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Análise de Circuitos em Corrente Alternada - V2
Análise de Circuitos em Corrente Alternada - V2
Corrente Alternada
Análise de Circuitos em
Corrente Alternada
1
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
2
Rômulo Oliveira Albuquerque
Análise de Circuitos em
Corrente Alternada
2ª Edição
São Paulo
Editora Érica Ltda.
3
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Bibliografia.
ISBN 978-85-365-0967-9
1. Circuito elétricos - Análise 2. Circuitos elétricos - Corrente alternada 3. Correntes elétricas alternadas I.
Título.
12-02685 CDD-621.3192
Copyright © 1997 original e 2006 nova edição remodelada da Editora Érica Ltda.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem
prévia autorização da Editora Érica. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei no 9.610/98 e punido
pelo Artigo 184 do Código Penal.
O Autor e a Editora acreditam que todas as informações aqui apresentadas estão corretas e podem ser utilizadas para qualquer fim legal.
Entretanto, não existe qualquer garantia, explícita ou implícita, de que o uso de tais informações conduzirá sempre ao resultado desejado.
Os nomes de sites e empresas, porventura mencionados, foram utilizados apenas para ilustrar os exemplos, não tendo vínculo nenhum
com o livro, não garantindo a sua existência nem divulgação. Eventuais erratas estarão disponíveis para download no site da Editora Érica.
Conteúdo adaptado ao Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, em execução desde 1o de janeiro de 2009.
A Ilustração de capa e algumas imagens de miolo foram retiradas de <www.shutterstock.com>, empresa com a qual se mantém contrato ativo
na data de publicação do livro. Outras foram obtidas da Coleção MasterClips/MasterPhotos© da IMSI, 100 Rowland Way, 3rd floor Novato,
CA 94945, USA, e do CorelDRAW X5 e X6, Corel Gallery e Corel Corporation Samples. Copyright© 2013 Editora Érica, Corel Corporation e
seus licenciadores. Todos os direitos reservados.
Todos os esforços foram feitos para creditar devidamente os detentores dos direitos das imagens utilizadas neste livro. Eventuais omissões
de crédito e copyright não são intencionais e serão devidamente solucionadas nas próximas edições, bastando que seus proprietários
contatem os editores.
4
Dedicatória
A Jonas.
Agora que você chegou, Jonas, continue conosco e com todo nosso amor.
5
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Agradecimentos
Aos colegas Eduardo e Paulo pelo incentivo de sempre.
6
Sobre o Material Disponível na Internet
O material disponível no site da Editora Érica contém a solução dos exercícios
propostos do livro.
A simulação de alguns exercícios pode ser feita utilizando o software MicroCap 9,
conforme descrito na página 8.
Arquivos
CCAexerResolvidosV.exe - 241 Kb
C:\Corrente Alternada
Segundo passo: prossiga a instalação, clicando no botão Unzip, o qual se encar-
rega de descompactar os arquivos. Logo abaixo dessa tela aparece a barra de status, que
monitora o processo para que você acompanhe. Após o término da descompressão,
outra tela de informação surge, indicando que os arquivos foram descompactados com
sucesso e estão no diretório indicado. Para sair dessa tela, clique no botão OK. Para
finalizar o programa WinZip Self-Extractor, clique no botão Close.
7
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Software MicroCap9
Acessando o site www.spectrum-soft.com, é possível fazer o download da
versão gratuita para estudantes do MicroCap9 para a simulação de alguns exer-
cícios propostos.
Consulte as informações de utilização desse simulador no site do fabricante.
Nota
• A versão para estudantes (Student Version) estava disponível
para download até a data do lançamento deste livro.
• Os arquivos e as informações do MicroCap9 são de inteira
responsabilidade do fabricante, podendo, eventualmente, ser
alterados ou extintos a qualquer momento.
8
Sumário
Capítulo 01 - Números Complexos...................................................................13
1.1 Representação dos Números Complexos......................................................13
1.2 Operações com Números Complexos...........................................................23
Exercícios Propostos...................................................................................28
9
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Bibliografia................................................................................................. 235
10
Prefácio
O principal objetivo da obra é analisar fundamentalmente o comportamento
dos circuitos resistivos, indutivos e capacitivos em corrente alternada pelo trata-
mento matemático (domínio temporal e números complexos) e gráficos (domínio
temporal e diagrama fasorial), como também analisar as diversas aplicações dos
circuitos resistivos, indutivos e capacitivos (RL, RC, RLC e mistos). Aborda sinais
senoidais, dispositivos eletromagnéticos e os sistemas trifásicos.
O conteúdo é apresentado com uma linguagem simples e didática, exemplos
explicados passo a passo e exercícios propostos para fixação do aprendizado.
É uma edição revisada e atualizada do livro Circuitos em Corrente Alternada,
oitava edição. Foram feitas algumas modificações e novos temas inseridos, como
o princípio de funcionamento de relé de corrente contínua, de grande aplicação
em eletrônica; os principais tipos de capacitores, explicação de como realizar a
leitura do valor da capacitância e atualização do valor mínimo do FP de acordo
com a Resolução ANEEL 456/2000.
É uma leitura indispensável para estudantes de cursos técnicos e de engenharia
das áreas de eletrônica, automação, mecatrônica e eletrotécnica.
O autor
11
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Sobre o Autor
Engenheiro eletrônico formado pela Escola de Engenharia Mauá de São
Caetano do Sul.
Ex-diretor da FATEC de São Bernardo do Campo, onde implantou o curso
de Tecnologia em Automação Industrial.
Atualmente é professor na FATEC de São Bernardo do Campo.
Autor dos livros: Análise de Circuitos em Corrente Contínua, Análise de
Circuitos em Corrente Alternada, Circuitos em Corrente Alternada, Análise e
Simulação de Circuitos no Computador EWB 5, Análise e Simulação de Circuitos
no Computador multiSIM e Utilizando Eletrônica com AO, SCR, TRIAC, UJT,
PUT, CI 555, LDR, FET, IGBT.
Mestre pela Escola Politécnica da USP na área de microeletrônica.
Desenvolveu, juntamente com a Minipa, o KIT Eletricidade Básica.
E-mail: romulo@fatecsbc.edu.br ou roa2@ig.com.br.
12
Capítulo 1
Números Complexos
Exemplos
−4 ; −9 ; −10
j = −1 ou j2 = −1
13
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
−x = j2 ⋅ x = j x
Exemplos
1) −4 = j2 ⋅ 4 = j 4 = j2
2) −9 = j2 ⋅ 9 = j 9 = j3
3) −10 = j2 ⋅ 10 = j 10
• j3 = j2 j = (−1) j = − j
• j4 = j2 j2 = (−1) (−1) = 1
• j5 = j2 j2 j = (−1) (−1) j = j
Forma Cartesiana
Genericamente, todo número complexo z pode ser representado na forma
cartesiana por:
z = a + jb
14
Capítulo 1 - Números Complexos
Exemplos
15
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Forma Polar
Seja o número complexo z = a + jb representado no plano cartesiano,
conforme a Figura 1.2.
z=Z φ
Observações
• D
e uma forma geral, um número complexo genérico é representado por
uma letra minúscula (z), sendo o seu módulo representado por uma
letra maiúscula (Z), salvo algumas exceções. Isso ocorre porque, como
será visto mais adiante, os números complexos servem para representar
grandezas que variam em função do tempo, sendo esta a representação
usual. Nas exceções, como também será visto mais adiante, tanto o número
complexo quanto seu módulo são representados por letras maiúsculas.
•
• Alguns autores representam o número complexo desta forma: Z = Z φ .
16
Capítulo 1 - Números Complexos
Exemplos
π → 180° π → 180
φ (rd) → 45° π / 6 → φ (°)
45 ⋅ π π
φ=
(π / 6) ⋅ 180 = 30°
φ= = rd
180 4 π
b
↑
Z = a 2 + b2 e φ = arctg
a
Exemplos
1) Segmento oz no 2º quadrante:
2
φ′ = arctg = 34°
3
Logo:
φ′ = 180 - φ′ = 180 - 34 = 146°
17
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
2
2) Segmento oz no 3º quadrante: φ′ = arctg = 34°
3
Logo:
φ′ = 180 - φ′ = 180 + 34 = 214 ou
φ′ = φ′ - 180 = 34 -180 = - 146°
2
3) Segmento oz no 4º quadrante φ′ = arctg = 34°
3
Logo:
φ = 360 - φ′ = 360 - 34 = 326° ou
φ = - φ′ = 34°
18
Capítulo 1 - Números Complexos
Exemplos
a) z1 = 4 + j4
Z1 = 4 2 + 4 2 = 4 2
4
φ1 = arctg = 45°
4
∴ z1 = 4 2 45°
d) z 4 = −3 + j2
(−3)
2
Z4 = + 22 = 13 ≅ 3,6
2
φ′4 = arctg ≅ 34°
3
logo, φ4 = 180 − 34 = 146°
∴ z 4 = 3,6 146°
19
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
e) z 5 = −5
Z5 = 5
φ′5 = 180°
∴ z 5 = 5 180°
f) z 6 = −4 − J3
(−4) + (−3) = 5
2 2
Z6 =
3
φ′6 = arctg ≅ 37°
4
logo, φ6 = 180 + 37 = 217°
∴ z 6 = 5 217°
g) z 7 = − j4
Z7 = 4
φ7 = 270° ou φ7 = −90°
∴ z 7 = 4 270° ou z 7 = 4 −90°
h) z 8 = 4 − j3
Z8 = 4 2 + (−3) = 5
2
3
φ′8 = arctg ≅ 37°
4
logo, φ8 = 360 − 37 = 323°
∴ z 8 = 5 323° ou z 8 = 5 −37°
20
Capítulo 1 - Números Complexos
z = Z ⋅ (cos φ + jsen φ)
Exemplos
a) z1 = 10 60°
a = 10 ⋅ cos60° = 10 ⋅ 0,5 = 5
b = 10 ⋅ sen60° = 10 ⋅ 0,866 = 8,66
∴ z1 = 5 + j8,66
21
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
b) z 2 = 20 120°
a = 20 ⋅ cos120° = 20 ⋅ (−0,5) = −10
b = 20 ⋅ sen120° = 20 ⋅ 0,866 = 17,32
∴ z 2 = −10 + j17,32
c) z 3 = 50 −30°
a = 50 ⋅ cos(−30°) = 50 ⋅ 0,866 = 43,30
b = 50 ⋅ sen(−30°) = 50 ⋅ (−0,5) = −25
∴ z 3 = 43,30 − j25
d) z 4 = 100 180°
a = 100 ⋅ cos180° = 100 ⋅ (−1) = −100
b = 100 ⋅ sen180° = 100 ⋅ (0) = 0
∴ z 4 = −100
e) z 5 = 6 −90°
a = 6 ⋅ cos(−90°) = 6 ⋅ (0) = 0
b = 6 ⋅ sen(−90°) = 6 ⋅ (−1) = −6
∴ z 5 = − j6
f) z 6 = 20 240°
a = 20 ⋅ cos240° = 20 ⋅ (−0,5) = −10
b = 20 ⋅ sen240° = 20 ⋅ (−0,866) = −17,32
∴ z 6 = −10 − j17,32
22
Capítulo 1 - Números Complexos
g) z 7 = 30 45°
a = 30 ⋅ cos45° = 30 ⋅ 0,707 = 21,21
b = 30 ⋅ sen45° = 30 ⋅ 0,707 = 21,21
∴ z 7 = 21,21 − j21,21
Soma e Subtração
Para somar ou subtrair dois números complexos, utiliza-se a forma
cartesiana, somando ou subtraindo as partes real e imaginária correspondentes.
Assim, considerando os seguintes números complexos genéricos:
z1 = a1 + jb1 e z2 = a2 + jb2
as operações soma z1 + z2 e subtração z1 - z2 podem ser realizadas conforme
segue:
Exemplos
Obter:
a) z1 + z2 = (10 + 5 ) + j(10 + 4) = 15 + j14
23
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
e) z1 - z2 = (10 - 5) + j(10 - 4) = 5 + j6
Multiplicação e Divisão
Para multiplicar ou dividir dois números complexos, utiliza-se a forma
polar da seguinte maneira:
• Multiplicação: multiplicam-se os módulos e somam-se os argumentos
(ângulos).
• Divisão: dividem-se os módulos e subtraem-se os argumentos (ângulos).
Assim, considerando os seguintes números complexos genéricos:
z1 = Z1 φ1 e z 2 = Z 2 φ2
Multiplicação: z1 ⋅ z 2 = Z1 ⋅ Z2 φ1 + φ2
Divisão: z1 Z1
= φ1 − φ2
z2 Z2
24
Capítulo 1 - Números Complexos
Exemplos
Obter:
a) z1 ⋅ z 2 = 4 2 45° ⋅ 10 60° ⇒
z1 ⋅ z 2 = 4 2 ⋅ 10 45° + 60° = 56,6 105°
4 2 45° 40 2
e) z1 / z 2 = = 45° − 60° = 0,4 2 −15°
10 60° 10
10 60° 10
f) z2 / z3 = = 60° − 45° = 1,25 2 135°
4 2 45° 4 2
4 2 45° 4 2
g) z1 / z 3 = = 45° − (−90°) = 2 135°
4 −90° 4
4 −90° 4
h) z3 / z2 = = −90° − 60° = 0,4 −150°
10 60° 10
25
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
10 120° 10
i) z 4 / z2 = = 120° − 60° = 1 60°
10 60° 10
10 120° 10
j) z 4 / z3 = = 120° − (−90°) = 2,5 210°
4 −90° 4
Exemplo
26
Capítulo 1 - Números Complexos
z ∗ = a − jb ou z∗ = Z − φ
Exemplo
z 4 / z2 =
(−5 + j8,66) ⋅ (5 − j8,66) = −25 + j43,3 + j43,3 + 75 ⇒
(5 + j8,66) ⋅ (5 − j8,66) 52 + 8,662
50 + j8,66
z 4 / z2 = = 0,5 + j0,866 = 1 60°
100
27
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Exercícios Propostos
Representação dos Números Complexos
1.3 Dados os números complexos z1, z2, z3 e z4, efetuar as seguintes operações,
deixando as respostas na forma cartesiana:
z1 = 40 − j100 z 2 = 50 30° z 3 = 5 + j8,66 z 4 = −20 − j40
a) z1 + z2 f) z3 - z4
b) z1 + z4 g) z23
c) z2 + z4 h) z1 ⋅ z3
d) z1 - z2 i) z4 / z1
e) z2 - z3
j)
(
z1 ⋅ z 2 + z 3 )
z4
1.4 Efetuar as operações dos itens (g), (h), (i) e (j) do Exercício Proposto 1.3
usando a forma cartesiana.
28
Capítulo 2
Sinais Senoidais
2.1 Introdução
Os circuitos elétricos trabalham com tensões e correntes contínuas e
alternadas.
Em diversos dispositivos, a forma de onda da corrente depende da forma de
onda da tensão neles aplicada, além da natureza dos dispositivos, ou seja, se são
resistivos, indutivos ou capacitivos.
Este capítulo aborda o estudo gráfico e matemático da forma de onda senoidal,
que é a mais importante para a análise de circuitos em corrente alternada.
29
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
30
Capítulo 2 - Sinais Senoidais
Vpp = 2.Vp
Período e Frequência
1
f=
T
Representação Matemática
Matematicamente, os gráficos da tensão senoidal nos domínios temporal e
angular podem ser representados, respectivamente, por:
31
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Frequência Angular
2π
ω= ou ω = 2π.f
T
Exemplo
Tensão de pico: Vp = 5V
Tensão de pico a pico: Vpp = 10V
Como um ciclo completo se repete a cada 0,25s, seu período vale T = 0,25s.
Em 1s são completados quatro ciclos, isto é, a frequência vale f = 4 ciclos/s =
4Hz.
32
Capítulo 2 - Sinais Senoidais
1 1
Matematicamente, tem-se, portanto: f
= = = 4 Hz
T 0,25
A frequência angular vale w = 2p.f = 2p.4 = 8p rd/s
Como essa tensão está representada graficamente no domínio do tempo,
sua expressão é:
v(t) = Vp.senwt ⇒ v(t) = 5.sen8pt
Para sabermos o valor da tensão num determinado instante t, por exemplo,
em t = 0,6s, basta substituirmos este valor na sua expressão matemática:
v(t) = 5.sen(8p.0,6) = 2,94V
Fase Inicial
Nos circuitos elétricos, nem sempre um sinal senoidal inicia o seu ciclo no
instante t = 0 s. Neste caso, dizemos que o sinal possui uma fase inicial θ0.
Assim sendo, a expressão completa para representar o sinal senoidal deve
incluir essa fase inicial, conforme segue:
33
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Exemplo
34
Capítulo 2 - Sinais Senoidais
ω 20kπ
A frequência de v1(t) vale f = = = 10kHz
2π 2π
1 1
Portanto, seu período é de T = = = 01
, ms = 100µs
f 10k
ω 8kπ
A frequência de v2(t) vale: f = = = 4 kHz
2π 2π
1 1
Portanto, seu período é de: T = = = 0,25ms = 250µs
f 4k
O sinal inicia o seu ciclo atrasado de 30° (ou p/6 rd), e para t = 0, tem-se:
v2(0) = 15.sen(-30°) = -7,5V
35
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Defasagem
Exemplos
36
Capítulo 2 - Sinais Senoidais
Graficamente, tem-se:
37
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Em relação a v2:
π π 3π
∆θ = θ01 − θ02 = − − = rd
4 2 4
38
Capítulo 2 - Sinais Senoidais
39
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Exemplo
40
Capítulo 2 - Sinais Senoidais
ω 20π
A frequência de v2(t) vale f = = = 10Hz
2π 2π
1 1
Portanto, seu período é de T= = = 100ms
f 10
O sinal inicia o seu ciclo atrasado de 30° (ou π / 6 rd), e para t = 0:
v2(0) = 15.sen(-30°) = -7,5V
Exemplo
41
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Assim, tanto pelo diagrama fasorial como pelo gráfico, é possível verificar que
a defasagem entre os sinais é de π / 2 rd ou 90°, sendo que v1 está adiantado
em relação a v2.
Exemplo
42
Capítulo 2 - Sinais Senoidais
Observações
• No caso de tensões, correntes e potências elétricas representadas por
números complexos, os módulos podem ser dados tanto por valores de
pico quanto por valores eficazes. Este último conceito será estudado mais
adiante neste capítulo.
Por que quatro formas de representação de um sinal senoidal?
• Forma de onda: representa visualmente o sinal tal como ele é e como
aparece no osciloscópio, durante a análise de um circuito. Ele pode estar
no domínio temporal v(t) ou angular v(θ).
• Diagrama fasorial: representa o fenômeno graficamente de forma mais
simplificada que a forma de onda, permitindo, inclusive, operações de
soma e subtração de vários sinais.
• Expressão trigonométrica: matematicamente é a função com todos os
seus detalhes, como amplitude, frequência angular e fase inicial, além de
permitir o cálculo de valores instantâneos.
• Número complexo: matematicamente é a função de forma mais simplifi-
cada que a expressão trigonométrica, informando apenas a amplitude e a
fase inicial, facilitando, porém, operações de soma, subtração, multiplicação
e divisão de vários sinais.
Exemplo
43
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Diagrama fasorial
Adição e Subtração
Já vimos no Capítulo 1 como as operações de adição e subtração podem ser
feitas com números complexos. Obviamente, vale também quando os números
complexos representam tensões, correntes e potências.
Com o diagrama fasorial tais operações podem ser realizadas por um processo
gráfico denominado método do paralelogramo.
É necessário conhecer uma propriedade da representação por diagrama
fasorial, como segue:
44
Capítulo 2 - Sinais Senoidais
Exemplos
a) v1 = 20 0°V e v 2 = 5 0°V
v1 + v 2 = 20 0° + 5 0° = 20 + 5 = 25 = 25 0°V
45
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
b) v1 = 20 0°V e v 2 = 12 −90°V
v1 + v 2 = 20 0° + 12 −90° = 20 − j12 = 23,32 −30,96°V
46
Capítulo 2 - Sinais Senoidais
c) v1 = 20 60°V e v 2 = 10 −30° V
v1 + v 2 = 20 60° + 10 −30° = 10 + j17,32 + 8,66 − j5 ⇒
v1 + v 2 = 18,66 + j12,32 = 22,36 33,43° V
v(V)
v1+v2
v 22,36
20
v1
v1 v2
v 1+ 10
v2
º 3º
60
33,4
180º 360º
30º 0 t
v2
-10
-20
-22,36
47
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
v(V)
v
v1+v2
22,36
20
v1-v2 v1
v1 10
v2
86,56º
-v2 180º
0 t
360º
-v2
-10
-20
-22,36
Multiplicação e Divisão
Para realizar operações de multiplicação e divisão que envolvem tensões,
correntes e potências complexas, basta utilizar a forma polar, conforme foi visto
no Capítulo 1, uma vez que por diagrama fasorial tais operações seriam extrema-
mente complicadas.
48
Capítulo 2 - Sinais Senoidais
Forma polar: R = R 0° = R
Forma cartesiana: R = R + j0 = R
v Vp θ0 Vp
i= = = θ − 0° ⇒ i = I p θ0
R R 0° R 0
49
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
v 2 (t)
p ( t ) = v ( t ).i( t ) ou p( t ) = R . i2 ( t ) ou p( t ) =
R
Pp=Vp.Ip
50
Capítulo 2 - Sinais Senoidais
Pp Vp . I p
P= =
2 2
Vp Vpp
V=
rms
= 0,707.Vp ou Vrms =
2 2 2
Observações
• A sigla rms significa root mean square ou raiz média quadrática.
• O conceito de valor eficaz é aplicado também à corrente elétrica.
• As tensões da rede elétrica são dadas em valores eficazes (110 Vrms e
220 Vrms).
51
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Desta forma, para sinais alternados senoidais é muito mais fácil trabalhar
em função de valores eficazes, uma vez que a potência resultante nos cálculos já
corresponde à potência média P.
52
Capítulo 2 - Sinais Senoidais
Essa mesma potência seria dissipada caso fosse aplicada ao resistor uma tensão
CC de valor igual ao da tensão eficaz, conforme indica a Figura 2.11.
i(t) Icc=Irms
Vp
v(t)=Vp.sent Vcc=Vrms =
R 2
R
Exemplos
53
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
b) A frequência angular:
É a mesma para ambos os sinais:
ω = 2π . f = 2π . 60 = 120π ≅ 377rd / s
54
Capítulo 2 - Sinais Senoidais
Alimentação: 220Vrms
Potência inverno: 3500W
Potência verão: 2500W
55
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Exercícios Propostos
Análise Gráfica e Matemática do Sinal Senoidal
2.1 Dado o gráfico das tensões senoidais em seguida, pedem-se para ambos os
sinais:
v1(V)
12
t (ms)
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
-12
v2(V)
16
0 t (ms)
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
-16
d) Expressão matemática.
56
Capítulo 2 - Sinais Senoidais
2.2 Uma tensão senoidal tem frequência de 100Hz, valor de pico 10V e inicia
o ciclo com atraso de p / 3rd. Pedem-se:
b) Expressão matemática;
c) Representação gráfica.
Diagrama Fasorial
a) v3 = v1 + v2 fasorialmente;
e) v4 = v1 − v2 fasorialmente;
57
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Circuitos Resistivos em CA
e) P
otências de pico e média fornecida pelo gerador e dissipada por cada
resistor;
58
Capítulo 2 - Sinais Senoidais
e) P
otências de pico e média fornecidas pelo gerador e dissipadas por cada
resistor;
Valor Eficaz
59
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Anotações
60
Capítulo 3
Dispositivos Eletromagnéticos
3.1 Transformador
É um dispositivo que permite modificar a amplitude de uma tensão alternada,
aumentando-a ou diminuindo-a.
Ele consiste essencialmente em duas bobinas isoladas eletricamente, montadas
em um mesmo núcleo de ferro (usado para concentrar as linhas de campo), como
exibe a Figura 3.1.
Observação
• Não confundir VP, que é tensão no primário do transformador, com ten-
são de pico, principalmente porque, normalmente, as tensões VP e VS do
transformador são dadas em valores eficazes (rms).
A tensão alternada VP aplicada ao primário faz circular por suas espiras
uma corrente alternada IP, originando um fluxo magnético alternado no núcleo
de ferro. Esse fluxo variável corta as espiras do secundário, induzindo nele uma
tensão alternada VS.
61
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
VP NP IS NP
= e =
VS NS IP NS
62
Capítulo 3 - Dispositivos Eletromagnéticos
Exemplos
3.2 O Relé
É um dispositivo eletromecânico que permite controlar uma corrente de gran-
de valor a partir de uma pequena corrente. São constituídos de uma bobina e um
sistema de contatos que podem ser abertos (ou fechados) quando uma corrente
(contínua ou alternada) passar pela bobina. A Figura 3.3 a seguir mostra, de forma
simplificada, um relé para CC na condição de repouso (ausência de corrente na
bobina).
63
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Exercícios Propostos
Transformador
64
Capítulo 4
Análise de Circuitos Indutivos
4.1 Indutor
Um indutor ou bobina consiste em um fio enrolado helicoidalmente sobre
um núcleo, que pode ser de ar, ferro ou ferrite. A Figura 4.1 apresenta os três
principais tipos de indutores e seus respectivos símbolos:
(b) Corrente CC
(a) Circuito
65
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Quando a chave é fechada (t=0), uma corrente i começa a circular pelo indu-
tor. Essa corrente, ao passar por uma espira (uma volta do fio), origina um campo
magnético cujas linhas de campo cortam as espiras subsequentes, induzindo nelas
uma tensão e, denominada força eletromotriz autoinduzida (f.e.m.).
De acordo com a Lei de Lenz, a tensão induzida se opõe, através de i’, à causa
que a originou (aumento da corrente i). Como resultado da oposição, a corrente
leva um certo tempo Dt = t1 para atingir o valor de regime I, imposto apenas pela
resistência ôhmica do fio do indutor.
Estando a corrente em valor de regime, se a chave é aberta no instante t2, a
corrente tende a diminuir, como indica a Figura 4.3.
Observação
• Pela Figura 4.3(a) nota-se que, na abertura da chave, a polaridade da tensão
induzida (e) é tal que se soma com a tensão da fonte (E), de forma que
66
Capítulo 4 - Análise de Circuitos Indutivos
Indutância L
Colocando um núcleo de ferro na bobina e repetindo a experiência da Figura
4.2, a oposição oferecida pelo indutor à variação da corrente será maior, con-
forme indica a Figura 4.4.
Indutância
A indutância L é a medida da capacidade do indutor de armazenar energia
na forma de campo magnético. A unidade de medida da indutância é o Henry [H].
Observação
• A
unidade de medida de indutância [H] é em homenagem ao físico norte-
-americano Joseph Henry (1797 - 1878) que descobriu diversos fenômenos
eletromagnéticos e criou o telégrafo magnético.
A oposição às variações de corrente num indutor é análoga à oposição à
passagem de corrente num resistor.
67
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
di( t )
v(t) = L .
dt
68
Capítulo 4 - Análise de Circuitos Indutivos
Neste caso:
v ( t ) = Vp . senωt ou v = Vp 0°
Reatância Indutiva XL
A medida da oposição que o indutor oferece à variação da corrente é dada
pela sua reatância indutiva XL.
O valor (em módulo) da reatância indutiva é diretamente proporcional à
indutância L e à frequência f da corrente (ou de sua frequência angular ω), sendo
calculada por:
XL = 2p.f.L ou XL = w.L
69
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Conclusão
X L = ω. L 90° ou X L = jω. L
Observação
• A fase φ de uma reatância, como será visto mais adiante, é muito im-
portante para a análise da potência em circuitos reativos (indutivos e/ou
capacitivos).
70
Capítulo 4 - Análise de Circuitos Indutivos
Exemplos
I p = 2 . I rms = 2 .1,46 = 2A
= Vp = 2 .Vrms 2 .110 = 156 V
71
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Vrms 110
A reatância da bobina vale X L = = = 777,82Ω
I rms 141,42 .10 −3
72
Capítulo 4 - Análise de Circuitos Indutivos
73
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Potência Ativa
P = Vrms.Irms.cos φ [W]
74
Capítulo 4 - Análise de Circuitos Indutivos
75
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Impedância Indutiva ZL
A oposição que o indutor real oferece à passagem da corrente elétrica depende
de R e de XL. Essa combinação é denominada impedância indutiva ZL, dada
em [Ω], e pode ser representada por um único símbolo, como indica a Figura 4.8.
v
Aplicando a Primeira Lei de Ohm, tem-se Z L =
i
Do diagrama fasorial da Figura 4.7(b), vL, vR e i podem ser representados na
forma de números complexos:
v L = VL 90°
v R = VR 0°
i = I 0°
vL VL 90°
A reatância indutiva XL vale X L = = = X L 90° = jX L
i I 0°
vR VR 0°
A resistência R vale R= = = R 0° = R
i I 0°
76
Capítulo 4 - Análise de Circuitos Indutivos
Z L = R + jX L ou Z L = R + jω. L
Módulo: Z L = R 2 + X 2L ou Z L = R 2 + (ω. L )2
XL ω. L
Fase: φ = arctg ou φ = arctg
R R
VR
VR I = R ⇒ R
ou ainda: cosφ = = φ = arccos
V V ZL ZL
I
77
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Exemplos
78
Capítulo 4 - Análise de Circuitos Indutivos
XL 490
Portanto, a indutância vale: L = = = 156mH
2π . F 2π . 500
Z L = R + jX L = 100 + j490Ω
Para a representação na forma polar, é necessário calcular a fase
XL 490
φ = arctg = arctg = 78,5°
R 100
79
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Portanto, Z L = 50 53°Ω
Pela reatância indutiva, tira-se L:
40
X L = 2π . f . L ⇒ L = = 106mH
2π . 60
b) Corrente no circuito
v 110 90°
i= = = 2,2 37° A rms
ZL 50 53°
80
Capítulo 4 - Análise de Circuitos Indutivos
81
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Portanto,
82
Capítulo 4 - Análise de Circuitos Indutivos
83
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
P = VRrms.Irms ou P = Vrms.Irms.cosφ
PAp = Vrms.Irms
PR = VLrms.Irms ou PR = Vrms.Irms.senφ
84
Capítulo 4 - Análise de Circuitos Indutivos
Fator de Potência - FP
P
FP = = cosφ
PAp
Observação
• É muito comum chamar o fator de potência de cosseno fi devido à sua
expressão.
O fator de potência dá uma medida do aproveitamento da energia for-
necida pelo gerador à carga.
Em circuitos formados por resistores e/ou indutores, três situações são
possíveis:
e a carga for puramente resistiva, não há potência reativa, portanto
-S
PAp = P, ou seja, FP = 1. Neste caso, a carga aproveita toda a energia
fornecida pelo gerador (dissipa potência por efeito Joule).
e a carga for puramente indutiva (ou reativa), não há potência ativa,
-S
portanto PAp = PR, ou seja, FP = 0. Neste caso, a carga não aproveita
85
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Exemplos
v 2 = X L . i = 37,7 90° .1,76 −37° = 66,4 53°Vrms (V2 indica 66,4 Vrms)
b) Fator de potência
FP = cos φ = cos37° = 0,799
c) Potência ativa dissipada pelo circuito
P = Vrms.Irms.cos φ = 110.1,76.0,799 = 154,7W
86
Capítulo 4 - Análise de Circuitos Indutivos
Observação
• Embora o resistor esteja em série com o indutor, devido à fase das tensões
nesses dispositivos serem diferentes, a soma de suas tensões (medidas
pelos voltímetros) não é igual à tensão fornecida pelo gerador. Essa soma
só é válida se feita vetorialmente, já que as tensões são valores complexos.
• De toda potência que o gerador entrega à carga, somente uma parte é
consumida (154,7W). A outra parte (potência reativa) não é usada para
realizar trabalho útil, sendo constantemente trocada entre a carga e o ge-
rador. Um wattímetro conectado ao circuito mediria apenas essa potência
ativa de 154,7W.
• Se a potência reativa aumentar, sem aumento na potência ativa, a potência
aparente aumenta, causando aumento no consumo de corrente e impli-
cando numa fiação de bitola maior, portanto num aumento de custo. Por
isso a concessionária de energia elétrica controla o fator de potência (cosφ)
dos usuários, estipulando um valor mínimo, que é de 0,92, abaixo do qual
os usuários pagam multa. Na prática, quando o FP cai abaixo do mínimo
estabelecido (0,92), é possível fazer a correção, introduzindo capacitores
no circuito (assunto que será abordado no Capítulo 7).
87
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
a) FP = 0,9
P 2400
PAp = = = 2667VA
cosφ 0,9
P 2400
I rms = = = 1212
, A
Vrms . cosφ 220.0,9
b) FP = 0,6
P 2400
PAp = = = 4000VA
cosφ 0,6
P 2400
I rms = = = 18,18 A
Vrms . cosφ 220.0,6
Observação
• Apesar de a potência consumida útil ser a mesma, a corrente consumida
aumentou com a diminuição do fator de potência da instalação elétrica.
88
Capítulo 4 - Análise de Circuitos Indutivos
a) Impedância do circuito
V 220
ZL = = = 4Ω (em módulo)
I 55
b) Resistência e indutância
P 10.103
P = R . I2 ⇒ R = = 3,3Ω
I2 552
Z2L = X 2L + R 2 ⇒ X L = Z2L − R 2 = 4 2 − 3,32 = 2,26Ω
XL 2,26
X L = 2π . f . L ⇒ L = = 6mH
2π . f 2π . 60
89
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
90
Capítulo 4 - Análise de Circuitos Indutivos
1 1 1 jω. L . R
= + ou ZL =
Z L R jX L R + j . ω. L
ω. L. R
ZL =
R2 + (ω. L )2
90° R
φ= = 90° − arctg(ω. L / R ) ⇒ φ = arctg
arctg(ω. L / R ) ω. L
ou, ainda:
V ZL
cosφ =
IR
= R = ZL ⇒ φ = arccos
I V R R
ZL
Exemplos
91
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
a) Impedância equivalente
Módulo: Z = ω. L. R 80.60
L
= = 48Ω
R 2 + (ω. L )2 602 + 802
Portanto,
92
Capítulo 4 - Análise de Circuitos Indutivos
93
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
a) Tensão do gerador
A impedância equivalente do circuito:
ω. L . R 120.160
Módulo: Z = = = 96Ω
R 2 + (ω. L )2 1202 + 1602
Fase: φ = arctg(R/w.L) = arctg(120/160) = 37°
Portanto, Z L = 96 37°Ω
A tensão no gerador vale:
v = Z L . i = 96 37° . 1,5 30° = 144 67°Vrms
b) Correntes nos dispositivos
v 144 67°
iR = = = 1,2 67°A rms
R 120 0°
v 144 67°
iL = = = 0,9 −23°A rms
X L 160 90°
c) Potências aparente, ativa e reativa
PAp = Vrms.Irms = 144.1,5 = 216VA
P = PAp.cosφ = 216.cos37° = 172,5W
PR = PAp.senφ = 216.sen37° = 130VAR
d) Fator de potência
e) Diagrama fasorial
94
Capítulo 4 - Análise de Circuitos Indutivos
a) Diagrama fasorial
Portanto,
i R = 353,5 0°mA
i L = 353,5 −90°mA
c) Impedância equivalente do circuito
v 10 0°
ZL = = = 20 45°Ω
i 0,5 −45°
95
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Exercícios Propostos
Indutor Ideal em Corrente Alternada
4.1 Uma bobina ideal tem 50Ω de reatância quando ligada num gerador cuja
tensão é v(t) = 20.sen(5.102t + 90°) (V).
Pedem-se:
a) Expressão da corrente em função do tempo e na forma polar;
b) Valor eficaz da tensão e da corrente;
c) Valor da indutância;
d) Diagrama fasorial.
4.2 Uma bobina ideal tem a reatância X L = 250 90°Ω . Ela é percorrida pela
corrente i(t) = 100.sen(103t + 45°) (mA). Pedem-se:
a) Expressão da tensão em função do tempo e na forma polar;
b) Valor eficaz da tensão e da corrente;
c) Valor da indutância;
d) Diagrama fasorial.
96
Capítulo 4 - Análise de Circuitos Indutivos
Circuito RL Série
97
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Determinar:
a) i(t) e v(t);
b) Diagrama fasorial.
4.6 No circuito a seguir, v = 42,4 0°V e v L = 30 45°V.
Determinar:
a) Impedância complexa;
b) Valor de R.
4.7 Com relação ao circuito a seguir, pedem-se:
98
Capítulo 4 - Análise de Circuitos Indutivos
Circuito RL Paralelo
a) Impedância complexa;
b) Expressões i(t), iR(t) e iL(t);
c) Valor da indutância;
d) Fator de potência e potência ativa;
e) Diagrama fasorial.
99
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Observação
• Considerar fase de V zero.
100
Capítulo 5
Análise de Circuitos Capacitivos
5.1 Capacitor
Um capacitor ou condensador é um dispositivo que armazena cargas elétri-
cas. Ele consiste basicamente em duas placas metálicas paralelas, denominadas
armaduras, separadas por um isolante, chamado material dielétrico.
A Figura 5.1 apresenta os detalhes construtivos e o símbolo genérico de um
capacitor:
Capacitância
A capacitância C é a medida da capacidade do capacitor de armazenar
cargas elétricas, isto é, armazenar energia na forma de campo elétrico. A unidade
de medida de capacitância é o farad [F] e seu valor depende principalmente das
dimensões do capacitor e do tipo de dielétrico.
101
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Observação
• A unidade de medida de capacitância [F] é em homenagem ao físico inglês
Michael Faraday (1791 - 1867) que estudou diversos fenômenos relacio-
nados às cargas elétricas.
Capacitância
Q = V.C
Exemplo
102
Capítulo 5 - Análise de Circuitos Capacitivos
Significa que a placa superior está com 6,25.1015 elétrons em falta e a inferior
tem um excecsso de 6,25.1015 elétrons, ou seja, os elétrons da placa superior se
dirigiram para a placa inferior através da fonte de alimentação.
103
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
dv ( t )
i( t ) = C .
dt
104
Capítulo 5 - Análise de Circuitos Capacitivos
Carga do Capacitor
105
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
106
Capítulo 5 - Análise de Circuitos Capacitivos
(a) Tensões
(b) Corrente
−
t −
t
Carga do capacitor: v C (t) = E − E . e R .C ou v C ( t ) = E . 1 − e R .C
t
−
Tensão no resistor: v R (t) = E . e R .C
t t
E − R .C −
Corrente no circuito: i( t ) = .e ou i( t ) = I . e R .C
R
107
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Observação
• Nestas expressões e é o algarismo neperiano e vale aproximadamente
2,718.
Pelas expressões percebe-se que quanto maior o valor do resistor e do ca-
pacitor, mais tempo leva para que o capacitor carregue totalmente. A medida
da velocidade de crescimento da tensão no capacitor é dada pela constante de
tempo t (letra grega tau) do circuito, definida como:
τ = R.C
108
Capítulo 5 - Análise de Circuitos Capacitivos
Descarga do Capacitor
(a) Circuito
(b) Tensões
109
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
(c) Corrente
t
−
Descarga do capacitor: v C (t) = E . e R .C
t
−
Tensão no resistor: v R ( t ) = −E . e R .C
t t
E − −
Corrente no circuito: i( t ) = − . e R .C ou i( t ) = − I . e R .C
R
110
Capítulo 5 - Análise de Circuitos Capacitivos
Exemplo
−
t −
t
Carga do capacitor: v C ( t ) = E . 1 − e R .C = 10 . 1 − e 10−3 ( V )
t t
− −
Tensão no resistor: v R ( t ) = E . e R .C = 10 . e 10 −3 ( V )
t t t
E − 10 − −
Corrente no circuito: i( t ) = . e R .C = 3 . e 10 −3 = 10 . e 10−3 ( mA )
R 10
111
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
112
Capítulo 5 - Análise de Circuitos Capacitivos
Neste caso:
v ( t ) = Vp . sen ωt ou v = Vp 0°
Reatância Capacitiva XC
A medida da oposição que o capacitor oferece à variação da corrente é dada
pela sua reatância capacitiva XC.
O valor (em módulo) da reatância capacitiva é inversamente proporcional
à capacitância C e à frequência f da corrente (ou de sua frequência angular ω), o
qual é calculado por:
1 1
XC = ou XC =
2π . f . C ω.C
113
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Conclusão
1 1 1
XC = −90° ou XC = −j ou XC =
ω.C ω.C jω.C
114
Capítulo 5 - Análise de Circuitos Capacitivos
Exemplos
1 1
Para f = 400Hz: XC = = = 85Ω
2π . f . C 2π .400.4,7.10 −6
A reatância vale:
1 1
XC = = = 5,6Ω
2π . f.C 2π .60.0,47.10 −6
115
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Se I = 0,5A, então:
V 110
XC = = = 220Ω
I 0,5
116
Capítulo 5 - Análise de Circuitos Capacitivos
Potência Ativa
117
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
118
Capítulo 5 - Análise de Circuitos Capacitivos
Impedância Capacitiva ZC
A oposição que o capacitor oferece à passagem da corrente elétrica depende
de R e de XC. Essa combinação é denominada impedância capacitiva ZC, dada
em [Ω], e pode ser representada por um único símbolo, conforme a Figura 5.10.
A resistência R vale:
vR VR 90°
R= = = R 0° = R
i I 90°
119
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
1 1
ZC = R − jX C ou ZC = R − j ou ZC = R +
ω.C jω.C
1
Módulo: ZC = R 2 + X 2C ou ZC = R 2 +
(ω.C )2
XC 1
Fase: φ = arctg ou φ = arctg
R ω. C . R
ou ainda:
VR
VR I = R ⇒ R
cosφ = = φ = arccos
V V ZC ZC
I
No plano cartesiano, a impedância capacitiva fica como segue:
120
Capítulo 5 - Análise de Circuitos Capacitivos
PAp = Vrms.Irms
P = VRrms.Irms ou P = Vrms.Irms.cosφ
PR = VCrms.Irms ou PR = Vrms.Irms.senφ
P2Ap = P2 + P2R
121
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Fator de Potência - FP
P
FP = = cosφ
PAp
Exemplos
122
Capítulo 5 - Análise de Circuitos Capacitivos
123
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
a) Valor de R
Pelo triângulo de tensões:
VC 62,4
Valor da corrente: =I = = 11
, A rms
X C 56,4
V 50
Portanto, o resistor vale R= R = = 45,5Ω
I 11
,
b) Impedância complexa
ZC = R − jX C = 45,5 − j56,4Ω ou ZC = 72,5 −511
, °Ω
c) Expressões de v(t), vR(t) e vC(t)
124
Capítulo 5 - Análise de Circuitos Capacitivos
d) Diagrama fasorial
Impedância:
ZC = R − jX C = 100 − j120,6Ω ou ZC = 156,7 −50,3°Ω
Corrente:
v 110 0°
i= = = 0,7 50,3° A rms
ZC 156,7 −50,3°
Tensão vR: v R = R . i = 100 0° .0,7 50,3° = 70 50,3° Vrms
Tensão vC:
v C = X C . i = 120,6 −90°. 0,7 50,3° = 84,4 −39,7° Vrms
125
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
d) Diagrama fasorial
126
Capítulo 5 - Análise de Circuitos Capacitivos
127
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
1 1 1 R
= + ou ZC =
ZC R X C 1 + jω. C . R
R
ZC =
1 + (ω. C . R )2
ou ainda:
VR
ZC
cosφ =
IR
= R = ZC ⇒ φ = − arccos
I V R R
ZC
Exemplos
a) Impedância complexa
Módulo
R 150
ZC = = = 130,6Ω
1+ (2π . f . C . R )2 1 + (2π .60.10.10 −6.150)2
128
Capítulo 5 - Análise de Circuitos Capacitivos
129
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
130
Capítulo 5 - Análise de Circuitos Capacitivos
e) Fator de potência
FP = cosφ = cos51,3° = 0,625
f) Potências aparente, ativa e reativa:
Potência aparente PAp = Vrms.Irms = 125.8 = 1kVA
Potência ativa P = PAp.cosφ = 1000.0,625 = 625W
Potência reativa PR = PAp.senφ = 1000.sen51,3° = 780VAR
Exercícios Propostos
Capacitor
131
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Circuito RC Série
132
Capítulo 5 - Análise de Circuitos Capacitivos
133
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
a) VC e VR;
b) Valor de C;
c) Ângulo φ.
Circuito RC Paralelo
a) Impedância complexa;
b) Corrente complexa e sua expressão em função do tempo;
c) Diagrama fasorial.
134
Capítulo 5 - Análise de Circuitos Capacitivos
5.13
Em um circuito RC paralelo, são dados IC = 3Arms, i = 5 60°A rms e
R = 10Ω. Determinar:
c) Impedância complexa;
d) Ângulo φ;
f) Diagrama fasorial.
a) Valor de C;
b) Expressão de i(t);
c) Diagrama fasorial.
135
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Anotações
136
Capítulo 6
Aplicações dos Circuitos RL e RC
6.1 Decibel
É uma forma de medir a relação entre duas grandezas físicas iguais. Ele é
muito utilizado nas curvas de resposta em frequência de circuitos eletrônicos.
O conceito de decibel [dB] está ligado aos sentidos, em especial à audição.
O ouvido humano não responde de forma linear aos estímulos que lhes são im-
postos (potência sonora), mas de forma logarítmica. Por exemplo, se a potência
sonora sofre uma variação de 1W para 2W, a sensação sonora não dobra. Para
que a sensação dobre, a potência associada a ela deve ser multiplicada por dez.
Uma relação entre duas grandezas iguais denomina-se ganho, que será re-
presentado por A. Como se trata de uma relação, o ganho pode ser maior, menor
ou igual a 1. Quando ele é maior que 1, denomina-se amplificação; quando ele
é menor que 1, denomina-se atenuação.
O bel [B] relaciona dois níveis de potência P1 e P2 através da expressão:
P2
A P = log [B]
P1
137
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
P2
A P = 10. log [ dB]
P1
Sendo:
VE ⇒ tensão de entrada
VS ⇒ tensão de saída
PE ⇒ potência de entrada
PS ⇒ potência de saída
Figura 6.1 - Quadripolo.
138
Capítulo 6 - Aplicações dos Circuitos RL e RC
VS
A V ( dB ) = 20. log
VE
Exemplos
VS VS
A V ( dB ) = 20. log ⇒ 10 = 20. log ⇒
VE 1
139
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
P2 / P1 10.logP2/P1
1/16 -12dB
1/8 -9dB
1/4 -6dB
1/2 -3dB
1 0dB
2 3dB
4 6dB
8 9dB
16 12dB
140
Capítulo 6 - Aplicações dos Circuitos RL e RC
P2/P1 10.logP2/P1
0,01 -20dB
0,1 -10dB
1 0
10 10dB
100 20dB
1000 30dB
Os resultados obtidos permitem concluir que, se o ganho de potência varia
de um fator igual a 10, o ganho de potência em dB varia de 10dB.
141
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
142
Capítulo 6 - Aplicações dos Circuitos RL e RC
1
AV =
ω.L
1+ j
R
1 R
AV = ωC =
ω L
1+ j
ωC
1 ω
AV = α = −arctg
2 ωc
ω
1+
ω
c
143
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Observação
• A frequência de corte é também conhecida como frequência de meia po-
tência, pois nessa frequência a potência de saída é a metade da potência
de entrada.
AV(dB) = 20.logAV
Assim:
w = 0 ⇒ AV(dB) = 20.log1 = 0dB
1
ω = ωc ⇒ A V ( dB ) = 20. log = −3dB
2
144
Capítulo 6 - Aplicações dos Circuitos RL e RC
1 1
ω = 10. ωc ⇒ A V ( dB ) = 20. log ≅ 20. log = −20dB
10. ωc
2 100
1+
ω
c
1 1
ω = 100. ωc ⇒ A V ( dB ) = 20. log ≅ 20. log = −40dB
2 1002
100. ωc
1+
ω
c
Diagrama de Bode
145
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Exemplo
146
Capítulo 6 - Aplicações dos Circuitos RL e RC
ωc 104
fc = = = 1592Hz
2π 2π
147
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
1
AV =
1 + jω. R.C
148
Capítulo 6 - Aplicações dos Circuitos RL e RC
Como se vê, estas expressões são iguais às do filtro passa-baixas com circuito
RL analisado anteriormente, com a ressalva de que as frequências de corte são
calculadas de formas diferentes, pois elas dependem dos dispositivos utilizados
nos filtros (RL ou RC).
O esboço das curvas de resposta em frequência (módulo: AV x ω e fase:
α x ω) desse filtro tem o mesmo aspecto que as do filtro anterior, como mostra a
Figura 6.9.
AV(dB) = 20.logAV
149
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Exemplo
150
Capítulo 6 - Aplicações dos Circuitos RL e RC
151
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
1
AV =
R
1− j
ω.L
1 R
AV = ωc =
ω L
1− j c
ω
Módulo Fase
1 ωc
AV = α = arctg
2
ω ω
1+ c
ω
152
Capítulo 6 - Aplicações dos Circuitos RL e RC
ωc
ω=0⇒ → ∞ ⇒ α → 90°
ω
ω = ωc ⇒ α = arctg1 = 45°
ω → ∞ ⇒ α → 0°
AV(dB) = 20.logAV
153
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Assim:
ωc 1 1
ω= ⇒ A V ( dB ) = 20. log ≅ 20. log = −40dB
100 2 1002
100.ωc
1+
ω
c
ωc 1 1
ω= ⇒ A V ( dB ) = 20. log ≅ 20. log = −20dB
100 2 100
10. ωc
1+
ω
c
1
ω = ωc ⇒ A V ( dB ) = 20. log = −3dB
2
1
ω = 10. ωc ⇒ A v ( dB ) = 20. log ≅ 20. log1 = 0dB
2
ωc
1+
10. ω
c
Pelos resultados obtidos, pode-se perceber que, cada vez que a frequência
aumenta de um fator igual a 10, o ganho aumenta em 20dB até chegar à fre-
quência de corte ωc.
Pode-se então esboçar a curva de resposta em frequência (em módulo)
AV(dB) x w na forma normal e como diagrama de Bode:
154
Capítulo 6 - Aplicações dos Circuitos RL e RC
Exemplo
1 1
Módulo do ganho: AV = = = 0,83
2 2
ωc 1
1+ 1+
1,5.ω 1,5
c
ωc 1
Fase do ganho: α = arctg = arctg = 33,7°
1,5 . ωc 1,5
155
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
156
Capítulo 6 - Aplicações dos Circuitos RL e RC
1
AV =
1
1− j
ω. R . C
1 1
AV = ωc =
ω R .C
1− j c
ω
Módulo Fase
1 ωc
AV = α = arctg
ω
2 ω
1+ c
ω
157
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Como se vê, estas expressões são iguais às do filtro passa-altas com circuito
RL analisado anteriormente, com a ressalva de que as frequências de corte são
calculadas de formas diferentes, pois elas dependem dos dispositivos utilizados
nos filtros (RL ou RC).
Desta forma, o esboço das curvas de resposta em frequência (módulo:
AV x ω e fase: α x ω) desse filtro tem o mesmo aspecto que as do filtro anterior,
de acordo com a Figura 6.17.
(a) Módulo
(b) Fase
AV(dB) = 20.logAV
158
Capítulo 6 - Aplicações dos Circuitos RL e RC
Exemplo
Adotando C = 0,1µF:
1 1 1
fc = ⇒R= = = 8 kΩ
2π . R . C , .10 −6.200
2π . C . fc 2π .01
159
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Integrador
O integrador é um filtro passa-baixas que opera numa frequência muito maior
que a frequência de corte. Desta forma, a função de saída representa a integral
da função de entrada.
Caso a função de entrada seja uma onda quadrada com frequência f >> fc,
a saída do integrador apresenta uma onda praticamente triangular, como indica
a Figura 6.19.
160
Capítulo 6 - Aplicações dos Circuitos RL e RC
Exemplo
1 1
fc = = = 226Hz
2π . R . C 2π .1,5.103.0,47.10 −6
Diferenciador
É um filtro passa-altas que opera numa frequência muito menor que a frequência
de corte. Desta forma, a função de saída representa a derivada da função de entrada.
161
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
162
Capítulo 6 - Aplicações dos Circuitos RL e RC
Exemplo
Dado o filtro passa-altas a seguir, qual deve ser a frequência da onda quadrada
de entrada para que o circuito funcione como um diferenciador?
1 1
fc = = = 4,823kHz
2π . R . C 2π .3,3 .103.10.10 −9
Exercícios Propostos
Filtros Passivos
6.1 Projete um FPB com circuito RL de forma que a frequência de corte seja de
3kHz. Dado: R = 1,5kΩ.
6.2 Para o circuito a seguir, pedem-se:
163
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
6.5 Projete um FPA com circuito RL de forma que a frequência de corte seja de
500Hz. Dado L = 500mH.
6.6 Esboce a curva de resposta em frequência AV x ω do circuito a seguir:
Integrador e Diferenciador
6.7 Uma onda quadrada tem f = 1kHz, sendo aplicada na entrada de um FPB.
Calcule R e C para que esse filtro funcione como um integrador, ou seja,
para que a forma de onda da saída seja aproximadamente triangular.
6.8 A mesma onda do exercício anterior é aplicada na entrada de um FPA.
Calcule R e C para que o filtro funcione como um diferenciador, ou seja,
para que se obtenham impulsos em sua saída.
164
Capítulo 7
Circuitos RLC
Em um circuito RLC série, a tensão total aplicada é a soma vetorial das tensões
no resistor, capacitor e indutor, isto é:
v = vR + vL + vC
165
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
V = VR 2 + ( VL − VC )2
166
Capítulo 7 - Circuitos RLC
1
Z = R + j( X L − X C ) ou Z = R + j ω. L −
ω.C
2
1
( )
2
Z= R2 + XL − XC ou Z = R2 + ω.L −
ω.C
1
ω. L −
(X − XC ) ω.C
φ = arctg L ou φ = arctg
R R
R
FP = cosφ =
Z
De tudo o que foi visto até aqui, é possível tirar algumas conclusões gerais:
• Caso XL > XC, ⇒ o circuito é indutivo (φ > 0°).
• Caso XL < XC, ⇒ o circuito é capacitivo (φ < 0°).
• Caso XL = XC, ⇒ o circuito é resistivo (φ = 0°).
Esta última condição (XL = XC) chama-se ressonância, assunto que será
aprofundado em seguida.
167
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Circuito Ressonante
Um circuito ressonante é aquele que apresenta a menor oposição pos-
sível (RLC série) à passagem de corrente elétrica numa determinada frequência fo,
denominada frequência de ressonância do circuito.
Isso significa que as frequências maiores e menores que fo encontrarão maior
oposição por parte do circuito ressonante.
A Figura 7.3 mostra um circuito ressonante série no qual é aplicada uma
tensão alternada numa determinada frequência.
1 1 1
X L = X C ⇒ ωo . L = ⇒ ωo 2 = ⇒ ωo =
ωo . C L .C L .C
1
fo = ⇒ frequência de ressonância do circuito
2π L . C
168
Capítulo 7 - Circuitos RLC
LF = fcs - fci
169
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
X Lo
QL =
RB
X Lo
QL =
RT
170
Capítulo 7 - Circuitos RLC
Exemplos
171
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
1
Z = R + jω. L − j = 100 + j125,7 − j79,6 ⇒
ω.C
Como XL > XC, nessa frequência o circuito é indutivo (20kHz > fo).
e) Corrente e defasagem se f = 10kHz
XL = 2p.f.L = 2p.10.103.10-3 = 62,8Ω
1 1
XC = = = 159,2Ω
2π.f.C 2π.10.103.10 −7
1
Z = R + jω. L − j = 100 + j62,8 − j159,2 ⇒
ω.C
172
Capítulo 7 - Circuitos RLC
v 10 0°
Portanto, i = = = 72,3 43,9 mA
Z 138,4 −43,9°
Como XC > XL, nessa frequência o circuito é capacitivo (10kHz < fo).
2) E m um circuito RLC série, tem-se V R =6V; V C =20V; V L =12V e
i = 10 0°mA . Pedem-se:
a) Impedância complexa:
VR 6
R= = = 600Ω
I 10.10 −3
VL 12
XL = = = 1,2kΩ ∴ X L = j1,2kΩ
I 10.10 −3
VC 20
XC = = = 2kΩ ∴ X C = − j2kΩ
I 10.10 −3
1
Z = R + jω.L − j = 0,6 + j1,2 − j2 = 0,6 − j0,8kΩ = 1 −53°kΩ
ω.C
173
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
c) Diagrama fasorial
a) Frequência de ressonância
1 1
fo = = = 212,68kHz
2π L.C 2π 100.10 −6.5,6.10 −9
174
Capítulo 7 - Circuitos RLC
X Lo 133,63
Q= ⇒ 10 = ⇒ R = 5,363Ω
R + RB R+8
175
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
176
Capítulo 7 - Circuitos RLC
I = I R 2 + ( I C − I L )2
R . XL . XC ω. R . L
Z= ou Z =
X L . X C + jR .( X L − X C ) ω. L + jR (ω2 . L . C − 1)
177
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
R . XL . XC ω. R . L
Z= ou Z=
( X L . X C )2 + R 2 .( X L − X C )2 (ω. L )2 + R 2 .(ω2 . L . C − 1)2
R .( X L − X C ) R.(ω2 . L . C − 1)
φ = −arctg ou φ = −arctg
XL . XC ω. L
1 1
ωo = ou fo =
L .C 2π L . C
178
Capítulo 7 - Circuitos RLC
179
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Exemplos
v 20 0°
iC = = = 40 90° = j40mA
X C 500 −90°
v 20 0°
iL = = = 100 −90° = − j100mA
X L 200 90°
i = i R + i C + i L = 20 + j40 − j100 = 20 − j60 = 63,25 −71,6° mA
b) Impedância complexa
v 20 0°
Z= = = 316,2 71,6°Ω
i 63,25.10 −3 −71,6°
180
Capítulo 7 - Circuitos RLC
c) Diagrama fasorial
181
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
a) Impedância complexa
V 110
R= = = 22Ω
IR 5
V 110
XL = = = 27,5Ω ∴ X L = j27,5Ω
IL 4
V 110
XC = = = 11Ω ∴ X C = − j11Ω
IC 10
Módulo:
R . XL . XC 22.27,5.11
Z= = = 14 Ω
( X L . X C )2 + R 2 .( X L − X C )2 (27,5.11)2 + 222.(27,5 − 11)2
Fase:
R.( X L − X C ) 22.(27,5 − 11)
φ = −arctg = −arctg = −50°
X L .X C 27,5.11
b) Corrente complexa fornecida pelo gerador
v 110 0°
iR = = = 5 0° = 5A
R 22 0°
v 110 0°
iL = = = 4 −90° = − j4 A
X L 27,5 90°
v 110 0°
iC = = = 10 90°= j10 A
X C 11 −90°
i = i R + i L + i C = 5 − j4 + j10 = 5 + j6 = 7,8 50° A
182
Capítulo 7 - Circuitos RLC
c) Diagrama fasorial
183
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Exemplo
184
Capítulo 7 - Circuitos RLC
185
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
AC = 0C . tgφ1 e BC = OC . tgφ2
P P
= I=
Como 0C R
= 0=
eAB D I C , resulta que I C = .( tgφ1 − tgφ2 ).
V V
V
Por outro lado, I C = = V. ω.C
XC
Igualando as duas expressões de IC, temos:
P P
.( tgφ1 − tgφ2 ) = V. ω.C ⇒ C= .( tgφ1 − tgφ2 )
V ω.V 2
Exemplos
186
Capítulo 7 - Circuitos RLC
2) Uma carga indutiva dissipa uma potência real de 1kW, consumindo uma
corrente de 10Arms / f=60Hz com um ângulo de defasagem de 60°. Calcular:
a) Valor do capacitor que corrige o FP para 0,85
Situação antes da correção:
187
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
188
Capítulo 7 - Circuitos RLC
Exercícios Propostos
7.1 Num circuito RLC série, o ângulo de defasagem entre tensão do gerador e
corrente é 60°. Sendo f = 60Hz Z = 200Ω e XC = 2.XL, determine:
b) Valor de R, L e C;
c) Diagrama fasorial.
a) Impedância complexa;
b) Frequência de ressonância;
c) Corrente complexa.
189
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
a) C
orrente complexa em cada
componente e no gerador;
b) Impedância complexa;
c) Fator de potência.
a) Frequência de ressonância;
190
Capítulo 7 - Circuitos RLC
b) F
P quando Rv = 0Ω. Há necessidade de correção do fator de potência
(FP > 0,85)? Se há, qual deve ser o valor do capacitor?
c) S
e Rv = 100Ω, há necessidde de correção do FP? Se há, qual deve ser o
valor do capacitor?
a) FP = 1 b) FP = 0,6 c) FP = 0,2
a) Resistência ôhmica;
b) Reatância indutiva;
c) Impedância.
191
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Anotações
192
Capítulo 8
Circuitos Mistos
Associação de Indutores
Os indutores equivalentes nas associações série e paralela podem ser calcu-
lados conforme as expressões a seguir:
Leq = L1 + L2 + ... + Ln
1 1 1 1
= + + ... +
L eq L1 L 2 Ln
193
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Associação de Capacitores
Os capacitores equivalentes nas associações série e paralela podem ser
calculados conforme as expressões apresentadas em seguida:
1 1 1 1
= + + ... +
C eq C1 C2 Cn
Ceq = C1 + C2 + ... + Cn
Associação de Impedâncias
Os resistores, indutores e capacitores, quando combinados, formam as impe-
dâncias. Independente de suas naturezas, as impedâncias equivalentes nas asso-
ciações série e paralela podem ser calculadas conforme as expressões seguintes:
Zeq = Z1 + Z2 + ... + Zn
194
Capítulo 8 - Circuitos Mistos
1 1 1 1
= + + ... +
Z eq Z1 Z2 Zn
Exemplos
a) Impedância complexa
195
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
b) i, i1 e i2
v 110 0°
i= = = 31
, −34,8° A
Z 36 34,8°
v 110 0°
i1 = = = 2 −21,8° A
Z1 53,9 21,8°
v 110 0°
i2 = = = 1,2 −58° A
Z2 94,3 58°
c) Diagrama fasorial
196
Capítulo 8 - Circuitos Mistos
a) Impedância complexa
Z1 = 4 + j3 = 5 36,9°Ω
Z2 = 3 − j4 = 5 −531
, °Ω
Z1.Z2 5 36,9°. 5 −531
, °
Z = Z1 / / Z2 = = ⇒
Z1 + Z2 (4 + j3) + (3 − j4 )
25 −16,2° 25 −16,2°
Z= = = 3,54 −8,1°Ω
7 − j1 7,07 −8,1°
(carga capacitiva)
b) Fator de potência
FP = cosφ = cos8,1° = 0,99
c) i, i1 e i2
v 110 90°
i= = = 31 98,1° A
Z 3,54 −8,1
v 110 90°
i1 = = = 22 53,1
1° A
Z1 5 36,9°
v 110 90°
i2 = = = 22 1431
, °A
Z2 5 −531 , °
197
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
d) Diagrama fasorial
a) Impedância complexa
Z1 = 10 + j5 = 11,2 26,6°Ω
Z2 = 8 − j5 = 9,4 −32°Ω
Z3 = j10 − j5 = j5 = 5 90°Ω
198
Capítulo 8 - Circuitos Mistos
199
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Exercícios Propostos
a) Impedância complexa;
b) i1, i2 e i3;
200
Capítulo 8 - Circuitos Mistos
201
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
a) Frequência de ressonância;
202
Capítulo 9
Sistemas Trifásicos
(a) Funcionamento
203
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
204
Capítulo 9 - Sistemas Trifásicos
205
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
O gráfico das três tensões e o respectivo diagrama fasorial estão na Figura 9.3.
206
Capítulo 9 - Sistemas Trifásicos
Esse método não é econômico e não é usado na prática. Existem dois mé-
todos comuns para interligar as fases em um sistema trifásico, sendo as ligações
estrela (Y) e triângulo (∆).
207
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
iN = iA + iB + iC
208
Capítulo 9 - Sistemas Trifásicos
1 3 1 3
v BC = v B − v C = VF . − − j
2 − VF . − + j
2
( )
= VF . − j 3 = −j 3.VF
2
2
1 3 3 3 3 1
v CA = v C − v A = VF . − + j − VF = VF . − + j = 3 .VF . − +j
2 2 2 2 2 2
VL = 3.VF
Observação
• Cuidado, pois as tensões de linha e de fase são normalmente apresentadas
em valores eficazes.
Exemplo
A tensão de linha num sistema trifásico cuja tensão de fase é de 220Vrms vale:
209
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
A Figura 9.6 mostra o diagrama fasorial das tensões de fase e de linha num
sistema trifásico em ligação estrela.
210
Capítulo 9 - Sistemas Trifásicos
211
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Exemplos
212
Capítulo 9 - Sistemas Trifásicos
i A = 12 0°= 12A
i B = 12 −120°= −6 − j10,39 A
i C = 12 120° = −6 + j10,39 A
Portanto,
i N = i A + i B + i C = 12 + ( −6 − j10,39) + ( −6 + j10,39) = 0 A
2) Dado o circuito a seguir, pede-se a corrente no fio neutro:
120 0°
iA = = 12 0° = 12A
10
120 −120°
iB = = 10 −120° = −5 − j8,66 A
12
120 120°
iC = = 6 120° = −3 + j5,2 A
20
Portanto,
i N = i A + i B + i C = 12 + ( −5 − j8,66) + ( −3 + j5,2) ⇒
i N = 4 − j3,46 = 5,29 −40,9° A
213
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
vF = vL
Já as correntes de fase nas cargas iF (iAB, iBC, iCA) são diferentes das correntes
de linha iL (iA, iB, iC), que podem ser calculadas por:
iA = iAB - iCA
iB = iBC - iAB
iC = iCA - iBC
No caso de carga balanceada, as defasagens entre tensão e corrente em
cada fase são iguais, isto é, φA = φB = φC = φ, conforme a Figura 9.9.
214
Capítulo 9 - Sistemas Trifásicos
I L = 3. I F
215
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Exemplo
216
Capítulo 9 - Sistemas Trifásicos
217
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Exemplos
=VL =
3 .VF 3 .220 = 381Vrms
b) Correntes de fase, de linha e no fio neutro
VF 220
I=
L
I=
F
= = 22A rms
R 10
218
Capítulo 9 - Sistemas Trifásicos
VL 220
=
VF = = 127Vrms
3 3
VF 127
Assim: I =
L
I=
F
= = 6,35 A rms
Z 20
219
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Assim: Z = 62 + 82 = 10Ω
VL 220
A tensão de fase vale: =
VF = = 127Vrms
3 3
VF 127
Portanto, I=
F
I=
L
= = 12,7A rms
Z 10
b) Potências ativa e aparente:
R 6
cosφ = = = 0,6
Z 10
P = 3 .VL . I L . cosφ = 3 .220.12,7.0,6 = 2,9kW
220
Capítulo 9 - Sistemas Trifásicos
Conclusão Importante
221
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Como os motores são iguais, a potência aparente dos três motores mo-
nofásicos é:
= PAp 3=.2500 7,5kVA
cosφ = 0,8 ⇒ φ = 36,9°
A potência reativa dos três motores é:
PR = PAp.sen36,9° = 7500.0,6 = 4,5kVAR
A potência ativa total é:
PT = 5000 + 3.2000 = 11kW
222
Capítulo 9 - Sistemas Trifásicos
Exercícios Propostos
Ligação Estrela
Ligação Triângulo
9.2 Um aquecedor trifásico tem uma potência de 9kW quando ligado em triângulo.
Sabendo-se que a tensão de linha é 220Vrms, calcule a corrente de linha.
223
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Anotações
224
Apêndice A
Respostas dos
Exercícios Propostos
Circuitos Resistivos em CA
2.6 a) v = 12 90° V = 12. sen(ωt + 90°) ( V )
i = 2,4 90° mA = 2,4. sen(ω + 90°) ( mA )
c) v1 = 4,8 90° V = 4,8. sen(ωt + 90°) ( V )
v 2 = 7,2 90° V = 7,2. sen(ωt + 90°) ( V )
e) Pp = 28,8mW; P = 14,4mW
Pp1 = 11,52mW; P1 = 5,76mW
Pp2 = 17,28mW; P2 = 8,64mW
226
Apêndice A - Respostas dos Exercícios Propostos
Valor Eficaz
2.8 a) Posição 1: P = 1210W Pp = 2420W
Posição 2: P = 605W Pp = 1210W
Posição 3: P = 402,6W Pp = 802W
b)
Posição 1: Irms = 11A Ip = 15,5A
Posição 2: Irms = 5,5A Ip = 7,75A
Posição 3: Irms = 3,66A Ip = 5,16A
Transformador
3.3 NS = 54,5 espiras
3.4 Para reduzir a perda de potência por efeito Joule devido às correntes
de Foucault e para melhorar o acoplamento magnético entre primário e
secundário, reduzindo a perda por dispersão de fluxo magnético.
3.5 Porque a corrente contínua gera um fluxo de indução magnética constante.
3.6 NP / NS = 4,6 e IP = 0,22A
227
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Circuito RL Série
4.4 a) Z L = 20 + j40 = 44,7 63,4°Ω
b) L = 106mH
c) i( t ) = 447. sen(377.t + 26,6°)( mA ), i = 447 26,6°mA
d) VR = 8,95 26,6° V, VL = 17,88 116,6° V
4.7 a) φ = 56°
b) FP = 0,56
c) P = 369W, PR = 558VAR, PAp = 671VA
228
Apêndice A - Respostas dos Exercícios Propostos
Circuito RL Paralelo
4.10 a) Z L = 144,19 + j192 = 24015 , °Ω
, 531
b) i(t) = 0,416.sen(wt - 53,1°) (A)
iR(t) = 0,25.sen(wt) (A)
iL(t) = 0,333.sen(wt - 90°) (A)
c) L = 795mH
d) FP = 0,6, P=12,48W
4.11 a) i(t) = 141.sen(wt - 30°) (mA), iL(t) = 72.sen(wt - 90°) (mA)
b) Z L = 100 30°Ω, R = 116,3Ω, L = 520mH
Capacitor
5.1 a) t = 1ms, T = 10ms
b) Para v(t) = 10V: Para v(t) = 0V:
−t −t
i( t ) = 10. e 10 −6 ( mA ) i( t ) = −10. e 10 −6 ( mA )
5.2 R ≥ 900K
229
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
5.4 i = 01
, 30°mA rms
Circuito RC Série
5.6 R = 100Ω, C = 1,8mF
5.7 a) i = 28,3 + j45 = 53,2 57,8°mA rms
ZC = 100 − j159 = 188 −57,8°Ω
b) v R = 5,32 57,8°Vrms
v C = 8,45 −32,2°Vrms
5.8 a) v = 112,8 45° Vrms , ZC = 564 −45°Ω
b) v(t) = 159.sen(wt + 45°) (V),
vR(t) = 112,8.sen(wt + 90°) (V)
vC(t) = 112,8.sen wt (V)
5.9 C = 42,4mF
5.10 a) VC = 34,8V, VR = 104,3V
b) C=159µF
c) φ = 18,46°
5.11 a) VC = 55V, VR = 95,4V
b) ZC = 22 −30 (Ω) = 19 − j11
i = 5 +30A = 4,3 + j2,5 A
c) P = 476W, PR = 275VAR, PAp = 550VA
Circuito RC Paralelo
5.12 a) ZC = 510 - j500Ω
b) i = 18,8 + j67,4mA i(t) = 98,7.sen(wt + 74,4°) (mA)
230
Apêndice A - Respostas dos Exercícios Propostos
5.13 a) i R = 4 23°A
b) v = 40 23°V
c) ZC = 8 −37°Ω
d) φ ≅ - 37°
e) P = 160W, PR = 120VAR, PAp = 200VA
5.14 a) C = 26,5mF
b) i(t) = 3,1.sen(wt + 30°) (A)
Filtros Passivos
6.1 L = 79,6mH
6.2 a) wc = 47000rd / s, fc = 7.484Hz
1
b) A V =
ω
1 + j
47.103
1
c) A V =
2
ω
1+
47.103
d) v S = 4,47 −63,4° V
6.3 R = 16940Ω
6.5 R = 1570Ω
Integrador e Diferenciador
6.7 R = 1kΩ, C = 1,6mF, fc = 100Hz
6.8 R = 10kΩ, C = 1,6nF, fc = 10KHz
231
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
232
Apêndice A - Respostas dos Exercícios Propostos
233
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Anotações
234
Bibliografia
Bibliografia
235
Análise de Circuitos em Corrente Alternada
Marcas Registradas
236
Projetos de Fontes Chaveadas - Teoria e Prática
Autor: Luiz Fernando Pereira de Mello
Código: 3370 • 288 páginas • Formato: 17,5 x 24,5 cm • ISBN: 978-85-365-0337-0 • EAN: 9788536503370
Destinado a estudantes e profissionais da área, o livro aborda os fundamentos básicos para projetos de fontes chaveadas. Abrange
o funcionamento de cada conversor para a condição de estado estável, equações para dimensionamento e projeto dos converso-
res, criação de um modelo para a chave PWM, influências que perturbações externas podem causar no conversor, além de fornecer
soluções para melhorar a sua performance.
Explica conceitos de estabilidade de sistemas realimentados por meio de um projeto de circuito de controle passo a passo, utili-
zando o software MATLAB 7.0. Para verificar o funcionamento do conversor projetado, é usado o simulador eletrônico PSIM 9.0
para cada tipo de fonte projetada.
Esclarece o funcionamento dos transistores e diodos utilizados como chave e indica como projetar os componentes magnéticos
usados em fontes chaveadas.
Eletrônica
Utilizando Eletrônica com AO, SCR, TRIAC, UJT,
PUT, CI 555, LDR, LED, FET e IGBT
Autores: Rômulo Oliveira Albuquerque e Antonio Carlos Seabra
Código: 2465 • 208 páginas • Formato: 17 x 24 cm • ISBN: 978-85-365-0246-5 • EAN: 9788536502465
Este livro é destinado a estudantes e profissionais das áreas de eletrônica, automação industrial, mecatrônica, eletroeletrônica
e aficionados da área. Descreve o amplificador operacional, dispositivo de larga aplicação em todos os campos da eletrônica,
apresenta o CI 555 e o componente UJT, os tiristores e suas aplicações, os principais dispositivos optoeletrônicos, além de dois
componentes importantes na eletrônica industrial de potência: o IGBT e o FET, e traz alguns exercícios resolvidos e propostos com
solução. É importante conhecer diodos, transistores e leis de circuito para acompanhar o estudo do livro.
Eletrônica Aplicada
Autores: Eduardo Cesar Alves Cruz e Salomão Choueri Jr.
Código: 1505 • 304 páginas • Formato: 17 x 24 cm • ISBN: 978-85-365-0150-5 • EAN: 9788536501505
Aborda diversos dispositivos eletrônicos como diodos (retificador, LED, Zener e Schockley), transistores (bipolar, JFET, MOSFET e
UJT), tiristores (SCR, TRIAC, DIAC, SUS e SBS), termistores (NTC e PTC), optoeletrônicos (LDR, fototransistor e optoacoplador) e
circuitos integrados lineares (amplificador operacional, temporizador, regulador de tensão e amplificador de áudio).
Analisa e desenvolve projetos de fontes de alimentação, amplificadores, multivibradores, aplicações de amplificador operacional e
circuitos de acionamento, de controle de potência e de sensores.
Destinado a profissionais, estudantes e professores de cursos técnicos, tecnológicos e de engenharia da área industrial.
Eletrônica
Máquinas Elétricas - Teoria e Ensaios - Edição Revisada
Autor: Geraldo Carvalho
Código: 126X • 264 páginas • Formato: 17 x 24 cm • ISBN: 978-85-365-0126-0 • EAN: 9788536501260
De forma simples e direta, esta obra apresenta a teoria de funcionamento, características, a execução de ensaios e análises em
máquinas elétricas, proporcionando aos estudantes, profissionais e aficionados de eletrotécnica, eletroeletrônica e eletrônica uma
fonte de informações práticas a respeito das máquinas mais empregadas na indústria atual, tais como transformadores, motores
e geradores.
Destaca de modo especial os motores de passo e servomotores, além de apresentar uma lista de exercícios de fixação e ensaios
para facilitar o aprendizado.
Nesta quarta edição, a apresentação de alguns temas e equações foi melhorada, com referência a normas, alguns comentários e
maior profundidade, conforme sugestões.
Gerenciamento de Energia
Ações Administrativas e Técnicas de Uso Adequado da Energia Elétrica
Autores: Benjamim Ferreira de Barros, Reinaldo Borelli e Ricardo Luis Gedra
Código: 3110 • 176 páginas • Formato: 17 x 24 cm • ISBN: 978-85-365-0311-0 • EAN: 9788536503110
Apresenta a estudantes e profissionais os aspectos essenciais para gerenciar instalações elétricas de forma eficiente e com
baixo custo.
Aborda aspectos administrativos, como as faturas de energia elétrica em baixa e alta tensão. O conhecimento das regras do
mercado livre de energia elétrica possibilita analisar a conveniência de um consumidor migrar para esse ambiente de contratação.
Esclarece aspectos técnicos, dúvidas relacionadas com o fator de potência, a eficiência energética e a certificação ambiental de
edificações. Descreve ainda os conceitos gerais do setor elétrico e os principais números da matriz energética brasileira.
Eletrotécnica
Acionamentos Elétricos
Autor: Claiton Moro Franchi
Código: 1499 • 256 páginas • Formato: 17 x 24 cm • ISBN: 978-85-365-0149-9 • EAN: 9788536501499
Destinado a técnicos, tecnólogos e engenheiros que atuam nas áreas de automação, mecatrônica e eletrotécnica, além de profis-
sionais que desejam manter-se atualizados.
Aborda motores elétricos de indução monofásicos, trifásicos e síncronos, assim como conceitos relativos à potência e fator de
potência. Apresenta descrição dos dispositivos utilizados em chaves de partida e comando: contatores, fusíveis, disjuntores, relés
de sobrecarga, inversores de frequência e soft-starters.
Traz um conjunto de exercícios para fixação do conteúdo, dois apêndices com os principais diagramas elétricos utilizados na prática
e a descrição da simbologia adotada por normas nacionais e internacionais.
Eletrotécnica