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REFLEXÃO LINGUÍSTICA - Linguagem Neutra e Inclusiva
REFLEXÃO LINGUÍSTICA - Linguagem Neutra e Inclusiva
FALE/UFMG
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Atividade desenvolvida pela equipe do Redigir
FALE/UFMG
ARGUMENTOS
A favor Contra
7. Ricardo Pereira, humorista, num texto intitulado “Tenho dúvidas da relação entre as palavras
de gênero neutro e a igualdade”, em que se posiciona contra a linguagem neutra, escreve o
seguinte:
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“(...) A frase, aliás bem bonita, “Es arquitetes foram agredides por bandides e tiveram de ser
operades por médiques”, talvez cumpra parte destas novas aspirações linguísticas, mas na
eventualidade de “es bandides” serem um par, e de querermos designá-los através da antiga
e profundamente discriminatória formulação “dois bandidos”, teríamos de inventar também
um numeral neutro, para acrescentar ao masculino “dois” e ao feminino “duas”. Deis, talvez?
Eram deis bandides. Satisfeites? (...)”
Você acha que, para adotar uma linguagem neutra e mais inclusiva, precisamos escrever dessa
forma? Precisamos mudar radicalmente o português?
1. Quais dessas formas são mais inclusivas? Marque a frase mais inclusiva de cada grupo de
sentenças e procure explicar a sua escolha:
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1. Como podemos ser mais inclusivos em nossa linguagem? Encontre com seu grupo formas de
sermos mais inclusivos e elabore uma pequena cartilha para orientar as pessoas a respeito
desse tema e de como usar essa linguagem.
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Objetivos:
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com ajuda do professor, as informações necessárias (sem excedê-las) com ou sem apoio
de ferramentas digitais, em quadros, tabelas ou gráficos;
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opção utilizar palavras não marcadas como "discentes" ou "estudantes", isto é, aquelas que não
denotam gênero explicitamente. (...)”
FONTE: https://tab.uol.com.br/colunas/bernardo-machado/2021/11/29/linguagem-neutra-aumenta-
nosso-repertorio-linguistico.htm
ARGUMENTOS
A favor Contra
Professor(a):
Optamos aqui por tratar da linguagem inclusiva e da linguagem neutra conjuntamente, uma vez que
elas servem a um propósito comum e, portanto, os mesmos argumentos podem ser usados para
defender ou criticar essas propostas. É importante ficar claro para a turma que a proposta da
linguagem neutra pede uma modificação nas palavras e o uso de elementos como o “e”, o “x” ou o
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“@” para que as questões de gênero não fiquem marcadas nas palavras para que, dessa forma, todas
as pessoas se sintam igual e indiscriminadamente incluídas no discurso.
A FAVOR:
O uso da linguagem neutra objetiva enfrentar todas as formas de discriminação e segregação e
combater a desigualdade. Os defensores do uso da Linguagem Neutra acreditam que essa forma de
expressão contribui para:
• acolher, respeitar e valorizar a diversidade;
• lutar contra a intolerância de gênero e o machismo;
• identificar e visibilizar todos os gêneros, inclusive os neutros;
• não privilegiar um determinado grupo em detrimento de outros;
• causar uma reflexão sobre desigualdade de gênero em outras áreas além da língua.
• gerar reflexão sobre a desigualdade de gênero em outros âmbitos para além da linguagem.
CONTRA:
• Mudar a linguagem não vai mudar nem as condições sociais, nem a natureza das pessoas
preconceituosas.
• A língua é independente da vontade política ou ideológica. Ela muda por seus próprios meios, a
partir de necessidades concretas e não ideológicas.
• Alterações impostas são artificiais e inconsistentes com a própria natureza da língua,
desenvolvida espontaneamente.
• O gênero neutro pode confundir a identificação e a compreensão, pelos/as estudantes, das
características intrínsecas da linguagem.
• A substituição do indicativo de gênero pela letra X ou o símbolo @ torna as palavras
impronunciáveis, ou seja, serve somente para a linguagem escrita.
• Esse tipo de escrita também é incompatível com os atuais softwares de leitura de textos para
deficientes visuais.
FONTES:
https://www.diariodaregiao.com.br/vidaearte/pronomes-neutros-promovem-diversidade-1.49795
https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120257-linguagem-inclusiva-e-neutra-entenda-os-
diferentes-pontos-de-vista.htm
https://www.gazetadopovo.com.br/stories/problemas-da-linguagem-neutra/
https://clubedoportugues.com.br/linguagem-neutra/
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7. Ricardo Pereira, humorista, num texto intitulado “Tenho dúvidas da relação entre as palavras
de gênero neutro e a igualdade”, em que se posiciona contra a linguagem neutra, escreve o
seguinte:
“(...) A frase, aliás bem bonita, “Es arquitetes foram agredides por bandides e tiveram de ser
operades por médiques”, talvez cumpra parte destas novas aspirações linguísticas, mas na
eventualidade de “es bandides” serem um par, e de querermos designá-los através da antiga
e profundamente discriminatória formulação “dois bandidos”, teríamos de inventar também
um numeral neutro, para acrescentar ao masculino “dois” e ao feminino “duas”. Deis, talvez?
Eram deis bandides. Satisfeites? (...)”
Você acha que, para adotar uma linguagem neutra e mais inclusiva, precisamos escrever dessa
forma? Precisamos mudar radicalmente o português?
É importante que o/a estudante seja capaz de pensar sobre a necessidade da utilização, em algumas
instâncias, de uma linguagem que seja mais inclusiva, ou seja, que abranja um maior número de
pessoas. Uma reflexão interessante e que precisa ser ponderada é: para adotar uma linguagem neutra
e inclusiva precisamos mudar o português ou o equilíbrio é a solução para criar uma sociedade mais
inclusiva, também por meio da linguagem. A turma não precisa chegar a um consenso, mas é
importante refletir sobre o tema levantando argumentos bem fundamentados e que não incorram em
preconceitos.
1. Quais dessas formas são mais inclusivas? Marque a frase mais inclusiva de cada grupo de
sentenças e procure explicar a sua escolha:
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1. Como podemos ser mais inclusivos em nossa linguagem? Encontre com seu grupo formas de
sermos mais inclusivos e elabore uma pequena cartilha para orientar as pessoas a respeito
desse tema e de como usar essa linguagem.
Algumas dicas extras que podemos aplicar são as seguintes:
• Perguntar às pessoas como querem que se dirijam a elas e com quais pronomes se sentem mais
identificadas.
• Não utilizar adjetivos ou palavras que qualifiquem os indivíduos com base em seu gênero ou que
transmitam convenções sociais estereotipadas. Alguns exemplos: “essa pessoa chora como uma
mulher”, “tinha que ser mulher” etc.
• Não utilizar expressões consideradas preconceituosas, racistas ou capacitistas: “denegrir”,
fazer algo “nas coxas”, “a coisa tá preta”, entre outras, são expressões racistas que temos
incorporadas ao nosso dia a dia. Você pode ler mais conteúdos sobre isso desenvolvidos pela
organização “Indique uma Preta” no Instagram. Da mesma forma, expressões como “aleijado”,
“mongoloide” ou “inválido” são consideradas ofensivas a pessoas com deficiência.”
FONTE: https://www.politize.com.br/linguagem-inclusiva-e-linguagem-neutra-entenda/
A cartilha precisa ser didática, ou seja, ser bem explicada e orientar com clareza o interlocutor usando
uma linguagem acessível e um tom de sugestão e não de imposição. Sugerimos que os/as estudantes
explorem elementos visuais, cores atraentes e escolham bem as fontes que vão usar pensando na
legibilidade e no público-alvo.
Essa cartilha pode ser feita em forma de vídeo, áudio ou de postagem para as redes sociais, ou outro
formato que os/as estudantes sugerirem.
Para isso, alguns aplicativos que podem ajudar nessa tarefa são:
• Canva: https://www.canva.com/pt_br/
• Genial.ly: https://genial.ly/pt-br/
• Audacity (editor de áudio): https://www.audacityteam.org/download/
• Vimeo (editor de vídeo): https://vimeo.com/pt-br/
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