Atividade Desenvolvimento Humano - Questão 5 (Resposta)

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Desenvolva um texto acadêmico sobre os mecanismos celulares e moleculares da

embriogênese humana, de uma (1) a uma página e meia (1,5), utilizando todas as
palavras presentes no quadro abaixo. Poderá ser utilizado o verso desta folha para
continuar sua resposta (caso necessário).

- Invaginação - Mudança na forma - Moléculas depositadas


- Clivagens celular na matriz extracelular
- Sinalização celular - Polarização da célula - Competência celular
- Migração celular - Clivagem radial - Difusão de moléculas
- Diferenciação celular - Clivagem tangencial - Contato celular
- Morfógenos - Alteração na - Gradientes de
- Indução embrionária adesividade celular concentração
- Compactação

Após a fecundação, o zigoto sofre uma série de clivagens aumentando o número de


blastômeros (proliferação celular). Quando chega ao estágio de 8 blastômeros, sofre
compactação, aumentando o contato celular e a interação celular, e polarização dos
blastômeros, que é a diferenciação das células superficiais (aparecimento de
microvilosidades em sua superfície apical). A partir de agora, estas células podem
sofrer clivagem radial, onde a célula-mãe origina duas células-filha idênticas
(proliferação celular) ou clivagem tangencial, onde a célula-mãe origina duas
células-filha diferentes entre si (diferenciação celular), uma idêntica à célula mãe. As
células superficiais originarão o trofoblasto, enquanto as células localizadas mais no
interior originarão o embrioblasto.

Com o desenvolvimento da notocorda, o ectoderma embrionário suprajacente se


espessa, formando uma placa alongada de células epiteliais espessadas, a placa neural.
Esse ectoderma agora é o neuroectoderma.
A indução da placa neural se dá pela comunicação parácrina (sinalização celular ocorre
devido a difusão de moléculas entre as células vizinhas). Essa capacidade de uma célula
(alvo) reagir a um sinal é denominada competência celular.
A placa neural sofre invaginação ao longo do seu eixo central, formando um sulco
neural mediano, com pregas neurais em ambos os lados. As pregas neurais tornam-se
proeminentes na extremidade cefálica do embrião e constituem os primeiros sinais do
desenvolvimento do encéfalo. As células laterais a essas pregas são denominadas
células da crista neural.
Essas pregas se fundem, convertendo a placa neural em tubo neural (primórdio do
SNC). O tubo neural logo se separa do ectoderma superficial, assim que as pregas
neurais se encontram. As células da crista neural sofrem uma mudança na forma
celular, de epiteliais se tornam mesenquimais, e se afastam à medida que as pregas
neurais se encontram, e as bordas livres do ectoderma se fundem, tornando essa
camada contínua sobre o tubo neural e as costas do embrião. Subsequentemente, o
ectoderma superficial diferencia-se na epiderme.
Após esta fusão, algumas células da neuroectoderme perdem sua afinidade com o
epitélio e sofrem uma alteração na adesividade celular. Quando o tubo neural se
separa do ectoderma da superfície, as células da crista neural formam uma massa
achatada irregular, a crista neural, entre o tubo neural e o ectoderma superficial
suprajacente.
A migração (celular) das células da crista neural se dá pela comunicação de moléculas
depositadas na matriz extracelular da célula indutora.

A diferenciação celular do tubo neural em diferentes tipos de neurônios está


relacionada à atuação (sinalização) de fatores de transcrição e morfógenos (proteínas
BMP e Shh) que estabelecem um equilíbrio em seu gradiente de concentração,
gerando uma resposta do tubo.
A Shh é produzida pela notocorda e pela placa do assoalho enquanto as BMPs são
produzidas a partir da epiderme dorsal e da placa do teto.
A diferenciação das diferentes regiões dos somitos ocorre por indução embrionária de
diferentes sinalizadores, levando as células (dermomiótomo e esclerótomo) migrarem
e se diferenciarem.

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