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2. Era com isso que o autor aos hebreus estava preocupado e, por isso, ele escreveu esta carta para exortar uma ou
mais comunidades de judeus crentes a ficarem firmes no Senhor Jesus Cristo. Uma das estratégias dele para isso é
mostrar a glória do Autor e Consumador da nossa fé: o Senhor Jesus Cristo!
Cristo é superior aos profetas e é a revelação suprema de Deus (1.1-4);
Cristo é superior aos anjos (1.5-2.4);
Cristo é superior ao fiel servo Moisés (3.1-6).
Depois de demonstrar que Cristo é superior a Moisés, ele passa a exortar os seus leitores no sentido de que não
tenham um coração duro e incrédulo como os seus antepassados tiveram sob a liderança de Moisés.
Aqui, lógica é evidente: Se os que foram incrédulos sob o ministério de Moisés foram castigados
duramente, quanto mais dignos de castigo são os incrédulos agora sob Cristo, o Filho de Deus?
O autor aos hebreus lança mão do Salmo 95, para trazer à memória dos seus leitores judeus aquelas duas ocasiões
nas quais os hebreus foram incrédulos e rebeldes contra o Senhor, apesar de terem visto as obras grandiosas e
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Atenção: Tempo, Convicção, Adequação linguística e Contato visual.
redentivas de Deus e, como consequência da sua dureza de coração e incredulidade, morreram no deserto, sem
entrar no descanso da terra prometida.
2. Daí, então, ele passa a aplicar aos seus leitores o que acabou de dizer sobre os hebreus do deserto (vs. 12-15)
O perverso coração de incredulidade afasta a pessoa do Deus vivo – Hb. 11.6.
b) Essa exortação tem um propósito: “a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado” (v. 13).
O pecado é enganoso – às vezes, ele está dominando o nosso coração e se manifestando em nossas ações
e não percebemos. Nesse momento, precisamos de irmãos que nos exorte e nos repreenda em amor para
que possamos nos ver pelo espelho da Palavra de Deus!
c) Essa exortação tem um motivo: “Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme,
até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos.” (v. 14).
Só têm participação em Cristo, isto é, nos benefícios de Sua morte e ressurreição, aqueles que perseveram
até o fim de suas vidas (repetição do v. 6)!
d) Para lembrar-nos uma vez mais sobre a necessidade diária de escutar atentamente e com obediência à Palavra de
Deus, o autor cita a frase, agora bem familiar, do Salmo 95, “Hoje, se ouvirdes sua voz, não endureçais os vossos
corações como o fizeste na rebelião”.
Aplicações:
Aos crentes: Aqui, nós aprendemos sobre a importância do ministério mútuo de aconselhamento bíblico!
Vejam! O aconselhamento mútuo é um meio que Deus usa para livrar pessoas da incredulidade e,
consequentemente, da condenação eterna!
Ele não está falando aos pastores; ele está falando a todos os crentes: “exortai-vos mutuamente”!
E todos nós somos chamados a desempenharmos esse ministério e também a sermos alvos desse ministério de
aconselhamento bíblico.
Precisamos criar em nossa igreja uma cultura de aconselhamento bíblico, na qual nós nos preocupemos uns com os
outros e falando a verdade da Palavra de Deus e do evangelho em amor e, assim, edifiquemos uns aos outros!
Aos desigrejados: Como você vai lutar contra as inclinações do seu coração pecaminoso sem ministério dos outros
crentes? Por acaso, você é autossuficiente?
Só o ser desigrejado já mostra a perversão do seu coração, porque você está rejeitando o povo de Deus, o
povo pelo qual Cristo morreu e de quem você tanto precisa!
Pare com isso! Procure uma boa igreja e usufrua deste grande benefício que Deus providenciou para os
seus filhos: o ministério dos outros crentes!
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Aos descrentes: Quando você abraça o Senhor Jesus Cristo pela fé, você tem não só o favor de Deus, mas também
o cuidado, o conforto e o amor de muitos crentes!
A todos: Devemos ter cuidado com o pecado e não somente com os externos, mas também e principalmente com os
internos (Dureza de coração, incredulidade)!
Pelo que,
Deus se indignou contra eles (v. 17);
Deus os matou no deserto (v. 17);
Deus jurou que eles não entrariam na terra prometida (v. 18)
Eles de fato não entraram na terra prometida! Por quê? Resposta: Incredulidade (v. 19). Todos os pecados que
cometeram tinham na sua raiz a incredulidade.
Como alguém já disse há muitos séculos: “A incredulidade é a mãe de todos os pecados” (Agostinho de
Hipona).
2. Daí, então, ele passa a aplicar aos seus leitores o que acabou de dizer (4.1,2)
Assim como os hebreus dos dias de Moisés tinham a promessa do descanso na terra prometida, as pessoas na nova
aliança, no período no NT, também receberam a promessa de um descanso: a salvação em Cristo!
Portanto, aqueles que estão no contexto da igreja no período da nova aliança devem temer que não aconteça eles o
que aconteceu com os hebreus no deserto. E o que aconteceu?
Eles não entraram no descanso, mas pereceram no deserto porque, porque, tendo ouvido o evangelho, não creram
(v. 2).
Por isso, o nosso autor diz: “Temamos, portanto, que... suceda parecer que algum de vós tenha falhado.
A expressão “ter falhado em alcançar” pode ter sido emprestada dos esportes da arena; ela transmite a ideia
de ser deixado para trás na corrida e, assim, falhar em alcançar o objetivo, que a salvação em Cristo!
(Kistemaker, Hebreus, p. 148).
3. O que fazer para não acontecer conosco o que aconteceu com eles? Resposta: Abraçar o evangelho com fé firme!
Aplicações:
Aos crentes:
1ª) Este texto nos ensina como vencer a incredulidade:
a) Sendo vigilantes quanto a um coração perverso de incredulidade (v. 12);
Trate as suas dúvidas!
Trate os seus pecados internos – arrependimento e confissão.
2ª) Devemos ler as Escrituras tendo o discernimento para extrairmos delas preciosas lições para a nossa vida! É o
que o nosso autor faz aqui: ele tomos episódios do AT e aplica aos seus leitores!
a) lições exortativas: É isso o que o nosso autor faz neste texto...
Mas, não só ele. Paulo faz a mesma coisa: “Estas coisas aconteceram com eles para servir de exemplo e foram
escritas como advertência a nós, para quem o fim dos tempos tem chegado.” (1 Coríntios 10:11)
E a lógica é aquela que mencionamos no início: Se os que foram incrédulos sob o ministério de Moisés foram
castigados duramente, quanto mais dignos de castigo seriam aqueles são incrédulos agora sob Cristo, o Filho de
Deus?
Vejam o que o autor diz no cap. 2: “importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas,
para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda
transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão
grande salvação?” (Hb 2.1–3).
b) lições consoladoras: “Pois tudo o que no passado foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela
paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” (Romanos 15:4)
Portanto, precisamos ler e estudar as Escrituras não só como fonte de informação e conhecimento, mas também
como instrumento do Espírito para a transformação da nossa vida, extraindo delas e aplicando em nossa vida as mais
variadas lições.
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Atenção: Tempo, Convicção, Adequação linguística e Contato visual.
5. Petição por graça para se conformar à instrução: Ajuda-me, ó Deus, a ser vigilante contra a incredulidade e
dureza de coração, ajuda-me a buscar o ministério dos meus irmãos e ajudá-los também em suas dificuldades.
Além disso Senhor, livra-me da dureza de coração e da incredulidade!
Aos descrentes: Aquela geração de hebreu não entrou na terra prometida porque não creu nas promessas de Deus!
Se você não crer nas promessas de Deus em Cristo, você não entrará no descanso celestial!
Conclusão: Devemos dizer como Paulo: “uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficam para trás e
avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em
Cristo Jesus.” (Fl. 3.13,14).
Que Deus nos conceda a graça de que seja sempre assim!