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Legislação Destacada Magistratura Estadual
Legislação Destacada Magistratura Estadual
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QUANTO À EXTENSÃO Constituição analítica (longa, volu- nominal. É Constituição sem valor ju-
mosa, inchada, ampla, extensa, rídico cujas normas, na maior parte,
prolixa, desenvolvida, larga): entra são ineficazes.
em detalhes de certas instituições. Ex:
Constituição normativa: são aquelas,
CF-1988.
que possuem valor jurídico, cujas nor-
Constituição ortodoxa (ou monis- mas dominam o processo político, lo-
ta): fixa uma única ideologia estatal. grando submetê-lo à observação e
Ex: Constituição chinesa, Constituição adaptação de seus termos; é aquela,
QUANTO À IDEOLOGIA da ex-URSS. na qual, há uma adequação entre o
texto e a realidade social, o seu texto
Constituição eclética (ou compro-
traduz os anseios de justiça dos cida-
missória): permite a combinação de
dãos, sendo condutor dos processos
ideologias diversas.
de poder.
Constituição garantia (negativa ou ATENÇÃO: Pedro Lenza afirma que a
abstencionista): limita-se a fixar os Constituição brasileira está caminhan-
direitos e garantias fundamentais. É do da Constituição nominal para a
uma carta declaratória de direitos. normativa. Contudo, a posição majo-
ritária é de que a constituição bra-
Constituição dirigente (ou progra-
QUANTO À FUNÇÃO sileira é normativa.
mática): além de prever os direitos e
J.J.CANOTILHO
garantias fundamentais, fixa metas Constituição heterônoma (ou hete-
estatais. Ex: art. 196, CF; art. 205, CF; roconstituição): feita em um país
art. 7º, CF; art. 4º, parágrafo único, CF. QUANTO À ORIGEM para vigorar em outro país.
DE SUA DECRETAÇÃO
Constituição unitária (codificada, Constituição autônoma (homo-
JORGE MIRANDA
reduzida ou orgânica): formada por constituição ou autoconstituição):
um único documento. feita em um país para nele vigorar. É
a regra geral.
Constituição variada (legal, inorgâ-
Ex: Constituição brasileira.
nica ou esparsa): formada por mais
de um documento. Constituição expansiva: além de
Art. 5º, § 3º, CF: Os tratados e conven- ampliar temas já tratados, trata de
QUANTO À
ções internacionais sobre direitos hu- novos temas.
SISTEMATIZAÇÃO
manos que forem aprovados, em Ex: CF-1988.
cada Casa do Congresso Nacional, em CLASSIFICAÇÃO DE
Constituição plástica: permite sua
2 turnos, por 3/5 dos votos dos res- RAUL MACHADO
ampliação por meio de leis infracons-
pectivos membros, serão equivalentes HORTA
titucionais (segundo a lei, nos termos
às emendas constitucionais.
da lei, etc.).
ATENÇÃO: A CF/88 nasce como uma
Ex: CF-1988.
Constituição unitária, mas vem pas-
sando por um processo de descodifi- Constituição-lei: a constituição é tra-
cação. tada como uma lei qualquer. Dá am-
pla liberdade ao legislador ordinário.
Constituição principiológica: possui
mais princípios do que regras. Constituição-fundamento (consti-
Paulo Bonavides entende que é o tuição total ou ubiquidade consti-
QUANTO AO SISTEMA caso da CF/1988. tucional): a constituição tenta disci-
plinar detalhes da vida social. Dá uma
Constituição preceitual: possui mais QUANTO À ATIVIDADE
pequena liberdade ao legislador ordi-
regras do que princípios. LEGISLATIVA
nário.
Constituição semântica: é a Consti-
Constituição-moldura (Canotilho:
tuição cujas normas foram elaboradas
Constituição-quadro): como a mol-
para a legitimação de práticas autori-
dura de um quadro, a constituição
tárias de poder; geralmente decorrem
fixa os limites de atuação do legisla-
QUANTO À ESSÊNCIA da usurpação do Poder Constituinte
(CRITÉRIO ONTOLÓGICO) dor ordinário.
do povo. Ex: CF-1937, CF-1967.
KARL É a constituição cujo simbolismo é
LOEWENSTEIN Constituição nominal (ou nomina-
maior que seus efeitos práticos.
http://www.ambito-juridico.com.br/site/ lista): quando não há uma concor-
index.php? Para Marcelo Neves, a CF/88 é sim-
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id= dância, absoluta, entre as normas
bólica por ter um elevado número de
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constitucionais e as exigências do
normas programáticas e dispositivos
processo político, estas não se adap-
de alto grau de abstração.
tando àquelas, isto é, se a dinâmica
Marcelo Neves afirma que a constitu-
do processo político não se adaptar
cionalização simbólica tem como ob-
às normas da Constituição, esta será
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LC 95/98. Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma ex- Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que
pressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se ela se dirige e às exigências do bem comum.
tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vi-
gor na data de sua publicação" para as leis de pequena re- Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados
percussão. o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que
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§ 1º Reputa-se ATO JURÍDICO PERFEITO o já consumado se- § 1 o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e de-
gundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. pendendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as
§ 2º Consideram-se ADQUIRIDOS assim os direitos que o seu ti- peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrín-
tular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo co- secos do ato.
meço do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré- § 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no
estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. lugar em que residir o proponente.
§ 3º Chama-se COISA JULGADA ou caso julgado a decisão judici-
al de que já não caiba recurso. Art. 10. A SUCESSÃO POR MORTE OU POR AUSÊNCIA obede-
ce à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desapare-
Art. 7 o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as cido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a § 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será
capacidade e os direitos de família regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos fi-
lhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não
lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
Estatuto pessoal: Pressupõe compatibilidade interna, chamada
§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capa-
de filtragem constitucional. Somente é possível aplicar a lei do
cidade para suceder.
domicílio se houver compatibilidade com o ordenamento
interno.
LEI DO PAÍS DO DOMICÍLIO DA Começo e fim da
o PESSOA personalidade
§ 1 Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei
brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formali- Nome
dades da celebração.
Capacidade
§ 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante au-
toridades diplomáticas ou consulares DO PAÍS DE AMBOS os nu- Direitos de família
bentes.
Penhor
§ 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de in-
validade do matrimônio a lei do 1° domicílio conjugal. LEI DO PAÍS DA SITUAÇÃO Qualificar os bens e regular
§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do DOS BENS as relações a eles concernen-
país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diver- tes
so, a do 1° domicílio conjugal.
LEI DO PAÍS DO DOMICÍLIO DO Bens móveis que ele trouxer
§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode,
PROPRIETÁRIO ou se destinarem a transporte
mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no
para outros lugares
ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo
a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os LEI DO PAÍS ME QUE SE Qualificar e reger as obriga-
direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. CONSTITUÍREM ções
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro , se um ou ambos os Sucessão por morte ou por
LEI DO PAÍS EM QUE
cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois
DOMICILIADO O DEFUNTO OU ausência
de 1 ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida
O DESAPARECIDO
de separação judicial por igual prazo, caso em que a homolo-
gação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabe-
lecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Supe- Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo,
rior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, pode- como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado
rá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferi- em que se constituírem.
das em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de § 1o Não poderão, entretanto, ter no Brasil filiais, agências ou es-
divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os tabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados
efeitos legais. pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira.
§ 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família § 2 o Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de
estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o qualquer natureza, que eles tenham constituído, dirijam ou hajam
do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda. investido de funções públicas, não poderão adquirir no Brasil
§ 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á do- bens imóveis ou susceptíveis de desapropriação.
miciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se en- § 3o Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade
contre. dos prédios necessários à sede dos representantes diplomáti-
cos ou dos agentes consulares.
Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concer-
nentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados. Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira , quan-
§ 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o propri- do for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumpri-
etário, quanto aos bens móveis que ele trouxer ou se destina- da a obrigação.
rem a transporte para outros lugares. § 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer
§ 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pes- das ações relativas a imóveis situados no Brasil.
soa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada. § 2o A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exe-
quatur e segundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as dili-
Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do gências deprecadas por autoridade estrangeira competente, ob-
país em que se constituírem. servando a lei desta, quanto ao objeto das diligências.
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Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se § 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão cele-
pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produ- brar a separação consensual e o divórcio consensual de brasi-
zir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei leiros, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e ob-
brasileira desconheça. servados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar
da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição
Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao
quem a invoca prova do texto e da vigência. acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro
ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento
Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no es- § 2o É INDISPENSÁVEL a assistência de advogado, devidamen-
trangeiro, que reúna os seguintes requisitos: te constituído, que se dará mediante a subscrição de petição, jun-
a) haver sido proferida por juiz competente; tamente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a
b) terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verifi- outra constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que
cado à revelia; a assinatura do advogado conste da escritura pública.
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades ne-
cessárias para a execução no lugar em que foi proferida; Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo an-
d) estar traduzida por intérprete autorizado; terior e celebrados pelos cônsules brasileiros na vigência do De-
e) ter sido homologada pelo STJ. creto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, desde que satisfa-
çam todos os requisitos legais.
Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver Parágrafo único. No caso em que a celebração desses atos tiver
de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sido recusada pelas autoridades consulares, com fundamento no
sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei. artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao interessado é facultado reno-
var o pedido dentro em 90 dias contados da data da publicação
A TEORIA DO REENVIO, também conhecida como TEORIA DO desta lei.
RETORNO ou DA DEVOLUÇÃO é uma forma de interpretação
de normas do Direito Internacional Privado, de forma que Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não
haja substituição da lei nacional pela lei estrangeira, de se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que
modo pelo qual seja desprezado o elemento de conexão da or- sejam consideradas as consequências práticas da decisão.
denação nacional, dando preferência ao apontado pelo ordena- Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a
mento jurídico alienígena. adequação da medida imposta ou da invalidação de ato, con-
Esse instituto é utilizado sempre que ocorrer problemas nas trato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em
interpretações de ordem internacional, servindo como meio face das possíveis alternativas.
importante de resolução de conflitos, e sempre que for neces-
sário que o juiz aplique direito estrangeiro. Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controlado-
O reenvio é uma interpretação que desconsidera a norma mate- ra ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste,
rial da regra de conexão e aplica o direito internacional privado processo ou norma administrativa deverá indicar de modo ex-
estrangeiro para chegar à nova norma material, geralmente de presso suas consequências jurídicas e administrativas.
âmbito nacional. Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo
O reenvio pode ser dividido em 3 graus: deverá, quando for o caso, indicar as condições para que a re-
1° grau: consiste em dois países, onde o primeiro remete uma gularização ocorra de modo proporcional e equânime e sem
legislação ao segundo país, que por sua vez reenvia ao primeiro; prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos su-
2° grau: compõe-se por três países, onde o primeiro envia sua jeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiarida-
legislação ao segundo que a reenvia ao terceiro; des do caso, sejam anormais ou excessivos.
3° grau: formado por quatro países, no qual o primeiro remete a
legislação ao segundo, que por sua vez encaminha ao terceiro e Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, se-
finalmente reenvia ao quarto. rão considerados os obstáculos e as dificuldades reais do ges-
Nesse sentido, o artigo 16 da LINDB proíbe o juiz nacional de tor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem pre-
aplicar o reenvio, cabendo apenas a aplicação do Direito Inter- juízo dos direitos dos administrados.
nacional Privado brasileiro para determinar o direito material ca- § 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de
bível, ficando a cargo de estrangeiro, se houver, a aplicação do ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, serão
reenvio. consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto, li-
mitado ou condicionado a ação do agente.
*http://sabendoodireito.blogspot.com/2013/12/reenvio-artigo-16.html?m=1
§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quais- a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem
quer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, para a administração pública, as circunstâncias agravantes ou
quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e atenuantes e os antecedentes do agente.
os bons costumes. § 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na
dosimetria das demais sanções de mesma natureza e relativas ao
Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autorida- mesmo fato.
des consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os
mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que
nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nasci- estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de
do no país da sede do Consulado. conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicio-
namento de direito, deverá prever regime de transição quando
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Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situ- FPPC369. (arts. 1º a 12) O rol de normas fundamentais previsto
ação contenciosa na aplicação do direito público, inclusive no no Capítulo I do Título Único do Livro I da Parte Geral do CPC
caso de expedição de licença, a autoridade administrativa po- não é exaustivo
derá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após re- FPPC370. (arts. 1º a 12) Norma processual fundamental pode ser
alização de consulta pública, e presentes razões de relevante inte- regra ou princípio
resse geral, celebrar compromisso com os interessados , obser-
vada a legislação aplicável, o qual só produzirá efeitos a partir de Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve
sua publicação oficial. por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
§ 1º O compromisso referido no caput deste artigo:
I - buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou le-
e compatível com os interesses gerais; são a direito.
III - não poderá conferir desoneração permanente de dever ou § 1o É PERMITIDA A ARBITRAGEM, na forma da lei.
condicionamento de direito reconhecidos por orientação geral; § 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução con-
IV - deverá prever com clareza as obrigações das partes, o sensual dos conflitos.
prazo para seu cumprimento e as sanções aplicáveis em caso § 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução
de descumprimento. consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, ad-
vogados, defensores públicos e membros do Ministério Públi-
Art. 27. A decisão do processo, nas esferas administrativa, contro- co, inclusive no curso do processo judicial.
ladora ou judicial, poderá impor compensação por benefícios
indevidos ou prejuízos anormais ou injustos resultantes do Súmula 485-STJ: A Lei de Arbitragem aplica-se aos contratos
processo ou da conduta dos envolvidos. que contenham cláusula arbitral, ainda que celebrados antes da
§ 1º A decisão sobre a compensação será motivada, ouvidas sua edição.
previamente as partes sobre seu cabimento, sua forma e, se for o
caso, seu valor.
FPPC371. (arts. 3, §3º, e 165). Os métodos de solução consensual
§ 2º Para prevenir ou regular a compensação, poderá ser celebra-
de conflitos devem ser estimulados também nas instâncias
do compromisso processual entre os envolvidos.
recursais
FPPC485. (art. 3º, §§ 2º e 3º; art. 139, V; art. 509; art. 513) É cabí-
Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas
vel conciliação ou mediação no processo de execu-
decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grossei-
ção, no cumprimento de sentença e na liquidação de senten-
ro.
ça, em que será admissível a apresentação de plano de
cumprimento da prestação.
Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normati-
vos por autoridade administrativa, salvo os de mera organização FPPC573. (arts.3º,§§2ºe3º;334) As Fazendas Públicas devem dar
publicidade às hipóteses em que seus órgãos de Advocacia Pú-
interna, poderá ser precedida de consulta pública para manifes-
blica estão autorizados a aceitar autocomposição.
tação de interessados, preferencialmente por meio eletrônico, a
FPPC618. (arts.3º, §§ 2º e 3º, 139, V, 166 e 168; arts. 35 e 47 da
qual será considerada na decisão
Lei nº 11.101/2005; art. 3º, caput, e §§ 1º e 2º, art. 4º, caput e
§ 1º A convocação conterá a minuta do ato normativo e fixará o
§1º, e art. 16, caput, da Lei nº 13.140/2015). A conciliação e a
prazo e demais condições da consulta pública, observadas as nor-
mediação são compatíveis com o processo de recuperação
mas legais e regulamentares específicas, se houver.
judicial.
Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a
segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a so-
de regulamentos, súmulas administrativas e respostas a consultas. lução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste arti-
go terão caráter vinculante em relação ao órgão ou entidade Princípios da primazia da solução integral de mérito, executivi-
a que se destinam, até ulterior revisão. dade dos provimentos jurisdicionais e duração razoável do pro-
cesso.