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A ROUPA NOVA DO REI ATIVIDADES

A ROUPA NOVA DO REI

https://www.youtube.com/watch?v=RMje8EpqTUU&list=LL&index=2&t=98s

      Há muitos e muitos anos, havia um rei extremamente vaidoso, que só se preocupava em se
vestir com roupas caras e elegantes. Certo dia, dois viajantes chegaram à capital do reino e,
sabendo da vaidade do rei, espalharam a notícia de que eram mestres em tecer um pano especial,
de cores e padrões únicos que, segundo eles, também era invisível para pessoas tolas e
incompetentes.

      

       O rei logo se animou com a ideia de ter roupas que, além de belas, também seriam úteis para
desmascarar aqueles que não mereciam cargos importantes e de confiança na corte.

      Então, o rei mandou chamar os viajantes, entregou aos dois uma boa soma de dinheiro e
ordenou que começassem a tecer uma roupa para ele.

— Majestade, precisamos de uma sala, um tear, fios de seda e ouro — disse um deles.

      Uma hora depois, estavam diante do tear, fingindo tecer sem parar. E assim continuaram por
muitos dias, pedindo cada vez mais seda, mais ouro e mais dinheiro.

     

       Como o rei estava curioso. Um dia resolveu enviar o primeiro-ministro para inspecionar a obra
dos tecelões.

— Ele é um ministro sábio e fiel. Com certeza, conseguirá ver esse tecido tão extraordinário e nada
me esconderá — pensou o rei.

       Quando o sábio ministro chegou em frente ao tear, nada viu. Ficou em dúvida preocupado.
Aos falsos tecelões que perguntavam com insistência se o padrão do tecido era de seu agrado e se
as cores se harmonizavam, ele respondia entusiasmado.

— Mas é claro! Magnífico! Nunca vi coisa igual na vida!

     

      O ministro levou ao conhecimento do rei os progressos da confecção e elogiou o bom gosto
dos profissionais. Ele nunca admitiria ter olhado um tear vazio.

     Na cidade só se falava da nova roupa do rei, que possuía poderes mágicos para desmascarar
ministros e secretários tolos e incompetentes.
            Na corte, muitos impostores e aproveitadores não dormiam tranquilos e aguardavam com
temor o momento em que o rei iria vestir a tão famosa roupa.

      Depois de 5 ou 6 dias, o rei, ansioso, resolveu visitar os tecelões, acompanhado pelo primeiro-
ministro e pelo seu conselheiro. Quando entraram no quarto de costura, o velho ministro disse com
voz trêmula:

       

— Majestade, observe a extraordinária beleza e perfeição do tecido!

      O monarca nada via, além de um tear vazio. Isso queria dizer que ele não era digno de ser rei,
pensou imediatamente.

— É realmente uma beleza! Um trabalho e tanto — concordou ele, enfim, meio sem graça.

      Nenhum membro da corte iria confessar que não estava enxergando absolutamente nada.
Afinal, ninguém queria ser considerado indigno do cargo que ocupava. Enquanto isso, os espertos
tecelões sorriam satisfeitos.

    

       O rei voltou ao palácio transtornado e os dois impostores continuaram trabalhando no tear
vazio. Empenhados na farsa, ficavam lá dia e noite.

      Dois dias depois, os tecelões se apresentaram na corte, levando a roupa para que o rei
pudesse desfilar na parada militar, que aconteceria naquele mesmo dia.

— Vossa Majestade gostaria de vestir sua roupa nova agora? — disse um deles.

      O rei foi para a frente de um grande espelho e tirou as roupas que vestia. Os tecelões fingiram
entregar a ele primeiro a túnica, depois a calça e, enfim, a capa com sua longa cauda.

— Não é um pouco leve demais este tecido? — indagou o rei.

— Majestade, a leveza do tecido é uma de suas qualidades mais apreciadas.

   

       Em volta dele, os cortesãos se desmanchavam em elogios à nova roupa. No pátio do palácio
já estavam a postos quatro soldados em trajes de gala, segurando uma tenda, sob a qual o rei
seguiria até a praça dos torneios.

— Vossa Majestade está pronta? A roupa está do vosso agrado?

— perguntou um dos charlatões.

       O rei deu mais uma olhada no espelho e, perplexo e desconfiado, respondeu:

— Claro...Podemos ir.
    

      O cortejo começou e ninguém conseguia ver a tão comentada roupa do rei. Mas é claro que
ninguém confessaria isso, pois corria o risco de se passar por tolo ou incompetente. De repente,
um garoto gritou desapontado:

— O rei está nu! Onde estão as suas roupas novas?

       Muitos escutaram o menino e se aproveitaram do comentário:

— Um garotinho está falando que o rei está sem roupa! — gritou um popular.

— Ah! É a voz da inocência! Criança diz o que vê, não mente — comentou outro.

      

      As palavras, antes murmuradas, agora eram ditas aos brados pelas pessoas, que riam até não
poder mais. O rei, ouvindo tudo, ficou vermelho como um tomate, pois a cada passo que dava se
convencia mais e mais de que aquelas pessoas realmente tinham razão. Ele havia sido enganado
e a tão elogiada roupa não existia.

       O rei continuou a caminhar, disfarçando, como se nada de estranho estivesse ocorrendo,
acompanhado pelas gargalhadas cada vez mais intensas de todos os seus súditos.

      Depois disso, os dois charlatões fugiram com todo o ouro e nunca mais foram vistos. O rei
aprendeu que ser excessivamente vaidoso e acreditar em pessoas desconhecidas poderia ser
perigoso para ele e todo o reino.

RESPONDA:

1. As pessoas diziam que estavam vendo a roupa para que não achassem que elas eram:

__________________________________,  _________________________

2. Marque a alternativa que apresenta o ANTÔNIMO de TOLA.

a) Ignorante

b) limitada

c) néscia
d) esperta

3. A história fala de um rei, uma pessoa de prestigio, influência, poder. Na nossa realidade quais
pessoas podem representar esse papel?

____________________________________________________________

4. Geralmente você vê as coisas de forma crítica ou concorda sem questionar? Dê um exemplo.

_________________________________________________________________________

5. Cortesãs são pessoas que vivem na corte, próximo ao rei. A que pessoas o texto se refere ao
falar dos cortesãos?

______________________________________________________________________

6. “Um garotinho está falando que o rei está sem roupa!_ Gritou um popular. _ Ah! É a voz da
inocência! Criança diz o que vê, não mente!” O que a expressão destacada significa no sentido
FIGURADO.

________________________________________________________________________

7. Localize no texto dois exemplos para cada classe de palavras:

a) artigo:_________________________________________________________________

b) substantivo:____________________________________________________________

c) adjetivo:_______________________________________________________________

d) verbo:_________________________________________________________________

e) pronome: ___________________________________________________________

GABARITO:

1. Tolas, ignorantes.

2. D

3. Presidente, prefeito, diretor, pastor, padre, pai, mãe, mestre, patrão, ...

4. Resposta pessoal: a finalidade da questão e levar o aluno a citar exemplos em que se


comportou de maneira crítica ou passiva diante de uma figura que representa poder. E
mostrar que uma crítica só será válida se tiver fundamento...
5. Geralmente os alunos citam as palavras puxa-saco e baba ovo – nesses casos é
interessante comentar que o mais adequado e usar a palavra bajulador, pois é formal
enquanto que as outras duas são informais.

6. Desprovido de conhecimento, enganado, sem rumo...

7. Resposta individual: Dependendo da turma é interessante revisar de forma rápida essas


classes gramaticais.

RESPONDA 2:

1. Que expressão do primeiro parágrafo indica QUANDO aconteceu a história?

________________________________________________________________________

2. ONDE aconteceu a história (lugar)?

________________________________________________________________________

3. Quais são as PERSONAGENS (pessoas) que participam da história?

________________________________________________________________________

4. O NARRADOR é uma personagem que conta a história. Nessa história ela participa ou só conta
a história.

___________________________________________

5. No primeiro parágrafo o narrador diz que o rei tinha um comportamento comum na sociedade
atual. Que comportamento é esse?

_____________________________________________________________

6. As pessoas diziam que estavam vendo a roupa para que não achassem que elas eram:

__________________________________,  _________________________

7. A história fala de um rei, uma pessoa de prestigio, influência, poder. Na nossa realidade quais
pessoas podem representar esse papel?

___________________________________________________________

8. Geralmente você vê as coisas de forma crítica ou concorda sem questionar? Dê um exemplo.

_________________________________________________________________________

 
9. Cortesãs são pessoas que vivem na corte, próximo ao rei. A que pessoas o texto se refere ao
falar dos cortesãos?

______________________________________________________________________

10.  “Um garotinho está falando que o rei está sem roupa!  O que a expressão destacada significa
no SENTIDO FIGURADO.

________________________________________________________________________

11. O texto faz críticas à vaidade, ao senso comum e a hipocrisia. Explique com suas palavras
cada uma dessas expressões.

_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
______

CONTO PEQUENO - OUTRO PRINCIPE SAPO

FUNDAMENTAL I

OUTRO PRINCIPE SAPO         

                                               Jon Scieszka     

        Era uma vez um sapo.

        Certo dia, quando estava sentado na sua vitória-régia, viu uma linda princesa descansando a
beira do lago. O sapo pulou dentro da água, foi nadando até ela e mostrou a cabeça por cima das
plantas aquáticas.

       -- "Perdão, ó linda princesa", disse ele com sua voz mais triste e patética. "Será que eu poderia
contar com a vossa ajuda?"

        Assim, ela perguntou:

        -- “O que posso fazer para te ajudar, sapinho? ”

        -- "Bem", disse o sapo. "Na verdade, eu não sou um sapo, mas um belo príncipe transformado
em sapo pelo feitiço de uma bruxa malvada. E esse feitiço só pode ser quebrado pelo beijo de uma
linda princesa."

        A princesa pensou um pouco, depois ergueu o sapo nas mãos e lhe deu um beijo.
        -- "Foi só uma brincadeira", disse o sapo. Pulou de volta no lago, e a princesa enxugou a baba
de sapo dos seus lindos lábios.

O Patinho realmente feio e outras histórias malucas. São Paulo: companhia das letrinhas, 1997,
S.P.

Entendendo a lenda:

01 – Qual é o nome deste gênero textual?

(A) um poema.

(B) Um bilhete.

(C) uma lenda.

(D) um anúncio.

02 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

Este texto e seu conteúdo geralmente relata.

(A) uma divulgação científica

(B) um fato ocorrido

(C) o modo de fazer um doce

(D) um fato imaginário.

03 – Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

Qual é o trecho que apresenta a fala da Princesa:

(A) “Era uma vez um sapo.”

(B) “Perdão o linda princesa”

(C) “O que posso fazer para te ajudar, sapinho?

(D) “Será que eu poderia contar com a vossa ajuda?”

 
04 – Compreender frases ou parte que compõem um texto.

        "Perdão ó linda princesa", disse ele com sua voz mais triste e patética. "Será que eu poderia
contar com a vossa ajuda?"

Nessa parte do texto o sapo queria:

(A) Fazer um pedido à princesa   

(B) cumprimentar a princesa

(C) fazer um elogio à princesa

(D) pedir perdão à princesa.

05 – Inferir o sentido de palavra ou expressão a partir do contexto.

        "Perdão, ó linda princesa", disse ele com sua voz mais triste e patética. Qual o significado da
palavra patética?

(A) comovente                

(B) assustada              

(C) crítica             

(D) animada.

06 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos.

O fato engraçado dessa história é:

(A) a esperteza do sapo em enganar a princesa.

(B) o jeito do sapo se dirigir a princesa

(C) o susto da princesa ao ver o sapo

(D) a voz patética do sapo, ao falar com a princesa.

07 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que compõem uma narrativa.

O que leva o sapo a fazer o pedido a princesa é:


(A) seu desejo enfeitiçar a princesa

(B) seu desejo de fazer uma brincadeira com a princesa

(C) seu desejo de quebrar o feitiço da bruxa malvada

(D) seu desejo de se transformar em um príncipe.

08 – O que a princesa enxugou de seus lindos lábios? 

      Enxugou a baba do sapo.

09 – Como o Sapo chegou até a princesa? 

      Ele pulou na água e foi nadando.

10 – Você concorda com a brincadeira que o sapo fez com a princesa? Justifique sua resposta: 

      Resposta pessoal do aluno.

11 – “O sapo viu uma linda princesa descansando a beira do lago.”  Na frase, as palavras


destacadas comportam-se, respectivamente, como: 

(  ) Substantivo comum, substantivo próprio, substantivo coletivo, adjetivo.

(  ) Substantivo comum, adjetivo, substantivo próprio, adjetivo.

(X) Substantivo comum, adjetivo, substantivo comum, substantivo comum.

12 – O sapo estava sentado na sua vitória-régia. A palavra grifada é: 

(  ) Substantivo comum.

(X) Substantivo composto.


(  ) Substantivo próprio.
(  ) Adjetivo.

13 – Classifique as palavras grifadas abaixo em substantivo primitivo ou derivado.


a)   O sapo pulou dentro da água.

Substantivo primitivo.

b)   Foi só uma brincadeira.

Substantivo derivado.

c)   O que posso fazer para te ajudar, sapinho? 

Substantivo derivado.

d)   Uma bruxa malvada. 

Substantivo primitivo.

14 – O substantivo derivado terreno é originado de qual substantivo primitivo? 

a)   Terraria.

b)   Terra.

c)   Terráqueo.

15 – O substantivo derivado livreiro é originado de qual substantivo primitivo? 

a)   Livraria.

b)   Livreto.

c)   Livro.

16 – Classifique as palavras grifadas das frases:

a) Eu não sou um sapo, mas um belo Príncipe.

Substantivo comum: sapo.

Substantivo próprio: Príncipe.

Adjetivo: belo.

 
b) Só pode ser quebrado pelo beijo de uma linda Princesa, que tem guardado em seu guarda-
roupa um vestido azul.

Substantivo comum: linda.

Substantivo próprio: Princesa.

Adjetivo: linda.

Substantivo composto: guarda-roupa.                         

Postado por PROFESSOR DIORGES às 14:31 Nenhum comentário: 


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Marcadores: CONTO INTERPRETAÇÃO
sábado, 8 de maio de 2021
CONTO - A PRINCESA ADIVINHADORA - 6º ANO

CONTO -  A PRINCESA ADIVINHADORA - 6º ANO

       Era uma vez um rei que tinha uma filha muito inteligente e perspicaz.

      Quando se pôs moça, não havia problema que ela não decifrasse nem pergunta que ficasse
sem resposta. O rei ficou tão orgulhoso da prenda da princesa que disse dar a mão em casamento
a quem desse uma adivinhação e ela não destrinchasse em três dias. Muita gente correu para
ganhar a mão da princesa, mas ela explicou todas as charadas e os candidatos apanhavam uma
surra, voltando envergonhados. Os tempos foram se passando e ninguém aparecia para vencer a
princesa.

      Muito longe da cidade vivia uma velha com um filho muito amarelo, mas sabido como ele só. O
rapaz entendeu de tentar a sorte e não houve conselho que o arredasse desse desejo. Agarrou
uma espingarda e tocou-se para a cidade.

Depois de muito caminhar, sentindo fome, procurou caçar e avistou um veado comendo. Foi
devagar e largou-lhe um tiro que o matou. Indo esfolar verificou que era uma veada, com uma
veadinha no ventre. Tirou o couro e seguiu viagem. Adiante encontrou os carpinteiros trabalhando
numa Igreja e colocaram um altar muito velho do lado de fora. O rapaz carregou as tábuas desse
altar. Adiante parou, fez uma fogueira com os paus do altar, assou a veadinha e comeu. Estava
comendo quando viu que um jumento morto ia descendo pelas águas do rio, com muitos urubus
trepados em cima. Bebeu água que estava entre as folhas das macambiras.
       Logo que chegou à cidade procurou o palácio do rei e disse que queria apresentar um
problema. No dia marcado, a princesa veio para o salão, com muito povo, e o rapaz amarelo
sentou-se em cima do couro da veada e disse:

Atirei no que vi

Fui matar o que não vi.

Foi com madeira santa

Que cozinhei e comi.

Bebi água não do céu...

Um morto vivo levava.

O que me serve de assento,

Acerte, para seu tormento.

      A princesa pensou, pensou, matutou, matutou e pediu três dias para estudar. Vendo que não
arranjava nada, mandou uma criada fazer-se de namorada do amarelo e saber o segredo. O
amarelo conversou e pediu que a moça lhe desse a camisa que ele dizia o segredo. A moça cedeu
e ele deu umas explicações sem pé e sem cabeça. A princesa mandou outra criada e saiu a
mesma coisa. Foi ela mesma na terceira noite, e o rapaz pediu a camisa, recebeu-a e deu a
explicação direita.

        Quando ficaram todos no salão, a princesa contou tudo direitinho. Atirei num veado, matei
uma veada com uma veadinha. Assei a comida com lenha que fora do altar. Bebi água da
macambira. Um jumento morto ia levando uma porção de urubus. Ficou sentado em cima do couro
da veadinha.

      Fizeram muita festa à princesa e o rei ia mandar dar uma surra no amarelo quando este pediu
que o deixassem falar. O rei deixou. O amarelo disse:

Quando no Paço cheguei

Três pombinhas encontrei,

Três penas já lhes tirei

        E foi mostrando as camisas das criadas. Quando ia puxando a camisa da princesa, esta
correu para ele e disse que queria casar, que gostava muito do rapaz e só adivinhara porque ele
mesmo dissera. O rei fez o casamento e foram todos muito felizes.

CASCUDO, Luís da C. Contos tradicionais do Brasil. 13. ed., 6ª reimp. São Paulo: Global, 2009.E
agora mostrarei!

 
1. Qual é a condição para se casar com a princesa?

2. Quando o rapaz sabido resolve tentar a sorte com a princesa, qual é a reação daqueles que
sabem dessa sua intenção? Sublinhe no texto a parte que mostra isso.

3. Que estratégia o moço usa para obter provas de que as criadas da princesa estiveram com ele,
tentando arrancar-lhe a resposta do desafio?

Releia um trecho do texto “A princesinha adivinhona”. Em seguida, responda às questões


propostas.

       E foi mostrando as camisas das criadas. Quando ia puxando a camisa da princesa, esta correu
para ele e disse que queria casar, que gostava muito do rapaz e só ADIVINHARA porque ele
mesmo DISSERA. O rei fez o casamento e foram todos muito felizes.

4. Observe os verbos destacados e marque a opção correta. Esses verbos se referem a ações que
ocorreram:

(   ) antes de o moço mostrar as camisas das criadas

(   ) enquanto o moço mostrava as camisas das criadas

(   ) depois que o moço mostrou as camisas das criadas

5. No trecho analisado, a quem se referem os pronomes

 A) esta:

 B) ele:

C) todos:

CONTO AFRICANO - TODOS VOCÊS - 6º ANO

CONTO AFRICANO - TODOS VOCÊS -  6º ANO

         Depois de formar a Terra, o Criador, todos os meses, realizava uma festa no céu para as


aves, pois a mãe-terra ainda era jovem e não havia árvores frutíferas suficientes para alimentar a
todas. Ele também aproveitava a ocasião para agradecer as aves pelos seus lindos cantos, dia e
noite. Nesses tempos, a tartaruga vivia se queixando, pois fora criada com muito peso nas costas,
suas pernas eram tão curtas que quase não conseguia se locomover e, ainda por
cima, precisava andar muito atrás de comida. Todos os dias, queixava-se:
        — Se eu tivesse asas, tudo seria diferente... A minha vida seria mais fácil.

 Enquanto as aves, do alto das árvores, comiam frutas, a tartaruga, embaixo, lamentava a sua


sorte, pois tinha que se contentar com os restos que caíam dos bicos delas.

        De tanto ouvirem as lamentações da tartaruga, as aves fizeram uma reunião


e decidiram ajudá-la. Cada uma doou uma de suas penas para confeccionar o melhor par de asas
para o pobre réptil e ensiná-lo a voar.

        A partir daquele dia, a vida da tartaruga mudou. Passou a fazer tudo que sempre havia
desejado: voava de árvore em árvore, comendo as melhores frutas. Ela zombava dos animais que
não tinham asas, pois não se considerava mais um réptil, mas uma ave. Deixou-se dominar pelo
orgulho.

        Na véspera da viagem para o céu, as aves convidaram a tartaruga para a festa do Criador,
reservada só para os animais que voavam.

        Egoísta e ingrata, a tartaruga ficou matutando um modo de comer o melhor da festa.

        Antes da viagem, ela disse às aves que o céu era um lugar especial e, portanto, deveriam
entrar lá de um modo especial. Propôs que cada uma escolhesse um novo nome. As aves
aceitaram e todas escolheram um novo nome, cada um mais bonito do que o outro. A tartaruga
ficou por último e disse que seu novo nome era Todos Vocês. As aves acharam aquele nome muito
estranho, mas ninguém se importou.

        Durante a viagem, a tartaruga fez questão que cada uma repetisse seu novo nome muitas
vezes para que não se esquecessem. Chegando ao céu, todas assinaram o livro de presença com
seu nome novo. Sentaram-se à mesa, o Criador agradeceu a todas pelos seus belos cantos e
mostrou-lhes as iguarias preparadas para elas. Terminado o discurso, a tartaruga levantou e
perguntou ao Criador para quem ele fizera todas aquelas delícias. Ele respondeu:

        — Para todos vocês!

        Nesse momento, a tartaruga lembrou as aves do seu novo nome: Todos Vocês; portanto, a
mesa posta era só para ela. Que esperassem a vez delas.

        Ela comeu e bebeu, enquanto as aves só olhavam. Elas ficaram muito decepcionadas com a
atitude da tartaruga.

        Quando chegou a hora de voltarem à Terra, cada uma delas tratou de pegar sua pena de
volta e, num instante, a tartaruga ficou sem asas.

        Ao entrarem para limpar o salão, os empregados encontraram a tartaruga escondida e


lançaram-na para a Terra; a queda foi tão forte que o seu casco duro e brilhante quebrou-se em
pedaços.

        A formiga e seus filhotes acharam o casco da tartaruga todo quebrado e pensaram que o
pobre animal estivesse morto. Então juntaram e emendaram o casco para construir um formigueiro.

        Passados alguns dias, a tartaruga se sentiu melhor, levantou-se e saiu andando.


        E foi assim que a tartaruga ganhou o casco emendado que tem até hoje.

UNU NILE – TODOS VOCÊS disponível em: SUNNY. Ulomma. A casa da beleza e outros contos.
São Paulo: Paulinas, 2006, p. 23-28

01 – Como era a vida da tartaruga no início do conto? O que mudou?

      Vivia cansada e tinha muito trabalho para conseguir comida. Sua vida muda ao receber um par
de asas.

02 – Que estratégia a tartaruga adota para que ocorra uma mudança em sua vida?

      Reclama todo o tempo da dificuldade que é sua vida. Faz-se de vítima do mundo.

03 – Qual foi a “jogada” da tartaruga para, chegando à festa, ter direito a desfrutar do banquete
primeiro?

      Escolheu para si um nome que, provavelmente, seria a resposta que receberia para a pergunta
que faria.

04 – Qual o sentimento das aves em relação à tartaruga?

      Decepção.

05 – No trecho “Egoísta e ingrata, a tartaruga ficou matutando um modo de comer o melhor da


festa”, que palavras indicam a opinião do narrador sobre a tartaruga?

      Egoísta e ingrata.

06 – E você, o que pensa da atitude da tartaruga?

      Resposta Pessoal do aluno.

07 – Considerando a atitude da tartaruga, que outras palavras a descreveriam?


      Resposta pessoal do aluno.

08 – Releia o início do conto “Todos Vocês” e observe os verbos destacados nos primeiros


parágrafo. Pra você em que tempo estão?

      Resposta pessoal do aluno.

09 – Você diria que essas ações aconteceram uma vez ou aconteciam sempre (por exemplo,
aconteceu de as aves comerem fruta e de a tartaruga lamentar sua sorte só uma vez ou elas
faziam isso sempre)?

      Aconteciam sempre.

10 – Agora destaque os verbos destacados no quarto parágrafo. Essas ações aconteciam sempre
ou aconteceram só uma vez?

       Aconteceram só uma vez.

11 – Qual dos dois tempos verbais descreve a situação inicial do conto, caracterizando o cenário e
as personagens e dizendo como era a vida deles? 

      Os destacados nos primeiros parágrafos (pretérito imperfeito).

12 – Qual dos dois tempos verbais indica uma ação pontual que situa o início da ação principal da
história (seu problema)?

      Os destacados no quarto parágrafo (pretérito perfeito).

PRINCESA ARABELA, MIMADA QUE SÓ ELA - O REIZINHO MANDÃO INTERPRETAÇÃO

Princesa Arabela, mimada que só ela!

Mylo Freeman

      Era uma vez uma princesinha chamada Arabela. Ela morava num grande palácio com seu pai e
sua mãe: o rei e a rainha. O dia do seu aniversário estava chegando. Mas o que se pode dar a uma
princesinha que tem tudo?
      – Minha querida Arabelinha, o que você quer ganhar de presente? – perguntou o rei. A princesa
Arabela pensou... Pensou...

      – O que você acha de um par de patins com rubis nas rodas? – sugeriu a rainha.

      – Eu já tenho – respondeu a princesa Arabela.

      – E uma bicicleta dourada? – eu já tenho – respondeu a princesa.

      – E um ratinho de pelúcia gostoso de abraçar?

      – Eu já tenho – respondeu a princesa.

      – E uma zebra de balanço?

      – Já tenho.

      – E um joguinho de chá? E um carrinho de boneca? E um...

      – Eu já tenho tudo isso! – exclamou a princesa. – Agora eu quero uma coisa diferente. Eu
quero... Um elefante!

      – Um elê o quê? – gritou a rainha.

      – Xiiii... Murmurou o rei. – Onde vamos encontrar um animal desses?

      – E quem vai deixar que ele fique conosco?

      A princesa Arabela nem quis saber das dificuldades. Ela queria um elefante.

      No dia seguinte, o rei ordenou a seus servos que fossem procurar um elefante.

      Os servos procuraram por sete dias e sete noites. Voltaram no oitavo dia. Com um elefante.

      Finalmente chegou o grande dia do aniversário da princesa Arabela.

      Quando ela abriu os olhos de manhã, seu presente já estava lá. Arabela dançou de alegria em
volta do elefante.

     – Eu vou brincar com ele agora mesmo! – ela disse, toda contente. Venha, Elefante, sente-se
aqui!

     Elefante ficou parado, triste, olhando para frente.

     – Ei, você é o meu presente, tem que brincar comigo! – gritou Arabela, impaciente.

     Mas Elefante nem se mexeu. Uma grande lágrima escorreu devagar pela sua tromba. E mais
uma, e mais outra. Não demorou muito, e a princesa Arabela estava num lago de lágrimas que
alcançava seus tornozelos.
      – Pare com isso, senão eu acabo me afogando! – ela disse.

      – Quero ir pra casa! – soluçava Elefante. – Por favor, leve-me de volta. – Não posso você é
meu presente – protestou a princesa. Mas quando Elefante começou a

soluçar de novo, ela gritou depressa: – Por favor, pare de chorar. Eu vou levar você de volta agora
mesmo!

     Pelo caminho, a princesa Arabela viu uma porção de bichos diferentes.

     – Eu quero este, e aquele, e aquele outro também! Elefante foi andando depressa... Quando
finalmente chegaram ao lugar onde Elefante morava, uma elefantinha correu em direção a eles.

      – Mamãe! Você chegou bem na hora! E trouxe meu presente com você!

      – Sim, filhinha – Elefante respondeu.

      – E é justamente o que você sempre quis: uma princesinha de verdade!

FREEMAN, Mylo. Princesa Arabela, mimada que só ela! Tradução Ruth Salles.

Coleção Giramundo. São Paulo: Editora Ática, 2008.

1. A princesa Arabela pede de presente um elefante porque:

a) gosta de animais exóticos.

b) pretende montar um zoológico.

c) quer aprender sobre os animais.

d) não tem mais o que pedir.

2. Os sentidos das palavras são construídos de acordo com o contexto em que são empregadas. A
troca da letra minúscula na palavra elefante pela letra maiúscula em Elefante, no decorrer do
texto, expressa que:

a) ao animal foi atribuída uma identidade, uma personalidade.

b) antes era uma característica e depois passou a ser um substantivo.

c) o bicho era um ser vivo e passou a ser coisa pertencente a outro ser.

d) o rei e a rainha nomearam o animal dessa forma para presentear a princesa.


 

3. “– Eu já tenho tudo isso! – exclamou a princesa.” No contexto a palavra sublinhada indica que a
princesa:

a) sussurrou bem alto.

b) reclamou em voz alta.

c) proferiu com serenidade.

d) estava exaltada de felicidade.

O reizinho mandão Ruth Rocha

       Eu vou contar pra vocês uma história que o meu avô sempre contava.

       Ele dizia que essa história aconteceu há muitos e muitos anos, num lugar muito longe daqui.

        Nesse lugar tinha um rei, daqueles que têm nas histórias. Da barba branca batendo no peito,
da capa vermelha batendo no pé.

       Como esse rei era rei de história, era um rei muito bonzinho, muito justo... E tudo o que ele
fazia era para o bem do povo.

       Vai que esse rei morreu, porque era muito velhinho, e o príncipe, filho do rei, virou rei daquele
lugar.

       O príncipe era um sujeitinho muito mal-educado, mimado, destes que as mães deles fazem
todas as vontades, e eles ficam pensando que são os donos do mundo.

       Eu tenho uma porção de amigos assim. Querem mandar nas brincadeiras... Querem que a
gente faça tudo o que eles gostam...

       Quando a gente quer brincar de outra coisa, ficam logo zangados. Vão logo dizendo: "Não
brinco mais!"

       E quando as mães deles vêm ver o que aconteceu se atiram no chão e ficam roxinhos,
esperneiam e tudo.

      Então as mães deles ficam achando que a gente está maltratando o filhinho delas.

      Então, como eu estava contando, o tal do príncipe ficou sendo o rei daquele país.

      Precisa ver que reizinho chato que ele ficou! Mandão, teimoso, implicante, xereta! 
      Ele era tão xereta, tão mandão, que queria mandar em tudo o que acontecia no reino.

     Quando eu digo tudo, era tudo mesmo!

     A diversão do reizinho era fazer leis e mais leis. E as leis que ele fazia eram as mais absurdas
do mundo.

     Olhem só esta lei:

     "Fica terminantemente proibido cortar a unha do dedão do pé direito em noite de lua cheia!"

      Agora, por que é que o reizinho queria mandar no dedão das pessoas, isso ninguém jamais vai
saber. Outra lei que ele fez:

       "É proibido dormir de gorro na primeira quarta-feira do mês".

        Agora, por que é que ele inventou essas tolices, isso ninguém sabia.

       Eu tenho a impressão de que era mesmo mania de mandar em tudo.(...)

Rocha, Ruth. O reizinho mandão. São Paulo: Quinteto Editorial, 1997.

4. O diminutivo “INHO”, indica diminuição de tamanho, intensidade maior ou menor de uma


qualidade. Ele pode expressar a ideia de carinho, afetividade ou indicar nosso  desprezo,
depreciação por um objeto ou pessoa. Marque a alternativa que traz a interpretação CORRETA da
ideia representada.

a) “era um rei muito bonzinho, muito justo...” – Desprezo ou depreciação.

b) “era um sujeitinho muito mal-educado, mimado” – Desprezo ou depreciação.

c) “ficam roxinhos, esperneiam e tudo.” - Diminuição de tamanho.

d) “está maltratando o filhinho delas” – intensidade de uma qualidade

Desprezo: sentimento de superioridade em relação a


alguém
Depreciar: diminuir o valor de algo ou pessoa.

5. “Como esse rei era de história, era um rei muito bonzinho, muito justo...”.

Podemos inferir através desse fragmento que para o narrador:

a) O rei “de história” existiu na realidade.

b) Os reis do mundo real costumam ser bons e justos.


c) O rei “de história” era lendário e mítico.

d) Os reis do mundo real costumam ser maus e injustos.

Inferir (perceber uma informação que não está


escrito

      Sem limites, chatas e mandonas: as crianças que sofrem da Síndrome do Imperador

       Se o comportamento de birra, agressividade e desrespeito não forem ajustados ainda na


infância, na vida adulta será ainda pior, de acordo com a especialista Lilian Zolet

       

      Crianças que mandam em casa, xingam os pais, babás e professores, escolhem o que vão
comer e definem todas as escolhas da família: desde o que vai ser visto na televisão até qual é o
horário mais adequado para dormir sofrem da “Síndrome do Imperador”. São pequenos “reis”
criados sem orientação e limites. Mas o que fazer?

Para Lilian Zolet, psicóloga e autora do livro  Síndrome do Imperador: Entendendo a Mente
das Crianças Mandonas e Autoritárias , impor limites não é simples e errar nas tentativas é
comum. (...) Leia parte da entrevista:

       1. Crianças precisam de limites e isso todos os pais sabem. Mas como saber quanto é
esse limite? Como saber se foi longe demais ou se falta repreensão?

(...)

       Lembremos que as crianças são como “esponjas”, aprendem e modelam seus


comportamentos a partir dos exemplos das pessoas que convivem com elas, principalmente dos
pais.

     

 2. E quando os pais não conseguem dar os limites necessários?

Quando os pais aceitam os maus comportamentos ou oferecem algum tipo de recompensa


(presentes), eles estão na verdade reforçando a atitude errada da criança. Com isso, o filho
aprende que pode ter tudo o que deseja, em seu tempo e a seu modo, e que as pessoas irão servi-
lo, tornando-se um “imperador doméstico”. Tais crianças mandam em casa e também nas
brincadeiras fazendo com que as demais crianças obedeçam às suas ordens. Elas choram e se
atiram no chão, batem a cabeça na parede, jogam os alimentos ou cospem no rosto dos pais e
agridem e ameaçam psicologicamente os progenitores quando seus caprichos não são atendidos.
(...)
Adaptado da Reportagem de Amanda Milléo, Gazeta do Povo,16/07/2017. Disponível em
<http://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/comportamento/descubra-se-seu-filho-tem-a-
sindrome-do-imperador/>. Acesso em: 18 de ago. 2018.

6. Em “Para Lilian Zolet, psicóloga e autora do livro  Síndrome do Imperador: Entendendo a


Mente das Crianças Mandonas e Autoritárias , impor limites não é simples e errar nas
tentativas é comum.” O trecho destacado tem como objetivo indicar:

a) uma opinião de especialista no assunto.

b) uma informação considerada irrelevante.

c) uma comparação entre especialistas do tema.

d) um exemplo do comportamento de crianças mimadas.

7. Marque a alternativa que contenha a fala que melhor corresponde ao comportamento de uma
criança com Síndrome do Imperador segundo as explicações da psicóloga Lílian Zolet.

a) Mãe, eu quero tanto comer pipoca...

b) Mãe, por favor, me dá pipoca aí...

c) Mãe, eu posso comer pipoca?

d) Mãe, me dá pipoca agora! 

MADAME NÃO EDUCA

       A mãe de um aluno de um colégio particular tradicional da Tijuca, no Rio, pediu que a direção
proíba o pipoqueiro de trabalhar na porta da escola. É que ela proibiu o filho de comer pipoca. Mas,
sempre que vê o pipoqueiro, o miúdo pede à mãe para comprar. E ela não sabe dizer não. Ah,
bom!

https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/mae-que-nao-consegue-dizer-nao-ao-filho-pede-
escola-que-proiba-pipoqueiro-na-porta.html

8. De acordo com o texto, assinale V, para VERDADEIRO, e F, para FALSO. Depois indique a
alternativa correta.

(F) a culpa de o menino fazer birra é do pipoqueiro.

(V) a culpa da falta de controle do menino é da criação da mãe.

(F) Ancelmo Gois, o jornalista que noticia o ocorrido, considera o pedido da mãe correto.

(F) A mãe pediu ajuda a Ancelmo Gois para forçar a saída do pipoqueiro da porta da escola.
a) F – V – F – F

b) V – F – V – F

c) F – V – V – F

d) F – V – V – V 

9. No texto do colunista Ancelmo Gois “Madame não educa” o que se pode inferir do uso do
termo “Madame” no contexto?

a) Indica faixa etária.

b) Indica uma crítica.

c) Expressa um elogio.

d) Expressa respeito. 

10. “o miúdo pede à mãe para comprar.” A palavra destacada se refere a:

a) pipoqueiro

b) Filho

c) Pipoca

d) Diretor.

 ADAPTADO DE: http://www.cmrj.eb.mil.br/images/2018/concurso/PROVA6PORT.pdf

 GABARITO:

1. D

2. A

3. B

4. B

5. D

6. A

7. D

8. A

9. B
10. B

CONTO: O CÃO DE LIA

 Leia o conto O Cão de Lia.

O cão de Lia 

No dia em que Lia leu a história daquele cachorro, ficou 

fascinada. Chegou para a mãe e disse: 

"Mãe, quero um cachorro igual ao do livro!" 

E a mãe, sensata como a maioria das mães, respondeu: 

"Minha filha, os cachorros reais não são iguais aos das histórias. Para começar, os da história
ficam ali paradinhos, não se mexem, não latem, não fazem cocô no tapete, pipi no sofá. Os
cachorros verdadeiros rasgam livros, acabam com as plantas do jardim, comem sapatos e, quando
cismam, rosnam ou até mordem. Já pensou nisso?"

"Mas mãe, eu quero um cachorro como este aqui!"

"Minha filha, isso é ilusão. Cachorro de verdade dá trabalho!" 

"Mas eu quero ter trabalho." 

"Você não vai limpar a sujeira, dar banho, ensinar, vigiar, passear com coleira, vai?"

"Vou. Eu limpo, dou banho, ensino, passeio, faço tudo."

"Isso é relativo, minha filha. Muito relativo." 

"Mãe, o que é relativo?" 

"Relativo é tudo aquilo que está em relação com alguma coisa, coisa esta que pode mudar de
acordo com a relação que ela tenha com uma terceira coisa. Se está confuso, vou explicar: no dia
em que tiver outras coisas mais interessantes ou importantes para fazer, você não vai querer
passear, cuidar, limpar, porque não vai ter tempo nem vontade, ou simplesmente vai estar
cansada." 

"Mas e se o meu cachorro for um cachorro relativo?" 

"Não existem cachorros relativos." 


"Como não? E se o meu cachorro de verdade, por causa do amor e dos cuidados que eu vou dar
para ele, ficar maravilhoso, você deixa?" 

A mãe encurtou a conversa: 

"Vai depender da sua capacidade de fazer tudo isso que está prometendo." 

Lia, teimosa, juntou um ano de mesada e comprou um cachorro parecido com o do livro: mesma
raça, mesma cor, mesmo jeito. Levou-o para casa, deu a ele um nome, uma coleira, carinho,
atenção, banho e comida. O cachorro fez pipi no sofá, cocô no tapete, roeu as sandálias de
borracha, fugiu para a rua e ainda comeu três peixes do aquário. Foi dose! Por um tempo, Lia fez
de tudo para educá-lo: limpou, passeou, conversou, ensinou, vigiou. Mas foi só por um tempo.
Hoje, o cão de Lia virou o cão da mãe de Lia, porque chegou a época das provas. Lia está muito
ocupada, e é a mãe quem dá banho, alimenta, limpa, passeia, cuida, enfim... educa. 

Mãe é mãe e promessas são muito relativas. 

Dilea Frate. Fábulas tortas. Ilustrações de Simona Traina. São Paulo: Companhia das Letrinhas,


2007. 

1. De acordo com a mãe de Lia, que diferenças existem entre os cachorros reais e os das
histórias? 

2. Você concorda que "cachorro de verdade dá trabalho"? 

3. O que Lia quis dizer com "cachorro relativo"? 

4. Por que o cão de Lia virou o cão da mãe de Lia? 

5. Você tem (ou já teve) um cachorro? Quem cuida (ou cuidava) dele? 

No conto há o narrador e as personagens. 

O narrador conta a história. As personagens participam dos acontecimentos narrados. 

6. Quem são as personagens do conto?

7. Qual é a história narrada nesse conto? 

a) A mãe de Lia quer dar um cachorro para a filha, mas tem medo de que Lia não consiga cuidar
dele. Mesmo assim, a menina ganha um cachorro, mas cuida dele só por um tempo. 
b) Lia quer um cachorro, mas sua mãe tenta convencê-la de que cachorros dão muito trabalho e
que Lia não vai conseguir cuidar dele. Mesmo assim, Lia junta dinheiro e compra um cachorro.
Algum tempo depois, Lia não consegue mais cuidar dele por causa das provas na escola. 

Leia o anúncio publicitária abaixo.

encurtador.com.br/ntMTZ

8. De acordo com a leitura do conto e do anúncio levante hipóteses, por que o cachorro do anúncio
foi abandonado?

9. A partir da leitura do conto e do anúncio, o que uma pessoa deve fazer antes de adotar um
animal de estimação?

Leia a tirinha abaixo.

https://www.maedecachorro.com.br/2009/08/tirinhas-sobre-o-abandono-de-animais.html

10. Marque a alternativa errada:

a) Os dois textos abordam o abandono de animais;

b) Os dois textos buscam sensibilizar as pessoas sobre o abandono de animais.


c) os animais não sofrem, por isso podem ser abandonados

d) As pessoas precisam pensar antes de adotar uma animal.

(EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias


de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas
partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos
personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos
verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados,
identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes
gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da
caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das
diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de
pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de
recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo.

(EF67LP03) Comparar informações sobre um mesmo fato divulgadas em diferentes veículos e


mídias, analisando e avaliando a confiabilidade.

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