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Vida de urso

Se eu fosse um urso penso que a minha vida seria complicada, pois um animal grande e
gordo como um urso precisa de caçar e pescar ou então apenas subir a uma árvore, afugentar
umas abelhitas, levantar as garras e tirar um pedaço de mel.

Não teria muitos amigos, porque uns iam querer comer-me, como os lobos, os outros iriam
ter medo de mim. Os veados fugiriam rapidamente, os coelhos esconder-se-iam nas suas tocas
e os patos e os gansos voariam logo que me vissem. Mas eu tenho a certeza de que iria ser um
urso solitário feliz, porque poderia correr pelas planícies fora, como se estas não tivessem fim,
subir as montanhas à procura de neve para brincar, viajar até aos grandes lagos e pescar um
ou dois salmões, ou quiçá um dia caminhar para norte à procura dos meus primos, os ursos
polares.

Mas nem tudo seriam rosas nesta vida, pois a minha maior preocupação estaria na época de
caça. Se os caçadores e os seus cães me encontrassem enquanto eu estivesse a dormir,
durante a minha hibernação, a morte seria certa. Talvez esta preocupação não seja a maior,
porque esta ideia de viver solitário não é a melhor. Eu devia era procurar uma parceira para
acasalar, partilhar as aventuras e proteger-me dos temíveis caçadores.

Se eu fosse um urso, a minha liberdade seria incerta, mas uma coisa eu sei, um urso nunca
desiste.

Lourenço marques nº11 9ºD

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