoriamento
que possui um LED focalizado para tendem a interferir em outros equipa- estão presentes, e muito mais.
um sensor, normalmente um fototran- mentos eletrônicos. Como proceder para diagnosticar
sistor. Para o profissional fica claro um problema com a fonte de uma
O LED é ligado na saída da fonte também que, nesse circuito de fonte impressora?
(em série com um resistor que limita chaveada, não encontramos apenas As fontes alimentam os circuitos,
sua corrente) de tal forma que seu tensões contínuas. o que quer dizer que se uma fonte
brilho muda, se a tensão da fonte Esse fato é importante, pois mostra falhar, os circuitos que ela alimenta
variar. que não basta o uso simples do mul- não funcionarão.
O senso r é ligado na entrada do tímetro para resolver os problemas.
circuito oscilador de modo a controlar Uma forma eficiente para detectar
a largura dos pulsos que ele produz. problemas neste tipo de circuito é a
Dessa forma, se a tensão de saída análise das formas de onda com o
da fonte cair, o brilho do LED também osciloscópio.
diminuirá, o que é percebido pelo Assim, conforme mostra a figura
sensor que, então, atuará no oscilador 14, as formas de onda nos diversos
de modo a aumentar a largura dos pontos do circuito devem ser conside-
pulsos e com isso compensar a queda radas quando fazemos uma análise
de tensão, corrigindo-a. de problemas.
A grande vantagem desse tipo LED
de fonte é o seu rendimento alto. As construçãO~ L S
perdas pelo aquecimento de compo- SERVICE DE FONTES ~ensor
nentes são pequenas e elas podem DE IMPRESSORAS
trabalhar com potências elevadas.

40 [1f
S 3=NC1
Impressoras, computadores, moni- Dois instrumentos se destacam
3
tores de vídeo e muitos outros equi- para a eficiência no diagnóstico de ~ 6
S 2
pamentos empregam esse tipo de problemas com impressoras: o multí-
6 1
fonte. metro e o osciloscópio.
2 4
Na figura 13 temos o diagrama Para as fontes lineares, o uso do Aspecto
Símbolo
completo de uma fonte chaveada de multímetro já é mais do que suficiente
uma impressora jato de tinta. para a descoberta de problemas.
Nessa fonte, relativamente sim-
ples, é usado um transistor bipolar de
potência para fazer o chaveamento.
Em muitas fontes, o transistor usado 4--+-<JSV
é um FET de potência.
Observe a presença do acoplador
óptico atuando diretamente sobre a
polarização dos transistores oscilado- 0-----'
res de modo a modificar os pulsos de ~-~-~~-~~OV
acordo com as variações da tensão
de saída. ~~~~-~-~-o24V
Note também que essa fonte
possui dois enrolamentos secundários
no transformador, de modo a fornecer
tensões separadas de 5 e 24 V. Os
5 V são usados para alimentar os
circuitos lógicos, enquanto os 24 V
são para alimentar os motores de
passo e outros dispositivos de maior
potência.
Destaca-se ainda nessa fonte a
regulação por transistor da tensão
de 5 V utilizando um diodo zener e L1,

elETRÔNICA TOTRL· N° 98/ 2004


SERVICE o::
Assim, o fato que evidencia que Os procedimentos indicados nesse Para o trabalho com impressoras, o
o problema é de uma fonte ou pelo fluxograma podem ser realizados da leitor poderá utilizar tanto multímetros
menos está relacionado com ela, é seguinte maneira: analógicos comuns quanto digitais.
que a impressora não funciona ou
existem funções específicas relacio-
nadas com um setor de alimentação A) MEDIDAS DE TENSÃO B) TESTE DE COMPONENTES
que ela não executa.
Mas, o profissional deve tomar A medida de tensões com o multí- O teste de alguns componentes
cuidado: se um componente crítico de metro pode ser feita com facilidade, da impressora pode ser feito com o
um circuito entra em curto causando conforme mostra a figura 16. uso do multímetro. Entretanto, a maior
um surto de corrente muito alta, a Basta escolher na chave seletora segurança no diagnóstico desses
conseqüência poderá ser a queima do multímetro a faixa DC (tensões componentes sempre ocorrerá com
de componentes da fonte. continuas) que possibilite ler os 5 ou eles fora do circuito.
Não adiantará nada trocar o com- 24 V, conforme o caso, de maneira
ponente da fonte sem eliminar a causa cômoda. Para os 5 V pode ser usada
de sua queima, que pode estar num a escala de 0-5 V e para os 24 V a
ou mais componentes da etapa que escala de 0-30 ou O-50 V.
ela alimenta. Como estamos medindo tensões
Uma forma de saber se o problema contínuas, é preciso observar a pola-
é da fonte ou do circuito alimentado ridade das pontas de prova. A ponta
(ou dos dois), é desligar por um de prova preta é ligada a qualquer
momento os circuitos externos para os ponto de terra do circuito, enquanto
quais a fonte fornece energia (retira-se que a vermelha é ligada ao ponto
os conectores, quando eles existem). onde se deseja verificar a tensão.
Se as tensões na fonte voltarem O leitor já deve ter percebido que
ao normal, a causa localiza-se nos é importante ter o diagrama da fonte
circuitos alimentados. disponível para saber onde ligar os Verificar Verificar
Na figura 15 temos um fluxograma instrumentos para verificação e para a chave o cabo de
de procedimentos para encontrar e saber que tensão deve ser medida liga/ energia e
reparar problemas de impressoras. em cada um. desliga fusível de
entrada

NV\ Verificar a chave


seletora
de tensão
4.-----+-05 V

"---_-----_-0 OV

Verifique
circuitos
alimentados

Figura 14 Figura 15

EtETRÔNICA TOTAL - N° 98 2004


~ ;.~.'. SERVICE

Na figura 17 orientamos como C) VERIFICAÇÃO DE SINAIS


testar um diodo fora do circuito. Em um Obs.: O livro "Instrumentação
sentido devemos medir baixa resistên- Eletrônica - Multímetros", ensina A verificação de sinais deve ser
cia, e no outro alta resistência. como fazer o teste de uma enorme feita com um osciloscópio. Osciloscó-
A continuidade de cabos, valores quantidade de componentes ele- pios analógicos de menor custo (de
de resistores e fugas de capacitores trônicos usando o multímetro. 20 MHz) que são comuns nas oficinas
podem ser determinadas com esses de reparação, servem perfeitamente
procedimentos. para analisar os sinais encontrados
nas fontes chaveadas de impressoras
e de muitos outros periféricos. .
Embora se trate de um instrumento
Digital algo caro (em torno de R$1400,OO os
mais baratos), se o leitor pretende se
Analógico tornar um profissional de reparação
não deve deixar de pensar em investir
na sua compra. A utilidade e o ganho
de tempo no diagnóstico de circuitos
eletrônicos compensa perfeitamente.
o investimento. Evidentemente, junta-o
mente com a compra, o leitor deverá'
pensar em fazer um curso para sua
operação ou mesmo adquirir literatura
apropriada.

D) MEDIDAS DE FREQÜÊNCIA

As medidas de freqüência nos


circuitos das fontes chaveadas podem
ser feitas com o próprio osciloscópio.
A leitura das escalas (gratículas) do
osciloscópios possibilita a medida, com
boa precisão, das freqüências e perío-
Figura 16 dos dos sinais encontrados nos diver-
sos pontos de uma fonte chaveada.

Digital Ou alta-

Bom
I .... I bom

Curto R- Baixa-
curto

OHMS
2 M/20 M
./"

Catodo

(B)

Anodo

Prova
inversa

Figura 17

ELETRÔNICA TDTRL - N° 98/ 2004

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