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https://www.youtube.com/watch?v=RMje8EpqTUU&list=LL&index=2&t=98s
Há muitos e muitos anos, havia um rei extremamente vaidoso, que só se preocupava em se
vestir com roupas caras e elegantes. Certo dia, dois viajantes chegaram à capital do reino e,
sabendo da vaidade do rei, espalharam a notícia de que eram mestres em tecer um pano especial,
de cores e padrões únicos que, segundo eles, também era invisível para pessoas tolas e
incompetentes.
O rei logo se animou com a ideia de ter roupas que, além de belas, também seriam úteis para
desmascarar aqueles que não mereciam cargos importantes e de confiança na corte.
Então, o rei mandou chamar os viajantes, entregou aos dois uma boa soma de dinheiro e
ordenou que começassem a tecer uma roupa para ele.
— Majestade, precisamos de uma sala, um tear, fios de seda e ouro — disse um deles.
Uma hora depois, estavam diante do tear, fingindo tecer sem parar. E assim continuaram por
muitos dias, pedindo cada vez mais seda, mais ouro e mais dinheiro.
Como o rei estava curioso. Um dia resolveu enviar o primeiro-ministro para inspecionar a obra
dos tecelões.
— Ele é um ministro sábio e fiel. Com certeza, conseguirá ver esse tecido tão extraordinário e nada
me esconderá — pensou o rei.
Quando o sábio ministro chegou em frente ao tear, nada viu. Ficou em dúvida preocupado.
Aos falsos tecelões que perguntavam com insistência se o padrão do tecido era de seu agrado e se
as cores se harmonizavam, ele respondia entusiasmado.
O ministro levou ao conhecimento do rei os progressos da confecção e elogiou o bom gosto
dos profissionais. Ele nunca admitiria ter olhado um tear vazio.
Na cidade só se falava da nova roupa do rei, que possuía poderes mágicos para desmascarar
ministros e secretários tolos e incompetentes.
Na corte, muitos impostores e aproveitadores não dormiam tranquilos e aguardavam com
temor o momento em que o rei iria vestir a tão famosa roupa.
Depois de 5 ou 6 dias, o rei, ansioso, resolveu visitar os tecelões, acompanhado pelo primeiro-
ministro e pelo seu conselheiro. Quando entraram no quarto de costura, o velho ministro disse com
voz trêmula:
O monarca nada via, além de um tear vazio. Isso queria dizer que ele não era digno de ser rei,
pensou imediatamente.
— É realmente uma beleza! Um trabalho e tanto — concordou ele, enfim, meio sem graça.
Nenhum membro da corte iria confessar que não estava enxergando absolutamente nada.
Afinal, ninguém queria ser considerado indigno do cargo que ocupava. Enquanto isso, os espertos
tecelões sorriam satisfeitos.
O rei voltou ao palácio transtornado e os dois impostores continuaram trabalhando no tear
vazio. Empenhados na farsa, ficavam lá dia e noite.
Dois dias depois, os tecelões se apresentaram na corte, levando a roupa para que o rei
pudesse desfilar na parada militar, que aconteceria naquele mesmo dia.
— Vossa Majestade gostaria de vestir sua roupa nova agora? — disse um deles.
O rei foi para a frente de um grande espelho e tirou as roupas que vestia. Os tecelões fingiram
entregar a ele primeiro a túnica, depois a calça e, enfim, a capa com sua longa cauda.
Em volta dele, os cortesãos se desmanchavam em elogios à nova roupa. No pátio do palácio
já estavam a postos quatro soldados em trajes de gala, segurando uma tenda, sob a qual o rei
seguiria até a praça dos torneios.
O rei deu mais uma olhada no espelho e, perplexo e desconfiado, respondeu:
— Claro...Podemos ir.
O cortejo começou e ninguém conseguia ver a tão comentada roupa do rei. Mas é claro que
ninguém confessaria isso, pois corria o risco de se passar por tolo ou incompetente. De repente,
um garoto gritou desapontado:
— Um garotinho está falando que o rei está sem roupa! — gritou um popular.
— Ah! É a voz da inocência! Criança diz o que vê, não mente — comentou outro.
As palavras, antes murmuradas, agora eram ditas aos brados pelas pessoas, que riam até não
poder mais. O rei, ouvindo tudo, ficou vermelho como um tomate, pois a cada passo que dava se
convencia mais e mais de que aquelas pessoas realmente tinham razão. Ele havia sido enganado
e a tão elogiada roupa não existia.
O rei continuou a caminhar, disfarçando, como se nada de estranho estivesse ocorrendo,
acompanhado pelas gargalhadas cada vez mais intensas de todos os seus súditos.
Depois disso, os dois charlatões fugiram com todo o ouro e nunca mais foram vistos. O rei
aprendeu que ser excessivamente vaidoso e acreditar em pessoas desconhecidas poderia ser
perigoso para ele e todo o reino.
RESPONDA:
1. As pessoas diziam que estavam vendo a roupa para que não achassem que elas eram:
__________________________________, _________________________
a) Ignorante
b) limitada
c) néscia
d) esperta
3. A história fala de um rei, uma pessoa de prestigio, influência, poder. Na nossa realidade quais
pessoas podem representar esse papel?
____________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. Cortesãs são pessoas que vivem na corte, próximo ao rei. A que pessoas o texto se refere ao
falar dos cortesãos?
______________________________________________________________________
6. “Um garotinho está falando que o rei está sem roupa!_ Gritou um popular. _ Ah! É a voz da
inocência! Criança diz o que vê, não mente!” O que a expressão destacada significa no sentido
FIGURADO.
________________________________________________________________________
a) artigo:_________________________________________________________________
b) substantivo:____________________________________________________________
c) adjetivo:_______________________________________________________________
d) verbo:_________________________________________________________________
e) pronome: ___________________________________________________________
GABARITO:
1. Tolas, ignorantes.
2. D
3. Presidente, prefeito, diretor, pastor, padre, pai, mãe, mestre, patrão, ...
RESPONDA 2:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
4. O NARRADOR é uma personagem que conta a história. Nessa história ela participa ou só conta
a história.
___________________________________________
5. No primeiro parágrafo o narrador diz que o rei tinha um comportamento comum na sociedade
atual. Que comportamento é esse?
_____________________________________________________________
6. As pessoas diziam que estavam vendo a roupa para que não achassem que elas eram:
__________________________________, _________________________
7. A história fala de um rei, uma pessoa de prestigio, influência, poder. Na nossa realidade quais
pessoas podem representar esse papel?
___________________________________________________________
_________________________________________________________________________
9. Cortesãs são pessoas que vivem na corte, próximo ao rei. A que pessoas o texto se refere ao
falar dos cortesãos?
______________________________________________________________________
10. “Um garotinho está falando que o rei está sem roupa! O que a expressão destacada significa
no SENTIDO FIGURADO.
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11. O texto faz críticas à vaidade, ao senso comum e a hipocrisia. Explique com suas palavras
cada uma dessas expressões.
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FUNDAMENTAL I
Certo dia, quando estava sentado na sua vitória-régia, viu uma linda princesa descansando a
beira do lago. O sapo pulou dentro da água, foi nadando até ela e mostrou a cabeça por cima das
plantas aquáticas.
-- "Perdão, ó linda princesa", disse ele com sua voz mais triste e patética. "Será que eu poderia
contar com a vossa ajuda?"
-- "Bem", disse o sapo. "Na verdade, eu não sou um sapo, mas um belo príncipe transformado
em sapo pelo feitiço de uma bruxa malvada. E esse feitiço só pode ser quebrado pelo beijo de uma
linda princesa."
A princesa pensou um pouco, depois ergueu o sapo nas mãos e lhe deu um beijo.
-- "Foi só uma brincadeira", disse o sapo. Pulou de volta no lago, e a princesa enxugou a baba
de sapo dos seus lindos lábios.
O Patinho realmente feio e outras histórias malucas. São Paulo: companhia das letrinhas, 1997,
S.P.
Entendendo a lenda:
(A) um poema.
(B) Um bilhete.
(D) um anúncio.
04 – Compreender frases ou parte que compõem um texto.
"Perdão ó linda princesa", disse ele com sua voz mais triste e patética. "Será que eu poderia
contar com a vossa ajuda?"
"Perdão, ó linda princesa", disse ele com sua voz mais triste e patética. Qual o significado da
palavra patética?
(A) comovente
(B) assustada
(C) crítica
(D) animada.
10 – Você concorda com a brincadeira que o sapo fez com a princesa? Justifique sua resposta:
Substantivo primitivo.
b) Foi só uma brincadeira.
Substantivo derivado.
Substantivo derivado.
d) Uma bruxa malvada.
Substantivo primitivo.
a) Terraria.
b) Terra.
c) Terráqueo.
a) Livraria.
b) Livreto.
c) Livro.
Substantivo comum: sapo.
Substantivo próprio: Príncipe.
Adjetivo: belo.
b) Só pode ser quebrado pelo beijo de uma linda Princesa, que tem guardado em seu guarda-
roupa um vestido azul.
Substantivo comum: linda.
Substantivo próprio: Princesa.
Adjetivo: linda.
Substantivo composto: guarda-roupa.
Era uma vez um rei que tinha uma filha muito inteligente e perspicaz.
Quando se pôs moça, não havia problema que ela não decifrasse nem pergunta que ficasse
sem resposta. O rei ficou tão orgulhoso da prenda da princesa que disse dar a mão em casamento
a quem desse uma adivinhação e ela não destrinchasse em três dias. Muita gente correu para
ganhar a mão da princesa, mas ela explicou todas as charadas e os candidatos apanhavam uma
surra, voltando envergonhados. Os tempos foram se passando e ninguém aparecia para vencer a
princesa.
Muito longe da cidade vivia uma velha com um filho muito amarelo, mas sabido como ele só. O
rapaz entendeu de tentar a sorte e não houve conselho que o arredasse desse desejo. Agarrou
uma espingarda e tocou-se para a cidade.
Depois de muito caminhar, sentindo fome, procurou caçar e avistou um veado comendo. Foi
devagar e largou-lhe um tiro que o matou. Indo esfolar verificou que era uma veada, com uma
veadinha no ventre. Tirou o couro e seguiu viagem. Adiante encontrou os carpinteiros trabalhando
numa Igreja e colocaram um altar muito velho do lado de fora. O rapaz carregou as tábuas desse
altar. Adiante parou, fez uma fogueira com os paus do altar, assou a veadinha e comeu. Estava
comendo quando viu que um jumento morto ia descendo pelas águas do rio, com muitos urubus
trepados em cima. Bebeu água que estava entre as folhas das macambiras.
Logo que chegou à cidade procurou o palácio do rei e disse que queria apresentar um
problema. No dia marcado, a princesa veio para o salão, com muito povo, e o rapaz amarelo
sentou-se em cima do couro da veada e disse:
Atirei no que vi
A princesa pensou, pensou, matutou, matutou e pediu três dias para estudar. Vendo que não
arranjava nada, mandou uma criada fazer-se de namorada do amarelo e saber o segredo. O
amarelo conversou e pediu que a moça lhe desse a camisa que ele dizia o segredo. A moça cedeu
e ele deu umas explicações sem pé e sem cabeça. A princesa mandou outra criada e saiu a
mesma coisa. Foi ela mesma na terceira noite, e o rapaz pediu a camisa, recebeu-a e deu a
explicação direita.
Quando ficaram todos no salão, a princesa contou tudo direitinho. Atirei num veado, matei
uma veada com uma veadinha. Assei a comida com lenha que fora do altar. Bebi água da
macambira. Um jumento morto ia levando uma porção de urubus. Ficou sentado em cima do couro
da veadinha.
Fizeram muita festa à princesa e o rei ia mandar dar uma surra no amarelo quando este pediu
que o deixassem falar. O rei deixou. O amarelo disse:
E foi mostrando as camisas das criadas. Quando ia puxando a camisa da princesa, esta
correu para ele e disse que queria casar, que gostava muito do rapaz e só adivinhara porque ele
mesmo dissera. O rei fez o casamento e foram todos muito felizes.
CASCUDO, Luís da C. Contos tradicionais do Brasil. 13. ed., 6ª reimp. São Paulo: Global, 2009.E
agora mostrarei!
1. Qual é a condição para se casar com a princesa?
2. Quando o rapaz sabido resolve tentar a sorte com a princesa, qual é a reação daqueles que
sabem dessa sua intenção? Sublinhe no texto a parte que mostra isso.
3. Que estratégia o moço usa para obter provas de que as criadas da princesa estiveram com ele,
tentando arrancar-lhe a resposta do desafio?
E foi mostrando as camisas das criadas. Quando ia puxando a camisa da princesa, esta correu
para ele e disse que queria casar, que gostava muito do rapaz e só ADIVINHARA porque ele
mesmo DISSERA. O rei fez o casamento e foram todos muito felizes.
4. Observe os verbos destacados e marque a opção correta. Esses verbos se referem a ações que
ocorreram:
A) esta:
B) ele:
C) todos:
A partir daquele dia, a vida da tartaruga mudou. Passou a fazer tudo que sempre havia
desejado: voava de árvore em árvore, comendo as melhores frutas. Ela zombava dos animais que
não tinham asas, pois não se considerava mais um réptil, mas uma ave. Deixou-se dominar pelo
orgulho.
Na véspera da viagem para o céu, as aves convidaram a tartaruga para a festa do Criador,
reservada só para os animais que voavam.
Antes da viagem, ela disse às aves que o céu era um lugar especial e, portanto, deveriam
entrar lá de um modo especial. Propôs que cada uma escolhesse um novo nome. As aves
aceitaram e todas escolheram um novo nome, cada um mais bonito do que o outro. A tartaruga
ficou por último e disse que seu novo nome era Todos Vocês. As aves acharam aquele nome muito
estranho, mas ninguém se importou.
Durante a viagem, a tartaruga fez questão que cada uma repetisse seu novo nome muitas
vezes para que não se esquecessem. Chegando ao céu, todas assinaram o livro de presença com
seu nome novo. Sentaram-se à mesa, o Criador agradeceu a todas pelos seus belos cantos e
mostrou-lhes as iguarias preparadas para elas. Terminado o discurso, a tartaruga levantou e
perguntou ao Criador para quem ele fizera todas aquelas delícias. Ele respondeu:
Nesse momento, a tartaruga lembrou as aves do seu novo nome: Todos Vocês; portanto, a
mesa posta era só para ela. Que esperassem a vez delas.
Ela comeu e bebeu, enquanto as aves só olhavam. Elas ficaram muito decepcionadas com a
atitude da tartaruga.
Quando chegou a hora de voltarem à Terra, cada uma delas tratou de pegar sua pena de
volta e, num instante, a tartaruga ficou sem asas.
A formiga e seus filhotes acharam o casco da tartaruga todo quebrado e pensaram que o
pobre animal estivesse morto. Então juntaram e emendaram o casco para construir um formigueiro.
UNU NILE – TODOS VOCÊS disponível em: SUNNY. Ulomma. A casa da beleza e outros contos.
São Paulo: Paulinas, 2006, p. 23-28
Vivia cansada e tinha muito trabalho para conseguir comida. Sua vida muda ao receber um par
de asas.
02 – Que estratégia a tartaruga adota para que ocorra uma mudança em sua vida?
Reclama todo o tempo da dificuldade que é sua vida. Faz-se de vítima do mundo.
03 – Qual foi a “jogada” da tartaruga para, chegando à festa, ter direito a desfrutar do banquete
primeiro?
Escolheu para si um nome que, provavelmente, seria a resposta que receberia para a pergunta
que faria.
Decepção.
Egoísta e ingrata.
09 – Você diria que essas ações aconteceram uma vez ou aconteciam sempre (por exemplo,
aconteceu de as aves comerem fruta e de a tartaruga lamentar sua sorte só uma vez ou elas
faziam isso sempre)?
Aconteciam sempre.
10 – Agora destaque os verbos destacados no quarto parágrafo. Essas ações aconteciam sempre
ou aconteceram só uma vez?
11 – Qual dos dois tempos verbais descreve a situação inicial do conto, caracterizando o cenário e
as personagens e dizendo como era a vida deles?
12 – Qual dos dois tempos verbais indica uma ação pontual que situa o início da ação principal da
história (seu problema)?
Mylo Freeman
Era uma vez uma princesinha chamada Arabela. Ela morava num grande palácio com seu pai e
sua mãe: o rei e a rainha. O dia do seu aniversário estava chegando. Mas o que se pode dar a uma
princesinha que tem tudo?
– Minha querida Arabelinha, o que você quer ganhar de presente? – perguntou o rei. A princesa
Arabela pensou... Pensou...
– O que você acha de um par de patins com rubis nas rodas? – sugeriu a rainha.
– Já tenho.
– Eu já tenho tudo isso! – exclamou a princesa. – Agora eu quero uma coisa diferente. Eu
quero... Um elefante!
A princesa Arabela nem quis saber das dificuldades. Ela queria um elefante.
No dia seguinte, o rei ordenou a seus servos que fossem procurar um elefante.
Os servos procuraram por sete dias e sete noites. Voltaram no oitavo dia. Com um elefante.
Quando ela abriu os olhos de manhã, seu presente já estava lá. Arabela dançou de alegria em
volta do elefante.
– Eu vou brincar com ele agora mesmo! – ela disse, toda contente. Venha, Elefante, sente-se
aqui!
– Ei, você é o meu presente, tem que brincar comigo! – gritou Arabela, impaciente.
Mas Elefante nem se mexeu. Uma grande lágrima escorreu devagar pela sua tromba. E mais
uma, e mais outra. Não demorou muito, e a princesa Arabela estava num lago de lágrimas que
alcançava seus tornozelos.
– Pare com isso, senão eu acabo me afogando! – ela disse.
– Quero ir pra casa! – soluçava Elefante. – Por favor, leve-me de volta. – Não posso você é
meu presente – protestou a princesa. Mas quando Elefante começou a
soluçar de novo, ela gritou depressa: – Por favor, pare de chorar. Eu vou levar você de volta agora
mesmo!
– Eu quero este, e aquele, e aquele outro também! Elefante foi andando depressa... Quando
finalmente chegaram ao lugar onde Elefante morava, uma elefantinha correu em direção a eles.
– Mamãe! Você chegou bem na hora! E trouxe meu presente com você!
FREEMAN, Mylo. Princesa Arabela, mimada que só ela! Tradução Ruth Salles.
2. Os sentidos das palavras são construídos de acordo com o contexto em que são empregadas. A
troca da letra minúscula na palavra elefante pela letra maiúscula em Elefante, no decorrer do
texto, expressa que:
c) o bicho era um ser vivo e passou a ser coisa pertencente a outro ser.
3. “– Eu já tenho tudo isso! – exclamou a princesa.” No contexto a palavra sublinhada indica que a
princesa:
Eu vou contar pra vocês uma história que o meu avô sempre contava.
Ele dizia que essa história aconteceu há muitos e muitos anos, num lugar muito longe daqui.
Nesse lugar tinha um rei, daqueles que têm nas histórias. Da barba branca batendo no peito,
da capa vermelha batendo no pé.
Como esse rei era rei de história, era um rei muito bonzinho, muito justo... E tudo o que ele
fazia era para o bem do povo.
Vai que esse rei morreu, porque era muito velhinho, e o príncipe, filho do rei, virou rei daquele
lugar.
O príncipe era um sujeitinho muito mal-educado, mimado, destes que as mães deles fazem
todas as vontades, e eles ficam pensando que são os donos do mundo.
Eu tenho uma porção de amigos assim. Querem mandar nas brincadeiras... Querem que a
gente faça tudo o que eles gostam...
Quando a gente quer brincar de outra coisa, ficam logo zangados. Vão logo dizendo: "Não
brinco mais!"
E quando as mães deles vêm ver o que aconteceu se atiram no chão e ficam roxinhos,
esperneiam e tudo.
Então as mães deles ficam achando que a gente está maltratando o filhinho delas.
Então, como eu estava contando, o tal do príncipe ficou sendo o rei daquele país.
Precisa ver que reizinho chato que ele ficou! Mandão, teimoso, implicante, xereta!
Ele era tão xereta, tão mandão, que queria mandar em tudo o que acontecia no reino.
A diversão do reizinho era fazer leis e mais leis. E as leis que ele fazia eram as mais absurdas
do mundo.
"Fica terminantemente proibido cortar a unha do dedão do pé direito em noite de lua cheia!"
Agora, por que é que o reizinho queria mandar no dedão das pessoas, isso ninguém jamais vai
saber. Outra lei que ele fez:
Agora, por que é que ele inventou essas tolices, isso ninguém sabia.
5. “Como esse rei era de história, era um rei muito bonzinho, muito justo...”.
Crianças que mandam em casa, xingam os pais, babás e professores, escolhem o que vão
comer e definem todas as escolhas da família: desde o que vai ser visto na televisão até qual é o
horário mais adequado para dormir sofrem da “Síndrome do Imperador”. São pequenos “reis”
criados sem orientação e limites. Mas o que fazer?
Para Lilian Zolet, psicóloga e autora do livro Síndrome do Imperador: Entendendo a Mente
das Crianças Mandonas e Autoritárias , impor limites não é simples e errar nas tentativas é
comum. (...) Leia parte da entrevista:
1. Crianças precisam de limites e isso todos os pais sabem. Mas como saber quanto é
esse limite? Como saber se foi longe demais ou se falta repreensão?
(...)
7. Marque a alternativa que contenha a fala que melhor corresponde ao comportamento de uma
criança com Síndrome do Imperador segundo as explicações da psicóloga Lílian Zolet.
A mãe de um aluno de um colégio particular tradicional da Tijuca, no Rio, pediu que a direção
proíba o pipoqueiro de trabalhar na porta da escola. É que ela proibiu o filho de comer pipoca. Mas,
sempre que vê o pipoqueiro, o miúdo pede à mãe para comprar. E ela não sabe dizer não. Ah,
bom!
https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/mae-que-nao-consegue-dizer-nao-ao-filho-pede-
escola-que-proiba-pipoqueiro-na-porta.html
8. De acordo com o texto, assinale V, para VERDADEIRO, e F, para FALSO. Depois indique a
alternativa correta.
(F) Ancelmo Gois, o jornalista que noticia o ocorrido, considera o pedido da mãe correto.
(F) A mãe pediu ajuda a Ancelmo Gois para forçar a saída do pipoqueiro da porta da escola.
a) F – V – F – F
b) V – F – V – F
c) F – V – V – F
d) F – V – V – V
9. No texto do colunista Ancelmo Gois “Madame não educa” o que se pode inferir do uso do
termo “Madame” no contexto?
c) Expressa um elogio.
d) Expressa respeito.
a) pipoqueiro
b) Filho
c) Pipoca
d) Diretor.
ADAPTADO DE: http://www.cmrj.eb.mil.br/images/2018/concurso/PROVA6PORT.pdf
GABARITO:
1. D
2. A
3. B
4. B
5. D
6. A
7. D
8. A
9. B
10. B
O cão de Lia
"Minha filha, os cachorros reais não são iguais aos das histórias. Para começar, os da história
ficam ali paradinhos, não se mexem, não latem, não fazem cocô no tapete, pipi no sofá. Os
cachorros verdadeiros rasgam livros, acabam com as plantas do jardim, comem sapatos e, quando
cismam, rosnam ou até mordem. Já pensou nisso?"
"Você não vai limpar a sujeira, dar banho, ensinar, vigiar, passear com coleira, vai?"
"Relativo é tudo aquilo que está em relação com alguma coisa, coisa esta que pode mudar de
acordo com a relação que ela tenha com uma terceira coisa. Se está confuso, vou explicar: no dia
em que tiver outras coisas mais interessantes ou importantes para fazer, você não vai querer
passear, cuidar, limpar, porque não vai ter tempo nem vontade, ou simplesmente vai estar
cansada."
"Vai depender da sua capacidade de fazer tudo isso que está prometendo."
Lia, teimosa, juntou um ano de mesada e comprou um cachorro parecido com o do livro: mesma
raça, mesma cor, mesmo jeito. Levou-o para casa, deu a ele um nome, uma coleira, carinho,
atenção, banho e comida. O cachorro fez pipi no sofá, cocô no tapete, roeu as sandálias de
borracha, fugiu para a rua e ainda comeu três peixes do aquário. Foi dose! Por um tempo, Lia fez
de tudo para educá-lo: limpou, passeou, conversou, ensinou, vigiou. Mas foi só por um tempo.
Hoje, o cão de Lia virou o cão da mãe de Lia, porque chegou a época das provas. Lia está muito
ocupada, e é a mãe quem dá banho, alimenta, limpa, passeia, cuida, enfim... educa.
1. De acordo com a mãe de Lia, que diferenças existem entre os cachorros reais e os das
histórias?
5. Você tem (ou já teve) um cachorro? Quem cuida (ou cuidava) dele?
a) A mãe de Lia quer dar um cachorro para a filha, mas tem medo de que Lia não consiga cuidar
dele. Mesmo assim, a menina ganha um cachorro, mas cuida dele só por um tempo.
b) Lia quer um cachorro, mas sua mãe tenta convencê-la de que cachorros dão muito trabalho e
que Lia não vai conseguir cuidar dele. Mesmo assim, Lia junta dinheiro e compra um cachorro.
Algum tempo depois, Lia não consegue mais cuidar dele por causa das provas na escola.
encurtador.com.br/ntMTZ
8. De acordo com a leitura do conto e do anúncio levante hipóteses, por que o cachorro do anúncio
foi abandonado?
9. A partir da leitura do conto e do anúncio, o que uma pessoa deve fazer antes de adotar um
animal de estimação?
https://www.maedecachorro.com.br/2009/08/tirinhas-sobre-o-abandono-de-animais.html